Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS CIÊNCIAS NATURAIS 6º AO 9º ANO 2 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS CIÊNCIAS NATURAIS 6º AO 9º ANO Coordenação, elaboração e revisão técnica Professora Rita de Cássia Malagoli Krelling Licenciada em Ciências e Química (UFSC) Especialista em Ciências do 2º Grau (UDESC) Elaboração Professora Elisa Margarita Orlandi Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas (UFSC) Mestranda na Pós-Graduação Científica e Tecnológica da (UFSC - Término em 2014) Assessoria Pedagógica Professora Rita de Cássia Malagoli Krelling Licenciada em Ciências e Química (UFSC) Especialista em Ciências do 2º Grau (UDESC) Revisão Ortográfica e Gramatical Professora Juliana Cristina Scheffler Licenciada em Letras Português Espanhol (UNICRUZ – RS) Especialista em Metodologia do Ensino de Línguas (CELER/FACISA– SC) Ilustrações Alexandre Viana Claudio Renato Coelho Diego de Los Campos Leandro Lopes Editoração Eletrônica Jorge João Gomes 3 TRABALHANDO AS CIÊNCIAS NATURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL II (6º AO 9º ANO) APRESENTAÇÃO Comprometida com a educação do ser humano, e visando sua formação integral, a Equipe Técnica da AUTOLABOR tem grande satisfação em apresentar, o Manual de Ciências Naturais para o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), cuja formatação, tanto em relação aos textos quanto ao seu aspecto visual, busca despertar no educando sua capacidade inerente de criatividade, discernimento, construção, reconstrução, organização do conhecimento interno e externo, sempre considerando e respeitando as limitações individuais. Manteve-se a coerência com o modelo educacional vigente, em conjunto com os ditames da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, motivando o aluno a uma reflexão quanto ao seu processo de desenvolvimento e a sua formação futura, construindo um indivíduo crítico e compromissado com as mudanças, reelaborando, assim, seus valores e crenças. Para tanto, fizeram-se adaptações das experiências clássicas, de fácil execução e seguras, para uso no Laboratório Didático Móvel (LDM). As experiências são realizadas em microescala, o que significa economia e comprometimento com a conservação do meio ambiente, permitindo ao professor uma maior flexibilidade de acordo com o contexto escolar, e vinculando as atividades ao cotidiano dos alunos, demonstrando a estes que é fundamental a preservação do meio em que se vive, para si e para os seus descendentes. Ressalta-se que todas as atividades contidas neste manual, possuem base teórica e prática de acordo com as referências que podem ser consultadas no final desta edição. Na certeza do benefício que esta publicação trará aos professores do 6º ao 9º ano do ensino fundamental II, a Equipe Técnica da AUTOLABOR coloca-se à disposição para eventuais críticas e Observações que possam contribuir para as próximas reedições. Atenciosamente, Equipe Técnica da AUTOLABOR. 4 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO 5 AUTOLABOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. A Autolabor Indústria e Comércio Ltda., empresa genuinamente brasileira, foi fundada em 1997, no município de São José, em Santa Catarina. Um de seus produtos, o Laboratório Didático Móvel, único no Brasil e no mundo, patenteado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), é fabricado e distribuído somente pela Autolabor Indústria e Comércio Ltda., conforme atestam as cartas de exclusividade emitidas pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ). O LDM, por ser compacto e móvel, pode permanecer estacionado na Secretaria da Escola, deslocando-se para a sala de aula somente quando necessário, assim, se otimiza o tempo dos alunos e dos professores. Além disso, a Escola não precisa dispensar uma sala de aula exclusiva para a instalação do laboratório; as aulas práticas de Ciências podem ser ministradas em classe, no pátio, na horta da escola ou em qualquer outro lugar que o professor escolher. Este laboratório dispensa mudanças de infraestruturas lentas e onerosas, uma vez que o mesmo já está preparado para a utilização, bastando apenas desembalar. O material que o acompanha foi dimensionado considerando-se o equilíbrio entre o papel da ciência experimental – do Ensino Fundamental II, o tempo disponível para ministrar as aulas teóricas e práticas de ciências, bem como a periculosidade de certos experimentos. O conjunto resultante é prático, simples e, por custar apenas uma fração de um laboratório convencional, contribui para democratizar a prática e o uso da ciência experimental. A Autolabor Indústria e Comércio Ltda., líder de mercado de Laboratórios Móveis, tem capacitado mais de sete mil professores em seus Cursos de Capacitação para o uso do LDM, em todo o Brasil. Os cursos são ministrados por professores qualificados e experientes de várias instituições de ensino conveniadas. Para maiores informações, esclarecimentos e observações, entre em contato conosco. Será uma honra atendê-lo! Nosso endereço: Av. Caetano Silveira, 651 – Quadra D. Lote 9A. Área Industrial – Palhoça – SC CEP: 88.133-520 Fone/Fax: +55 (48) 3271-4700 Site: www.autolabor.com.br E-mail: autolabor@autolabor.com.br 6 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO 7 Sumário INTRODUÇÃO ..........................................................................................................11 PARTE I - ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS E DADOS COMPLEMENTARES .........13 I.1 - FUNDAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS ...15 I.2 - NORMAS DE LABORATÓRIO ............................................................................17 I.3 - ACIDENTES MAIS FREQUENTES EM LABORATÓRIO E OS PRIMEIROS SOCORROS ............................................................................19 I.4 - MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO ..........................................20 I.5 - TÉCNICAS DE LABORATÓRIO ...........................................................................34 LEITURA DE VOLUMES EM APARELHOS VOLUMÉTRICOS ..............................34 TÉCNICAS DO USO DE PIPETAS .......................................................................34 TÉCNICAS DO USO DE BURETAS .....................................................................35 TÉCNICA DO USO DE BALÕES VOLUMÉTRICOS .............................................36 TÉCNICA DE AQUECIMENTO DE TUBOS DE ENSAIO ......................................36 AQUECIMENTO DE LÍQUIDOS NO BÉQUER ...................................................37 LIMPEZA DE MATERIAL DE VIDRO ...................................................................37 I.6 - PREPARO DE SOLUÇÕES ...................................................................................39 I.7 - CÁLCULO DO PREPARO DE DILUIÇÃO ...........................................................42 1.8 - ROTULAGENS DE SOLUÇÕES PREPARADAS NO LABORATÓRIO ..................42 PARTE II - ATIVIDADES EXPERIMENTAIS ..................................................................43 01 - A RESPIRAÇÃO DOS HUMANOS ......................................................................45 02 - A VIDA NO FORMIGUEIRO ...............................................................................46 03 - AÇÃO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA SOBRE LÍQUIDO .....................................47 04 - AGENTES NATURAIS (BIOINDICADORES) E A POLUIÇÃO...............................48 05 - ANÁLISE DE CÁTIONS POR VIA SECA / TESTE DE CHAMA ..............................50 06 - ANÁLISE DO SUOR ............................................................................................54 07 - ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DE FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS ..............55 08 - ANATOMIA DE UMA FLOR COMPLETA ............................................................59 09 - ATOS VOLUNTÁRIOS E ATOS REFLEXOS .........................................................618 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO 10 - BALÃO-FOGUETE ..............................................................................................63 11 - BOMBA DE BOLHAS- PRODUÇÃO DE GÁS CARBÔNICO ...............................65 12 - CALOR E TEMPERATURA ...................................................................................67 13 - CANHÃO DE SAL DE FRUTAS ...........................................................................68 14 - CENTRO DE GRAVIDADE E CENTRO DE MASSA..............................................70 15 - CNIDÁRIOS ........................................................................................................71 16 - COLEÇÃO DE ROCHAS .....................................................................................73 17 - COLÔNIA DE BACTÉRIAS ..................................................................................74 18 - COMPOSIÇÃO DO SOLO ..................................................................................76 19 - CONDUÇÃO E ECONOMIA DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................79 20 - CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA DE SOLOS ........................................................82 21 - CONHECENDO OS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS ...................................83 22 - CROMATOGRAFIA EM PAPEL ...........................................................................84 23 - CURVA DE AQUECIMENTO DA ÁGUA .............................................................87 24 - DECOMPOSIÇÃO DA LUZ ................................................................................90 25 - DESCOLORINDO O MOLHO DE TOMATE .......................................................91 