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Paper Projeto de Produto

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02/10/2022 15:09:44 
 
 
Planejamento e desenvolvimento do veículo elétrico 
R-Hipólito por meio da utilização de conceitos e 
diretrizes do PMBOK 
 
 Antonio James conceiçao da silva 
 
RESUMO 
Este trabalho apresenta o desenvolvimento do projeto preliminar de um veículo elétrico de alta 
eficiência buscando fazer uma contextualização com os conhecimentos adquiridos na matéria 
projeto de produto e no PMBOK. Para alcançar este objetivo o artigo evoluiu atendendo às fases 
de planejamento de produto, desenvolvimento de especificações, do projeto conceitual e preliminar, 
utilizando a sistemática da metodologia industrial de “processo de desenvolvimento de produto”. 
Neste paper teremos o detalhamento do projeto e desenvolvimento do automóvel R-Hipólito, que 
tem como diferencial a inovadora tecnologia de sistemas in-wheel que basicamente são motores 
nas rodas do veículo. Por meio de uma metodologia exploratória da literatura, o paper traz ainda 
como produto, uma síntese de um diagnóstico estratégico, através da matriz SWOT para análise da 
utilização do R-Hipólito. 
Palavras-chave: Veículo elétrico, Projeto de produto, PMBOK, R-Hipólito, Matriz swot. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O progresso do nosso planeta está diretamente ligado com o consumo de energia, 
principalmente em países em desenvolvimento, onde um dos combustíveis mais usados é o 
petróleo, seguido por carvão e o gás natural. 
Com o passar das décadas um dos grandes problemas ambientais, que vem sendo discutido, 
é a utilização de combustíveis fósseis. Os principais agravantes desses combustíveis é a emissão de 
gases poluentes como CO2 (dióxido de carbono). Outro problema que temos relacionado ao 
petróleo é o fato de tratar-se de uma fonte de energia não renovável, ou seja, o petróleo vai acabar 
um dia, e o que vamos fazer sem a matéria prima de produtos como diesel, gás, gasolina, 
lubrificantes, nafta, óleo combustível e querosene de aviação ainda é uma incógnita. Por isso o 
desenvolvimento de matrizes energéticas renováveis tem entrado com grande força em discussão. 
O setor de transporte é um dos grandes consumidores desses combustíveis fósseis, por isso 
os automóveis elétricos têm entrado em foco nos últimos 20 anos, é um dos principais meios de 
diminuirmos esse agravante (HOYER, 2008). 
Entre as vantagens do uso do carro elétrico estão à diminuição dos resíduos poluentes. 
Mesmo com a utilização de outras fontes de energia como as usinas termoelétricas concentramos a 
emissão de gases poluentes apenas na fonte geradora. E em caso de fontes renováveis as vantagens 
são muito grandes. Outros benefícios são a melhor eficiência energética e menor custo com 
manutenção do veículo. 
 
1 Antoio James conceiçao da silva. Acadêmico Cursando Gestão da Produção Industrial. 
2 Adolfo Wainer. Professor Tutor Externo no Centro Universitário Leonardo da Vinci/ UNIASSELVI- Polo 
Rio verde Goias 
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI – Turma FLC4266GPI 
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2 
Em tempos de transições tecnológicas, ou seja, modo como amplas transformações 
tecnológicas na forma como funções sociais tais como transporte, comunicação, habitação e 
alimentação são realizadas e alcançadas, desenvolver novas tecnologias é um dos desafios atuais e 
para o também para o futuro. Um dos segmentos da economia altamente dependente de inovações 
tecnológicas é o automobilístico. Nesse contexto, estão inseridos os veículos elétricos (VE’s), que 
utilizam de uma tecnologia “mais limpa”, eficiente e sustentável, e que por consequência causam 
uma menor poluição ao meio ambiente. O objetivo geral desse artigo é analisar as vantagens e 
barreiras para consolidação da utilização dos VE’s. Por meio de uma metodologia exp loratória da 
literatura, o artigo traz ainda como produto, uma síntese dos principais incentivos financeiros 
criados por países de referência no desenvolvimento dessa tecnologia, bem como um diagnóstico 
estratégico, através da matriz SWOT para análise da u tilização dos VE’s isso tudo em decorrência 
da confecção e desenvolvimento de um projeto de produto criado de acordo com a metodologia e 
orientações do Project Management Body of Knowledge 
conhecimentos de gerenciamento de projetos). 
(ou guia para o conjunto de 
A razão de este paper existir e ser tão necessário na grade curricular é que por meio dele é 
possível teoricamente simular de forma prática a concepção e criação de um novo produto. É 
prioridade o desenvolvimento dos conhecimentos adquiridos principalmente na matéria projeto de 
produto. Para futuramente um engenheiro ou um gestor de produção gerir e ajudar no 
desenvolvimento de um projeto é necessário o pleno entendimento das etapas e processos do 
mesmo, estes profissionais devem possuir um conhecimento concreto e sólido nas boas práticas 
PMBOK, para praticar o que foi aprendido, ao longo deste trabalho será apresentado e explanado o 
projeto inovador e diferenciado de um automóvel elétrico denominado R-Hipólito. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
O setor de projetos em uma empresa é basicamente responsável, segundo a diretriz 2210 da 
VDI (Verein Deutscher Ingenieure, Associação dos Engenheiros Alemães), pela elaboração de 
novos projetos, adaptação de já existentes, projetos de variações e projetos normalizados e fixos. 
O processo de elaboração de projetos pode ser, a partir da mesma diretriz, subdividido da 
seguinte forma: 
 
➢ Concepção: Análise de especificações, compilação de variações de soluções e sua 
avaliação; 
➢ Desenvolvimento: Especificações do conceito de solução, projeto em escala, 
construção de modelos, avaliação de soluções; 
➢ Detalhamento: Representação das partes individuais e avaliação de soluções. 
 
OLSON et al. (2001) afirmam que o Processo de Desenvolvimento de Produto é um 
processo multidisciplinar em essência, estando associado à cooperação entre marketing, pesquisa e 
desenvolvimento (P&D) e operações (Manufatura), especialmente no que tange ao grau de inovação 
dos produtos e aos momentos em que se dá tal integração, se nas etapas iniciais de desenvolvimento 
ou nas fases posteriores, sendo que essa cooperação liga-se diretamente ao sucesso de um produto. 
MOSEY et al. (2000) apud Freixo (2004) afirmam que o sucesso de diversas empresas, 
objeto de sua pesquisa em diferentes nichos, se deve a quatro processos principais: 
 
➢ Processo de geração de idéias; 
➢ Processo de Inteligência de Marketing; 
➢ Processo de planejamento da estratégia de Marketing; 
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➢ Processo de gerenciamento do desenvolvimento de novos produtos. 
 
