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Estruturas de Fundações e Conteções

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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Gildenor Silva Fonseca
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professores: Sabrina de Paula Ferreira 
Thiago Bomjardim Porto 
Alexandre Magno Alves de Oliveira
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade apresentará os principais tipos de fundações e 
contenções. Especificamente, foram enfocados: a) tipos e característi-
cas das fundações superficiais e profundas; b) processo executivo das 
fundações; c) o projeto das fundações; e d) os tipos e características 
das contenções provisórias e convencionais, assim como, o proces-
so executivo das mesmas. O domínio de tais conteúdos é de extrema 
importância para os engenheiros civis no atual mercado de trabalho, 
tornando-se um diferencial àqueles que buscam uma posição de desta-
que. Assim, essa unidade visa fornecer esses conteúdos de forma dinâ-
mica e objetiva, enfocando em casos práticos e exercícios, para que a 
assimilação seja a melhor possível.
Fundações; Contenções; Geotecnia.
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 CAPÍTULO 01
FUNDAÇÕES
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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 CAPÍTULO 02
PROJETO DE FUNDAÇÕES
Fundações Superficiais – Tipos e Características _________________
Processo Executivo das Fundações _____________________________
Recapitulando _________________________________________________
Dimensionamento Estrutural __________________________________
Detalhamento Estrutural _______________________________________
Capacidade de Carga __________________________________________
Disposição das Estacas _________________________________________
Investigações Geotécnicas _____________________________________
Parâmetros do Solo ____________________________________________
Recalque ______________________________________________________
Atrito Negativo ________________________________________________
Recapitulando _________________________________________________
Etapas do Projeto de Fundações ________________________________
Fases do Projeto de Fundações _________________________________
Pré-Dimensionamento ________________________________________
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Fundações Profundas – Tipos e Características __________________ 15
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Contenções Convencionais – Tipos e Características _____________
Processo Executivo das Contenções _____________________________
Estabilidade ___________________________________________________
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 CAPÍTULO 03
CONTENÇÕES
Contenções Provisórias – Tipos e Características _________________ 64
Fechando a Unidade ___________________________________________
Considerações Finais ___________________________________________
Referências ____________________________________________________
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Recapitulando _________________________________________________ 117
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Atualmente, é crescente a preocupação da sociedade com 
bens duráveis e seguros. As fundações e contenções não poderiam 
ficar de fora dessa preocupação, já que fazem parte da estrutura da 
construção. Logo, é importante a análise profunda dos diversos tipos 
de fundações e contenções, para que a escolha do tipo a ser usado 
seja a melhor possível, além de um correto dimensionamento. Essas 
preocupações se justificam para que a construção não ofereça risco 
aos usuários. 
O presente módulo abordará tanto o ramo das fundações, 
quanto o das contenções. As fundações são as estruturas responsáveis 
por transmitir a carga da construção ao solo, ou seja, elas são a base 
da construção. Um problema em uma fundação afeta toda a estrutura 
e, geralmente, é extremamente oneroso solucioná-lo. Já as contenções 
são estruturasresponsáveis por proporcionar estabilidade a maciços, 
suportando o peso próprio destes, além de eventuais carregamentos 
externos. Assim como as fundações, o estudo das contenções merece 
atenção, pois, uma escolha inadequada ou um dimensionamento erra-
do pode acarretar em sérios problemas, sendo o pior deles o colapso 
da estrutura. Dessa forma, o módulo visa apresentar os principais tipos 
de fundações, tanto superficiais, quanto profundas, o seu processo exe-
cutivo, assim como o dimensionamento seguindo a normativa vigente. 
Já para as contenções, o módulo apresenta os principais tipos e os 
processos executivos.
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Fundações são elementos que transmitem cargas de uma 
construção para as camadas resistentes do solo (subsolo) sem provo-
car ruptura do terreno de fundação ou recalques excessivos. Podem ser 
classificadas em superficiais ou profundas.
Fundação Superficial: “elemento em que a carga é transmi-
tida ao terreno pela base, e a profundidade é inferior a duas vezes a 
menor dimensão da fundação” (NBR 6122/2010).
Fundação Profunda: “elemento que transmite a carga ao ter-
reno pela base (resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resis-
tência de fuste) ou por uma combinação das duas, devendo sua ponta 
ou base estar assente em profundidade superior ao dobro de sua menor 
dimensão em planta, e no mínimo 3,0 m²” (NBR 6122/2010).
FUNDAÇÕES
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Figura 1 – Fundações superficiais
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Figura 2 – Fundações profundas 
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS – TIPOS E CARACTERÍSTICAS
Sapata: “elemento de fundação superficial, de concreto arma-
do, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes 
sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta 
para esse fim” (NBR 6122/2010). FIG. 4(a)
Sapata associada: “sapata comum a mais de um pilar” (NBR 
6122/2010). Este tipo de fundação é muito comum quando há pilares 
muito próximos com cargas atuantes muito altas. FIG. 4(b)
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Sapata corrida: “sapata sujeita à ação de uma carga distri-
buída linearmente ou de pilares ao longo de um mesmo alinhamento” 
(NBR 6122/2010). Usual em edificações de baixa altura ou alvenaria 
estrutural. A viga que une os dois pilares é conhecida como viga de 
rigidez. FIG. 4(c)
Figura 3 - Tipos de fundações
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Bloco: “elemento de fundação superficial de concreto sim-
ples, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes 
sejam resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura” (NBR 
6122/2010). É importante ressaltar que bloco é diferente de bloco de 
coroamento. Este último é utilizado como elemento intermediário para 
transferir cargas dos pilares para outros elementos de fundação, como 
estacas ou tubulões. FIG. 4(d)
Bloco corrido: “bloco sujeito à ação de uma carga distribuí-
da linearmente”. Apesar de não descrito pela NBR 6122/2010, é muito 
utilizado sob paredes de edificações de um ou dois andares. É tam-
bém conhecido como “viga baldrame” ou apenas “baldrame”. O mesmo 
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se diferencia da sapata corrida, pois, não é necessariamente armado. 
Portanto, as tensões de tração são resistidas pelo próprio concreto ou 
bloco de alvenaria. FIG. 4(e)
Radier: “elemento de fundação superficial que abrange parte 
ou todos os pilares de uma estrutura, distribuindo os carregamentos” 
(NBR 6122/2010). O radier é caracterizado como elemento de placa, 
onde duas dimensões são maiores que a terceira. FIG. 4(f)
Grelha: “elemento de fundação constituído por um conjunto de 
vigas que se cruzam nos pilares” (Velloso e Lopes, 2012). Não é citado 
na norma NBR 6122/2010. FIG. 4(g)
FUNDAÇÕES PROFUNDAS – TIPOS E CARACTERÍSTICAS
Tubulão: “elemento de fundação profunda, executado por es-
cavação manual ou mecanizada (trado mecânico), podendo ser a céu 
aberto, quando situado acima do nível do lençol freático ou a ar com-
primido, quando abaixo. Na etapa final da escavação, há necessidade 
da descida de pessoas no seu interior para executar o alargamento da 
base, verificar a qualidade do solo e/ou pelo menos, para remover ma-
terial solto e limpar o fundo da escavação, uma vez que neste tipo de 
fundação as cargas são transmitidas preponderantemente pela base” 
(NBR 6122/2010). É importante ressaltar que a altura da base é limita-
da a 200 cm para evitar desmoronamento durante a execução. Devido 
às questões de segurança, o tubulão a céu aberto vem caindo em de-
suso, principalmente, em obras públicas e grandes obras da iniciativa 
privada. O tubulão a ar comprimido, em função de seu custo elevado, 
vem também caindo em desuso, apesar do excelente desempenho e da 
limitação de riscos durante a execução. FIG. 4(h)
Estaca: “elemento de fundação profunda executado inteira-
mente por equipamentos e ferramentas, sem que, em qualquer fase 
de sua execução, haja descida de pessoas” no seu interior (NBR 
6122/2010). No Brasil, para edificações com mais de seis pavimentos, 
este tipo de fundação é o mais utilizado. FIG. 4(i)
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Figura 4 – Tipos de fundação
Fonte: Adaptado de Velloso e Lopes (2012) (a) sapata; (b) sapata associada; 
(c) sapata corrida; (d) bloco; (e) bloco corrido; (f) radier; (g) grelha; 
(h) tubulão; (i) estaca.
PROCESSO EXECUTIVO DAS FUNDAÇÕES
Estaca Hélice Contínua: estaca moldada in loco, cujo fuste se 
forma através da escavação por trado helicoidal e do bombeamento de 
