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SEPARACAO POR MEMBRANAS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Departamento de Engenharia Química (DEQ)
Operações Unitárias I - 9078 - Turma 02
Relatório: Membranas
Equipe:
Jhenifer Scarlet de Souza Monteiro (ra:112428)
Willian Dimas Pompeo Siqueira (ra:115410).
Professora: Quelen Letícia Shimabuku Biadola
MARINGÁ
2022
01. INTRODUÇÃO
Em operações industriais, em particular de processos químicos, com a
finalidade de produzir compostos com determinadas especificações, é necessário
separar, concentrar e purificar espécies presentes em diferentes correntes dos
processos envolvidos. Para estas operações, os processos de separação por
membranas têm-se destacado como alternativas bastante promissoras aos
processos clássicos de separação, uma vez que estes oferecem vantagens no que
se refere ao consumo de energia, especificidade e facilidades de scale-up. [1]
A importância dos processos de separação por membranas são amplos,
como citados acima, por conta disso se faz necessário a todo futuro engenheiro
saber mais sobre. Pensando nisso, durante a graduação este assunto aparece na
disciplina de Operações unitárias I.
02.OBJETIVOS
Objetivou trazer mais sobre membranas de uma forma nova, onde o
processo de ensino-aprendizagem é feito aluno para aluno, objetivando fazer o
assunto ficar mais interessante.
03.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Membranas
As membranas são barreiras seletivas ao transporte de matéria e energia,
visando o fracionamento dos componentes de uma mistura em função de suas
diferentes taxas de permeação.Diferenciam-se pelo tamanho de partículas (com
base no peso molecular P.M.) que permitem a passagem e da diferença de pressão
aplicada (dp).
O desempenho de uma membrana e do processo de separação é determinado,
fundamentalmente, por dois parâmetros: seletividade e permeabilidade, ambos
avaliados em função da rejeição da membrana aos componentes de interesse e do
fluxo de permeado. [1]
A seletividade é normalmente expressa pelo coeficiente de retenção:
(1)𝑅 = 1 − 𝐶𝑝𝐶𝑓
em que CF representa a concentração do soluto na alimentação e CP a
concentração do soluto no permeado ou filtrado. Já o fluxo ou velocidade de
permeação é definido como o volume de solução que atravessa a membrana por
unidade de área e por unidade de tempo (L3.L2.Θ-1). [1]
De um modo geral, as membranas podem ser classificadas de acordo com a
sua natureza e estrutura ou morfologia. Relativamente à sua natureza, as
membranas dividem-se em biológicas (vivas ou não vivas) e sintéticas (orgânicas ou
inorgânicas). Do ponto de vista estrutural, as membranas podem ser simétricas
(porosas ou não porosas) e assimétricas. As simétricas apresentam uma espessura
entre 100 e 200 μm e as assimétricas são constituídas por uma camada
homogénea, muito fina, e em que a espessura pode variar entre 0.1 a 0.5 μm,
suportada por uma camada porosa com uma espessura entre 50 a 150 μm. [2]
No processo de separação por membranas, a corrente de alimentação com
concentração do soluto CF é alimentada em escoamento tangencial ao longo da
superfície da membrana e divide-se em duas correntes, o concentrado ou retido e o
permeado, como está ilustrado na Figura 1. A corrente do retido é essencialmente
constituída por partículas e solutos rejeitados pela membrana, cuja concentração
CR é superior à CF, enquanto a de permeado por solvente ou solução clarificada.
[1][2]
Figura 1- correntes de processo [3]
Elas trabalham com um permeabilidade, que é uma das principais atividades
realizadas por uma membrana. Essa função corresponde à seleção de substâncias
que entram e saem. Isso significa que a membrana age como uma espécie de
“peneira”, escolhendo e dificultando a passagem de substâncias.A permeabilidade
pode ser calculada pela seguinte fórmula: [3]
(2)𝐷 = 𝑠𝑡
Onde:
D = Permeabilidade
s = quantidade de substância que difundiu
t = tempo (mol/seg)
Mas também pode ser medida pelas técnicas de deplasmólise, análise
química e pelo método de isótopos.
