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UVAS42-3245Manejo-para-producao-de-uvas-de-clima-temperado-no-Brasil-jdzwnp(2)

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AGRONOMIA
NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
MANEJO PARA PRODUÇÃO DE UVAS DE CLIMA TEMPERADO NO BRASIL
Cidade
2022
NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
MANEJO PARA PRODUÇÃO DE UVAS DE CLIMA TEMPERADO NO BRASIL
Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas norteadoras do semestre letivo.
Tutor (a): XXXXXX
Cidade
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	5
2.1 GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS E ANIMAIS	5
2.2 FITOPATOLOGIA APLICADA	6
2.3 AGROMETEOROLOGIA	10
2.4 FRUTICULTURA	15
2.5 CONSTRUÇÕES RURAIS	16
3 CONCLUSÃO	26
	
1 INTRODUÇÃO
A proposta de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG) terá como temática o “Manejo para produção de Uvas de clima temperado no Brasil”. Esta temática visa trabalhar de forma interdisciplinar os conteúdos das disciplinas do semestre corrente, demonstrando a relação prática das disciplinas nas atividades que serão desenvolvidas no cotidiano profissional de um Agrônomo.
A videira pertence ao gênero Vitis, que compreende mais de 60 espécies selvagens interférteis distribuídas na Ásia, na América do Norte e na Europa, sob condições climáticas temperadas, subtropicais, mediterrâneas e continentais. Entre as diferentes espécies existentes, algumas atraem interesse econômico, pois possuem frutos com características para o consumo in natura ou para a elaboração de vinhos e sucos.
Videira é o substantivo usado para designar as espécies botânicas do gênero Vitis (família das vitáceas) que produzem frutos (uvas), dentre as quais duas ganharam maior expressão econômica no mundo: Vitis vinifera – de origem europeia, cujos frutos são classificados como “uvas finas” por apresentarem maiores teores de açúcares, utilizados para consumo in natura, vinhos e outros subprodutos – e Vitis labrusca – de origem norte-americana, cujos frutos são classificados como “comuns” ou “rústicos”, por apresentarem menores teores de açúcares, todavia de manejo mais fácil e mais resistentes ao cultivo em clima tropical. Outras variedades rústicas norte-americanas com importância no Brasil são Vitis bourquina e Vitis aestivalis, utilizadas principalmente na produção de cultivares híbridas.
O termo “vitivinicultura” designa o vasto campo do cultivo e do estudo da videira, abrangendo a viticultura – ou seja, o cultivo da uva para o consumo de frutos in natura, fabricação de sucos, doces, uva-passa etc. – e a vinicultura – focada na produção de bebidas, como vinhos e destilados. É possível haver produtores dedicados aos dois ou a apenas um dos ramos do segmento.
O Brasil possui características climáticas favoráveis, em grande parte de suas regiões, ao aparecimento de doenças em vinhedos que podem afetar diferentes processos fisiológicos da planta e, por consequência, a produção e/ou a qualidade dos frutos produzidos.
Entre os problemas econômicos que as doenças de plantas podem acarretar, estão as perdas de produção de uma lavoura agrícola ou o aumento de custos para controle de doenças. Além das doenças, as mudanças climáticas, também tem contribuído na redução de produção. O melhoramento genético das plantas é uma das principais ferramentas utilizadas para evitar perdas na produção, seja com materiais resistentes às doenças e pragas, seja com tolerância ao estresse hídrico, ou buscando qualidade na composição química dos produtos agrícolas.
Partindo desse pressuposto, este trabalho elabora, através de levantamento bibliográfico, uma pesquisa acadêmica com informações sobre como o melhoramento genético pode contribuir para o controle de doenças e outras características importantes para a cultura, relacionando, em sequência, as doenças Míldio e Oídio e o manejo para o controle destas; verifica-se, também, a influência das condições climáticas na produção de Uvas e apresenta-se um sistema de condução de videiras, que por sua vez, exerce influência significativa no desenvolvimento vegetativo da planta, em sua produtividade e na qualidade dos frutos. Já o uso de porta-enxertos com espécies de origem americana na viticultura é prática obrigatória, devido à suscetibilidade das videiras europeias e americanas– utilizadas como “copa” – à praga filoxera (Daktulosphaira vitifoliae); portanto, verifica-se os fatores que interferem na propagação de mudas de Uvas.
Estas etapas estão presentes no Capítulo II – Desenvolvimento.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS E ANIMAIS
O uso de variedades resistentes, obtidas por meio de melhoramento genético, representa uma alternativa para o controle integrado do míldio na videira. Atualmente são propostos na literatura pelo menos 16 genes candidatos envolvidos no controle da resistência ao míldio, identificados pelas iniciais Rpv (Resistance to Plasmopara viticola) e sequencialmente numerados: Rpv1 a Rpv16.
