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OAB - Processo do Trabalho

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PROCESSO DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
Inicialmente, cumpre expor que o presente material foi elaborado para proporcionar ao aluno e estudante, que 
está se preparando para prestar a 1ª fase do exame da OAB, um roteiro sintético e objetivo de estudos, 
observando as matérias e discussões mais relevantes no Processo do Trabalho. 
 
Desta maneira, foram reunidas neste livro as correntes doutrinárias e jurisprudenciais mais importantes sobre 
as matérias ora abordadas, com o necessário enfoque e direcionamento dos temas através das questões 
apresentadas nas provas da 1ª fase, bem como a necessária atenção ao entendimento consolidado pelo 
Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Por fim, é preciso esclarecer que este breve estudo não tem a intenção de substituir os livros da doutrina 
clássica, mas apenas buscar ser útil para todos que anseiam, de uma forma simples e rápida, entender um 
pouco mais sobre o Direito e Processo do Trabalho para prestar o exame da OAB. 
 
Bons estudos!!! 
 
Orestes Antonio Nascimento Rebuá Filho 
Advogado e professor. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais com ênfase em Direito Privado pela 
Pontifícia Universidade Católica de Campinas e Pós-graduado lato sensu em Direito e Processo do Trabalho 
com Docência para o Ensino Superior pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professor de Direito e 
Processo do Trabalho nos cursos preparatórios para a OAB e concursos públicos do Proordem Campinas e 
Proordem Goiânia e Coordenador Nacional da Pós-graduação em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho 
da Escola Superior de Direito (ESD). Autor de vários textos jurídicos publicados em periódicos, revistas e 
jornais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ação, Jurisdição e Processo 
 
É certo que os conflitos de interesses entre particulares são inerentes à vida em sociedade. Por este motivo, 
o Estado, visando coibir o exercício da autotutela, isto é, resolução dos conflitos pelas próprias partes, sem a 
interferência de um agente externo, avocou para si a função de ser o mantenedor da paz social. 
 
Assim, em um primeiro momento, o Estado põe a disposição da sociedade o ordenamento jurídico que rege 
determinada sociedade, para que cada uma das partes esteja ciente de seus direitos e obrigações sociais. 
Em segundo plano, o Estado se vê no papel de ser acionado todo momento que existir um conflito de 
interesses, especialmente para definir quem tem o direito, bem como para fazer prevalecer o direito de quem 
merece a proteção da norma jurídica criada. 
 
Podemos conceituar a atividade estatal dirigida à solução desses conflitos como jurisdição, que pode ser 
definido como o poder estatal de solucionar conflitos de interesses pela aplicação da lei ou norma jurídica ao 
caso concreto, concedendo para cada qual o que lhe for devido por justiça ou por força de lei. 
 
Logo, para solução de conflitos através da via jurisdicional é cediço que as partes dependem da utilização de 
um mecanismo pelo qual as pessoas que se sintam prejudicadas possam reclamar perante o Estado-Juiz, 
provocando-o a solucionar o litígio. Neste momento, surge o direito de ação. Desta forma, ação é o direito 
subjetivo público de provocar o exercício da jurisdição em busca da defesa ou tutela de um interesse, ou 
direito, ameaçado ou lesado por outrem. 
 
Uma vez instituído o direito de ação, é imprescindível que também se crie um instrumento, ou até mesmo um 
método, para que as partes exercitem o referido direito e obtenham a tutela jurisdicional. Surge, então, o 
processo, que pode ser definido como o instrumento disciplinado por lei, com regras e normas já 
preestabelecidas, para permitir o exercício da jurisdição pelo Estado. 
 
Desta maneira, o direito processual do trabalho é um sistema de princípios e leis que regulamentam o 
exercício da jurisdição quanto às lides de natureza trabalhista. 
 
Fontes 
 
O processo do trabalho, por estabelecer as normas e regras que definem a prestação jurisdicional no âmbito 
trabalhista, deve abarcar fontes que possam preestabelecer as normas a serem seguidas pelas partes e 
observadas pelo Estado-Juiz. 
 
Pode-se entender fonte como fundamento de validade do direito objetivo, ou melhor, é a própria exteriorização 
desse direito. As fontes do Processo do Trabalho são: Constituição Federal; Leis em sentido genérico 
(materiais e processuais); Disposições regulamentares do Poder Executivo; Disposições regulamentares dos 
órgãos corporativos; Usos e costumes processuais; Jurisprudência (especialmente enunciados de súmulas, 
princípios gerais de direito); Doutrina processual do trabalho, dentre outras. 
http://pt.shvoong.com/tags/trabalho/
http://pt.shvoong.com/tags/fontes/
http://pt.shvoong.com/tags/fonte/
http://pt.shvoong.com/tags/direito/
 
 
 
Ressalta-se que a equidade e analogia não são fontes de direito processual do trabalho, mas tão somente 
métodos integrativos da legislação. 
 
Insta frisar que, conforme disposto pelo artigo 769 da Consolidação das Leis do Trabalho, nos casos omissos 
o direito processual comum (CPC) será fonte subsidiária do processo do trabalho, exceto naquilo em que for 
incompatível com suas normas. 
 
Princípios 
 
Princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas que condicionam todas as 
estruturações subsequentes. São considerados os alicerces de uma dada ciência. 
 
Os princípios processuais podem ser gerais, aplicados a todos os ramos de direito processual, ou então, 
específicos, cuja aplicação encontra-se limitada a um determinado ramo do direito. 
 
O processo do trabalho, além de se inspirar em princípios constitucionais e gerais expostos acima, possui, 
como ciência que é, seus princípios próprios e particulares. 
 
Enquanto os princípios gerais estruturam o tronco comum do processo, dizendo respeito a todos os sistemas 
processuais, as peculiaridades apenas os completam com vistas a cada sistema, responsabilizando-se por 
dar identidade própria a cada ramo interno do processo. 
Senão vejamos: 
 
a) Princípio da oralidade: no processo do trabalho, os atos devem, ao máximo, serem simplificados e 
colhidos oralmente em audiência. Desse princípio decorrem inúmeros sub-princípios, tais como, a identidade 
física do juiz – o juiz que colhe a prova oral deve julgar o processo; imediação – as provas devem ser colhidas 
perante o juiz; simplicidade dos atos processuais – para que a oralidade tenha campo, é preciso que o 
processo não seja rigoroso quanto às formas. 
 
b) Princípio da conciliação obrigatória: o direito do trabalho e também o processo do trabalho procura 
valorizar a vontade das partes e estimular a negociação. Para esse fim, impõe a CLT a obrigatoriedade de 
propostas de conciliação pelo juiz da causa, sob pena de nulidade, podendo as partes a qualquer momento 
encerrar o processo por acordo – artigos 764 e 831 da CLT. 
 
c) Princípio da informalidade: especialmente por causa do jus postulandi o processo do trabalho é 
dotado de instrumentos de simplificação, tais como a possibilidade de reclamação verbal, defesa oral, petição 
inicial mais simplificada que no processo civil, recursos por simples petição (pedido escrito) nos autos, etc. 
 
 
 
d) Princípio do jus postulandi (artigo 791, CLT): é a capacidade que se faculta a própria parte, sem a 
assistência do advogado, exercer diretamente a postulação de suas pretensões perante o Poder Judiciário, 
requerendo, desta forma, a prestação jurisdicional. 
 
e) Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias de imediato: as decisões 
interlocutórias proferidas no processo do trabalho não são passíveis de impugnação através de recurso de 
imediato. Tal adequação visa impedir, tanto quanto possível, interrupções da marcha processual, motivadas 
por recursos opostos pelas partes das decisões do juiz. A matéria fica imune à preclusão, sendo apreciada 
depois, pelo Tribunal. 
 
f) Princípio da concentração dosatos: significa que os atos processuais e toda instrução devem 
resumir-se a um número mínimo de audiências, e, se possível, a uma úncia audiência. 
 
