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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA EXPERIMENTO 2: DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE DISSOCIAÇÃO DE INDICADORES POR ESPECTROFOTOMETRIA ISADORA MASSUYAMA IZABELLA KAORI SACOM KUWANO JOICE DE SOUZA PINHEIRO JULIA MARIA BORGES EVALDT LAURA MARIA EFFTING SILVA LAURA MACIEL COSTA MARCOS ANTONIO DA SILVA RÄDER FLORIANÓPOLIS, 2022. 1. OBJETIVOS - Analisar pela observação visual o efeito do pH na mudança da coloração de diferentes indicadores; - Utilizar o espectrofotômetro para determinar a constante de dissociação do indicador vermelho de metila. 2. INTRODUÇÃO Os indicadores de ácido-base detém a função de mudar de coloração de acordo com o pH do meio. Geralmente são constituídos por um ácido ou uma base fraca que consegue entrar em equilíbrio com sua base ou ácido conjugado. O funcionamento se baseia no Princípio de Le Chantelier, dessa forma, cada substância possui uma cor e o deslocamento de equilíbrio resulta na mudança da coloração da solução. A constante de ionização (Ki) refere-se a uma relação entre as concentrações dos produtos e dos reagentes nos processos de ionização ou de dissociação. A partir dessa pode-se saber a concentração de íons [H+] ou [OH- ] na solução, o que permite calcular o pH ou o pOH. Visto que as fórmulas do potencial hidrogêniônico/hidroxiliônico são: pH = - log [H+] e pOH = - log [OH-]. Para que a visualização das cores seja possível, ocorre a absorção de radiação luminosa na região visível do espectro eletromagnético. Por meio do método da espectrofotometria podem ser identificadas e quantificadas substâncias químicas pela absorção e transmissão de luz que passa através de uma amostra. O equipamento espectrofotômetro é capaz de medir a quantidade de energia luminosa absorvida, possibilitando a determinação da concentração de substâncias através da sua interação com a luz. Segundo a Lei de Beer, a concentração da espécie absorvente é proporcional a sua absorbância (A), pela relação A = ε.b.C, no qual ε é a absortividade, C é a concentra- ção da espécie e b é o caminho óptico. Logo, por meio de substituições na equação de Henderson- Hasselbalch, pôde-se deduzir: Portanto, entende-se que é possível calcular o pKa de uma amostra analisando sua absorbância. No experimento realizado e que é mostrado neste relatório, analisamos o efeito do pH na mudança de coloração de diferentes indicadores, além de determinarmos pela espectrofotometria a constante de dissociação de um dos indicadores utilizados: o vermelho de metila. 3. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL 3.1. Materiais Para este experimento foram utilizadas 2 buretas de 10 mL, 1 pipeta graduada de 10 mL, 1 pipeta volumétrica de 1 mL, 1 béquer de 250 mL e 2 de 50 mL, 13 tubos de ensaio médios, 100 mL de fosfato de sódio 0,2 mol L -¹, 100 mL de ácido cítrico 0,1 mol L-¹, soluções tampão (pH 4,0 e 7,0) para calibrar o pHmetro, solução de vermelho de metila diluído e soluções dos indicadores utilizados. 3.2. Procedimentos Inicialmente, foram preparados 6 tubos contendo soluções com diferentes concentrações de ácido cítrico e fosfato de sódio, sendo utilizada uma bureta para transferência destes líquidos. A concentração utilizada encontra-se na tabela abaixo. Tabela 1 - Volumes utilizados no preparo de soluções tampão de pH 3 a 8. Após o preparo destas soluções, estas foram separadas em diferentes tubos de ensaio, um contendo 3 mL e outro 7 mL. As que possuíam volume de 7 mL foram utilizadas para conferir o pH utilizando o aparelho pHmetro (previamente calibrado) com intuito de conferir o valor alcançado teoricamente. Aos tubos de ensaio contendo 3 mL foram adicionadas 2 gotas de vermelho de metila diluído. Estas soluções então foram passadas para o espectrofotômetro, com intuito de medir sua absorbância, podendo assim, chegar em um valor para a concentração dos elementos utilizados. 