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LÍNGUA
PORTUGUESA
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
 3
3
ORTOGRAFIA - FONOLOGIA 
 
A fonologia é a parte da gramática que estuda os sons 
da língua. É a fonologia que se ocupa com a ortoépia 
(correta pronúncia das palavras) e com a prosódia (correta 
acentuação das palavras). O objeto de estudo da fonologia é 
o fonema. Fonema é a menor unidade sonora da língua, 
capaz de estabelecer distinção entre as palavras. Há três 
tipos de fonemas: vogal, semivogal e consoante. 
 
OBS.: Não confunda fonema com letra. Fonema é o 
som; letra é a representação gráfica (escrita) do fonema. Por 
exemplo, o fonema /z/ pode ser representado pela letra z 
(batizar), pela letra s (casa) e pela letra x (exame). 
 
Vogal: É o fonema resultante da livre passagem do ar 
pela boca. A vogal é a base da sílaba, ou seja, não existe 
sílaba sem vogal, bem como não há duas vogais na mesma 
sílaba. São elas: a, e, i, o, u. 
 
Semivogal: É representada pelas letras e, i, o, u, 
quando estiverem na mesma sílaba com uma vogal. 
Portanto, só existe semivogal nos encontros vocálicos 
(ditongo e tritongo). 
 
Consoante: É o fonema produzido quando o ar, ao 
passar pela boca, encontra algum obstáculo. São 
consoantes: b, d, f, g (ga, go, gu), j (ge, gi, j) k (c ou qu), l, m 
(antes de vogal), n (antes de vogal), p, r, s (s, c, ç, ss, sc, sç, 
xc), t, v, x (inclusive ch), z (s, z), nh, lh, rr. 
 
OBS.: A letra a sempre é vogal; i e u geralmente são 
semivogais. Já as letras e e o ora são vogais, ora 
semivogais (quando soarem como i e u, respectivamente). 
 
Encontros Vocálicos: É o agrupamento de vogais e 
semivogais. Há três tipos de encontros vocálicos: 
 
Hiato = É a sequência de duas vogais, cada qual em 
uma sílaba diferente. 
Ex. Lu-a-na a-fi-a-do pi-a-da 
 
Ditongo = É a sequência de dois sons vocálicos na 
mesma sílaba. Quando a vogal estiver antes da 
semivogal, chama-se de Ditongo Decrescente e, quando a 
vogal estiver depois da semivogal, de Ditongo Crescente. 
Os ditongos são classificados ainda em oral e nasal, 
conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou somente 
pela boca. 
Ex. Cai-xa = Ditongo decrescente oral. 
Cin-quen-ta = Ditongo crescente nasal. 
 
Tritongo = É a sequência de três sons vocálicos na 
mesma sílaba. Também pode ser oral ou nasal. 
Ex. A-guei = Tritongo oral. 
Sa-guão = Tritongo nasal. 
 
OBS.: As letras am e em, quando estiverem no fim da 
palavra, formam ditongo nasal. 
Ex. casaram (pronuncia-se ãu) 
querem (pronuncia-se ~ei) 
 
Encontros Consonantais: É o agrupamento de 
consoantes. Há três tipos: 
 
Puro ou Perfeito = É o agrupamento de consoantes, 
lado a lado, na mesma sílaba. 
Ex. Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na. 
 
Disjunto ou Imperfeito = É o agrupamento de 
consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes. 
Ex. ap-to, cac-to, as-pec-to. 
 
Fonético = É a letra x com som de ks. 
Ex. nexo - axila (pronuncia-se nekso, aksila) 
 
Dígrafos: É o agrupamento de duas letras 
representando um único som. Os principais dígrafos são rr, 
ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, ch, qu, gu. 
Ex. arroz, assar, nascer, desço, exceção, exsudar, 
alho, banho, cacho, querida, sangue. 
Dígrafo Vocálico: Também chamado Ressôo Nasal, 
são duas letras representando um único fonema vocálico. É 
representado pelas letras am, an, em, en, im, in, om, on, 
um, un, quando estiverem no final da sílaba. (am e em são 
dígrafos só no interior do vocábulo. 
Ex. tampa (pronuncia-se tãpa) 
canto (pronuncia-se kãtu) 
bomba (pronuncia-se bõba) 
 
SIGNIFICAÇÃO 
CONTEXTUAL DAS PALAVRAS 
 
Na significação contextual, o significado de um item 
lexical é determinado por elementos subjetivos associados 
aos itens lexicais que o acompanham. 
O significado do item lexical tem em consideração não 
só as suas propriedades semânticas, mas também o 
contexto em que é expresso e do qual fazem parte crenças e 
atitudes dos falantes, referências a entidades que os falantes 
conhecem ou convenções sociais. 
Por exemplo, a frase “O André caiu na armadilha” tem 
um significado distinto do significado frásico transmitido 
pelas propriedades semânticas das palavras. 
Com efeito, embora se deixe passar a afirmação “O 
André caiu e magoou-se”, sabemos que, na realidade, o 
falante, ao emitir tal declaração, quer dizer que “Alguém 
prejudicou o André”. 
A palavra armadilha não tem o significado literal de 
“artifício ou engenho para capturar animais ou pessoas”, 
mas, sim, de “estratagema para fazer enganar alguém”, 
“artifício enganador ou ardil”. 
O significado dado à palavra armadilha depende 
exclusivamente do contexto. 
O significado literal indica o que o item lexical 
tipicamente quer dizer, ou seja, o significado de uma palavra 
tal como é veiculado pelas suas propriedades semânticas, 
independentemente do contexto em que se insere e da 
intenção do falante ao enunciá-la. 
 O significado literal expressa, pois, a relação entre a 
estrutura linguística e o mundo (real e/ou possível). 
 
