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Aulas de imagem AULA 1 - Conhecer os princípios da radiografia 1895 – Descoberta experimental do raio X pelo físico alemão Wilhenlm Conrad. Elementos: raio x, paciente e receptor da imagem. Obtenção da radiografia: a energia elétrica aquece o filamento e excita os elétrons que saem do catodo para o anodo e se chocam com a placa que direcionaram os raios de elétrons para o paciente. Os raios ultrapassam as estruturas corporais e chegam no receptor formando as imagens. Grandezas que controlam a imagem: KV: energia que o elétron vai ter (relacionado ao contrate da imagem) o KV MUITO ALTO: Contraste muito baixo e imagem cinza. o KV MUITO BAIXO: Contrate alto com imagem ou muito preta ou muito branca. MA: Quantidade de corrente elétrica e diz sobre a quantidade de elétrons. S: Tempo A produção da imagem é ocasionada por conta da densidade de cada estrutura do corpo. Densidade radiográficas: > DENSIDADE = MAIS BRANCO < DENSIDADE = MAIS ESCURO 1. Densidade de metal: objetos de metal (muito branco) 2. Densidade de cálcio: dos ossos (branco) 3. Densidade de partes moles: líquidos e sólidos (branco acinzentado) 4. Densidade de gordura: tecido gorduroso (cinza) 5. Densidade de ar: ar (preto) Proteção radiológica: Objetivos da radioproteção: Prevenir e diminuir os efeitos das radiações Redução de deterioração genéticas das populações Princípios da radioproteção: 1- Justificação 2- Otimização ou ALARA (radiação o mais baixa possível) Para melhorar a proteção existem três fatores: • Tempo: menor tempo possível de exposição • Distancia: maior distância possível da fonte de radiação • Blindagem: blindagem adequadas da fonte de radiação Efeitos biológicos: A maioria dos danos causados pela radiação são reversíveis, como descamação de pele porem existem irreversíveis principalmente quando atinge o DNA Não existe ainda dose de radiação segura. Deve-se tentar reduzir ao máximo a exposição do paciente a radiação. Os bebes são os mais afetados pelas radiações. Os efeitos da radiação são proporcionais à idade, sexo e estado físico Modificação celular ou morte celular Mutações pontuais, como alterações pontuais no DNA. A quebra do DN A pode causar: morte celular, mutação ou carcinogênese. Aberrações cromossomiais estruturais, como a fragmentação cromossomial. Aberrações no número de cromossomos. Tipos de efeitos: Efeitos somáticos: ocorrem na própria pessoa Efeitos hereditários: alterações na descendência, alterações nos genes ou nos gametas Efeitos estocásticos: chance que uma pessoa tem de manifestar uma doença, quanto mais radiação recebida, maior a probabilidade de ter a doença, a gravidade da doença não está relacionada com a quantidade de radiação recebida. Efeitos determinísticos esses efeitos surgiram se o organismo absorver uma dose de radiação acima de um limiar de proteção, a gravidade tem relação com a dose. (radiodermite) Gestação e crianças: Período crítico: 8-15 semanas AULA 2 – Raio X de tórax Incidências básica para raios no tórax: Incidência é a forma como que o paciente tira o raio x 1. PA póstero anterior: o raio entra por traz e sai pela frente, essa é a melhor forma de se fazer raio x, a mais detalhada. 2. AP antero posterior: raio entra de frente para traz nessa posição pode ocorrer um falso aumento das estruturas do tórax como o coração 3. Perfil: feita do lado esquerdo por conta do coração mais perto da chapa 4. Decúbito lateral: derrames pleurais e pneumotórax são avaliados nessa posição. 5. Obliquas: utilizadas para verificar arco costal A radiografia em PA é feita com o paciente em pé e AP com ele deitado Para diferenciar uma radiografia feita em AP e em PA é observando o nível liquido da bolha gástrica que só pode ser visto em AP já que paciente está em pé. Em AP também não pode ser visto as escapulas. Rotina: Estruturas ósseas e tecidos moles da parede torácica Transição toraco-abdominal Pulmões e pleura Mediastino – via aérea e órgãos do sistema circulatório Estruturas ósseas: • Escapulas • Clavículas • Arcos costais • Coluna torácica • Esterno Pulmões: Lobos pulmonares e hilos pulmonares Vias aéreas: Traqueia e carina Circulação: Sempre que possível fazer o RX em PA para que não