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SEÇÃO4 1-ENFERMAGEM,CIENCIAETRABALHO (1)

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Unidade 4 - Profissional de enfermagem e qualidade de vida no trabalho
Seção 4.1 – Direitos trabalhistas e currículo profissional
Seção 4.1 – Direitos trabalhistas e currículo profissional
De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1945, todo cidadão tem direito ao trabalho, escolha de emprego com condição e remuneração justa e favorável, conceito no qual a Constituição Brasileira (BRASIL, 1988), em seu artigo 5º, inciso XII, corrobora, declarando livre qualquer trabalho ou profissão que atendam às qualificações legais estabelecidas.
Seção 4.1 – Direitos trabalhistas e currículo profissional
Conceito de direitos trabalhistas
A área que trata de questões relacionadas a relações de trabalho é o direito do trabalho, cujas normas têm origem na Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tem dois focos: empregado (aquele que realiza as tarefas estabelecidas pelo empregador em troca de salário) e empregador (aquele que contrata para a execução das tarefas por um salário). Nessa relação se estabelece um contrato de trabalho, baseado nas regras regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O direito à segurança social se faz através do trabalho, que pode ser independente ou autônomo, ou de forma dependente, como empregado.
Seção 4.1 – Direitos trabalhistas e currículo profissional
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) regulamenta as relações trabalhistas e seus direitos, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho a fim de proporcionar direitos trabalhistas adequados a todo e qualquer trabalhador. Uma das formas de se garantir o direito trabalhista também está relacionada ao dimensionamento do profissional de Enfermagem. Para a execução do trabalho, para a saúde do profissional e para exigir dele que cumpra os seus deveres de forma adequada, é importante que haja um número apropriado de profissionais, sejam eles auxiliares, técnicos ou enfermeiros.
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Todas as empresas, sejam elas públicas ou privadas, que têm trabalhadores sob o regime da CLT, devem seguir as normas regulamentadoras (NR) relacionadas à segurança e à medicina do trabalho. E, caso essas normas não sejam cumpridas, haverá a aplicação de penalidades de acordo com a legislação. Essas normas foram aprovadas em 1978, por meio da Portaria nº 3.214 (BRASIL, 1978).
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A enfermagem no Brasil moderno inicia-se com a Segunda Guerra Mundial (1938) e estende-se à atualidade, focalizando a profissionalização da enfermagem no processo brasileiro de acúmulo capitalista.
Até então, não se pensava em direitos trabalhistas, mas no final do século XIX a questão saúde no Brasil passa a constituir um problema econômico-social importante, a partir do momento em que doenças infectocontagiosas se propagaram rápida e progressivamente, o que atrapalhava o comércio com o exterior.
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Essas epidemias e endemias não só afetavam a população brasileira, mas também as tripulações dos navios estrangeiros, bem como a sua população. A partir de 1904 foram criadas várias estratégias a fim de controlar e prevenir contra a febre amarela, pelo médico Dr. Oswaldo Cruz, e houve a necessidade de um pessoal de enfermagem mais preparado para trabalhar tantas peculiaridades. Então, foi criada a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto no Hospital Nacional de Alienados do Ministério dos Negócios do Interior. 
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Em 1923, a enfermagem brasileira é estabelecida e assegurada em estrutura e parâmetros legais de acordo com o Decreto nº 16.300/1923 (Código Sanitário de Carlos Chagas) (BRASIL, 1923). A partir de então, novas leis foram estabelecidas para a fortificação da Enfermagem.
O Decreto nº 20.109/1931 (BRASIL, 1931) é considerado a primeira Lei do Exercício da Enfermagem Brasileira. Após esta, várias novas conquistas foram estabelecidas. Atualmente dispomos da Lei nº 7.498/1986 (BRASIL, 1986), regulamentada pelo Decreto nº 94.406/1987 (BRASIL, 1987), que trata do exercício profissional da enfermagem.
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Essa lei dispõe, em seu art. 1º, que é livre o exercício da enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições desta lei, que afirma que só poderá exercer a função de enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteiro quem for habilitado, titulado e contiver registro profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem de sua região.
Descreve as atribuições para cada uma das categorias do profissional de enfermagem. A titularidade constitui condição de capacidade técnica para o exercício profissional em qualquer profissão. Daí, a importância que a lei confere à qualificação ou ao título profissional de acordo com o grau de preparo e formação.