 
Organização da Justiça do Trabalho 
 
Introdução 
 
A Justiça do Trabalho compõe o Poder Judiciário Federal e manifesta-se por meio de seus órgãos, que 
funcionarão perfeitamente coordenados em regime de mútua colaboração, sob a coordenação do Presidente 
do TST – artigo 646 da CLT. 
 
A Justiça Federal (Poder Judiciário da União) brasileira é estruturada sob duas óticas: uma estrutura formada 
por ramos especializados chamada de justiça especializada, na qual somente se apreciam causas específicas 
e uma justiça dita ordinária ou comum, que solucionam todas as controvérsias não específicas (todo o 
remanescente). 
 
A estrutura especializada no Poder Judiciário da União se forma pelas Justiças Eleitoral, Trabalhista e Militar. 
Assim, a Justiça do Trabalho é um ramo especializado do Poder Judiciário Federal que atua especificamente 
na solução de litígios que tenham origem nas relações de trabalho (lato senso). 
 
Cumpre ressaltar duas alterações recentes feitas na Justiça do Trabalho. A primeira trata-se da EC nº 24/99, 
e extinguiu os juízes classistas (que eram juízes representantes de empregados e empregadores indicados 
pelos sindicatos, sem concurso público); posteriormente, houve a EC nº 45/2004, que ampliou a competência 
da Justiça do Trabalho, além de aumentar o número de ministros do TST para 27. 
 
Desta forma, é importante salientar que todas as referências existentes na CLT a partir do artigo 643 a vogais 
ou classistas são tidas como não escritas, à vista da EC nº 24/99, que os extinguiu. 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Advogado
 
 
Órgãos da Justiça do Trabalho 
 
Os órgãos da justiça do trabalho e as regras gerais para delimitação da competência estão nos artigos 111 a 
116 da Constituição Federal. São órgãos da Justiça do Trabalho: 
 
a) O Tribunal Superior do Trabalho – TST; 
b) Os Tribunais Regionais do Trabalho – TRT’s; 
c) Os Juízes do Trabalho; 
 
A Vara do Trabalho não é órgão da Justiça do Trabalho, mas tão somente o local que serve de atuação do 
órgão jurisdicional chamado Juiz do Trabalho. A Constituição Federal afirma expressamente no artigo 111 
que o órgão é o Juiz do Trabalho, enquanto a CLT afirma que a Vara do Trabalho é órgão – artigo 644. No 
entanto, diante da prevalência da norma constitucional, prevalece o disposto no artigo 111: o juiz é órgão da 
Justiça do Trabalho. 
 
 
Competência da Justiça do Trabalho 
 
Conforme já explanado, a Jurisdição é a atividade pela qual o Estado, com eficácia vinculativa plena 
(coerção), soluciona as lides que lhe apresentadas, declarando ou realizando o direito em concreto. 
 
Em outras palavras, é a função (poder-dever) de resolver os conflitos que a ela sejam dirigidos, seja por 
pessoas naturais, jurídicas ou entes despersonalizados (v. g. espólio), em substituição a estes segundo as 
possibilidades normatizadoras do Direito. 
 
No entanto, não seria lógico que todos os membros do judiciário tivessem a possibilidade de resolver todo e 
qualquer litígio – a partir dessa idéia de dividir racionalmente as lides é que surge a noção de competência. 
 
Existem diversas formas de se estabelecer a competência, quais sejam: 
- Valor da causa - segundo o valor econômico da relação jurídica, objeto da demanda. 
- Matéria – segundo a natureza da relação jurídica, objeto da causa. 
- Pessoas – segundo a condição dos sujeitos em lide. 
- Território – segundo o lugar onde se encontram os sujeitos ou o objeto da relação jurídica que constitui 
objeto do processo. 
- Função – segundo a função que o órgão jurisdicional é chamado a exercer em relação a uma determinada 
demanda. 
 
a) competência material: A competência em razão da matéria é fixada tendo em conta a natureza da relação 
jurídica em litígio, que se define pelo pedido e pela causa de pedir (os fatos alegados). 
 
 
 
A competência material da Justiça do Trabalho é definida pelo artigo 114 da Constituição Federal. Senão 
vejamos: 
 
a)ações oriundas da relação de trabalho: com a EC 45/2004, além das ações relacionadas a relação de 
emprego, a Justiça do Trabalho é competente para analisar outras controvérsias decorrentes da relação de 
trabalho em sentido amplo (art. 114, IX, CF). Assim, agora a Justiça do Trabalho não é competente apenas 
para analisar as ações de trabalhador avulso e pequena empreitada, mas também as ações de trabalhador 
autônomo, trabalhador eventual, parceiros, meeiros, arrendatários, etc, exceto as relações de consumo. 
 
b)Trabalhadores dos entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: diz respeito aos trabalhadores empregados pelo regime 
da CLT. 
 
Na ADIn 3395-6 o STF afastou a possibilidade do estatutário ingressar com a ação na Justiça do 
Trabalho. Assim, o estatutário terá que ingressar com a ação na Justiça Estadual Comum. 
 
OBS: SÚMULA 363 DO TST – CONTRATO NULO – EFEITOS 
A CONTRATAÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO, APÓS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, SEM PRÉVIA 
APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO, ENCONTRA ÓBICE NO RESPECTIVO ART. 37, II E §2º, 
SOMENTE LHE CONFERINDO DIREITO AO PAGAMENTO DA CONTRAPRESTAÇÃO PACTUADA, EM 
RELAÇÃO AO NÚMERO DE HORAS TRABALHADAS, RESPEITADO O VALOR DA HORA DO SALÁRIO 
MÍNIMO, E DOS VALORES REFERENTES AOS DEPÓSITOS DO FGTS. 
c)processar e julgar ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e 
entre sindicatos e empregadores: pela nova redação do artigo com a Emenda nº 45, o inciso III permite ações 
dos sindicatos em causa própria. Assim é de competência da Justiça do Trabalho a análise de todos os 
processos que envolva sindicatos, até mesmo eleição sindical. 
 
d)ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes do trabalho: 
OBS1: NOS TERMOS DO ART. 114, INC. VI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, A JUSTIÇA DO 
TRABALHO É COMPETENTE PARA PROCESSAR E JULGAR AÇÕES DE INDENIZAÇÃO POR DANO 
MORAL E MATERIAL, DECORRENTES DA RELAÇÃO DE TRABALHO, INCLUSIVE AS ORIUNDAS DE 
ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇAS A ELE EQUIPARADAS, AINDA QUE PROPOSTAS PELOS 
DEPENDENTES OU SUCESSORES DO TRABALHADOR FALECIDO. (SÚMULA 392 DO TST) 
 
e)ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização: 
com a Emenda 45 a Justiça do Trabalho é competente para analisar as ações onde o empregador foi autuado 
pela fiscalização do Ministério do Trabalho (artigo 114, VII, CF). Desta forma, agora é possível impetrar 
mandado de segurança na Vara do Trabalho para esses processos de penalidades aplicadas de forma 
ilegal/abusiva ao empregador pela fiscalização do trabalho. 
 
 
 
f)executar de ofício as contribuições sociais previstas no art. 195, I, “a” e II, da CF: são as contribuições 
previdenciárias e fiscais das sentenças trabalhistas e serão executadas nos próprios autos pela Justiça do 
Trabalho (art. 114, VIII, CF e artigo 876, parágrafo único da CLT e Súmula 368 do TST)). 
 
g)dissídio coletivo: Com a Emenda 45/2004, além dos sindicatos (art. 857 da CLT), o Ministério Público 
também tem legitimidade para ajuizar dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, em caso de greve em atividade 
essencial com possibilidade de lesão do interesse público (artigo 114, §3º, da CF). 
 