Sabe-se que não é possível pensar em desenvolvimento de produto como processo isolado. 
Assim, de acordo com Freixo (2004), as atividades nele executadas dependem de diversos 
departamentos, de diversas pessoas com formações diferentes, com visões diferentes, de 
informações advindas de diversas áreas da organização, influenciando e sendo influenciado por 
outros processos de negócios da empresa (comerciais, administrativos etc.). 
ROMANO et al. (2001) coloca que para que o Processo de Desenvolvimento de Produtos 
ocorra satisfatoriamente, cumprindo seu papel de mantenedorda competitividade da empresa, ele 
deve ser executado de maneira integrada, resultando no chamado Desenvolvimento Integrado de 
Produtos (DIP), comumente representado como um processo de negócio. Desse modo, de acordo 
com esses autores, para descrever um processo de negócio podem ser utilizados modelos de 
referência que representem setores industriais específicos, como por exemplo, o automotivo, o 
aeroespacial, etc., servindo de parâmetro de comparação para as empresas avaliarem e incorporarem 
melhorias em seus processos. 
De acordo com ROZENFELD (1999), um modelo do processo de negócio pode ajudar a 
materializar as políticas e estratégias gerenciais e racionalizar o fluxo de informações e de 
documentos durante o desenvolvimento de produtos, contribuindo para a integração da empresa em 
torno de uma visão única e focalizada num tipo de negócio, direcionando-a para um determinado 
mercado ou cliente. 
2.1 Conceito de Projeto 
 
Ao se buscar a etimologia da palavra projeto, de acordo com Ferreira (1986), encontra -se a 
sua origem no latim projectu que significa “lançado a diante”, ou seja, “idéia que se forma de 
executar ou realizar algo no futuro; plano, intento, desígnio”; “empreendimento a ser realizado 
dentro de determinado esquema”. 
Assim, “Estes são os significados mais puros para o termo ‘projeto’: intenção desígnio, idéia 
de fazer algo no futuro, delineamento, esboço, etc. Entretanto, ao se evoluir das intenções para a 
ação, o termo projeto passou a designar também o conjunto dos esforços que visam à realização do 
‘projeto/intento’, do ‘projeto/esboço’ ou do ‘projeto/desígnio’ etc. Ou seja, o termo projeto passa a 
abranger também a fase de execução daquilo que foi imaginado, desejado ou delineado, 
compreendendo um número, às vezes extremamente grande, de tarefas interligadas e de 
complexidades variáveis. E mais, o projeto, assim entendido, passa a incorporar os meios que lhe 
foram destinados para sua execução: escritório, gerente, equipe, materiais etc. O projeto, em uma 
acepção ampla, passa a ser uma organização, ainda que transitória: tem estrutura, regras de 
funcionamento, objetivos, gerência, equipe, insumos etc” (VALERIANO, 2004). 
O termo projeto não detém um significado único. De acordo com Cassarotto Filho, Fávero e 
Castro (1999), o termo projeto é comumente relacionado com um conjunto de planos, 
especificações e desenhos de engenharia. Para esses autores, tal conjunto é chamado de projeto de 
engenharia, recebendo na língua inglesa a alcunha de design. 
No PMBOK (2004), projeto é definido como um esforço temporário com ponto de início 
estabelecido e com objetivos definidos para produzir um produto. O COED (Concise Oxford 
English Dictionary) citado por Dingle (1997) define projeto como “um plano, tema, uma realização 
planejada”. 
 
2.2 Veículos Elétricos 
 
Os carros elétricos não são uma invenção recente. Eles foram introduzidos no mercado 
automobilístico a mais de 100 anos atrás. No início do século, inventores e inovadores começaram a 
utilizar com o conceito de veículos movidos a bateria e criaram alguns dos primeiros carros 
elétricos de pequena escala. No mesmo período, Robert Anderson, um inventor britânico, 
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desenvolveu a primeira carruagem elétrica, sendo que nos meados do século XIX foram os 
inventores franceses e ingleses que começaram a construir alguns dos primeiros carros elétricos 
práticos (HOYER, 2008). 
Nos EUA, o primeiro carro elétrico de sucesso fez sua estreia por volta de 1890, graças a 
William Morrison, um químico que morava em Des Moines, Iowa. Seu veículo de seis passageiros 
capaz de atingir uma velocidade máxima de 14 quilômetros por hora não era muito veloz, mas 
acabou despertando interesse em veículos elétricos (MATULKA, 2014). 
Veículos elétricos (VEs ou EVs, da sigla em inglês Electric Vehicles) são aqueles que 
utilizam um ou mais motores elétricos, em parte ou completamente, para propulsão. O combustível 
dos veículos elétricos é a eletricidade, que pode ser obtida de diferentes maneiras: conectando 
diretamente à fonte externa de eletricidade, por meio de plugs ou utilizando cabos aéreos; 
recorrendo ao sistema de indução eletromagnética; a partir da reação do hidrogênio e oxigênio com 
água em uma célula de combustíveis ou por meio da energia mecânica de frenagem (frenagem 
regenerativa, ao se frear o veículo). Essa eletricidade, em seguida, é armazenada em baterias 
químicas que alimentam o motor elétrico (COSTA, 2013). 
Embora a família de VEs seja diversificada, este estudo focará em veículos elétricos 
rodoviários leves (veículos de passeio), para o transporte de passageiros. Os VEs fazem parte do 
grupo de veículos denominados “emissões zero”, pois quase não emitem poluentes (atmosférico e 
sonoro) na sua utilização. Além disso, a eficiência (capacidade do motor de gerar trabalho) de seus 
motores pode chegar a 80%, o que os torna muito mais eficientes do que os veículos equipados com 
motores à combustão interna, cuja eficiência energética situa-se entre 12% e 18% (DELGADO, 
COSTA et al. 2017). 
Segundo Castilho (2012) o consumidor de automóveis no Brasil tem o comportamento 
semelhante aos países desenvolvido que trocam de carro sempre que possível elevando a redução da 
vida útil do produto e causando um enorme estrago no meio ambiente, pois se tornou mais fácil 
comprar que reciclar. 
 
[...] Hoje é certo que o futuro do automóvel e sua indústria passam, 
necessariamente, pela capacidade dos fabricantes de reduzir e/ou 
compensar seus efeitos danosos sobre o ambiente, desde a 
fabricação de materiais até a reciclagem de autopeças de veículos 
em fim de vida. Sucatas abandonadas a céu aberto não terão mais 
lugar no século XXI (MEDINA, 2003) 
 
Atualmente os materiais utilizados na fabricação dos automóveis correspondem à porção 
expressiva no processo de fabricação, onde podemos analisar através da revista eletrônica 
(UOL.Web) que os principais matérias utilizados na composição dos automóveis são: Aço, plástico, 
alumínio, borracha e vidro. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A metodologia desse trabalho será pesquisa qualitativa e estudo bibliográfico para realizar 
uma revisão do tema levantando dados e informações para agregação de conhecimento. 
Neste paper será integrado conhecimentos de projeto de produto adquiridos ao longo deste 
semestre e como a prática é que diferencia um profissional do outro, colocar a mão na massa é um 
dos principais métodos de aprendizagem que as faculdades em geram empregam em sua grade 
curricular, neste caso em especifico colocaremos a mão na graxa. 
Neste artigo teremos o detalhamento do projeto e desenvolvimento do automóvel elétrico 
R-Hipólito, que tem como diferencial a inovadora tecnologia de sistemas in-wheel que basicamente 
são motores nas rodas do veículo. 
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3.1 Metodologia Projetual 
 
