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Apostila - FUND. QUÍM. EXP 2020

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1 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS DE 
QUÍMICA 
EXPERIMENTAL 
 
1º Ano 
Nomes: __________________________ 
 __________________________ 
 __________________________ 
 __________________________ 
Professora: Elise Marques Freire Cunha 
2020 
2 
 
Apresentação da disciplina de Fundamentos de Química 
Experimental 
 
A disciplina de Fundamentos de Química Experimental visa propiciar ao aluno do Curso 
Técnico em Química o conhecimento de alguns procedimentos experimentais em Química, como 
observação científica e conhecimento de materiais utilizados no laboratório experimental, assim 
como algumas técnicas de caracterização de alguns compostos. O objetivo da disciplina também é 
demonstrar experimentalmente alguns conceitos teóricos que fundamentam a Química do 
cotidiano. 
Vale destacar nesta apresentação que todas as operações realizadas em um 
procedimento experimental apresentam uma fundamentação conceitual que justificam as suas 
escolhas em detrimento a outros procedimentos semelhantes. Tais aspectos deverão ser 
amplamente explorados pelos alunos quando da elaboração dos relatórios. Esta apostila foi 
elaborada com a contribuição de alguns professores do Curso Técnico em Química, são eles: 
Professora Elise Marques Freire Cunha, Professor Adalberto Alves da Silva e Professora Joci 
Neuby Alves Macedo. 
A seguir, apresentamos algumas normas que irão reger a parte experimental da disciplina, 
para as quais os alunos deverão estar sempre atentos: 
 
1. Para o bom andamento das experiências, o aluno deve ler com antecedência a apostila ou 
o protocolo entregue pelo professor antes de entrar no laboratório, a fim de saber o que será 
feito e assim acompanhar a explicação que será dada pelo professor com maior clareza e 
entendimento. 
2. Será exigido do grupo, pesquisa antecipada das características dos reagentes, caso haja 
alguns especificados nos materiais e reagentes. Esta pesquisa também deverá fazer parte do 
relatório como será apresentado adiante. 
3 
 
3. Alguns experimentos poderão ser realizados em laboratório em conjunto com informações 
teóricas explicadas pelo professor sem a necessidade de separação de aulas teóricas e 
práticas. 
4. Grupos de 04 alunos: os alunos deverão formar grupos já na primeira aula. As composições 
dos grupos serão mantidas até o final de cada etapa, salvo algumas implicações que possam 
surgir durante as práticas. 
5. Os relatórios de uma dada prática de laboratório serão entregues à professora antes do início 
da próxima aula. 
6. Será exigido de cada grupo das práticas do laboratório, um caderno de anotações 
práticas contendo um breve resumo do que foi realizado na prática. A não apresentação do 
caderno de anotações das aulas práticas resultará no desconto de 1,0 ponto da nota 
no relatório do grupo. 
7. Relatórios: serão elaborados relatórios para descrever as observações e resultados das 
experiências realizadas. 
7.1. Cada grupo irá entregar um único relatório, no qual deverá constar somente o nome dos 
alunos que estiveram presentes na realização do experimento. 
Todos os relatórios deverão ser digitados e entregues até a data da próxima aula prática do 
grupo ou na data estipulada pelo professor. Atenção: não serão aceitos relatórios 
atrasados; considera-se o compromisso dos componentes do grupo para confecção e 
entrega dentro do prazo previsto. Isto visa valorizar os alunos que se empenham no 
cumprimento dos prazos estabelecidos. Não serão aceitos relatórios com atraso. Neste 
caso, será atribuída nota zero ao relatório. 
7.2. Os relatórios deverão ser confeccionados de maneira concisa e objetiva. Adiante, é feita 
uma explicação detalhada de como o relatório deve ser elaborado e organizado. 
8. Início das aulas de laboratório (atraso): A aula terá início, no horário estabelecido, com 
uma breve explicação, pelo professor, do experimento a ser realizado. Será tolerado um 
4 
 
atraso máximo de 10 minutos por parte do aluno, o qual deverá entrar no laboratório já 
vestindo o jaleco e de maneira discreta a fim de não perturbar o andamento da aula. 
9. Atestados: alunos que não comparecerem às práticas terá prazo de, no máximo 48 horas, 
para apresentar atestado ou uma justificativa plausível à supervisão pedagógica e à 
professora. Mediante a apresentação do atestado ou justificativo, o aluno poderá participar 
do relatório da equipe, entretanto o professor solicitará ao aluno uma pesquisa voltada 
ao tema em estudo pela prática. A não entrega da pesquisa no prazo previsto pelo 
professor acarretará uma redução em 25% da nota do relatório para este aluno. 
10. Avaliações: Serão realizadas avaliações teóricas e práticas da disciplina. Assim a 
composição da nota final será: 
 
 
 0,50
n
Relatório
 0,50
2
P2P1
MF n 













 


 
 onde: 
 P1,2  Avaliações Teóricas [Pontual de 0(zero) a 100 (cem)] 
 








n
Relatório
 n
  Somatória das notas dos relatórios ou trabalhos de pesquisa dividida pelo 
número de relatórios realizados. (OBS: o experimento não realizado pelo grupo ou cujo 
relatório não for entregue será atribuída nota zero a esse relatório). 
 
1111.. ÉÉ OOBBRRIIGGAATTÓÓRRIIOO OO UUSSOO DDEE JJAALLEECCOO DDEE MMAANNGGAASS LLOONNGGAASS.. ÓÓCCUULLOOSS DDEE SSEEGGUURRAANNÇÇAA,, CCAABBEELLOOSS PPRREESSOOSS 
EE LLUUVVAASS NNAASS PPRRÁÁTTIICCAASS DDEE LLAABBOORRAATTÓÓRRIIOO PPOODDEERRÃÃOO SSEERR SSOOLLIICCIITTAADDOOSS PPEELLOO PPRROOFFEESSSSOORR.. NNÃÃOO SSEERRÁÁ 
PPEERRMMIITTIIDDAA,, EEMM HHIIPPÓÓTTEESSEE AALLGGUUMMAA,, AA EENNTTRRAADDAA DDOO AALLUUNNOO QQUUEE NNÃÃOO EESSTTIIVVEERR UUTTIILLIIZZAANNDDOO OOSS EEPPII´́SS 
((EEQQUUIIPPAAMMEENNTTOOSS DDEE PPRROOTTEEÇÇÃÃOO IINNDDIIVVIIDDUUAALL)) SSOOLLIICCIITTAADDOOSS.. 
 
 
 
 
 
5 
 
Normas para a elaboração dos Relatórios 
 
Noções Gerais 
 
O relatório de atividades deve em primeiro lugar, retratar o que foi realmente realizado no 
experimento, sendo de fundamental importância a apresentação de um documento bem ordenado 
e de fácil manuseio. Além disso, deve ser o mais sucinto possível e descrever as atividades 
experimentais realizadas, a base teórica dessas atividades, os resultados obtidos e sua discussão, 
além da citação da bibliografia consultada. 
O relatório deve ser redigido de uma forma clara, precisa e lógica. Redija sempre de forma 
impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo passado. Ex. a massa das amostras sólidas foi 
determinada utilizando-se uma balança. 
Devem ser evitados expressões informais ou termos que não sejam estritamente técnicos 
(Não utilize em hipótese alguma adjetivo possesivo, como por exemplo, minha reação, meu 
banho, meu qualquer coisa). É bastante recomendável, efetuar uma revisão do relatório para 
retirar termos redundantes, clarificar pontos obscuros e retificar erros no original. 
Uma atenção especial deve ser dada aos termos técnicos, resultados, fórmulas e expressões 
matemáticas. As ilustrações (tabelas, fórmulas, gráficos) deverão vir na seqüência mais adequada 
ao entendimento do texto e seus títulos e legendas devem constar imediatamente abaixo. 
 
Tabela: é composta de título, um cabeçalho, uma coluna indicadora se necessário, e um corpo: 
_ Título- deve conter breve descrição do que contém a tabela e as condições nas quais os dados 
foram obtidos; 
_ Cabeçalho - parte superior da tabela contendo as informações sobre o conteúdo da cada coluna; 
_ Coluna indicadora- à esquerda da tabela, especifica o conteúdo das linhas; 
_ Corpo- abaixo do cabeçalho e a direita da coluna indicadora, contém os dados ou informações 
que se pretende relatar; 
 
Exemplo 
 
Tabela 1. Algumas características dos estados da matéria 
Estado da matéria Compressibilidade Fluidez ou rigidez Densidade relativa 
Gasoso Alta fluido Baixa 
Líquido Muito baixa fluido Alta 
Sólido Muito baixa rígido Alta 
6 
 
 
 
Gráfico:é a maneira de detectar visualmente como varia uma quantidade (y) a medida que uma 
segunda quantidade (x) também varia; é imprescindível o uso de papel milimetrado para 
construção de um gráfico. 
Eixos: 
Horizontal (abcissa) - representa a variável independente; é aquela cujo valor é 
controlado pelo experimentador; 
Vertical (ordenada)- representa a variável dependente; cujo valor é medido 
experimentalmente. 
Escolha das escalas - suficientemente expandida de modo a ocupar a maior porção do papel (não 
é necessário começar a escala no zero, sim num valor um pouco abaixo do valor mínimo medido) 
Símbolos das grandezas - deve-se indicar junto aos eixos os símbolos das grandezas 
correspondentes divididos por suas respectivas unidades; 
Título ou legenda - indicam o que representa o gráfico; 
Valores das escalas - Deve-se marcar os valores da escala em cada eixo de forma clara; 
Pontos - Deve-se usar círculos, quadrados, etc. para indicar cada ponto de cada curva; 
Traço - A curva deve ser traçada de modo a representar a tendência média dos pontos. 
 