3.INCOMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO: 
a)Acidentes do Trabalho em face do INSS (art. 109, I, CF) visando a concessão de auxílio-acidente: 
competência da Justiça Comum (art. 109, I, CF) 
b)Previdência Social: competência da Justiça Federal para pedidos de benefícios previdenciários comuns. 
c)Relações de consumo: competência da Justiça Comum em virtude do Código de Defesa do Consumidor 
(Lei nº 8.078/90). 
 
 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO: 
(ARTIGO 651 DA CLT) 
 
1.CONCEITO:é aquela fixada para delimitar onde deve ser proposta a ação. 
 
2.REGRAS: 
a)Local da prestação de serviços (art. 651, “caput”, da CLT): é a regra geral da competência territorial. 
 
b)Agente ou viajante (art.651, §1º, da CLT): deve propor ação perante a Vara do Trabalho da agência ou filial 
a que esteja subordinado. Em caso contrário, na Vara do seu domicílio ou a localidade mais próxima. 
 
c)Empregados que trabalham no exterior (art. 651, §2º, da CLT): poderá propor ação no local da sede da 
empresa no Brasil, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em 
contrário. 
OBS: A RELAÇÃO JURÍDICA TRABALHISTA É REGIDA PELA LEI MAIS BENÉFICA AO EMPREGADO 
(ART. 3º DA LEI 7.064/82). 
OBS: O FGTS INCIDE SOBRE TODAS AS PARCELAS DE NATUREZA SALARIAL PAGAS AO 
EMPREGADO EM VIRTUDE DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NO EXTERIOR. (OJ 232 da SDI-1 do TST) 
 
d)Local da prestação de serviços ou da contratação (foro optativo do art. 651, §3º, da CLT): em se tratando 
de empregador que desenvolve atividades em locais diversos é facultado ao empregado propor a ação no 
local da contratação ou da prestação dos serviços. 
 
 
OBS1:.FORO DE ELEIÇÃO: no direito do trabalho inexiste o chamado foro de eleição ou contratual 
(aquele que as partes, livremente, escolhem para a propositura das ações oriundas de direitos e 
obrigações). 
 
OBS2: NAS AÇÕES QUE TENHAM POR OBJETO A RELAÇÃO DE TRABALHO O JUIZ DEVE LEVAR EM 
CONTA A EXISTÊNCIA DO FORO DE ELEIÇÃO, POIS A RELAÇÃO É DE NATUREZA CIVIL (ART. 327 DO 
CÓDIGO CIVIL). 
 
OBS3: INCOMPETÊNCIA RELATIVA: NÃO CABE DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE INCOMPETÊNCIA 
TERRITORIAL NO CASO DO USO, PELO TRABALHADOR, DA FACULDADE PREVISTA NO ART. 651, 
§3º, DA CLT. NESSA HIPÓTESE, RESOLVE-SE O CONFLITO PELO RECONHECIMENTO DA 
COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO LOCAL ONDE A AÇÃO FOI PROPOSTA. (OJ 149 DA SDI-2 DO TST.) 
 
OBS4: PRORROGAR-SE-Á A COMPETÊNCIA RELATIVA SE O RÉU NÃO ALEGAR A INCOMPETÊNCIA 
EM PRELIMINAR DE CONTESTAÇÃO. (ARTIGO 65 DO NCPC). 
 
 
DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA (ARTIGO 791-a DA CLT) 
 
COM A LEI 13.467/17 AO ADVOGADO, AINDA QUE ATUE EM CAUSA PRÓPRIA, SERÃO DEVIDOS 
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA, FIXADOS ENTRE O MÍNIMO DE 5% E O MÁXIMO DE 15% SOBRE 
O VALOR QUE RESULTAR DA LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA, DO PROVEITO ECONÔMICO OBTIDO OU, 
NÃO SENDO POSSÍVEL MENSURÁ-LO, SOBRE O VALOR ATUALIZADO DA CAUSA. (ARTIGO 791-A 
DA CLT) 
 
OBS1: OS HONORÁRIOS SÃO DEVIDOS TAMBÉM NAS AÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA E NAS 
AÇÕES EM QUE A PARTE ESTIVER ASSISTIDA OU SUBSTITUÍDA PELO SINDICATO DE SUA 
CATEGORIA. (ARTIGO 791-A, §1º DA CLT) 
 
OBS2: NA HIPÓTESE DE PROCEDÊNCIA PARCIAL, O JUÍZO ARBITRARÁ HONORÁRIOS DE 
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA, VEDADA A COMPENSAÇÃO ENTRE OS HONORÁRIOS. 
 
OBS3: VENCIDO O BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA, DESDE QUE NÃO TENHA OBTIDO EM 
JUÍZO, AINDA QUE EM OUTRO PROCESSO, CRÉDITOS CAPAZES DE SUPORTAR A DESPESA, AS 
OBRIGAÇÕES DECORRENTES DE SUA SUCUMBÊNCIA FICARÃO SOB CONDIÇÃO SUSPENSIVA DE 
EXIGIBILIDADE E SOMENTE PODERÃO SER EXECUTADAS SE, NOS DOIS ANOS SUBSEQUENTES 
AO TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO QUE AS CERTIFICOU, O CREDOR DEMONSTRAR QUE 
DEIXOU DE EXISTIR A SITUAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS QUE JUSTIFICOU A 
CONCESSÃO DE GRATUIDADE, EXTINGUINDO-SE, PASSADO ESSE PRAZO, TAIS OBRIGAÇÕES DO 
BENEFICIÁRIO. 
 
 
 
OBS4: SÃO DEVIDOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA NA RECONVENÇÃO. 
 
 
8.NULIDADE: artigos 794 e 795 da CLT. 
 
No processo trabalhista as nulidades só ocorrerão se delas resultar manifesto prejuízo às partes. 
 
As nulidades no processo do trabalho devem ser suscitadas pelas próprias partes, devendo arguí-las na 
primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
 
Só excepcionalmente, as nulidades devem ser argüidas ou proclamadas ex officio. (ex: incompetência em 
razão da matéria ou nulidade de citação) 
 
 
9.APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: artigo 769 da CLT. 
 
“Art. 769. Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do 
trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título”. 
 
Assim, são dois os requisitos para a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil: 
 - omissão da legislação trabalhista 
- compatibilidade da norma processual civil com os princípios gerais do processo do trabalho 
 
OBS: NA FASE DE EXECUÇÃO APLICA-SE SUBSIDIARIAMENTE A LEI DE EXECUÇÃO FISCAL 
6.830/80 (ARTIGO 889 DA CLT) 
 
 
10.PRAZOS PROCESSUAIS: 
 
COM A EDIÇÃO DA LEI 13.467/17 OS PRAZOS PROCESSUAIS SERÃO CONTADOS EM DIAS ÚTEIS, 
COM EXCLUSÃO DO DIA DO COMEÇO E INCLUSÃO DO DIA DO VENCIMENTO. (art. 775 da CLT). 
 