haja aumento falso do coração. AULA 3 – radiografia de tórax aorta Na radiografia de tórax é possível ver a aorta ascendente, arco aórtico e parte da aorta descendente. Essa aula serve para verificar se a aorta está alterada A aorta se relaciona diretamente com o pulmão direito. Em uma raio x normal a aorta fica sobreposta a coluna Valores normais: Aorta ascendente 3,0 a 3,5cm Arco e descendente até 4,0cm Entre o arco aórtico e a porção do mediastino até 6 cm em PA e até 8 cm em AP Patologias da aorta: Vaso que contem três camadas, adventícia, media e intima. Principal causa de doenças da aorta é a hipertensão. Com o aumento da resistência periférica o que ocorre é o aumento da pressão que sai do coração e o primeiro vaso que entra em contato com esse sangue de alta pressão é a aorta. Na aorta a camada mais interna é a primeira que sofre erosão e formas buraquinhos onde vai se depositando gordura que podem calcificar e ser vista no RX. Dissecção de aorta, ocorre quando a camada intima tem um furo e começa a encher de sangue entre a camada intima e a media Aneurisma Aneurisma é uma dilatação anormal de um vaso sanguíneo, pode ser congênito ou adquirido. Complicações: ruptura com hemorragia maciça, compressões de estruturas adjacentes, embolia. Manifestações clinicas: na aorta ascendente pode ter manifestações de insuficiência aórtica, na descendente normalmente é assintomática mas pode causar dor e dificuldade respiratória. Aneurisma verdadeiro: quando só ocorre a dilatação do vaso mas não ocorre lesão nas túnicas, pode ser sacular ou fusiforme Aneurisma falso: quando ocorre a dilatação por conta de lesão nas três túnicas do vaso e o sangue fica aprisionado na entre a última túnica e o tecido conjuntivo que envolve o vaso Classificação de aneurisma de aorta Classificação DeBakey: • Tipo 1: envolve a aorta ascendentes, arco e descendente • Tipo 2 só envolve descendente • Tipo 3: só envolve ascendente Classificação Stanford: • Tipo A: envolve a aorta ascendente podendo ou não ir até a descendente • Tipo B: ocorre após a subclávia esquerda • Achados do raio x: Alargamento do mediastino maior que 8,8cm Sinal do duplo arco aórtico Contorno irregular do arco aórtico Deslocamento e calcificação parietal Desvio das estruturas do mediastino (principalmente da traqueia Dissecção: Ruptura transversal da intima e parte da média e através dessa ruptura ocorre a deposição de sangue o qual separa os planos laminares da túnica media. Complicações: ruptura do anel da valva aórtica e insuficiência valvar, tamponamento cardíaco, obstruções valvares, infartos do miocárdio, rupturas e hemorragia. Manifestações clinicas: dor de início súbito e lancinante que começa no tórax e irradia para as escapulas, sincope. AULA 4 – ICC no raio x de tórax Insuficiência cardíaca crônica Geralmente a insuficiência cardíaca começa pelo lado esquerdo e da origem a insuficiência direita É caracterizada por falha da bomba cardíaca que gera aumento de resistência vascular e aumento de sobrecarga hídrica que gera extravasamento de liquido. Ocorre por: Falha na bomba cardíaca Falha da capacidade do coração em bombear o sangue Perda de musculo cardíaco Falha no relaxamento do miocárdio Doenças inflamatórias e degenerativas reduzem capacidade de contração miocardia Doença coronariana Clinica: ICC esquerda: Mais comum Falha da bom na sístoleou diástole Aumento da pressão venosa pulmonar Clínica: dispneia, fadiga, arritmias ICC direita: Secundaria a ICC esquerda A insuficiência que ocorre só do lado direto ocorre por doença pulmonar (cor pulmonale) Hipertensão pulmonar, valvulopatia tricúspide Edema de membros inferiores e abdominal, aumento de calibre das veias e hepatomegalia, ascite. Achados em raio x de pacientes com ICC: Edema alveolar Linhas b de Kerley Cardiomegalia Derrame pleural Dilatação do vasos pulmonares Estágios da ICC Estagio 1 - REDISTRIBUIÇÃO: redistribuição dos vasos pulmonares, cardiomegalia, proeminência dos pedículos vasculares, aumento dos vasos no hilo pulmonar. Redistribuição dos vasos pulmonares: os vasos dos lobos superiores são menores que lobos inferiores, quando ocorre a redistribuição podemos ver os do superior maior ou de calibre igual aos do inferior. Estagio 