4. RESULTADOS E TRATAMENTO DE DADOS Os dados e seus respectivos tratamentos podem ser observados abaixo. Tabela 2 - Determinação do pH experimental e da cor aparente Determinação do pH experimental e da cor aparente Solução pH teórico pH experimental Cor observada experimentalmente 01 3,0 3,20 alaranjado 02 4,0 4,60 azul 03 4,5 5,12 vermelho 04 5,0 5,63 amarelo 05 6,0 6,36 verde 06 a 8,0 8,11 vermelho 06 b 8,0 811 incolor Fonte: O autor. Tabela 3 - Determinação da absorbância de soluções com diferentes pHs contendo Vermelho de Metila Determinação da absorbância de soluções com diferentes pHs contendo Vermelho de Metila Solução Absorbância 01 0,264 02 0,217 03 0,115 04 0,060 05 0,039 06 0,032 Fonte: O autor. 1- Defina a constante de dissociação ácida pKa e básica pKb para uma substância. Explique fazendo a dissociação da molécula do vermelho de metila no equilíbrio ácido/base. HIn ⇌ +𝐻+ 𝐼𝑛− Ka = aplica-se -log[𝐻 +].[𝐼𝑛−] [𝐻𝐼𝑛] pKa = -log [ ] - log𝐻+ [𝐼𝑛 −] [𝐻𝐼𝑛] pKa = pH - log [â𝑛𝑖𝑜𝑛][á𝑐𝑖𝑑𝑜] E da mesma forma para pKb, só que agora o íon está envolvido.𝑂𝐻− pKb = pOH - log [𝑐á𝑡𝑖𝑜𝑛][𝑏𝑎𝑠𝑒] Analogamente para o vermelho de metila em sua dissociação representada abaixo. Figura 1 - Dissociação do Vermelho de Metila Fonte: Wikipedia [1] pKa = pH - log [â𝑛𝑖𝑜𝑛](𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎)[á𝑐𝑖𝑑𝑜](𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎) 2- Discuta os resultados obtidos na Tabela 3 em relação ao pH teórico e experimental e a cor da solução de indicador teórico e experimental. Solução 1: A cor observada (alaranjado) quando comparada com a faixa de cor teórica (2,9 - 4,6) nos indica que o pH esteja em torno de 4,6. O pH experimental observado foi 3,20, um pouco menor quando comparado com o que foi analisado pelos indicadores, mas ainda assim está dentro da faixa de cor teórica, indicando que está no período de mudança entre as cores. O pH teórico (3,0) foi próximo do experimental. Solução 2: A cor observada (azul) quando comparada com a faixa de cor teórica (2,8 - 4,6) nos indica que o pH esteja em torno de 4,6, e o pH experimental foi justamente 4,6, que também é próximo do teórico (6,0). Solução 3: A cor observada (vermelho) quando comparada com a faixa de cor teórica (4,2 - 6,3) nos indica que o pH esteja em torno de 4,2. O pH experimental observado foi 5,12, um pouco elevado quando comparado com o que foi analisado pelos indicadores, mas ainda assim está dentro da faixa de cor teórica, indicando que está no período de mudança entre as cores. O pH teórico (4,5) também se afastou um pouco do experimental (5,12). Solução 4: A cor observada (amarelo) quando comparada com a faixa de cor teórica (5,2 - 6,8) nos indica que o pH esteja em torno de 5,2. O pH experimental observado foi 5,63, bem próximo do esperado pelas cores e do teórico (5,0). Solução 5: A cor observada (verde) quando comparada com a faixa de cor teórica (6,0 - 7,6) nos indica que o pH esteja entre essa faixa, já que as cores do indicador são amarelo e azul, e o observado foi a mistura das duas (verde). O pH experimental observado foi 6,36, realmente entre a faixa de pH das cores e próximo do valor teórico (6,0). Solução 6a: A cor observada (vermelho) quando comparada com a faixa de cor teórica (7,2 - 8,8) nos indica que o pH esteja em torno de 8,8. O pH experimental observado foi 8,11, bem próximo do esperado pelas cores e do teórico (8,0). Solução 6b: A cor observada (incolor) quando comparada com a faixa de cor teórica (8,3 - 10,0) nos indica que o pH esteja em torno de 8,3. O pH experimental observado foi 8,11, bem próximo do esperado pelas cores e do teórico (8,0). É possível estimar o pH de uma