O relatório deverá ser apresentado em folhas sulfite formato A4, de forma digitada 
eletronicamente em um processador de texto e fonte Arial tamanho 12 e deverá conter na sua 
capa o cabeçalho abaixo, sem o qual não será possível a anotação de sua nota. 
OBS: A FORMA DE FORMATAÇÃO DOS RELATÓRIOS DEVERÁ SEGUIR 
RIGOROSAMENTE OS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS PELA “METODOLOGIA CIENTÍFICA”. 
A seguir é apresentado um modelo de relatório que deverá ser seguido de acordo com 
orientações da Metodologia Científica. 
Tópicos de Composição: 
 
1. Identificação (Capa) 
2. Introdução 
3. Objetivos 
4. Parte Experimental 
4.1 Materiais e Reagentes 
4.2 Procedimento Experimental 
5. Característica dos Reagentes 
6. Resultados e Discussão 
7. Considerações Finais 
8. Referências 
 
7 
 
 
O relatório de cada experimento deverá obedecer, obrigatoriamente, a seguinte ordem de 
elaboração: 
 
[1] CAPA  Deve constar o cabeçalho, título do experimento, data de realização e nome dos 
alunos que efetivamente participaram da realização do experimento, curso, turma e 
professora. 
[2] INTRODUÇÃO  Apresentar os pontos básicos do estudo ou atividades desenvolvidas, 
especificando as principais aquisições teórico-metodológicas, referentes as técnicas 
empregadas. Neste item é dado um embasamento teórico do experimento descrito. Para 
situar o leitor naquilo que se pretendeu estudar no experimento. A literatura é consultada, 
apresentando-se uma revisão do assunto. Normalmente, as citações bibliográficas são feitas 
por números entre parênteses e listadas no final do relatório. Lembrar que a introdução não 
é uma cópia da literatura. Não copie os textos consultados, para isso basta uma 
máquina de fotocópias. A introdução deve conter no máximo 5 páginas. 
[3] OBJETIVOS  Apresentar de maneira clara e concisa os objetivos do Relatório, o qual deve 
estar fundamentado pela Introdução Teórica. 
[4] PARTE EXPERIMENTAL  Deverá estar dividida em duas partes: 
4.1. Materiais e Reagentes  Apresentar, na forma de itens, os materiais e reagentes 
utilizados para a realização do experimento. 
4.2. Procedimento Experimental  Descrição detalhada do experimento realizado, dos 
métodos analíticos e técnicas empregadas, bem como descrição dos instrumentos 
utilizados. Não é um receituário. Este item precisa conter elementos suficientes para que 
8 
 
qualquer pessoa possa ler e reproduzir o experimento no laboratório. Utilizam-se 
desenhos e diagramas para esclarecer sobre a montagem de aparelhagem. Não deve 
incluir discussão de resultados. 
[5] CARACTERÍSTICAS DOS REAGENTES  Utilizando-se o Merck Index, como fonte de 
pesquisa ou outra fonte confiável deverá elaborar uma tabela (como o exemplo abaixo) 
apresentando as características de todos os reagentes e produtos envolvidos no 
experimento. 
Substância Mol (g/mol) d (g/cm3) p.f. (oC) p.e.(oC) Solubilidade OBS/Cuidados 
NaOH 40,0 2,13 318 --- Água, etanol, 
metanol, 
glicerol. 
Absorve rapida/e 
H2O e CO2 do ar. 
Extrema/e 
corrosivo 
CaCl2 110,98 2,15 772 >1600 Água (c/ 
liberação de 
muito calor) e 
em álcool 
Higroscópico 
 
 
[6] RESULTADOS E DISCUSSÃO  Esta é a parte principal do relatório, onde serão mostrados 
todos os resultados obtidos, que podem ser numéricos ou não. Deverá ser feita uma análise 
dos resultados obtidos, com as observações e comentários pertinentes. Em um relatório desse 
tipo espera-se que o aluno discuta os resultados em termos dos fundamentos estabelecidos na 
introdução, mas também que os resultados inesperados e observações sejam relatados, 
procurando uma justificativa plausível para o fato. Em textos científicos utilizam-se tabelas, 
gráficos e figuras como suporte para melhor esclarecer o leitor do que se pretende dizer. 
Todas as observações experimentais, cálculos, interpretações e respostas às questões 
feitas na apostila deverão ser apresentadas neste item. 
6.1. Apresente os resultados e discussão na sequência em que o procedimento foi 
elaborado; 
6.2. Discuta cada etapa do procedimento realizado, procurando justificar a sua realização; 
6.3. Discuta cada observação experimental (mudança de cor, aquecimento, turvação, etc) 
e os resultados obtidos (massa final, rendimento, ponto de fusão, etc). 
6.4. Indique com clareza as operações de cálculo. Não sobrecarregue os cálculos com 
detalhes aritméticos desnecessários. Indique sempre as unidades usadas nas medidas. 
9 
 
[7]CONCLUSÃO  Neste item deverá ser feita uma avaliação global do experimento realizado, 
são apresentados os fatos extraídos do experimento, comentando-se sobre as adaptações ou 
não, apontando-se possíveis explicações e fontes de erro experimental. Não é uma síntese do 
que foi feito (isso já está no sumário) e também não é a repetição da discussão. 
 
[8] BIBLIOGRAFIA  Mencione sempre a bibliografia usada na introdução teórica e/ou 
questionário de forma clara e completa. Exemplos de citações bibliográficas: 
 
LIVROS: 
SILVA, R.R., BOCHI, N., ROCHA FILHO, R.C. Introdução à Química Experimental, 1a Ed, São 
Paulo : Ed. McGraw-Hill, 1990, p. 25-30. 
SILVERSTEIN, R.M., BASSLER, G.C., MORRILL, T.C. Identificação espectrométrica de compostos 
orgânicos. Tradução por ALENCASTRO, R.B., WIRCKER, L.F., SAN GIL, R.A. 5 ed. Rio de 
Janeiro : Guanabara Koogan, 1994, 387p. Tradução de Spectrometric identification of organic 
compounds. 
INTERNET: 
FEYNMAN, R. There’s plenty of room at the bottom. Disponível em: 
<http://lqes.iqm.unicamp.br/institucional/vivencia_lqes/vivencia_lqes_biblioteca_nanotecnologia
_conf_feynman.htmL> Acesso em 05 dez. 2005. 
 
SOLUBILIDADE DE SÓLIDOS. Disponível em: 
 <http://www.imapes.br/materiais_inorganica_ exp02.htm> Acesso em 15 nov. 20. 
ARTIGOS: 
ALVES, O.L. Técnicas de síntese em atmosfera inerte. Quím. Nova, v.9, n.4, p.276-281, 1986. 
Appleton, T.G. Oxygen uptake by a cobalt(II) complex. J. Chem. Educ., v.54, n.7, p. 443-444, 
1977. 
 
 
À seguir, o modelo da capa do relatório: 
 
http://www.imapes.br/materiais_inorganica_%20exp02.htm
10 
 
 
 
 
 
Disciplina: 
FUNDAMENTOS DE 
QUÍMICA 
EXPERIMENTAL 
TÍTULO DO EXPERIMENTO 
PRÁTICA NO ______ 
 
ALUNOS: ______________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
CURSO: TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO AO MÉDIO 
TURMA: ____________________________________________ 
PROFESSORA: ELISE MARQUES FREIRE CUNHA 
DATA: ___/___/________ 
11 
 
1. Introdução 
 
A Química é uma ciência experimental e se ocupa especialmente das transformações das 
substâncias, de sua composição e das relações entre estrutura e reatividade. Os princípios 
fundamentais em que a Química se apóia são baseados em fatos experimentais, razão pela qual o 
estudante deve dedicar grande partede seu esforço de aprendizagem a aperfeiçoar-se em 
métodos de execução de trabalho experimental. 
Neste curso, uma importante finalidade dos experimentos que são executados pelos alunos 
durante o seu período de trabalho no laboratório será de adquirir um conhecimento básico sobre 
diversos métodos e técnicas experimentais que posteriormente serão necessários em outras 
disciplinas. 
A finalidade principal, porém, é de levar o estudante a dar seus primeiros passos no método 
científico de trabalho experimental, um método baseado em princípios simples de lógica, e que tem 
se mostrado muito eficiente nos últimos séculos, resultando no extraordinário desenvolvimento da 
ciência que temos nos dias de hoje. 
 
 
2. O método científico em ciências experimentais 
 
“Método científico” é uma expressão de significado muito amplo, que já foi tema de vários 
livros e certamente será de muitos outros. Neste texto abordaremos apenas uma parte muito 
restrita, que nos diz respeito mais diretamente, e procuraremos resumir e simplificar ao máximo. 
Para elaborar uma ciência experimental como a Química começamos sempre por observar 
os fenômenos, sejam eles de ocorrência natural ou provocados. Você pode imaginar o homem pré-
histórico observando o fogo e seus efeitos, exemplos típicos de fenômenos químicos. O próximo 
passo é uma operação puramente mental: procura-se explicar o fenômeno, ou seja, procura-se 
estabelecer relações entre causa e efeito, procura-se responder a questões do tipo: Como? Por 
quê? Qual a conseqüência? etc. À explicação que se puder formular dá-se o nome de 
Fundamentos de Química Experimental. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Introdução ao Laboratório Químico 
 