concreto para o interior do furo. Os processos de injeção de concreto 
e retirada da hélice, sem rotação desta, são simultâneos, formando a 
estaca. Este tipo de fundação pode ser feito na presença de água.
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Figura 5 – Estaca hélice contínua
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Fases de execução: 1- Terreno natural; 2- Posicionamento e 
introdução do trado 3- Perfuração até a profundidade necessária; 4- In-
jeção do concreto pela haste central do trado com retirada contínua do 
mesmo, mantendo-se pressão positiva até o final da concretagem; 5- 
Instalação da armadura imediatamente após o término da concretagem.
Estaca Raiz: estaca moldada in loco executada por perfuratriz 
que introduz no solo, através de rotação ou roto-percussão e circulação 
de água ou ar comprimido, tubos de aço com uma coroa de perfuração 
acoplada a sua extremidade, seguida do preenchimento do tubo com 
“grout” (no sentido de baixo para cima) e retirada do tubo. 
Figura 6 – Estaca raiz
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Fases de execução: 1- Terreno natural; 2- Posicionamento do 
equipamento e escavação por perfuratriz; 3- Inserção de armadura no 
interior do revestimento e posterior concretagem sob pressão; 4- Retira-
da do revestimento/estaca acabada.
Estaca a Trado: Pode ser perfurada manual ou mecanicamen-
te por trado de forma helicoidal, sem revestimento. Este tipo de funda-
ção não pode ser feito na presença de água.
Figura 7 – Estaca a trado
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Fases de execução: 1- Terreno natural; 2- Perfuração a trado; 
2- Concretagem. 3- Inserção de armadura.
Estaca Franki: estaca moldada in loco, executada mediante 
introdução no terreno de um tubo robusto de aço (denominado camisa), 
dotado de uma mistura de areia e brita (denominada bucha) na ponta, 
através de golpes com um pilão. Após expulsão da bucha que penetra 
no solo, são executadas a base da estaca e a concretagem do fuste, 
com concreto seco apiloado e retirada simultânea do tubo de reves-
timento. Este tipo de estaca, ao contrário das demais, possui grande 
resistência de ponta.
Figura 8 – Estaca Franki
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Fases de execução: 1- Terreno natural; 2- Preparação da bu-
cha; 3- Cravação da camisa por golpes do pilão sobre a bucha e exe-
cução da base alargada; 4- Inserção de armadura; 5- Concretagem do 
fuste e retirada do revestimento.
Figura 9 – Estaca Strauss
Fonte: Adaptado de Mancilha (2014)
Estaca Strauss: estaca moldada in loco, escavada mecani-
camente por piteira (também chamada de sonda). Utiliza bate-estaca 
Strauss, ferramenta formada basicamente por tripé, guincho (respon-
sável por movimentar a sonda), roldana, tubos guia e pilão. Este tipo 
de fundação apresenta custo baixo quando comparado ao das demais 
estacas, porém, para uso abaixo do nível do lençol freático exige-se: 
camisa de revestimento e controle rigoroso da execução para evitar pe-
netração de lama no concreto, durante a extração da camisa metálica. 
O aspecto da obra deixa a desejar quando não se cuida adequadamen-
te da contenção (estabilidade das paredes do furo) e do destino final do 
material escavado.
Fases de execução: 1- Posicionamento da piteira; 2- Execução 
de furo guia para introdução da coroa (tubo com extremidade dentada); 
3- Introdução da coroa ao solo; 4- Retirada do solo interior ao tubo; 5- 
Concretagem e eventual inserção de armação; 6- Retirada do tubo guia.
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Estaca escavada com uso de lama: de seção transversal cir-
cular ou retangular (nesse caso, conhecida como barrete ou diafragma), 
a estaca escavada é formada pelo preenchimento com concreto, de 
uma cava aberta no solo, cuja estabilidade das paredes é assegurada 
pela presença de uma lama especial (bentonítica), que tem proprieda-
des tixotrópicas, ou seja, se comporta como fluido quando agitada e 
como gel quando em repouso, exercendo sobre as paredes da cava 
pressão que equilibra a pressão externa do solo circundante à cava, 
até que a estaca seja preenchida com concreto/argamassa. Para evi-
tar contaminação do concreto pela lama, a concretagem, submersa, é 
executada por mangote introduzido até a extremidade inferior da cava, 
por onde se inicia o lançamento do concreto, enquanto a lama é aspi-
rada por outro tubo, para fora da cava. Atualmente é muito comum a 
utilização de polímeros sintéticos como material alternativo para a lama 
bentonítica. Estes polímeros, ao contrário da lama, não são danosos 
ao meio ambiente. O equipamento de escavação das estacas barrete é 
denominado “clamshell”.
Figura 10 – Estaca escavada
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Fases de Execução: 1- Terreno natural; 2- Início da escavação, 
introdução de lama bentonítica e retirada da terra escavada; 3- Inserção 
de armadura; 4- Concretagem e retirada da lama bentonítica; 5- Estaca 
Finalizada.
Tubulão: É a fundação profunda, de mais simples execução, 
e se diferencia das estacas por ocorrer descida de operário, em algum 
instante de sua execução. Pode ser escavado manual ou mecanica-
mente e é classificado em dois tipos: a céu aberto e a ar comprimido, 
sendo o último tipo sempre revestido de camisa de concreto armado ou 
aço. É recomendado que o tempo entre a fase de alargamento da base 
e concretagem não ultrapasse 24 horas.
Figura 11 - Tubulão
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Fases de execução: 1- Escavação e alargamento da base com 
descida de operário; 2- Inserção de armadura; 3- Concretagem; 4- Fun-
dação finalizada.
A ferragem da estaca pode ser instalada antes ou após o 
preenchimento do furo com concreto.
Escolha do Tipo de Fundação
Para determinação do tipo de fundação a ser utilizada, deve-se 
atentar a parâmetros como carga a ser suportada, características do 
solo e premissas executivas, temporais e econômicas. As característi-
cas do meio em que a construção será inserida, assim como de obras 
já implantadas também devem ser analisadas, pois, podem impor con-
dições ou requisitos que definem ou impedem o uso de determinados 
tipos de fundação. Cuidados deverão ser tomados para que as novas 
fundações não interfiram, não transmitam vibrações e pressões a obras 
existentes, que possam prejudicar o desempenho dessas últimas.
O quadro a seguir apresenta as principais vantagens e desvan-
tagens das fundações mais comumente utilizadas:
Quadro 1 – Vantagens e desvantagens das fundações
Fundação Vantagens Desvantagens/Limitações
Bloco
Fundação econômica e 
de simples execução.
Por se tratar de fundação superfi-
cial, só pode ser utilizada quando 
o solo sob a fundação apresenta 
resistência adequada; não pode 
ser executada em presença de 
água; é mais sujeita a recalques.
Sapata Simples
Sapata Corrida
Grelha
Radier
Econômico; possibi-
lidade de recalques 
uniformes.
Estaca de Madeira
Facilidade de transpor-
te e emendas.
Deve estar abaixo do nível d’água 
do solo; difícil de encontrar no 
mercado (principalmente Sudes-
te).
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Estaca de Metálica
Facilidade de transpor-
te e implantação; não 
há limite de profun-
didade, podendo ter 
emendas; pouca vibra-
ção de cravação.
Alto custo; não é aconselhável 
em solo com presença de mata-
cão.
Estaca Pré-Moldada 
de Concreto
Durabilidade decor-
rente do controle de 
fabricação.
Pesada e sensível ao transporte; 
não aconselhável em solo com 
presença de matacão; dificuldade 
de corte ou emenda.
Estaca Hélice 
 Contínua
Rapidez de execução; 
baixo custo; pode ser 
executada na presença 
de água.
Mobilização de equipamento; 
uso não aconselhável em solo 
que contém matacão ou rocha 
e solo mole (pode contaminar o 
concreto).
Estaca a Trado
Econômica e de sim-
ples execução; pode 
ser executada bem 
próximo às divisas.
Mobilização de equipamento; 
limitada pelo nível da água.
Estaca Strauss Baixo custo
Mobilização de equipamento; 
limitada pelo nível da água; exe-
cução lenta; obra muito suja; 
sujeita à penetração de lama no 
concreto devido ao processo exe-
cutivo.
Estaca Franki
Alcança grandes pro-
fundidades; 
capacidade para cargas 
elevadas; qualidade 
devida ao controle 
executivo
Mobilização de equipamento; 
vibração e ruídos intensos no 
entorno; alto custo.
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Estaca Raiz
Ausência de ruídos e 
vibrações em prédios 
vizinhos; não limitada 
por matacão ou rocha; 
acesso a locais res-
tritos para os demais 
tipos de estaca.
Alto custo.
Estaca escavada com 
lama
Possibilidade de atingir 
grandes profundidades 
e cargas elevadas;
Ausência de vibrações 
em prédios vizinhos.
Em caso de solos compressíveis, 
pode ocorrer estrangulamento 
de seção; sujeita a penetração de 
lama no concreto devido ao pro-
cesso executivo.
Tubulão a 
Céu Aberto
Ausência de vibrações 
em prédios vizinhos; 
capacidade para cargas 
elevadas; econômica.
Limitada pelo nível da água; ris-
cospara o operário por conta da 
instabilidade da cava.
Tubulão a Ar 
 Comprimido
Execução em presença 
de água; ausência de 
vibrações em prédios 
vizinhos; capacidade 
para altas cargas.
Custo elevado; riscos para o ope-
rário devido ao trabalho sob pres-
sões elevadas.
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: IF-ES Órgão: IF-ES Prova: Engenheiro Nível: Su-
perior.
Dentre as estacas abaixo, assinale a que contém as seguintes ca-
racterísticas: não permite alívio significativo do terreno, tornando 
possível sua execução tanto em solos coesivos ou arenosos, na 
presença ou não de lençol freático; elevada produtividade, que exi-