Método de deplasmólise: Uma solução hipertônica é adicionada ao meio para
que as células sejam plasmolisadas. A taxa de deplasmólise é proporcional à
permeabilidade celular para a substância utilizada, caso o produto penetre. [2][3]
Método de análise química: Células são colocadas em imersão em uma
substância e retiradas após um tempo determinado. O suco celular é retirado com a
ajuda de uma micropipeta ou seringa e analisado. [1][2]
Isótopos: Podemos aumentar a sensibilidade do segundo método utilizando
uma substância radioativa e será possível saber a taxa de penetração da substância
no protoplasma e no vacúolo, de forma separada. [3]
Aplicações
Os processos que utilizam membrana têm tido aplicação nos mais
diversificados sectores da indústria química, indústria alimentar e farmacêutica,
biotecnologia, medicina e tratamento de águas industriais e de abastecimento. Em
aplicações na área da biotecnologia, com vista à recuperação de bio-produtos de
valor acrescentado (proteínas, antibióticos, vitaminas, amino ácidos, etc.), é bem
conhecido que existem alguns problemas que dificultam o processamento de
correntes provenientes de processos biotecnológicos, nomeadamente as
características do mosto das fermentações que normalmente se apresenta em
concentrações muito baixas. Os custos energéticos envolvidos nesta etapa de
recuperação de compostos a partir de soluções muito diluídas são muito superiores
aos custos das matérias-primas e da fermentação/bioconversão e são
determinantes para tornar economicamente viável a produção dos produtos finais.
Processos baseados em membranas como a Microfiltração, Ultrafiltração e a
Nanofiltração, têm sido apontados como uma boa solução, por serem processos de
baixo consumo energético e que proporcionam um tratamento eficiente do mosto,
quer para recuperar produtos celulares ou intracelulares, quer para obter o mosto
clarificado. [4]
Classificações
● Densas e Porosas
Membranas porosas: possuem poros fixos e portanto, definem o
desempenho da membrana. Desta maneira, o tamanho e a distribuição dos
poros determinam a seletividade da membrana, ou seja, eles são os
responsáveis em determinar quais são os contaminantes retidos e quais
passam [4].
Para elas, tem-se que:
(2)𝑅 =
𝐶
𝑓
−𝐶
𝑝
𝐶
𝑓
𝑥100
onde:
● , concentração de soluto na alimentação𝐶
𝑓
● , a concentração de soluto no permeado𝐶
𝑝
● R é a rejeição
Tem-se também que o fator de separação ( ) é:α
(3)α = (𝑌𝑎/𝑌𝑏)(𝑋𝑎/𝑋𝑏)
onde:
● a e b são componentes da mistura, sendo que o componente “a”
permeia mais sobre a membrana do que o componente “b”
● , a concentração do componente “a” no permeado𝑌𝑎
● , a concentração “b” no permeado𝑌𝑏
● , a concentração do componente “a” na alimentação𝑋𝑎
● , a concentração do componente “b” na alimentação𝑋𝑏
Exemplo Didático: Em uma situação hipotética, utilizou-se uma membrana de
ultrafiltração para o tratamento de água, tem-se que água com rejeitos passa por um
sistema composto por 10 membranas, tem-se também que é admitido no máximo
1% do rejeito como produto final. Realizou-se um estudo da corrente que sai no
concentrado e verificou-se que há cerca de 25% de água. Supondo que cada
membrana possui a mesma eficiência e que apenas 10% da corrente de
alimentação deve sair no concentrado, qual é o fator de separação de rejeito em
cada membrana?
Os poros são classificados como:
● Macroporos (tamanho do poro maior que 50 nm);
● Mesoporos (tamanho entre 2 e 50 nm); e
● Microporos (poros menores que 2 nm).
Membranas densas: não há a presença de poros fixos, assim o material da
membrana determinará o desempenho da membrana, juntamente com
fatores como seletividade e produtividade/fluxo. São utilizadas em osmose
reversa, nanofiltração e processos de separação em gases, por exemplo [4].
● Membranas poliméricas e não poliméricas
As membranas sintéticas são classificadas em orgânicas (polímeros e
macromoléculas) e inorgânicas (vidro, metálicas e zeolíticas).