Experimento 1 
 
Hipótese (ou teoria, quando é mais elaborada). Essa primeira hipótese é, certamente, 
provisória (pois facilmente pode não ser uma boa explicação para o fenômeno), e deve ser 
verificada. 
A verificação consiste em prever algum resultado baseado na possível veracidade da 
hipótese, e realizar um experimento ou observação que mostre que a previsão se confirma. 
Vamos dar um exemplo para facilitar a compreensão da seqüência. 
Digamos que dois homens pré-históricos observam o fogo e verificam que parte da matéria 
(a matéria que hoje chamamos de vegetal) se queima, enquanto que as pedras não se queimam. 
Um deles formula a seguinte hipótese: “as pedras não se queimam porque, para se queimar, a 
coisa tem que ser antes bem aquecida, e as pedras são frias e não se aquecem”. Ora, é fácil 
verificar que essa hipótese não se confirma; basta ao homem chegar perto de uma das pedras que 
estiveram no fogo para perceber que a pedra estará bem quente. Se o homem fosse bom 
observador teria também observado anteriormente que as pedras que ficam expostas ao sol ficam 
bem quentes, o que estaria em conflito com sua hipótese. 
O outro homem pré-histórico formula sua hipótese dessa forma: “as pedras não se queimam 
porque as pedras caíram das estrelas, e as coisas que caem das estrelas não se queimam”. E 
agora? Não é fácil verificar uma hipótese assim. 
Hipóteses que não tenham como serem confirmadas têm, em geral, pouco valor em ciência. 
A tendência dos cientistas é de ignorar tais hipóteses, dizendo que elas não são explicações, mas 
são apenas uma maneira de fugir do problema de procurar uma boa hipótese. 
Algumas ciências, como a Astronomia (e também a Química, se você pensar nas reações 
que devem ocorrer no centro da Terra ou no interior do Sol) enfrentam grandes dificuldades por 
não terem como verificar muitas de suas teorias. 
As verificações de uma hipótese, se a confirmarem sempre, acabam por promovê-la a teoria 
e depois a princípio. Se não confirmarem, é comum que as próprias verificações forneçam pistas 
para a formulação de outras hipóteses, que devem então entrar no círculo das verificações. 
O exemplo dado acima já mostra outro aspecto que representa uma grande dificuldade para 
o trabalho científico: em geral é possível formular um número muito grande de hipóteses para 
explicar o mesmo fenômeno; um dos trabalhos mais cansativos consiste em ir eliminando uma boa 
parte delas (por exemplo, por não poderem ser verificadas, ou por estarem em conflito com alguma 
teoria já aceita, ou por estarem em conflito com observações anteriormente realizadas, etc.), e 
13 
 
verificar depois o que restar. É importante, neste ponto, considerar que uma boa hipótese tem que 
explicar todos os fatos observados. 
Uma outra maneira de abordar o método científico consiste em encarar a ciência como um 
conjunto de modelos. O que chamamos de explicações é, pela nossa maneira de pensar, uma 
comparação de um fenômeno desconhecido com algo que conhecemos de nossa experiência 
anterior, abstraindo alguns aspectos comuns e construindo em nossa mente o que chamamos de 
modelo. Assim, não podemos ver as moléculas, nem temos um conhecimento muito exato de sua 
constituição; para explicar as vibrações moleculares, portanto, recorremos a um modelo: 
imaginamos as moléculas como bolas ligadas por molas e assim podemos “compreender” como 
são as vibrações. 
Nenhum modelo é perfeito, e os adeptos dessa abordagem dizem que o objetivo da ciência 
é aperfeiçoar continuamente os modelos, tentando chegar à perfeição. Assim, como as “bolas” do 
modelo anterior não podem explicar as absorções e emissões de luz, elas foram transformadas 
num outro modelo: uma miniatura de sistema solar, que depois teve que ser modificado para 
átomos com orbitais atômicos e moléculas com orbitais moleculares, etc. 
Note, pelo próprio exemplo citado, que nem sempre os modelos são físicos: orbitais, funções 
de onda, etc., pouco têm a ver com nossa experiência comum, a não ser pelo fato de se referirem 
vagamente a ondas. Na ciência atual há muitos modelos matemáticos em voga. 
Uma grande vantagem dos modelos é que podemos escolher o que for adequado para cada 
aspecto que quisermos estudar. Apesar de saber que as moléculas não são bolas com molas, esse 
é um modelo útil para estudar certas absorções no infravermelho, e outras finalidades. De qualquer 
forma, não parece ser possível para a mente humana pensar de forma totalmente abstrata em 
alguma coisa; ao pensar em moléculas reagindo ou se movimentando, sempre alguma imagem de 
bolinhas ou alguma outra coisa nos vem à mente. 
 
As “caixas pretas” 
 
Para ilustrar vários dos aspectos discutidos acima, você vai agora fazer em classe um 
experimento muito simples. Os estudantes, reunidos em grupos, receberão caixas fechadas 
contendo em seu interior objetos comuns, que podem ser: 1. Um pedaço de lápis cilíndrico 3. Uma 
moeda (redonda) 4. Um dado 5. Uma bolinha 6. Um objeto desconhecido. 
As caixas são completamente fechadas, e não podem ser abertas. Você pode apenas 
inclinar ou agitar a caixa e ouvir o objeto em seu interior se movendo, ou sentir as vibrações desses 
movimentos. Seu objetivo é descobrir qual objeto está dentro de cada caixa. 
14 
 
O processo como um todo será uma sequência de formulações de hipóteses, baseadas na 
observação, e seguidas de previsões e verificações, com novas observações. 
Este experimento tem também a virtude de ilustrar o fato de que não é necessário ver um objeto 
para ter uma certeza razoável de qual deve ser sua forma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Experimento 2 
 
Você se julga um bom observador? Certamente que sim. Entretanto há muito mais a 
OBSERVAR, além daquilo que nos chama a atenção à primeira vista. Observar exige: 
 concentração; 
 atenção aos detalhes; 
 engenhosidade; 
 paciência; 
 prática. 
Siga estes exemplos: 
1-Observa-se que Carlos e Janete são vistos freqüentemente juntos. Qual sua 
interpretação? 
2-Todas as quintas-feiras pela manhã as sacolas com lixo colocado à minha porta 
desaparecem. Dê sua interpretação para o fato. 
Estas duas situações permitem formular hipótesesque concordem com os fatos observados 
esclarecendo o PORQUE dessas regularidades. A atividade científica começa com a 
OBSERVAÇÃO, que deve ser realizada sob condições controladas, ou seja aquelas condições que 
são fixas e conhecidas e podem variar deliberadamente se desejarmos. O controle das condições é 
melhor obtido em um ambiente denominado LABORATÓRIO. A seqüência de observações assim 
obtidas é chamada EXPERIÊNCIA. Pode-se afirmar que TODA CIÊNCIA É CONSTRUIDA SOBRE 
RESULTADOS DE OBSERVAÇÕES EXPERIMENTAIS. 
Um segundo requisito importante da atividade científica é a DESCRIÇÃO. Significa o registro 
sucinto das observações, cujo conjunto denomina-se COLETA DE DADOS. Estes dados serão 
analisados e confrontados, evocando-se informações da literatura como princípios, teorias e leis 
conhecidas (DISCUSSÃO) para se extrair os RESULTADOS e CONCLUSÕES. Estes 
procedimentos constituem O MÉDOTO CIENTÍFICO. Caso não haja nada conhecido na literatura 
sobre seus dados, isso pode vir a ser uma descoberta nova, uma geração de novo 
conhecimento. 
De posse de seus resultados e conclusões, o passo seguinte é a DIVULGAÇÃO. Isso 
implica em transmitir as informações computadas, de forma completa, organizada, clara e objetiva, 
fundamentada em um domínio de conhecimento formal, usando uma linguagem especializada: a 
linguagem científica. Não se deve usar gírias, parágrafos longos ou idéias alheias, e sempre citar 
as fontes de consulta (REFERENCIAS) usadas para elaboração de seu relatório. 
16 
 
Com o propósito de exercitar a INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, PRINCIPALMENTE A 
OBSERVAÇÃO E DESCRIÇÃO, sugerimos descrever um objeto bastante familiar: UMA VELA. 
TITULO: Observação e descrição científica 
OBJETIVO: Observar, registrar e descrever um objeto de uso cotidiano. 
MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS: Vela, fósforo, béquer de 1000 mL. 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
1. Examine atentamente a vela que encontra-se em sua bancada. Anote o máximo de 
observações durante 20 minutos. 
2. Acenda a vela. Observe-a durante o mesmo período de tempo do item anterior. Anote o máximo 
de observações possíveis nesta condição. 
3. Emborque sobre a vela acesa um béquer vazio. O que aconteceu? Anote as modificações 
ocorridas com este procedimento. 
Acenda a novamente a vela, passe o seu dedo uns cinco centímetros acima da chama. Tente 
passar o dedo pelo meio da chama. Sopre levemente a chama. Anote as observações nesta 
operação. 
QUESTÕES 
1. Quais as condições que você utilizou para controle nesta experiência? 
2. Como pode variar estas condições? 
3. Por que as anotações das observações durante a experiência são fundamentais. Por que não 
fazê-las depois? 
4. As suas observações são suficientes para indicar: a composição da vela, seu estado físico ou 
mudança de estado, o produto da queima, características organolépticas. Faça um relato. 
5. Que tempo leva a vela para apagar-se quando se emborca sobre ela o béquer? Como você 
descreve o interior do béquer após este procedimento? 
6. Há presença de líquidos, fumaça, vapor enquanto a vela está sendo examinada? Onde e 
quando? Qual a forma, cor e calor da chama? Seu dedo sobre e através da chama permitiu 
deduzir o quê? 
7. Qual o papel do pavio da vela? 
Baseado apenas em suas observações e anotações faça uma descrição da vela (apagada e 
acesa). 
 
 
 
17 
 
 
NOÇÕES ELEMENTARES DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO 
 
 
Sendo a Química uma Ciência Experimental, são necessários conhecimentos práticos, pois 
é a partir deles que conseguimos compreender suas Leis e Teorias. 
A freqüência ao laboratório de Química Geral é de grande importância, particularmente no 
ensino técnico, uma vez que, além de experiências que permitem a melhor compreensão do que 
está sendo estudado teoricamente, nele é realizado o aprendizado de técnicas básicas, tão 
necessárias e usadas ao longo de toda a vida profissional do técnico em Química. 
Esta apostila é destinada aos alunos do 1º ano do curso Técnico em Química e tem por 
objetivo auxiliar de forma segura os primeiros contatos dos estudantes com os trabalhos de 
laboratório. Infelizmente, a ocorrência de acidentes em laboratório não é tão rara como possa 
parecer; sendo assim, com a finalidade de diminuir a freqüência e a gravidade desses eventos, 
torna-se absolutamente imprescindível que durante os trabalhos realizados em laboratório se 
observe uma série de normas de segurança: 
 Siga as instruções específicas do professor. Ao efetuar as experiências, siga rigorosamente 
seus roteiros, lendo-os com bastante atenção, identificando o material que será utilizado. 
 Acidentes de qualquer natureza devem ser comunicados imediatamente ao professor. 
 Localize o extintor de incêndio e familiarize-se com o seu uso. 
 Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergência. 
 As tubulações de laboratório possuem cor específica, segundo normas de segurança. 
 Coloque todo o material escolar (mochilas, pastas, cadernos, etc.) no local próprio. Não 
utilize a bancada como mesa. 
 Não fume no laboratório. 
 Não coma dentro do laboratório. 
 Uso de jaleco é indispensável. 
 Durante as aulas práticas é obrigatório o uso de calça comprida e sapato fechado. No caso 
de cabelos compridos, estes deverão estar presos. 
 Durante a permanência no laboratório, evite passar os dedos na boca, nariz, olhos e 
ouvidos. Seja particularmente cuidadoso quando manusear substâncias corrosivas como 
ácidos e bases. Lave sempre as mãos após manusear reagente (tenha sempre uma toalha 
pequena ou um perfex no bolso de seu jaleco). 
 Não trabalhe com material imperfeito, principalmente o vidro que contenha rachaduras, 
pontas ou arestas cortantes. 
 Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagente antes de usá-lo, certificando-se de 
seu uso. 
 Segure o frasco de reagente com o rótulo voltado para a palma de sua mão, evitando desta 
forma, danos ao rótulo. 
 Sobras de reagentes não devem ser devolvidas ao frasco original, evitando assim possíveis 
contaminações. 
 Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque 
com a mão, para sua direção, os vapores que se desprendem do frasco. 
 Não aspire gases ou vapores sem antes se certificar de que não são tóxicos. 
 Todas as experiências que envolvam produtos corrosivos ou vapores tóxicos devem ser 
realizadas na capela (dispositivo provido de exaustão). 
18 
 