Uma observação muito valiosa para o desenvolvimento de cultivares resistentes de videira é que quando algumas fontes ou genes de resistência ao míldio são combinadas em um só genótipo ou cultivar, os efeitos de cada um podem ser “somados”. Os efeitos aditivos dos locos Rpv1 e Rpv3 já descritos em diversos trabalhos científicos. Para esses genes, a resistência se dá através dos alelos dominantes.
Um determinado programa de melhoramento genético de videiras conta com um grande banco de germoplasma com diversas linhagens que podem ser utilizadas para a produção de novas variedades. Através da caracterização das linhagens resistentes ao míldio, descobriu-se que a linhagem VV064 possui o gene de resistência Rpv1 e a linhagem VV153 possui o gene de resistência Rpv3.
Visando desenvolver uma nova variedade de videira que possua os genes Rpv1 e Rpv3, o melhorista responsável por esse programa de melhoramento decidiu fazer um cruzamento entre as variedades VV064 e VV153 buscando reunir em uma mesma linhagem os dois genes para resistência ao míldio.
Dessa forma, realizando o cruzamento entre linhagens puras de VV064 e VV153, as probabilidades de se obter linhagens puras com os genes de resistência são dadas por:
Tabela 1: Porcentagem média dos genes do parental recorrente e doador durante as sucessivas retrocruzada. 
Fonte: adaptado de UFPR.
2.2 FITOPATOLOGIA APLICADA
A vitivinicultura brasileira é uma atividade importante para a sustentabilidade da pequena propriedade no Brasil, que tem se tornado igualmente relevante no que se refere ao desenvolvimento de algumas regiões, grandes empreendimentos envolvidos no ramo também contribuem com a geração de emprego, tanto na produção de uvas de mesa e uvas para processamento. Entretanto, esta cultura apresenta elevada sensibilidade a patógenos que podem afetar negativamente à produção da cultura da videira, destacando-se os ligados às doenças. Durante todo o ciclo da cultura – desde a poda, passando pela colheita até a queda das folhas –, as videiras podem ser acometidas por diversas doenças.
O Brasil possui características climáticas favoráveis, em grande parte de suas regiões, ao aparecimento de doenças em vinhedos que podem afetar diferentes processos fisiológicos da planta e, por consequência, a produção e/ou a qualidade dos frutos produzidos.
Faça um estudo sobre o “Manejo fitossanitário para o controle de Míldio e Oídio na Viticultura”. Neste estudo, identificar a etiologia e disseminação da doença, verificar quais as condições climáticas favoráveis para a ocorrência da doença e descrever o manejo para controle da doença.
2.2.1 Manejo fitossanitário para o controle de Míldio e Oídio na Viticultura
2.2.1.1 Míldio
O míldio, causado pelo oomiceto Plasmopara viticola, é uma das doenças mais destrutivas que atacam a videira (GARRIDO; SÔNEGO, 2002).
Ataca todos os órgãos verdes e tenros da planta, tais como ramos, brotos, flores, bagas e, principalmente, as folhas, nas quais, inicialmente, aparecem manchas encharcadas, que vistas contra a luz dão a impressãode mancha de óleo. Posteriormente, essas manchas apresentam um crescimento pulverulento de cor branca, na face interior da folha. Em condições favoráveis, os ataques podem ser intensos, provocando a desfolha generalizada das plantas, a deformação dos ramos, a seca e queda das flores. As bagas ficam recobertas por um pó branco constituído de frutificações do patógeno. O agente causal é um parasita obrigatório, isto é, sobrevive apenas quando associado ao hospedeiro (NOGUEIRA et al., 2017).
As condições climáticas ótimas para o desenvolvimento do míldio consistem em temperaturas entre 20 °C e 25 °C e ocorrência de água livre por um tempo mínimo de 2 horas. A alta umidade relativa é condição indispensável, enquanto temperaturas mais altas podem reduzir o tempo necessário para ocorrência da infecção (GARRIDO; SÔNEGO, 2002; ANGELOTTI et al., 2014; ANGELOTTI et al., 2017).
De acordo com Nogueira et al. (2017), a forma de condução baixa dos vinhedos, com vegetação densa e irrigação são fatores favoráveis ao aparecimento da doença, pois proporcionam um microclima ideal para o desenvolvimento do patógeno.
A reprodução sexuada no míldio é bem caracterizada em regiões de clima temperado, onde a videira passa por um período de repouso durante o inverno, perdendo as folhas. Nestas condições, o ciclo sexual ocorre no final do verão e durante o outono, quando são formadas as estruturas sexuadas denominadas de oósporos. É sob esta forma que o patógeno resistirá ao inverno, estação na qual a videira está em dormência. No início da primavera, sob condições de temperatura e umidade favoráveis, os oósporos germinam, originando os focos primários que darão origem às populações de P. viticola, responsáveis pelo desenvolvimento da doença durante aquela safra. A germinação dos oósporos, portanto, resulta na observação dos primeiros sintomas, marcando o início de um novo ciclo da doença, em regiões temperadas (ANJOS, 2013; SANTOS et al., 2020; SÔNEGO et al., 2005).