OBS1: INTIMADA OU NOTIFICADA A PARTE NO SÁBADO, O INÍCIO DO PRAZO SE DARÁ NO 
PRIMEIRO DIA ÚTIL IMEDIATO E A CONTAGEM, NO SUBSEQUENTE. O RECESSO FORENSE E AS 
FÉRIAS COLETIVAS DOS MINISTROS DO TST SUSPENDEM OS PRAZOS RECURSAIS (SÚMULA 262 
DO TST); 
 
OBS2: SUSPENDE-SE O CURSO DO PRAZO PROCESSUAL NOS DIAS COMPREENDIDOS ENTRE 20 
DE DEZEMBRO E 20 DE JANEIRO, INCLUSIVE. (art.775-A da CLT) 
 
 
 
OBS3: DURANTE A SUSPENSÃO DO PRAZO NÃO SE REALIZARÃO AUDIÊNCIAS NEM SESSÕES DE 
JULGAMENTO. (art.775-A, §2º da CLT) 
 
- a notificação postal (citação) presume-se recebida em 48 horas depois da sua postagem (Súmula 16 do 
TST); 
 
- não havendo acordo na audiência o reclamado terá o prazo de 20 minutos para aduzir a sua defesa (art. 
847 da CLT); 
 
- a parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência. (novo 
parágrafo único do art. 847 da CLT); 
OBS: COM A EDIÇÃO DA LEI 13.467/17 OFERECIDA A CONTESTAÇÃO, AINDA QUE 
ELETRONICAMENTE, O RECLAMANTE NÃO PODERÁ, SEM O CONSENTIMENTO DO RECLAMADO, 
DESISTIR DA AÇÃO. 
 
- encerrada a instrução e antes de o Juiz da Vara prolatar a sentença existe o prazo de 10 minutos para cada 
parte aduzir razões finais (art. 850 da CLT); 
 
- o prazo para os recursos típicos trabalhistas é de 8 dias (recurso ordinário, recurso de revista, agravo de 
petição, agravo de instrumento e embargos para o Pleno-SDI do TST); 
 
- para a Fazenda Pública o prazo para o recurso é em dobro (art. 1º do Decreto-lei nº 779/69); 
 
- entre a data da notificação/citação e da audiência deve ser respeitado o prazo de 5 dias para o reclamado 
preparar a sua defesa (art. 841 da CLT). Para a Fazenda Pública esse prazo é em quádruplo (art. 1º do 
Decreto-lei nº 779/69); 
 
- as custas processuais na fase de conhecimento são pagas pelo vencido no valor de 2% e devem ser pagas 
no prazo do recurso (art. 789 da CLT). Improcedência da ação custas pelo Reclamante. Procedência total ou 
parcial custas pela Reclamada. 
 
- a única hipótese em que é possível o pagamento de custas parciais para cada parte é no acordo; 
 
OSB: AS CUSTAS SERÃO FIXADAS ENTRE O MÍNIMO DE R$ 10,64 E O MÁXIMO DE 4 VEZES O LIMITE 
MÁXIMO DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, INCLUÍDO PELA LEI 
13.467/17. 
 
- as custas na fase de execução são pagas pelo executado ao final do processo (art. 789-A da CLT) em 
valores variáveis; 
 
 
 
- caso o empregado procure a Comissão de Conciliação Prévia, esta terá o prazo de 10 dias para a realização 
da audiência de tentativa de conciliação (art. 625 da CLT); 
 
- COM A EDIÇÃO DA LEI 13.467/17 ELABORADA A CONTA NA EXECUÇÃO E TORNADA LÍQUIDA, O 
JUÍZO DEVERÁ ABRIR ÀS PARTES PRAZO COMUM DE 8 (oito) DIAS PARA IMPUGNAÇÃO 
FUNDAMENTADA COM A INDICAÇÃO DOS ITENS E VALORES OBJETO DA DISCORDÂNCIA, SOB 
PENA DE PRECLUSÃO. (art. 879 da CLT); 
 
- na execução elabora a conta o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) 
dias, sob pena de preclusão; 
 
- transitada em julgado a decisão e notificado o executado para pagamento, este terá 48 horas para garantir 
o Juízo (art. 880 da CLT); 
 
- garantida a execução com pagamento ou penhorados os bens o executado-devedor terá 5 dias para oporembargos à execução e o exequente-credor terá 5 dias para opor a impugnação da sentença de liquidação 
(art. 884 da CLT); 
 
OBS: COM A LEI 13.467/17 PODE-SE AFIRMAR QUE A EXIGÊNCIA DA GARANTIA OU PENHORA PARA 
SE OPOR A SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO (ART.884 DA CLT) NÃO SE APLICA ÀS ENTIDADES 
FILANTRÓPICAS E/OU ÀQUELES QUE COMPÕEM OU COMPUSERAM A DIRETORIA DESSAS 
INSTITUIÇÕES. 
 
OBS: A DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO SOMENTE PODERÁ SER LEVADA A 
PROTESTO, GERAR INSCRIÇÃO DO NOME DO EXECUTADO EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO 
CRÉDITO OU NO BANCO NACIONAL DE DEVEDORES TRABALHISTAS (BNDT), NOS TERMOS DA LEI, 
DEPOIS DE TRANSCORRIDO O PRAZO DE QUARENTA E CINCO DIAS A CONTAR DA CITAÇÃO DO 
EXECUTADO, SE NÃO HOUVER GARANTIA DO JUÍZO. (ART. 883-A DA CLT). 
 
- garantida a execução com a penhora de bens de um estranho, ou seja, aquele que não é o devedor, este 
poderá opor os embargos de terceiro no prazo de até 5 dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa 
particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. (artigo 675 do CPC); 
 
- no inquérito judicial para apuração de falta grave, na ocorrência de suspensão do empregado dirigente 
sindical estável, terá o empregador 30 dias para propor a ação (art. 853 da CLT). Esse prazo é decadencial 
(Súmula 403 do STF); 
 
- as ações rescisórias devem ser propostas em até 2 anos, a contar do trânsito em julgado da decisão (art. 
836 da CLT c/c art. 975 do NCPC/2015). Esse prazo é decadencial (Súmula 100 do TST). 
 
 
OBS: PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO RESCISÓRIA DEVE SER EFETUADO O DEPÓSITO PRÉVIO 
DE 20% DO VALOR DA CAUSA, SALVO BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA (ARTIGO 836 DA CLT). 
 
 
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL 
(ART.800 da CLT ALTERADO PELA LEI 13.467/17) 
 
A EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL DEVE SER APRESENTADA NO PRAZO DE CINCO 
DIAS A CONTAR DA NOTIFICAÇÃO, ANTES DA AUDIÊNCIA E EM PEÇA QUE SINALIZE A EXISTÊNCIA 
DESTA EXCEÇÃO. 
 
PROTOCOLADA A PETIÇÃO, SERÁ SUSPENSO O PROCESSO E NÃO SE REALIZARÁ A AUDIÊNCIA 
ATÉ QUE SE DECIDA A EXCEÇÃO. 
 
OS AUTOS SERÃO IMEDIATAMENTE CONCLUSOS AO JUIZ, QUE INTIMARÁ O RECLAMANTE E, SE 
EXISTENTES, OS LITISCONSORTES, PARA MANIFESTAÇÃO NO PRAZO COMUM DE CINCO DIAS. 
 
SE ENTENDER NECESSÁRIA A PRODUÇÃO DE PROVA ORAL, O JUÍZO DESIGNARÁ AUDIÊNCIA, 
GARANTINDO O DIREITO DE O EXCIPIENTE E DE SUAS TESTEMUNHAS SEREM OUVIDOS, POR 
CARTA PRECATÓRIA, NO JUÍZO QUE ESTE HOUVER INDICADO COMO COMPETENTE. 
 
DECIDIDA A EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL, O PROCESSO RETOMARÁ SEU CURSO, 
COM A DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA, A APRESENTAÇÃO DE DEFESA E A INSTRUÇÃO 
PROCESSUAL PERANTE O JUÍZO COMPETENTE. 
 
OBS1: A DECISÃO QUE ACOLHE A EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL TEM NATUREZA 
INTERLOCUTÓRIA E EM REGRA NÃO CABE RECURSO (ARTIGO 799, §2º DA CLT), PODENDO, NO 
ENTANTO, AS PARTES ALEGÁ-LAS NOVAMENTE NO RECURSO QUE COUBER DA DECISÃO FINAL. 
 