solução aquosa pela cor obtida quando da adição de um indicador cujo pKa é conhecido? Sim, isso é possível porque a faixa de pH em que é perceptível a mudança de cor é igual a pKa ± 1, e já que conhece-se o pKA e a cor obtida experimentalmente isso possibilita identificar o pH aproximado daquela solução. O que são espectros de absorção?Explique (Voguel, pg. 542). Quando uma solução de uma determinada substância é submetida a leituras de absorbância ao longo de uma faixa de comprimentos de onda eletromagnética, se obtém informações referentes à capacidade do composto em absorver luz. O espectro de absorção é a representação gráfica que relaciona comprimento de onda ( ) e absorbância, ou seja, informa o conjunto de ondas e frequências absorvidas pelaλ substância quando incidimos sobre ela uma radiação com espectro contínuo. Dessa forma, é possível caracterizar e verificar qual a faixa de comprimento de onda em que um determinado composto apresenta sua maior afinidade de absorção. Segundo Voguel, a absorção de uma substância é impactada com frequência pela presença de um cromóforo. Um cromóforo é um grupo funcional que contêm invariavelmente ligações duplas ou triplas, grupos nitro e nitroso, grupo azo e os grupos carbonila e tiocarbonila e tem um espectro de absorção característico na região visível ou ultravioleta. Se o cromóforo for conjugado com outro da mesma espécie, ou de espécies diferentes, a adsorção será realçada e aparecerá uma nova banda de absorção em um comprimento de onda maior Que tipos de moléculas apresentam absorção no ultravioleta e/ou no visível? Diversos compostos orgânicos com funções como álcoois, éteres, aminas, alcenos, alcinos, compostos carbonílicos, de enxofre e com anéis aromáticos constituem grupos cromóforos e absorvem radiação ultravioleta e visível. Cromóforos ou grupo cromóforo é a parte ou conjunto de átomos de uma molécula, denominados de grupos funcionais orgânicos que absorvem na região do ultravioleta ou visível. 3- Com os dados de absorbância obtidos dos espectros de UV-Vis, determine a constante de dissociação (Ka) e pKa do indicador por meio da Equação 5. A constante de dissociação corresponde à média aritmética dos quatro valores encontrados. Para os cálculos (Eq. 5) assuma que o valor da absorbância (A) em pH 3 corresponde a AHin e, em pH 8, a AIn-. O valor de A será obtido em cada um dos outros espectros (Figura 2A) em um comprimento de onda específico, por exemplo, em 520 nm (Fig 2A). pKa = pH - log (𝐴) − (𝐴 𝐻𝐼𝑛 ) (𝐴 𝐼𝑛− ) − (𝐴)( ) Solução 2: pKa = 4,60 - log = 5,190,217 − 0,2640,032 − 0,217( ) Ka = = = 6,45.10−𝑝𝐾𝑎 10−5,19 10−6 Solução 3: pKa = 5,12 - log = 4,860,115 − 0,2640,032 − 0,115( ) Ka = = = 1,38.10−𝑝𝐾𝑎 10−4,86 10−5 Solução 4: pKa = 5,63 - log = 4,770,060 − 0,2640,032 − 0,060( ) Ka = = = 1,69.10−𝑝𝐾𝑎 10−4,77 10−5 Solução 5: pKa = 6,36 - log = 4,850,039 − 0,2640,032 − 0,039( ) Ka = = = 1,41.10−𝑝𝐾𝑎 10−4,85 10−5 Média = = 4,91 (valor de pKa calculado algebricamente)5,19 + 4,86 + 4,77 + 4,854 4. Faça um gráfico como o da Figura 2 B e determine o pKa por regressão linear, Eq. 5 (y=ax + b). 5. Obtenha da literatura o valor teórico da constante do indicador e calcule o erro experimental do pKa. Compare o pKa do indicador calculado algebricamente (questão 2) e com o gráfico, (questão 3). Discuta os dois resultados em relação ao erro percentual obtido. pKa teórico = 5,1. pKa gráfico = 5,007 pKa calculado = 4,91 Erro absoluto: |5,1 - 4,91| = 0,19 Erro relativo: 0,19/5,1 x 100 = 3,72% Os valores ficaram próximos entre si, sendo que o valor de pKa do gráfico ficou mais próximo do valor teórico do que o pKa calculado. 