Considerando à complexidade do projeto o processo utilizado será dos autores Rozenfeld 
et.al (2006) onde a proposta de projeto esta dividida em macro fases que se divide em fases e 
atividades. 
As macros fases são definidas como: Pré-Desenvolvimento, Desenvolvimento e Pós- 
Desenvolvimento.As macros fases de Desenvolvimento referem se os aspectos tecnológicos 
correspondentes à definição de um produto, suas características e forma de produção. 
Uma vez que as atividades elaboradas estãosubordinadas as tecnologias devolvidas nos 
produtos. 
Sendo assim observa-se na concepção dos autores que uma determinada fase será entregue 
após um conjunto de resultados, logo a tendência seria uma evolução no desenvolvimento do 
projeto que por sua vez passa para fases seguintes. 
O presente paper vai utilizar as macros fases de Desenvolvimento e suas fases de Projeto 
informacional, Projeto Conceitual e Projeto Detalhado. A Figura 1 mostra o processo. 
Figura 1 Modelo do processo de Rozenfeld et. al (2006) 
 
Fonte: Adaptado de Rozenfeld et. al (2006, p. 44) 
Além do processo de projeto no projeto do R-Hipólito serão utilizadas algumas ferramentas 
e as técnicas que fazem parte do campo do design e do trabalho de projeto de produto, tais como: 
➢ Pesquisa Bibliográfica para desenvolvimento e contextualização da pesquisa e do 
tema do trabalho, normas da ABNT e o modelo da Uniasselvi de trabalhos 
acadêmicos. 
 
Projeto Informacional: 
 
➢ Análise de problemáticas e necessidades: Briefing. 
➢ Análise funcional e estrutural. 
 
Projeto Conceitual: 
 
➢ Painéis semânticos. 
➢ Sketchs. 
 
Projeto Detalhado: 
 
➢ Desenho técnico. 
➢ Modelagem digital. 
➢ Protótipo. 
 
3.2 Detalhamento do projeto do R-Hipólito 
A partir do desenvolvimento do projeto são estabelecidos parâmetros para informações do 
produto, estas informações ocorrem por meio do Briefing. A função do Briefing é facilitar a 
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compreensão do projeto por meio de um documento onde que constem todas as informações do 
cliente para montagem do processo. 
 
BRIEFING 
1. Natureza do Projeto e Contexto 
Responsável pelo cliente 
As tomadas de decisão do projeto serão da acadêmica 
Débora Gomes. 
Proposta (Enunciado do serviço) 
Design interno e externo de um veículo elétrico com 
tecnologia In-wheel 
Justificativa/Objetivo 
Implementação de mais veículos elétricos nas frotas com o 
objetivo de diminuir a emissão de gases poluentes 
provenientes de veículos de combustão interna. 
Resultados desejáveis 
Obter um design interno e externo compatível com o 
sistema, manufatura viável. 
1.1 Equipe de projeto ou responsáveis 
Débora Gomes Santos Costa 
1.2 Análise setorial 
Redesign (se ele já existe) 
Nome: 
R-Hipólito 
Categoria 
Veículo elétrico 
Principais características diferenciais 
Tecnologia In-wheel 
Pontos positivos do produto 
Baixo custo (acessível) e ecológico 
Vantagem. No mercado nacional não há muita concorrência 
de veículos elétricos. 
Conceito do cliente 
Compacto, Prático, Elétrico, Simples, Inteligente, Econômico 
e Ecológico. 
1.3 Mercado 
Tamanho do mercado 
O Brasil todo sendo que inicialmente deve ser lançado nas 
regiões sul e sudeste. 
Os principais mercados 
Regiões sul e sudeste 
1.4 Consumidor/ Público-alvo 
Quem é o público-alvo (segmentação geográfica, 
demográfica, psicográfica e comportamental) 
O mercado será para todas as pessoas que precisam de um 
transporte urbano de curtas distâncias. São profissionais 
liberais, independentes. P. ex: trabalhador, estudante, 
profissional. O veículo pode ser tanto um serviço como de 
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uso particular. Segmentação Demográfica: Homem e 
mulher, com faixa etária entre 
20 e 50 anos. 
Segmentação Geográfica: Região Sul e Sudeste 
Segmentação Comportamental: pessoas comprometidas 
com a 
sustentabilidade, pragmáticas (querem solução para o 
problema da 
mobilidade) são conscientes e o consumo não pelo ego e 
sim pela 
praticidade e consciência. Podem ser pessoas com 
deficiência. 
Segmentação Psicográfica: Pragmáticas, tranquilas. 
1.5 Concorrência 
Principais concorrentes diretos: 
Audi RS e-tron GT 
BMW 530e M Sport 
Volvo XC40 Recharge Pure Electric 
Porsche Taycan 4 Cross Turismo 
1.6 Aprovação do projeto 
Responsáveis pelo acompanhamento e aprovação 
Débora Gomes Santos Costa 
Prazo final de entrega: 
25/06/2021 
 
3.3 Desenvolvimentos do projeto do R-Hipólito 
 
Números estimados e Cálculos: 
Tempo de projeto 
48 a 60 meses 
Números de engenheiros envolvidos 
600 a 1000 apenas dentro da montadora + 10x nos fornecedores 
 
Custo apenas de engenharia (fora fábrica e ferramental) 
US$ 700milhões - US$ 1.3 milhões 
Margem de lucro e retorno médio 
Margem de lucro e retorno médio: 8% por veículo produzido (média) 
Retorno de investimento em projeto novo:2-3 anos 
Retorno de investimento em futuras atualizações no R-Hipólito “Facelift”: 1-2 anos 
Número de peças em cada veículo 
12.000 a 16.000 peças – Em torno de 5000 Part Numbers 
 
Tempo médio para produção de um R-Hipólito 
Aproximadamente 18 horas (carroceria completa) 
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Principais fases de desenvolvimento e produção do R-Hipólito 
 
Fluxograma 1: desenvolvimento e produção do R-Hipólito 
 
As principais etapas do processo são identificação das necessidades dos consumidores, 
desenvolvimento do conceito do produto, criação de modelos virtuais, execução de simulações em 
computadores e laboratórios, preparação de protótipos e veículos para validar os modelos virtuais, 
testes dos processos de fabricação e produção em larga escala. Abaixo teremos de forma detalhada 
todos esses processos. 
3.3.1 Etapas de produção do R-Hipólito 
Antes de existir fisicamente, o R-Hipólito começou a ser desenvolvido no papel pela equipe de 
Design em parceria com a equipe de Engenharia de Produto e de Manufatura. 
Juntas, as equipes precisaram definir estratégias de desenvolvimento do automóvel, considerando as 
informações entregues previamente no briefing, como perfil do consumidor, faixa de preço 
estimada e tipo de uso. 
Depois da discussão, os designers avançam para uma parte mais visual do desenvolvimento do 
veículo, elaborando desenhos técnicos projetados em tamanho real. 
Esses desenhos proporcionam uma melhor dimensão do conjunto todo. Nesse momento, são 
verificados e analisados os conflitos ocasionados pela relação design, mecânica e dinâmica. 
Simultaneamente aos testes de design, mecânica e aerodinâmica, outro estúdio é encarregado de 
testar as opções de texturas das peças e das cores da carroceria. 
Também são vistos, no estúdio, outros detalhes do acabamento, como tom dos carpetes, tipo de 
revestimento dos assentos e material de forração do teto. 
Quando todos os detalhes estiverem acertados, o projeto deixa o meio digital para transformar-se 
em um protótipo de argila três vezes menor do que a escala real. 
Com esse protótipo, a equipe verifica o equilíbrio das linhas, formas e proporções. 
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Uma vez que o design está pronto, finalmente chega a hora de fazer o carro. 
 