ORTOGRAFIA 
SEPARAÇÃO SILÁBICA 
 
A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, ou 
seja, dando o som total das letras que formam cada sílaba, 
respeitando-se a pronúncia. 
Usa-se o hífen para marcar a separação silábica. 
 
Não se separam os ditongos e tritongos: 
Ex. cai-xa, má-goa, re-ló-gio, Pa-ra-guai, en-xa-guei. 
 
Separam-se as vogais dos hiatos: 
Ex. sa-ú-de, hi-a-to, le-em, en-jo-o. 
 
Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu: 
Ex. chu-va, te-lha, ba-nha, que-da, guei-xa. 
 
Separam-se os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs: 
Ex. car-ro, pas-sar, nas-ce, cres-ço, ex-ce-to, ex-su-dar. 
 
Separam-se os encontros consonantais impuros: 
Ex. es-co-la, des-cas-car, res-to, e-ner-gia. 
 
Prefixos terminados em consoante: 
Ligados a palavras iniciadas por consoante: Cada 
consoante fica em uma sílaba, pois haverá a formação de 
encontro consonantal impuro. 
Ex. des-te-mi-do, trans-pa-ren-te, hi-per-mer-ca-do. 
 
Ligados a palavras iniciadas por vogal: A consoante 
do prefixo liga-se à vogal da palavra. 
Ex. su-ben-ten-di-do, tran-sal-pi-no, hi-pe-ra-mi-go. 
 
OBS.: Lembre-se de que não existe sílaba sem vogal. 
Por essa razão, a palavra pneu, por exemplo, não pode ser 
separada, já que o p, sozinho, não forma sílaba. Ex.: psi-co-
lo-gia, mne-mô-ni-ca. 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
Sílaba tônica: É a sílaba pronunciada com maior 
intensidade em uma palavra. Quanto à posição da sílaba 
tônica, as palavras se classificam em: 
 
Oxítona: Palavra cuja sílaba tônica é a última. 
Ex. angu, crachá 
 
Paroxítona: Palavra cuja sílaba tônica é a penúltima. 
Ex. aluno, fácil 
 
Proparoxítona: Palavra cuja sílaba tônica é 
antepenúltima. 
Ex. elétrico, lâmpada 
 
OBS.: Palavras formadas por uma só sílaba são 
chamadas monossílabas. As monossílabas se dividem em: 
átonas (me, o, a, de, lhe, em, se) e tônicas (dor, mim, sol, 
ver, ti, luz) 
 
Sílaba subtônica: Só existe em palavras derivadas. 
Coincide com a tônica da palavra primitiva. 
Ex. cafezinho - A sílaba tônica é zi, e a subtônica, fe. 
 taxímetro - A sílaba tônica é xí, e a subtônica, ta. 
 
Atenção: As sílabas que não são tônicas nem subtônicas 
são chamadas átonas. 
 
REGRAS DE ACENTUAÇÃO 
 
(Atualizadas conforme o Acordo Ortográfico de 2008) 
 
Monossílabos Tônicos: Serão acentuados quando 
terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s. 
Ex. pá, más, fé, Jês, dó, cós. 
 
Oxítonas: Serão acentuadas quando terminarem em A, 
E, O, seguidos ou não de s, e em EM, ENS. 
Ex. Corumbá, maracujás, rapé, massapê, filó, vovô, 
amém, parabéns. 
 
Paroxítonas: Serão acentuadas quando terminarem em 
L, I(S), N, U(S), R, X, Ã, ÃO, UM, UNS, PS, EI(S), ditongo 
crescente (s). 
Ex: fácil, táxi, pólen, bônus, caráter, fênix, ímã,órgão, 
álbum, médiuns, tríceps, vôlei, relógio. 
 
Proparoxítonas: Todas as proparoxítonas são 
acentuadas. 
Ex. síndrome, ínterim, lêvedo, médico, árvore, sândalo. 
 
Ditongos abertos EI e OI: São acentuados, exceto em 
palavras paroxítonas. 
Ex. réis, anéis, ideia, dói, herói, jiboia. 
 
Ditongo aberto EU: Sempre é acentuado. 
Ex. véu, chapéu, fogaréu. 
 
Hiato: As letras I e U, quando formarem hiato com outra 
vogal e estiverem sozinhas na sílaba, ou seguidas de S, 
receberão acento. 
Ex. puída, país, construí-la, baú, ataúde, balaústre. 
 
 
OBS. 1: Há algumas exceções para a regra do hiato de I 
e U. Não são acentuados: 
1ª) Hiato de vogais idênticas _ xiita, sucuuba 
2ª) Hiato seguido pelo dígrafo NH _ rainha, bainha 
3ª) Hiato precedido de ditongo _ feiura, cauila, bocaiúva. 
 
 
Verbos TER e VIR: Recebem acento circunflexo na 3ª 
pessoa do plural do presente do indicativo. 
Ex. Ele tem / Eles têm 
Ele vem / Eles vêm. 
 