26 - DESTILAÇÃO DA ÁGUA I ..................................................................................92 27 - DETECÇÃO DA PRESENÇA DE MINERAIS EM ORGANISMOS DO REINO ANIMAL ..................................................................94 28 - DETECÇÃO DA PRESENÇA DE AMIDO .............................................................95 29 - DETERMINAÇÃO DE PRESENÇA DE PROTEÍNA EM AMOSTRAS (I) ..................97 30 - DETERMINAÇÃO DO CARÁTER ÁCIDO/BÁSICO DE AMOSTRAS ....................101 31 - EFEITO TYNDALL ...............................................................................................106 32 - ELETROSCÓPIO DE FOLHAS .............................................................................107 33 - ENERGIA E QUANTIDADE DE MOVIMENTO/ PÊNDULO DE NEWTON ..........110 34 - ENERGIA SOLAR: FONTE ALTERNATIVA DE ENERGIA .....................................112 35 - ESFREGAÇO DA MUCOSA BUCAL ....................................................................114 36 - ESPONJAS ...........................................................................................................117 37 - ESTRELA DO MAR: ANATOMIA EXTERNA ........................................................118 38 - ESTUDANDO A VEGETAÇÃO LOCAL ...............................................................119 39 - ESTUDO DOS IMÃS ...........................................................................................121 40 - EVAPORAÇÃO/CONDENSAÇÃO MUDANÇA DE ESTADO DA MATÉRIA ........124 41 - EXTRAÇÃO DE DNA ..........................................................................................126 42 - EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS VEGETAIS .............................................................127 43 - FIBRA ÓTICA ......................................................................................................129 44 - FILTRAÇÃO SIMPLES ..........................................................................................131 45 - FONTES DE LUZ .................................................................................................134 46 - FOTOTROPISMO ...............................................................................................135 47 - FUNGOS ............................................................................................................136 48 - HIDROPONIA DA BATATA DOCE .....................................................................138 49 - IDENTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS NOS ALIMENTOS (II) ....................................140 50 - IDENTIFICAÇÃO DE LIPÍDEOS NOS ALIMENTOS .............................................142 51 - IDENTIFICAÇÃO DE MISTURAS HOMOGÊNEAS E HETEROGÊNEAS ...............143 52 - IMPORTÂNCIA DO POLEGAR OPOSITOR ........................................................145 53 - INDICADOR DE REPOLHO ROXO ....................................................................146 54 - INSETOS NO SOLO ............................................................................................148 55 - MICROSCÓPIO ÓTICO ......................................................................................150 56 - MUDANÇA DE FASE ..........................................................................................152 9 57 - MULTIPLICAÇÃO DE DINHEIRO .......................................................................154 58 - NATUREZA ELÉTRICA DA MATÉRIA ..................................................................156 59 - NÓS SOMOS O QUE COMEMOS ......................................................................158 60 - O FENÔMENO DA MAGNETIZAÇÃO ...............................................................159 61 - O PALADAR .......................................................................................................161 62 - O REFRIGERANTE E A SAÚDE ............................................................................162 63 - O SEGREDO DA CAIXA – MODELOS ATÔMICOS ............................................163 64 - O TATO ..............................................................................................................165 65 - O TRANSFORMADOR ELÉTRICO ......................................................................167 66 - OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS VEGETAIS .............................................................169 67 - OBSERVAÇÃO DE ENDOPARASITAS .................................................................170 68 - OBSERVAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS AQUÁTICOS ..................................171 69 - OBSERVAÇÃO DE PROTISTAS DE ÁGUA DOCE ...............................................173 70 - OBSERVAÇÃO DO FENÔMENO ESCARCHA ....................................................176 71 - OBSERVANDO LEVEDURAS ..............................................................................177 72 - OURIÇOS-DO-MAR: MORFOLOGIA .................................................................178 73 - PASSAS DANÇANTES .........................................................................................179 74 - PEIXES ÓSSEOS: ANATOMIA EXTERNA E INTERNA ..........................................180 75 - PILHAS: DE LIMÃO E BATATA ...........................................................................182 76 - PREPARANDO SORVETE ....................................................................................184 77 - PRODUÇÃO DE ÁGUA DESTILADA (II) .............................................................185 78 - PRODUÇÃO DE ALÓTROPOS ...........................................................................187 79 - PRODUÇÃO DE CHUVA ÁCIDA .......................................................................18 80 - PRODUÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE ÓXIDOS ÁCIDOS E BÁSICOS ...................192 81 - PROPAGAÇÃO DO CALOR POR CONVECÇÃO ...............................................195 82 - PROPRIEDADES DA MATÉRIA: DENSIDADE .....................................................197 83 - PROPRIEDADES DO AR – ELASTICIDADE, CONTRAÇÃO E EXPANSÃO ..........199 84 - REAÇÕES CORADAS ..........................................................................................201 85 - REAÇÕES DE COMBUSTÃO ..............................................................................205 86 - REGIÕES DA FOLHA ONDE OCORRE A FOTOSSÍNTESE ..................................208 87 - SANGUE DO DIABO ..........................................................................................21088 - SEPARAÇÃO DE MISTURAS POR ADSORÇÃO ..................................................211 89 - SOLUBILIDADE DOS GASES ..............................................................................214 90 - SUBLIMAÇÃO DO GELO SECO .........................................................................216 91 - TEMPERATURA DE FUSÃO DO NAFTALENO ...................................................217 92 - TEORIA DO BIG- BANG – SURGIMENTO DO UNIVERSO ................................221 93 - TERRÁRIO ..........................................................................................................222 94 - TESTE DE CONTROLE DA PERMEABILIDADE DA CAMISINHA .........................225 95 - TINTAS INVISÍVEIS I: A PARTIR DO AMIDO ......................................................226 96 - TINTAS INVISÍVEIS II: A PARTIR DO SUCO DE LIMÃO E DO LEITE ..................228 97 - TINTAS INVISÍVEIS III: A PARTIR DA FENOLFTALEÍNA .....................................229 98 - TINTAS INVISÍVEIS IV: A PARTIR DO PROTETOR SOLAR .................................230 99 - TIPOS DE REAÇÕES ...........................................................................................231 100 - TORRE DE LÍQUIDOS (SOLUBILIDADE E DENSIDADE) ..................................235 101 - TRAJETÓRIA DA LUZ I: MÚLTIPLAS FENDAS ..................................................238 102 - TRAJETÓRIA DA LUZ II: PERISCÓPIO ..............................................................239 103 - TRAJETÓRIA DA LUZ III: CÂMARA ESCURA ....................................................240 104 - TRANSFORMAÇÃO DE ÁGUA EM VINHO E VICE-VERSA ..............................241 10 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO 105 - USO DE PAQUÍMETRO UNIVERSAL ................................................................243 106 - VASOS COMUNICANTES ................................................................................246 107 - VERIFICANDO A POLUIÇÃO LOCAL ..............................................................248 108 - VIBRAÇÃO NA TAÇA DE CRISTAL ...................................................................249 109 - VULCÃO QUÍMICO .........................................................................................251 PARTE III - JOGOS DE CIÊNCIAS NATURAIS .............................................................253 110 - BIOMAS BRASILEIROS .....................................................................................255 111 - CADEIA ALIMENTAR ........................................................................................257 112 - ILUSÃO DE ÓTICA ...........................................................................................258 113 - METAMORFOSE ...............................................................................................262 114 - MONTAGEM DE FÓRMULAS DE COMPOSTOS INORGÂNICOS ...................263 115 - PIRÂMIDE ALIMENTAR ....................................................................................264 116 - JOGO STOP - TABELA PERIÓDICA ..................................................................266 PARTE IV - PROJETOS ...............................................................................................269 