Seção 4.1 – Direitos trabalhistas e currículo profissional
A aplicabilidade dos direitos trabalhistas do enfermeiro relaciona-se às funções diretivas, de planejamento e organização da enfermagem, atividades técnicas específicas de: consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem; consulta e prescrição de enfermagem; cuidados diretos a pacientes graves e com risco de vida; cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas.
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A tomada de decisões dependerá do aprimoramento, do conhecimento, do comportamento ético do profissional, do compromisso social e profissional demonstrado pela responsabilidade no plano das relações de trabalho dentro das equipes de saúde, trazendo reflexos para o campo científico e político.
Elaboração de currículo profissional
O processo de ensino e aprendizagem marca o início da trajetória acadêmica de um aluno de enfermagem. Durante a graduação é importante que o aluno participe dos eventos propostos pela faculdade, não apenas para obter notas, mas seu engajamento deve ser sempre com o objetivo de aprendizagem.
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Participar de eventos sociais, dos programas estudantis, da divulgação do curso e profissão de enfermagem, bem como de trabalhos voluntários, traz contribuições para o aprendizado do aluno e para a comunidade em que se trabalha.
A comunicação é uma importante tática para promover a figura do enfermeiro. É imprescindível acrescentar fatores positivos a todas as oportunidades de uso da figura da enfermagem, seja para o paciente em campanhas de promoção a saúde, no uso da imagem enquanto aluno e na profissão. Essa é uma oportunidade de se fazer conhecer, trabalhando sua imagem por meio da comunicação e do relacionamento interpessoal.
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Sendo assim, saber trabalhar sua imagem é uma competência que deve ser aprimorada para fazer seu trabalho aparecer; então preste atenção em como você está é visto na faculdade, nos campos de estágio, nas atividades sociais em que você participa, nos trabalhos voluntários e, em breve, em seu emprego; assuma dessa forma o controle de sua imagem.
Um enfermeiro deve ter um bom currículo profissional e este se inicia por meio da comunicação, que na enfermagem é fundamental. Saber lidar com as pessoas é imprescindível, porque o trabalho de enfermagem tem como base as relações humanas.
Seção 4.1 – Direitos trabalhistas e currículo profissional
O currículo profissional (sinônimo de carreira, de vida profissional) é desenvolvido por meio da trajetória profissional, descrevendo seus conhecimentos, estudos e experiência profissional, levando em consideração as necessidades da instituição ou empresa que receberá esse documento.
Exemplificando
Além do currículo, você poderá utilizar outros métodos de apresentação profissionaldo mundo contemporâneo, como o cartão pessoal, site pessoal e currículo lattes. Esses documentos têm baixo custo e facilitam sua localização enquanto profissional. Após a avaliação de seu currículo, a empresa poderá solicitar o número de seu registro no COREN, além de outros documentos.
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A comunicação é uma estratégia que utilizamos para entender e nos fazermos entender de forma eficaz. Ela deve conter um emissor, um receptor, um canal e a referida mensagem. Tanto o currículo profissional como o marketing pessoal/profissional se desenvolvem a partir do processo ensino-aprendizagem por meio da comunicação.
 Para várias situações de nossas vidas, inclusive na vida profissional, a comunicação pode ser realizada por meio de canais verbais (oral ou escrito), não verbal (gestual, expressão corporal, olhar, sons, entonação da voz, desenhos, modo de se vestir).
Seção 4.1 – Direitos trabalhistas e currículo profissional
Para o desenvolvimento do currículo profissional e do marketing pessoal e profissional, também deve ser levada em consideração a sua imagem. É importante reforçar que quando falamos do modo de se vestir, falamos de imagem, ou seja, referimo-nos ao saber como se vestir no estágio, em um evento profissional ou educacional, em uma entrevista. 
Além disso, o entusiasmo, a energia positiva direcionada ao que se quer e pelo que se faz expressa na voz, na imagem e no posicionamento do profissional são fatores que também podem influenciar a sua carreira como enfermeiro
Seção 4.1 – Direitos trabalhistas e currículo profissional
Tenha consciência corporal, pois uma postura correta expressa confiança e segurança ao interlocutor. Cuidado com as formas de expressão, utilize-as de forma correta. Tenha cautela com o modismo, roupas muito vistosas, piercing, brincos e tatuagens. Use de bom senso, fazendo a discrição prevalecer. 
Maquie-se com moderação. Utilize acessórios com sobriedade e atente-se às orientações da NR32 (BRASIL, 2005) quanto a acessórios, em virtude do risco ocupacional. Cuidado com as roupas: atente-se ao comprimento das saias, transparências, decotes, babados, calças muito justas, usando cores mais neutras e discretas

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