O controle, segundo Nogueira et al. (2017), deve ser feito baseando-se nos seguintes passos:
- Quando possível optar por cultivares com algum nível de resistência. De modo geral, as cultivares americanas e seus híbridos são menos suscetíveis que as europeias.
- Instalar o vinhedo em áreas livres de acúmulo de umidade, neblinas, fontes de água, etc.
- Utilizar adubações equilibradas evitando sempre o excesso de nitrogênio. Tecidos tenros são mais suscetíveis à doença.
- Evitar plantios adensados e realizar podas adequadas, de forma a conter o acúmulo de umidade nas folhas e frutos, bem como facilitar a circulação de ar entre as plantas.
- Fazer uso de tratamento de inverno (calda sulfo-cálcica).
- Eliminar e destruir restos da cultura.
- Em cultivos protegidos, favorecer a circulação de ar no interior das estufas.
- Utilizar os fungicidas: calda bordalesa, oxicloreto de cobre, hidróxido de cobre, clorotalonil, captana, folpete, ditianon, mancozebe sulfato de cobre + cal virgem (calda bordalesa), manebe, metalaxil, benalaxil, cimoxanil, famoxadana, fenamidona, piraclostrobina, azoxistrobina, dimetomorfe, ciazofamida e fluopicolide, alterando sempre produtos sistêmicos com os de contato. Sempre observar se o registro do produto está atualizado.
- Aplicação preventiva de fosfitos. Registrados como fertilizantes, os fosfitos apresentam propriedades sistêmicas e caracterizam-se por estimular o crescimento das plantas, por possuírem ação fungicida sobre oomicetos e estimular a produção de fitoalexinas (compostos produzidos pela planta capazes de reduzir ou inibir a infecção).
2.2.1.2 Oídio
É uma doença de relativa importância, causada pelo fungo Eryshiphe necator var. necator Schwein (Oidium tuckeri Berk), ataca todos os órgãos verdes e tenros da planta. Nas folhas, ocorre a formação de um crescimento pulverulento de cor branco acinzentado em ambas as faces. A frutificação torna-se reduzida em consequência da queda de flores, os frutos se desenvolvem pouco e podem rachar (NOGUEIRA et al., 2017).
A infecção inicia com o contato do conidiósporo sobre o tecido da planta, que germina e forma o apressório que penetra na epiderme, posteriormente este dá origem ao haustório no interior da célula do hospedeiro. É pelo haustório que ocorrem as trocas de compostos entre hospedeiro e parasita (QIU; FEECHAN, DRY, 2015).
A partir disso, o patógeno continua seu desenvolvimento através de hifas sobre a superfície do tecido vegetal e produzindo mais haustórios ampliando a infecção (GADOURY et al., 2012).
O patógeno pode ficar dormente de safra em safra, sobrevivendo em gemas infestadas na forma de micélio, e em cleistotécios (corpos de frutificação da fase sexuada) como ascósporos. Na primavera o micélio das gemas desenvolve-se sobre os novos brotos, e iniciam a produção de esporos (GIOVANNINI, 2014).
O fungo tem um melhor desenvolvimento em climas secos e frescos com temperaturas entre 20ºC e 27ºC, sendo desfavorecido com a ocorrência de chuvas (AMORIM et al., 2016).
Esta, além de elevar a umidade pode ocasionar a retirada da massa micelial do hospedeiro e ocasionar a destruição do fungo. A umidade relativa entre 40 a 60% é ótima para o desenvolvimento do patógeno, porém, condições de clima seco, quente e com nebulosidade, baixa luminosidade ou luz difusa favorecem o desenvolvimento da doença (SÔNEGO; GARRIDO; GRIGOLETTI, 2005).
O controle, segundo Nogueira et al. (2017), deve ser feito baseando-se nos seguintes passos:
- O vinhedo deve ser instalado em locais ventilados e ensolarados.
- Utilizar a poda, destruir os restos da cultura, juntamente com o tratamento de inverno (calda sulfo-cálcica).
- Utilizar pulverizações com fungicidas registrados à base, ciproconazol, cresoxim-metálico, piraclostrobina, boscalida, tebuconazol, tetraconazol, difenoconazol, tiofato metílico, miclobutanil, triflumizol, fenarimol e enxofre. As pulverizações com enxofre devem evitar sempre temperaturas elevadas (25 a 30 ºC) ou abaixo de 18 ºC, caso contrário podem ser fitotóxicas. Sempre observar se o registro do produto está atualizado.