IV. 1 - COSMÉTICA NATURAL PARA CABELOS ........................................................271 117 - PARA TODOS OS TIPOS DE CABELO: CREME DE MAMÃO ...........................271 118 - PARA OS CABELOS RESSECADOS: CREME DE AMÊNDOAS ...........................271 119 - PARA CABELOS NORMAIS: CREME DE MANGA .............................................272 120 - PARA CABELOS DANIFICADOS: CREME DE QUERATINA ..............................272 121 - MÁSCARA ULTRA-HIDRATANTE .....................................................................272 122 - MÁSCARA REVITALIZADORA ..........................................................................273 123 - MÁSCARA PARA CABELOS OLEOSOS .............................................................273 124 - MÁSCARA NUTRITIVA .....................................................................................274 125 - MÁSCARA PÓS-VERÃO ....................................................................................274 IV. 2 - CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS .............................................................275 126 - BÚSSOLA .........................................................................................................275 127 - CONSTRUÇÃO DE UM ESTETOSCÓPIO .........................................................276 128 - CONSTRUÇÃO DE UM XILOFONE .................................................................277 129 - CONSTRUÇÃO DE UMA BIRUTA ....................................................................280 130 - CONSTRUÇÃO DE UMA CÂMARA DE EFEITO ESTUFA ..................................281 GLOSSÁRIO ...............................................................................................................283 REFERÊNCIAS ............................................................................................................288 ANEXO I: SUGESTÕES DO USO DOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS/ AULAS PRÁTICAS, JOGOS E PROJETOS, POR CONTEÚDO PROGRAMÁTICO .......292 11 INTRODUÇÃO Este material, fundamentado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), tem o objetivo de tornar a aula de Ciências, no Ensino Fundamental II, mais atrativa e instigante para o aluno, além de possibilitar a este um ambiente de aprendizagem realmente interativo, onde o educando será sujeito do seu processo de aprendizagem na área científica e tecnológica. Para tanto, faz-se necessário: Utilizar, sempre que possível, atividades experimentais, e elaboração de projetos, com a participação efetiva dos alunos, pois nessa faixa etária a construção para contextualização dos fenômenos é fundamental para compreensão dos mesmos; Respeitar o conhecimento prévio do aluno, assim como suas considerações (hipóteses), após observar as experiências; Promover a interação, envolvimento e cooperação da turma. No Ensino Fundamental II os alunos aprofundam os conhecimentos adquiridos no ciclo anterior e iniciam os estudos das matérias que serão a base para a continuidade no Ensino Médio. Nos primeiros dias de aula, o aluno percebe que não terá somente um professor, mas sim um para cada disciplina. Anteriormente os professores diferentes ficavam apenas para as atividades extraclasses, como inglês, artes, educação física, música e outras. Como deixa de receber orientações de uma só pessoa, se torna mais independente e precisa aprender a se organizar e expandir suas relações de amizade. Esta é uma fase delicada e repleta de mudanças, em que os jovens começam a buscar sua autonomia, e isso deve ser também contemplado em sala de aula. Por volta dos onze anos de idade, o que está acontecendo no mundo passa a ter importância e o aluno consegue formular hipóteses acerca dos fatos sociais, podendo fazer referências com as disciplinas que estuda em sala de aula, associando-as à realidade. As aulas práticas são instrumentos importantes para o professor, pois permitem maior interação social, já que o diálogo e as discussões são primordiais na combinação ação e reflexão presentes neste tipo de metodologia. Além disso, facilitam a compreensão dos fenômenos do cotidiano, desenvolvem o senso crítico e a responsabilidade, possibilitam a discussão e contextualização, fatores importantes para que o aluno perceba a importância do seu conhecimento para o coletivo. Todas essas aprendizagens são excelentes maneiras de se enfrentar os desafios, pois deixa o estudante independente, seguro e com capacidade para enfrentar a vida. Algumas atividades experimentais que constam neste manual foram retiradas dos Manuais de Atividades de Química e Ciências, Física e Ciências e Biologia e Ciências da Autolabor, sendo revisadas e atualizadas. Outras foram adaptadas de experimentos clássicos de Ciências Naturais , das bibliografias citadas nas referências oucriadas para serem utilizadas com os materiais e jogos desenvolvimentos pela Equipe Técnica e Pedagógica . 12 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO Há situações em que as experimentações perpassam mais de uma disciplina, e várias atividades práticas associadas ao mesmo conteúdo. Cabe ao professor estar atento e informado sobre o conteúdo estudado, abordando cada tópico de acordo com grau de entendimento do educando. Além disso, conhecendo os PCNs, poderá interligar as disciplinas através das diferentes atividades experimentais, dessa forma o educador poderá trabalhar com a interdisciplinaridade e a transversalidade dos temas. 13 14 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO 15 PARTE I: ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS E DADOS COMPLEMENTARES I.1 - FUNDAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS Antes de realizar a atividade experimental, deve-se proceder a uma leitura minuciosa destas instruções (procurando sanar dúvidas, se houver). Se possível, testar anteriormente. Ao construir a atividade experimental com os alunos, é importante pedir que registrem os passos da experiência, seguindo alguns procedimentos científicos em sua análise, como: Observação dos fenômenos; Coleta, seleção e organização das informações (de acordo com o experimento); Registro das informações observadas utilizando desenhos, quadros, tabelas, esquemas, listas e pequenos textos, sob a orientação do professor; Formulação de perguntas e suposições acerca do que foi observado, procurando estabelecer as relações possíveis entre ambiente, elementos e reações. O professor, neste momento, precisa se portar como um desafiador, instigando os alunos com questionamentos sobre a prática, evitando o direcionamento de respostas. É preciso fazê-los pensar e constatar a partir da socialização de suas ideias; Registro e comunicação de suas conclusões de modo oral, por escrito e por desenhos, podendo inserir perguntas e suposições. Neste momento, o aluno deve respeitar as diferentes opiniões, sabendo argumentar e defender suas hipóteses; Após o conteúdo ter sido bem explorado pelos alunos, o professor deve esclarecer as dúvidas que persistirem, retomando, em seguida, o conteúdo estudado, elaborando assim, juntamente com os alunos, uma síntese do conhecimento adquirido. É importante destacar, que os questionamentos contidos nas atividades experimentais deste manual são orientações para o trabalho do professor. Já os resultados e discussões onde são abordados os conteúdos dos experimentos, buscam esclarecer processos, reações e conceitos ligados às áreas de biologia, química e física. Esta parte aborda a fundamentação teórica referente à prática, sendo assim, torna-se uma leitura indispensável para o professor. É preciso lembrar que o conteúdo teórico não precisa, necessariamente, ser aprofundado durante as explicações, a sua abordagem deverá respeitar o nível cognitivo da faixa etária com a qual se está trabalhando. A fim de facilitar o entendimento de alguns termos científicos, organizamos um glossário que auxiliará a compreensão do conhecimento estudado. Faz-se necessário lembrar que o professor é o mediador e facilitador no processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, é imprescindível que ele esteja preparado para exercer tal papel, considerando-se o conhecimento teórico-científico, bem como 16 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO os procedimentos didáticos (objetivos, metodologia, avaliação). Com estes aspectos garantidos, é possível desenvolver aulas mais dinâmicas e produtivas, propiciando a formação de indivíduos críticos e melhor preparados para atuarem na sociedade em que estão inseridos. Ao preparar suas aulas, o professor deve lembrar que no Ensino Fundamental II, a AUTONOMIA do aluno é a principal aliada para a prática de sala de aula. 17 I.2 - NORMAS DE LABORATÓRIO A ocorrência de acidentes em laboratório, infelizmente, não é tão rara como pode aparentar. Para diminuir a frequência e até evitá-los é imprescindível que o aluno: Siga rigorosamente as instruções do professor; Antes de iniciar uma atividade experimental, leia atentamente o roteiro e, se tiver alguma dúvida, peça orientações para o professor; Observe a localização e o funcionamento dos extintores de incêndio; - use guarda-pó; Quando aquecer um tubo de ensaio que contenha qualquer substância, não volte à extremidade aberta do tubo para si ou para a pessoa próxima; Quando fizer uma diluição de um ácido concentrado, adicione-o lentamente sobre a água, nunca ao contrário; Não misture substâncias ao acaso, mas somente de acordo com as instruções do professor; Realize as experiências que liberam gases e vapores tóxicos na capela; - não jogue nenhum material sólido nos ralos ou dentro da pia; Ao testar um produto químico pelo odor, nunca coloque o frasco sob o nariz. Desloque com a mão para sua direção os vapores que desprendem do frasco; Evite o contato de