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Fichamento - Fundamentos históricos da educação escolar

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PÓS-GRADUAÇÃO: Gestão Escolar Integradora– Textos BH 
IPEMIG 
FICHAMENTO – FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO ESCOLAR 
 
Em 1942 foi publicado o Decreto-lei no 4.048 que criava o Serviço Nacional de Aprendizagem 
Industrial (SENAI). 
 
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Desse modo, podemos afirmar que a educação jesuítica se constitui na matriz da educação 
brasileira e, por conseguinte, inaugurou o binômio que vai marcá-la até os dias atuais: o 
elitismo e a exclusão. Em síntese: as terras brasílicas conheceram a escola desde 1549. 
 
 
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Método, por sua vez, estava assentado nos princípios pedagógicos herdados da universidade 
medieval e eram: l. Controle disciplinar rígido das normas pedagógicas estabelecidas; ll. 
Repetição (leitura por meio da memorização/aprendizagem mnemônica); lll. Disputas 
(emulação entre os grupos de alunos da mesma turma tendo como conteúdo as obras lidas, ou 
seja, exercícios coletivos de fixação dos conhecimentos por meio de perguntas e respostas); lV. 
Composição (redação de textos tendo como referência os temas de estudo). 
 
 
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O método estava assentado nos princípios funcionais como: l. A utilização dos alunos mais 
avançados, denominados de “monitores” (ajudantes do professor), para a tarefa de ensinar 
aos seus colegas os conhecimentos que haviam sido adquiridos com antecedência. Portanto, 
os monitores ficavam responsáveis por uma boa parte da estrutura organizacional da escola e 
da transmissão dos conhecimentos curriculares; ll. Somente os monitores podiam se 
comunicar diretamente com o professor, um único professor de quem recebiam, ao mesmo 
tempo, tanto os conhecimentos básicos que deveriam ensinar às outras crianças quanto os 
procedimentos organizativos do processo de ensino e aprendizagem; lll. A racionalidade 
técnica do método de ensino mútuo estava fundada numa estrutura piramidal, ou seja, o único 
professor ficava situado na cúpula, os alunos na base e os monitores desempenhavam o papel 
de mediadores pedagógicos entre o professor (cúpula) e os alunos (base 
 
 
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Em 28 de dezembro de 1943 foi publicado o decreto-lei no 6.141: Lei Orgânica do Ensino 
Comercial. 
 
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Além disso, a Lei de 1850 estabeleceu princípios que se complementavam: l. As terras públicas 
somente seriam adquiridas por meio de contrato de venda e compra, o que colocava fim ao 
processo de obtenção das terras mediante ocupação, arrendamento e meação, procedimentos 
praticados desde a colônia; ll. As taxas de registro de propriedade cobradas pelo Estado 
serviriam para financiar as novas demarcações de terras públicas e também para subvencionar 
a imigração de colonos livres; lll. Estabeleceu-se um preço artificialmente elevado das terras 
públicas para um país onde a terra era disponível em amplíssima escala, de forma que os 
recém-chegados ficavam impedidos de adquiri-las. Por conseguinte, aos imigrantes, por terem 
 
 
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dificuldades econômicas de acesso à terra, só restava a opção de se transformarem em mão de 
obra assalariada. Assim sendo, a aristocracia agrária do século XIX foi obrigada a abrir mão do 
uso da escravidão por imposição da lógica capitalista mundial, mas preservou o caráter da 
propriedade privada da terra intacta. 
 
 
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Mas foram os resultados das eleições diretas para governadores de estado, em 1982, que 
suscitaram os projetos educacionais alternativos ao ensino tecnicista imposto pela ditadura 
militar, tais como: l. No Rio de Janeiro, o governo de Leonel Brizola (Partido Democrático 
Trabalhista) implementou os chamados CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública). Os 
CIEPs eram escolas de período integral e tinham a arquitetura assinada por Oscar Niemeyer. 
Nelas, os alunos permaneciam das 8 às 17 horas, sendo sete horas destinadas às aulas e as 
outras ficavam divididas entre refeições, esporte, estudo dirigido e assistência médica. ll. Em 
Minas Gerais, governado por Tancredo Neves (PMDB), foi convocado o Congresso Mineiro de 
Educação, cujas resoluções visavam combater o clientelismo, revitalizar as escolas normais e 
implementar os projetos pedagógicos do ciclo básico de alfabetização e dos currículos de 1o e 
2o graus, com as seguintes disciplinas: Ciências, História, Geografia e Educação para o 
Trabalho. lll. Já o governador Franco Montoro (PMDB), de São Paulo, implantou reformas 
pontuais, tais como: ciclo básico nas séries iniciais do 1o grau, o Estatuto do Magistério e a 
reforma curricular do 1o e 2o graus. No Paraná, governado por José Richa (PMDB), instituíram-
se as eleições diretas para o cargo de diretores das escolas públicas. 
 
 
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Assim, o sistema nacional de educação engendrado pelas reformas educacionais da ditadura 
militar (Reforma Universitária de 1968 e reforma da escola de educação básica) pode ser 
sumariado da forma: l. Ensino de 1o grau de oito séries obrigatórias (reunião das antigas 
quatro séries obrigatórias com as quatro séries do antigo curso ginasial): cumprimento da 
obrigatoriedade escolar na faixa etária de 7 a 14 anos, nas capitais e nos grandes centros 
urbanos (“Operação Escola”); assistência ao educando (alimentação, serviços de saúde, 
material escolar, etc.). ll. Ensino de 2o grau (educação escolar facultativa de três séries): a 
reformulação do ensino ginasial, de modo que ele viesse a constituir com o nível primário um 
sistema fundamental contínuo, capaz de atender à elevação dos padrões qualitativos, 
assegurando formação básica ao educando para atuar nas atividades da indústria, agricultura e 
serviços, após treinamento intensivo e rápido para o trabalho. Elevação do nível do pessoal 
docente, técnico e administrativo, notadamente nas áreas do ensino mais relacionado com o 
desenvolvimento. lll. Educação Superior: ampliação das matrículas, especialmente nas 
modalidades profissionais consideradas prioritárias pelo seu caráter social e interesse no 
processo de desenvolvimento econômico nacional (“Operação-Produtividade”). Intensificação 
da pós-graduação, em nível de mestrado e doutorado, a fim de formar pessoal docente para o 
próprio ensino superior, bem como proporcionar recursos humanos com alto nível de 
qualificação para atender os interesses econômicos das empresas públicas e privadas. 
 
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Foi o decreto-lei no 4.073: Lei Orgânica do Ensino Industrial, publicado em 30 de janeiro de 
1942. 
 
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A universidade pública brasileira, por sua vez, padecia de outros grandes problemas: l. 
Defasagem dos currículos e da qualificação do corpo docente - esta era determinada pela 
cátedra (cargo ocupado pelo professor titular); ll. Precariedade da infraestrutura dos 
laboratórios de pesquisa e de ensino; lll. Existência de uma estrutura acadêmica que conferia 
ao sistema universitário uma característica autoritária.

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