2 EDEMA INTERTICIAL: espessamento dos septos interlobulares, contorno dos vasos borrados, espessamento das fissuras interlobares (linhas B de Kerley) Estagio 3 EDEMA ALVEOLAR: alvéolos preenchidos por líquidos, consolidação no raio x (aparência esbranquiçada), aparência de bola de algodão, derrame pleural, edema em asa de borboleta (alveolar) Resumindo: Edema alveolar em asa de borboleta Acumulo de liquido nos alvéolos causado pelo extravasamento de sangue dos capilares pulmonares Cardiomegalia: Feito em PA e em pé Linhas de Kerley/edema intersticial: Ocorre aumento de liquido no interstício ao redor os lóbulos pulmonares secundário, são linhas horizontais, paralelas principalmente na base pulmonar e na periferia. Aumento dos hilos pulmonares/congestão pulmonar central: Redistribuição dos vasos: Derrame pericárdico: Aumento global do coração sem outras manifestações que demonstrem ICC Derrame pleural: Tardio da ICC, acumulo de liquido na pleura AULA 5 – doppler venoso O Doppler Arterial e Venoso é um tipo de ultrassonografia que permite determinar a velocidade e o sentido da circulação sanguínea. É utilizado para identificar a presença de obstruções nas veias e artérias (aterosclerose), obstruções congênitas, aneurismas e diversos tipos de doenças vasculares. Ultrassonografia: Oque é: Técnica de geração de imagem que utiliza ondas sonoras, calculam a ida e a volta do som e transformam em imagem captada pelo transdutor e emitidas ao aparelho. Gel é o meio de propagação Transdutor: gera as ondas através de corrente elétrica e capta as onda para formar a imagem. Modos de ultrassom: • Modo B: escala de cinza, formato dos órgãos, composição e deposição de gorduras. • Modo M: avalia o movimento das estruturas • Doppler: avalia a velocidade e sentido de fluxo sanguíneo. • 3D e 4D: utilizados na área obstétrica. Tipos de transdutores: Convexo: estruturas grandes Linear: estruturas superficiais Endocavitario: endovaginal Setorial: ecocardiograma Caracterização tecidual: Como saber o que é o que no ultrassom através da classificação dos tecidos: • Anecoico: líquidos, muito pretos no ultrassom • Hipoecoicos: nódulos, quase pretos • Isoecoicos: tecidos normais, cinzas. • Hiperecoico: ossos, ar e gordura, bem claros. Ecodoppler: Se utiliza o transdutor linear para avaliar os vasos sanguíneos superficiais Insuficiência venosa: quando o fluxo se torna bidirecional, fica indo e voltando Trombose: oclusão total do vaso Exame: Se inicia o exame na região inguinal fazendo uma compressão sobre os vasos Veia é compressível e artéria não é, isso já nos ajuda a diferenciar ambas. Normal: Com cor em 100% do vaso AULA 6 – tuberculose pulmonar Infecção primaria → complexo primário que evolui ou pra uma cicatrização, ou infecção latente que pode ser reativo a qualquer momento, ou evolui para TB primaria. A infeção latente é quando o bacilos fica no pulmão inativo e pode ser reativado por qualquer causa, como baixa imunidade ou reinfecção pelo bacilos, nesses dois casos quando é ativada novamente após a primária infecção é chamada de tuberculose pós primaria Tipos de TB: • Pulmonar: primária ou pós primaria • Extra pulmonar: ocorre na laringe, linfonodos, SNC, sistema urinário, gastrointestinal, ossos TB primária: • Crianças em áreas endêmicas, adultos imunossuprimidos, idosos • Auto limitada ou progressiva No raio x: • Consolidação • Adenopatias • Miliar • Derrame pleural • Calcificação parênquima de linfonodos Áreas de consolidação: Adenopatias: Linfadenopatia é uma condição em que os nódulos linfáticos ficam com tamanho, consistência ou número anormais, geralmente inchaço. Esse achado combinado com os foco de Ghon (nódulos calcificados) é denominado complexo de Ranke Doença miliar: Derrame pleural: Pós primária: • Reativação de focos bacilares latentes ou reinfecção • Tosse, perda ponderal, febre, sudorese noturna No raio x: • Consolidação em lobos superiores e segmentos superiores dos lobos inferiores • Lesões escavadas (evolução da consolidação) • Disseminação endobrônquica (arvore em brotamento) • Miliar • Cavitações Consolidação em lobo superior: Cavitações:/lesões escavadas: Disseminação endobronquica:
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