A primeira etapa da produção começa na estamparia. Nela, chapas de aço são prensadas, repuxadas, 
cortadas, dobradas e furadas para formar a estrutura do veículo. 
A montagem da carroceria vem na sequência, quando as partes que formam o porta-malas,capôs e 
portas são unidas e soldadas. 
Em seguida, o assoalho, as laterais e o teto são incorporados ao “esqueleto” do automóvel. 
 
Neste momento, a carroceria está liberada para ser pintada, mas antes ela recebe um tratamento 
químico cujo objetivo é a proteção do metal contra corrosão. 
Ao mesmo tempo em que o esqueleto recém-pintado é colocado para secar em uma superestufa, a 
equipe de Mecânica começa a fabricar as partes do motor e da transmissão. 
É comum a produção dessas peças ser terceirizada e elas chegarem prontas na fábrica de 
automóveis e isso não é diferente no R-Hipólito. 
A última etapa da produção consiste, assim como as outras, em um trabalho coletivo. 
De um lado, funcionários retiram as portas pintadas para aplicar o acabamento interno, vidros, 
trincos e componentes elétricos. 
Do outro, a carroceria é equipada com mantas acústicas, forrações, painel de instrumentos, carpetes 
e bancos. 
Esse processo diz respeito ao termo “linha de montagem” na sua aplicabilidade literal. Durante o 
percurso, acontece a instalação da suspensão, das rodas, dos pneus, dos faróis, do freio de mão e, 
por último, do para-choque e das portas. 
Concluída a fabricação, o veículo pronto passa por testes em trechos de asfalto para checar a 
presença de vibrações ou ruídos irregulares. 
Após os testes, o R-Hipólito estará liberado para ser colocado à venda nas principais 
concessionárias do Brasil. 
As principais partes que compõe o R-Hipólito são melhores detalhadas no tópico a seguir, 
incluindo as suas especificações técnicas e componentes. Além disso, é mostrado como as 
adaptações foram feitas para se obter o protótipo. 
3.4 Características técnicas do R-Hipólito 
 
O R-Hipólito é um veículo puramente elétrico, de quatro portas e cinco lugares, da categoria 
de veículos leves hatchback esportivo. De acordo com o manual do veículo, atinge de 0 -100 km/h 
em 9,1 segundos, apresenta autonomia de 84 milhas (≈135 km) com apenas uma carga de bateria e 
atinge a velocidade máxima de 137 km/h. Por conta do banco de baterias, o veículo pesa 1.355 kg. 
O R-Hipólito tem como principal característica o torque máximo disponível em qualquer 
rotação e o motor elétrico dispensa uma caixa de câmbio convencional. O carro possui sete 
marchas, sendo a transmissão ligada diretamente às rodas. A troca de marcha é realizada no volante. 
Conforme mostra a Tabela 1, o motor elétrico, instalado no vão motor do R-Hipólito, possui 83 kW 
de potência (ou 111 cv), 20,3 kgfm de torque e rotação máxima de 4.000 rpm (Fiat USA, 2016). 
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Tabela 1: Dados do motor do R-Hipólito 
 
 
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados de FCA USA (2016). 
 
O R-Hipólito opera inteiramente à eletricidade, esta armazenada em maior quantidade na 
bateria de alta tensão de Li-íon. A bateria do R-Hipólito é fabricada pela empresa SB Limotive, 
companhia pertencente às empresas Bosh e Samsung, fundada em 2008. Conforme apresentado na 
Tabela 2, a bateria é composta por 97 células de Li-íon, arranjadas em 5 a 6 células por módulo, 
3,75 Vnom cada célula, totalizando 364 V. Possui capacidade energética de 62,9 Ahnom e fornece 
24 kWh de energia (SB LiMotive, 2011). 
A temperatura de operação da bateria do R-Hipólito está entre 25°C e 30°C, para atender o 
ciclo de 2.200 cargas de 100% SOC, o equivalente a 6 anos de recargas completas diárias (SB 
LiMotive, 2011). A bateria de alta tensão do veículo possui garantia de 8 anos, visto que a bateria 
está mais sujeita a ciclos rasos, que degradam a bateria em menor escala, do que a ciclos profundos. 
Os demais componentes do veículo como o motor, o módulo conversor CA-CC, o carregador 
portátil do veículo e o conector de carregamento SAE J1772 possuem garantia de 4 anos (Fiat USA, 
2016). 
Para atingir a temperatura necessária para sua operação, a bateria do R-Hipólito possui 
sistema de aquecimento e arrefecimento. Além disso, possui um sistema eletrônico de gestão da 
temperatura, tensão, carga e função de balanceamento de cargas entre as células de Li-íon. A bateria 
do R-Hipólito é reciclável e dependendo do contrato de alienação do veículo ou da bateria, é 
possível retorná-la para o fornecedor SB LiMotive para o descarte adequado (SB LiMotive, 2011). 
O R-Hipólito possui frenagem regenerativa (RBS) nas 4 rodas do veículo. Conforme 
divulgado no site de vendas do veículo, a regeneração da energia ocorre sempre que for acionado o 
pedal de freio a uma velocidade superior a 8 mph (≈13 km/h) (Fiat USA, 2016). 
 
 
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Tabela 2: Dados da bateria do R-Hipólito 
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Fonte: Elaboração própria a partir dos dados de SB LiMotive (2011). 
No local do bocal do tanque de combustível está localizado o conector de carregamento 
SAE J1772. O veículo está equipado com o módulo PIM (Power Inverter Module) que realiza a 
função de inversor (CA-CC) e do conversor CC-CC bidirecional. O motor elétrico também possui 
um módulo refrigerador. A eletrônica de todo o sistema elétrico do veículo é controlada pelo 
módulo EVCU (Electronic Vehicle Control Unit), que realiza a interface entre motor elétrico, banco 
de baterias e comandos do veículo. Cabos de alta tensão também estão instalados no veículo e 
devido a isso, de acordo com o manual do veículo, qualquer manutenção na parte elétrica de alta 
tensão (364 V) deve ser realizada apenas pelo serviço técnico autorizado (Fiat, 2016b). 
3.4.1 Carregamento da bateria do veículo 
 
O R-Hipólito é recarregado utilizando o modo 2 de carregamento, conforme IEC 61851, 
através de uma tomada comum acoplada a um dispositivo de proteção incorporado ao cabo. A 
recarga do veículo pode ser realizada em dois níveis, Nível 1 e 2, ambos em CA. O Nível 1 de 
carregamento é realizado em 120 V AC e o Nível 2 é realizado em 240 V AC (Fiat, 2016b). 
Encontra-se disponível para venda, nas concessionárias autorizadas, uma estação de carregamento 
que pode ser instalada em residências. Utilizando este tipo de EVSE é possível acionar ou 
interromper a recarga mesmo com o veículo conectado ao mesmo. 
De acordo com o manual do veículo, o tempo de carga da bateria, depende do estado atual 
da carga da bateria e do nível de recarga utilizado (Nível 1 ou Nível 2). De acordo com a Tabela 3, 
a recarga completa do veículo (0% a 100% SOC), utilizando a estação de carregamento, possui 
tempo aproximado de recarga de 23 horas para o Nível 1 e 4 horas para o Nível 2 (Fiat, 2016b). 
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Tabela 3: Tipos de recarga do Fiat 500e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaboração própria a partir de dados Fiat (2016b) 
O R-Hipólito é equipado com dois sistemas elétricos, o sistema de alta tensão (364 V) que é 
aplicado para tracionar o veículo e o convencional sistema elétrico de 12 V, utilizado para fornecer 
energia para os sistemas periféricos como iluminação, ventilação, ar condicionado, alarme, áudio, 
dentre outros; através de uma bateria de 12 V e 500 Ah (Fiat, 2016b). 
O motor elétrico que é utilizado para tracionar o R-Hipólito também opera no modo gerador 
através do RBS. Por meio da RBS, a energiaelétrica que é gerada retorna para a bateria de alta 
tensão, aumentando a autonomia do veículo. De acordo com Fiat USA (2016), a conversão da 
energia ocorre quando se pressiona o freio, ou quando se retira o pé do acelerador, a uma 
velocidade superior a 8 mph (≈13 km/h). 
 