 Ao introduzir tubos de vidro em rolhas, umedeça-os convenientemente e enrole a peça 
numa toalha para proteger as mãos. 
 Quando for utilizar o gás, abra a torneira somente após acender o palito de fósforo (nunca 
um isqueiro!) e, ao terminar seu uso, feche com cuidado a torneira, evitando vazamentos. 
Traga sempre uma caixa de fósforos para as aulas práticas. Não aqueça reagentes em 
sistemas fechados. Ao aquecer tubos de ensaio não volte a extremidade aberta para si ou 
para uma pessoa próxima. 
 Não deixe vidro quente onde possam pegá-lo inadvertidamente (o vidro quente parece com 
o vidro frio!). Coloque-o sempre sobre uma tela de amianto, o que alertará aos demais sobre 
o perigo de queimaduras. 
 Para evitar acidentes, não deixe o bico de gás aceso com chama forte sobre a bancada. 
 Não deixe produtos inflamáveis perto do fogo. 
 Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou 
que desenvolva grande quantidade de energia. 
 Se qualquer produto químico for derramado sobre a bancada, lave imediatamente o local. 
 Evite debruçar-se sobre a bancada. Algum reagente pode ter caído sobre a mesma, sem 
que fosse percebido, o que pode ocasionar acidentes. Conserve, portanto, sempre limpa a 
bancada e a aparelhagem que utilizar. 
 Não deixe frascos de reagentes destampados, principalmente se contiverem substâncias 
voláteis. Tenha o cuidado de não trocar as tampas dos frascos. 
 Os reagentes de uso coletivo deverão ser mantidos em seus devidos lugares. 
 Duranteos trabalhos em grupo apenas um aluno deverá se deslocar para pegar materiais e 
reagentes. 
 Sempre que trabalhar com água e ácidos concentrados, use sempre a capela, adicionando, 
lentamente, o ácido sobre a água e NUNCA o contrário (poderá haver projeção, devido à 
energia liberada no processo). 
 Não jogue nenhum material sólido nas pias e nos ralos. Habitue-se a utilizar sempre a lata 
de lixo. 
 Tenha um caderno de laboratório, onde deverão estar registrados todos os dados da prática. 
 Durante a realização das experiências, dirija sua atenção única e exclusivamente ao 
trabalho que está executando. Esta atitude permitirá que, além de fazer observações com 
maior exatidão, sejam evitados acidentes no laboratório. 
 A princípio, o estudante deverá repetir a experiência caso a mesma não apresente o 
resultado esperado ou satisfatório. Antes, porém, de fazê-lo, procurar o professor para 
esclarecer as possíveis causas do erro e se há realmente necessidade de proceder a nova 
experiência. 
 Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas e limpe todo 
o material utilizado, bem como a bancada. 
 Mantenha o laboratório sempre limpo. Higiene também é uma questão de segurança. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Todos os materiais e reagentes de laboratório são de alto custo, portanto, cuide bem do seu 
material e utilize somente quantidades necessárias dos reagentes, evitando desperdícios. 
Qualquer material que seja quebrado por negligência do aluno deverá ser reposto pelo 
mesmo. 
 
19 
 
ATENÇÃO 
Em caso de acidentes envolvendo ácidos ou bases, a primeira providência é Lavar o local 
abundantemente com água o maior tempo possível. 
Não adicione nenhuma substância no local afetado apenas água!!!! 
 
MATERIAL BÁSICO DE LABORATÓRIO 
 
A execução de qualquer experimento na Química envolve geralmente a utilização de uma 
variedade de equipamentos de laboratório, a maioria muito simples, porém com finalidades 
específicas. O emprego de um dado equipamento ou material depende dos objetivos e das 
condições em que a experiência será executada. Contudo, na maioria dos casos, a seguinte 
correlação pode ser feita: 
 
Material de vidro 
 Tubos de ensaio – utilizado principalmente para efetuar reações químicas em pequena 
escala. 
 Béquer ou Béquer – recipiente com ou sem graduação, utilizado para o preparo de 
soluções (onde a concentração seja aproximada), aquecimento de líquidos, recristalizações, 
etc. 
 Erlenmeyer – frasco utilizado para aquecer líquidos ou soluções e, principalmente, para 
efetuar um tipo de análise química denominada titulação. 
 Kitassato – frasco de paredes espessas, munido de saída lateral e usado em filtrações sob 
sucção. 
 Balão de fundo chato ou de Florence – frasco destinado a armazenar líquidos e soluções. 
 Balão volumétrico – recipiente calibrado, de exatidão, fechado através de rolha 
esmerilhada, destinado a conter um determinado volume de solução, a uma dada 
temperatura É utilizado no preparo de soluções de concentrações bem definidas. 
 Proveta – frasco com graduações, destinado a medidas aproximadas de um líquido ou 
solução. 
 Cilindro graduado – frasco com graduações, semelhante à proveta, mas que possui rolha 
esmerilhada permitindo assim que, além de ser usado para efetuar medidas, possa também 
ser utilizado no preparo de soluções, desde que não haja um grande rigor no que se refere à 
concentração da mesma. 
 Bureta – equipamento calibrado para medida exata de volume de líquidos e soluções. 
Permite o escoamento do líquido ou solução através de uma torneira esmerilhada e é 
utilizada em um tipo de análise química denominada titulação. 
 Pipeta – equipamento calibrado para medida exata de volume de líquidos e soluções. 
Diferentemente da proveta, que conterá o volume desejado, na pipeta deixamos escoar o 
volume necessário à nossa experiência. Existem dois tipos de pipetas: pipeta graduada 
pipeta volumétrica. A primeira é usada para escoar volumes variáveis enquanto a segunda 
é usada para escoar volumes fixos de líquidos ou soluções. Em termos de exatidão de 
medida, a pipeta graduada possui uma exatidão menor que a volumétrica. 
 Funil – utilizado na transferência de líquidos ou soluções de um frasco para outro e para 
efetuar filtrações simples. Existem funis que possuem haste curta e de grande diâmetro, 
adequados para transferência de sólidos secos de um recipiente para outro. 
20 
 
 Vidro de relógio – usado geralmente para cobrir béquers contendo soluções, em pesagens, 
etc. 
 Dessecador – utilizado no armazenamento de substâncias, quando se necessita de uma 
atmosfera com baixo teor de umidade. Também pode ser usado para manter substâncias 
sob pressão reduzida. 
 Pesa-filtro – recipiente destinado à pesagem de substâncias que sofrem alteração em 
contato com o meio ambiente (absorção de umidade, de gás carbônico; volatilização; etc.) 
 Bastão de vidro – usado na agitação e transferência de líquidos e soluções. Quando 
envolvidos em uma de suas extremidades por um tubo de látex é chamado “policial” e é 
empregado na remoção quantitativa de precipitados. 
 Funil ou ampola de separação (também chamado de decantação) – equipamento usado 
para separar líquidos imiscíveis (mistura heterogênea de líquidos). 
 Condensador – equipamento destinado à condensação de vapores, em destilações ou 
aquecimento a refluxo. 
o Balão de destilação - recipiente, também de vidro, que possui uma saída lateral na 
qual o condensador estará acoplado e que é utilizado caso de destilações simples. 
o Balão de fundo redondo: é o recipiente acoplado ao condensador no caso do 
aquecimento a refluxo ou destilação fracionada, quando estará acoplado à uma 
coluna de fracionamento. 
Em ambos os casos, a forma arredondada dos recipientes permite um aquecimento 
homogêneo. 
 
 Cuba de vidro ou cristalizador – recipiente geralmente utilizado para conter misturas 
refrigerantes e finalidades diversas. 
 
Material de porcelana 
 Funil de Büchner – utilizado em filtrações por sucção, devendo ser acoplado a um 
kitassato. 
 Cápsula – usada para efetuar evaporação de líquidos. 
 Caçarola – usada para efetuar evaporação de líquidos. 
 Cadinho – usado para a calcinação de substâncias. 
 Almofariz (ou gral) e pistilo – destinado à pulverização de sólidos. Além de porcelana, 
podem ser feitos de ágata, vidro ou metal. 
 
Material metálico 
 Suporte universal, mufa e garra – peças metálicas usadas para montar aparelhagens em 
geral. 
 Pinças – peças de vários tipos, como Mohr e Hofmann, cuja finalidade é impedir ou reduzir 
o fluxo de líquidos ou gases através de tubos flexíveis. Existe um outro tipo de pinça usado 
para segurar objetos aquecidos. 
 Bico de Bunsen – bico de gás, usado como principal fonte de aquecimento de materiais 
não inflamáveis. 
 Tela de amianto – tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir uniformemente o 
calor, durante o aquecimento de recipientes de vidro à chama de um bico de gás. 
 Triângulo de ferro com porcelana – usado principalmente como suporte em aquecimento 
de cadinhos. 
21 
 
 Tripé – usado como suporte, principalmente de telas e triângulos. 
 Banho de água ou banho-maria– utilizado para aquecimento indireto até 100 ºC. 
 Argola – usada principalmente como suporte para funil de vidro . 
 Espátula – usada para transferência de substâncias sólidas. 
 Furador de rolhas – utilizado na perfuração de rolhas de cortiça ou borracha. 
 