Já os verbos derivados de Ter e Vir recebem acento 
agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª 
pessoa do plural. 
Ex. Ele detém / Eles detêm 
Ele intervém / Eles intervêm. 
 
Verbos CRER/DAR/LER/VER e seus derivados: 
Recebem acento circunflexo na 3ª pessoa do singular e têm 
E dobrado na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo 
(sem acento). 
Ex. Ele crê / Eles creem 
Ele vê / Eles veem 
Ele relê / Eles releem 
Ele descrê / Eles descreem 
 
Acento diferencial: A palavra pôde (pretérito perfeito) 
recebe acento para diferenciar de pode (presente). O verbo 
pôr recebe acento para diferenciar da preposição por. 
 
OBS.1: O acento diferencial foi eliminado nas palavras 
PARA, PERA, PELA, PELO, POLO. 
OBS.2: O trema também foi extinto em todas as palavras 
(Ex. frequente, cinquenta, linguiça). 
 
ORTOGRAFIA 
 
Emprego do Ç 
01) Utilizamos o sufixo -ção nas palavras derivadas de 
vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos 
derivados de verbos: 
Ex. erudito = erudição 
exceto = exceção 
setor = seção 
intuitivo = intuição 
educar = educação 
exportar = exportação 
repartir = repartição 
 
02) Emprega-se -tenção nos substantivos 
correspondentes aos verbos derivados do verbo ter. 
Ex. manter = manutenção 
reter = retenção 
deter = detenção 
conter = contenção 
 
Emprego do S 
01) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -
nder e –ndir. 
Ex. pretender = pretensão 
defender = defesa, defensivo 
compreender = compreensão 
fundir = fusão 
expandir = expansão 
 
02) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -
erter, -ertir e -ergir. 
Ex. perverter = perversão 
converter = conversão 
divertir = diversão 
imergir = imersão 
 
03) Emprega-se -puls- nas palavras derivadas de 
verbos terminados em –pelir; e -curs-, nas palavras 
derivadas de verbos terminados em -correr. 
Ex. expelir = expulsão 
impelir = impulso 
compelir = compulsório 
concorrer = concurso 
discorrer = discurso 
percorrer = percurso 
 
04) Nas palavras terminadas em -oso e -osa, com 
exceção de gozo. 
Ex. gostosa, saboroso, gasoso 
 
05) Nas palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, 
com exceção de gaze e deslize. 
Ex. fase, crase, tese, osmose, análise. 
 
06) Nas palavras femininas terminadas em -isa. 
Ex. poetisa, papisa, Marisa. 
 
07) Em toda a conjugação dos verbos pôr, querer e 
usar. 
Ex. Eu pus Ele quis Nós usamos 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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08) Nas palavras terminadas em -ês e -esa, que 
indicarem nacionalidade, origem e títulos de nobreza. 
Ex. português, dinamarquesa, tailandesa, duquesa, 
marquês. 
 
09) Nos verbos terminados em -isar, quando a palavra 
primitiva já possuir o -s-. 
Ex. análise = analisar 
liso = alisar 
pesquisa = pesquisar 
paralisia = paralisar 
 
10) Nos diminutivos de palavras escritas com -s-. 
Ex.: casinha, asinha, portuguesinho, Inesita. 
 
OBS.: Ç ou S? Após ditongo, emprega-se -ç-, quando 
houver som de ss, e escreve-se com -s-, quando houver 
som de z. Ex. eleição, traição, lousa, coisa. 
 
Emprego do Z 
1) Nas palavras terminadas em -ez e -eza, que são 
substantivos derivados de adjetivos: 
Ex. limpo = limpeza 
lúcido = lucidez 
nobre = nobreza 
pobre = pobreza 
belo = beleza 
 
2) Nos verbos terminados em -izar, quando a palavra 
primitiva não possuir -s-. 
Ex. economia = economizar 
terror = aterrorizar 
frágil = fragilizar 
 
OBS.: Cuidado, pois há algumas exceções! 
Ex. catequese = catequizar 
síntese = sintetizar 
hipnose = hipnotizar 
batismo = batizar 
 
3) Nos diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando 
a palavra primitiva não possuir -s- . 
Ex. mulherzinha, arvorezinha, alemãozinho, 
aviãozinho, pezinho 
 
Emprego de SS 
01) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -
ceder. 
Ex. anteceder = antecessor 
exceder = excesso 
conceder = concessão 
 
02) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -
primir. 
Ex. imprimir = impressão 
comprimir = compressa 
deprimir = depressivo 
 
03) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -
gredir. 
Ex. agredir = agressão 
progredir = progresso 
transgredir = transgressor 
 
04) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -
meter. 
Ex. comprometer = compromisso 
 intrometer = intromissão 
prometer = promessa 
 
Emprego do J 
01) Nas palavras derivadas dos verbos terminados em -
jar. 
Ex. trajar = traje, eu trajei 
encorajar = que eles encorajem 
viajar = que eles viajem 
 
02) Nas palavras derivadas de vocábulos terminados em 
-ja. 
Ex. loja = lojista 
gorja = gorjeta, gorjeio 
canja = canjica 
 
03) Nas palavras de origem tupi, africana ou popular. 
Ex. jiló, pajé, jiboia, jirau 
 
Emprego do G 
01) Em todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -
ígio, -ógio, -úgio. 
Ex. pedágio, colégio, sacrilégio, prestígio, relógio, 
refúgio. 
 