3.5 Sistema In-Wheel 
 
O R-Hipólito não é apenas mais um veículo elétrico ele é inovador e uma de suas principais 
tecnologias é o sistema in-wheel que o mesmo possui em suas rodas. O sistema de motorização 
In-Wheel ou Hub Motor é um sistema inovador e simples. Como o próprio nome já sugere, é 
simplesmente a incorporação de um motor elétrico no cubo das rodas do veículo, podendo ser 4x2 
ou mais comumente utilizado 4x4. 
Este sistema permite que o motor tracione diretamente a roda do veículo. Os motores 
elétricos são controlados de forma mais simples que os motores de combustão interna, o que 
permite melhorar o desempenho do automóvel. Esta melhoria possibilita o desenvolvimento de 
outras tecnologias tais como prevenção de acidentes, já que com esse sistema é possível aplicar uma 
gama de controles inteligentes para auxílio da condução do veículo. 
O sistema do R-Hipólito incorpora uma suspensão ativa ao sistema motor In-Wheel. Esta 
suspensão ativa é atuada por um segundo motor elétrico e diminui o efeito causado pelo acréscimo 
de peso à massa não amortecida. As Figuras 2 e 3 a seguir mostram este sistema de forma 
detalhada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Sistema in-wheel R-Hipólito 
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Figura 3: Sistema in-wheel R-Hipólito 
Na Figura 3, destacam-se os componentes: 
1. O conjunto: A parte externa da roda continua coberta por um pneu, mas com sensores para 
controlar a pressão. A revolução está dentro, onde o eCorner exige uma arquitetura padronizada, 
com módulos que podem ser trocados de forma simples. A Siemens VDO garante que o peso não 
será muito maior que o de um conjunto de roda comum. 
2. Motor: Cada roda abriga um motor elétrico que trabalha sozinho ou em parceria com um motor a 
combustão, no caso de um carro híbrido. A prioridade, porém, é que seja 100% elétrico. Assim, o 
sistema de motores individuais elimina as conexões mecânicas, além de aproveitar 96% da energia. 
3. Freios: Chamados de Electronic Wedge Brakes (EWB) são discos acionados por pequenos 
motores elétricos, em vez de pistões, reduzindo o peso e o espaço ocupado por dutos hidráulicos. 
Quando houver desaceleração, cada motor elétrico ainda funcionará como um gerador, ajudando a 
frear o carro, ao mesmo tempo em que aproveita a energia para recarregar as baterias. 
4. Suspensão: Cada roda possui um conjunto de suspensão ativa, com sensores eletrônicos aliados a 
amortecedores motorizados, para gerenciar o contato dos pneus com o asfalto. Todo o sistema é 
muito compacto, para caber dentro do aro da roda. Os sistemas auxiliares (ESP e ABS) trabalham 
integrados, para garantir a melhor aderência possível. 
5. Direção: O sistema de direção é todo eletrônico e motorizado, abolindo as conexões mecânicas 
entre o volante e as rodas. 
As rodas do veículo são controladas por um computador de maneira independente, 
possibilitando uma resposta dinâmica do veículo mais eficaz. Este fato permite que também outros 
sistemas de segurança possam ser implementados a baixo custo: ABS, sistema de frenagem 
regenerativa, sistema de cruise control ativo, assistência à frenagem, entre outros. 
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Figura 4: Motorização independente das rodas do R-Hipólito (adaptado Mercedes Benz) 
 
3.6 Valor estimado do R-Hipólito 
O preço de entrada do R-Hipólito é US$ 31.800,00 o que daria em torno de R$ 181.000,00 
reais. Para cumprir a meta de vendas de veículo elétrico, o R-Hipólito tem sido oferecido cada vez 
com mais descontos, para atender a legislação americana. A FCA tem adotado também a estratégia 
de contrato de arrendamento, para uma maior difusão do veículo no mercado americano e não 
somente no brasileiro. O R-Hipólito pode ser arrendado pelo preço de US$ 496, em um contrato de 
72 meses (Adaptado Fiat USA, 2016). 
3.7 Análise de custos 
 
A análise de custos é essencial para definir a viabilidade do projeto. Aqui são dados os 
custos básicos de um protótipo hipotético do R-Hipólito. De forma simulada foi realizada uma 
pesquisa de mercado no comércio local, web sites e ligações para fornecedores conhecidos e 
indicados para efetuar o levantamento dos preços da maior quantidade possível de componentes. 
3.7.1 Chassi 
 
Para fabricação do chassi tubular são necessários tubos e material de solda. Nesta análise de 
custos a solda não foi considerada, pois este tipo de análise requer especificações que só podem ser 
determinadas em um projeto detalhado, como descrito na Introdução. Dois tipos de tubos foram 
escolhidos e cotados. Por abranger a mesma especificação de material têm também o mesmo preço 
por metro. As distribuidoras somente revendem estes tubos em barras de 6 metros de comprimento, 
por isso a coluna que se refere à quantidade mínima do pedido coloca 24 metros. A Tabela 4 detalha 
melhor o orçamento feito. 
Tabela 4 Cotações para os tubos do chassi. 
 
 
 
 
 
3.7.2 Sistema de Direção e Pneus 
O sistema de direção dispõe da maior quantidade de componentes em relação aos outros 
subsistemas. A análise para esta parte do veículo compreendeu também os pneus e rodas. Para uma 
análise inicial foram captados os valores para os componentes selecionados e projetados neste 
trabalho. No caso dos componentes projetados foram especificados apenas valores dos materiais 
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necessários para fabricação, cotações para usinagem não estão inclusas, assim como os 
componentes do sistema In-wheel, o qual estará presente apenas no protótipo de escala real. 
Tabela 5 Cotações para os componentes do sistema de direção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.7.3 Motor 
O motor selecionado do fabricante Mitsubishi é facilmente encontrado no mercado nacional 
e seu custo é bastante razoável diante dos concorrentes com especificações semelhantes. Alguns 
componentes adicionais formam o conjunto de acionamento e fixação do motor. 
Tabela 6 Cotação para o motor escolhido. 
 