ge a central de concreto nas proximidades do local de trabalho; 
executada sobre pressão controlada e seu processo executivo é 
isento de vibrações e ruídos. 
a) Estaca Mega.
b) Estaca Franki.
c) Estaca Raiz.
d) Estaca Strauss.
e) Estaca Hélice Contínua.
QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: IF-MS Órgão: IF-MS Prova: Técnico em Edifica-
ções. Nível: Médio.
As fundações rasas são aquelas em que a carga da estrutura da 
edificação é transmitida ao solo pelas pressões distribuídas pela 
base da fundação. Assinale a alternativa que corresponde a exem-
plos de fundações rasas utilizadas em edificações
a) Sapatas flexíveis, radier flexível e radier rígido.
b) Sapatas rígidas, estacas mega e tubulões a céu aberto.
c) Sapatas associadas, sapatas de divisa e estacas-prancha do tipo AZ.
d) Sapatas corridas, vigas baldrames e estacas-prancha planas.
e) Blocos de fundação, sapatas rígidas e blocos de coroamento de es-
tacas.
QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: IF-MS Órgão: IF-MS Prova: Engenheiro Civil Ní-
vel: Superior.
As fundações de uma edificação poderão ser rasas (superficiais) 
ou profundas. Existem inúmeros tipos de fundações que podem 
ser utilizadas em edificações. Sobre esse assunto, observe as afir-
mativas a seguir:
I. Em obras de pequeno porte (baixa aplicação de cargas), se as 
condições de resistências das camadas de solo do subsolo permi-
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tirem a aplicação de fundações rasas, pode-se optar pela adoção 
de blocos de concreto ciclópico ou sapatas corridas, levando-se 
em conta a solução mais econômica entre as duas modalidades.
II. Em obras de grande porte, as cargas transmitidas ao subsolo 
são elevadas. Se, neste subsolo, o lençol freático for muito próxi-
mo à superfície, a única opção de fundação será estaca pré-mol-
dada.
III. Sob o ponto de vista da tecnologia atual, a única forma de se 
decidir pela finalização da cravação de uma estaca de concreto 
pré-moldado é a medida da “nega” da estaca.
IV. Em locais onde existem edificações vizinhas antigas, sempre 
que possível, deve-se pesquisar sobre o tipo de fundação dessas 
edificações e, caso não seja possível acessar essa informação, 
deve-se evitar a adoção de fundações cuja execução provoque 
vibrações no subsolo. Como precaução, deve-se fazer, antes da 
execução das fundações da nova edificação, um laudo pericial das 
construções vizinhas próximas, com observações e registros de 
imagens de patologias pré-existentes.
Diante do exposto, é CORRETO o que se afirma em:
a) I, III e IV.
b) III e IV.
c) I e III.
d) II e IV.
e) I e IV.
QUESTÃO 4
Ano: 2014 Banca: MS CONCURSOS Órgão: UFAC Prova: Engenhei-
ro Civil. Nível: Superior.
Marque a alternativa que apresenta o elemento de fundação direta 
que absorve os esforços de tração e não possui armaduras.
a) Sapata.
b) Bloco simples.
c) Hélice contínua.
d) Tubulão.
e) Radier
QUESTÃO 5
Ano: 2014 Banca: MS CONCURSOS Órgão: UFAC Prova: Engenhei-
ro Civil. Nível: Superior.
Marque a alternativa que não apresenta um exemplo de fundação 
profunda: 
a) Tubulão a céu aberto.
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b) Estaca pré-moldada de concreto.
c) Tubulão a ar comprimido.
d) Radier.
e) Estaca metálica.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Cite duas diferenças básicas entre as estacas “hélice contínua” e a 
“raiz”. Em que situação é aconselhável a utilização de cada uma delas?
TREINO INÉDITO
Assinale a afirmação falsa.
a) Sapata associada: “sapata comum a mais de um pilar”. 
b) Bloco corrido: “bloco sujeito à ação de uma carga distribuída linear-
mente”. 
c) A recuperação visa à devolução do desempenho original perdido pela 
estrutura.
d) Estaca: “elemento de fundação profunda executado inteiramente por 
equipamentos e ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execu-
ção, haja descida de pessoas”.
e) Estaca a Trado: Pode ser perfurada manual ou mecanicamente por 
trado de forma helicoidal, sem revestimento. Este tipo de fundação pode 
ser feito na presença de água.
NA MÍDIA
Fundação, o início da obra
Na prática, o início de uma construção começa pela fundação.
Ela tem a função de receber as cargas que agem na estrutura – por 
exemplo, o peso do prédio e o vento que ele recebe – e transmiti-las ao 
solo de forma adequada.
Como explica o professor do Departamento de Engenharia Civil da Uni-
versidade Federal de São Carlos (UFSCar), Itamar Aparecido Lorenzon, 
“Essa forma adequada está relacionada à resistência do solo onde a 
fundação será executada, por esse motivo, a escolha do sistema de 
fundação depende não apenas do gênero do edifício, mas também do 
tipo de solo do local onde será executada a obra”.
Fonte: G1
Data: 30 nov. 2017.
Leia a notícia na íntegra: https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/
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especial-publicitario/casa-do-construtor/portal-do-construtor/noticia/fun-
dacao-o-inicio-da-obra.ghtml 
Acesso em: 10/04/2019.
NA PRÁTICA
O engenheiro civil está constantemente exposto a diferentes desafios, 
e sem dúvidas podemos destacar a escolha do melhor tipo de funda-
ção como um desses desafios. Na prática, essa escolha se baseia nas 
características da construção e, sobretudo, nas características do solo. 
A fundação é a parte da estrutura que transfere todo o carregamento 
para o solo, logo, sua integridade e sua capacidade de suporte são 
fundamentais. O engenheiro civil deve dominar os tipos de fundações 
existentes, qual a mais indicada para cada situação, levando sempre 
em consideração as características da construção. Além disso, deve ter 
noção da importância da análise do solo, sua capacidade de suporte e 
suas diferentes camadas, para tal, não deve abrir mão de ensaios “in 
situ” como por exemplo o SPT (Standard penetration test).
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ETAPAS DO PROJETO DE FUNDAÇÕES
Um projeto de fundações pode ser dividido em três etapas: 
Projeto Geotécnico: conjunto de documentos que encerram 
análises, interpretações e conclusões de investigações de campo e la-
boratório, estudos, cálculos, desenhos, especificações e relatórios con-
clusivos necessários para enfocar e caracterizar, quantitativamente, os 
aspectos geotécnicos envolvidos nas obras previstas, bem como os ne-
cessários para permitir o dimensionamento das mesmas obras, no grau 
de detalhamento exigido nas várias fases do projeto geotécnico. Para 
reconhecimento do subsolo, devem ser feitas uma ou mais investiga-
PROJETO DE
FUNDAÇÕES
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ções geotécnicas: (a) levantamento de dados gerais existentes sobre 
cartografia; geologia, pedologia e geomorfologia; hidrologia e hidrogra-
fia; geotecnia; (b) reconhecimento topográfico; (c) reconhecimento geo-
técnico; (d) prospecçãogeofísica; (e) sondagens mecânicas; (f) ensaios 
“in situ”; (g) ensaios de laboratório. (NBR 8044/1983).
Projeto Geométrico: É a definição da geometria dos elemen-
tos de fundação. Pode ser considerada uma etapa intermediária entre o 
projeto geotécnico e o estrutural.
Projeto Estrutural: O projeto estrutural deve respeitar a geo-
metria definida e garantir a estabilidade global da estrutura, além de 
ser economicamente viável (para que isto aconteça, é imprescindível 
que não ocorra superdimensionamento). Trata-se do dimensionamento 
completo da estrutura de fundação, englobando tanto o concreto como 
a armadura nela presentes, quando necessário.
FASES DO PROJETO DE FUNDAÇÕES
Um projeto de fundações pode ser dividido em três fases: 
Projeto Conceitual: também conhecido como anteprojeto ou 
estudo preliminar, deve apresentar informações suficientes para permi-
tir a análise de viabilidade, custos e prazos do projeto. Usualmente a 
margem de erro nesta fase de projeto é na ordem de 50%.
Projeto Básico: “conjunto de elementos necessários e sufi-
cientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou 
serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elabo-
rado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que 
assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto 
ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da 
obra e a definição dos métodos e do prazo de execução”, Lei 8.666, Lici-
tações e Contratos. A definição técnica da Lei 8.666 para projeto básico 
também pode ser aplicada para obras privadas. Apresenta margem de 
erro na ordem de 20%.
Projeto Detalhado: “conjunto dos elementos necessários e 
suficientes à execução completa da obra”, Lei 8.666, Licitações e Con-
tratos. Assim como no projeto básico, a definição de projeto detalhado 
também pode ser estendida para projetos de iniciativa privada. A mar-
gem de erro de um projeto detalhado é em torno de 5%.
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Um projeto de fundações deve conter:
(a) locação das fundações da construção;
(b) cargas e momentos nas fundações;
(c) nomenclatura, detalhamento e dimensionamento das estru-
turas (estacas, sapatas, tubulões, blocos corridos e de coroamento);
(d) resistência característica do concreto à compressão (fck);
(e) em tubulões: indicação tipo de escavação;
(f) em estacas: quantitativo, dimensões, tipo de estaca e sua 
capacidade de carga;
(g) cotas de nivelamento (cota de arrasamento de estacas; 
cota de face superior de blocos e baldrames, dentre outros).
Um projeto de armação de fundações deve conter:
(a) nomenclatura e armadura das estruturas;
(b) resumo de armação de infra e superestrutura;
(c) lista de quantitativos de armadura por formato.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Sapatas
Determinação das dimensões da sapata quadrada de lado a: 
 