02) Nas palavras terminadas em -gem, com exceção de 
pajem e lambujem: 
Ex. viagem (subst.), coragem, personagem, ferrugem, 
penugem. 
 
Emprego do X 
01) Nas palavras iniciadas por mex-, com exceção de 
mecha. 
Ex. mexilhão, mexerica, mexer 
 
02) Nas palavras iniciadas por enx-, com exceção das 
derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra 
enchova. 
Ex. enxada, enxerto, enxerido, enxurrada. 
 
03) Após ditongo, com exceção de recauchutar e 
guache. 
Ex. ameixa, deixar, queixa, feixe, peixe 
 
UIR e OER 
Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª 
pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -
i-. 
Ex. tu possuis, ele possui, tu constróis, ele constrói, tu 
móis, ele mói 
 
UAR e OAR 
Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as 
pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com -e-. 
 
Ex. Que eu efetue, Que tu efetues, Que vós entoeis, Que 
eles entoem. 
 
EMPREGO DO HÍFEN 
 
As regras a seguir referem-se ao uso do hífen em 
palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem 
funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, 
aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, 
extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, 
multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, 
semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. 
 
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra 
iniciada por h. Ex. anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, 
macro-história, super-homem. 
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano 
perde o h). 
 
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal 
diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. 
Ex. aeroespacial,agroindustrial, anteontem, semianual, 
infraestrutura, plurianual. 
Exceção: o prefixo co geralmente aglutina-se, com o 
segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: 
coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, 
cooptar. 
 
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal 
e o segundo elemento começa por consoante diferente de r 
ou s. 
Ex. anteprojeto, antipedagógico, coprodução, semideus, 
ultramoderno. 
 
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal 
e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, 
duplicam-se essas letras. 
Ex. antirrábico, antissocial, contrarregra, cosseno, 
infrassom. 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se 
o segundo elemento começar pela mesma vogal. 
Ex. anti-ibérico, auto-observação, contra-atacar, micro-
ondas, semi-interno. 
 
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen 
se o segundo elemento começar pela mesma consoante. 
Ex. inter-racial, sub-base, super-realista. 
 
Atenção: Nos demais casos, não se usa o hífen. 
Ex. hipermercado, intermunicipal, superproteção. 
 
OBS.: Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante 
de palavra iniciada por r (sub-região). Já com os prefixos 
circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por 
m, n e vogal (circum-navegação, pan-americano). 
 
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o 
hífen se o segundo elemento começar por vogal. 
Ex. hiperacidez, interescolar, superinteressante. 
 
8. Com os prefixos vice, ex, sem, além, aquém, recém, 
pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. 
Ex. vice-prefeito, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, pós-
graduação, pré-história, pró-europeu, recém-casado, sem-terra. 
 
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-
guarani: açu, guaçu e mirim. 
Ex. amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 
Além de ser empregado com os prefixos nos casos 
citados acima, o hífen também é utilizado na separação 
silábica (e-le-fan-te), serve para ligar pronome pessoal 
oblíquo a verbo (ofereço-lhe) e une os elementos nas 
palavras compostas. 
(Ex. guarda-roupa, beija-flor, corre-corre, greco-latino). 
 
PONTUAÇÃO 
 
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios 
da linguagem escrita. Embora não consigam reproduzir toda 
a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os 
textos e procuram estabelecer as pausas e as entonações 
da fala. São eles: 
 
Vírgula ( , ) 
A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em 
suspenso à espera da continuação do período. 
Geralmente é usada: 
 
1) nas datas, para separar o nome da localidade. 
Ex. Brasília, 25 de agosto de 2011. 
 
2) após o uso dos advérbios "sim" ou "não", usados 
como resposta, no início da frase. 
Ex. _ Você gostou da festa? 
 _ Sim, eu adorei. 
 
3) após a saudação em correspondência (social e 
comercial). 
Ex. Atenciosamente, 
 
4) para separar termos de uma mesma função sintática. 
Ex. Comprei banana, maçã, laranja. 
 
5) para destacar elementos intercalados na oração, tais 
como: 
A – uma conjunção 
Ex. Ele estudou, não alcançou, porém, um bom resultado. 
 
B – um adjunto adverbial 
Ex. Essas crianças, com certeza, serão aprovadas. 
 
C – um vocativo 
Ex. Todos vocês, meus amigos, estão convidados 
 
D – um aposto 
Ex. Juliana, irmã de Maria, passou no vestibular. 
 
E – uma expressão explicativa ou corretiva (isto é, a 
saber, ou melhor, aliás, etc,) 
Ex. O amor, ou seja, o mais sublime sentimento 
humano, inicia-se em Deus. 
6) para separar termos deslocados de sua posição 
normal na frase. 
Ex. O documento, você trouxe? 
 
7) para separar elementos paralelos de um provérbio. 
Ex. Tal pai, tal filho. 
 
8) para indicar a elipse (omissão) de um termo. 
Ex. Daniel ficou alegre e eu, chateado. 
 
9) para separa orações intercaladas. 
Ex. O importante, disse ela, era a segurança da escola. 
 
10) para separar as orações coordenadas, exceto as 
aditivas. 
Ex. Vá devagar, que a rua é perigosa. 
 