As membranas poliméricas normalmente são fabricadas com polissulfona
(PSF), poliétersulfona (PES), poliacrilonitrila (PAN), poliamida(PA), polietileno (PE)
ou polipropileno (PP). As membranas inorgânicas apresentam maiores resistências
térmicas, químicas e mecânicas, contudo possuem custo superior às das
poliméricas, possuindo assim uma utilização restrita [5]
● Divisão do processo de separação por membranas
Microfiltração
Na microfiltração, a pressão aplicada, no entanto, é um fator interveniente na
capacidade de rejeição das membranas e, consequentemente, no tamanho mínimo
das partículas que conseguem filtrar, podendo aumentar a até 10 μm. O motivo é
que maior pressão pode facilitar a passagem de partículas de tamanho quase igual
ao tamanho dos poros da membrana [6]. Quando essas membranas são utilizadas,
os dois processos mais comuns são: in-line e cross-flow. No primeiro, o fluido é
pressionado contra a membrana por meio de bombeamento. No segundo, a
circulação na superfície da membrana faz com que a parte permeada seja separada
da parte concentrada formando um sistema de 3 vazões: alimentação, permeado e
concentrado.
Ultrafiltração
As membranas de ultrafiltração podem possuir poros até 10 vezes menores
que as de microfiltração [7]. O indicador de capacidade de filtração de membranas
UF é o peso molecular das substâncias. No entanto, muitos fatores como a forma
das moléculas (linear ou globular) e o pH podem influenciar a rejeição dessas
membranas [8]. Assim como as membranas microfiltrantes, as membranas
ultrafiltrantes também possuem problemas de diminuição de fluxo por deterioração
causada por entupimento dos poros e incrustação.
Nanofiltração
Por apresentarem menor consumo energético e maior fluxo do que as
membranas de Osmose Reversa, são largamente estudadas como soluções
alternativas à essas membranas. O tamanho dos poros é de aproximadamente 1
nm. Por ter superfície com carga elétrica definida, o processo de remoção dos
poluentes se dá tanto por exclusão por tamanho, por efeitos de carga quanto por
processo de difusão. Assim, compostos orgânicos, cujo tamanho é relativamente
grande, são removidos por mecanismo de “peneiração” enquanto sais inorgânicos
são removidos por efeitos de carga.
Osmose reversa
As membranas de Osmose Reversa possuem os menores poros entre as
membranas comerciais e, também por isso, possuem os maiores índices de rejeição
de moléculas orgânicas e inorgânicas. Esse índice de rejeição pode, inclusive, ser
de 100% para algumas substâncias. A pressão de operação pode variar de 7000
kPa (70 bar) para as membranas que operam em baixa pressão, até 15000 kPa
(150 bar) para membranas que operam em alta pressão [9]. Como o próprio nome já
sugere, a ideia operacional dessas membranas é a reversão do processo de
osmose, por meio da passagem de água do meio mais concentrado para o meio
menos concentrado. Para isso, é necessário que se aplique uma pressão maior que
a pressão osmótica da solução alimentadora. A principal e até mesmo mais
conhecida aplicação dessas membranas é a dessalinização da água, tanto para uso
industrial quanto para abastecimento público.
Através dos fenômenos de transporte, podem ser feitos os seguintes cálculos
na osmose reversa:
(4)𝐽
𝑤
= 𝐴 (∆𝑃 − ∆π)
(5)𝐽
𝑠
= 𝐵 (𝑐
𝐽𝑓
− 𝑐
𝑗𝑝
)
Sendo:
● A e B coeficientes
● , a variação de pressão∆𝑃
● , a pressão osmótica∆π
● , a concentração na alimentação𝑐
𝐽𝑓
● , a concentração no permeado𝑐
𝐽𝑝
Figura 2 - Pressão e diâmetro de poro para cada tipo de membrana
Figura 3 - Força motriz, material retido e material permeado para processos
envolvendo diferentes tipos de membranas
Figura 4 - Retenção de materiais para diferentes processos
● Força motriz
Dois modelos foram propostos para explicar o mecanismo da permeação:
No primeiro, o “diffusion-solution”, no qual o permeante se dissolve no
material da membrana e se difunde, em razão do gradiente de concentração. Os
materiais que entram na membrana são separados por causa das diferenças nas
solubilidades dos materiais na membrana e diferenças nas taxas de difusividade
através da membrana.
No segundo, o “pore-flow”, no qual os permeantes são transportados por
fluxo convectivo acionado por pressão através de poros minúsculos. A separação
ocorre porque um dos permeantes é excluído (filtrado) de alguns dos poros da
membrana através dos quais outros permeantes se movem. Ambos os modelos
foram propostos no século XIX, mas o modelo pore-flow, por estar mais próximo da
experiência física normal, foi mais popular até meados da década de 1940.