6. O que é ponto isosbéstico? É possível observar a existência de ponto isosbéstico nos espectros de absorbância que você obteve experimentalmente para o vermelho de metila? Compare com a Figura 2A. Ponto isosbéstico é quando as soluções com concentrações diferentes apresentam a mesma absorbância em um comprimento de onda fixo. Na figura 2, o ponto isosbéstico se localiza na faixa de 470-480nm. No gráfico, é possível observar a dissociação do indicador pela variação da coloração das soluções, conforme seu pH. Essa variação faz com que cada pH possua seu próprio valor de absorbância. 7. Com o valor do pKa obtido experimentalmente calcule a variação da energia livre de Gibbs G para a dissociação do vermelho de metila. Considere a eq G = -RTlnKa,∆ ∆ qual o significado do resultado obtido, discuta. R = 8,314 J/MolK; T = 298K. pKa = -log Ka 4,91 = -logKa Ka= 10*-4,91 Ka = 1,23x10*-5 dG = -8,314 x 298 x ln(1,23x10*-5) dG = + 28.01 kJ/molK Segundo o resultado da equação, o dG é positivo, ou seja, a reação não acontece de forma espontânea. Como dG>0, a reação tende ao reagente. 8. O pH é um dos fatores mais importantes no processo de formulação de fármacos por causa de seus efeitos sobre a solubilidade e a estabilidade dos princípios ativos. Relacione situações que exemplifiquem a importância do controle do pH na área farmacêutica. O ajuste de pH significa baixá-lo ou elevá-lo a valores apropriados para solubilizar uma substância, estabilizar e promover sua ação. Esses ajustes são fundamentais para a compatibilidade fisiológica com o pH da pele (pele: pH = 5,5; axilas: pH = 6,1 - 6,8; vagina: pH = 4,0 - 4,5). Caso haja a necessidade de manter o pH da formulação em valores inalteráveis durante o período de uso, se faz necessário utilizar um sistema tampão. Dependendo da faixa de pH da formulação, da compatibilidade, da via de administração e da forma farmacêutica, existem vários tipos de tampão que podem ser úteis dentro dessas faixas: ● Tampão citrato: pH 2,5 - 6,5 ● Tampão fosfato: pH 6,0 - 8,0 ● Tampão de bicarbonato de sódio: pH 8,0 - 9,0 O tampão citrato é, geralmente, o mais utilizado em formulações tópicas, pois compreende uma boa faixa de pH do organismo. Por exemplo, para fazer 100g de um creme de pH = 3,0 é preciso de 5,74% de ácido cítrico monohidratado e de 1,76% de citrato de sódio dihidratado. Já para um creme de pH = 5,5 é necessário 0,98% de ácido cítrico monohidratado e de 8,42% de citrato de sódio dihidratado. 9. Que tipos de resíduos químicos foram gerados neste experimento e como foram tratados. Explique. Veja item 4. Neste experimento, foram gerados como resíduos químicos soluções tampão, contendo diferentes concentrações de fosfato dissódico ( e ácido cítrico (C₆H₈O₇)𝑁𝑎 2 𝐻𝑃𝑂 4 ) e com seus respectivos indicadores. Levando em consideração que, a faixa permitida para descarte de efluentes deve apresentar um pH entre 5-9 e o pH das soluções preparadas variaram de 3-8, todas as soluções foram colocadas em um frasco para o ajuste de seu pH, com o auxílio de um pH-metro e com a adição de gotas de ácidos ou bases para a regulagem de pH das que fossem necessário. Além disso, para as soluções que foram adicionados os indicadores (corantes), foram colocadas em um recipiente com carvão ativado, para a coloração das soluções serem removidas através da adsorção com carvão ativado. Portanto, esperou-se a decantação até a solução tornar-se incolor e o líquido sobrenadante descartado e o sólido, carvão e corante, descartado como sólido inerte para que ocorra sua incineração ou para que seja reutilizado pelos próximos grupos. Além disso, as soluções manipuladas eram diluídas e de material não-tóxico e biodegradável. 