ATENÇÃO! Embora a conjunção "e" seja aditiva, há 
três casos em que se usa a vírgula antes dela: 
1) Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos 
diferentes. 
Ex. O homem vendeu o carro, e a mulher protestou. 
2) Quando a conjunção "e" vier repetida com a finalidade 
de dar ênfase (polissíndeto). 
Ex. E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 
3) Quando a conjunção "e" assumir valores distintos que 
não seja da adição (adversidade, consequência) 
Ex. Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi 
aprovada. 
 
11) para separar orações subordinadas substantivas e 
adverbiais, principalmente quando vêm antes da principal. 
Ex.Quando José encontrar o livro, vai comprá-lo para mim. 
 
12) para isolar as orações subordinadas adjetivas 
explicativas. 
Ex. A professora, que ainda estava na faculdade, 
dominava todo o conteúdo. 
 
Ponto-e-vírgula (;) 
O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais 
longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto. O 
emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em 
que ele aparece. Podem-se seguir as seguintes orientações 
para empregar o ponto-e-vírgula: 
 
1) Para separar duas orações coordenadas que já 
contenham vírgulas. 
Ex. Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, 
minha antiga namorada; no entanto, desde o último verão, 
estamos sem nos ver. 
 
2) Para separar enumeração após dois pontos: 
Ex. Os alunos devem respeitar as seguintes regras: 
- não fumar dentro do colégio; 
- não fazer algazarras na hora do intervalo; 
- respeitar os funcionários e os colegas; 
- trazer sempre o material escolar. 
 
Dois-pontos (:) 
 
1) Para iniciar uma enumeração: 
Ex. Compramos para a casa o seguinte: mesa, 
cadeiras, tapetes e sofás. 
 
2) Para introduzir a fala de uma personagem: 
Ex.Sempre que o professor Luís entra em sala-de-aula diz: 
__ Essa moleza vai acabar! 
 
3) Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito: 
Ex. Subjetividade e Nacionalismo: essas são as 
características do Romantismo. 
 
Reticências ( ... ) 
 
1) Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvida 
na fala da personagem: 
Ex. João Antônio! Diga-me... você... me traiu? 
 
2) Para indicar que, num diálogo, a fala de uma 
personagem foi interrompida: 
Ex. __ Como todos já deram sua opinião, creio que... 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
 7
7
3) Para indicar, numa citação, que certos trechos do 
texto foram exclusos: 
Ex. "No momento em que a tia foi pagar a conta, 
Joana pegou o livro..." (Clarice Lispector) 
 
Aspas ( " " ) 
As aspas têm como função destacar uma parte do texto. 
São empregadas: 
1) antes e depois de citações ou transcrições textuais. 
Ex. Como disse Machado de Assis: “A melhor 
definição de amor não vale um beijo.” 
2) para assinalar estrangeirismo, neologismos, gírias, 
expressões populares, ironia. 
Ex. O "lobby" dos fabricantes de pneus está cada vez 
mais explícito. 
Com a chegada da polícia, os três suspeitos "vazaram". 
Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova! 
 
OBS.: Em trechos que já estiverem entre aspas, se 
necessário usá-las novamente, empregam-se aspas simples. 
Ex. "Tinha-me lembrado da definição que José Dias dera 
deles, 'olhos de cigana oblíqua e dissimulada'. Eu não sabia 
o que era oblíqua.” (Machado de Assis) 
 
Travessão ( – ) 
O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser 
empregado: 
1) no discurso direto, para indicar a fala da personagem 
ou a mudança de interlocutor nos diálogos. 
Ex. _ O que isso, mãe? 
 _ É seu presente de Natal, minha filha. 
2) para separar expressões ou frase explicativas, 
intercaladas. 
Ex. "E logo me apresentou à mulher – uma estimável 
senhora – e à filha." (Machado de Assis) 
3) para destacar algum elemento no interior da frase, 
podendotambém realçar o aposto. 
Ex. "Junto do leito meus poetas dormem – Dante, a 
Bíblia, Shakespeare e Byron – na mesa confundidos." (Álvares 
de Azevedo) 
 
SEMÂNTICA 
 
A semântica estuda o significado e a interpretação do 
significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de 
uma expressão em um determinado contexto. 
Esse campo de estudo analisa, também, as mudanças 
de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a 
alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico. 
 
Ambiguidade: Possibilidade de dupla interpretação para 
um mesmo enunciado. 
 
Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra 
tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos 
contextos em que aparece. 
Ex. cabo (posto militar, acidente geográfico, parte da 
vassoura) 
 
Sinônimos: São palavras que apresentam, entre si, o 
mesmo significado. 
Ex. triste = melancólico 
resgatar = recuperar 
ratificar = confirmar 
digno = decente, honesto 
reminiscências = lembranças 
insipiente = ignorante. 
 
Antônimos: São palavras que apresentam, entre si, 
sentidos opostos, contrários. 
Ex. bom x mau bem x mal condenar x absolver 
simplificar x complicar 
 
Homônimos: São palavras iguais na forma e diferentes 
na significação. Há três tipos de homônimos: 
1) Homônimos Perfeitos _ Têm a mesma grafia e a 
mesma pronúncia. 
Ex. cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder) meio 
(numeral) e meio (substantivo) 
2) Homônimos Homófonos _ Têm a mesma 
pronúncia e grafias diferentes. 
Ex. sessão (reunião) seção (repartição) e cessão (ato 
de ceder) 
3) Homônimos Homógrafos _ Têm a mesma grafia e 
pronúncias diferentes. 
Ex. almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar) 
sede (vontade de beber) e sede (residência). 
 
