Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Integrais Triplas Prof.: Cristiane Faria Curso de Cálculo II e CDI II - UERJ 2021.1 Integrais Triplas em Coordenadas Cilíndricas Relação entre Coordenadas Cartesianas e Coordenadas Cilíndricas no ponto P Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. x = r cos θ r2 = x2 + y2 y = r sin θ tan θ = y x z = z z = z Coordenadas Cilíndricas Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. Coordenadas Cilíndricas Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. x2 + y2 = c2 ⇔ (r cos θ)2 + (r sin θ)2 = r2 = c2 ⇔ r2 = c2 ⇔ |r | = |c | ⇔ r = c Coordenadas Cilíndricas Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. x = cy ⇔ r sin θ = r cos θ ⇔ tan θ = c ⇔ θ = arctan(c) Coordenadas Cilíndricas Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. z = c Coordenadas Cilíndricas Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. z2 = x2 + y2 ⇔ z2 = r2 ⇔ |z | = |r | ⇔ ±z = r E = {(x , y , z)/(x , y) ∈ D, u1(x , y) ≤ z ≤ u2(x , y)} D = {(r , ρ)/α ≤ θ ≤ β, h1(θ) ≤ r ≤ h2(θ)} Então, Integrais Triplas em Coord. Cilíndricas: ∫∫∫ E f (x, y , z) dV = ∫∫ D [∫ u2(x,y) u1(x,y) f (x, y , z)dz ] dA = ∫ β α ∫ h2(θ) h1(θ) ∫ u2(r cos θ,r sin θ) u1(r cos θ,r sin θ) f (r , θ, z)r dz dr dθ Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. Exemplo 1: Calcule ∫∫∫ E x2 dV , onde E é o sólido que está abaixo do parabolóide z = 4 − x2 − y2 e acima do plano-xy . Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. Exemplo 1: Calcule ∫∫∫ E x2 dV , onde E é o sólido que está abaixo do parabolóide z = 4 − x2 − y2 e acima do plano-xy . Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. {(r , θ, z)|0 ≤ θ ≤ 2π, 0 ≤ r ≤ 2, 0 ≤ z ≤ 4 − r2} Exemplo 1: ∫∫∫ E x2 dV = ∫ 2π 0 ∫ 2 0 ∫ 4−r2 0 (r cos θ)2r dz dr dθ = ∫ 2π 0 ∫ 2 0 (r3 cos2 θ)(4 − r2)dr dθ = ∫ 2π 0 cos2 θ dθ ∫ 2 0 (4r3 − r5) dr = 1 2 [ θ + 1 2 sin(2θ) ]2π 0 [ r4 − 1 6 r6 ]2 0 = 1 2 (2π) ( 16 − 32 3 ) = 16 3 π Exemplo 2: Um sólido E inserido dentro do cilindro x2 + y2 = 1, à direita do plano−xz , abaixo do plano z = 4, e acima do parabolóide z = 1 − x2 − y2. A densidade em qualquer ponto é proporcional a sua distância do eixo ao cilindro. Encontre a massa de E. Em coordenadas cilíndricas o cilindro é r = 1 e o parabolóide é z = 1 − r2, então