- O controle biológico da doença pode ser feito com formulações de bacillus pumilus.
- Extrato de folhas de Melaleuca altemifolia apresenta registro para o controle de oídio da uva.
2.3 AGROMETEOROLOGIA
A agricultura é a atividade econômica mais dependente das condições climáticas. Os elementos meteorológicos afetam não só os processos metabólicos das plantas, diretamente relacionados à produção vegetal, como também as mais diversas atividades no campo.
Além de influenciar o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade das culturas, o clima afeta também a relação das plantas com microrganismos, insetos, fungos e bactérias, favorecendo ou não a ocorrência de pragas e doenças, o que demanda medidas de controle adequadas. Muitas práticas agrícolas de campo, como o preparo do solo, a semeadura, a adubação, a irrigação, as pulverizações, a colheita, dentre outras, dependem também de condições específicas de tempo e de umidade no solo, para que possam ser realizadas de forma eficiente.
De modo geral, as principais variáveis meteorológicas que afetam o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade das culturas são chuva, temperatura do ar e radiação solar, havendo ainda a influência do fotoperíodo, da umidade do ar e do solo, da velocidade e da direção do vento.
O planejamento agrícola diz respeito às ações a serem realizadas antes do estabelecimento da cultura, ou seja, quando o empreendimento agrícola começa a ser programado. Em função disso, o planejamento fundamenta-se, basicamente, nas informações do clima e de sua variabilidade interanual, no local de interesse. Dentre as informações agrometeorológicas empregadas no planejamento agrícola, o zoneamento agroclimático é a mais conhecida.
O zoneamento agrícola pode ser empregado não somente para a delimitação de áreas aptas, marginais ou inaptas às culturas, mas também para o estabelecimento das melhores épocas de semeadura, com base em informações probabilísticas, das zonas de maturação de frutos, do risco climáticoassociado aos impactos do déficit hídrico nas culturas, de áreas de escape de doenças, do potencial produtivo e da qualidade dos produtos.
A partir destas informações, faça um estudo sobre o zoneamento climático da cidade de Flores da Cunha, situada na Serra Gaúcha, no RS, para o cultivo de Uva Americana, em solo de textura argilosa. Neste estudo, você precisa verificar qual a época para o plantio de Uva Americana. Após verificar a época adequada para plantio, responda os questionamentos abaixo.
1- Qual a época de plantio de Uva Americana para a cidade de Flores da Cunha, Serra Gaúcha, localizada no Rio Grande do Sul?
Segundo dados do Agritempo, o plantio de Uva Americana em Solo Argiloso, na região de Flores da Cunha deve ocorrer entre os dias 01 de julho e 31 de agosto, conforme segue:
Figura 1: Zoneamento agrícola para plantio de Uva Americana. Fonte: Adaptado de Agritempo.
Figura 2: Zoneamento agrícola – munícipios com plantio favorável de 01/07 a 10/07. Fonte: Adaptado de Agritempo.
Figura 3: Zoneamento agrícola – munícipios com plantio favorável de 21/08 a 31/08. Fonte: Adaptado de Agritempo.
2- Quais os sintomas de deficiência hídrica para uvas de clima temperado?
Os sintomas da deficiência hídrica se manifestam com o amarelecimento das folhas mais velhas, encurtamento dos entrenós e paralisação do crescimento das bagas. Com a intensificação da deficiência hídrica, ocorrem quedas das folhas, progressivamente, da base do ramo para as mais novas, e o murchamento das bagas (MANDELLI et al., 2020).
A maioria das plantas perenes submetidas a déficit hídrico apresenta uma diminuição do crescimento dos ramos e das folhas (MPELASOKA et al., 2001). Assim como uma diminuição da produção de frutos (GONZÁLEZ-ALTOZANO & CASTEL, 1999). No caso das videiras, o crescimento dos ramos também é afetado pelo déficit hídrico (SMART & COLOMB, 1993), geralmente resultando em um crescimento mais lento dos ramos e uma redução da área foliar (KOUNDOURAS et al., 1999). Este fenômeno também ocorre, mesmo sendo parcial o déficit hídrico, no sistema radicular (DRY & LOVEYS, 1999). A produção das videiras e o tamanho de bagas são reduzidos pela ocorrência de um déficit hídrico (GINESTAR et al., 1998). No entanto, de acordo com McCarthy (2000), o tamanho de bagas é mais afetado se o déficit hídrico ocorre imediatamente após a floração, não sendo afetado se ocorrer após o pintor. A consequência do déficit hídrico após a floração é a menor velocidade da divisão celular (MCCARTHY, 1997).