Parônimos: São palavras de significação diferente, mas 
de forma parecida, semelhante. 
Ex. retificar e ratificar inflação e infração 
tráfico e tráfego eminente e iminente 
 
Segue abaixo uma lista com alguns homônimos e 
parônimos: 
- acender = atear fogo 
 ascender = subir 
- acerca de = a respeito de, sobre 
 há cerca de = faz, existe aproximadamente 
- afim = semelhante, com afinidade 
 a fim de = com a finalidade de 
- amoral = indiferente à moral 
 imoral = contra a moral, libertino, devasso 
- apreçar = marcar o preço 
 apressar = acelerar 
- arrear = pôr arreios 
 arriar = abaixar 
- bucho = estômago de ruminantes 
 buxo = arbusto ornamental 
- caçar = abater a caça 
 cassar = anular 
- cela = aposento 
 sela = arreio 
- censo = recenseamento 
 senso = juízo 
 cessão = ato de doar 
- seção = corte, divisão 
 sessão = reunião 
- chalé = casa campestre 
 xale = cobertura para os ombros 
- cheque = ordem de pagamento 
 xeque = lance do jogo de xadrez 
- comprimento = extensão 
 cumprimento = saudação 
- concertar = harmonizar, combinar 
 consertar = remendar, reparar 
- conjetura = suposição, hipótese 
 conjuntura = situação, circunstância 
- deferir = conceder 
 diferir = adiar 
- descrição = representação 
 discrição = ato de ser discreto 
- descriminar = inocentar 
 discriminar = diferençar, distinguir 
- despensa = compartimento 
 dispensa = desobrigação 
- despercebido = sem ser notado 
 desapercebido = desprevenido 
- eminente = nobre, alto, excelente 
 iminente = prestes a acontecer 
- esperto = ativo, inteligente, vivo 
 experto = perito, entendido 
- espiar = olhar sorrateiramente 
 expiar = sofrer pena ou castigo 
- estada = permanência de pessoa 
 estadia = permanência de veículo 
- flagrante = evidente 
 fragrante = aromático 
- incerto = duvidoso 
 inserto = inserido, incluso 
- incipiente = iniciante 
 insipiente = ignorante 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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- infligir = aplicar pena ou castigo 
 infringir = transgredir, violar, desrespeitar 
- intercessão = súplica, rogo 
 interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas 
- ratificar = confirmar 
 retificar = corrigir 
- soar = produzir som 
 suar = transpirar 
- sortir = abastecer 
 surtir = originar 
- tacha = pequeno prego 
 taxa = tributo 
- tachar = censurar, notar defeito em 
 taxar = estabelecer o preço 
 
Hipônimo: É a palavra que indica uma parte, um item 
específico de um todo. 
Ex. sabiá, curió, gavião, águia (pertencem ao grupo das 
aves, portanto são hipônimos da palavra AVE). 
 
Hiperônimo: É a palavra que indica o todo, do qual se 
originam várias partes ou ramificações. 
Ex. Calçado (Hiperônimo de sandália, tênis, sapato, etc.) 
Animal (Hiperônimo de vaca, zebra, gato, etc.) 
 
OBS.: A Hiponímia particulariza, enquanto a Hiperonímia 
generaliza. 
 
MORFOLOGIA 
 
Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da 
classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é 
estudar as palavras analisando-as isoladamente, 
independentes de contexto. 
 
ESTRUTURA DAS PALAVRAS 
Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores 
das palavras. 
Assim, compreendemos melhor o significado de cada 
uma delas. 
As palavras podem ser divididas em unidades menores, 
a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. 
 
Os elementos mórficos são os seguintes: 
 
1) Radical : É o elemento que contém o sentido básico 
do vocábulo. 
Ex. falar, comer, dormir, casa, carro. 
 
Palavras que apresentam o mesmo radical são 
chamadas de palavras cognatas e constituem uma família 
etimológica. Ex. árvore, arborizado, arvorismo, arbóreo. 
 
OBS.: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, 
retirando-se a terminação AR, ER ou IR. 
 
2) Vogal Temática : É uma vogal colocada após o 
radical, que o prepara para receber os demais elementos. 
Ex. cadeira, livro, casa. 
Os verbos apresentam as vogais temáticas A, E ou I, 
presentes à terminação verbal. Elas indicam a que 
conjugação o verbo pertence: 
- 1ª conjugação = vogal temática A 
 (comprar, amar) 
- 2ª conjugação = vogal temática E 
 (viver, beber) 
- 3ª conjugação = vogal temática I 
 (dormir, sentir) 
 
OBS.: O verbo pôr e seus derivados (supor, compor, 
repor, etc.) pertencem à 2ª conjugação, já que se originam 
do antigo verbo poer. 
 
3) Tema: É a junção do radical com a vogal temática. Se 
não existir a vogal temática, o tema e o radical serão o 
mesmo elemento. 
Ex. estuda = estud+a ferro = ferr+o leal = leal 
(radical e tema coincidem) 
 
4) Desinências: É o elemento que indica a flexão da 
palavra. Existem dois tipos de desinências: 
a) Desinências verbais 
- Modo-temporais = indicam o modo e o tempo. Ex. 
cantava (pretérito imperfeito do indicativo) 
- Número-pessoais = indicam a pessoa e o número. 
Ex. cantaram (3ª pessoa do plural) 
 
b) Desinências nominais 
- de gênero = indica o gênero da palavra. A palavra terá 
desinência nominal de gênero, quando houver a oposição 
masculino - feminino. 
Ex. cabeleireiro - cabeleireira. 
A vogal a será desinência nominal de gênero sempre 
que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o 
masculino não seja terminado em o. 
Ex. crua, ela, traidora. 
- de número =indica o plural da palavra. É a letra s, 
somente quando indicar plural. 
Ex. cadeiras, macacos 
 
5) Afixos: São elementos que se juntam ao radical para 
formar novas palavras. 
São eles: 
- Prefixo: É o afixo que aparece antes do radical. 
Ex. destampar, incapaz, amoral. 
- Sufixo: É o afixo que aparece depois do radical ou do 
tema. 
Ex. pensamento, acusação 
 
Vogais e consoantes de ligação: São vogais e 
consoantes que surgem entre dois morfemas, para tornar mais 
fácil e agradável a pronúncia de certas palavras. Ex. flores, 
bambuzal, gasômetro. As vogais e consoantes de ligação não 
são consideradas morfemas, mas simples elementos utilizados, 
principalmente, em palavras derivadas e compostas. 
 
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
Haverá derivação quando, a partir de uma palavra 
primitiva na Língua Portuguesa, formar-se uma nova palavra, 
a derivada. 
Há seis tipos de derivação: 
 
Derivação Prefixal: a palavra derivada é obtida pela 
anexação de um prefixo à palavra primitiva. 
Ex. conceder, imoral, transplantar 
 
Derivação Sufixal: A palavra nova é obtida por 
acréscimo de sufixo. 
Ex. felizmente, moralidade 
 
Derivação Prefixal e Sufixal: A palavra nova recebe 
prefixo e sufixo. 
Ex. imoralidade, transplantado 
 
Derivação Parassintética: a palavra nova é obtida pelo 
acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Por parassíntese, 
formam-se principalmente verbos. 
Ex. entristecer, enevoar 
 
OBS.: Não confunda a derivação parassintética com a 
prefixal e sufixal. 
No caso da parassíntese, a nova palavra só existe com 
ambos os afixos, pois o acréscimo é simultâneo. 
No caso de entristecer, por exemplo, não existe “entriste” 
(sem o sufixo) e nem “tristecer” (sem o prefixo). 
 
Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem 
que haja a presença de afixos. São eles: 
 
Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por 
redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na 
formação de substantivos derivados de verbos. 
Ex. pesca (subst. deriv. do verbo pescar) 
 
Derivação imprópria: a palavra nova é obtida pela 
mudança de categoria gramatical da palavra primitiva. Não 
ocorre, pois, alteração na forma, mas tão-somente na classe 
gramatical. 
Ex. o porquê 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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Haverá composição quando se juntarem dois ou mais 
radicais para formar uma nova palavra. A composição pode 
ocorrer por: 
 
Justaposição: os elementos que formam o composto 
são postos lado a lado, sem que haja alteração fonética (a 
pronúncia não muda). 
Ex. passatempo, guarda-roupa, segunda-feira, girassol. 
 
Aglutinação: os elementos que formam o composto se 
aglutinam, havendo alteração fonética. 
Ex. aguardente (água+ardente), alvinegro (alvo+negro). 
 
Além da derivação e da composição, há alguns 
outros processos de formação de palavras: 
 
Hibridismo: É a formação de novas palavras a partir da 
união de radicais de idiomas diferentes. 
Ex. automóvel (grego+latim), sociologia (latim+grego), 
burocracia (francês+grego) 
 
Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando 
imitar sons da natureza ou barulhos de máquinas. Ex. 
zunzum, cricri, tique-taque, pingue-pongue. 
 
Abreviação ou Redução Vocabular: Consiste na 
eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter 
uma forma mais curta. 
Ex. extra (de extraordinário), fone (de telefone) 
 
Siglas: São formadas pela combinação das letras iniciais de 
uma sequência de palavras que constitui um nome: 
Ex. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
 
Empréstimo linguístico: É o aportuguesamento de 
palavras estrangeiras. 
Ex. estresse, bife, sutiã 
 
CLASSES DE PALAVRAS 
 
A Morfologia dividiu as palavras em dez classes 
(também chamadas de classes gramaticais ou classes 
morfológicas), considerando suas características e funções. 
São elas: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, 
verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. 
 
SUBSTANTIVO 
 
Substantivo é a palavra variável que dá nome aos seres, 
lugares, objetos, sentimentos. Para transformar uma palavra 
de outra classe gramatical em um substantivo, basta 
precedê-la de artigo. 
 
O substantivo pode ser classificado em: 
Primitivo: palavras que não derivam de outras. 
Ex. flor, pedra, jardim. 
 
Derivado: vem de outra palavra existente na língua. 
Ex. floricultura , pedreira, jardineiro. 
 
Simples: tem apenas um radical. 
Ex. água, couve, sol 
 
Composto: tem dois ou mais radicais. 
Ex. água-de-cheiro, couve-flor, girassol. 
 
Concreto: designa seres reais ou fantásticos. 
Ex. homem, cadeira, anjo. 
 
