Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Comunidades Imaginadas – Benedict Anderson (1983) Tese do autor: “comunidades nacionais como produto de um processo de construção política, social e cultural que tem como resultado a produção de um vínculo imaginário dos cidadãos com seus semelhantes nos contornos do Estado-nação. · Imaginação não como algo fictício, oposto ao real. Anderson se propõe investigar as bases materiais da imaginação (campo da construção de repertório simbólico, criação) para compreender como se forma uma comunidade nacional. Ou, em outros termos, as raízes culturais do nacionalismo. Contexto de produção do trabalho: · Revoluções nacionais de credenciais marxistas na China, Vietnã e Camboja. “Desde a Segunda Guerra Mundial, toda revolução triunfante se definiu em termos nacionais: A República Popular da China, a República Socialista do Vietnã, etc. Por outro lado, o fato de a União Soviética compartilhar com o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte a particular distinção de ocultar a nacionalidade em seu nome sugere que é tanto a herdeira dos Estados dinásticos pré-nacionais do século XXI, como a precursora de uma ordem internacionalista do século XXI.” p.18 · Diálogo teórico: Anderson concorda com Hobsbawm ao afirmar que “os movimentos e os Estados marxistas tenderam a tornar-se nacionais, não só em sua forma, como também em sua substância, ou seja, nacionalistas.” p.19 · Anderson identifica lacunas teóricas no campo de seu objeto. Algumas questões introdutórias: · Parte da seguinte questão: nacionalidade, "qualidade de Nação", bem como o nacionalismo, são artefatos culturais de uma classe particular. · Por que esses artefatos culturais particulares geraram apegos tão profundos? · Propõe, num primeiro momento, tratar o nacionalismo não como uma ideologia. Mas na mesma categoria do parentesco e da religião, não no liberalismo ou fascismo. Portanto, como uma filiação. · Definição de nação de BA: “uma comunidade política imaginada como inerentemente limitada e soberana” limitada = fronteiras definidas. Soberana = “As nações sonham em ser livres. [...] A garantia e o emblema dessa liberdade é o Estado soberano.” Comunidade = a nação se concebe sempre como um companheirismo profundo e horizontal. · A essência de uma nação está em que todos os indivíduos tenham muitas coisas em comum e também que todos tenham esquecido muitas coisas. “Es imaginada porque aun los miembros de la nación más pequeña no conocerán jamás a la mayoría de sus compatriotas, no los verán ni oirán siquiera hablar de ellos, pero en la mente de cada uno vive la imagen de su comunión.” (p.23) I – As raízes culturais · Preocupação com a questão da morte, o autor menciona os cenotáfios e as tumbas dos Soldados Desconhecidos vazias de restos mortais e cheias de construções e ideias nacionais. Anderson faz então uma sugestão de uma forte afinidade com imaginações/construções e ideias religiosas, por essa preocupação com a morte e a imortalidade. · Ideia de continuidade do imaginário religioso || Século XVIII, ascensão do secularismo nacionalista e crepúsculo dos modos de pensamento religioso. · “Se geralmente se concebe os estados nacionais como novos e históricos, as nações, que os da expressão política presumem sempre um passado imemorial, y vislumbram um futuro ilimitado, o que é ainda mais importante. A magia do nacionalismo é a conversão do azar em destino. Poderíamos dizer como Debray: ‘Sim, é inteiramente acidental que eu tenha nascido francês; mas depois de tudo a França é eterna’”. A comunidade religiosa · Pertença a uma comunidade clássica ou comunidade religiosa a partir de uma língua escrita comum. · As concepções fundamentais acerca dos “grupos sociais” eram internas e hierárquicas, antes que orientadas para as fronteiras e horizontais. · “O poder do papado em seu apogeu só pode ser compreendido em termos de um clero transeuropeu que escrevia em latim e uma concepção de mundo compartilhada virtualmente por todos, no sentido de que a intelligentsia bilíngue ao mediar entre a língua vernácula e o latim, mediava entre a terra e o céu.” · Diminuição das publicações em latim na Europa a partir de 1575 em favor das publicações em línguas vernáculas. · Segundo Anderson, “a derrocada do latim era exemplo de um processo mais amplo, em que as comunidades sagradas, integradas por antigas línguas sagradas, gradualmente se fragmentavam, pluralizavam e territorializavam” Comunidades Imaginadas – Benedict Anderson (1983) Tese do autor : “comunidades nacionais como produto de um processo de construção política, social e cultural que tem como resultado a produção de um vínculo imaginário dos cidadãos com seus semelhantes nos contornos do Estado - nação. · Imaginação não como algo fictício, oposto ao real. Anderson se propõe investigar