3- A videira exige condições climáticas específicas para se desenvolver e produzir frutos de qualidade. Na maioria dos estados brasileiros, existem estudos de macrozoneamento vitícola, baseados, principalmente, no potencial climático e no solo, com a indicação das regiões dotadas de melhores condições para o cultivo da videira. Os critérios utilizados nos zoneamentos levam em consideração, basicamente, a quantidade de horas de frio, os riscos de incidência de doenças fúngicas e a soma de calor efetivo. Indique quais as temperaturas necessárias para o crescimento e desenvolvimento de uvas de clima temperado.
As datas dos diferentes estádios vegetativos da videira podem ser estimadas com o uso de dados de temperatura do ar. O método mais utilizado é o de graus-dia, calculado pela diferença acumulada, durante um determinado período, entre a temperatura média diária e a temperatura-base inferior, excluindo-se os dias em que a temperatura média for inferior a temperatura-base. Durante as semanas que precedem a brotação, as temperaturas condicionam a precocidade, que varia, para uma mesma cultivar, em função do ano, do lugar e dos fatores intrínsecos da planta. Cada cultivar apresenta uma temperatura-base de brotação específica, variando de 5,6°C (para as cultivares de brotação mais precoce) a 13,7ºC (para as de brotação mais tardia) (POUGET, 1988).
Cada estádio vegetativo apresenta uma temperatura-base diferente, ou seja: brotação, 10°C; desenvolvimento vegetativo, 12°C; maturação, 14°C; e, brotação-maturação, 12°C (PEDRO JÚNIOR et al., 1993). Entretanto, para todo o ciclo da videira, o valor utilizado, universalmente, é 10°C (WINKLER, 1965). De um modo geral, a videira requer, para seu crescimento e desenvolvimento, temperaturas crescentes de 10°C a 30°C, sendo que a temperatura ótima se situa entre 25°C e 30°C. Temperaturas inferiores a 10°C, não permitem o crescimento, e, superiores a 38°C, paralisam-no. (PROGRAMA DE INVESTIMENTOS INTEGRADOS PARA O SETOR AGROPECUÁRIO, 1975; REYNIER, 2003).
Durante o inverno, quando se encontra em dormência, a videira é bastante resistente às baixas temperaturas, podendo suportar temperaturas mínimas de até -15°C, sendo as videiras americanas mais resistentes que as europeias. Tal resistência diminui drasticamente após iniciada a brotação e, temperaturas inferiores a O°C, podem causar danos (MANDELLI et al., 2020).
4- A videira, também, é bastante resistente às altas temperaturas. Entretanto, temperaturas superiores a 40°C são prejudiciais, principalmente, quando associadas à baixa umidade relativa do ar. Quais as consequências causadas por alta temperaturas em associação com baixa umidade relativa do ar?
As temperaturas acima de 30°C e baixa umidade relativa do ar podem provocar a escaldadura na uva de mesa (KISHINO & CARAMORI, 2007), bem como interferir na composição e na biossíntese dos constituintes do mosto da uva para industrialização. Temperaturas excessivamente altas causam o murchamento das folhas, paralisam a atividade fotossintética, degradam o ácido málico, resultando em mostos pouco equilibrados e com baixa acidez, e interferem na composição e no acúmulo de diversos constituintes da baga, como os polifenóis (SOTÉS, 2007).
2.4 FRUTICULTURA
A estaquia, em conjunto com a enxertia, é o método mais antigo de multiplicação e o mais usado comercialmente para a obtenção de mudas de videira. Enxertar consiste em unir partes de vegetais oriundas de plantas distintas, que vão resultar em uma só planta. Lembrando que porta-enxerto é a porção da planta que forma o sistema radicular, e ele se adapta-se a determinadas condições de solo e clima e se comporta de forma diferente, considerando a variedade enxertada. Enxerto ou garfo é a parte vegetal que dará origem ao sistema aéreo. Porta-enxertos são utilizados quando as condições de solo são adversas ao desenvolvimento radicular da variedade copa (de ordem física - solos de baixa fertilidade, úmidos; ou biológica - fungos e pragas, como nematoides, filoxera, pérola-da-terra).
Os fatores mais importantes para o êxito da enxertia são: compatibilidade e afinidade entre o porta-enxerto e a variedade copa; condições favoráveis de aeração e temperatura do substrato; contato dos tecidos do porta-enxerto e variedade copa, com a boa formação dos tecidos de soldadura, os quais asseguram a circulação das seivas bruta e elaborada.
De modo geral, o sucesso de um parreiral, com boa produção de uvas, tem início com mudas de qualidade. Essas mudas podem ser adquiridas em um viveiro ou produzidas na propriedade, desde que seguidas algumas condições técnicas. A produção de mudas em viveiros tem como vantagem proporcionar uma seleção rigorosa das plantas a serem levadas para o campo. O viveiro para produção de mudas deve ser protegido de ventos fortes, estar próximo a uma fonte de água (em quantidade e qualidade), em solo bem drenado e com boas vias de acesso.