onde Fd é a força normal de cálculo no pilar e a tensão 
admissível do solo. 
Por simplificação a tensão admissível do solo pode ser calcula-
da com base na resistência à penetração medida no ensaio SPT:
No entanto, existem outras formas mais precisas de cálculo, 
como provas de carga ou métodos semiempíricos.
A carga do pilar de uma edificação pode ser estimada por uma 
simplificação baseada na área de influência de cada pilar e na carga 
média de 1.000kgf/m² por pavimento de uma edificação.
σadmsolo = 
Fd
a²
 ∴ a = �
Fd
σadmsolo
 (1) 
 
σadmsolo =
σrup
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= 𝑁𝑁𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆
5
 (kg/cm²) (2) 
 
σadmsolo ), 
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Figura 12 – Sapata em planta e corte
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Segundo item 22.4.1 da NBR 6118/2014, para evitar punção a 
altura mínima da sapata deve ser:
onde h é a altura da sapata; a é a dimensão da sapata na dire-
ção analisada; a0 é a dimensão do pilar na direção analisada, conforme 
desenho esquemático:
Desta forma não há possibilidade de punção, pois, a sapata 
fica inteiramente dentro do cone de punção. Neste caso a mesma é 
considerada rígida.
Recomendações de projeto: Adotar h ≥ 30 cm e h0 ≥ 20 cm.
“Embora de uso mais raro, as sapatas flexíveis são utilizadas 
para fundação de cargas pequenas e solos relativamente fracos” (NBR 
6118/2014).
Tubulão
Segue desenho esquemático de um tubulão:
h ≥
a − a0
3
 (3) 
 
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Figura 13 – Tubulão em planta e corte
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
(a) Tubulão em corte (b) Tubulão circular em planta (c) Tubulão 
com base em falsa elipse, em planta
O diâmetro do fuste é calculado, na ruptura, com fator de ma-
joração da força normal do pilar em 40%:
Nota: Segundo a NBR 6118/2014, o fator redutor de 0,85 é 
aplicado à resistência característica do concreto (fck) devido à diferença 
entre os resultados de ensaios rápidos de laboratório e à resistência sob 
a ação de cargas de longa duração.
O diâmetro da base circular é calculado, segundo a tensão ad-
missível do solo na cota de apoio do tubulão ( pela expressão:
 
onde a tensão admissível do solo na cota de apoio do tubulão:
∅𝑓𝑓 = �
4 (1,4 𝐹𝐹)
𝜋𝜋 0,85 𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐𝛾𝛾𝑐𝑐
≥ 70 𝑐𝑐𝑐𝑐 (4) 
 
σadmsolo ), 
∅𝑏𝑏 = �
4 𝐹𝐹
𝜋𝜋 σadmsolo
 ≤ 3 𝐷𝐷 (5) 
 
σadmsolo =
𝑁𝑁𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆
3
+ 0,15 𝐷𝐷 (kg/cm²) (6) 
 
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em que D é o embutimento do tubulão (em m).
A altura H da base do tubulão é calculada em função da incli-
nação α da mesma. Então:
Para que não haja necessidade de introdução de armaduras 
na base, adotar inclinação α ≥ 60°.
Caso o tubulão não atenda a algum dos pré-requisitos de em-
butimento (D), altura (H), diâmetro do fuste (Øf) ou diâmetro da base 
(Øb), uma alternativa é dividir a carga entre 2 tubulões. Na ausência de 
área disponível, pode-se adotar base em falsa elipse (conforme FIG.13).
A área da base do tubulão em falsa elipse é dada por:
Para que a base em falsa elipse atenda à condição de econo-
mia, é importante que a relação A/B seja menor que 2,5.
𝐻𝐻 = �
∅𝑏𝑏 − ∅𝑓𝑓
2
� 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 α ≤ 200 𝑐𝑐𝑐𝑐 (7) 
 
𝑋𝑋 = 𝑡𝑡𝑎𝑎 + 
𝜋𝜋𝑎𝑎²
4
 (8) 
E a altura da base do tubulão em falsa elipse é dada por: 
𝐻𝐻 =
(𝑡𝑡 − ∅𝐹𝐹 + 𝑎𝑎)
2
tan 𝛼𝛼 (9) 
 
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DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL
Estaca: O dimensionamento estrutural na compressão é dado 
por:
A área de aço mínima é dada por:
onde Nd é a solicitação de cálculo; Ac é a área bruta da seção 
transversal; fcd é a resistência de cálculo do concreto; fyd é a tensão de 
cálculo do aço; h é a altura da seção transversal da estaca (em centí-
metros), Yc é o coeficiente de minoração do concreto e γs coeficiente de 
minoração do aço (conforme Quadro 2).
Não há necessidade de armação se a estaca for submetida 
apenas à compressão, inferior a 5 MPa.
Sapatas (Método de Flexão): O cálculo de dimensionamento 
das sapatas, como de qualquer outro elemento estrutural submetido à 
flexão, é conduzido para obtenção de seções subarmadas (k<klim) ou 
normalmente armadas (k=klim). Somente em condições especiais são 
usadas seções superarmadas (k>klim).
𝑁𝑁𝑑𝑑 �1 +
6
ℎ
� = 0,85 𝐴𝐴𝑐𝑐𝑓𝑓𝑐𝑐𝑑𝑑 + 𝐴𝐴′𝑠𝑠𝑓𝑓𝑦𝑦𝑑𝑑 (10) 
em que: 𝑁𝑁𝑑𝑑 = 𝛾𝛾𝑓𝑓 𝑁𝑁 (11) 
𝑓𝑓𝑐𝑐𝑑𝑑 =
𝑓𝑓𝑐𝑐𝑐𝑐
𝛾𝛾𝑐𝑐
 (12) 
𝑓𝑓𝑦𝑦𝑑𝑑 =
𝑓𝑓𝑦𝑦𝑐𝑐
𝛾𝛾𝑠𝑠
 𝑜𝑜𝑜𝑜 0,2% 𝐸𝐸𝑠𝑠 (13) 
 
𝐴𝐴𝑠𝑠𝑐𝑐𝑠𝑠𝑡𝑡 = 0,5% 𝐴𝐴𝑐𝑐 (14) 
 
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A área de aço de uma seção transversal retangular é dada por:
onde b é a largura da faixa de cálculo da sapata (comumente 
considerada de 01 metro); e d é a altura útil da faixa de cálculo, tomada 
em função da altura da sapata.
Para concreto de classe até C50, = 0,295. Se k ≤ ado-
tar k' = k. Se . 
A área de aço deve ser igual ou superior à mínima:
Nota: Para concreto de classe até C30 adotar ;
A norma 6122/2010 recomenda os seguintes parâmetros de 
dimensionamento (itens 8.6.3 e 8.6.4):
Quadro 2 – Dimensionamento fundações
Fonte: adaptado de NBR 6122/2010
𝐴𝐴𝑠𝑠 = 
𝑓𝑓𝑐𝑐 𝑏𝑏 𝑑𝑑
𝑓𝑓𝑦𝑦𝑑𝑑
�1 − √1 − 2𝑐𝑐′ � (15) 
𝑐𝑐 = 
𝑀𝑀𝑑𝑑
𝑓𝑓𝑐𝑐 𝑏𝑏 𝑑𝑑²
 (16) 
 
𝐴𝐴𝑠𝑠𝑐𝑐𝑠𝑠𝑡𝑡 = 𝜌𝜌 𝐴𝐴𝑐𝑐 (17) 
 𝜌𝜌 = 0,15% 
Tipo de Fundação fck máx. 
(MPa) 
𝜸𝜸f 𝜸𝜸c 𝜸𝜸s 
Trado 20 1,4 1,8 1,15 
Escavada (com fluido) 20 1,4 1,8 1,15 
Escavada (sem fluido) 15 1,4 1,9 1,15 
Franki 20 1,4 1,8 1,15 
Hélice 20 1,4 1,8 1,15 
Raiz 20 1,4 1,6 1,15 
Strauss 15 1,4 1,9 1,15 
Tubulão (sem revestimento) 20 1,4 1,8 1,15 
Tubulão (revestimento de concreto) 20 1,4 1,4 1,15 
Tubulão (revestimento de aço) 20 1,4 1,5 1,15 
 