as bases materiais da imaginação ( campo da construção de repertório simbólico , criação ) para compreender como se forma uma comunida de nacional. Ou, em outros termos, as raízes culturais do nacionalismo. Contexto de produção do trabalho: · Revoluções nacionais de credenciais marxistas na China, Vietnã e Camboja . “Desde a Segunda Guerra Mundial, toda revolução triunfante se definiu em te rmos nacionais : A República Popular da China, a República Socialista do Vietnã, etc. Por outro lado, o fato de a União Soviética compartilhar com o Reino Unido da Grã - Bretanha e Irlanda do Norte a particular distinção de ocultar a nacionalidade em seu nom e sugere que é tanto a herdeira dos Estados dinásticos pré - nacionais do século XXI, como a precursora de uma ordem internacionalista do século XXI.” p.18 · Diálogo teórico: Anderson concorda com Hobsbawm ao afirmar que “os movimentos e os Estados marxistas t enderam a tornar - se nacionais , não só em sua forma, como também em sua substância, ou seja, nacionalistas.” p.19 · Anderson identifica lacunas teóricas no campo de seu objeto. Algumas questões introdutórias: · Parte da seguinte questão: nacionalidade, "qualid ade de Nação", bem como o nacionalismo, são artefatos culturais de uma classe particular. · Por que esses artefatos culturais particulares geraram apegos tão profundos ? · Propõe, num primeiro momento, tratar o nacionalismo não como uma ideologia. Mas na mesma categoria do parentesco e da religião, não no liberalismo ou fascismo. Portanto, como uma filiação . · Definição de nação d e BA: “uma comunidade política imaginada como inerentemente limitada e soberana” limitada = fronteiras definidas. Soberana = “As naçõe s sonham em ser livres. [...] A garantia e o emblema dessa liberdade é o Estado soberano.” Comunidade = a nação se concebe sempre como um companheirismo profundo e horizontal. · A essência de uma nação está em que todos os indivíduos tenham muitas coisas em comum e também que todos tenham esquecido muitas coisas. “ Es imaginada porque aun los miembros de la nación más pequeña no conocerán jamás a la mayoría de sus compatriotas, no los verán ni oirán siquiera hablar de ellos, pero en la mente de cada uno vive la imagen de su comunió n. ” (p.23) Comunidades Imaginadas – Benedict Anderson (1983) Tese do autor: “comunidades nacionais como produto de um processo de construção política, social e cultural que tem como resultado a produção de um vínculo imaginário dos cidadãos com seus semelhantes nos contornos do Estado-nação. Imaginação não como algo fictício, oposto ao real. Anderson se propõe investigar as bases materiais da imaginação (campo da construção de repertório simbólico, criação) para compreender como se forma uma comunidade nacional. Ou, em outros termos, as raízes culturais do nacionalismo. Contexto de produção do trabalho: Revoluções nacionais de credenciais marxistas na China, Vietnã e Camboja. “Desde a Segunda Guerra Mundial, toda revolução triunfantese definiu em termos nacionais: A República Popular da China, a República Socialista do Vietnã, etc. Por outro lado, o fato de a União Soviética compartilhar com o Reino Unido da Grã- Bretanha e Irlanda do Norte a particular distinção de ocultar a nacionalidade em seu nome sugere que é tanto a herdeira dos Estados dinásticos pré-nacionais do século XXI, como a precursora de uma ordem internacionalista do século XXI.” p.18 Diálogo teórico: Anderson concorda com Hobsbawm ao afirmar que “os movimentos e os Estados marxistas tenderam a tornar-se nacionais, não só em sua forma, como também em sua substância, ou seja, nacionalistas.” p.19 Anderson identifica lacunas teóricas no campo de seu objeto. Algumas questões introdutórias: Parte da seguinte questão: nacionalidade, "qualidade de Nação", bem como o nacionalismo, são artefatos culturais de uma classe particular. Por que esses artefatos culturais particulares geraram apegos tão profundos? Propõe, num primeiro momento, tratar o nacionalismo não como uma ideologia. Mas na mesma categoria do parentesco e da religião, não no liberalismo ou fascismo. Portanto, como uma filiação. Definição de nação de BA: “uma comunidade política imaginada como inerentemente limitada e soberana” limitada = fronteiras definidas. Soberana = “As nações sonham em ser livres. [...] A garantia e o emblema dessa liberdade é o Estado soberano.” Comunidade = a nação se concebe sempre como um companheirismo profundo e horizontal. A essência de uma nação está em que todos os indivíduos tenham muitas coisas em comum e também que todos tenham esquecido muitas coisas. “Es imaginada porque aun los miembros de la nación más pequeña no conocerán jamás a la mayoría de sus compatriotas, no los verán ni oirán siquiera hablar de ellos, pero en la mente de cada uno vive la imagen de su comunión.” (p.23)
Compartilhar