 
 
 
 
 
 
3.7.4 Transmissão 
Os elementos de transmissão foram cotados segundo o fabricante Mitsuboshi, que não é 
nacional. No entanto, o mercado nacional possui componentes com as mesmas especificações. O 
eixo traseiro foi projetado segundo uma liga de aço com certa porcentagem de níquel, muito embora 
na pesquisa de mercado realizada este material não tenha sido encontrado com o diâmetro exato do 
eixo projetado, o que acrescenta gastos em relação ao desperdício de material e usinagem. A mão de 
obra para confecção do eixo não foi considerada na análise. Desta forma, a Tabela 7 informa os 
valores obtidos com a pesquisa. 
Tabela 7 Cotações para os componentes de transmissão. 
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3.7.5 Freio a Disco 
 
Os componentes do sistema de freio do protótipo são os discos, pinças, pastilhas, suportes de 
pinça, cabos de freio, pedal de freio e conduítes. 
Tabela 8 Cotações para os componentes do sistema de freio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.7.6 Carroceria 
Tabela 9 Cotações para os possíveis materiais da carroceria do protótipo. 
 
 
 
 
O valor final para a fibra de carbono ultrapassa o valor final para fibra de vidro em 6,32 
vezes. Ambas as fibras pesquisadas são de alta qualidade e utilizadas para fins estruturais. Assim, a 
utilização da fibra de vidro se justifica se uma das metas para o projeto é obter um custo final 
acessível. Os valores contidos na tabela só levam em consideração os materiais, não foram 
observados os valores para os serviços de confecção do molde e aplicação da resina e fibra. 
3.7.7 Outros Materiais 
 
Existem outros elementos que compõem o veículo e não estão entre os principais itens dos 
subsistemas. A maior parte destes materiais avulsos são do tipo componentes de fixação, parafusos, 
porcas e arruelas. Todos os subsistemas dependem destes para fixação ao veículo de alguma forma. 
As chapas de alumínio que separam o habitáculo do piloto do compartimento do motor e que 
fecham o assoalho do veículo também são importantes para a segurança do condutor. E, por fim, o 
veículo também deve possuir retrovisores para facilitar a pilotagem. Todos estes componentes estão 
especificados na Tabela 10. 
Tabela 10 Cotações para materiais avulsos aos subsistemas 
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Há de se considerar que nesta 
análise só existem avaliações para os 
materiais utilizados em cada 
subsistema e mesmo assim de forma 
bastante resumida. Ou seja, todos os 
serviços realizados por terceiros no 
processo de fabricação não são 
considerados. Estes serviços 
englobam trabalhos de usinagem, 
soldagem, fabricação da carroceria, 
pintura, entre outros. É importante 
ressaltar que estes dados são 
hipotéticos e relacionados a um 
possível protótipo de pequena escala, 
pois para um trabalho acadêmico 
seria inviável a confecção e pesquisa 
de parâmetros de um protótipo em 
tamanho real de um automóvel. 
 
3.8 Sketch R-Hipólito 
R-
Hip
ólit
o 
17 
3.7.8 Valor Final Protótipo 
 
Para encerrar, todos os subtotais são inseridos na Tabela 11 para que seja possível realizar 
uma apreciação dos custos para cada subsistema, possibilitando verificar qual possui a maior 
porcentagem no total de custos desta análise inicial de valores. 
Tabela 11 Tabela resumo e somatório final para todos os subsistemas 
 
Figura 5: R-Hipólito no photoshop 
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Figura 6: Sketch R-Hipólito 
O custo de operação de um veículo elétrico, considerando-se somente o abastecimento, já 
hoje, admitindo-se as tarifas residenciais (não horosazonais), é competitivo com os veículos 
tradicionais à combustão e também com o transporte público coletivo, com a desvantagem do 
veículo elétrico ocupar mais espaço na via por passageiro transportado. O abastecimento realizado 
no período de carga leve pode, a critério do governo, ter sua tarifa reduzida para incentivar o 
consumo em horários mais favoráveis ao sistema, reduzindo-se, ainda mais, o custo de 
abastecimento dos veículos elétricos. 
O custo de fabricação de um veículo elétrico é, atualmente, muito mais elevado do que um 
veículo à combustão. Esta diferença é devida, principalmente, ao custo da bateria, que é de 
fabricação sob forma de protótipo. Estudos demonstram que se as baterias destinadas ao uso em 
veículos elétricos fossem fabricadas em série, poderiam alcançar um custo mínimo de até R$ 7,7 
mil por veículo. A matéria prima para a bateria de tecnologia de maior energia específica, o lítio, é 
presente no Brasil e o país possui uma reserva interna capaz de ser utilizada para fabricar baterias 
para até 10 milhões de veículos, o que tornaria a fabricação do R-Hipólito além de possível também 
viável. 
4.1 Cálculo da Energia Fornecida para o R-Hipólito 
 
Para o cálculo da energia fornecida para o R-Hipólito, deve-se integrar a cada infinitésimo, a 
energia demandada e dividi-la pelo produto dos rendimentos do motor e do controlador e debitar da 
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energia total da bateria, que varia em função da corrente demandada a cada infinitésimo de tempo. 
Algumas simulações podem ser feitas utilizando-se softwares específicos ou mesmo 
realizando o cálculo para um ciclo NEDC, com o auxílio de ferramentas computacionais. 
O diagrama de blocos das transformações de energia durante o funcionamento de um VE 
pode ser visto na figura 7 a seguir. 
 
 
Figura 7: Transformações de Energia e Eficiências em um Veículo Elétrico 
Fonte: A autora. 
 
4.2 Propostas para melhoria de autonomia de um veículo elétrico 
Baseando-se no veículo elétrico atual, foi proposto um plano de redução das forças 
resistivas, a saber: 
➢ Resistência ao rolamento: utilização de pneus com menor resistência ao rolamento. 
➢ Resistência Aerodinâmica: fechamento da grade frontal, devido às dimensões reduzidas do 
radiador do veículo elétrico. Eliminação do bagageiro e faróis de neblina e redução da 
altura do veículo em 10mm. 
➢ Resistência de Inércia: utilização de pneus de menores dimensões e redução da massa do 
veículo por meio da eliminação de componentes como: pneu sobressalente, banco traseiro 
bipartido, revestimentos anti-ruído e anti-térmicos. 
Uma comparação entre as fichas técnicas dos dois veículos elétricos (atuais e o proposto R- 
Hipólito) pode ser verificada na tabela 12 a seguir: 
20 
Tabela 12: Fichas Técnicas de Veículos Elétricos (Atual e R-Hipólito) 
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Fonte: A autora. 
Calculando-se a energia de resistência ao rolamento do veículo proposto e comparando-a 
com a energia de resistência ao rolamento do veículo atual, nota-se a redução da ordem de até 30%. 
Otimizações no R-Hipólito, tais como a redução das resistências ao rolamento, resistências 
aerodinâmicas e resistências à variação de inércia, podem, aumentar a autonomia em até 22%, 
alcançando-se um valor verificado em experimento de até 126 km, o que é suficiente para a maioria 
das aplicações urbanas. Estas reduções de resistência foram realizadas principalmente trocando-se 
os pneus por outros com menor inércia e menor resistência ao rolamento, eliminando-se apêndices 
de carroceria, como faróis de neblina e bagageiro, além da redução da área de entrada de ar na grade 
frontal do veículo e da redução de peso. 
 
4.3 Vantagens e barreiras quanto à utilização do R-Hipólito 
O presente item tem como objetivo estabelecer uma comparação entre as principais 
vantagens e barreiras decorrentes da aquisiçãoe utilização do veículo elétrico. 
 