klim klim 
k > klim , adotar k′ = klim 
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Quadro 3 – Área de ferro por barra
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Seções de Ferros
∅ (pol) 3/16 1/4 5/16 3/8 1/2 5/8 3/4 1
∅ (mm) 5,0 6,3 8,0 10,0 12,5 16,0 20,0 25,0
Kg/m 0,154 0,245 0,396 0,617 0,963 1,578 2,466 3,853
Nº Áreas de Ferro As em cm²
1 0,196 0,312 0,503 0,785 1,227 2,011 3,142 4,909
2 0,393 0,623 1,005 1,571 2,454 4,021 6,283 9,817
3 0,589 0,935 1,508 2,356 3,682 6,032 9,425 14,726
4 0,785 1,247 2,011 3,142 4,909 8,042 12,566 19,635
5 0,982 1,559 2,513 3,927 6,136 10,053 15,708 24,544
6 1,178 1,87 3,016 4,712 7,363 12 18,85 29,452
7 1,374 2,182 3,519 5,498 8,59 14,074 21,991 34,361
8 1,571 2,494 4,021 6,283 9,817 16,085 25,133 39,27
9 1,767 2,806 4,524 7,069 11,045 18,096 28,274 44,179
10 1,963 3,117 5,027 7,854 12,272 20,106 31,416 49,087
11 2,16 3,429 5,529 8,639 13,499 22,117 34,558 53,996
12 2,356 3,741 6,032 9,425 14,726 24,127 37,699 58,905
13 2,553 4,052 6,535 10,21 15,953 26,138 40,841 63,814
14 2,749 4,364 7,037 10,996 17,181 28,149 43,982 68,722
15 2,945 4,676 7,54 11,781 18,408 30,159 47,124 73,631
16 3,142 4,988 8,042 12,566 19,635 32,17 50,265 78,54
17 3,338 5,299 8,545 13,352 20,862 34,181 53,407 83,449
18 3,534 5,611 9,048 14,137 22,089 36,191 56,549 88,357
19 3,731 5,923 9,55 14,923 23,317 38,202 59,69 93,266
20 3,927 6,234 10,053 15,708 24,544 40,212 62,832 98,175
21 4,123 6,546 10,556 16,493 25,771 42,223 65,973 103,084
22 4,32 6,858 11,058 17,279 26,998 44,234 69,115 107,992
23 4,516 7,17 11,561 18,064 28,225 46,244 72,257 112,901
24 4,712 7,481 12,064 18,85 29,452 48,255 75,398 117,81
25 4,909 7,793 12,566 19,635 30,68 50,265 78,54 122,718
26 5,105 8,105 13,069 20,42 31,907 52,276 81,681 127,627
27 5,301 8,417 13,572 21,206 33,134 54,287 84,823 132,536
28 5,498 8,728 14,074 21,991 34,361 56,297 87,965 137,445
29 5,694 9,04 14,577 22,777 35,588 58,308 91,106 142,353
30 5,89 9,352 15,08 23,562 36,816 60,319 94,248 147,262
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Quadro 4 – Área de ferro por metro
Valores dos Espaçamentos (cm) – As em cm²
ø 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
4,2 2,32 1,99 1,74 1,54 1,39 1,26 1,16 1,07 0,99 0,93 0,87 0,82
5 3,27 2,8 2,45 2,18 1,96 1,78 1,63 1,51 1,4 1,31 1,23 1,15
6,3 5,2 4,46 3,9 3,47 3,12 2,84 2,6 2,4 2,23 2,06 1,95 1,84
8 8,38 7,19 6,29 5,59 5,09 4,57 4,19 3,87 3,59 3,35 3,14 2,96
10 1308 11,2 9,81 8,72 7,85 7,14 6,54 6,04 5,61 5,23 4,91 4,62
12,5 20,45 17,5 15,3 13,6 12,3 11,2 10,2 9,44 8,76 8,18 7,67 7,22
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Quadro 4 (continuação) – Área de ferro por metro
Valores dos Espaçamentos (cm) – As em cm²
ø 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
4,2 0,77 0,73 0,7 0,66 0,63 0,6 0,58 0,56 0,53 0,51 0,5 0,48 0,46
5 1,09 1,03 0,98 0,93 0,89 0,85 0,82 0,78 0,75 0,73 0,7 0,68 0,65
6,3 1,73 1,64 1,56 1,49 1,42 1,36 1,3 1,25 1,2 1,16 1,11 1,06 1,04
8 2,79 2,65 2,52 2,4 2,29 2,19 2,1 2,01 1,93 1,86 1,8 1,73 1,68
10 4,36 4,13 3,93 3,74 3,57 3,41 3,27 3,14 3,02 2,91 2,8 2,71 2,62
12,5 6,82 6,46 6,14 5,84 5,58 5,33 5,11 4,91 4,72 4,54 4,38 4,23 4,09
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
DETALHAMENTO ESTRUTURAL
Abaixo seguem detalhes típicos de armadura para fundações 
superficiais e profundas: 
Figura 14– Detalhamento típico de armadura de uma sapata
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Para sapatas quadradas submetidas à compressão simples 
centrada, a armadura longitudinal é igual a transversal.
Figura 15 – Detalhamento típico de armadura de uma estaca
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Recomendações de projeto: para a ferragem longitudinal, ado-
tar armação mínima de 6Ø10 e para os estribos adotar ferragem mínima 
de Ø 5 c/ 15.
Na ausência de esforços horizontais e momentos, a ferragem 
da estaca não precisa, necessariamente, ir até o fundo do furo.
CAPACIDADE DE CARGA
A determinação da capacidade de carga de uma fundação 
pode ser feita por fórmulas estáticas (correlações com o SPT (Standard 
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penetration test), conforme equação 2), fórmulas dinâmicas ou por pro-
va de carga. 
A capacidade de carga (ou tensão admissível) é dada pela ra-
zão entre a tensão de ruptura e o fator de segurança:
Nota: Para fórmulas teóricas, adotar Fator de Segurança FS = 
3. Para prova de carga, adotar FS = 2. Para fórmulas estáticas (correla-
ções com SPT), FS =5 (dependendo do tipo de solo).
Seguem algumas formas de cálculo de capacidade por fórmula 
teórica ou semiempírica.
Capacidade de Carga de Fundações Superficiais
A capacidade de carga de fundações superficiais depende 
principalmente de três variáveis: (a) parâmetros do solo; (b) dimensões 
da sapata em planta; (c) embutimento da sapata no maciço de solo 
(elevação).
Figura 16 – Desenho esquemático de uma sapata
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Para a validação da condição de Terzaghi para a capacidade de car-
ga do solo a largura (B) deve ser igual ou maior que a profundidade (D) da 
base, sendo assim, despreza-se a resistência ao cisalhamento acima da base, 
considerando apenas uma sobrecarga para o maciço terroso , 
logo, a aderência e o atrito entre estrutura e solo são desprezados. A fórmula 
proposta por
σadm =
σrup
FS
 (18) 
 
(𝑞𝑞 = 𝛾𝛾𝐷𝐷) 
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Terzaghi, já englobando o fator de forma, conforme a seguir:
onde σ é a tensão de ruptura do solo, c é a coesão do solo, = 
γH (pressão no plano de apoio da fundação causada pelo solo no em-
butimento D) e B a menor dimensão da base;
Nc, Nq, Ny: fatores de capacidade carga; Sc, Sq, Sy: fatores de 
forma
Fatores de Capacidade de Carga
A tabela abaixo mostra os fatores de capacidade de carga, de 
acordo com ângulo de atrito φ do solo:
Quadro 5 – Fatores de capacidade de carga
0 5 10 15 20 25 30 34 35 45
Nc 5,7 7,3 9,6 12,9 17,7 25,1 37,2 52,6 57,8 95,7
Nq 1,0 1,6 2,7 4,4 7,4 12,7 22,5 36,5 41,4 81,3
Nγ 0,0 0,5 1,2 2,5 5,0 9,7 19,7 35,0 42,4 100,4
Fonte: adaptado de Fabrício e Rossignolo (2006)
Fatores de Forma
A tabela abaixo mostra os fatores de forma, conforme formato 
da fundação:
Quadro 6 – Fatores de forma
Forma Sc Sq Sγ
Corrida 1,0 1,0 1,0
Quadrada 1,3 1,0 0,8
Circular 1,3 1,0 0,6
Retangular 1,1 1,0 0,9
Fonte: adaptado de Fabrício e Rossignolo(2006)
Nota: Aplicando-se fator de segurança 3 ao valor de tem-se 
a tensão admissível do solo.
𝜎𝜎 = 𝑐𝑐 𝑁𝑁𝑐𝑐𝑆𝑆𝑐𝑐 + 𝑞𝑞�𝑁𝑁𝑞𝑞 𝑆𝑆𝑞𝑞 + 
1
2
 𝛾𝛾 𝑎𝑎 𝑁𝑁𝛾𝛾 𝑆𝑆𝛾𝛾 (19) 
 
𝜎𝜎 
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Capacidade de Carga de Fundações Profundas
O cálculo da capacidade de carga em estacas pelo método 
de Décourt Quaresma baseia-se nas resistências lateral e de ponta da 
estaca.
Figura 17 – Desenho esquemático de uma estaca
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Sendo QL a resistência lateral, QP a resistência de ponta e Ṅ o 
valor médio dos NSPT ao longo do fuste.
NP é o valor médio dos NSPT no entorno da ponta, calculado con-
forme abaixo (equação 23), em que Np corresponde ao valor da ponta, 
Np+1 e Np-1 os valores imediatamente abaixo e acima da ponta:
Recomendação de Projeto: Se ṄP < 10 golpes, desprezar o 
efeito de ponta.
A área lateral é calculada baseada no comprimento efetivo da 
estaca:
𝑄𝑄 = 
𝛽𝛽 𝑄𝑄𝐿𝐿
1,3
+ 
 𝛼𝛼 𝑄𝑄𝑆𝑆
4
 (20) 
𝑄𝑄𝐿𝐿 = 𝐴𝐴𝐿𝐿 �
𝑁𝑁�
3
+ 1� (21) 
𝑄𝑄𝑆𝑆 = 𝐴𝐴𝑆𝑆 𝐾𝐾 𝑁𝑁�𝑆𝑆 (22) 
 
𝑁𝑁�𝑆𝑆 =
𝑁𝑁𝑆𝑆−1 + 𝑁𝑁𝑆𝑆 + 𝑁𝑁𝑆𝑆+1
3
 (23) 
 
𝐴𝐴𝐿𝐿 = 2 𝜋𝜋 𝑅𝑅 𝐿𝐿𝑒𝑒 (24) 
 
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A área de ponta é determinada pelo raio da ponta da estaca:
Os parâmetros α e β dependem do tipo de estaca:
Quadro 7 – Coeficiente α
Coeficiente α – Tipo de Estaca
Tipo de Solo
Escavada 
em Geral
Escavada 
(bentonita)
Hélice 
Contínua
Raiz
Injetada 
Alta Pres-
são
Argilas 0,85 0,85 0,30 0,85 1,00
Intermediário 0,60 0,60 0,30 0,60 1,00
Areias 0,50 0,50 0,30 0,50 1,00
Fonte: adaptado de Porto (2014)
Quadro 8 – Coeficiente β
Coeficiente β – Tipo de Estaca
Tipo de Solo
Escavada 
em Geral
Escavada 
(bentonita)
Hélice 
Contínua
Raiz
Injetada 
Alta Pres-
são
Argilas 0,80 0,90 1,0 1,5 3,0
Intermediário 0,65 0,75 1,0 1,5 3,0
Areias 0,50 0,60 1,0 1,5 3,0
Fonte: adaptado de Porto (2014)
Nota: Para estacas cravadas, adotar 1 para α e β para todos 
os tipos de solo.
E K depende do tipo de solo:
Quadro 9 – Parâmetro K
Tipo de Solo K (KN/m²)
Argilas 120
Siltes argilosos (solos residuais) 200
Siltes arenosos (solos residuais) 250
Areias 400
Fonte: adaptado de Porto (2014)
𝐴𝐴𝑆𝑆 = 𝜋𝜋 𝑅𝑅² (25) 
 