Materiais diversos 
 Suporte para tubos de ensaio 
 Pinça de madeira – utilizada para segurar tubos de ensaio. 
 Pissete – frasco, geralmente plástico, contendo água destilada, álcool ou outros solventes, 
usado para efetuar a lavagem de recipientes ou materiais com jatos de líquido nele contido. 
 Estufa – equipamento empregado na secagem de materiais, por aquecimento, em geral até 
200 ºC. 
 Mufla ou forno – utilizado na calcinaçãode substâncias, por aquecimento em altas 
temperaturas (até 1000 ou 1500 ºC). 
 Manta elétrica – utilizada no aquecimento de líquidos inflamáveis contidos em balão de 
fundo redondo. 
 Centrífuga – instrumento que serve para acelerar a sedimentação de sólidos em suspensão 
em líquidos. 
 Balança – instrumento para determinação de massa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Prática 3: Medidas de volume e Limpeza de vidrarias 
 
1- Objetivo: Apresentar técnicas de limpeza de vidrarias. 
 Apresentar vidrarias volumétricas como: proveta, pipeta, bureta e balão volumétrico. 
 Mostrar ao aluno como se deve fazer a leitura de medidas no laboratório e como 
expressá-las cientificamente. 
 
2- Introdução 
Limpeza 
Recomenda-se limpar o material com solução de detergente, enxaguá-lo várias vezes com água de 
torneira e depois com jatos de água deionizada. 
Verifica-se a limpeza, deixando escoar a água, isto é, se a película líquida inicialmente formada nas 
paredes escorre uniformemente, sem deixar gotículas presas, a superfície está limpa. 
Caso seja necessária uma limpeza mais rigorosa, existem soluções especiais para esse objetivo, 
no caso da disciplina de Fundamentos de Química Experimental, a lavagem com detergente 
é suficiente. 
Os materiais volumétricos devem estar perfeitamente limpos, para que os resultados das medidas 
possam ser os mais confiáveis. 
Secagem 
Para secagem do material, pode-se utilizar: 
Secagem comum – por evaporação à temperatura ambiente. 
Secagem rápida – pode ser obtida, após enxaguar o material, com álcool ou acetona. 
Secagem em corrente de ar – ar aspirado por meio de uma bomba de vácuo ou trompa d’água. 
Estufa – aquecimento em estufa em temperatura um pouco superior a 100 ºC. 
No caso da estufa, não se pode secar material volumétrico (buretas e pipetas), pois o mesmo 
nunca deve ser aquecido, o que comprometerá a calibração feita em sua confecção. Caso não se 
disponha de tempo para secar buretas ou pipetas, deve-se enxaguá-las repetidas vezes com 
pequenas porções do líquido que será usado para enchê-las (este processo recebe o nome de 
rinsagem). 
 
Medidas de volume 
A execução de qualquer experimento na Química envolve geralmente a utilização de uma 
variedade de equipamentos de laboratório, a maioria muito simples, porém com finalidades 
específicas. O emprego de um dado equipamento ou material depende dos objetivos e das 
condições em que a experiência será executada. 
O material a ser utilizado na medição de volumes depende da exatidão da medida que se 
necessita. Quando não é necessária uma grande exatidão na medida, esta pode ser efetuada em 
proveta ou pipeta graduada (ordem crescente de exatidão). Para medidas exatas, utiliza-se pipeta 
volumétrica, balão volumétrico e também buretas, que são calibrados pelo fabricante em 
temperatura padrão de 20ºC. O líquido (ou solução) a ser medido deve estar sempre à temperatura 
ambiente, pois variações de temperatura provocam dilatações e contrações. 
Provetas são utilizadas para a medida de qualquer volume líquido até a sua capacidade. O volume 
contido numa proveta é estimado até uma casa decimal a mais que a menor divisão da graduação. 
Por exemplo, uma proveta de 50 mL tem divisões correspondentes a 1 mL. Neste caso, os volumes 
são medidos até 0,1 mL, estimando o valor entre as marcas. 
 
As pipetas volumétricas são utilizadas para medir um volume específico de líquido e, por isso, têm 
apenas um sinal de calibração, que é colocado na parte mais fina acima do bulbo. O erro 
relacionado à medida de volume na pipeta volumétrica é indicado na própria pipeta. 
 
23 
 
Buretas são utilizadas para medir qualquer volume de líquido precisamente até o máximo da sua 
capacidade. Novamente, é necessário estimar o valor entre as divisões de escala. Tanto as buretas 
de 25 mL e 50 mL têm divisões correspondentes à 0,1 mL. Assim, a estimativa entre as divisões de 
escala deve ser escrita em termos da próxima casa decimal, ou seja, 0,01 mL. 
 
Na medida de volume de um líquido, compara-se seu nível com os traços marcados do aparelho. 
Lê-se assim o nível do líquido, baseando-se no menisco que é a superfície curva do líquido. 
Para realizar a leitura de volume de uma solução líquida deve-se obedecer à posição do menisco, 
ou seja: para a maioria das soluções incolores por convenção a leitura se dá pela tangente do 
menisco inferior e para algumas soluções, como mercúrio pelo menisco superior. Dessa 
forma determina-se com precisão a leitura de volume de qualquer que seja a solução líquida. 
 
Erros mais comuns: 
Medição de volume de soluções quentes. 
Uso de instrumento inadequado para medir volumes. 
Uso de instrumento molhado ou sujo. 
Formação de bolhas nos recipientes. 
Controle indevido da velocidade de escoamento. 
 
 
 
 
Técnica do uso de pipetas 
1. Mergulha-se a pipeta, limpa e seca, no líquido (ou solução) a ser medido, apenas a ponta da 
pipeta deve ficar em contato com o líquido. 
2. Aplica-se sucção (pêra de borracha ou pipetador, não use a boca para pipetar em 
laboratórios) na parte superior da pipeta, aspirando líquido (ou solução) até um pouco acima da 
marca. Nesta operação, a ponta da pipeta deve ser mantida sempre mergulhada no líquido (ou 
solução), caso contrário será aspirado ar. 
3. Fecha-se a extremidade superior da pipeta com o dedo indicador (caso não esteja usando a 
pera de sucção). Relaxando levemente a pressão do dedo, deixa-se escoar o líquido (ou solução) 
excedente, até que a parte inferior (ou superior, dependendo do líquido ou solução utilizada) do 
menisco coincida com a graduação desejada. Ou, acerte o volume com a própria pera ou 
pipetador. 
4. Remove-se a gota aderente à pipeta, tocando a ponta desta na parede do frasco utilizado para 
receber o líquido (ou solução) excedente. 
5. A seguir, encosta-se a ponta da pipeta na parede interna do recipiente destinado a receber o 
líquido (ou solução) e deixa-se escoar. Esperam-se mais 15 segundos e afasta-se a pipeta, sem 
tentar remover o líquido (ou solução) remanescente na ponta. 
24 
 
 
Erro de material 
Para se analisar e interpretar resultados de uma experiência torna-se necessário o conhecimento 
na precisão das medidas. É importante saber que sucessivas medidas de uma mesma grandeza 
não dão resultados iguais, ainda que feitas cuidadosamente. 
Para que a medida se aproxime da real e que contenha a menor margem de erro, é necessário que 
se determine o limite de erro do aparelho: esse limite, é igual à metade da menor divisão da escala. 
Exemplo: para se determinar o erro de um material graduado é necessário: 
a) Separar duas marcas de graduação, que indique um volume determinado. 
b) Contar o número de divisões entre essas marcas de graduação. 
c) Dividir o volume dado entre essas duas marcas de graduação pelo número de divisões 
correspondentes. 
Tomando-se, por exemplo, uma proveta de 10 mL, separando-se duas marcas (2 e 3) temos o volume 
de 1mL. Após contar as divisões encontraremos 10 divisões. 
 
Medindo 5mL nesta proveta 
Teremos: 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
 
Materiais e Reagentes 
água destilada 
 
 
 
balão volumétrico 
 
 bureta 
 
proveta 
 
béquer 
 
 pipeta graduada 
 
pipeta volumétrica 
 
tubo de ensaio 
 
 
Procedimento 
 
1. Anote com os respectivos desvios, a capacidade de cada um dos seguintes aparelhos 
apresentados na tabela a seguir: 
 
25 
 
Aparelho Menor Leitura Limite de erro 
Bureta 
Proveta 
Pipeta graduada 
 
2. Meça a mesma quantidade de água contida no tubo de ensaio, usando a proveta e a pipeta. Houve 
coincidência da leitura dos volumes e dos resultados entre os aparelhos? 
3. Medir 100 mL de água destilada em uma proveta e transfira-a quantitativamente para um balão 
volumétrico de 100 mL. Houve coincidência de resultados? Esperava-se coincidência de resultados? 
4. Escolha um aparelho de medida e identifique as informações:fabricante, temperatura de precisão, 
capacidade e o desvio. 
 
5) Leitura de volumes : 
Um dos componentes do grupo deverá dirigir-se à bancada lateral munido de um béquer de capacidade 
de 250 mL e um bastão de vidro e, com a técnica adequada, transferir para o mesmo, 220 mL de 
solução nº 1, que se encontra num frasco de reagente, devidamente identificado. Leve este béquer 
para sua bancada utilizando-o para os itens abaixo: 
 
Medir em provetas adequadas os seguintes volumes: 
85 mL 
22,0 mL 
6,4 mL 
Escolher pipetas graduadas adequadas e medir os respectivos volumes, em seguida deixar 
escoar os volumes abaixo para um béquer de 50 mL : 
2,3 mL 
6,5 mL 
0,7 mL 
 
Adicionar 40 mL de água em uma proveta de 50 mL e transfira os volumes para béqueres de 50 
mL, confira se os volumes coincidem. 
Adicionar 40 mL de água em um béquer de 50 mL e transfira os volumes para uma proveta de 50 
mL, confira se os volumes coincidem. 
Questões: 
1) Responda as questões apresentadas na parte experimental. 
2) Cite pelo menos duas regras de segurança de laboaratório que são aplicadas a realização 
do procedimento experimental. 
 