qualquer substância com a pele. Aja com cautela ao manusear substâncias corrosivas como bases e ácidos; Não deixe frascos com substâncias inflamáveis próximos à chama; Não deixe frascos de reagentes abertos; Quando manipular substâncias corrosivas use máscaras e luvas de borracha. Somente toque nestas substâncias com bastões de vidro ou pinças; Nunca deixe o fogareiro aberto sem acendê-lo, pois o gás é extremamente tóxico e explosivo, ao entrar em contato direto com a chama ou uma simples centelha de uma faísca elétrica; Nunca trabalhe com substâncias, das quais não se conheça todas as proprie dades; Jamais leve qualquer substância à boca para testar seu gosto, pois pode tratar- se de um veneno do tipo arsênico ou cianeto de potássio; Os recipientes usados em aquecimento não devem ficar totalmente fechados; Evite passar a mão sobre os olhos ou próximo dos lábios, enquanto estiver realizando experiências; Use sapatos fechados durante as atividades experimentais; Cabelos longos devem ser amarrados para não tocar em materiais do experimento; Lentes de contato não devem ser usadas em laboratórios, pois podem absorver produtos químicos e causar lesões nos olhos; 18 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO Os tubos de ensaio devem ter apenas cerca de um terço do volume ocupado. Nunca encha na totalidade, um tubo de ensaio; É expressamente proibido se alimentar no laboratório; Sempre que utilizar materiais e equipamentos (principalmente os que usam eletricidade) certifique-se de que as mãos estão secas. Nunca tocar em uma máquina elétrica com as mãos molhadas; Tome cuidado para não trocar as tampas dos recipientes de reagentes; Mantenha sempre a bancada limpa e organizada; Todos os frascos contendo produtos químicos devem ter um rótulo que os identifique, bem como os cuidados a ter no seu manuseio; Não force a rolha de um recipiente; Qualquer marca na superfície uniforme do vidro é um ponto de quebra em potencial, e o mesmo deve ser descartado, pois pode se quebrar e corre-se risco ao limpá-lo ou aquecê-lo; Efetue todas as atividades e montagens no centro da mesa e nunca junto às bordas da bancada; Todas as passagens de qualquer experiência devem ser anotadas para, em seguida, serem mencionadas no relatório; Ao retirar-se do laboratório, feche as torneiras de água e gás, desligue todos os aparelhos, deixe todo material limpo e lave bem as mãos. 19 I.3 - ACIDENTES MAIS FREQUENTES EM LABORATÓRIOS E OS PRIMEIROS SOCORROS Qualquer acidente deverá ser comunicado ao professor, para que esse tome as providências necessárias. Queimaduras As queimaduras pequenas produzidas por fogo ou material quente devem ser trata das com pomada apropriada, vaselina ou ácido pícrico. Queimaduras por ácido: lave imediatamente o local com água em abundância, cerca de cinco minutos. Em seguida, lavecom solução saturada de bicarbonato de sódio e novamente com água. Após, seque a pele. Queimaduras com álcalis: lave imediatamente o local com água em abundância, por cinco minutos. Em seguida, lave com solução de ácido acético 1% e novamente lave com água. Após, seque a pele. Queimaduras com fenol devem ser lavadas com álcool em abundância. Intoxicação Com sais: tome leite de magnésia e procure o médico. Com ácidos: tome leite de magnésia e procure um médico. Através de gases (vapores), respire profundamente, vá para um lugar bem arejado e depois procure o médico. Ingestão de substâncias tóxicas Administre uma colher de sopa de “antídoto universal” (duas partes de carvão ativo, uma de óxido de magnésio e uma de ácido tânico). Observação: Não perca a calma em hipótese alguma. 20 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO I.4 - MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO Ampola de decantação: Separar líquidos imiscíveis. Argola: Montagem de aparelhos de laboratórios. Balança digital: Determinação de pequenas massas. Balão de destilação: Aquecer o líquido que vai ser destilado. Seu braço lateral fica ligado ao condensador. Balão de fundo chato: Aquecer líquidos puros ou soluções. Balão volumétrico: Preparar soluções, pois mede com precisão um volume determinado. 21 Bandeja plástica: Utilizada para carregar materiais ou como suporte para a realização de experimentos. Bastão de vidro: Agitar soluções ou direcionar a transferência de líquidos de um recipiente para outro. Béquer: Dissolver substâncias, efetuar reações e aquecimento de líquidos. Borbulhador mágico: Estudar dilatação de gases e vapores e transferência de calor entre corpos. Bureta: Medir com precisão o volume de líquidos. Bussola: Instrumento utilizado para orientação e navegação. Cabo de Cole: Efetuar teste de análise de cátions por via seca. 22 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO Caleidoscópio: Estudar o conceito de reflexão da luz em superfícies polidas. Calorímetro: Utilizado para medir a quantidade de calor. Câmara escura: Capturar imagens para estudos de reflexão e refração. Cápsula de porcelana: Dissolver sólidos em líquidos e concentrar soluções por evaporação do solvente. Carrinho de energia solar: Estudar o uso da energia solar. Colheres e espátulas: Transferir sólidos de um recipiente para outro. Condensador reto de vidro: Condensar os vapores do líquido que está sendo destilado. 23 Conjunto de espelhos: Usados para estudar ótica. Conjunto de lentes: Usadas para estudar ótica. Cronômetro: Instrumento para medir o tempo, possuindo um mostrador para indicar os segundos e frações de segundo. Diapasão: Utilizado para afinar instrumentos e vozes através da vibração de um som musical de determinada altura. Dilatômetro à laser: Utilizado para medir a expansão das dimensões de um sólido durante a exposição a alta temperatura. Dinamômetro de mola: Usado para medir o peso de um corpo. 24 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO Disco de Newton: É um dispositivo utilizado em demonstrações de composição de cores. Dupla hélice de DNA: Facilita os estudos de genética, mostrando o aspecto do DNA. Erlenmeyer: Realizar a dissolução de substâncias, aquecer, filtrar e recolher líquidos. Escova para tubo de ensaio: Limpeza de tubos de ensaio. Esqueleto: Estudar e identificar a estrutura dos ossos do corpo humano. Estação para estudos de eletricidade: Utilizada para experimentos elétricos. Fibra ótica: Material com capacidade de transmitir a luz. 25 Frasco de solução: Usado para guardar soluções. Frasco lavador ou pisseta: Limpeza de materiais e preparo de soluções. Fogareiro: Fonte de aquecimento. Funil de vidro: Filtrar soluções com o auxílio do papel de filtro e transferir líquidos de um recipiente para outro. Garra metálica para bureta: Segurar a bureta nas titulações. Graal e pistilo: Triturar e pulverizar sólidos. 26 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO Lâminas preparadas: Utilizada na observação de amostras no microscópio. Lâminas: Utilizada na observação de amostras no microscópio. Lamínulas: Utilizada na observação de amostras no microscópio. Lâmpada de bulbo: Usado como fonte de luz. Lamparina com pavio: Aquecimento, teste de chama e combustão de materiais. Lava Olhos de emergência: Material de segurança destinado a eliminar ou minimizar os danos causados por acidentes nos olhos. 27 Lupa: Lente simples empregada como instrumento ótico de ampliação. Lupa inseto: Utilizada para observação de insetos pelas crianças. Luvas de procedimentos: Utilizadas em procedimentos comuns de laboratório. Luz negra: Usada como luz fluorescente e/ou incandescente em experimentos. Micropipetas: Transportar quantidades precisas de material líquido. Microscópio: Instrumento utilizado para ampliar e visualizar estruturas minúsculas. 28 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO Motor elétrico: Usado em montagem de sistemas. Mufa com parafusos: Montar equipamentos de laboratório. Multímetro digital: Instrumento medidor de corrente, tensão e resistência elétrica. Multi-Reações: Estudar a condutibilidade elétrica e a intensidade da corrente de materiais e soluções. Observar reações coradas e realizar eletrólise. Óculos de segurança: EPI utilizado na proteção contra poeiras, gases e vapores e contra projeções de partículas ou líquidos. Pá de jardim: Utilizada nos experimentos que demandam a manipulação de quantidades maiores de solo. Papel de filtro: Efetuar filtrações. 29 Paquímetro: É um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. Peneira: Utilizada em experimentos que demandam a separação dos componentes de misturas. Pêndulo de Newton: Usado para trabalhar conceitos de conservação de energia e quantidade de movimento com conservação do momento linear. Periscópio: Aparelho ótico, formado de lentes e prismas de reflexão total, que permite observar por cima de um obstáculo que impeça a visão direta. Pinça inox ponta reta e fina: Usada para procedimentos em laboratório. Pinça de madeira para tubo de ensaio: Prender tubos de ensaio durante o aquecimento. 30 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO Pipeta graduada: Medir volumes variáveis de líquidos, dentro de sua escala, graduada geralmente em cm³. Pipeta volumétrica: Medir volumes fixos de líquidos, dentro de sua escala, graduada geralmente em cm³. Placa de Petri: Cultura de bactérias e pequenas reações. Placa de toque: Realizar pequenas reações. Prisma triangular acrílico: Usado para estudar a propagação da luz em meios homogêneos. Projetor Autolabor: Usado para projeção de luz colorida. Proveta: Medir volumes aproximados de líquidos. 31 Seringa descartável com agulha: Injetar ou retirar líquidos. Suporte para tubos de ensaio: Armazenar tubos de ensaio. Suporte universal: Montar aparelhos de laboratório. Tela de amianto: Suporte para as peças que serão aquecidas. Termômetro: Medir a temperatura. Tesoura inox ponta reta e fina: Usada para procedimentos em laboratório. Torso: Usado para estudar a localização dos órgãos e sistemas do corpo humano. 