10. Assista ao vídeo https://www.youtube.com/watch?v=ZCgzeWQqrIs. Descreva o funcionamento do aparelho de UV-Vis. Você usou um espectrofotômetro na região do visível para verificar a dissociação do indicador ácido- base vermelho de metila. Porque isso foi possível? O vídeo não pode ser acessado, é um vídeo indisponível, privado. No aparelho, normalmente há a presença de duas fontes de luz, uma lâmpada de deutério que emite luz na região UV (não consegue-se enxergar) e outra de tungstênio, que emite luz na região VIS, de todas as cores. Então, essas luzes, através de um espelho, chegam até o monocromador, que é a parte do espectrofotômetro que isola o comprimento de onda de interesse e elimina a radiação de segunda ordem. O aparelho também possui um compartimento de amostra, que é onde a cubeta é colocada com a solução de analito ou padrão. Apresenta um detector, que converte a luz transmitida através da amostraem sinal elétrico, um microprocessador que converte esse sinal elétrico em uma leitura digital (como absorbância, transmitância) e um display, que é o visor de resultados em absorbância, transmitância. Foi possível analisar a dissociação do indicador vermelho de metila, através do espectrofotômetro, pois a coloração é influenciada pelo seu pKa em relação ao pH da solução. O vermelho de metila apresenta diferentes colorações quando dissociado se comparado a quando não-dissociado. Quando o pKin (pK do indicador) for inferior ao pH do meio, sua cor será manifestada em sua forma ionizada, no caso do vermelho de metila apresenta cor amarela nessa forma. E quando o pKin for superior em relação ao pH do meio, sua coloração se manifestará em sua forma não-ionizada, no caso deste indicador, se apresenta na cor vermelha. Portanto, pôde-se verificar essa dissociação, devido à absorção da luz. 11. Através de espectrofotometria pode-se determinar o pKa de aminoácidos e proteínas? Explique. Descreva outro método experimental que poderia ser usado para determinar o pKa. Existem alguns aminoácidos que possuem um anel benzênico, como é o caso da fenilalanina e da tirosina, que por possuírem ligações duplas de carbono, são capazes de absorver luz na região visível, por conterem grupos cromóforos. As proteínas são constituídas por várias cadeias de aminoácidos que absorvem luz somente na região do ultravioleta. Logo, para proteínas, por espectrofotometria não seria possível determinar o pKa. Outros métodos que poderiam ser utilizados seriam uma curva de titulação, titulação potenciométrica, cromatografia líquida. 5. CONCLUSÃO Conclui-se, portanto, que foi possível observar alterações nas tonalidades das cores das soluções que possuíam indicadores, causadas pelas diferenças de concentração de íons H+. Sendo assim, alterações graduais na tonalidade representam uma combinação de cores referentes ao indicador na forma protonada e desprotonada, ou seja, tonalidades extremas. Ademais, com o auxílio de um espectrofotômetro de absorção ultravioleta visível (UV-Vis) foi possível determinar a medida qualitativa de diversos espectros de absorbância do vermelho de metila. Na área farmacêutica, o pH é um importante fator de controle em formulações líquidas, pois afeta diretamente a solubilidade do fármaco e, portanto, na estabilidade e posterior absorção, além disso, em soluções orais, o pH inapropriado pode levar a alterações no teor e prejuízos da atividade terapêutica. A espectrofotometria também é de grande importância para as ciências farmacêuticas, já que é utilizada para medição de cor em uma grande variedade de aplicações, garantindo, por exemplo, que a cor seja consistente com a dose de um fármaco. O espectrofotômetro é utilizado também para medir determinados ingredientes em uma droga, medir o crescimento bacteriano, ou diagnosticar um paciente com base na quantidade de ácido úrico presente em sua urina. 6. BIBLIOGRAFIA [1] Methyl red. Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Methyl_red. Acesso em: 24 de set. de 2022. https://en.wikipedia.org/wiki/Methyl_red
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