EXCEÇÃO A REGRA ACIMA: CABE RECURSO NA HIPÓTESE DE DECISÃO QUE ACOLHE EXCEÇÃO 
DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL, COM A REMESSA DOS AUTOS PARA TRIBUNAL REGIONAL 
DISTINTO DAQUELE A QUE SE VINCULA O JUÍZO EXCEPCIONADO. (SÚMULA 214 DO TST) 
 
 
DA JUSTIÇA GRATUITA 
(ARTIGO 790 DA CLT - NOVA REGRA - LEI 13.467/17) 
 
§3º - É FACULTADO AOS JUÍZES, ÓRGÃOS JULGADORES E PRESIDENTES DOS TRIBUNAIS DO 
TRABALHO DE QUALQUER INSTÂNCIA CONCEDER, A REQUERIMENTO OU DE OFÍCIO, O BENEFÍCIO 
DA JUSTIÇA GRATUITA, INCLUSIVE QUANTO A TRASLADOS E INSTRUMENTOS, ÀQUELES QUE 
 
 
PERCEBEREM SALÁRIO IGUAL OU INFERIOR A 40% DO LIMITE MÁXIMO DOS BENEFÍCIOS DO 
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. 
 
 
§4º - O BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA SERÁ CONCEDIDO À PARTE QUE COMPROVAR 
INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS PARA O PAGAMENTO DAS CUSTAS DO PROCESSO. 
 
 
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO: 
 
1.PETIÇÃO INICIAL: 
- valor da causa cujo valor ultrapasse 40 salários mínimos. 
 
- a reclamação poderá ser escrita ou verbal e sendo escrita deverá conter a designação do juízo, a 
qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser 
certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu 
representante. (NOVA REDAÇÃO DO ARTIGO 840 DA CLT). 
 
OBS: COM A LEI 13.467/17 OS PEDIDOS QUE NÃO ATENDAM AO DISPOSTO ACIMA SERÃO 
JULGADOS EXTINTOS SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. (§3º DO ARTIGO 840 DA CLT). 
 
2.CITAÇÃO: 
-poderá ser feita em registro postal, oficial de Justiça e edital (art.841 da CLT). 
 
3.AUDIÊNCIA: 
-deverá ser una, mas diante de ações complexas alguns juízes dividem em inicial e instrução. 
 
Ausência das partes à audiência (ARTIGO 844 DA CLT) 
 
-se o reclamante faltar em audiência una ou inicial ocorrerá o arquivamento. 
 
-se a reclamada faltar em audiência una ou inicial ocorrerá a revelia com a consequente pena de 
confissão. 
 
-se faltarem em audiência de instrução (prosseguimento) ocorrerá a confissão (Súmula 74 do TST), 
porém se as 2 partes faltarem na audiência de instrução ocorrerá o julgamento da lide de acordo 
com as regras de ônus da prova (arts.355 e seguintes do NCPC/2015). 
 
- Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao 
empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que 
pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato. 
 
 
 
- preposto da empresa (art. 843, §1º, CLT): É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, 
ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o 
proponente. 
 
OBS: COM A LEI 13.467/17 O PREPOSTO NÃO PRECISA SER EMPREGADO DA EMPRESA. 
 
NOVAS REGRAS DO ARTIGO 844 DA CLT (LEI 13.467/17): 
 
- NA HIPÓTESE DE AUSÊNCIA DO RECLAMANTE NA PRIMEIRA AUDIÊNCIA, ESTE SERÁ 
CONDENADO AO PAGAMENTO DAS CUSTAS, AINDA QUE BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA, 
SALVO SE COMPROVAR, NO PRAZO DE QUINZE DIAS, QUE A AUSÊNCIA OCORREU POR MOTIVO 
LEGALMENTE JUSTIFICÁVEL. 
 
OBS:O PAGAMENTO DAS CUSTAS ACIMA É CONDIÇÃO PARA A PROPOSITURA DE NOVA 
DEMANDA. 
 
- AINDA QUE AUSENTE O RECLAMADO, PRESENTE O ADVOGADO NA AUDIÊNCIA, SERÃO ACEITOS 
A CONTESTAÇÃO E OS DOCUMENTOS EVENTUALMENTE APRESENTADOS. 
 
- A REVELIA NÃO PRODUZ O EFEITO SE: I- HAVENDO PLURALIDADE DE RECLAMADOS, ALGUM 
DELES CONTESTAR A AÇÃO; II- O LITÍGIO VERSAR SOBRE DIREITOS INDISPONÍVEIS; III- A 
PETIÇÃO INICIAL NÃO ESTIVER ACOMPANHADA DE INSTRUMENTO QUE A LEI CONSIDERE 
INDISPENSÁVEL À PROVA DO ATO; E IV- AS ALEGAÇÕES DE FATO FORMULADAS PELO 
RECLAMANTE FOREM INVEROSSÍMEIS OU ESTIVEREM EM CONTRADIÇÃO COM PROVA 
CONSTANTE DOS AUTOS. 
 
4.PROVA TESTEMUNHAL: 
 
-cada parte pode indicar até 3 testemunhas, exceto no inquérito que pode indicar até 6 testemunhas (art. 
821 da CLT). 
 
-as que não comparecerem serão intimadas (art. 825 da CLT), não havendo necessidade de comprovar o 
seu convite. 
OBS1:NO PROCESSO DO TRABALHO NÃO HÁ NECESSIDADE DE ARROLAR AS TESTEMUNHAS 
(art. 825 da CLT). 
OBS2:NÃO TORNA SUSPEITA A TESTEMUNHA O SIMPLES FATO DE ESTAR LITIGANDO OU DE TER 
LITIGADO CONTRA O MESMO EMPREGADOR (SÚMULA 357 DO TST). 
 
5.SENTENÇA: 
-deve conter o relatório, fundamentação e a parte dispositiva (art. 832 da CLT). 
 
 
 
6.RECURSO ORDINÁRIO: 
- após a distribuição no Tribunal passa pelo relator e revisor, sem prazo determinado para liberação. 
 
7. RECURSO DE REVISTA: 
 - caberá em todas as hipóteses das alíneas “a”, “b” e “c” do art. 896 da CLT. 
 
 
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO: 
(ARTIGOS 852-A a 852-I DA CLT) 
 
1.PETIÇÃO INICIAL: 
 
- valor da causa cujo valor não ultrapasse 40 salários mínimos, ficando excluídas as demandas em que é 
parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional (art. 852-A da CLT). 
-o pedido deve ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente (art. 852-B, I, CLT), sob pena de 
arquivamento da ação e condenação em custas sobre o valor da causa. 
 
2.CITAÇÃO: 
 
- não se fará citaçãopor edital (art.852-B, II, da CLT). 
OBS:NÃO CUMPRIDO PELO AUTOR O REQUISITO DO PEDIDO E DA CORRETA LOCALIZAÇÃO DO 
RECLAMADO, SERÁ A RECLAMAÇÃO ARQUIVADA COM A CONDENAÇÃO NAS CUSTAS. 
 
3.AUDIÊNCIA: 
 
-deverá ser una (art. 852-C da CLT). 
-a audiência deve ser realizada em até 15 dias do ajuizamento. 
-ausência do reclamante e do reclamado : AS REGRAS SÃO AS MESMAS! 
 
4.PROVA TESTEMUNHAL: 
 
-cada parte pode indicar até 2 testemunhas (art.852-H, §2º, CLT). 
-as que não comparecerem somente serão intimadas se a parte comprovar que a testemunha foi convidada 
(art.852-H, §3º, CLT). 
OBS1:NO PROCESSO DO TRABALHO NÃO HÁ NECESSIDADE DE ARROLAR AS TESTEMUNHAS 
(art. 852-H, §2º, da CLT). 
OBS2:NÃO TORNA SUSPEITA A TESTEMUNHA O SIMPLES FATO DE ESTAR LITIGANDO OU DE TER 
LITIGADO CONTRA O MESMO EMPREGADOR (SÚMULA 357 DO TST). 
 