Considerando essas informações, apresente as principais características que mudas de uva de qualidade devem apresentar. E como deve ser realizado o método de estaquia.
Os ramos são selecionados no período de repouso vegetativo da planta, quando se apresentam bem maduros ou lignificados. Os ramos devem ser sadios, com diâmetro entre 8 a 12 mm, evitando-se retirar as estacas de ramos sombreados e com entrenós muito curtos ou demasiadamente longos, pois estas características podem indicar a existência de problemas fitossanitários ou nutricionais. As estacas devem ser coletadas da porção mediana dos ramose imediatamente após o preparo dessas, efetuar o plantio ou mantê-las em recipiente com água, o que evita a desidratação do material propagativo, visando a obtenção de bons índices de pegamento e enraizamento (EMBRAPA, 2004).
Figura 4: comparação entre diferentes métodos de propagação vegetativa da videira. Fonte: Adaptado de Câmara & Regina (2021).
2.5 CONSTRUÇÕES RURAIS
Por ser uma planta sarmentosa de hábito trepador, a videira necessita de um sistema de sustentação e condução de seus ramos capaz de propiciar adequada exposição das folhas à luz solar, favorecendo a atividade fotossintética e oferecendo praticidade no manejo da cultura, na área de produção.
Considerando que a implantação dessa cultura requer a construção de um sistema de condução você e sua equipe deverão responder aos questionamentos abaixo:
1. Apresente e caracterize os três sistemas de condução de videiras mais utilizados no Brasil. Cite as vantagens e desvantagens de cada sistema.
No Brasil, a maior parte dos parreirais utiliza apenas três diferentes tipos de sistema: a espaldeira, a latada e a manjedoura, em suas variações, que propiciam, em geral, bons índices de superfícies foliares expostas (SFE), resultando em bons resultados de produtividade e de qualidade dos frutos, conforme as especificidades de cada um.
Latada: também chamado de pérgola, possui dossel vegetativo horizontal e a poda pode ser mista ou em cordão esporonado, conforme o cultivar. As videiras são alinhadas em fileiras geralmente distanciadas de 2,0 a 3,0 m e a distância entre as plantas é de 1,5 a 2.0 m. A zona de produção da uva situa-se, aproximadamente, a 1,8 m do solo.
Principais vantagens: - Proporciona o desenvolvimento de videiras vigorosas, que podem armazenar boas quantidades de material de reserva, como o amido;
- Permite uma área do dossel vegetativo extensa, com grande carga de gemas. Isso proporciona elevado número de cachos e alta produtividade.
- Em função de sua produtividade, propicia rentabilidade econômica, especialmente em pequenas propriedades rurais.
- É de fácil adaptação à topografia de regiões montanhosas.
- Facilita a locomoção dos vinicultores, a qual pode ser feita em todas as direções.
- Em regiões tropicais, proporciona maior proteção aos cachos, que não ficam diretamente expostos à radiação solar.
Principais desvantagens: - Os custos de implementação e de manutenção do sistema de sustentação são elevados.
- A posição do dossel vegetativo e dos frutos – situados horizontalmente acima do trabalhador – causa transtornos à execução das práticas culturais.
- O elevado índice de área foliar, no caso de o dossel não ser bem manejado, pode proporcionar maior umidade na região dos cachos e das folhas, o que favorece o aparecimento de doenças fúngicas.
- O sistema de sustentação necessita ser sólido para suportar o peso do dossel vegetativo e da produção e o impacto do vento.
- A área máxima recomendada para cada parcela de vinhedo é de quatro hectares.
Espaldeira: As videiras conduzidas em espaldeira têm dossel vegetativo vertical e a poda pode ser mista ou em cordão esporado. As varas são atadas horizontalmente aos fios da produção do sistema de sustentação do vinhedo. Normalmente, deixam-se duas varas por planta quando a poda é mista; em cordão esporonado, há um ou dois cordões por planta. A distância entre as fileiras varia de 2,0 a 2,5 m e entre plantas de 1,2 a 2,0 m, conforme o cultivar e a fertilidade do solo. A zona de produção geralmente situa-se entre 1,0 e 1,2 m do solo. A altura da espaldeira do solo até a parte superior é de 2,0 a 2,2 m.
Principais vantagens: - Adapta-se bem ao hábito vegetativo de maior parte das viníferas.
- Os frutos situam-se numa área do dossel vegetativo e as extremidades dos ramos em outra, o que facilita as operações mecanizadas.
- Apresenta boa aeração, se houver adequado manejo do dossel vegetativo.
- Pode ser ampliado paulatinamente, pois a estrutura de cada fileira é independente.
-O custo de implantação é menor que o do sistema latada.