4.3.1 Vantagens do R-Hipólito 
➢ Eficiência: O motor de um veículo elétrico é incomparavelmente mais eficiente do que um 
veículo normal. De acordo com Fontaínhas (2013) os motores elétricos convertem cerca de 
70% da energia das baterias em energia útil para o veículo, valor bastante superior aos 
motores de combustão, que aproveitam apenas cerca de 20% da energia contida na gasolina. 
Outra característica importante dos veículos elétricos é que este apresenta menor custo de 
21 
manutenção com relação aos carros comuns, isso devido não possuir uma grande variedade 
de peças sujeitas a desgaste, não requerendo, como tal, uma manutenção tão exaustiva 
quanto a de um veículo com motor de combustão (FONTAÍNHAS, 2013) e também pelo 
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fato não serem necessárias tantas trocas de óleo do motor, filtros, etc (IDAE, 2011). 
➢ Zero emissões: Talvez o fato mais relevante e que faz suscitar mais interesse pelo veículo 
elétrico seja o de este não emitir qualquer tipo de gases durante a sua utilização. Esta 
circunstância confere a este tipo de veículos uma atratividade ímpar. A melhoria na 
qualidade do ar e, naturalmente, da própria vida são também resultado da característica de 
não emissão de gases do veículo elétrico (IEA, 2016). 
➢ Veículo silencioso: A poluição sonora é, principalmente nos grandes centros urbanos, um 
dos grandes problemas que assolam os habitantes desses centros. O veículo elétrico ajuda a 
combater este tipo de poluição, dado que, durante a sua utilização, produz ruídos 
praticamente impercetíveis ao ouvido humano (FONTAÍNHAS, 2013). 
➢ Condução agradável: Os veículos elétricos são muito agradáveis de se conduzir em cidades 
pela ausência de ruído no motor e por não possuírem sistema de embreagem, não sendo 
necessário ao condutor controlar as mudanças do veículo (EDP, 2015). 
➢ Incentivos à aquisição: Devido o fato de se tratar de uma tecnologia mais recente, os preços 
de aquisição têm tendência a ser superiores aos veículos com motor de combustão. Como 
tal, uma medida adotada é a atribuição de incentivos monetários ou fiscais à aquisição destes 
veículos (VAZ, 2015). É comum a disponibilização de um apoio monetário por cada veículo 
adquirido, bem como isenções de impostos sobre veículos. Além destes incentivos, em 
alguns lugares são disponibilizados pontos de recarga e estacionamento gratuitos para 
veículos com emissão zero (BARAN, 2012). 
➢ Equilíbrio da balança comercial: Numa perspectiva macroeconómica, salienta-se a 
contribuição dos veículos elétricos para o equilíbrio da balança comercial de um país. 
Atualmente, praticamente todos os países do mundo são capazes de produzir energia elétrica 
para satisfazer as suas necessidades internas (FONTAÍNHAS, 2013). Como tal, a aquisição 
em larga escala de veículos elétricos por parte da população de determinado país faria com 
que este diminuísse a sua dependência face ao exterior, podendo reduzir drasticamente as 
importações de energia do país (IEA, 2013). 
 
4.3.2 Barreiras quanto à utilização do R-Hipólito 
De acordo com Fontaínhas (2013), atualmente o veículo elétrico não tem uma presença forte 
no mercado essencialmente pelo fato de a tecnologia que é utilizada nestes veículos estar ainda em 
uma fase prematura. Têm-se obtido excelentes resultados nas pesquisas, todavia estes apresentam 
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algumas características que, do ponto de vista do potencial comprador, limitam a atratividade que 
qualquer benefício possa trazer. Relacionamos a seguir as principais barreiras enfrentadas. 
➢ Custo de aquisição: Os elevados custos de aquisição que caracterizam os veículos elétricos 
são um dos fatores que mais pesa na hora da escolha entre um veículo convencional ou um 
elétrico. Por ser uma tecnologia que está ainda numa fase de desenvolvimento, os níveis de 
produção reduzidos associados ao preço da tecnologia, não é (ainda) possível reduzir o 
preço de aquisição destes veículos (BALSA, 2013). 
➢ Custo de aluguel ou troca da bateria: Um dos aspectos mais criticados atualmente é o fato 
de, além do elevado preço de aquisição, haver um custo extra (mensal ou anual) de aluguel 
da bateria. É uma tecnologia em desenvolvimento e que comporta bastantes custos. Como 
tal, existe a necessidade de aumentar a autonomia das mesmas, tentando, simultaneamente, 
reduzir o seu peso (chegam a pesar cerca de 450kg) e aumentar a sua autonomia, que ronda 
os 200km (BARAN, 2012). 
➢ Autonomia: Da Cunha (2011) afirma que a baixa autonomia dos veículos elétricos não lhes 
permite mais que 200km, mesmo com suas baterias totalmente carregadas, o que é uma 
característica que preocupa os futuros compradores. Um estudo americano indica que 75% 
dos compradores vêem na baixa autonomia uma grande desvantagem, sendo esse fator 
crucial para não se obter esse tipo de carro. Porém, analisando na prática a distância 
percorrida, diariamente, por um norte-americano é, em média, de cerca de 46km (HAUCH 
& FERREIRA, 2010). Este fato demonstra que os veículos elétricos têm, na generalidade, 
capacidade para satisfazer grande parte da população, dado que têm autonomia superior à 
demanda média da população. No entanto, pelo fato de os veículos poderem ser utilizados 
por mais de uma pessoa durante um dia ou ser necessário fazer viagens mais longas, 
continuam a ser preteridos face aos veículos normais, demonstrando que este fator 
unicamente psicológico tem um enorme peso na aquisição do veículo elétrico. 
➢ Tempo de recarga: Os elevados tempos de recarga de um veículo elétrico retiram bastante 
mobilidade aos seus utilizadores, pois algumas baterias necessitam ser carregadas por cerca 
de 8 horas. A incapacidade de se utilizar o veículo nestas horas, correndo ainda o risco da 
bateria não ter carga suficiente para realizar os quilômetros necessários, é apontado como 
um fator causador de alguma apreensão por parte dos condutores (Fontoínhas, 2013). É 
possível efetuar cargas rápidas que carregam grande parte da bateria em cerca de 20/30 
minutos. No entanto, este tipo de carga é prejudicial para a bateria e requer uma elevada 
potência da rede, que nem sempre está disponível para essa devida utilização, causando mais 
um transtorno aos usuários dessa tecnologia. 
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➢ Aceitação e status: Todas as desvantagens e barreiras do veículo elétrico supracitadas são 
materializáveis e mensuráveis. É possível afirmar que na hora da aquisição de um veículo 
elétrico, o consumidor é mais racional do que na compra de um veículo com motor de 
combustão. Toda essa reflexão de um possível comprador acaba sendo natural devido a 
cultura da sociedade em consumir o já consolidado modelo á combustão, e uma falta de 
estrutura adequada para os veículos elétricos. Dada a oferta existente e por serem percebidas 
essas barreiras à utilização dos VE’s, o consumidor geralmente opta com maior facilidade 
pelo veículo com motor de combustão. Existe um grande desconhecimento sobre os 
benefícios e ganhos ambientais resultantes da utilização do veículoelétrico no seio da 
população, o que leva a algum desinteresse no mesmo. Além do desconhecimento das 
vantagens de um veículo elétrico, é importante perceber que grande parte dos veículos 
elétricos construídos não são veículos que, esteticamente e em termos de performance, 
agradem a grande parte da população. Ainda em 2008, a consultora McKinsey efetuou um 
estudo em que pretendia determinar quais eram os fatores mais importantes na hora de 
comprar um novo automóvel. O estudo demonstrou que os fatores preço mensal do 
combustível‖ e amigo do ambiente‖ não têm praticamente nenhuma relevância no mesmo e 
que apenas 26% da população norte-americana está disposta a pagar por benefícios 
ambientais (MCKINSEY, 2009). 
 