5.SENTENÇA: 
 
 
 
-dispensado o relatório (art.852-I da CLT). 
 
6.RECURSO ORDINÁRIO: 
 
-após a distribuição no Tribunal, passa apenas pelo relator, que deverá liberá-lo no prazo máximo de 10 
(dez) dias (art. 895, §1º, II, da CLT). 
7.RECURSO DE REVISTA: 
-só cabe por contrariedade a Súmula de jurisprudência uniforme do TST e violação direta da Constituição 
Federal (art. 896, §9º, CLT). 
OBS:NAS CAUSAS SUJEITAS AO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, A ADMISSIBILIDADE DE 
RECURSO DE REVISTA ESTÁ LIMITADA À DEMONSTRAÇÃO DE VIOLAÇÃO DIRETA A DISPOSITIVO 
DA CF OU CONTRARIEDADE A SÚMULA DO TST OU CONTRARIEDADE A SÚMULA VINCULANTE 
DO STF, NÃO SE ADMITINDO O RECURSO POR CONTRARIEDADE A OJ DO TST, ANTE A AUSÊNCIA 
DE PREVISÃO LEGAL DO ART. 896, §9º, DA CLT (SÚMULA 442 DO TST). 
 
 
RITO SUMÁRIO (RITO DE ALÇADA) 
 
Previsto na Lei 5.584/70 – VALOR DA CAUSA DE ATÉ 2 SALÁRIOS MÍNIMOS - SÓ CABE RECURSO 
POR OFENSA A CF. 
 
 
RECURSOS NO PROCESSO TRABALHISTA: 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: previstos no artigo 897-A da CLT. 
1.Cabem para o mesmo órgão prolator da decisão. 
2.Requisito: existência de omissão ou contradição na decisão (sentença ou acórdão). 
3.Prazo: 5 dias. 
OBS:É EM DOBRO O PRAZO PARA A INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS POR 
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. (OJ 192 DA SDI-1 DO TST) 
4. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes (art. 897, 
§1º, CLT). 
5. Interrompem o prazo para a interposição de outros recursos para ambas as partes, salvo quando 
intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura (art. 897, §3º, CLT). 
6. Nos termos do art. 897-A da CLT e da Súmula 278 do TST admite-se o efeito modificativo da decisão. 
7. Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção 
de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 dias (art. 897, §2º, 
CLT). 
 
 
OBS: É PASSÍVEL DE NULIDADE DECISÃO QUE ACOLHE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM 
EFEITO MODIFICATIVO SEM QUE SEJA CONCEDIDA OPORTUNIDADE DE MANIFESTAÇÃO PRÉVIA À 
PARTE CONTRÁRIA.(OJ 142 da SDI-1 do TST). 
8.Também cabem os embargos de declaração para prequestionamento do Recurso de Revista (Súmula 297 
do TST) e do Recurso Extraordinário (Súmula 356 do STF). 
9. Os embargos de declaração não estão sujeitos a preparo (custas e depósito recursal). 
 
RECURSO ORDINÁRIO: previsto no artigo 895 da CLT. 
1.Cabe das decisões definitivas das Varas do Trabalho em reclamações trabalhistas e das decisões dos 
TRTs em processos de sua competência originária (dissídio coletivo, ação rescisória, mandado de 
segurança e habeas corpus). 
2.Prazo 8 dias (razões e contrarrazões). 
3.Efeito: só devolutivo, admitindo-se a execução provisória através de carta de sentença até a penhora (art. 
899 da CLT). 
4.O recurso ordinário no procedimento sumaríssimo após distribuído no Tribunal deve ser liberado em 10 
dias pelo relator e não tem revisor. 
5. O recurso ordinário como regra geral está sujeito a preparo com o pagamento de custas e depósito 
recursal (artigos 789, §1º e 899, §1º, da CLT e Súmula 245 do TST). 
 
RECURSO DE REVISTA: previsto no artigo 896 da CLT. 
1.Cabe das decisões dos TRTs prolatadas em recursos ordinários, visando uniformizar a jurisprudência 
trabalhista em todo o território nacional. 
2.Requisitos: 
-divergência jurisprudencial de lei federal (com decisões de outros TRTs, da Seção de Dissídios Individuais 
do TST, ou de súmulas do TST, ou de OJ's do TST ou de súmulas vinculantes do STF). 
-divergência jurisprudencial de lei estadual, convenção coletiva, acordo coletivo, sentença normativa ou 
regulamento de empresa. 
-violação direta e literal da Constituição Federal ou de lei federal. 
-das decisões dos TRTs em execução de sentença, inclusive em embargos de terceiro, mas somente na 
hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. 
-no caso de a revista ser interposta em processo sujeito ao rito sumaríssimo, somente é cabível com base 
em violação literal e direta de dispositivo constitucional e com base em contrariedade a súmula do TST ou 
súmula vinculante do STF. 
3.Prazo: 8 dias (razões e contrarrazões). 
4.Efeito: só devolutivo, admitindo-se a execução provisória através de carta de sentença até a penhora (art. 
899 da CLT). 
OBS1: COM A EDIÇÃO DA LEI Nº 13.015/2014 CABE RECURSO DE REVISTA POR VIOLAÇÃO A LEI 
FEDERAL, POR DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL E POR OFENSA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL NAS 
EXECUÇÕES FISCAIS E NAS CONTROVÉRSIAS DA FASE DE EXECUÇÃO QUE ENVOLVAM A 
CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS TRABALHISTAS - CNDT (ART. 896, §10, DA CLT). 
 
 
OBS2: DA DECISÃO QUE DENEGAR SEGUIMENTO AO RECURSO DE REVISTA CABERÁ AGRAVO, 
NO PRAZO DE 8 DIAS (ARTIGO 896, §12, DA CLT). 
OBS3: COM A EDIÇÃO DA LEI Nº 13.015/2014 O TST PODERÁ CRIAR O RITO DOS RECURSOS DE 
REVISTA REPETITIVOS ONDE O PRESIDENTE DO TST OFICIARÁ OS PRESIDENTES DOS TRTs PARA 
QUE SUSPENDAM OS RECURSOS INTERPOSTOS ATÉ O PRONUNCIAMNETO DEFINITIVO DO TST. 
OBS4:SÚMULA 126 DO TST: INCABÍVEL O RECURSO DE REVISTA OU DE EMBARGOS PARA 
REEXAME DE FATOS E PROVAS. ASSIM, SERVE EXCLUSIVAMENTE PARA DISCUSSÕES DE 
QUESTÕES DE DIREITO, OU SEJA, NÃO SE ADMITE PARA DISCUSSÃO DE QUESTÕES FÁTICAS. 
OBS5: O TST NO RECURSO DE REVISTA EXAMINARÁ PREVIAMENTE SE A CAUSA OFERECE 
TRANSCENDÊNCIA COM RELAÇÃO AOS REFLEXOS GERAIS DE NATUREZA ECONÔMICA, POLÍTICA, 
SOCIAL OU JURÍDICA. (ART.896-A) 
COM A EDIÇÃO DA LEI 13.467/17 TEMOS OS INDICADORES DE CADA UMA DELAS: 
I - ECONÔMICA, O ELEVADO VALOR DA CAUSA; 
II - POLÍTICA, O DESRESPEITO DA INSTÂNCIA RECORRIDA À JURISPRUDÊNCIA SUMULADA DO 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO OU DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL; 
III - SOCIAL, A POSTULAÇÃO, POR RECLAMANTE-RECORRENTE, DE DIREITO SOCIAL 
CONSTITUCIONALMENTE ASSEGURADO; 
IV - JURÍDICA, A EXISTÊNCIA DE QUESTÃO NOVA EM TORNO DA INTERPRETAÇÃO DA 
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA. 
 