- É atrativo aos olhos, especialmente quando se faz a desponta.
Principais desvantagens: - Apresenta tendência ao sombreamento, portanto, não é indicado para cultivares muito vigorosas ou para solos muito férteis.
- A densidade de ramos geralmente é muito elevada.
- Não se recomendam fileiras com distâncias superiores a 3,0 m.
- É necessário compensar a perda exagerada da produtividade com elevada carga de gemas, o que pode aumentar o sombreamento e diminuir a qualidade da uva e do vinho.
- Em regiões tropicais, os cachos situados na parte externa do dossel vegetativo ficam expostos à radiação solar direta, o que pode diminuir a qualidade da uva.
Manjedoura: O sistema de condução em Y é uma variação aberta da manjedoura, utilizado no passado para a produção de uvas finas de mesa e, mais recentemente, adotado para a produção de uvas comuns para mesa e indústria, ou mesmo de uvas finas para vinho, como alternativa à espaldeira e à latada. Vem sendo utilizado com sucesso na produção de uvas rústicas para mesa na região Leste do estado de São Paulo, em substituição paulatina à tradicional espaldeira baixa, em virtude de suas características: - Alto investimento na implantação, principalmente se associado ao cultivo protegido.
- Estrutura complexa que exige conhecimento técnico na construção e ancoragem reforçada das cabeceiras, devido à grande carga que precisa suportar durante a produção e à pressão dos ventos, quando coberta.
- Adequado às cultivares que recebem poda curta, média ou mesmo longa, por permitir a adoção de poda mista, dificultada em sistemas verticais.
- Para uvas de mesa, apresenta características intermediárias se comparado à latada e à espaldeira, propiciando, em comparação a estas, maior altura dos cachos em relação ao solo, maior expansão da parte aérea, maior produtividade, melhor eficiência do tratamento fitossanitário devido à melhor exposição de folhas e cachos, além de facilidade de manejo das operações de poda, desbrota, pulverizações, limpeza e colheita. 
- Para uvas de vinho, principalmente as finas, carece de experimentação enológica com embasamento para determinar seu efeito sobre as características das uvas e dos vinhos.
- Estrutura facilmente adaptável ao cultivo protegido, permitindo acrescentar arcos sobre os quais se fixa uma cobertura sobre as plantas, que pode ser de tela antigranizo, filme plástico ou ráfia impermeável.
- Associação do Y ao cultivo protegido potencializa a eficiência produtiva por permitir redução significativa da necessidade de fungicidas.
2. Represente de forma esquemática os materiais, as medidas e a forma de construção de cada um dos sistemas de condução apresentados anteriormente, considerando as recomendações técnicas existentes.
Latada: o sistema de sustentação deve ser suficientemente resistente, durável e ter custos acessíveis de instalação e de manutenção. Ele deve suportar o peso da uva, dos braços, dos ramos e das folhas. Além disso, deve-se considerar o impacto de acidentes durante as operações no vinhedo e os efeitos de ventos e de chuvas muito intensas. O sistema é formado por postes e fios.
Os postes devem ser resistentes, duráveis e enterrados a uma profundidade adequada. Eles podem ser de madeira, pedra, concreto ou metálicos, e sua forma pode variar (cilíndricos, quadrados, retangulares). Os de madeira são os mais usados, mas devem ter resistência aos fungos e insetos que atacam a madeira. Em geral, utiliza-se o eucalipto, que tem fraca resistência natural, mas pode tornar-se útil quando tratado. Os postes de pedra e de concreto são muito resistentes, especialmente os de pedra. Porém, são pesados e difíceis de serem manipulados, quebradiços e apresentam certa dificuldade para a instalação dos fios.
No sistema de condução latada (Figura 5), há os seguintes tipos de postes: cantoneiras, cabeceiras, laterais, internos e rabichos, complementados por tutores para o suporte das plantas. As cantoneiras são postes reforçados, colocados nas quatro extremidades do vinhedo. Em geral, devem medir3,0 m de comprimento e ter um diâmetro de 16 a 20 cm, de acordo com a região.
Figura 5: sistemas de condução de videira em latada, especificando os postes e fios. Postes: a) cantoneira; b) cabeceira; c) lateral; d) interno; e) rabicho. Fios: f) cordão primário de cabeceira; g) cordão primário lateral; h) fio da produção; i) fio da vegetação; j) fio de sustentação da malha; k) fio rabicho. Fonte: adaptado de Embrapa.
Espaldeira: As considerações gerais feitas sobre o material utilizado para a formação de um vinhedo conduzido em latada servem, também, para o conduzido em espaldeira.
Figura 6: Sistema de condução da videira em espaldeira com poda mista: a) poste da cabeceira; b) poste interno; c) rabicho; d) fio da produção; e) fios da vegetação; f) fios móveis da vegetação; g) fio do rabicho. Fonte: adaptado de Embrapa.