E = {(r , θ, z)|0 ≤ θ ≤ π, 0 ≤ r ≤ 1, 1 − r2 ≤ z ≤ 4} Como a densidade em (x , yz) é proporcional à distância do eixo-z, a função densidade é ρ(x , y , z) = K √ x2 + y2 = Kr onde K é a constante de proporcionalidade. Exemplo 2: m = ∫∫∫ E K √ x2 + y2 dV = ∫ π 0 ∫ 1 0 ∫ 4 1−r2 (Kr) r dz dr dθ = ∫ π 0 ∫ 1 0 Kr2 [ 4 − (1 − r2) ] dr dθ = K ∫ π 0 dθ ∫ 1 0 (3r2 − r4) dr = πK [ r3 + r5 5 ]1 0 = 6πK 5 Exemplo 3: Calcule a integral do sólido E inserido dentro do cilindro x2 + y2 = 1, à direita do plano−xz , acima do plano−xy , e abaixo do parabolóide z = 2 − x2 − y2 quando f (x , y , z) = x2 + y2. Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. Em coord. cilíndricas Cilindro: 0 ≤ θ ≤ π0 ≤ r ≤ 10 ≤ z ≤ 1 Parabolóide: 0 ≤ θ ≤ π0 ≤ r ≤ 11 ≤ z ≤ 2 − r2 f (x , y , z) = x2 + y2 = r2 IE = Icilindro + Iparabolóide Exemplo 3: IE = Icilindro + Iparabolóide Icilindro = ∫∫∫ cilindro (x2 + y2) dV = ∫ π 0 ∫ 1 0 ∫ 1 0 (r2) r dz dr dθ = ∫ π 0 ∫ 1 0 r3 [z ]10 dr dθ = ∫ π 0 ∫ 1 0 r3 dr dθ = ∫ π 0 r4 4 ∣∣∣1 0 dθ = 1 4 ∫ π 0 dθ = π 4 Exemplo 3: IE = Icilindro + Iparabolóide Iparabolóide = ∫∫∫ parabolóide (x2 + y2) dV = ∫ π 0 ∫ 1 0 ∫ 2−r2 1 (r2) r dz dr dθ = ∫ π 0 ∫ 1 0 r3(−r2 + 1) dr dθ = ∫ π 0 ( − r 6 6 + r4 4 ) ∣∣∣1 0 dθ = 1 12 ∫ π 0 dθ = π 12 Exemplo 4: Calcule a integral do sólido E acima do cone z = √ x2 + y2 e abaixo do parabolóide z = 6 − x2 − y2 quando f (x , y , z) = xy . Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. Em coord. cilíndricas: f (x , y , z) = xy = r2 sin θ cos θ, z = 6 − x2 − y2 = 6 − r2, z = √ x2 + y2 = r Intersecção entre as superfícies 6 − r2 = r ⇒ r = 2 ou r = −3 ⇒ r = 2 0 ≤ θ ≤ π0 ≤ r ≤ 2 r ≤ z ≤ 6 − r2 Exemplo 4: ∫∫∫ E xy dV = ∫ 2π 0 ∫ 2 0 ∫ 6−r2 r (r2 cos(θ) sin(θ)) r dz dr dθ = ∫ 2π 0 ∫ 2 0 ( r3 cos(θ) sin(θ)z ∣∣∣6−r2 r ) dr dθ = ∫ 2π 0 ∫ 2 0 ( r3 cos(θ) sin(θ)(−r2 − r + 6) ) dr dθ = ∫ 2π 0 ( cos(θ) sin(θ) ( − r 6 6 − r 5 5 + 3r4 2 ) ∣∣∣2 0 ) dθ = 104 15 ∫ 2π 0 cos(θ) sin(θ) dθ = 52 15 sin2(θ) ∣∣∣2π 0 = 0 Exemplo 4 (Bônus): Calcule o VOLUME do sólido E acima do cone z = √ x2 + y2 e abaixo do parabolóide z = 6 − x2 − y2. Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. Em coord. cilíndricas: z = 6 − x2 − y2 = 6 − r2, z = √ x2 + y2 = r Intersecção entre as superfícies 6 − r2 = r ⇒ r = 2 ou r = −3 ⇒ r = 2 0 ≤ θ ≤ π0 ≤ r ≤ 2 r ≤ z ≤ 6 − r2 Exemplo 4 (Bônus): ∫∫∫ E dV = ∫ 2π 0 ∫ 2 0 ∫ 6−r2 r r dz dr dθ = ∫ 2π 0 ∫ 2 0 ( r z ∣∣∣6−r2 r ) dr dθ = ∫ 2π 0 ∫ 2 0 r ( −r2 − r + 6 ) dr dθ = ∫ 2π 0 ( − r 4 4 − r 3 3 + 3r2 ) ∣∣∣2 0 dθ = 16 3 ∫ 2π 0 dθ = 16 3 θ ∣∣∣2π 0 = 32π 3 Exemplo 5: (1a opção) Utilizando coordenadas cilíndricas, calcule o volume do sólido B dado por x2 + y2 − 2x ≤ 0, 0 ≤ z ≤ x + y , x ≥ 0 e y ≥ 0. Seja x2 + y2 − 2x ≤ 0 ⇔ (x − 1)2 + y2 ≤ 1. Tome x − 1 = r cos θy = r sin θ z = z onde, 0 ≤ r ≤ 1, 0 ≤ θ ≤ π, 0 ≤ z ≤ 1 + r cos θ + r sin θ. Exemplo 5: (1a opção) ∫∫∫ B r dr dθ dz = ∫ π 0 ∫ 1 0 ∫ 1+r cos θ+r sin θ 0 r dz dr dθ = ∫ π 0 ∫ 1 0 ( rz ∣∣∣1+r cos θ+r sin θ 0 ) dr dθ = ∫ π 0 ∫ 1 0 ( r + r2 cos(θ) + r2 sin(θ) ) dr dθ = ∫ π 0 [ 1 2 + 1 3 cos(θ) + 1 3 sin(θ) ) dθ = π 2 + 2 3 Exemplo 5: (2a opção) Utilizando coordenadas cilíndricas, calcule o volume do sólido B dado por x2 + y2 − 2x ≤ 0, 0 ≤ z ≤ x + y , x ≥ 0 e y ≥ 0. Seja x2 + y2 − 2x ≤ 0 ⇔ (x − 1)2 + y2 ≤ 1. Tome x = r cos θy = r sin θ z = z onde, 0 ≤ r ≤ 2 cos θ, 0 ≤ θ ≤ π2 , 0 ≤ z ≤ r cos θ + r sin θ. Exemplo 5: (2a opção) ∫∫∫ B r dr dθ dz = ∫ π/2 0 ∫ 2 cos θ 0 ∫ r cos θ+r sin θ 0 r dz dr dθ = ∫ π/2 0 ∫ 2 cos θ 0 ( rz ∣∣∣r cos θ+r sin θ 0 ) dr dθ = ∫ π/2 0 ∫ 2 cos θ 0 r (r cos θ + r sin θ) dr dθ = ∫ π/2 0 (cos θ + sin θ) r3 3 ∣∣∣2 cos θ 0 dθ = 8 3 ∫ π/2 0 (cos θ + sin θ) cos3 θdθ = 8 3 ∫ π/2 0 ( cos4 θ + sin θ cos3 θ ) dθ = π 2 + 2 3 Exemplo 6: Calcule ∫∫∫ B √ x2 + y2 − z dx dy dz onde B é dado por 0 ≤ y ≤ x , 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ z ≤ x2 + y2. Utilizando coordenadas cilíndricas: onde, 0 ≤ r ≤ 1 cos θ , 0 ≤ θ ≤ π4 , 0 ≤ z ≤ r 2. Exemplo 6: ∫∫∫ B √ x2 + y2 − z dx dy dz = ∫∫∫ B √ r2 − z r dr dθ dz = ∫ π/4 0 ∫ 1 cos θ 0 ∫ r2 0 √ r2 − z r dz dr dθ como ∫ r2 0 r √ r2 − zdz = [ −2 3 r(r2 − z) 32 ]r2 0 = 2 3 r4. ∫∫∫ B √ r2 − z r dr dθ dz = ∫ π/4 0 [∫ sec θ 0 2 3 r4 dr ] dθ = 2 15 ∫ π/4 0 sec5 θ dθ Exemplo 6: Utilizando a fórmula de recorrência:∫ secn θ dθ = 1 n − 1 secn−2 θ tan θ + n − 2 n − 1 ∫ secn−2 θ dθ resulta que para n = 5∫ sec5 θ dθ = 1 4 sec3 θ tan θ + 3 4 ∫ sec3 θ dθ∫ sec3 θ dθ = 1 2 sec θ tan θ + 1 2 ∫ sec θ dθ ∫ π/4 0 sec5 θ dθ = [ 1 4 sec3 θ tan θ + 3 8 sec θ tan θ + 3 8 ln( √ 2 + 1) ] ∣∣∣π4 0 Chegamos que∫∫∫ B √ x2 + y2 − z dx dy dz = 2 15 (√ 2 2 + 