Bibliografia: 
Zan, R.A.. Fundamentos de Química Experimental, 2017. 
SKOOG, D. A. et al. Fundamentos de Química Analítica. 1.ed. São Paulo: Cengage learning, 
2008. 
26 
 
PRÁTICA Nº. 4: 
TÉCNICAS DE PESAGEM 
 
A pesagem é uma das mais importantes operações nos laboratórios de Química. Neste processo, a 
massa de um corpo é determinada por comparação com massas conhecidas, utilizando-se 
balanças. 
As balanças são instrumentos adequados para medir massas. As balanças são muito sensíveis a 
vibrações, correntes de ar e variações de temperatura. Alguns cuidados devem ser praticados 
durante o manuseio das balanças: 
manter a balança limpa, 
identificar a capacidade e a precisão da balança, 
os reagentes não devem ser colocados diretamente no prato, 
não se deve apoiar na bancada onde se encontra a balança durante o processo de pesagem. 
 
Tipos de balanças: 
Balanças semi-analíticas: são equipamentos de pesagem simples com precisão de 0,01 e 0,001g. 
Balanças analíticas: são equipamentos de pesagem simples, porém com alta precisão, por 
exemplo, 0,0001g e 0,00001g. 
 
 
 Erros nas pesagens 
As principais causas de erro são: 
 Modificações nas condições em que se encontra o recipiente e/ou substância, entre pesadas 
sucessivas. 
 Empuxo diferente do ar sobre o corpo e os pesos. 
 Inexatidão nos pesos. 
 Efeitos da temperatura. 
 Absorção de umidade e/ou gás carbônico do ar – as substâncias absorvidas também serão 
pesadas, causando erro. Como solução deve-se secar a substância antes da pesagem, 
deixá-la esfriar num dessecador e pesá-la num pesa-filtro. 
 Película de água aderida à superfície dos corpos – correspondente ao teor do vapor de água 
contido na atmosfera ambiente. Quanto mais baixa for a temperatura do corpo em relação à 
temperatura ambiente, tanto maior a espessura dessa película. Assim, um corpo frio 
aparentará maior peso do que um corpo quente. A solução nesse caso consiste em só pesar 
o objeto após o mesmo ter adquirido a temperatura ambiente. 
 
Cuidados gerais com as balanças 
 
Balanças não são sensíveis apenas a vibrações, mas reagem também a oscilações rápidas 
e temperatura e a correntes de ar. Por estes motivos, na instalação das mesmas devem ser 
evitados locais com incidência de sol e correntes de ar, assim como mesas ou bancadas que 
sofram trepidações facilmente. No caso das balanças ditas “analíticas”, de grande sensibilidade e 
exatidão, é conveniente a construção de uma sala exclusiva para elas. 
Em virtude do que foi dito, alguns cuidados devem ser tomados no manuseio de balanças, 
seja qual for o seu tipo: 
 A balança deve ser mantida sempre limpa. 
 Os reagentes não devem ser colocados diretamente sobre o prato da balança. Devem ser 
utilizados recipientes apropriados (vidro de relógio, béquer, etc.). 
 Terminada a pesagem, todos os recipientes devem ser retirados dos pratos e os botões e 
massas aferidas recolocados à posição inicial (zero). 
 Quando o objeto a ser pesado é colocado ou retirado do prato, a balança deve estar 
travada, para evitar desgastes nas peças da balança. 
27 
 
 Os objetos a serem pesados não devem ser seguros com a mão, mas com uma pinça ou tira 
de papel, evitando assim que haja aumento da massa do objeto pela gordura das mãos. 
Esta preocupação somente é necessária quando se utilizam balanças denominadas 
analíticas, muito sensíveis, que são capazes de determinar massas até o décimo de 
miligrama. 
 Os recipientes e reagentes a serem utilizados devem encontrar-se à temperatura ambiente. 
 O operador (ou outra pessoa) não deve apoiar-se na bancada da balança durante a 
pesagem, para evitar oscilações na balança. 
 
Balança de prato externo digital 
 
 Nivelar e ligar a balança. 
 “Zerar” a balança, pressionando o botão com o dedo indicador. 
 Colocar sobre o prato da balança o recipiente no qual se fará a pesada. 
 Para pesar X gramas de uma substância, considerar a massa do recipiente ou utilizar o 
botão de tara (neste caso, a balança é novamente zerada e a massa do recipiente é 
ignorada). 
 Acrescentar cuidadosamente ao recipiente, a substância a ser pesada até que o valor 
desejado apareça no visor. 
 Após a pesagem, retirar o recipiente com a substância, zerar novamente a balança, 
desligando-a posteriormente. 
 
Tipos de pesagem 
 
Direta: consiste na pesagem direta de um objeto como um cilindro metálico, vidro de relógio. 
Por adição: consiste na pesagem de uma massa por adição a um recipiente de massa conhecida 
(vidro de relógio, béquer). 
Por subtração: consiste na pesagem de uma massa por diferença entre duas pesagens. Realiza-
se uma primeira pesagem do recipiente contendo a substância a ser pesada, em seguida retira-se 
a quantidade desejada da substância e a massa será determinada com outra pesagem do que 
restou, e por diferença determina- se a massa retirada. 
 
Etapas no procedimento de pesagem: 
Nivelar a balança 
Zerar a balança (tarar) 
Pesagem 
Leitura da pesagem 
 
Objetivo: Apresentar os diferentes tipos de balanças e as diferentes técnicas de pesagem. 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
ATENÇÃO: todas as medidas devem ser expressas com o erro adequado. 
 
 
Procedimento 1: 
Analise as balanças e anote a precisão 
 
Procedimento 2: 
Pesar um bequer de 100,0 mL e anote a massa. 
Adicionar 50,0 ml de água ao béquer, pese e anote a massa. 
Determine a massa da água. 
Qual o nome desta técnica de pesagem? 
28 
 
 
Procedimento 3: 
Pesar o vidro de relógio com NaCl que se encontra na bancada, anote a massa 
Retire uma quantidade do sal com a espátula e pese o que sobrou. 
Determine a massa de sal que foi retirada 
Qual o nome desta técnica de pesagem. 
 
Procedimento 4: 
Pesar um béquer de 50,0 mL, anotar a massa. 
Qual o nome desta técnica de pesagem? 
 
 
29 
 
PRÁTICA Nº. 5: 
DETERMINAÇÃO DE DENSIDADE 
 
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA: 
 
A densidade é uma característica específica das substâncias. Ela é determinada medindo-se 
a massa da amostra (através de uma balança), o volume (pode ser determinado através dos 
conhecimentos de geometria, no caso de sólidos regulares, ou através de instrumentos e técnicas 
de laboratório que possibilitem tal aferição), e fazendo-se o quociente entre os dois (d = m/v). A 
massa deve ser expressa em gramas (g) e o volume em centímetros cúbicos (cm3). 
 
Densidade (Parte 1) 
 
2. Objetivo: Calcular a densidade de algumas amostras líquidas 
 
3. Procedimento: 
 
3.1 - Anotem os materiais, reagentes e equipamentos que vocês utilizaram durante a aula. 
 
 
 
3.2 – Determinar a densidade de um líquido desconhecido 
a) Pese a massa de um béquer de 50,0 mL 
b) Transfira a 10,0 mL do líquido desconhecido para o béquer e pese a massa do béquer + líquido. 
c) Repita este procedimento por mais duas vezes, e calcule a média das medidas. 
d) Calcule a densidade do líquidocom a média das medidas. 
 
3.3 – Determinar a massa de um líquido de densidade conhecida 
 
a) Na bancada tem um frasco de um líquido, anote o nome da substância, a marca (laboratório que 
a comercializa) e a densidade do líquido. 
b) Calcule o volume que se deve medir deste líquido para se ter uma massa igual 21,5 g da 
substância, consideraremos que o teor da substância é de 100%. 
 
 
 
Densidade (Parte 2) 
 
2. Objetivo: Determinar a densidade de sólidos. 
 
3- Procedimento: 
 
3.1 - Anotem os materiais, reagentes e equipamentos que vocês utilizaram durante a aula. 
 
3.2 – Determinar a densidade de um sólido 
30 
 
 
a) Pesar a massa do material sólido que se encontra na bancada. Anote a massa e identifique o 
material. 
b) Adicione água em uma proveta, suficiente para cobrir o pedaço de material sólido. Anote o 
volume de água exato. 
c) Coloque o material sólido na proveta e meça o volume de água deslocado. Para medir o volume 
de água deslocado use uma pipeta. Anote o volume exato. 
d) Repita os itens a, b e c, mais duas vezes. 
e) Usando a média dos valores, calcule o volume e a densidade do material sólido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
PRÁTICA Nº. 6 
FABRICANDO UM DENSÍMETRO 
 
Objetivo: Construir um densímetro. 
 
Material 
 
 Canudos de plástico para refresco; 
 Copo Alto; 
 Massa Epóxi ou Massa de modelar; 
 Água; 
 Álcool; 
 Sal; 
 Papel Higiênico; 
 
Procedimento 
 
1. Pegue um canudo usado para tomar refrigerante (é melhor que tenha perto de 4mm de 
diâmetro) e tampe um dos orifícios com uma bola feita com massa (epóxi ou massa de 
modelar). 
2. Encha um copo alto com água e coloque o canudo dentro, com o orifício tapado pela massa 
para baixo. Se o canudo equilibrar-se, flutuando na água, faça uma marca no canudo na 
altura em que ele fica no nível da superfície da água. Se o canudo não se equilibrar e 
afunda, diminua a massa na ponta do canudo. Se o canudo não afundar, mas se equilibrar, 
ficando de lado, aumente a massa na ponta do canudo. 
3. Encha um copo com álcool etílico e coloque o mesmo canudo dentro. O que você observa? 
Ele flutua mais ou menos? A altura que fica no nível da superfície do líquido é a mesma? 
Faça outra marca nessa altura. 
4. Encha um outro copo com água, uma colher de sal e teste a flutuação do mesmo canudo. O 
que você observa? Qual é a explicação? Qual é a relação entre a flutuação e a densidade? 
5. Faça agora o seguinte: 
 Coloque o canudo com as marcas das alturas do nível de flutuação na água e no 
álcool num copo alto. Vá colocando álcool até o canudo começar a flutuar; a altura 
deve ser a da marca já feita. Com o canudo flutuando, vá agora adicionando água. 
 O que você observa? 
 O que ocorre com o canudo? 
 Como você explica isso? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
PRÁTICA 7: 
POLARIDADE MOLECULAR E SOLUBILIDADE DE SUBSTÂNCIAS 
 