EMBARGOS DIVERGENTES NO TST: previstos no artigo 894 da CLT. 
1.Cabem das decisões das turmas do TST para a Seção de Dissídios ou Pleno. 
2.Requisitos: 
- das decisões das turmas que divergirem entre si ou que divergirem de OJ ou Súmula do TST ou Súmula 
vinculante do STF. 
3.Prazo: 8 dias (razões e contrarrazões). 
4.Efeito: só devolutivo, admitindo-se a execução provisória através de carta de sentença até a penhora (art. 
899 da CLT). 
5.Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 dias (art. 894, §4º, CLT). 
 
RECURSO EXTRAORDINÃRIO: previsto no artigo 102, III, da Constituição Federal e artigo 1029 do 
NCPC/2015. 
1.Cabe das decisões do TST. 
2.Requisitos: 
-esgotamento das vias recursais trabalhistas. 
-prequestionamento da matéria constitucional. 
-ofensa literal e direta à Constituição. 
3.Prazo: 15 dias (razões e contrarrazões). 
4.Efeito: só devolutivo, admitindo-se a execução provisória até a penhora. 
OBS: COM A EDIÇÃO DA LEI Nº 13.015/2014 o TST PODERÁ CRIAR O RITO DOS RECURSOS 
EXTRAORDINÁRIOS REPETITIVOS ONDE O PRESIDENTE DO TST OFICIARÁ OS PRESIDENTES DOS 
 
 
TRTs E OS PRESIDENTESDA SEÇÃO ESPECIALIZADA PARA QUE SUSPENDAM OS PROCESSOS 
IDÊNTICOS E SERÃO ENCAMINHADOS AP STF, ATÉ O PRONUNCIAMNETO DEFINITIVO (ART. 896, §§ 
14 E 15, DA CLT). 
 
RECURSO ADESIVO: previsto no artigo 997,§2º do NCPC/2015. 
1.É aplicável no processo do trabalho. 
SÚMULA 283 DO TST: o recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho, onde cabe, no prazo de 
8 dias, no recurso ordinário, na revista, nos embargos para o Pleno e no agravo de petição. 
2.Requisitos: 
-perda do prazo para a interposição do recurso principal pela parte. 
-interposição do recurso principal pela outra parte (a decisão deve ser procedente em parte). 
-o recurso adesivo será interposto no mesmo prazo das contra-razões ou contraminuta. 
-perdendo efeito o recurso principal também perde efeito o recurso adesivo. 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO: previsto no artigo 897, “b”, da CLT. 
1.Cabe exclusivamente dos despachos que denegam seguimento a outros recursos. 
2.Requisitos: 
-ao juízo “a quo” é dado rever a decisão agravada em decorrência do chamado juízo de reconsideração ou 
juízo de retratação, hipótese em que o agravo de instrumento fica prejudicado por perda do objeto. 
-o agravante deve formar o instrumento do agravo com as peças obrigatórias previstas no artigo 897, §5º, I, 
da CLT devidamente autenticadas. A autenticação das peças do agravo pode ser feita pelo próprio 
advogado. 
-determinado o processamento do agravo, o agravado deve ser intimado para apresentar sua contraminuta 
e, na mesma oportunidade, as contra-razões do recurso principal. 
-na eventualidade de o Tribunal “ad quem” dar provimento ao agravo de instrumento, a turma 
respectivamente julgará concomitantemente o recurso principal, ou seja, o julgamento dos dois recursos 
será no mesmo acórdão. 
3.Prazo: 8 dias (minuta e contraminuta), mas se o agravo de instrumento for de recurso extraordinário o 
prazo é de 15 dias (art. 1042 do NCPC/2015). 
4.Efeito: somente devolutivo. 
OBS1:É INCABÍVEL RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO DE ACÓRDÃO REGIONAL PROLATADO 
EM AGRAVO DE INSTRUMENTO (SÚMULA 218 DO TST). 
OBS2:COM A EDIÇÃO DA LEI Nº 12.275/2010 NO ATO DE INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO DEVERÁ SER EFETUADO UM DEPÓSITO RECURSAL QUE CORRESPONDERÁ A 50% 
DO VALOR DO DEPÓSITO DO RECURSO AO QUAL SE PRETENDE DESTRANCAR. 
OBS3: COM A EDIÇÃO DA LEI Nº 13.015/2014 QUANDO O AGRAVO DE INSTRUMENTO TEM A 
FINALIDADE DE DESTRANCAR RECURSO DE REVISTA QUE SE INSURGE CONTRA DECISÃO QUE 
CONTRARIA A JURISPRUDÊNCIA UNIFORME DO TST, CONSUBSTANCIADA NAS SUAS SÚMULAS 
OU EM ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL, NÃO HAVERÁ OBRIGATORIEDADE DE SE EFETUAR O 
DEPÓSITO DE 50% REFERIDO NO §7º (ART. 899, §8º, DA CLT) 
 
 
OBS: É IRRECORRÍVEL A DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR QUE, EM AGRAVO DE 
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA, CONSIDERAR AUSENTE A TRANSCENDÊNCIA DA 
MATÉRIA.(ARTIGO 896-A, §5º DA CLT) 
 
AGRAVO DE PETIÇÃO: previsto no artigo 897, “a”, da CLT. 
1.Cabe das decisões definitivas dos juízes das Varas do Trabalho em processo de execução de sentença. 
2.Prazo: 8 dias (minuta e contraminuta). 
3.Efeito: devolutivo e suspensivo. A suspensão ocorrerá somente na parte incontroversa das matérias e dos 
valores impugnados. 
OBS:NOS TERMOS DO PARÁGRAFO 1º, PARA QUE O RECURSO SEJA ADMITIDO DEVE SER 
DELIMITADA A MATÉRIA A SER ALEGADA NO MÉRITO DO RECURSO E OS VALORES IMPUGNADOS. 
4.Das decisões de agravo de petição caberá o Recurso de Revista somente na hipótese de ofensa direta e 
literal à Constituição Federal (artigo 896, §2º, da CLT). 
 
CORREIÇÃO PARCIAL: prevista nos artigos 682 e 709 da CLT. 
Não é um recurso, mas medida disciplinar destinada a sanar tumultos processuais e erros, quando não 
existirem recursos específicos. Prazo de 5 dias da data do ato. 
 
MANDADO DE SEGURANÇA: Artigo 5º, LXIX, da CF e Lei nº 12.016/09. 
É remédio jurídico destinado à garantia de direitos pessoais líquidos e certos contra ilegalidade e abuso de 
poder praticado por Juiz, Ministro ou Serventuário da Justiça Trabalhista (competência originária dos TRT’s); 
e ainda contra Atos do Ministério do Trabalho e Emprego, desde que não haja recurso específico, nesta 
hipótese a competência para receber o MS é dos Juízes das Varas. 
 
SITUAÇÕES MAIS COMUNS: 
• antecipação da tutela ou deferimento de liminar antes da sentença (artigo 5º, inciso LV, da CF e 
Súmula 414, II, do TST). 
• exigência de que a parte pague honorários prévios para realização da perícia (artigo 790-B da CLT 
e OJ 98 da SDI-2 do TST). 
• penhora de conta salário – fere direito líquido e certo (Orientação Jurisprudencial nº 153 da SDI-2 
do TST e artigo 833, IV do CPC). 
PRAZO: 120 dias do ato coator. Esse prazo é DECADENCIAL. 
OBS1: DA DECISÃO DO TRT EM MANDADO DE SEGURANÇA CABERÁ RECURSO ORDINÁRIO PARA 
O TST (ARTIGO 895, II da CLT). 
OBS2: DA DECISÃO DA VARA EM MANDADO DE SEGURANÇA CABERÁ RECURSO ORDINÁRIO PARA 
O TRT (ARTIGO 895, I DA CLT) E APÓS RECURSO DE REVISTA PARA O TST (ARTIGO 896 DA CLT). 
 