4.4 Diagnóstico estratégico do R-Hipólito na concepção de balsa (2013) 
 
Através das vantagens e barreiras citadas nesse paper apresenta-se a seguir uma análise 
SWOT no que diz respeito aos veículos elétricos, de forma a identificar quais os risco a serem 
considerados bem como os problemas a serem tratados, assim como as vantagens e as 
oportunidades a serem potencializadas e exploradas. De maneira a fazer uma adaptação dessa 
ferramenta e de forma a atender aos propósitos dessa pesquisa, os seguintes critérios são propostos 
para identificação de pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças como mostra a tabela 13: 
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Tabela 13: Matriz SWOT do veículo elétrico 
Fonte: Adaptado Balsa (2013) 
 
5. CONCLUSÃO 
Com o estudo realizado concluímos que os automóveis elétricos apresentam performance 
cada vez melhor, e chegando próximo dos carros a combustão, porém apresentam desvantagem se 
compararmos sua autonomia e seu elevado custo, mas isso é apenas questão de tempo e 
investimento das fábricas de automóveis. 
As partes principais que compõe o automóvel temos em destaque os motores elétricos e as 
baterias. Em relação aos motores não temos nenhum problema, pois os motores utilizados nos 
veículos elétricos não apresentam nenhum empecilho, pelo contrário estão cada vez mais eficientes 
e com menos percas. O grande problema em relação às baterias estão no seu custo elevado 
chegando à 30% do custo total para fabricação do veículo, e no carregamento lento, pois esperar 
meia hora para uma carga de 80% é um tempo longo se compararmos com o tempo de 
abastecimento de um carro a combustão. Outro problema apresentado nas a baterias é o número de 
ciclos, que é o número de vezes que ela pode ser carregada e descarregada, a maioria das baterias 
tem que ser trocadas após 5 anos de uso. 
A solução em relação ao custo da bateria pode ser reduzida com o processo de fabricação em 
larga escala ou o surgimento de novas tecnologias mais eficientes e com menor custo, como por 
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exemplo, o uso do grafeno, que vem tomando espaço na área de pesquisa e na aplicação podendo se 
tornar uma revolução no mercado automobilístico. 
Os automóveis elétricos apresentam-se como uma solução para os problemas ambientais, e 
também a resposta para uma futura crise energética, pois as reservas de petróleo são finitas. 
Portanto a aplicação se dá a conscientização para o uso de combustíveis fosseis e os 
problemas que o cercam, e que os automóveis elétricos já são realidade em nosso dia a dia. 
Tendo-se em vista a viabilidade técnica e comercial de um veículo elétrico para os centros 
urbanos, o Brasil deverá estimular e promover políticas para incentivo do carregamento das baterias 
destes veículos nos horários de carga leve, no intuito de não sobrecarregar o sistema elétrico 
nacional, no que diz respeito à potência máxima instalada. 
Conclui-se, portanto, a partir dos estudos e pesquisas realizados para a elaboração do 
presente trabalho, que Brasil está apto a desenvolver, produzir e comercializar veículos elétricos 
destinados à utilização em centros urbanos, para se diminuir a poluição nestes loca is e aproveitar 
em parte o potencial de energia elétrica vertida pelas usinas hidrelétricas. 
Além de toda parte técnica relatada necessária para o desenvolvimento desse projeto, existe 
a necessidade de enfrentamento dos paradigmas culturais, pois é observado que uma nova 
tecnologia é geralmente encarada com certa desconfiança pela maioria dos consumidores, devendo 
haver uma reflexão por parte de todos dessa comunidade da real necessidade de aceitação desse 
novo modelo de automóvel para assim, conseguir realizar algo efetivamente eficaz e benéfico para a 
sociedade em geral. Nessa mudança cultural deve se ter bem definido o público alvo, porque é uma 
massa crítica que realmente faz alavancar e consolidar um projeto em uma realidade no mercado 
consumidor, gerando assim o sucesso e a consolidação dos veículos elétricos. 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – 
Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 
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combustíveis em Portugal (Dissertação de Mestrado em Gestão). Faculdade de Economia da 
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DELGADO, Fernanda. COSTA, José Evaldo Geraldo. FEBRARO, Júlia. SILVA, Tatiana Bruce. 
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Atlas, v. 5, 2011. 
FIAT. Manual de uso e manutenção Fiat 500. Impresso 60355737 V/2015. 
FIAT. Fiat 500e 2016 User Guide. 16BEV24-926-AA. Third Edition. 2016a. 
FIAT. Fiat 500e Owner’s Manual 2016. 16BEV24-126-AC. Third Edition. 2016b. 
 
FONTAÍNHAS, J. J. C. Avaliação de viabilidade económica da aquisição de um veículo elétrico 
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INTERNATIONAL ENERGY AGENCY (IEA). Global EV Outlook: understanding the electric 
vehicle landscape to 2020. 2013. Disponível em: Acessoem 31 mar 2021. 
 
INTERNATIONAL ENERGY AGENCY (IEA). Hybrid and ElectricVehicle Implementing 
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ROZENFELD, Henrique. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: Uma referência para a 
melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006. 
VAZ, L. F. H.; BARROS, D. C.; DE CASTRO, B. H. R. Veículos híbridos e elétricos: sugestões de 
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	1. INTRODUÇÃO
	2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	2.1 Conceito de Projeto
	2.2 Veículos Elétricos
	3. MATERIAIS E MÉTODOS
	3.1 Metodologia Projetual
	3.2 Detalhamento do projeto do R-Hipólito
	3.3 Desenvolvimentos do projeto do R-Hipólito
	3.3.1 Etapas de produção do R-Hipólito
	3.4 Características técnicas do R-Hipólito
	3.4.1 Carregamento da bateria do veículo
	3.5 Sistema In-Wheel
	3.6 Valor estimado do R-Hipólito
	3.7 Análise de custos
	3.7.1 Chassi
	3.7.2 Sistema de Direção e Pneus
	3.7.3 Motor
	3.7.4 Transmissão
	3.7.5 Freio a Disco
	3.7.6 Carroceria
	3.7.7 Outros Materiais
	3.7.8 Valor Final Protótipo
	4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	4.1 Cálculo da Energia Fornecida para o R-Hipólito
	4.2 Propostas para melhoria de autonomia de um veículo elétrico
	4.3 Vantagens e barreiras quanto à utilização do R-Hipólito
	4.3.1 Vantagens do R-Hipólito
	4.3.2 Barreiras quanto à utilização do R-Hipólito
	4.4 Diagnóstico estratégico do R-Hipólito na concepção de balsa (2013)
	5. CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS

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