 Algumas substâncias se dissolvem em outras com facilidade. Água e álcool podem ser 
misturados em qualquer proporção, que sempre se obtém um líquido homogêneo. 
 Outras substâncias não se dissolvem com a mesma facilidade. Água e óleo vegetal se foram 
colocados juntos, não se misturam; mesmo se agitados numa batedeira, o óleo e a água ficam 
separados um do outro. 
 Por que isso ocorre? Por que algumas substâncias dissolvem e outras não? 
 Quando se adiciona uma substância à outra, e ela se mistura completamente formando um 
material homogêneo, diz-se que uma substância se dissolveu na outra. A substância que é 
dissolvida é chamada de soluto, e a que dissolve o soluto é chamada de solvente. 
 O soluto é dissolvido pelo solvente. O solvente dissolve o soluto. 
Quase sempre é fácil caracterizar o soluto e o solvente. Por exemplo, no caso de adicionar sal na 
água, o sal é soluto, e a água é o solvente. Porém, às vezes não fica tão fácil caracterizar qual 
substância dissolver e qual substância foi dissolvida, como no caso de água e álcool em 
proporções iguais: um dissolveu o outro reciprocamente. 
As substâncias iônicas são compostos formados por partículas com carga elétrica positiva 
(cátions) e por partículas com carga elétrica negativa (ânions), sendo que essas partículas se 
mantém ligadas umas às outras por forças de natureza elétrica. 
Isso não ocorre com as substâncias moleculares ou covalentes. Nestas, as moléculas não são 
partículas com cargas elétricas, embora apresentem pólos elétricos (moléculas polares) ou não 
(moléculas apolares). 
As moléculas apolares não sofrem desvios por ação de campos elétricos. As moléculas 
polares são desviadas pela ação de campos elétricos. Por causa de atrações de natureza elétrica, 
pode-se estabelecer a seguinte regra geral: compostos iônicos e compostos covalentes polares 
são solúveis em solventes polares, mais são insolúveis em solventes apolares. 
 
1) Será que a solubilidade de uma substância é uma propriedade característica que permite o 
seu reconhecimento? 
2) Um solvente dissolve igualmente várias substâncias? 
3) Uma substância é dissolvida da mesma maneira por vários solventes? 
4) A temperatura influencia na solubilidade de uma substância? 
 
Após a realização dos experimentos a seguir, essas questões deverão ser respondidas. 
 
2. OBJETIVO: 
A finalidade desta aula é constatar, na prática, evidências de que algumas substâncias são 
formadas por moléculas polares, enquanto outras são constituídas por moléculas apolares. A 
natureza iônica, polar ou apolar, de uma substância influi na sua solubilidade em determinados 
solventes; por isso, nesta aula verificaremos também a solubilidade de alguns compostos. 
 
 
Materiais e reagentes 
Bureta de 25 ou 50 mL Suportes com garras 
Tubos de ensaio Espátula 
Béquer de 100 mL Estante para tubos de ensaio 
Bastão de plástico (caneta esferográfica) 
 
Óleo comestível ou lubrificante Cloreto de sódio 
Parafina ou naftaleno Hexano 
Iodo Acetona 
Água destilada Etanol 
33 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
a) Ação de um campo elétrico 
1.Monte 03 buretas de 50 em 03 suportes universais, colocando sob cada uma delas um béquer de 
100 mL. 
2. Carregue a primeira bureta com água, a segunda com álcool e a terceira com hexano, 
identificando-as. 
3. Abra a torneira da bureta com água, de modo a deixar correr um fio de água mais fino possível 
(atenção: não é gota a gota) de uma altura aproximada de 10 cm entre o bico da bureta e a boca 
do béquer. 
4. Agora, atrite um bastão de plástico (caneta esferográfica) contra o cabelo ou contra uma flanela 
e chegue-a para bem próximo do fio de água (sem encostar). O que observou? Anote. 
5. Repita os passos 3 e 4 para a bureta com álcool. O que observou? Anote. 
6. Repita os passos 3 e 4 para a bureta com hexano. O que observou? Anote. 
 
 
b) Solubilidade x polaridade 
1. Numere 3 tubos de ensaio: tubo 1, tubo 2 e tubo 3. 
2. Utilizando as buretas, coloque 3,0 mL água no primeiro tubo, no segundo 3,0 mL de álcool; e no 
terceiro 3,0 mL hexano. 
3. Coloque duas gotas de óleo comestível ou lubrificante em cada um dos tubos. 
4. Agite muito bem cada tubo isoladamente. 
Quais os solventes que solubilizaram o óleo? 
Quais os solventes que não solubilizaram o óleo? 
Pode-se concluir que as moléculas do óleo são polares ou apolares? 
 
5. Repita os passo 1 e 2 em outros tubos. 
6. Coloque uma pitada de cloreto de sódio em cada um dos tubos. 
7. Agite bem e observe. 
Quais os solventes que solubilizaram o cloreto de sódio? 
Quais os solventes que não solubilizaram o cloreto de sódio? 
O cloreto de sódio foi mais solúvel em:____________________________________ 
O cloreto de sódio foi pouco solúvel em ___________________________________ 
Ocloreto de sódio não foi solúvel em _____________________________________ 
Pode-se concluir que o cloreto de sódio é polar ou apolar? 
Baseado nas conclusões anteriores referente ao cloreto de sódio, classifique os solventes, 
marcando com x a classificação mais adequada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Repita os passo 1 e 2 em outros tubos. 
9. Coloque uma pequena quantidade de naftaleno em cada 
um dos tubos. 
10. Agite bem e observe. 
Quais os solventes que solubilizaram o naftaleno? 
Quais os solventes que não solubilizaram o naftaleno? 
Pode-se concluir que o naftaleno é polar ou apolar? 
 Água Álcool Hexano 
Muito 
polar 
 
Pouco 
polar 
 
Apolar 
34 
 
 
11. Repita os passo 1 e 2 em outros tubos. 
12. Coloque um cristal de iodo em cada um dos tubos. 
13. Agite bem e observe. 
O iodo é mais solúvel em? 
O iodo é menos solúvel em? 
Logo o iodo é polar ou apolar? 
14. Pede-se: 
a) As fórmulas moleculares e estruturais da água, etanol e hexano. 
b) Classifique-as como polar ou apolar; 
c) As fórmulas moleculares do cloreto de sódio, do naftaleno e do iodo sólido. 
d) Qual é o principal componente dos óleos? 
e) Dados os solventes água, etanol e n-hexano, dê pelo menos um exemplo de sua aplicação 
como solvente na indústria de alimentos. 
15. Faça o relatório e atenção todas as questões presentes no roteiro devem ser respondidas no 
relatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
PRÁTICA 8: FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS 
 
1. OBJETIVO: 
Identificar a diferença entre uma simples mistura de substâncias e uma reação química. 
Verificar as diferenças entre os fenômenos físicos e químicos através de processos 
experimentais. 
 
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA: 
 
Fenômeno físico é aquele que não altera a estrutura das substâncias, ou seja, não altera a 
sua composição química. 
Fenômeno químico é aquele que altera a estrutura das substâncias, modificando sua 
composição química. 
Experimentalmente, é possível diferenciar os fenômenos físicos dos químicos pela 
observação das alterações ocorridas durante as experiências. A formação de gases, de produtos 
insolúveis (denominados precipitados) e de colorações inesperadas no sistema, são fortes 
indícios da ocorrência de um fenômeno químico, uma vez que possuem características 
diferentes das dos reagentes usados. 
 
Observe cuidadosamente os reagentes usados: seu estado físico; se está puro ou em 
mistura; sua coloração, etc. Com o objetivo de analisar as modificações ocorridas. 
 
3. MATERIAIS E REAGENTES: 
 
Material por bancada Reagentes 
Bico de Bunsen Iodo (I2) ; magnésio metálico (Mg°) 
Tela de Amianto (2) Carbonato de cálcio sólido (CaCO3) 
Tripé Cobre metálico (Cu°) e ferro metálico (Fe°) 
Tubos de Ensaio Solução de cloreto férrico (FeCl3) 0,1 mol/L 
Estante para tubos Solução de tiocianato de amônio (NH4SCN) 0,1 
mol/L 
Béquer de 50mL (3) Solução de ácido clorídrico (HCl) 30% v/v 
Pinça para Béquer Solução de ácido clorídrico (HCl) 0,1 mol/L 
Vidro de Relógio Solução de hidróxido de sódio (NaOH)0,1 mol/L 
 Solução de sulfato de sódio (Na2SO4) 0,1 mol/L 
 Solução de cloreto de bário (BaCl2) 0,1 mol/L 
 Solução de sulfato cúprico (CuSO4) 0,1 mol/L 
 Solução de cloreto férrico (FeCl3) 0,1 mol/L 
 Água de cal ou de barita (Ca(OH)2 ou Ba(OH)2) 
 
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
 
Colocar alguns cristais de iodo (I2) em um béquer limpo e seco. Cobrir o béquer com um vidro de 
relógio contendo água. Colocar este conjunto sobre uma tela de amianto. Com o auxílio de um tripé 
aquecê-lo com chama baixa até que os vapores de iodo cheguem ao vidro de relógio. Desligar o 
gás e deixar esfriar o sistema (colocar o béquer para esfriar sobre outra tela de amianto, na 
bancada). Anotar todas as observações (antes e depois do experimento) e determinar se o 
fenômeno é físico ou químico. 
Aspecto do iodo (I2) antes do aquecimento: ___________________________________ 
Aspecto do iodo (I2) após o aquecimento: ____________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ___________________________________________________________ 
36 
 
Colocar uma pequena porção de carbonato de cálcio (CaCO3) em um béquer. Juntar 3,0 mL de 
solução de ácido clorídrico (HCl) e observar. Esperar até que não mais se note a presença de 
carbonato de cálcio (se for necessário, acrescentar mais ácido). 
Aspecto do carbonato de cálcio (CaCO3): _____________________________________ 
Aspecto da solução de ácido clorídrico (HCl) :_________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: ____________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: _____________________________________________________________________ 
 