Figura 5 - Modelos de difusão de membranas
Lei de Fick:
(6)
Adaptando levando em conta o gradiente de pressão:
(7)
onde dp/dx é o gradiente de pressão existente no meio poroso, é a concentração𝑐
𝑖
do componente i no meio e K é o coeficiente referente a natureza do meio.
Figura 6 - Diâmetro nominal para os diferentes processos
O ponto de partida para a descrição matemática da difusão em membranas é a
proposição, solidamente baseada na termodinâmica, de que as forças motrizes de
pressão, temperatura, concentração e potencial elétrico estão inter-relacionadas e
que a força motriz global que produz o movimento de um permeante é o gradiente
em seu potencial químico.
(8)
(9)
Para fases incompressíveis (membranas em fase sólida ou líquida), volume é
constante:
(10)
Para fases compressíveis (volume muda com a pressão):
(11)
Para definir cada modelo de permeação, são feitas algumas considerações:
01) os fluidos de cada lado da membrana estão em equilíbrio com o material da
membrana na interface. Essa suposição significa que o gradiente de potencial
químico de um lado da membrana para o outro é contínuo.
02) A segunda suposição diz respeito aos gradientes de pressão e concentração na
membrana. O modelo "solution-diffusion" assume que quando a pressão é aplicada
através de uma membrana densa, a pressão através da membrana é constante no
valor mais alto. Isso pressupõe, com efeito, que as membranas de difusão de
solução transmitem pressão da mesma maneira que os líquidos.
Consequentemente, o modelo "solution-diffusion" assume que a pressão dentro de
uma membrana é uniforme e que o gradiente de potencial químico através da
membrana é expresso apenas como um gradiente de concentração.
Consequências destas duas considerações:
(12)
Figura 7 - Comportamento de variáveis no modelo “solution-diffusion”
Ao considerar que a pressão é constante em um sistema sal-água, tem-se:
Figura 8 - Comportamento de variáveis no modelo “solution-diffusion” num
sistema sal-água
Na situação de equilíbrio osmótico (quando uma pressão suficiente é aplicada no
lado salino é levado através da membrana).
Figura 9 - Comportamento de variáveis no modelo “solution-diffusion” no
equilíbrio osmótico
Módulos comerciais
Tabela 1 - Características dos módulos comerciais
Módulo Quadro e placas
Figura 10 - Representação no módulo quadro e placas
❖ Vantagens: Bom controle de sujeira.
❖ Desvantagens: A troca da membrana no módulo pode ser trabalhosa.
Módulo Tubular
Figura 11 - Representação no módulo tubular
❖ Vantagens: Oferece uma alta velocidade de fluxo cruzado e uma alta queda
de pressão e uma pequena tendência a sujar, sendo de fácil limpeza.
❖ Desvantagens: Alto custo de operação.
Módulo Fibra Oca
Figura 12 - Representação do módulo fibra oca
❖ Vantagens: Oferece uma alta área de contato da membrana, é a que possui
a melhor custo benefício para a maioria das aplicações e pode ser operada
para pressões maiores que 10 bar.
❖ Desvantagens: Difícil de controlar a sujeira.
Módulo Espiral explodida
❖ Vantagens: Possui uma boa densidade de empacotamento e possui uma
energia de consumo aceitável.
❖ Desvantagens: É muito sensível a sujeira.
Figura 13 - Representação do módulo espiral explodida
Módulo capilar
Figura 14 - Representação do módulo capilar
❖ Vantagens: custo de produção baixo e a limpeza da membrana pode ser
controlada por uma corrente de entrada apropriada.
❖ Desvantagens: Requer uma baixa pressão de operação (menor que 4 bar).
Estudo de Caso
● Análise da implementação do sistema de membranas ultrafiltrantes em
um ETAde ciclo completo a partir do estudo de caso da ETA meia ponte
[10] (As referências citadas nesta seção são as mesmas de [10])
As novas atividades humanas, como a expansão agrícola e farmacêutica,
fazem com que novos contaminantes estejam presentes nas fontes de água
naturais. Apesar de não serem projetadas para isso, as membranas podem ser
adaptadas para esta aplicação.
As vantagens da utilização da membrana são: o ganho da qualidade da água,
diminuição da quantidade de resíduos e ganhos operacionais relacionados à
automação. As desvantagens são: o custo elevado e o grande consumo de energia.