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DISPOSIÇÃO DAS ESTACAS
O projetista de fundações é livre para adotar qualquer tipo de 
distribuição de estacas no bloco de coroamento, de forma a atender me-
lhor às necessidades de cada caso. No entanto, existem distribuições 
padrões, aplicadas principalmente em fundações onde há atuação ape-
nas de cargas normais. A FIG. 18 a seguir apresenta as distribuições 
mais comumente utilizadas.
Figura 18 – Disposição das estacas
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
onde d≃ 3Ø;Øé o diâmetro da estaca; e CC é o centro de carga 
do arranjo das estacas.
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INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS
As investigações geotécnicas têm papel fundamental em um 
projeto de fundações: são responsáveis pelo fornecimento das caracte-
rísticas do subsolo, no qual há intenção de construção.
Os métodos de reconhecimento do solo são divididos em dois 
tipos: diretos e indiretos. Os diretos são caracterizados por observação 
direta ou de amostra do solo (sondagem) e os indiretos caracterizados 
por observação a distância ou a correlação com algum outro tipo de 
grandeza do solo (ex: geofísica).
O método mais utilizado no mundo é o SPT (Standard Pene-
tration Test) por ser mais simples e econômico que os outros métodos. 
“Para qualquer edificação deve ser feita uma campanha de investigação 
geotécnica preliminar, constituída no mínimo por sondagens a percus-
são (com SPT), visando a determinação da estratigrafia e classificação 
dos solos, a posição do nível d’água e a medida do índice de resistência 
à penetração NSPT” (NBR 6122/2010). 
Trata-se de um teste simples de cravação de um cilindro amos-
trador padrão no solo, através de golpes de um martelo também padrão. 
São três sessões de 15 centímetros, onde os 15 centímetros iniciais 
são desconsiderados e a cravação nos últimos 30 centímetros é usada 
como parâmetro para resistência do solo à penetração. Resumidamen-
te, o NSPT é o número de golpes necessários para penetração dos últi-
mos 30 cm do amostrador padrão.
Figura 19 – Sondagem SPT
Fonte: adaptado de NF Sondas (2014)
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Na prática, é raro ocorrer penetração exata dos 45 cm ou dos 
15 cm de cada segmento. Então adota-se o número de golpes imedia-
tamente superior a 15 cm.
SPT (Standard Penetration Test): “Abreviatura do nome do 
ensaio pelo qual se determina o índice de resistência à penetração (N)” 
(NBR 6484/2001).
N: “Abreviatura do índice de resistência à penetração do SPT, 
cuja determinação se dá pelo número de golpes correspondente à cra-
vação de 30 cm do amostrador padrão, após a cravação inicial de 15 
cm, utilizando-se corda de sisal para levantamento do martelo padroni-
zado” (NBR 6484/2001). Também é conhecido como NSPT ou SPT.
Segundo a NBR 8036/1983, o número de sondagens e a sua 
locação variam com o tipo de estrutura e condições do solo. O número 
deve ser suficiente para caracterizar da melhor forma possível a varia-
ção entre as camadas de solo.
No entanto, a norma exige, no mínimo: 
Quadro 10 – Número mínimo de sondagens - NBR 8036/1983
Até 200 m²
Entre 200 m² 
e 400 m²
Até 1.200 m²
Entre 1.200 m² e 
2.400m²
mínimo 2 
(duas) sonda-
gens
mínimo 3 
(três) sonda-
gens
mínimo 1(uma) 
sondagem para 
cada 200 m²
mínimo 1 (uma) sonda-
gem para cada 400 m² 
que excedam 1.200 m²
Fonte: adaptado de NBR 8036/1983
Acima de 2.400 m², o número mínimo de sondagens depende 
do plano particular da construção.
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A NBR 8036/1983 ainda exige como procedimento mínimo:
Se não se tratar de uma obra de edificação (como é o caso de 
escolha de local ou estudos de viabilidade), a distância máxima entre os 
furos de sondagem deve ser de 100 m. Quanto à distribuição, deve ser 
homogênea e se o número de furos for superior a três, não devem estar 
no mesmo alinhamento.
Recomendação de Projeto: Devem ser priorizados furos nos 
locais de maior carga na construção: instalação de maquinaria, reser-
vatórios, etc.
Critérios de Paralisação de Sondagem
Segundo item 6.2.1 da NBR 6484/2001, a sondagem deve 
começar com escavação por trado-concha ou cavadeira manual até a 
perfuração de 1m. Após esta profundidade, utiliza-se o trado helicoidal. 
Se o trado helicoidal não avançar 50 mm após 10 minutos de 
operação, o item 6.2.4 da NBR 6484/2001 recomenda que o método 
seja substituído por perfuração por circulação de água (lavagem).
Segundo item 6.3.12 da NBR 6484/2001, a cravação pode ser 
interrompida antes dos 45 cm caso: (a) o número de golpes for superior 
a 30 em qualquer um dos três segmentos de 15 cm; (b) o total de gol-
pes for 50, na cravação total; (c) o amostrador não avançar em 5 golpes 
consecutivos do martelo. 
O item 6.4.3 determina que no caso (c) do parágrafo anterior o 
processo deve prosseguir com método de lavagem.
Segundo item 6.4.1 da NBR 6484/2001, a lavagem deve ser 
interrompida quando: (a) se em três metros sucessivos forem neces-
sários 30 golpes para penetração dos 15 cm iniciais do amostrador; 
(b) se em quatro metros sucessivos forem necessários 50 golpes para 
penetração dos 30 cm iniciais do amostrador; (c) se em cinco metros 
sucessivos forem necessários 50 golpes para penetração dos 45 cm 
iniciais do amostrador.Dependendo do tipo de obra, caso haja alguma justificativa 
geotécnica ou solicitação do cliente, a paralisação da sondagem pode 
ser feita em solo de menor resistência do que as citadas no item ante-
rior, segundo item 6.4.2 da norma.
O ensaio SPT deve ter duração de 30 minutos, e o período de 
10 minutos é tomado como referência para registros parciais de avanço 
do trépano. 
Se houver necessidade de continuação da investigação do 
subsolo, o item 6.4.4 da NBR 6484/2001 recomenda que o método de 
circulação de água seja substituído por perfuração rotativa.
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PARÂMETROS DO SOLO
A partir do NSPT, podemos estimar os parâmetros do solo con-
forme abaixo:
Quadro 11 – Peso específico e compacidade de solos arenosos
Solos Arenosos (Areias e Siltes Arenosos)
SPT 0 a 4 5 a 8 9 a 18 19 a 40 > 40
Compacidade Fofo
Pouco 
compacto
Medianamen-
te compacto
Compacto
Muito 
Compacto
 (t/m³) 1,60 1,80 1,90 2,00 2,10
Fonte: adaptado de Silveira (2002)
Quadro 12 – Peso específico e consistência de solos argiloso
Solos Argilosos (Argilas e Siltes Argilosos)
SPT 0 a 2 3 a 5 6 a 10 11 a 19 > 19
Consistência
Muito 
mole
Mole Médio Rijo Duro
 (t/m³) 1,30 1,50 1,70 1,90 2,00
Fonte: adaptado de Silveira (2002)
Quadro 13 – Coesão e ângulo de atrito interno
Tipo de Solo
Coesão (t/
m²)
Ângulo de Atrito 
Interno (°)
Solos Argilosos (argilas e 
siltes argilosos)
C = NSPT Ø = 0
Solos Arenosos (areias e 
siltes arenosos)
C = 0 Ø = 15+√20 NSPT
Fonte: adaptado de Silveira (2002)
Quadro 14 – Módulo de deformabilidade ou elasticidade
Solo Argiloso E (t/m²) Solo Arenoso E (t/m²)
Areia com pedregulhos 330 NSPT Silte arenoso 225 NSPT
Areia 270 NSPT Silte 175 NSPT
Areia siltosa 210 NSPT Silte argiloso 125 NSPT
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Areia argilosa 165 NSPT Argila arenosa 210 NSPT
Silte arenoso 225 NSPT Argila siltosa 100 NSPT
Fonte: adaptado de Silveira (2002)
Quadro 15 – Módulo de poisson (µ)
Solo µ
Areia pouco compacta 0,2
Areia medianamente compacta 0,3
Areia compacta 0,4
Silte 0,3 a 0,5
Argila saturada 0,4 a 0,5
Argila não saturada 0,1 a 0,3
Fonte: adaptado de Silveira (2002)
Devido às incertezas e simplificações adotadas para caracteri-
zar solos, convém aplicar um coeficiente de segurança ao utilizar de da-
dos pré-definidos. Além disso, sugere-se sempre a utilização de prova 
de carga e ensaios de campo e laboratório para melhor caracterização 
do solo. Por fim, a utilização de experiência de obras executadas na 
região do empreendimento e o “velho bom senso” são sempre bem-vin-
dos.
RECALQUE
Recalque é o rebaixamento que a construção sofre devido ao 
adensamento do solo sob sua fundação. Tal deformação pode ser fruto 
de aplicação de cargas ou ocorrer em função do peso próprio das ca-
madas de solo superiores. 
O recalque pode ser imediato ou por adensamento, sendo o 
recalque total a soma dos dois:
onde:
 é o recalque imediato (ou elástico); é o recalque por aden-
samento (ou recalque no infinito); é o recalque total (ou absoluto).
𝛿𝛿𝑆𝑆 = 𝛿𝛿𝑠𝑠 + 𝛿𝛿𝑡𝑡 (27) 
 