32 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO Tubo de vidro com saída lateral: Montar aparelhos de laboratório. Tubo de vidro em “L”: Montar aparelhos de laboratório. Tubo de vidro em “U”: Montar aparelhos de laboratório. Tubo de vidro em “Y”: Montar aparelhos de laboratório. Tubos de ensaio: Realizar pequenas reações. Vasos comunicantes: Verificar o comportamento da água em um sistema de vasos comunicantes. 33 Vidro de relógio: Pesar substâncias, transportare proteger substâncias cobrindo a cápsula de porcelana. Vidro para coleta: Utilizado para acomodar as amostras coletadas em campo. 34 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO I.5 - TÉCNICAS DE LABORATÓRIO LEITURA DE VOLUMES EM APARELHOS VOLUMÉTRICOS A leitura do volume do líquido em um aparelho volumétrico é efetuada pela parte inferior do menisco, para evitar erro de Paralaxe, pois o erro ocorre devido a uma falsa leitura. Para que isso não aconteça, o observador deve olhar em direção perpendicular à coluna que contém o líquido conforme a figura 01. Figura 01: Leitura em aparelhos volumétricos. TÉCNICAS DO USO DE PIPETAS As pipetas são instrumentos volumétricos utilizados para a transferência de certos volumes, de modo preciso em determinadas temperaturas. Existem dois tipos de pipetas: graduadas (fig.01) e volumétricas (fig.02). Figura 01: Pipeta graduada. Figura 02: Pipeta volumétrica. PROCEDIMENTOS 1. Mergulhe a pipeta limpa e seca no líquido a ser medido e aplique a sucção na parte superior da mesma, com a boca ou com o bulbo de sucção, que é mais utilizado quando se pipeta substâncias ofensivas à saúde. 2. Aspire cuidadosamente o líquido até um pouco acima do traço de transferência e feche a extremidade superior da pipeta com o dedo indicador. 35 3. Diminua levemente a pressão do dedo, deixando escoar o líquido ascendente até que a parte inferior do menisco coincida com o traço de referência. 4. Deixe o líquido escoar livremente no recipiente desejado. A última gota não deve ser soprada (fig.03). Figura 03: Pipetação. TÉCNICAS DO USO DE BURETAS As buretas são frascos volumétricos usados para escoar volumes variáveis de líquidos e empregadas geralmente em titulações. PROCEDIMENTOS 1. Baixe a bureta (fig.04) que está fixa no suporte para que possa fazer corretamente a leitura. 2. Com um funil, coloque o líquido na bureta até acima do “zero”. 3. Abra a torneira e deixe escoar uma quantidade de líquido suficiente para encher a ponta da bureta. 4. Acerte o zero da bureta e abra a torneira para retirar a quantidade de líquido desejada (nas titulações, lê-se o volume gasto). IMPORTANTE: A manipulação da bureta será mais eficiente se você empregar a mão esquerda para controlar a torneira e a mão direita para girar o frasco receptor, ou ainda, agitar a mistura de reação com o bastão de vidro. Para retirar as bolhas que, por ventura, venham a se formar junto à torneira, encha a bureta até a metade do volume e abra completamente a torneira, deixan do a solução escorrer com força. Quando não tiver mais bolhas feche a tornei ra e encha novamente a bureta, até zerar. Nunca devolva para o frasco original a solução contida na bureta e não utilizada. 36 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO A bureta deve ser sempre lavada após o uso, principalmente quando for utilizada com solução de hidróxido de sódio (NaOH), pois quando guardada impregnada desta base, a mesma, geralmente, solda a torneira na bureta. Zere sempre a bureta, pela parte inferior do menisco do líquido. Figura 04: Uso da bureta. TÉCNICA DO USO DE BALÕES VOLUMÉTRICOS São construídos para conter exatamente um determinado volu me de líquido, numa determinada temperatura. A marca de aferição é um círculo fino gravado em torno do gargalo. São usados tanto na preparação de soluções de concentração conhecidas, como na diluição de soluções já preparadas. PROCEDIMENTOS 1. Acerte o menisco do líquido à marca. 2. Observe o balão apoiado numa superfície horizontal. 3. Faça a leitura perpendicular em relação ao balão, para evitar o erro de Paralaxe. IMPORTANTE: O balão volumétrico, apesar de ser de pirex, nunca deve ser aquecido. TÉCNICA DE AQUECIMENTO DE TUBOS DE ENSAIO São tubos de vidro delgado, fechados na extremidade e resistentes ao fogo. Deve-se evitar aquecê-los a seco, isto é, sem líquido algum no seu interior, porque isso ocasionaria a sua ruptura. 37 PROCEDIMENTOS 1. Coloque o líquido desejado no tubo de ensaio. 2. Enxugue o tubo por fora para evitar que se quebre e depois segure com a pinça de madeira. 3. Coloque o tubo de ensaio sobre a chama (pode ser aquecido diretamente) com uma inclinação de aproximadamente 45º, agitando brandamente, para evitar superaquecimento do líquido. 4. Mantenha a ebulição durante 2 minutos, retire o tubo do aquecimento e apague a chama. IMPORTANTE: Durante o aquecimento, o tubo deve ser virado para a parede ou numa direção que não haja ninguém, a fim de evitar acidentes, uma vez que é possível ocorrer projeção do líquido aquecido. AQUECIMENTO DE LÍQUIDOS NO BÉQUER O copo de béquer é um recipiente de vidro utilizado para aquecer e cristalizar substâncias. PROCEDIMENTOS 1. Coloque o volume desejado do líquido no béquer. 2. Coloque o béquer sobre a tela de amianto, no sistema preparado para o aquecimento, pois o mesmo não pode ser aquecido diretamente sobre a chama. 3. Deixe o líquido em ebulição cerca de 2 minutos e depois apague a chama. LIMPEZA DE MATERIAL DE VIDRO Para que as análises não sofram interferência por impurezas, sujeiras ou mes mo reagentes diferentes, é importante que o material de vidro em uso esteja perfeitamente limpo. Apesar do recipiente aparentemente parecer limpo, as paredes podem estar engorduradas, fazendo com que o líquido a ser medido não escoe devidamente pelas buretas e pipetas, ocasionando resultados duvidosos. É comum a utilização de sabão, detergentes ou sapólio no trabalho de limpeza, no entanto, esses materiais podem deixar resíduos no vidro, que podem interferir tam bém nas análises. 38 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO RECOMENDAÇÕES GERAIS Lave a vidraria imediatamente após o uso; Encha buretas e pipetas com água e observe o escoamento sem gotículas ou película não uniforme; Descarte sobras de material; Lave com água corrente; Lave com solução de limpeza (detergente a 1 ou 2%); Para recipientes muito sujos, deixe de molho; Durante a lavagem, é conveniente que você esfregue as partes do vidro com uma escova. Pipetas: Coloque as pipetas com as pontas para baixo, cuidadosamente, em um recipiente alto (cuba, jarra ou similar) imediatamente após o uso. Aconselha-se colocar uma almofada de algodão no fundo do recipiente para evitar a quebra das pontas das pipetas. O nível de água do recipiente deve ser suficiente para emergir toda a pipeta. Deixe em repouso por 15 minutos. Buretas: Remova a torneira ou ponteira de borracha e enxágue com água corrente até que a sujeira seja removida. Em seguida, lave com detergente e água, enxágue com água destilada e seque. A torneira e a ponteira da borracha devem ser lavadas separadamente. Antes de colocar a torneira de volta na bureta, lubrifique a junta com um lubrificante apropriado, usando uma pequena quantidade. Tubos de Ensaio: Esvazie os tubos e escove com solução de limpeza e água. Em seguida enxágue com água corrente e ao final com água destilada. Coloque-os virados, com a boca para baixo no suporte para tubos. Copos de Béquer: Esvazie os copos de béquer e escove com solução de limpeza e água. Em seguida, enxágue com água corrente e ao final com água destilada. Coloque-os virados, com a boca para baixo sobre toalha de papel até ficar seco. Provetas: Esvazie as provetas e escove com solução de limpeza e água. Em seguida enxágue com água corrente e ao final com água destilada. Coloque-as viradas com a boca para baixo sobre toalha de papel até que estejam secas. Limpeza de Placas de Petri: Esvazie as placas e escove com solução de limpeza e água. Em seguida enxágue com água corrente e ao final com água destilada. Após a secagem, embrulhe em papel grosso e acomode em recipiente próprio. Limpeza de Lâminas e Lamínulas: Devem ser colocadas de molho na solução de limpeza por 10 minutos, enxaguadas com água destilada e em seguidasecas com papel toalha limpo. Antes de usar, lave as lâminas com álcool e seque. 39 I.6 - PREPARO DE SOLUÇÕES O preparo de soluções requer determinados cuidados relativos a solubilidade das substâncias (consulte sempre a tabela de solubilidade), alteração da temperatura da mistura (soluto + solvente), e a mudança de volume da mistura. PROCEDIMENTOS: 01. Informações: tome conhecimento dos perigos potenciais das substâncias utilizadas de modo a reduzir a possibilidade de contaminações ou acidentes. 02. Determinação do volume e concentração: decida qual o volume e a concentração de solução vai ser preparada. 03. Cálculo da quantidade de reagentes: após conhecer a concentração e o volume da solução a ser preparada, calcule a quantidade de soluto (massa ou volume) que é necessária para diluir e faça a medição desta quantidade. 04. Limpeza e preparação dos materiais usados: passe água destilada em todo o material e seque cuidadosamente a espátula e o vidro de relógio para prevenir a contaminações do soluto e evitar que a balança seja molhada. 05. Medição: para a medição de massa use a balança digital e para a medição de volumes use pipetas volumétricas (medições rigorosas) e provetas (medições não rigorosas). 