Analisando as grandes cidades (como no caso de estudo, Goiânia e a ETA
Meia Ponte), observa-se que as fontes de água, principalmente as fontes
superficiais, são mais suscetíveis à deterioração devido ao processo de urbanização
e industrialização. Observou-se também que no Rio Meia Ponte há a presença de
poluentes emergentes em vários pontos do rio, inclusive no ponto a montante da
ETA.
Em estudo anterior, verificou-se também que o Índice de Qualidade de Água
(IQA) para o ponto a montante da captação da ETA Meia Ponte é considerado
“ruim” em uma escala de classificação que possui 5 níveis: muito ruim, ruim, regular,
bom e excelente. Essa situação tem a ver com o longo processo de poluição que
afetou o rio, com destaque para a ocupação irregular de suas margens e
desenvolvimento de atividades agrícolas e industriais no entorno.
O objetivo do trabalho foi estudar o atual cenário de operação da ETA Meia
Ponte e as possíveis consequências da implementação de um sistema de
tratamento por membranas, a fim de avaliar as necessidades de ajustes
operacionais de qualidade de água e custos envolvidos.
Os parâmetros de potabilidade são os seguintes (podem haver outros
dependendo da localidade):
● Microbiológico: Escherichia coli e os coliformes totais
● Físico: turbidez, cujo valor máximo permitido em qualquer ponto do
sistema é 5,0 uT.
● Radiológico: valores de concentração de atividade alfa total e beta
total excedam, respectivamente, a 0,5 e 1 Bq/L.
● Orgânicos: se dividem em inorgânicos, orgânicos, agrotóxicos e
desinfetantes e produtos secundários da desinfecção.
O fluxograma do ETA Meia Ponte pode ser visto na figura abaixo:
Figura 14 - Fluxograma do tratamento de água na ETA meia ponte
Foi investigado também que a capacidade nominal da ETA era de 1,98 m³/s.
No entanto, a vazão média mensal produzida no ano de 2016 foi de 2,334 m³/s,
ultrapassando a marca média de 2,4 m³/s em 2 meses do ano: maio e agosto, isto
indicou que o sistema está sobrecarregado e através de um estudo de concentração
de sólidos, concluiu-se uma relação entre a capacidade de operação e a qualidade
da água bruta.
Para a qualidade da água tratada, o trabalho sobre poluentes emergentes no
rio Meia Ponte de Fonseca (2013) foi comparado com a capacidade de membranas
UF em deter as substâncias encontradas, obtida no trabalho de Snyder et al (2007).
Além disso, os valores de turbidez na saída da ETA foram comparados com os
valores obtidos por Oliveira (2010), Bergamasco et al (2011) e os valores definidos
pelo fabricante da membrana.
Em suma:
Figura 15 - Comparação entre os métodos e variáveis de custo e propriedades
da água tratada
No período de estiagem, outros 5 poluentes foram encontrados: cafeína,
triclosan, atenolol, propranolol e ibuprofeno. Apesar do número de estudos sobre
esses poluentes ser relativamente baixo, o potencial de bioacumulação e os
impactos sobre os sistemas reprodutivo e nervoso de animais mostram que é
preciso preocupação com seus efeitos sobre os seres humanos,. Snyder et al
(2007) mostra que membranas ultrafiltrantes podem ser eficientes para bloquear o
triclosan (rejeição de 87,5%), embora sejam pouco eficientes para bloquear cafeína
(rejeição de 7%), ibuprofeno (rejeição de 8,3%) e carbamapezina (rejeição de
15,7%). Esse estudo foi feito com efluente secundário de uma estação de
tratamento de esgoto. Para os demais poluentes analisados, as membranas
mostraram eficiência na remoção de esteroides, tendo pouco efeito nos demais
grupos (SNYDER ET AL, 2007). Portanto, a adoção de membranas na ETA Meia
Ponte poderia ser uma resposta parcial para o problema dos poluentes emergentes,
sendo necessário uma planta piloto para conclusão mais assertiva.