𝜹𝜹𝒊𝒊 𝜹𝜹𝒂𝒂 
𝜹𝜹𝑻𝑻 
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Figura 20 – Recalque absoluto em uma sapata
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Geralmente os recalques em solos arenosos ou argilosos não 
saturados ocorrem de forma rápida, enquanto os recalques em solos ar-
gilosos saturados precisam de mais tempo para ocorrer em sua magni-
tude. Isso acontece porque no segundo caso, o recalque está associado 
à saída de água dos vazios do solo.
Se o recalque total for uniforme, o esperado é que não cause 
problemas estruturais. No entanto, se o recalque ocorre de forma desi-
gual, ocorrem esforços estruturais não previstos, ficando a obra susce-
tível a trincas e fissuras por Recalque Diferencial, fenômeno que pode 
até afetar a estabilidade global da estrutura.
Figura 21 – Desenho esquemático de um recalque diferencial
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Fundações Superficiais
Nas fundações do tipo sapata pode-se obter uma estimativa do 
recalque imediato, através de resultados de provas de cargas em placa 
quadrada, método denominado extrapolação direta do recalque, sendo 
este válido tanto para solos argilosos, como arenosos.
Para a estimativa de recalque imediato Terzaghi e Peck (1967) 
desenvolveram a equação (27) para extrapolação do recalque (ρp) de 
uma placa quadrada (30x30cm) para o recalque (ρs) de uma sapata 
quadrada de largura Bs, em metros.
Pode-se considerar que o recalque de uma placa circular com 
diâmetro de 80cm com uma área equivalente a uma placa quadrada de 
70cm corresponde ao dobro do recalque da placa quadrada de 30cm. 
Logo, para a aplicar a extrapolação de recalque, segundo a norma Bra-
sileira para sapatas quadradas o recalque deve ser dividido por 2,0.
Para o caso geral da equação de Terzaghi e Peck (1967) de ex-
trapolação de recalque, Sowers (1962) propõe uma correlação aplicável 
a qualquer dimensão de placa, descrita a seguir:
Onde:
Bs é o lado de uma sapata quadrada de qualquer dimensão.
O recalque elástico total em fundações rasas é dado por:
Onde:
q é a carga por m²; 
B é maior a largura da fundação; 
µ é o módulo de Poisson do solo;
I é o fator de influência;
ρ𝑠𝑠 = ρ𝑝𝑝 �
2 + 𝑎𝑎𝑠𝑠
𝑎𝑎𝑠𝑠 + 0,30
�
2
 
 
(28) 
 
ρ𝑁𝑁𝑎𝑎𝑅𝑅 = 
ρ𝑠𝑠
2
 → 
ρ𝑝𝑝 �
2 + 𝑎𝑎𝑠𝑠
𝑎𝑎𝑠𝑠 + 0,70
�
2
2
 
 
(29) 
 
ρ𝑠𝑠 = ρ𝑝𝑝 �
𝑎𝑎𝑠𝑠�𝑎𝑎𝑝𝑝 + 0,30�
𝑎𝑎𝑝𝑝 (𝑎𝑎𝑠𝑠 + 0,30)
�
2
 
 
(30) 
 
𝛿𝛿 = 
𝑞𝑞 𝑎𝑎 (1 − µ2) 𝐼𝐼 𝛼𝛼
𝐸𝐸
 (31) 
 