06. Diluição: Para solutos sólidos: pese o soluto num vidro de relógio e transfira para um béquer, adicionando-se pequenas quantidades de água destilada, mexendo com um bastão de vidro para facilitar a diluição, lavando o vidro de relógio de forma que todas as partículas do soluto sejam arrastadas. Agite o soluto até dissolver por completo e transfira a solução para um balão volumétrico (de capacidade coincidente com o volume da solução a ser preparada) com o auxílio de um funil e do bastão de vidro. Em seguida, lave o béquer onde a diluição foi feita, com água destilada, de 2 a 3 vezes, para que todas as partículas do soluto sejam arrastadas e transfira este líquido para o balão volumétrico, agitando-o algumas vezes. Em seguida, com o auxílio do frasco lavador, complete o volume da solução fazendo a leitura pelo traço de referência (menisco), cuidando para não ultrapassar o traço. É importante verificar se houve formação de bolhas de ar sobre o menisco, neste caso, use uma micropipeta para retira-las evitando erros na leitura. Para solutos líquidos: coloque pequena quantidade de água destilada no balão volumétrico (de capacidade coincidente com o volume da solução a ser preparada), meça o volume calculado e adicione-o lentamente ao solvente, com o auxílio do funil, agitando várias vezes o balão. Em seguida, passe água destilada no funil de 2 a 3 vezes para que todo o volume de soluto seja arrastado para a solução contida no balão. Agite algumas vezes a solução e complete o volume pretendido com água. 40 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO 07. Homogeneização: coloque a rolha no balão e agite a solução para a completa homogeneização da mesma. 08. Armazenamento: transfira a solução preparada e guarde-a em frasco apropriado e rotulado. O rótulo deve conter: nome, fórmula química do soluto, concentração, data de preparação, grau de toxidade. Exemplo 1: Preparo de uma solução concentrada de hidróxido de sódio Atenção: o hidróxido de sódio (NaOH) é uma substância altamente higroscópica. Por isso, efetue a pesagem do sólido rapidamente e mantenha o frasco tampado. Quando utilizar a solução preparada não pipete a base com a boca, use a pêra ou meça o volume na proveta. m Cálculo da massa, de soluto (NaOH) necessária u M = Mol1 . V (l) M = molaridade m1 = massa do soluto Mol1= mol do soluto V = volume da solução em litros. Sabendo que o mol de NaOH é 40g, para preparar 100mL de solução aproximadamente 5 molar, substitua os valores na fórmula e determine a massa de NaOH que deve ser pesada. Em seguida, siga os procedimentos do preparo de soluções. m1 m1M = 5 = m1 = 20g Mol1 . V (l) 40 . 0,1 Preparo de solução 1M de NaOH a partir da solução concentrada: A partir da solução 5M de NaOH é possível obter outras concentrações através da diluição, usando a fórmula: Md. Vd = Mc . Vc Md = molaridade da solução diluída Vd = volume da solução diluída Mc = molaridade da solução concentrada Vc = volume da solução concentrada PROCEDIMENTOS: 01. Calcule o volume da solução 5M de NaOH necessário para preparar 100mL da mesma solução, porém, 1M. Md. Vd = Mc. Vc 1 . 0,1 = 5 . Vc 0,1/5 = Vc u Vc = 0,02mL 41 02. Transfira o volume calculado para um balão volumétrico que já contenha uma pequena quantidade de água destilada, com o auxílio de uma pipeta e adicione água destilada ao balão para homogeneizar. Em seguida, continue de acordo com o procedimento 6 do preparo de soluções. Exemplo 2: Preparo de uma solução de ácido clorídrico 0,1M Atenção: o ácido clorídrico (HCl), é tóxico e volátil, use óculos de segurança máscara e não pipete o ácido com a boca, use a pêra ou meça o volume na proveta. Efetue a transferência de volume rapidamente e mantenha o frasco tampado. 01. Observe no rótulo do frasco que contém a solução concentrada de HCl, a densidade e a percentagem (m/m) do ácido na mistura. A partir desses dados, calcule a massa de HCl necessária para preparar 100mL de solução 0,1mol/L e determine o volume da solução concentrada que contém essa massa. 02. Transfira o volume calculado para um balão volumétrico que já contenha uma pequena quantidade de água destilada, com o auxílio de uma pipeta e adicione água destilada ao balão para homogeneizar. Em seguida, continue de acordo com o procedimento 6 do preparo de soluções. Exemplo 3: Preparo de soluções indicadora de Azul de metileno (C16H18ClN3S.xH2O) a 1 % (m/v). 01. Pese 1g de azul de metileno e transfira para um béquer de 250mL que já contenha aproximadamente 20mL de água, seguindo as técnicas explicadas no anexo 01. 02. Misture bem até dissolver completamente, transfira para um balão volumétrico de 100mL e complete o volume. 03. Guarde a solução em frasco escuro. (Observação: Todas as soluções indicadoras deverão ser conservadas em frasco âmbar). Exemplo 4: Preparo de solução indicadora de Amido (C6H10O5)n a 1 % (m/v). 01. Pese 1g de amido e transfira para um béquer de 250mL. 02. Adicione aproximadamente 15mL de água para formar uma pasta e acrescente água fervente suficiente para completar 100mL mantendo em ebulição até resultar uma solução transparente. 03. Aguarde esfriar e use. (Use sempre uma solução de amido recentemente preparada). 42 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO I.7 - CÁLCULO DE PREPARO DE DILUIÇÃO Uma solução diluída contém soluto (ou alíquota), e, solvente (ou diluente) combinados de forma proporcional. Pode-se identificar uma diluição de solução pela quantidade de soluto no volume total, expresso como uma proporção. Assim, uma substância química pode ser preparada em uma diluição de álcool de 1/10 (ou 1:10), indicando que um frasco de 10mL contém 1mL do soluto e 9mL de diluente. Cálculo: por exemplo, para um volume final de solução de 50mL. 1. Volume final = diluente + alíquota (50mL) 2. Escreva a diluição desejada na forma de proporção, por exemplo, diluição de 1/20 (fator de diluição). 3. Escreva a fórmula para determinar o volume necessário da alíquota e efetue o cálculo. Volume final x fator de diluição: 50 x 1/20 = 50 x 0,05= 2,5 4. Para saber a quantidade de diluente, subtraia o volume da alíquota do volume total: 50 – 2,5 = 47,5mL Logo, em uma diluição de 1/20 com volume final de 50mL, usa-se 2,5mL de soluto (alíquota) e 47,5mL de diluente(solvente).Cálculo do fator de diluição O fator de diluição indica quantas vezes foi diluída a solução. Exemplo: Qual o fator da diluição se você adicionar 0,1mL de uma amostra a 9,9mL de diluente? Alíquota + Diluente = Volume Final: 0,1mL + 9,9mL = 10mL O fator da diluição é o volume final dividido pelo volume da alíquota: 10mL/0,1mL = 100 ou seja 1/ 100 1.8 - ROTULAGENS DE SOLUÇÕES PREPARADAS NO LABORATÓRIO Para rotular as soluções químicas preparadas no laboratório devem-se seguir alguns critérios básicos. O frasco deve conter no mínimo: nome da solução, fórmula química da substância, concentração, data de preparação e nome do responsável pela preparação. Os resíduos devem ser igualmente rotulados com todas as informações de identificação e segurança. 43 44 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO 45 PARTE II - ATIVIDADES EXPERIMENTAIS ATIVIDADE 01 - A RESPIRAÇÃO DOS HUMANOS OBJETIVO Compreender os movimentos respiratórios. MATERIAIS NECESSÁRIOS 01 garrafa de plástico (500mL) 01 canudo de refrigerante Balão médio 01 balão pequeno Massa de modelar Fita adesiva. PROCEDIMENTOS 1. Corte a base da garrafa e use a fita adesiva para prender o balão pequeno ao canudo. 2. Corte um pedaço pequeno do lado oposto à boca, feche a extremidade cortada da garrafa com o balão médio e amarre a boca do mesmo. 3. Coloque o balão preso ao canudo para dentro da garrafa de modo que o canudo fique para fora e vede a boca da garrafa com a massa de modelar. 4. Puxe o balão médio. Observe e anote o que acontece. QUESTÕES 1. O que acontece quando puxamos o balão médio? Como se chama esse movimento? 2. O que acontece quando soltamos o balão médio? Como se chama tal movimento? RESULTADOS E DISCUSSÃO A respiração é essencial a diversos seres vivos, já que permite a entrada de oxigênio no corpo, substância essencial para a vida. Se um organismo ficar sem oxigênio por muito tempo, o corpo pode ser prejudicado seriamente. Um dos órgãos muito sensível à falta de oxigênio é o cérebro. O diafragma (representado pelo balão médio) é o músculo responsável por facilitar a entrada e a saída do ar dos pulmões. Ao puxar o balão médio, estamos simulando o 46 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO relaxamento do diafragma e assim o pulmão (balão pequeno) se enche de ar, evento que recebe o nome de inspiração. Ao soltar o balão médio simula-se a contração do diafragma, o que faz com que o pulmão se esvazie, ou seja, o ar é liberado para o exterior. Este evento recebe o nome de expiração. Figura 01: Os movimentos respiratórios. ATIVIDADE 02 - A VIDA NO FORMIGUEIRO OBJETIVOS Observar e estudar a estrutura das formigas e compreender como se organizam nas colônias. MATERIAIS NECESSÁRIOS 05 pinças 05 placas de Petri 05 lupas 05 réguas Caderno para anotações Exemplares de formigas coletados e conservados em álcool pelos alunos. PROCEDIMENTOS 1. Solicite aos alunos que coletem formigas diferentes e as conserve em um recipiente com álcool líquido. 2. Divida a turma em cinco grupos e peça que troquem formigas repetidas entre si. 3. Oriente os alunos para que observem as formigas e tomem nota da cor e tamanho (se possível medir) de cada uma. Observe se apresentam variações na coloração no corpo. Inspiração Expiração Diafragma Traquéia Pulmão 47 QUESTÕES 1. Que partes formam o corpo da formiga? Quantas patas elas tem? Quantos segmentos compõem o corpo? 