Em relação aos dados obtidos sobre a qualidade da água na saída da ETA
Meia Ponte, os valores se encontram abaixo dos Valores Máximos Permitidos
(VMP) definidos pela Portaria MS 2914/11. No entanto, apenas alguns parâmetros
organolépticos, químicos e físicos foram obtidos (como turbidez, alumínio, cloro
residual e sólidos totais dissolvidos), com nenhuma informação sobre substâncias
orgânicas e agrotóxicos. Especificamente para a turbidez, há indícios que os valores
obtidos em filtração por membrana seriam menores, apesar dos valores atuais –
mostrados no gráfico da figura 4.3 – já estarem enquadrados dentro do limite de 1,0
uT na saída da ETA. Sabesp (2016) mostra que após a instalação de membranas
ultrafiltrantes na ETA Alto da Boa Vista, os valores médios diários de turbidez da
água permeada foram menores do que 0,1 uT. Esse fato já havia sido indicado por
Oliveira (2010). A água bruta, entretanto, apresentava valores médios de turbidez
menores do que a água bruta da ETA Meia Ponte.
Em relação aos custos, Mierzwa et al (2008) mostra que o custo de aquisição
de membranas pode ser de quase 50% do investimento inicial total, Sabesp (2016)
mostra que o custo inicial do sistema de membranas ultrafiltrantes é 25% maior do
que o sistema convencional. O custo com energia deve ser destacado, podendo
representar aproximadamente 50% dos custos operacionais do sistema de
membrana (MIERZWA, 2008). Sabesp (2016) mostra, por meio das experiências da
ETA Alto da Boa Vista e ETA Rio Grande, ambas em São Paulo, que o custo com
energia do sistema de membranas chega a 4 vezes o custo do sistema
convencional, Sabesp (2016) mostra que, além do custo com área, os custos com
geração e disposição de lodo e os custos com químicos foram diminuídos. Mierzwa
(2008) mostra que o custo com pessoal é significativamente reduzido, devido,
provavelmente, à maior automação do sistema de membranas.
04.CONCLUSÃO
O conteúdo sobre membranas conseguiu ser passado de uma maneira
inovadora com apoio de recursos audiovisuais como figuras e vídeos, de forma a
inovar a disseminação de conhecimento. Ademais, pôde se estudar os principais
aspectos teóricos e práticos da membrana, com o estudo dos módulos comerciais e
a análise do estudo de caso em uma estação de tratamento de água
Referências
[1] OPERAÇÕES unitárias filtração por membrana.Portal de laboratório virtual de
reações químicas. Disponível em:
http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=5
7&Itemid=206
[2] Baker, R.W., “Membrane Technology and Applications”, John Wiley & Sons
(2004)
[3] Mulder, M., “Basic principle of membrane technology”, Kluwer Academic
Publishers (1991)
[4] TECNOLOGIA de membranas. Pentair, 2021. Disponível em:
https://xflow.pentair.com/pt-pt/spectrum/membrane-technology-in-general/polymeric-
membranes. Acesso em: 11/09/2022.
http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=57&Itemid=206
http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=57&Itemid=206
https://xflow.pentair.com/pt-pt/spectrum/membrane-technology-in-general/polymeric-membranes
https://xflow.pentair.com/pt-pt/spectrum/membrane-technology-in-general/polymeric-membranes
[5] MEMBRANAS poliméricas. Pentair, 2021. Disponível em:
https://xflow.pentair.com/pt-pt/spectrum/membrane-technology-in-general/polymeric-
membranes. Acesso em: 11/09/2022.
[6] BERGAMASCO, R.; KONRADT-MORAES, L.C.; VIEIRA, M.F.;
FAGUNDES-KLEN, M.R.; VIEIRA, A.M.S. Performance of a
coagulation–ultrafiltration hybrid process for water supply treatment. Chemical
Engineering Journal, v. 166, n. 2, p. 483-489, 2011.
[7] AWWA - AMERICAN WATER WORKS ASSOCIATION. Microfiltration and
UltrafiltrationMembranes for Drinking Water. Journal-American Water Works
Association, v. 100, n. 12, p. 84-97, 2008.
[8] BAKER, W. R. Membrane Technology and Applications. John Wiley & Sons, Ltd,
2012.
[9] PETERS, T. Membrane technology – past, present and future within the water
industry. F&S International Edition. VDL-Verlag. N. 16, 2016.
[10] GUIMARÃES FILHO, MÚCIO BONIFÁCIO. ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO
DO SISTEMA DE MEMBRANAS ULTRAFILTRANTES EM UMA ETA DE CICLO
COMPLETO A PARTIR DO ESTUDO DE CASO DA ETA MEIA PONTE. 2017.
https://xflow.pentair.com/pt-pt/spectrum/membrane-technology-in-general/polymeric-membranes
https://xflow.pentair.com/pt-pt/spectrum/membrane-technology-in-general/polymeric-membranes

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