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α é o fator de embutimento; e
E é módulo de elasticidade do solo.
O fator de influência I está relacionado à razão entre a espes-
sura da camada e a largura da sapata com o formato desta sapata.
Figura 22 – Fator de influência
Fonte: adaptado de Silveira (2002)
O do fator de embutimento (α) é a razão entre o embutimento e 
o formato da sapata e é fornecido pelo gráfico a seguir:
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Figura 23 – Fator de embutimento
Fonte: adaptado de Silveira (2002)
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Para várias camadas de solo, podemos aplicar o princípio da 
Superposição dos Efeitos para cálculo do recalque:
Figura 24– Superposição de efeitos de recalque
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Sendo o recalque total:
 (32)
onde: é o recalque na camada 1;
 é o recalque na camada 2;
 é o recalque na camada 3.
O recalque diferencial admissível entre dois pontos é usual-
mente fornecido por expressão do tipo:
sadm = L / α (33) 
onde L é a distância entre os dois pontos em análise e α um 
coeficiente que depende de características e finalidades da construção. 
Podem estes pontos pertencer a fundações distintas (de pilares de um 
edifício, por exemplo) ou de uma mesma fundação (de um equipamen-
to). Costuma-se considerar para L a medida do maior vão da estrutura.
Nota 1: α = 500 é o valor sugerido por códigos de construção 
Se
𝐷𝐷
√𝐿𝐿 𝑎𝑎
≤ 1, utilizar a parte superior do gráfico; Se
𝐷𝐷
√𝐿𝐿 𝑎𝑎
> 1, 
calcular a relação contrária �
√LB
D
� e utilizar a parte inferior. 
𝛿𝛿𝑡𝑡𝑜𝑜𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 = 𝛿𝛿1 + 𝛿𝛿2 − 𝛿𝛿3 + 𝛿𝛿4 − 𝛿𝛿5 
𝜹𝜹𝒊𝒊 
(𝛿𝛿2 − 𝛿𝛿3) 
(𝛿𝛿4 − 𝛿𝛿5)57
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para edificações onde não se permite o aparecimento de fissuras.
Nota 2: A premissa básica para aplicação do princípio da 
superposição dos efeitos é que o solo (sistema geotécnico) é isotrópico, 
homogêneo e atende a lei de Hooke (regime elástico linear). Embora 
essa premissa não seja verdadeira, para efeito de pré dimensionamen-
to, o princípio da superposição dos efeitos torna-se uma ferramenta de 
cálculo simples (prática), portanto, de fácil utilização. Ainda em tem-
po, essa premissa é bastante razoável para solos arenosos, onde o 
recalque no infinito é muito próximo do recalque elástico. Para solos 
argilosos, sugere-se a utilização de modelos elastoplásticos para deter-
minação analítica do recalque.
ATRITO NEGATIVO
O atrito negativo ocorre quando o solo se desloca mais que a 
estaca, transferindo à estaca, por atrito lateral, carga QA, adicional à car-
ga Q aplicada no topo da estaca, reduzindo a capacidade da fundação 
na absorção de cargas úteis.
Figura 25 – Atrito negativo
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Segundo Velloso e Lopes (2012), é comum acontecer nas se-
guintes situações:
a) Amolgamento de argila;
b) Estaca cravada em solo mole onde houve depósito recente 
de aterro; 
c) Rebaixamento de lençol de água em camada de areia acima 
de uma camada de argila mole;
d) Cravação de estacas em solos subadensados;
e) Cravação de estacas em solos colapsíveis;
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: AL-GO Prova: Engenheiro Civil 
Nível: Superior.
Considerando um pilar de dimensões 25 cm x 25 cm, submetido 
a uma carga de 800 kN, assinale a alternativa que apresenta as 
dimensões mais econômicas de uma sapata em um solo com taxa 
admissível igual a 200 kPa. 
a) 1,0 m x 1,5 m
b) 2,0 m x 2,0 m
c) 1,5 m x 2,0 m
d) 2,0 m x 2,5 m
e) 2,5 m x 2,5 m
QUESTÃO 2
Ano: 2017 Banca: COVEST-COPSET Órgão: UFPE Prova: Enge-
nheiro Civil. Nível: Superior.
Para fins do projeto de fundações, deverão ser programadas, no 
mínimo, Sondagens a Percussão (SPT) de simples reconhecimen-
to dos solos. O resultado da sondagem deverá ser apresentado, 
graficamente, com a discriminação:
a) do tipo de solo encontrado em cada camada e sua consistência; da 
resistência oferecida à penetração do amostrador-padrão e do nível da 
água na data da perfuração.
b) do tipo de solo encontrado na primeira camada e sua consistência; 
da resistência oferecida à penetração do amostrador-padrão e do nível 
da água na data da perfuração.
c) do tipo de solo encontrado na última camada e sua consistência; da 
resistência oferecida à penetração do amostrador-padrão e do nível da 
água na data da perfuração.
d) do tipo de solo encontrado na primeira e na última camada e sua con-
sistência; da resistência oferecida à penetração do amostrador-padrão 
e do nível da água na data da perfuração.
e) do tipo de solo encontrado em cada camada e sua consistência; da 
resistência oferecida à penetração do amostrador-padrão e do nível da 
água no período chuvoso.
QUESTÃO 3
Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: Perito Criminal 
Nível: Superior.
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Um pilar transmite ao solo um peso de 500 kN. De acordo com a 
tabela abaixo, os valores das áreas das sapatas para assente em 
rocha sã e areia úmida, em mz, são respectivamente:
a) 0,1 e 5,0
b) 0,5 e 5,0
c) 1,0 e 0,5
d) 0,5 e 2,5 
e) 0,1 e 2,5
QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: MPE-PE Prova: Analista Ministerial. 
Nível: Superior.
Uma obra pública apresentou o projeto abaixo de estaqueamento 
de um pilar. 
Dados do projeto:
- Recalque admissível para a estrutura = 15 mm.
- Carga correspondente ao recalque admissível = 600 kN.
- Carga de ruptura obtida a partir de prova de carga executada no 
início da obra = 1650 kN. 
- Carga do Pilar = 2200 kN.
A carga admissível, desprezando o efeito do tamanho da fundação, 
é
a) 825 kN e, portanto, o projeto do estaqueamento está incorreto. 
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b) 400 kN e, portanto, o projeto do estaqueamento está correto.
c) 1 650 kN e, portanto, o projeto do estaqueamento está correto. 
d) 400 kN e, portanto, o projeto do estaqueamento está incorreto. 
e) 825 kN e, portanto, o projeto do estaqueamento está correto.
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: UNIFAL-MG Órgão: UNIFAL-MG Prova: Enge-
nheiro Civil. Nível: Superior.
Analisando as assertivas seguintes, referentes a projetos de blo-
cos sobre estacas e a NBR 6118, somente está correta: 
a) Para pequenas cargas e a critério do projetista, pode ser usado con-
creto simples para blocos sobre estacas.
b) No caso de estacas tracionadas, as armaduras das estacas devem 
ser ancoradas até 70% da altura dos blocos.
c) Blocos sobre estacas, diferentemente de sapatas, somente podem 
ser considerados rígidos.
d) Em blocos com duas ou mais estacas em uma única linha, é obriga-
tória a colocação de armaduras laterais e superiores.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Dimensionar a fundação superficial utilizando correlação com SPT:
SEÇÃO E PLANTA TÍPICA DE UMA SAPATA
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Dados:P = 50 tf / Fck = 30 MPa / Aço CA-50 / a0 = 20cm / d’ = 5 cm / 
NSPT médio = 10
TREINO INÉDITO
É obrigatório que tenha no relatório definitivo SPT (Boletim de Sonda-
gem definitivo) às seguintes informações, EXCETO:
a) nome do interessado/contratante, local e natureza da obra;
b) descrição sumária do método e dos equipamentos empregados na 
realização das sondagens;
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c) total perfurado, em metros e índice de resistência à penetração NSPT 
(Índice de Resistência à Penetração do Solo) ou relações do número de 
golpes pela penetração (expressa em centímetros) do amostrador;
d) cota do nível de implantação da obra;
e) indicação do nível da água e datas de início e término de cada son-
dagem.
NA MÍDIA
Tipos de fundações: como definir a melhor para sua obra?
Incertezas estão presentes em todo o canteiro de obra, até mesmo em 
construções com alto nível de planejamento. No caso da fundação de 
uma edificação o cuidado na decisão deve ser ainda maior.
Fonte: G1
Data: 25 maio 2017.
Leia a notícia na íntegra: https://www.conazsolucoes.com.br/2017/05/
25/fundacao-para-sua-obra/ 
Acesso em: 10/04/2019.
NA PRÁTICA
O engenheiro civil está constantemente exposto a diferentes desafios, 
e sem dúvidas podemos destacar o projeto de uma fundação como um 
desses desafios. Como a fundação é a parte da estrutura que transfere 
todo o carregamento para o solo, sua integridade e sua capacidade de 
suporte são fundamentais, uma negligência nessa parte pode levar ao 
colapso da estrutura, colocando em risco diversas vidas. O engenhei-
ro civil deve dominar o projeto de fundações, que devem incluir tanto 
o dimensionamento da peça, como o estudo geotécnico. Além disso, 
deve ter ciência dos preceitos da principal norma de fundações a NBR 
6122/2010. Na sua vida profissional, o engenheiro irá se deparar com 
situações onde há viabilidade técnica para mais de um tipo de funda-
ção, nesse caso, deve buscar aquela de melhor viabilidade financeira.
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Contenções são estruturas cuja finalidade é manter estáveis 
maciços de solo, evitando sua ruptura (local ou global), tombamento ou 
deslizamento. 
Podem ser classificadas:
(a) Pela sua permanência ou transitoriedade: provisórias (nomáximo dois anos) ou definitivas;
(b) Pelo seu funcionamento estrutural: rígidas ou flexíveis;
(c) Pela origem de seu equilíbrio: escoradas ou não escoradas.
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Figura 26 – Principais tipos de contenções
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
CONTENÇÕES PROVISÓRIAS – TIPOS E CARACTERÍSTICAS
Perfis Metálicos: São perfis metálicos cravados ou concre-
tados no terreno, cujos vãos são contidos com pranchas de madeira. 
O material pode ser recuperado após sua utilização, com exceção dos 
perfis concretados, cuja retirada se torna inviável. A alternativa de con-
cretagem (feita com pré-furos) é apenas para casos especiais, onde é 
necessário diminuir a vibração devido às construções vizinhas ou em 
situações onde o solo é de difícil escavação. 
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Figura 27 – Croqui esquemático de contenção provisória com perfis metálicos
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Estacas de Madeira: Elementos estruturais de madeira cra-
vados no terreno cujos vãos são contidos com pranchas de madeira 
com encaixe preferencialmente do tipo macho e fêmea escorados por 
caibros de madeiras inclinadas. É um tipo de contenção adequado para 
escavações manuais de pequenas alturas (até 2,5 m). Por se tratar de 
contenção provisória, o material também pode ser reaproveitado. 
Figura 28 – Croqui esquemático de contenção provisória com estacas de 
madeira
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Figura 29 – Detalhe encaixe tipo macho e fêmea
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
CONTENÇÕES CONVENCIONAIS – TIPOS E CARACTERÍSTICAS
Muros de Arrimo: São estruturas de contenção de parede ver-
tical ou quase vertical que se apoiam em algum tipo de fundação. Este 
tipo de contenção pode ser executado em corte ou aterro. Os muros de 
arrimo podem ser divididos em muros de gravidade e flexão.
Muros de Gravidade: Grupo de muro de arrimo cuja estrutura 
se opõe aos empuxos horizontais pelo peso próprio. Podem ser cons-
truídos de pedra, concreto ciclópico, gabiões, pneus amarrados preen-
chidos com solo, sacos solo cimento, gaiola de pré-moldado (conhecida 
como crib-walls), entre outros. Nas construções de pedra (sem arga-
massa), gabiões e pneus, a própria matéria-prima age como drenante. 
Isso, no entanto, não impede a instalação de um sistema complementar 
de drenagem.
Empuxo é a resultante das forças laterais exercidas pelo solo 
sobre a contenção.
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Figura 30 – Croqui esquemático de um muro de gravidade
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Figura 31– Tipos de muros de gravidade
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Figura 32 – Muro de concreto de alvenaria de pedras
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Figura 33 – Muro de concreto ciclópico
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
O concreto ciclópico é o conhecido concreto com adição de 
“pedras de mão”, com intuito de aumentar seu volume e peso.
Figura 34 – Muro de gabião
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Nota: Gabiões são gaiolas metálicas preenchidas com pedras.
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Figura 35 – Muro em pneus
Fonte: adaptado de Sieira (1998)
Figura 36 – Sacos solo cimento
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Nota: Os sacos de cimento secos são justapostos para conter 
a encosta. Na sequência, o saco é saturado com água e o processo de 
“cura” do cimento é iniciado. Os vazios entre os sacos são preenchidos 
com solo ao longo do tempo por “carreamento” do material.
Figura 37 – Muro cribwall
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Nota: este tipo de contenção também é conhecido como “muro 
em fogueira” por ser formado pela sobreposição de peças (de metal, 
concreto ou madeira) dispostas de forma semelhante a uma fogueira. 
Esta gaiola que se forma é então preenchida por brita ou terra, exercen-
do a função de contenção por meio da gravidade.
Figura 38 – Muro cribwall
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Figura 39 - Croqui esquemático de típicos muros de gravidade (caso particu-
lar concreto ciclópico)
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Figura 40 - Pré-dimensionamento de muro de gravidade
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
onde H é a altura do muro e B≃ 0,75 H.
Muros de Flexão: São muros de arrimo em concreto armado 
com estruturas esbeltas, cuja seção transversal se assemelha a um “L” 
ou a um “T” invertido (ou outros). Resistem ao empuxo por flexão, uti-
lizando o peso próprio do maciço que se apoia sobre sua base para 
buscar o equilíbrio. A largura da base em geral é de 50 a 70% da altu-
ra do muro. Para alturas superiores a 5 m, é recomendada a adoção 
de nervuras ou “contrafortes” que aumentam sua estabilidade contra o 
tombamento. Bastante utilizado em obras residenciais. 
Figura 41 – Croqui esquemático de típicos muros de flexão
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
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Nota: Muros de Flexão para aterro: (a) e (b); Muros de Flexão 
para Corte: (c) e (d). 
Figura 42 - Pré-dimensionamento de muro de flexão
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
onde H é a altura do muro; B≃ 0,7 H; b≃ 0,15 B; B1≃ 0,15 B; 
B2≃ 0,7 B; ho≃ 0,15 H.
Solos Grampeados: São solos cuja estabilidade é garantida 
através da introdução de grampos (barras de aço ou sintéticas, microes-
tacas ou até mesmo estacas) que resistem à flexão composta por estar 
em um plano sub-horizontal. O grampo, segundo a NBR 11682/2009, é 
um “elemento de reforço do terreno, constituído de perfuração preen-
chida com calda de cimento, ou argamassa, compósito ou outro aglu-
tinante, e elemento resistente à tração/cisalhamento. Tem a finalidade 
de distribuir cargas ao longo do seu comprimento, interagindo com o 
terreno circunvizinho, podendo parte da carga mobilizada ser absorvida 
pela cabeça”.
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Figura 43 – Solo grampeado
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Figura 44 – Detalhe solo grampeado
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
Cortina Atirantada: São estruturas compostas por concreto 
armado, projetado ou parede diafragma que trabalham juntamente com 
tirantes inseridos para garantir a estabilidade de solos em corte. Em ge-
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ral é adotada para contenção de grandes cargas ou situações cujo solo 
apresenta pouca resistência. Segundo a NBR 5629/2006, os tirantes 
são “peças especialmente montadas, tendo como componente principal 
um ou mais elementos resistentes à tração, que são introduzidas no ter-
reno em perfuração própria, nas quais por meio de injeção de calda de 
cimento (ou outro aglutinante) em parte dos elementos, forma um bulbo 
de ancoragem que é ligado à estrutura através do elemento resistente 
à tração e da cabeça do tirante”. Resumidamente, estruturas lineares 
transmissoras de esforços à tração. 
Figura 45 - Seção típica de uma cortina atirantada
Fonte: Ferreira e Porto (2019)
onde LL é o comprimento livre do tirante e LB o comprimento 
ancorado do tirante (bulbo).
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