2. Faça a ilustração de uma formiga, mostrando e identificando as partes que compõem este ser vivo. 3. As formigas organizam-se como sociedades onde cada indivíduo exerce uma função. Cite e explique os papéis desempenhados pelas formigas. RESULTADOS E DISCUSSÕES As formigas são um grupo de insetos sociais bem organizados que vivem em colônias, onde cada grupo tem sua função determinada. Existem formigas em toda parte. Fazem seus ninhos sob o solo, cortiça das árvores e nas casas. Entre as fêmeas, existem as operárias e rainhas. As rainhas e os machos da maioria das espécies possuem asas, mas as operárias não. As formigas rainhas dedicam-se a reprodução, enquanto que as formigas operárias dedicam-se a busca de alimentos. As formigas operárias deixam o formigueiro para obter alimentos, com isso são expostas aos seus predadores. As rainhas são preservadas para garantir que a reprodução ocorra e não haja redução da população de formigas. ATIVIDADE 03 - AÇÃO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA SOBRE LÍQUIDOS OBJETIVO Verificar a influência da pressão atmosférica sobre os líquidos. MATERIAIS NECESSÁRIOS 01 copo de vidro (ou um vidro de coleta de amostras) 01 vela 01 prato 01 frasco lavador. PROCEDIMENTOS 1. Acenda a vela e fixe-a no prato. 2. Coloque água no prato e, em seguida, tampe a vela com o copo. 3. Observe o que acontece com a água depois que a vela se apaga (fig.01). Figura 01: Procedimento 3 48 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO QUESTÕES 1. Por que a vela se apagou quando a cobrimos com o copo? 2. Por que água entrou no copo depois que a vela se apagou? 3. De que maneira a pressão atmosférica influenciou neste experimento? 4. Como poderíamos aumentar o volume de água que entra no copo? RESULTADOS E DISCUSSÕES Durante o experimento podemos observar que na região em torno da chama, o ar aquecido se expande tornando-se rarefeito. Essa rarefação é mantida quando tampamos a chama com o copo, pois ela consome o oxigênio do ar e se apaga, então, o ar se resfria e sua pressão reduz. A pressão atmosférica externa, que age sobre toda a superfície da água, empurra a mesma para dentro do copo. ATIVIDADE 04 - AGENTES NATURAIS (BIOINDICADORES) E A POLUIÇÃO OBJETIVO Aprender a usar indicadores biológicos para avaliar a qualidade do ar e poluição local de onde moramos. Recomendações: divida a turma em cinco grupos de trabalho e forneça uma lupa por grupo. MATERIAIS NECESSÁRIOS 05 lupas Papel e caneta. Figura 01: Líquen no tronco da árvore. 49 PROCEDIMENTOS 1. Escolha cinco (5) ruas arborizadas com diferentes fluxos de veículos, e algumas com fábricas ou indústrias nas proximidades. 2. Percorra duas ou três quadras de cada uma destas ruas e anote a presença de *líquens nas árvores (fig.01), bem como dados sobre o fluxo de veículos e a presença de fábricas ou indústrias. 3. Preencha a tabela 01 ao final das observações e debata sobre o assunto. Observação: *Líquen = união estável e harmônica entre algas e fungos residentes nas cascas de árvores e pedras. *Fluxo de veículos: baixo = até 10 carros/h; médio = 10 a 50 carros/h; alto = + de 50 carros/h. Nome da rua Árvores c/ muito líquen Árvores c/ pouco líquen Árvores sem líquen *Fluxo de veículos Presença de fábricas ou indústrias Tabela 01: Resultado das observações QUESTÕES 1. Por que os liquens servem como bons indicadores de poluição? 2. O que é poluição do ar? 3. Que problemas podem vir com o aumento da poluição do ar? 4. Quais as principais formas de poluição do ar? 5. Existem formas de controlar a poluição do ar? Explique. RESULTADOS E DISCUSSÃO A poluição do ar se dá pela alteração das proporções químicas naturais deste fluido vital para todos os organismos do planeta. A poluição causa grandes perturbações aos seres vivos e ao meio ambiente em geral. Os gases tóxicos e partículas podem causar tosse, irritação nos olhos ou doenças como bronquite, asma, enfisema pulmonar, alergias e mal-estar geral. Quando a poluição é muito intensa, pode até causar envenenamento e morte. Em geral, tudo que emite fumaça pode ser considerado uma fonte poluidora do ar: escapamento de veículos, chaminés de indústrias e queimadas em grande volume. Os gases derivados da combustão sempre liberam CO2 (dióxido de carbono) ou CO (monóxido de carbono), além de outras substâncias que afetam o metabolismo dos 50 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICASDE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO vegetais, especialmente os mais sensíveis, como os liquens, por exemplo. Se ligarmos um carro dentro da garagem e fecharmos janelas e portas, em menos de uma hora, pode-se provocar a morte do motorista por asfixia, causada pela descarga do veículo. Os poluentes do ar podem afetar também a água e o solo, e, por consequência, todos os organismos que vivem nestes ambientes, pois elementos nocivos circulam através das chuvas e da cadeia alimentar. Algumas medidas podem ser tomadas para evitar ou diminuir os níveis de poluição atmosférica, como o uso de filtros nas indústrias e veículos (carros, caminhões, ônibus, trens e navios), bem como a substituição de combustíveis e tipos de energia, buscando-se as renováveis e mais limpas em seu processo produtivo. Hoje, as leis ambientais obrigam as empresas e veículos a portarem tais filtros para poder circular; o não cumprimento desta exigência pode levar a multas ou interdição (fechamento da empresa). Alguns seres vivos servem como indicadores dos níveis de poluição do ar, pois promovem alterações de comportamento, redução do tamanho populacional (nº de indivíduos/área) ou até mesmo desaparecimento local. Os líquens (união estável entre algas e fungos) são formações ocorridas nos troncos das árvores, que se alimentam somente dos nutrientes e umidade disponíveis no ar. Portanto, a quantidade de líquen nos troncos varia de acordo com as condições ambientais, existindo em maior quantidade em locais onde o ar é de melhor qualidade (praças e jardins, por exemplo) e em menor quantidade onde o ar for mais poluído (ruas muito movimentadas ou nas proximidades de indústrias que não possuam filtros em suas chaminés). Logo, se fizermos uma avaliação utilizando bioindicadores sensíveis a estas variações atmosféricas, poderemos avaliar a qualidade do ar disponível nos diferentes ambientes. ATIVIDADE 05 - ANÁLISE DE CÁTIONS POR VIA SECA / TESTE DE CHAMA OBJETIVO Identificar a presença de um determinado cátion em uma amostra, através da cor que a chama apresenta em contato com a referida amostra. Recomendações: esta atividade prática deve ser realizada somente pelo professor. Como utiliza chama e calor e sendo o reagente ácido clorídrico volátil e tóxico, torna-se necessário o uso de EPIs, neste caso, luvas, máscara e óculos de segurança. Além disso, os alunos devem evitar uma proximidade demasiada da bancada. MATERIAIS NECESSÁRIOS Fio níquel-cromo Máscara Luvas 51 Óculos de segurança 05 espátula 01 vidro de relógio 05 copinhos de café descartáveis 01 copo de béquer Fogareiro (ou lamparina) Etiquetas Fósforo Cloreto de sódio (NaCl) Cloreto de potássio (KCl) Cloreto de cálcio (CaCl2) Sulfato de lítio (Li2SO4) Sulfato de cobre II (CuSO4) Solução de ácido clorídrico 6 M 01 cabo de Cole. PROCEDIMENTOS 1. Coloque em um béquer pequeno, aproximadamente 1mL de ácido clorídrico 6 M e tampe com um vidro de relógio. Com o auxílio da espátula coloque pequena quantidade das amostras nos copinhos descartáveis e cole as etiquetas com os nomes dos sais correspondentes. 2. Insira o fio níquel-cromo no Cabo de Cole (fig.01), molhe a ponta do fio no ácido e encoste-o nos cristais da amostra. Em seguida, leve à chama oxidante do fogareiro (fig.02). 3. Repita a operação para cada amostra até observar bem a cor da chama característica do íon em estudo (cátion do sal). 4. Limpe o fio a cada teste. Para fazer a limpeza mergulhe o fio em uma solução 6M de HCl, e aqueça na zona redutora, até que a presença do fio não cause mais nenhuma coloração à chama. 5. Transfira para tabela 01, as cores observadas durante a análise de cada cátion na chama. Figura 01: Cabo de Cole Figura 02: Cátion na chama 6. Para eliminar problemas de interferência de impurezas do cátion sódio nas amostras (a chama do cátion mascara a de outros cátions), deve-se observar a 52 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO chama através do vidro de cobalto. Se não tiver o vidro, pode-se sobrepor dois pedaços de papel celofane sendo um azul e outro vermelho. Cátions Cor da chama Cor da chama com o vidro de cobalto K+1 Li+1 Cu+2 Ca+2 Na+1 Tabela 01: Resultados do teste de chama QUESTÕES 1. O que ocorre quando é fornecido calor ao cátion do sal, através da chama? 2. Por que se utiliza a zona oxidante da chama para fazer a análise dos cátions? 3. Como se identifica o cátion presente na amostra neste tipo de teste? 4. Onde se utiliza este tipo de teste? 5. Por que é necessário limpar a haste a cada teste? RESULTADOS E DISCUSSÃO As substâncias quando ativadas por uma fonte de energia, emitem radiações em comprimento de onda que é característico dos elementos que as compõem. A energia produzida na zona oxidante da chama do fogareiro é suficiente para ativar os elétrons de certos cátions, fazendo-os saltar para níveis mais energéticos. Os cátions ao terem seus elétrons ativados se movem em direção à zona redutora ou à zona neutra da chama. Isto faz com que os elétrons voltem aos níveis de energia que ocupavam antes, devolvendo a energia recebida na zona oxidante sob a forma de luz visível, cujo comprimento da onda corresponde a uma determinada cor, e essa é característica da espécie de cátion. Então, pode-se identificar a presença de um determinado cátion numa amostra, pela cor que a chama adquire em contato com a mesma. Esse tipo de análise é denominado de espectroscopia, e possibilita a identificação de alguns elementos, por meio de ensaios pela coloração da chama. Esse ensaio não é conclusivo, mas serve como indício e orientação da pesquisa que posteriormente se for empregar. O teste de chama é um dos métodos mais rápido e simples para identificar a presença de determinados cátions. É muito eficaz para íons metálicos como sódio, potássio, cobre, bário e outros. Dessa forma, é simples determinar traços de sulfato de cobre em frutas, uma vez que este é identificado através da coloração verde-intensa produzida na chama e de sódio e potássio na melancia, que transmite à chama, coloração amarela e violeta, respectivamente. A cor dos fogos de artifício se deve à presença dos elementos sódio (amarelo), estrôncio (vermelho), bário (verde) e cobre (verde azulado), adicionados durante sua fabricação. 