 
 
 
NOVAS REGRAS DA LEI 13.467/17 SOBRE O DEPÓSITO RECURSAL PARA OS RECURSOS 
TRABALHISTAS (ARTIGO 899 DA CLT) 
 
§9º. O VALOR DO DEPÓSITO RECURSAL SERÁ REDUZIDO PELA METADE PARA ENTIDADES SEM 
FINS LUCRATIVOS, EMPREGADORES DOMÉSTICOS, MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS, 
MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. 
§10. SÃO ISENTOS DO DEPÓSITO RECURSAL OS BENEFICIÁRIOS DA JUSTIÇA GRATUITA, AS 
ENTIDADES FILANTRÓPICAS E AS EMPRESAS EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL. 
§11. O DEPÓSITO RECURSAL PODERÁ SER SUBSTITUÍDO POR FIANÇA BANCÁRIA OU SEGURO 
GARANTIA JUDICIAL. 
 
 
NOVAS REGRAS DA LEI 13.467/17 SOBRE HONORÁRIOS PERICIAIS 
(ARTIGO 790-B DA CLT) 
 
A RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS É DA PARTE 
SUCUMBENTE NA PRETENSÃO OBJETO DA PERÍCIA, AINDA QUE BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA 
GRATUITA. 
 
AO FIXAR O VALOR DOS HONORÁRIOS PERICIAIS, O JUÍZO DEVERÁ RESPEITAR O LIMITE MÁXIMO 
ESTABELECIDO PELO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO. 
 
O JUÍZO PODERÁ DEFERIR PARCELAMENTO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS. 
 
O JUÍZO NÃO PODERÁ EXIGIR ADIANTAMENTO DE VALORES PARA REALIZAÇÃO DE PERÍCIAS. 
OBS: CABE MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO A REALIZAÇÃO DA PERÍCIA SEM PAGAR NADA 
(Orientação Jurisprudencial nº 98 da SDI-2 do TST) 
 
SOMENTE NO CASO EM QUE O BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA NÃO TENHA OBTIDO EM 
JUÍZO CRÉDITOS CAPAZES DE SUPORTAR A DESPESA REFERIDA NO CAPUT, AINDA QUE EM 
OUTRO PROCESSO, A UNIÃO RESPONDERÁ PELO ENCARGO. 
 
 
 
PRESCRIÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO: 
 
- bienal: até 2 anos para ajuizar a Reclamação após a extinção do contrato (art. 7º, XXIX da CF, artigo 11 da 
CLT e Súmula 308 do TST). 
 
- qüinqüenal: somente recebe direitos dos últimos 5 anos a partir do ajuizamento da reclamação (art. 7º, XXIX 
da CF, artigo 11 da CLT e Súmula 308 do TST). 
 
 
 
OBS1: A PRESCRIÇÃO DEVE SER ALEGADA NA FASE ORDINÁRIA, OU SEJA, ATÉ O RECURSO 
ORDINÁRIO (SÚMULA 153 DO TST). 
 
OBS2: TRATANDO-SE DE PRETENSÃO QUE ENVOLVA PEDIDO DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS 
DECORRENTE DE ALTERAÇÃO OU DESCUMPRIMENTO DO PACTUADO, A PRESCRIÇÃO É TOTAL, 
EXCETO QUANDO O DIREITO À PARCELA ESTEJA TAMBÉM ASSEGURADO POR PRECEITO DE LEI. 
(ARTIGO 11, §2º DA CLT - LEI 13.467/17 E SÚMULA 294 DO TST) 
 
OBS3: A TRANSFERÊNCIA DO REGIME JURÍDICO DE CELETISTA PARA ESTATUTÁRIO IMPLICA 
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO, FLUINDO O PRAZO DA PRESCRIÇÃO BIENAL A PARTIR 
DA MUDANÇA DE REGIME. (SÚMULA 382 DO TST) 
 
OBS4: PRESCRIÇÃO DO FGTS (SÚMULA 362 DO TST): 
 
I – PARA OS CASOS EM QUE A CIÊNCIA DA LESÃO OCORREU A PARTIR DE 13.11.2014, É 
QUINQUENAL A PRESCRIÇÃO DO DIREITO DE RECLAMAR CONTRA O NÃO-RECOLHIMENTO DE 
CONTRIBUIÇÃO PARA O FGTS, OBSERVADO O PRAZO DE DOIS ANOS APÓS O TÉRMINO DO 
CONTRATO; 
 
II – PARA OS CASOS EM QUE O PRAZO PRESCRICIONAL JÁ ESTAVA EM CURSO EM 13.11.2014, 
APLICA-SE O PRAZO PRESCRICIONAL QUE SE CONSUMAR PRIMEIRO: TRINTA ANOS, CONTADOS 
DO TERMO INICIAL, OU CINCO ANOS, A PARTIR DE 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF).OBS5: AS AÇÕES PARA RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO SÃO IMPRESCRITÍVEIS 
(ARTIGO 11, PARÁGRAFO 1º, DA CLT). 
 
OBS6: NÃO CORRE PRESCRIÇÃO CONTRA O MENOR DE 18 ANOS (ART. 440 DA CLT). 
 
OBS7: A INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO SOMENTE OCORRERÁ PELO AJUIZAMENTO DE 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, MESMO QUE EM JUÍZO INCOMPETENTE, AINDA QUE VENHA A SER 
EXTINTA SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, PRODUZINDO EFEITOS APENAS EM RELAÇÃO AOS 
PEDIDOS IDÊNTICOS. (ARTIGO 11, §3º DA CLT - LEI 13.467/17 E SÚMULA 268 DO TST). 
 
OBS8: O AJUIZAMENTO DO PROTESTO JUIDICIAL (ART.240 DO NCPC/2015) É MEDIDA APLICÁVEL 
NO PROCESSO DO TRABALHO E INTERROMPE A PRESCRIÇÃO TRABALHISTA (OJ 392 DA SDI-1 DO 
TST). 
 
OBS9: COM A PROVOCAÇÃO DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA O PRAZO PRESCRICIONAL 
SERÁ SUSPENSO, RECOMEÇANDO A FLUIR, PELO QUE LHE RESTA, A PARTIR DA TENTATIVA 
 
 
FRUSTRADA DE CONCILIAÇÃO OU DO ESGOTAMENTO DO PRAZO DE 10 DIAS (ARTIGO 625-G DA 
CLT). 
 
OBS10: A SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO, EM VIRTUDE DA PERCEPÇÃO DO AUXÍLIO-
DOENÇA OU DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, NÃO IMPEDE A FLUÊNCIA DA PRESCRIÇÃO 
QUINQUENAL, RESSALVADA A HIPÓTESE DE ABSOLUTA IMPOSSIBILIDADE DE ACESSO AO 
JUDICIÁRIO (OJ 375 DA SDI-1 DO TST). 
 
OBS11: OCORRE A PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO PROCESSO DO TRABALHO NO PRAZO DE 
DOIS ANOS. (ARTIGO 11-A DA CLT - LEI 13.467/17 E SÚMULA 327 DO STF) 
 
- A FLUÊNCIA DO PRAZO PRESCRICIONAL INTERCORRENTE INICIA-SE QUANDO O EXEQUENTE 
DEIXA DE CUMPRIR DETERMINAÇÃO JUDICIAL NO CURSO DA EXECUÇÃO (§1º), PELA PRAZO DE 2 
ANOS (SÚMULA 150 DO STF). 
 
- A DECLARAÇÃO DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE PODE SER REQUERIDA OU DECLARADA DE 
OFÍCIO EM QUALQUER GRAU DE JURISDIÇÃO (§2º).

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