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DIREITO NOTURNO - FMU ANÁLISE E DISCUSSÃO SOBRE JURISPRUDÊNCIA AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 909.766 - SP (2016/0107883-1) RELATORA: MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES AGRAVANTE: GIL JORGE ALVES ADVOGADO: DAGOBERTO JOSE STEINMEYER LIMA E OUTRO(S) - SP017513 AGRAVADO: CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO O caso analisado é um Agravo Interno no Agravo em Recurso Especial nº 909.766 - SP (2016/0107883-1), na qual a relatora foi a Ministra Assusete Magalhães, a parte agravante foi GIL JORGE ALVES e o a parte AGRAVADA foi o CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Na origem, trata-se de ação ordinária ajuizada por Gil Jorge Alves em face do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo - CREMESP e do Conselho Federal de Medicina – CFM, na qual visava a decretação de nulidade de processo ético profissional, no qual se lhe impôs a pena de suspensão, pelo prazo de 30 dias. No recurso houve a alegação de violação do código de ética médica, além da violação ao art. 535 do cpc/73, violação ao art. 333, i, do cpc/73. Todavia, ao decorrer do acórdão a relatora afasta a alegação de violação ao art. 535 do CPC/73, uma vez que a prestação jurisdicional foi dada na medida da pretensão deduzida, de vez que os votos condutores do acórdão recorrido e do acórdão dos Embargos Declaratórios apreciaram fundamentadamente as questões necessárias à Alunos(as): Eduardo Ramos Tosatti - RA: 1978064 Filipe Cavalcanti Silva - RA: 5117401 Isabelle de Brito Nepomuceno – RA: 2315891 Laura Gabriele da Silva Chagas Matos – RA: 2332762 Victoria Vallinoto de Moraes - RA: 2235363 Turma: 003209B01 Ética Geral e Profissional – Avaliação N1 (Parte I) DIREITO NOTURNO - FMU solução da controvérsia. Quanto ao art. 333, I, do do CPC/73, apontado como violado no Recurso Especial, a ministra explica que faltou o quesito indispensável do prequestionamento. Desta forma, a ministra alega que incide o enunciado da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal, o qual dispõe que é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada. Desta feita, o agravo interno foi improvido. Desse modo, tendo consignado o Tribunal de origem que a falta atribuída ao recorrente está associada a atos médicos, razão pela qual estaria submetido às sanções imposta pelo Conselho Regional de Medicina, a reversão do entendimento adotado somente poderia ser realizada mediante o reexame dos aspectos fáticos da causa, o que é vedado, no âmbito do Recurso Especial, pela Súmula 7/ STJ. Ademais, a Colenda 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional Federal entendeu por bem em negar provimento à Apelação interposta pelo Agravante, porém, notoriamente, restou totalmente omissa a questão que envolve o fato de que, através dos depoimentos das testemunhas e do prontuário médico, todas as condições de atendimento a paciente foram asseguradas, visando a boa prática médica, bem como foi-lhe oferecido todo suporte necessário, sendo o óbito da paciente proveniente da grave patologia. Além disso, também restou omisso com relação ao fato de que pautou-se o conselheiro relator do processo ético, no fato do hospital estar interditado (apenas parte, proveniente de reformas), pela vigilância sanitária. Em contrapartida destes pontos, resta esclarecido de que tal fato não circunscreve o exercício da medicina, mas sim a administração/gerenciamento do hospital, não cabendo aos conselhos, impor e confirmar sanções como a aplicada em desfavor do Agravante, restando ao Conselho Regional de Medicina competência para aplicar-lhe sanção se apurada violação ao Código de Ética Profissional, conforme bem prevê a Lei 3.268/97, em seu artigo 15, "c". Trata-se de acórdão em face da sentença que julgou improcedente o pedido do autor na ação ordinária movida por Gil Jorge Alves em face do CREMESP E CFM, onde visa a decretação de nulidade do processo ético profissional, no qual lhe impôs pena de suspensão por 30(trinta) dias. DIREITO NOTURNO - FMU Negado provimento ao recurso de apelação interposto pelo autor, haja vista que o tribunal considerou que não há reparos a serem feitos em sentença de primeiro grau. O tribunal também considerou no acórdão, que o autor do recurso não trouxe elementos suficientes para recorrer da decisão, pois a prestação jurisdicional foi dada na medida das pretensões deduzidas, vez que os votos condutores do acórdão recorrido e do proferido em sede de embargos de declaração, apreciaram fundamentalmente e de modo completo todas as questões ali aduzidas. Por fim, o tribunal ressaltou, concluindo-se que houve ausência de prequestionamento da matéria pelo autor dos recursos. Ainda neste sentido, o Tribunal de origem, com base em todo o conjunto probatório dos autos, reconheceu que, “ainda que a falta atribuída ao autor não seja decorrente da relação direta médico-paciente, está associada aos atos médicos, de modo que, no desempenho da função de diretor clínico do hospital, submete-se às sanções eventualmente impostas pelo Conselho Regional de Medicina”, e que caberia ao autor demonstrar que que o óbito do autor não se deu pela precariedade do serviço prestado, e que o resultado ainda seria o mesmo se a autora fosse internada em um hospital com condições melhores. Consequentemente, caso alterada a decisão, exigiria o exame do acervo fático probatório, o que é vedado em sede de Recurso Especial, conforme previsto na Súmula 7/STJ. Da mesma maneira, constata-se, que quanto à alegação de impossibilidade, pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), de fiscalização de atividade administrativa, o tribunal local, com base da Resolução 1.342/91 do Conselho Federal de Medicina, decidiu pelo descumprimento dos princípios médicos. Deste modo, ao contrário do que afirma a parte agravante, não sendo possível análise da matéria pela via eleita, tendo em vista que a Corte Superior possui entendimento de que as Portarias, Resoluções e Instruções Normativas não estão inseridas no conceito de lei federal, previstos no art.105, III, a, da CF, para fins de interposição de Recurso Especial.
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