Colocar 1,0 mL de solução de sulfato de sódio (Na2SO4) em um tubo de ensaio e adicionar 1,0 mL 
de solução de cloreto de bário (BaCl2). Agitar, observar e colocar o tubo na estante. Após algum 
tempo de repouso, observar novamente o tubo. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da solução de sulfato de sódio (Na2SO4): _____________________________ 
Aspecto da solução de cloreto de bário (BaCl2): _______________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: ____________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: ____________________________________________________________ 
 
Colocar 1,0 mL de solução de cloreto férrico (FeCl3) e adicionar 1,0 mL de solução de tiocianato de 
amônio (NH4SCN). Agitar, observar e colocar o tubo na estante. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da solução de cloreto férrico (FeCl3): _________________________________ 
Aspecto da solução de tiocianato de amônio (NH4SCN): _________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: ____________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: _____________________________________________________________________ 
Em um tubo de ensaio adicionar volumes iguais de solução de sulfato cúprico (CuSO4) e solução 
de cloreto férrico (FeCl3) (1,0 mL de cada ). Agitar e observar. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da solução de sulfato cúprico (CuSO4): ________________________________ 
Aspecto da solução de cloreto férrico (FeCl3):__________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: ___________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: _____________________________________________________________________ 
Segurar um pequeno pedaço de magnésio metálico (Mg°) com uma pinça metálica. Introduzir a 
ponta do metal na chama (zona oxidante) do bico de Bunsen. Observar com cuidado a combustão 
do magnésio e o aspecto da substância que resta na pinça (a luz produzida é muito viva e pode 
prejudicar a vista). 
Aspecto do magnésio metálico (Mg°) antes e depois da combustão: ________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
 
Em um tubo de ensaio adicionar volumes iguais de solução de ácido clorídrico (HCl) e solução de 
hidróxido de sódio (NaOH) (1,0 mL de cada ). Agitar e observar. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da solução de ácido clorídrico (HCl):__________________________________ 
Aspecto da solução de hidróxido de sódio (NaOH):_____________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: ____________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: 
______________________________________________________________________ 
 
37 
 
Em um tubo de ensaio adicionar 2,0 mL de solução de ácido clorídrico (HCl) 30% v/v e um 
pequeno pedaço de cobre metálico(Cu°). Agitar e observar. O fenômeno é físico ou químico? 
Aspecto da solução de ácido clorídrico (HCl):__________________________________ 
Aspecto do pedaço de cobre:______________________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: ____________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa:______________________________________________________________________ 
 
Em um tubo de ensaio adicionar 2,0 mL de solução de ácido clorídrico (HCl) 30% v/v e um 
pequeno pedaço de ferro metálico( prego - Fe°). Agitar e observar. O fenômeno é físico ou 
químico? 
Aspecto da solução de ácido clorídrico (HCl):__________________________________ 
Aspecto do pedaço de ferro:________________________________________________ 
Observações após a junção dos reagentes: ____________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: 
______________________________________________________________________ 
 
Em um tubo de ensaio adicionar 5,0 mL de água de barita (solução de hidróxido de bário – 
Ba(OH)2) e soprá-la , introduzindo a ponta de uma pipeta na solução .Observar. O fenômeno é 
físico ou químico? 
Aspecto da água de barita: _______________________________________________ 
Observações após o sopro: _______________________________________________ 
Indicação de fenômeno ___________________ 
Justificativa: _____________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
PRÁTICA 9: 
MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS 
 
Mistura é a associação de duas ou mais substâncias diferentes cujas estruturas 
permanecem inalteradas, isto é, não ocorre reação química entre elas. Temos dois tipos de 
misturas: 
 
a) Mistura homogênea não é possível distinguir superfícies de separação entre seus 
componentes, nem mesmo com os mais aperfeiçoados aparelhos de aumento, tais como 
ultramicroscópio ou microscópio eletrônico. 
 
b) Mistura heterogênea é possível distinguir superfícies de separação entre seus 
componentes, em alguns casos a olho nu, em outros com microscópio comum. 
 
É muito comum as substâncias aparecem misturadas na Natureza. Freqüentemente, 
portanto, é necessário separar as substâncias existentes na mistura, até ficarmos com cada 
substância totalmente isolada das demais (substância pura). Esta separação chama-se 
desdobramento, fracionamento ou análise imediata da mistura. 
Os processos empregados na análise imediata enquadram-se em dois tipos, conforme a 
mistura seja homogênea ou heterogênea : 
 Nas misturas heterogêneas usam-se os processos mecânicos, que têm por finalidade 
separar as diferentes fases, obtendo-se deste modo misturas homogêneas ou substâncias 
puras. 
 Nas misturas homogêneas recorrem-se a processos mais enérgicos, empregando-se 
processos físicos ou de fracionamento, pois a mistura homogênea fraciona-se em duas ou 
mais substâncias puras, isto é, seus componentes. 
 
 
Misturas heterogêneas (processos mecânicos) 
ANÁLISE IMEDIATA 
Misturas homogêneas (processos físicos) 
 
 
SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES DE MISTURAS HETEROGÊNEAS 
 
Sólido-Sólido 
 
 Catação - Separam-se os componentes sólidos usando a mão ou uma pinça. 
 Ventilação - Usa-se uma corrente de ar para arrastar os componentes de densidade menor. 
É o que se faz para separar o café da palha; é também o princípio de funcionamento das 
máquinas de beneficiamento de arroz e cereais: a corrente de ar arrasta a palha ou a casca, 
e ficam os grãos. 
 Levigação - Consiste em lavar a mistura com uma corrente de água, separando assim o 
sólido menos denso. É o que se faz no garimpo para separar o ouro da areia. A água arrasta 
o componente menos denso (a areia), e o ouro, bem mais denso, fica. 
 Separação magnética (ou imantação) - Usada quando um dos sólidos é atraído por um 
ímã. Esse processo é usado em larga escala para separar alguns minérios de ferro de suas 
impurezas e, certos filtros instalados junto às chaminés das indústrias funcionam baseados 
nesse princípio, retendo as partículas paramagnéticas (suscetíveis de magnetização). 
 Flotação - Banha-se a mistura em um líquido de densidade intermediária. O componente 
menos denso flutua e o mais denso se deposita. É o processo utilizado na separação de 
certos minérios de suas impurezas (ganga). O minério é banhado em óleo, e as partículas 
39 
 
recobertas de óleo ficam menos densas que a água. O minério, então, é mergulhado em 
água (o líquido de densidade intermediária) e flutua. A ganga se deposita. 
 Peneiração - A utilização de uma peneira permite separar os componentes. É o que faz o 
pedreiro quando quer obter areia de várias granulações. 
 Cristalização fracionada - Todos os componentes da mistura são dissolvidos em um 
líquido que, em seguida, sofre evaporação provocando a cristalização separada de cada 
componente. A cristalização fracionada é usada, por exemplo, nas salinas para obtenção de 
sais a partir da água do mar. A evaporação da água permite a cristalização de diferentes 
sais, sendo que o último a ser obtido é o cloreto de sódio (NaCl), usado na alimentação. 
 Dissolução fracionada - Trata-se a mistura com um solvente que dissolva apenas um dos 
componentes. Por filtração, separam-se os demais. Por evaporação, recupera-se o 
componente dissolvido. Para separar areia e sal, por exemplo, basta lavar a mistura. O sal 
se dissolve na água e a nova mistura é filtrada. A areia fica retida e passam a água e o sal 
dissolvido. Evapora-se a água e recupera-se o sal. 
 
Sólido – Líquido 
 
 Decantação - Consiste em deixar a mistura em repouso por certo tempo, até que as 
partículas de sólido se depositem. Depois, com cuidado, transfere-se o líquido para outro 
recipiente. O café à moda síria ou árabe não é coado. É servido depois que o pó se 
deposita. 
 Centrifugação - Consiste em acelerar a decantação pelo uso de centrifugadores 
(denominados centrífugas). Na centrífuga, devido ao movimento de rotação, as partículas de 
maior densidade, por inércia, são arremessadas para o fundo do tubo. Para separar as 
partículas sólidas, ricas em gordura, da fase líquida do leite, as indústrias submetem-no à 
centrifugação. 
 Filtração - Consiste em fazer passar a mistura por uma parede ou superfície porosa. O 
sólido fica retido. Esse processo tem largo emprego doméstico; é usado para coar café ou 
coalhada, para coar um suco através do pano, etc. Em laboratório, podemos usar a filtração 
denominada simples, onde o meio filtrante (denominado papel de filtro) é adaptado a um 
funil e a filtração ocorre por ação da gravidade ou a filtração a vácuo, onde a filtração é 
acelerada pelo acoplamento de uma bomba de vácuo, que faz com que a pressão no interior 
do recipiente diminua (neste tipo de filtração usa-se um funil especial, denominado funil de 
Büchner, que permite que se acople a bomba de vácuo). 
 
 
 
Líquido-Líquido 
 
 Decantação - Quando se trata de separar líquidos imiscíveis com densidades diferentes, 
usa-se um funil de separação (denominado funil ou ampola de decantação ou funil de 
bromo).Coloca-se a mistura nesse funil e espera-se que as duas fases se separem. Abre-se 
a torneira e deixa-se escoar o líquido mais denso. O outro estará automaticamente 
separado. Pode-se utilizar esse processo na mistura água e óleo. 
 
 
Líquido – Gás 
 
 A mistura é heterogênea desde que se observem bolhas de gás disseminadas na fase 
líquida, a exemplo do que acontece nas bebidas gaseificadas. Para separar um líquido de 
um gás, basta aquecer a mistura e o gás é eliminado. É por isso que a água fervida não tem 
gosto agradável - elimina-se o oxigênio nela dissolvido. 
 
40 
 
Gás-Sólido 
 
 Decantação - A mistura passa através de obstáculos, em forma de zigue-zague, onde as 
partículas sólidas perdem velocidade e se depositam. Industrialmente, esse processo é feito 
em equipamento denominado câmara de poeira ou chicana. 
 Filtração - A mistura passa através de um filtro, onde o sólido fica retido. Esse processo é 
muito utilizado nas indústrias, principalmente para evitar o lançamento de partículas sólidas 
na atmosfera. Atualmente, as indústrias potencialmente poluentes são obrigadas por lei a 
usar dispositivos filtrantes nas chaminés. Esse método de separação também pode ser 
utilizado em sua casa, com um equipamento mais

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