3 √ 2 8 + 3 8 ln( √ 2 + 1) ) Integrais Triplas em Coordenadas Esféricas Relação entre Coordenadas Cartesianas e Coordenadas ESféricas no ponto P Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. x = ρ sinϕ cos θ, y = ρ sinϕ sin θ, z = ρ cosϕ. - ϕ ângulo com o eixo z , - θ ângulo entre x e a projeção do vetor 0P sobre o plano XY . - x2 + y2 + z2 = ρ2 Nesse sistema, teremos a cunha esférica que é a correspondente à caixa retangular. E = {(ρ, θ, ϕ)/a ≤ ρ ≤, α ≤ θ ≤ β, c ≤ ϕ ≤ d}, onde a ≥ 0, β − α ≤ 2π, d − c ≤ π. Então, Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. Nesse sistema, teremos a cunha esférica que é a correspondente à caixa retangular. E = {(ρ, θ, ϕ)/a ≤ ρ ≤, α ≤ θ ≤ β, c ≤ ϕ ≤ d}, onde a ≥ 0, β − α ≤ 2π, d − c ≤ π. Então, Integrais Triplas em Coordenadas Esféricas:∫∫∫ E f (x, y , z)dV = ∫ d c ∫ β α ∫ b a = f (ρ, θ, ϕ) ρ2 sinϕdρ dθ dϕ, onde E = {(ρ, θ, ϕ)|a ≤ ρ ≤ b, α ≤ θ ≤ β, c ≤ ϕ ≤ d} Figura: Stewart, Multivariable Calculus, 9th Edition. Exemplo 1: Calcule a massa da esfera x2 + y2 + z2 ≤ 1, supondo que a densidade no ponto (x , y , z) é igual à distância deste ponto à origem. A massa M da esfera é M = ∫∫∫ B √ x2 + y2 + z2 dx dy dz . Em coordenadas esféricas temos que: x2 + y2 + z2 = (ρ sinϕ cos θ)2 + (ρ sinϕ sin θ)2 + (ρ cosϕ)2 = ρ2 sin2 ϕ(cos2 θ + sin2 θ) + ρ2 cos2 ϕ = ρ2(sin2 ϕ+ cos2 ϕ) = ρ2, M = ∫∫∫ B √ ρ2 ρ2 sinϕ dρ dθ dϕ = ∫ 2π 0 dθ ∫ 1 0 ρ3 dρ ∫ π 0 sinϕ dϕ = π onde B = {(ρ, θ, ϕ)/0 ≤ ρ ≤ 1, 0 ≤ θ ≤ 2π, 0 ≤ ϕ ≤ π} Exemplo 2: Calcule ∫∫∫ B e(x 2+y2+z2)3/2 dV , onde B é a bola unitária B = {(x , y , z)/x2 + y2 + z2 ≤ 1}. Em coordenadas esféricas: x2 + y2 + z2 = (ρ sinϕ cos θ)2 + (ρ sinϕ sin θ)2 + (ρ cosϕ)2 = ρ2 sin2 ϕ(cos2 θ + sin2 θ) + ρ2 cos2 ϕ = ρ2(sin2 ϕ+ cos2 ϕ) = ρ2 e B = {(ρ, θ, ϕ)/0 ≤ ρ ≤ 1, 0 ≤ θ ≤ 2π, 0 ≤ ϕ ≤ π} Exemplo 2: Calcule ∫∫∫ B e(x 2+y2+z2)3/2 dV , onde B é a bola unitária B = {(x , y , z)/x2 + y2 + z2 ≤ 1}. ∫∫∫ e(x 2+y2+z2) 3/2 dV = ∫ π 0 ∫ 2π 0 ∫ 1 0 e(ρ 2) 3/2 ρ2 sinϕ dρ dθ dϕ = ∫ π 0 sinϕ dϕ ∫ 2π 0 dθ ∫ 1 0 ρ2eρ 3 dρ = (− cos θ) ∣∣∣π 0 (θ) ∣∣∣2π 0 ( 1 3 eρ 3 ) ∣∣∣1 0 = 4π 3 (e − 1) lembrando que... Tomando u = ρ3, du = 3ρ2dρ∫ ρ 2eρ 3 dρ = ∫ eu du 3 = 1 3 eρ 3 + C Mudanças de Coordenadas Considere a transformação T : R ⊂ R2 7→ R2, onde T é dada por T (u, v) = (x(u, v), y(u, v)). Mudanças