A espaldeira (Figura 6) é formada por postes de cabeceira, postes internos, rabichos e tutores. Os postes de cabeceira devem ter 2,5 m de comprimento e de 12 a 14 cm de diâmetro, e são colocados nas extremidades das fileiras; os postes internos, medindo 2,2m de comprimento e tendo, em geral, 10 cm de diâmetro, são colocados a uma distância máxima de 5,0 m um do outro.
Os rabichos medem 1,2 m de comprimento e são colocados em cada extremidade das fileiras. Sua colocação pode ser externa ao sistema de sustentação, em posição oblíqua e afastando-se da cabeceira; ou interna, em posição oblíqua e escorando as cabeceiras das fileiras.
Manjedoura: A seguir apresenta-se o sistema de sustentação em manjedoura (Y) para videira.
Figura 7: sistema de sustentação em manjedoura (Y) para videira. Fonte: Adaptado de: Hernandes et al., 2019.
 
3. Qual dos sistemas indicados é mais adequado para o cultivo protegido de videiras? Demonstre, de forma esquemática, como é realizada a construção deste sistema, considerando a instalação do suporte para a cobertura plástica.
Uma vantajosa variação do sistema em “Y” é para o uso de cultivo protegido na videira, ou com telado plástico para proteção antigranizo, filme plástico ou ráfia para proteção da ocorrência direta da chuva nas folhas e nos cachos. Nesse caso, deve-se atentar para o fato de os mourões serem mais altos e a existência de sustentação para o material utilizado no cultivo protegido.
Neste sistema, o espaçamento entrelinhas é de 3 m e, entre plantas, de 1 a 2 m dependendo de a variedade ser menos ou mais vigorosa. Os mourões devem ser colocados a cada 5 ou 6 m na linha e, nas cabeceiras deve ser feita ancoragem por fora e/ou escoramento por dentro. Neste caso, como a produtividade tende a ser muito maior e, como os braços do “Y” são mais longos, poderá ser necessário um sistema de ancoragem mais complexo, que permita a ancoragem também dos braços e não apenas do mourão. Na figura 8, é mostrado o sistema de ancoragem mais simples, apenas com uma âncora na qual são atados os cabos de sustentação do mourão e dos braços. Para que seja eficiente, a âncora deve ser fincada no solo a uma distância mínima de 3 m do mourão, pois caso contrário, o ângulo dos fios não será suficiente para evitar que os braços do “Y” sejam puxados para dentro.
Figura 8: Ancoragem simples com a âncora fincada à distância adequada (A) e inadequada (B), mostrando a pressão sobre a travessa do “Y” em função do arqueamento dos braços para dentro. Fonte: adaptado de Hernandes e Júnior (2011).
Na figura 9, é apresentado um esquema do sistema de condução em “Y”, adaptado de EPAGRI (2005), para cultivo protegido com telado plástico, filme plástico ou ráfia. Caso seja usado o telado plástico o sistema é simplificado não sendo necessário o arco de cano de PVC ou metálico para sustentação, mas apenas um fio de arame esticado entre as extremidades dos braços e passando pelo topo dos mourões.
Figura 9: Esquema para montagem do sistema de sustentação para videiras conduzidas em “Y”, com alternativa para cultivo protegido. Fonte: adaptado de Hernandes e Júnior (2011).
Para montagem do sistema, inicialmente devem ser parafusadas as bases dos dois braços no furo mais baixo do mourão. Em seguida, cada braço é parafusado nas extremidades da travessa e, com a ajuda de um nível de pedreiro, a travessa é nivelada perpendicularmente ao mourão, furada e parafusada; finalmente, fixa-se o cano de PVC nas extremidades dos braços e do mourão. Sobre esta estrutura, será colocada a cobertura escolhida pelo produtor, a qual será firmemente amarrada nos mourões das cabeceiras e fixada nos fios laterais do sistema.
4. Citar as fontes de informação técnica utilizadas.
Este subitem do trabalho fez uso da seguinte bibliografia:
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3 CONCLUSÃO
O presente trabalho foi de extrema importância para o entendimento prático de técnicas e conhecimentos vistos em sala de aula, de maneira teórica.
Com o estudo de caso, foi possível compreender, através de levantamento bibliográfico, informações sobre como o melhoramento genético pode contribuir para o controle de doenças e outras características importantes para a cultura de Uvas, relacionou-se, em sequência, as doenças Míldio e Oídio e o manejo para o controle destas; verificou-se, também, a influência das condições climáticas na produção de Uvas e apresentou-se um sistema de condução de videiras, que por sua vez, como foi visto, exerce influência significativa no desenvolvimento vegetativo da planta, em sua produtividade e na qualidade dos frutos.
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