53 O teste de identificação de cada elemento será positivo, se as cores conferirem com as da tabela 02. Para obter um material simples que substitui o vidro de cobalto, sobreponha dois pedaços de papel celofane, conforme o esquema 01. Durante o experimento, deve-se proceder com cautela à limpeza da haste, pois o ácido clorídrico (HCl) é volátil e tóxico (o recipiente que o contém, deve ficar sempre tampado). Este experimento pode ser usado, ainda, para explicar as transições eletrônicas. Cátions Cor da chama Cor da chama com o vidro de cobalto K+1 Violeta róseo Violeta avermelhado (púrpura) Li+1 Carmim Violeta Cu+2 Verde azulado Verde claro Ca+2 Amarelo tijolo Verde claro Na+1 Amarelo intenso Invisível Tabela 02: Resultado positivo do teste da chama. ESQUEMA 01: Montagem do filtro com papel celofane. 1. Recorte dois pedaços de cartolina de 5x5cm. 2. Faça uma janela a aproximadamente 1cm da margem, em cada cartolina (fig.03). 3. Recorte dois pedaços de papel celofane de 4,5x4,5cm, um azul e outro vermelho. 4. Cole os pedaços de celofane nas janelas de cada cartolina (fig.04) e sobreponha os dois. Figuras 3 e 4: Montagem do filtro com papel celofane. 54 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO ATIVIDADE 06 - ANÁLISE DO SUOR OBJETIVO Analisar a presença de sais no suor humano. MATERIAIS NECESSÁRIOS 01 microscópio 01 lâmina de vidro para microscopia 01 béquer Água Sal de cozinha 01 proveta 01 balança 01 espátula Papel filtro Azul de metileno. PROCEDIMENTOS1. Com o auxílio da proveta meça a quantidade de água anote 2. Com o auxílio da balança pese a quantidade de sal de cozinha e anote. 3. Misture, no béquer, o sal com a água. Utilize a espátula para misturar. 4. Pingue, com a pipeta, uma gota da solução na lâmina. Faça com que a gota se espalhe inclinando levemente a lâmina. 5. Pingue uma ou duas gotas de azul de metileno sobre a lâmina e aguarde alguns segundos. 6. Use o papel filtro para retirar o excesso do corante. 7. Observe a lâmina no microscópio. QUESTÕES 1. Por que a solução preparada (água e sal) é semelhante ao suor? 2. Quando ocorre a transpiração? 3. Qual a importância da ocorrência da transpiração? Explique. 4. Podemos comparar a constituição do suor com a da urina? Explique. 5. Por que a higiene corporal é importante? RESULTADOS E DISCUSSÕES Nos mamíferos, em geral, os produtos nitrogenados e outros resíduos do metabolismo (uréia e ácido úrico) são eliminados do corpo pelo sistema urinário e glândulas sudoríparas. 55 A composição química do suor é muito parecida com a da urina, o suor corresponde a uma urina diluída. A higiene diária deve ser realizada para evitar odores desagradáveis e manter condições saudáveis de vida. Quando se toma banho elimina-se além do suor a poeira das ruas, as bactérias e outras sujeiras que podem estar presentes na nossa pele. Por isso, é fácil compreender a necessidade do banho diário na higiene corporal, pois ele permite retirar da superfície da pele, não só a poeira e outras sujeiras provenientes do exterior, mas, também, a ureia, o ácido úrico e os sais, que vêm do suor. A transpiração ocorre nos momentos de esforço físico realizado pelo corpo. Com o esforço há aumento da temperatura do corpo. Para que o corpo não tenha suas funções prejudicadas pelo aumento excessivo da temperatura ocorre à transpiração. O suor na pele quente irá evaporar retirando calor do corpo e baixando a sua temperatura. O suor além de controlar a temperatura auxilia na liberação das excreções que são eliminadas pelo rim. Durantes os períodos mais quentes do ano urinamos menos, já que suamos mais. Nos períodos mais frios urinamos mais pela diminuição da transpiração. ATIVIDADE 07 - ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DE FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS OBJETIVOS Realizar, identificar e analisar alguns fenômenos. Recomendações: ao realizar a atividade experimental da parte II: (sublimação do iodo) use EPIs (máscara, luvas e óculos de segurança), e mantenha as janelas abertas devido à liberação dos vapores do iodo. Manuseie com cuidado, pois o iodo mancha a pele e o guarda-pó. MATERIAIS NECESSÁRIOS 01 béquer 01 estojo de Multi-reações 01 fogareiro 01 pinça de madeira 01 bastão de vidro 01 vidro de relógio 01 erlenmeyer Papel de filtro 01 funil Canudinho de refrigerante 01 pipeta graduada (5mL) 01 colher de medida 56 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO 01 tela de amianto 01 pisseta (frasco lavador) Iodo Grafite Fenolftaleína CaO (óxido de cálcio) Água 01 micropipeta (conta gotas) Palha de aço. PROCEDIMENTOS PARTE I: OXIDAÇÃO DO FERRO 1. Coloque um pedaço de palhinha de aço em um vidro de relógio e adicione 20 gotas de água. 2. Deixe em repouso sobre a bancada por algumas horas, observe e registre o que ocorreu. PARTE II: SUBLIMAÇÃO DO IODO 1. Coloque uma pequena quantidade de cristais de iodo em um béquer e tampe com um vidro de relógio (fig.01). 2. Coloque algumas gotas de água sobre o vidro de relógio e aqueça sobre a tela de amianto durante 10seg. 3. Deixe esfriar por 5min., segure o vidro de relógio com a pinça de madeira, e observe os cristais de iodo formados. 4. Observe, analise e classifique o fenômeno ocorrido. Figura 01: Aquecimento dos cristais de iodo. 57 PARTE III: CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA 1. Usando o estojo de Multi-reações, coloque os eletrodos de teste em contato com o carbono grafite e verifique a condutividade. 2. Pegue o bastão de grafite e verifique se ainda pode ser utilizado para escrever. 3. Observe, analise e classifique o fenômeno ocorrido. PARTE IV: COR E SOPRO 1. Coloque 25mL de água num béquer e adicione 1 colher de CaO. Agite o sistema com o bastão de vidro. 2. Coloque o funil na boca do erlenmeyer e filtre a solução preparada no béquer. 3. Acrescente 2 gotas de fenolftaleína ao filtrado e agite. 4. Introduza no erlenmeyer um canudinho de refrigerante e sopre durante alguns minutos; 5. Observe, analise e classifique o fenômeno ocorrido. QUESTÕES 1. Que tipo de fenômeno ocorreu na parte I? 3. Qual é o estado físico do iodo? 4. Defina sublimação. 5. O que causa a cristalização do iodo? 6. Por que ocorre o fenômeno de condução de eletricidade no grafite? 7. Na parte IV, por que a solução fica rosa com a adição de fenolftaleína? 8. Que gás é introduzido no sistema quando sopramos? 9. O que ocorre quando este gás entra em contato com a água? 10. Escreva as equações das reações que ocorreram na parte IV do experimento. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os diferentes tipos de matéria não podem ser destruídos, mas passam por transformações, que podem alterar a natureza da matéria (fenômenos químicos) ou não causar alterações (fenômenos físicos). PARTE I: Ocorreu um fenômeno químico. A palhinha de aço em contato com o oxigênio do ar e a umidade sofreu oxidação, produzindo a ferrugem (principal componente Fe2O3). 58 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 6º AO 9º ANO PARTE II: Ocorreu o fenômeno da sublimação do iodo, passagem do estado sólido diretamente para o gasoso. Na face externa do vidro de relógio ocorreu a cristalização do I2 causada pela baixa temperatura. Durante a realização deste experimento evite respirar os vapores de iodo. O iodo mancha muito a pele e o guarda-pó. Para remover as manchas, lave com solução a 10% de tiossulfato de sódio (Na2S2O3). Para a eliminação do iodo do béquer, despeje um pouco de clorofórmio (benzeno ou outro solvente) dentro dele, agite e despeje o líquido num outro béquer. Repita este procedimento várias vezes para diminuir o consumo do solvente. Faça isso com as janelas abertas e longe do fogareiro, pois os solventes são tóxicos e inflamáveis. PARTE III: A grafite (variedade alotrópica do carbono), pode ser utilizada normalmente após a experiência, pois não ocorreu alteração na sua estrutura química. A grafite C(n) possui uma estrutura que apresenta uma nuvem de elétrons sobre os átomos de carbono que podem se movimentar livremente, tendo, portanto, facilidade na condução da eletricidade e do calor. PARTE IV A solução apresenta-se na cor rosa devido ao caráter básico (presença do hidróxido de cálcio), produzido pela reação entre o óxido de cálcio e a água. Ao soprarmos, estamos liberando CO2 (gás carbônico), que em contato com a água forma H2CO3 (ácido carbônico), vai neutralizando o sistema. Se continuarmos a soprar, após alguns minutos o sistema torna-se levemente ácido, ficando incolor. O ácido carbônico formado reage com hidróxido de cálcio produzindo CaCO3 (carbonato de cálcio), insolúvel em água, mas que se dissolve, quando em suspensão na água pela passagem de uma corrente de CO2, devido à formação de Ca(HCO3)2 (bicarbonato de cálcio), o qual é solúvel. Entre o hidróxido de cálcio e o ácido carbônico, ocorre uma reação de neutralização. Reações: CaO + H2O → Ca (OH)2 CO2 + H2O → H2CO3 Ca (OH)2 + H2CO3 → CaCO3 + H2O (insolúvel) CaCO3 + H2CO3 → Ca (HCO3)2 (solúvel) 59 ATIVIDADE 08 - ANATOMIA DE UMA FLOR COMPLETA OBJETIVOS Identificar as principais estruturas observadas em uma flor completa. MATERIAIS NECESSÁRIOS Folhas de papel ofício Flores 01 lupa Placas de Petri Lâminas para microscopia Lamínulas para microscopia 01 lâmina de barbear 01 estilete ou bisturi Caderno para
Compartilhar