de Coordenadas Transformação linear Uma transformação é uma função cujo domínio e imagem são am- bos subconjuntos de R2. Se T (u1, v1) = (x1, y1), então o ponto é denominado imagem do ponto (u1, v1). Se não existem dois pontos com a mesma imagem, T é injetora. Se T também for so- brejetora, então existe uma transformação inversa T−1 do plano xy para o plano uv e é possível resolver as equações para u e v em termos de x e y . Mudanças de Coordenadas - Matriz Jacobiana A matriz jacobiana de T , T (u, v) = (x(u, v), y(u, v)) é definida como: J(T ) = JT = [ xu xv yu yv ] = [ −∇x− −∇y− ] Na primeira linha, as componentes do gradiente de x , na segunda linha, as componentes do gradiente de y . O determinante jacobiano de T é definida como: det(J) = xuyv − xvyu Notação: det(J) = ∂(x,y)∂(u,v) Mudanças de Coordenadas - Matriz Jacobiana Consideremos uma região retangular em UV que foi particionada, e T uma aplicação injetora. Queremos encontrar a relação que existe entre a área de cada elemento da partição e a área da sua imagem Rij Se a⃗ = T (uo , vo +∆v)− T (uo , vo) e b⃗ = T (uo +∆u, vo)− T (uo , vo) então: A(Rij) ≈ ∣∣∣a⃗× b⃗∣∣∣ Mudanças de Coordenadas - Matriz Jacobiana A(Rij) ≈ ∥(T (uo , vo +∆v)− T (uo , vo))× (T (uo +∆u, vo)− T (uo , vo))∥ ≈ ∆u∆v∥ (T (uo , vo +∆v)− T (uo , vo)) ∆v × (T (uo +∆u, vo)− T (uo , vo) ∆u ∥ = ∆u∆v∥∂T ∂u × ∂T ∂v ∥ = ∣∣∣∣∂(x , y)∂(u, v) ∣∣∣∣∆u∆v = ∆u∆v ||∂T ∂u × ∂T ∂v || = | det(JT )|∆u∆v Mudanças de Coordenadas - Matriz Jacobiana Justificativa: T (u, v) = (x(u, v), y(u, v)), Tu(u, v) = (xu, yu) Tv (u, v) = (xv , yv ) Logo: ∂T ∂u × ∂T ∂v = det î ĵ k̂xu yu 0 xv yv 0 = k̂(xuyv − xvyu) ||∂T∂u × ∂T ∂v || = ||k̂(xuyv − xvyu)|| = |det(JT )| Teorema Mudanças de Coordenadas em uma Integral Dupla Suponha que T é uma transformação cujo determinante da matriz Ja- cobiana é não zero e que aplica uma região R∗ no plano UV em uma região R no plano XY . Suponha que f é contínua em R e que R e R∗ são regiões do tipo I, e II. Suponha que T é ’um-a-um’ (injetora) (exceto talvez nos bordos), então: I = ∫ R ∫ f (x , y)dA = ∫ R∗ ∫ f (x(u, v), y(u, v)) |det(J)| dudv Exemplo 1: Coordenadas Polares T (r , θ) = (x(r , θ), y(r , θ)) = (r cos θ, r sin θ), det(J) = det [ cos θ −r sin θ r sin θ r cos θ ] = r cos2 θ + r sin2 θ = r(sin2 θ + cos2 θ) = r Com as condições do teorema: I = ∫∫ R f (x , y)dA = ∫∫ R∗ f (x(r cos θ, r sin θ), y(r cos θ, r sin θ)) r dA onde R∗ é a região R descrita em coordenadas polares. Exemplo 2: Encontre o jacobiano das trasformações: (a) x = u + 4v , y = 3u − 2v , J = det [ 1 4 3 −2 ] ⇒ det J = −14 (b) x = u u + v , y = v u − v J = det v (u + v)2 − u (u + v)2 − v (u − v)2 u (u − v)2 ⇒ det J = 0 Exemplo 3: Calcule ∫∫ R x2 dA, onde R é a região limitada pela elipse: 9x2 + 4y2 = 36 usando a transformação x = 2u, y = 3v . T (u, v) = (2u, 3v): J = [ 2 0 0 3 ] , det J = 6 f (x , y) = x2 ⇒ f (x(u, v), y(u, v)) = (2u)2 = 4u2 Substituindo na elipse x = 2u, y = 3v temos u2 + v2 = 1. No plano UV teremos um disco de raio 1. Com esta mudança: I = ∫∫ R x2dAxy︸ ︷︷ ︸ Região limitada pela elipse = ∫∫ D 4u2(6)dAuv︸ ︷︷ ︸ Disco = 24 ∫∫ D u2dAuv Exemplo 3: Calcule ∫∫ R x2 dA, onde R é a região limitada pela elipse: 9x2 + 4y2 = 36 usando a transformação x = 2u, y = 3v . Substituindo na elipse x = 2u, y = 3v temos u2 + v2 = 1. No plano UV teremos um disco de raio 1. Com esta mudança: I = ∫∫ R x2dAxy︸ ︷︷ ︸ Região limitada pela elipse = ∫∫ D 4u2(6)dAuv︸ ︷︷ ︸ Disco = 24 ∫∫ D u2dAuv Em coordenadas polares: I = 24 ∫ 2π 0 ∫ 1 0 (r2 cos2 θ)rdrdθ = 24 ∫ 2π 0 cos2 θdθ ∫ 1 0 r3dr = 6 (∫ 2π 0 1 + cos 2θ 2 dθ ) = 3 ( θ + sin 2θ 2 ) ∣∣∣2π 0 = 6π. Exemplo 4: Utilize a mudança de variáveis x = u2 − v2, y = 2uv , para calcular a integral ∫∫ R ydA, onde R é a região limitada pelo eixo x e pelas parábolas y2 = 4 − 4x , y2 = 4 + 4x A região R é dada pela transformação T (S) = R, onde S = [0, 1]x [0, 1]. Vamos calcular o jacobiano: ∂(x , y) ∂(u, v) = ∣∣∣∣∣∣∣ ∂x ∂u ∂x ∂v ∂y ∂u ∂y ∂v ∣∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣ 2u −2v2v 2u ∣∣∣∣ = 4u2 − (−2v)2 = 4u2 + 4v2 > 0∫∫ R ydA = ∫∫ S 2uv ∣∣∣∣∂(x , y)∂(u, v) ∣∣∣∣ dudv = ∫ 1 0 ∫ 1 0 2uv(4u2 + 4v2)dudv = 8 ∫ 1 0 u4 4 v + u2 2 v3 ∣∣∣1 0 dv == 8 ∫ 1 0 1 4 v + 1 2 v3 = 8 ( v2 8 + v4 8 ) ∣∣∣1 0 = 2 Exemplo 5: Calcule a integral ∫∫ R e(x+y)/(x−y)dA onde R é a região trapezoidal com vértices (1, 0), (2, 0), (0,−2) e (0,−1). Usando a mudança de variável: T−1 : u = x + y v = x − y T : x = 1 2 (u + v) y = 1 2 (u − v), Exemplo 5: Calcule a integral ∫∫ R e(x+y)/(x−y)dA onde R é a região trapezoidal com vértices (1, 0), (2, 0), (0,−2) e (0,−1). Região S : para (1, 0) : { u = 1 + 0 v = 1 − 0 ⇒ (1, 1) para (2, 0) : u = 2 + 0; v = 2 − 0 ⇒ (u, v) = (2, 2) para (0,−1) : u = 0 − 1 = −1; v = 0 − (−1) = 1; (u, v) = (−1, 1) para (0,−2) : u = 0 − 2 = −2; v = 0 − (−2) = 2; (u, v) = (−2, 2) Exemplo 5: Jacobiano:∣∣∣∣∂(x , y)∂(u, v) ∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣∣ ∂x ∂u ∂x ∂v ∂y ∂u ∂y ∂v ∣∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣ 1/2 1/21/2 −1/2 ∣∣∣∣ = −14 − 14 = −12 O teorema nos leva a ∫∫ R e(x+y)/(x−y)dA = ∫∫ S eu/v ∣∣∣∣∂(x , y)∂(u, v) ∣∣∣∣ dudv = ∫ 2 1 ∫ v −v eu/v ∣∣∣∣−12 ∣∣∣∣ dudv = 1 2 ∫ 2 1 ∫ v −v eu/vdudv = 1 2 ∫ 2 1 eu/v 1/v ∣∣∣u=v u=−v dv = 1 2 ∫ 2 1 vev/v − ve−v/vdv = 1 2 ∫ 2 1 ve − ve−1dv = 1 2 e v2 2 ∣∣∣2 1 − 1 2 e−1 v2 2 ∣∣∣2 1 = e 4 (22 − 12)− e −1 4 (22 − 1) = 3 4 e − 3 4 e−1 = 3 4 (e − e−1). Mudanças de Coordenadas - no R3 Seja x = g(u, v ,w) y = h(u, v ,w) z = h(u, v ,w) O jacobiano de T é o determinante 3 × 3. ∣∣∣∣ ∂(x , y , z)∂(u, v ,w) ∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ ∂x ∂u ∂x ∂v ∂x ∂w ∂y ∂u ∂y ∂v ∂y ∂w ∂z ∂u ∂z ∂v ∂z ∂w ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ então Mudanças de Coordenadas em uma Integral Tripla ∫∫∫ R f ((x , y , z)dV = ∫∫∫ S f (u, v ,w) ∣∣∣∣ ∂(x , y , z)∂(u, v ,w) ∣∣∣∣ du dv dw . Exemplo 6: Coordenadas Esféricas Obtenha a fórmula de integração em coordenadas esféricas Lembrando que as mudanças de coordenadas são: x = ρ sinϕ cos θ y = ρ sinϕ sin θ z = ρ cosϕ O jacobiano é: δ(x, y , z) δ(ρ, θ, ϕ) = ∣∣∣∣∣∣ sinϕ cos θ −ρ sinϕ sin θ ρ cosϕ cos θ sinϕ sin θ ρ sinϕ cos θ ρ cosϕ sin θ cos θ 0 −ρ sinϕ ∣∣∣∣∣∣ = −ρ2 sin3 ϕ cos2 θ − ρ2 sinϕ cos2 ϕ sin2 θ − ρ2 cos2 ϕ sinϕ cos2 θ − ρ2 sin3 ϕ sin2 θ = −ρ2(sinϕ cos2 θ sin2 ϕ + sinϕ cos2 ϕ sin2 θ + cos2 ϕ sinϕ cos2 θ + sin2 ϕ sinϕ sin2 θ) = −ρ2(sinϕ cos2 θ(sin2 ϕ + cos2 ϕ) + sinϕ sin2 θ(cos2 ϕ + sin2 ϕ)) = −ρ2(sinϕ cos2 θ + sinϕ sin2 θ) = −ρ2 sinϕ Exemplo 6: CoordenadasEsféricas Obtenha a fórmula de integração em coordenadas esféricas Lembrando que as mudanças de coordenadas são: x = ρ sinϕ cos θ y = ρ sinϕ sin θ z = ρ cosϕ O jacobiano é: ∣∣∣∣δ(x , y , z)δ(ρ, θ, ϕ) ∣∣∣∣ = ∣∣−ρ2 sinϕ∣∣ = ρ2 sinϕ. Integral Tripla em Coordenadas Esféricas ∫∫∫ R f ((x, y , z)dV = ∫∫∫ S f (ρ sinϕ cos θ, ρ sinϕ sin θ, ρ cosϕ)ρ2 sinϕdρdθdϕ
Compartilhar