Abstrato: designa sentimentos, ideias ou conceitos, cuja 
existência está vinculada a alguém ou a alguma outra coisa. 
Ex. justiça, amor, trabalho, 
 
Comum: denomina um conjunto de seres de maneira geral, 
ou seja, um ser sem diferenciar dos outros do mesmo conjunto. 
Ex. carro, aluno, cidade 
 
Próprio: denota um elemento individual, sendo grafado 
sempre com letra maiúscula. 
Ex. Fusca, Lucas, Ipatinga. 
 
Coletivo: um substantivo coletivo designa um nome 
singular dado a um conjunto de seres. 
Ex. legião, alcatéia, arquipélago. 
Flexão de gênero 
Os substantivos flexionam-se nos gêneros masculino e 
feminino e, quanto às formas, podem ser: 
 
Substantivos biformes: apresentam duas formas 
originadas do mesmo radical. 
Ex. menino - menina, traidor - traidora, aluno - aluna. 
 
Substantivos heterônimos: apresentam radicais 
distintos e dispensam artigo ou flexão para indicar gênero, 
ou seja, apresentam duas formas: uma para o feminino e 
outra para o masculino. 
Ex. arlequim - colombina, bode - cabra, homem – mulher. 
 
Substantivos uniformes: apresentam a mesma forma 
para os dois gêneros, podendo ser classificados em: 
 
Epicenos: referem-se a animais ou plantas e são 
invariáveis no artigo precedente, acrescentando as palavras 
macho e fêmea, para distinção do sexo do animal. Ex. a 
onça macho - a onça fêmea; o jacaré macho - o jacaré 
fêmea; a foca macho - a foca fêmea. 
 
Comuns de dois gêneros: o gênero é indicado pelo 
artigo precedente. Ex. o/a dentista; o/a gerente. 
 
Sobrecomuns: invariáveis no artigo precedente. 
Exemplos: a criança, o indivíduo, o algoz. 
 
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam 
também de significado. Eis alguns deles: 
- o caixa = o funcionário 
 a caixa = o objeto 
- o capital = dinheiro 
 a capital = sede de governo 
- o grama = medida de massa 
 a grama = a relva, o capim 
- o guia = cicerone 
 a guia = documento, formulário; meio-fio 
- o moral = estado de espírito 
 a moral = ética, conclusão 
 
Flexão de número 
Os substantivos apresentam singular e plural. Os 
substantivos simples fazem o plural da seguinte forma, se 
forem terminados em: 
 
1) n, vogal ou ditongo, acrescenta-se o s. 
Ex. elétrons, copos, cáries 
2) ão, substitui-se por ões, ães ou ãos. 
Ex. anões, cães, mãos 
3) r e z, acrescenta-se es. 
Ex. flores, luzes. 
4) x, são invariáveis. 
Ex. tórax, fênix 
5) al, el, ol, ul, trocam o l por is, com as seguintes 
exceções: "mal" (males), "cônsul" (cônsules), "mol" (mols), 
"gol" (gols). 
Ex. jornais, anéis. 
6) il, troca-se o l por is (quando oxítona) ou o il por eis 
(quando paroxítona). 
Ex. fuzis, projéteis. 
7) s, acrescenta-se es nas oxítonas e nas monossílabas; 
as demais ficam invariáveis. 
Ex. países, áses, lápis, ônibus. 
(Exceção: cais é invariável) 
 
Os substantivos compostos ligados por hífen flexionam-
se da seguinte forma: 
- se os elementos são formados por palavras repetidas 
ou por onomatopeia, só o segundo elemento varia (tico-ticos, 
pingue-pongues). 
- nos demais casos, somente os elementos 
originariamente substantivos, adjetivos e numerais variam 
(couves-flores, guardas-noturnos, amores-perfeitos, bem-
amados, vale-tudo). 
 
OBS.: Metafonia é a mudança no timbre da vogal o (que 
passa de fechada ‘ô’a aberta ‘ó’), observada no plural de 
alguns substantivos: ovo – ovos , posto – postos. 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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Flexão de grau 
Os substantivos apresenta os graus aumentativo e 
diminutivo, que são formados por dois processos: 
 
Analítico: o substantivo é modificado por adjetivos que 
indicam sua proporção (rato grande, gato pequeno). 
 
Sintético: são utilizados sufixos. (ratão, gatinho) 
Alguns substantivos apresentam um diminutivo erudito, 
formado com os sufixos latinos ículo(a), ulo(a), únculo(a) e 
úsculo(a). 
 
Segue abaixo uma lista de diminutivos eruditos: 
corpo – corpúsculo 
cela – célula 
febre – febrícula 
feixe – fascículo 
globo – glóbulo 
grão – grânulo 
gota – gotícula 
homem – homúnculo 
monte – montículo 
nó – nódulo 
núcleo – nucléolo 
obra – opúsculo 
orelha – aurícula 
ovo – óvulo 
parte – partícula 
porção – porciúncula 
pele – película 
questão – questiúncula 
raiz – radícula 
rede – retículo 
verso – versículo 
 
ADJETIVO 
 
Adjetivo é a palavra que modifica um substantivo, 
atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Os 
adjetivos podem ser: 
 
1) Adjetivo explicativo _ Denota qualidade essencial 
do ser, qualidade inerente. 
Ex. Homem mortal, leite branco. 
 
2) Adjetivo restritivo _ Denota qualidade adicionada 
ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do 
substantivo. 
Ex. Homem inteligente, leite enriquecido. 
 
Quanto à formação, os adjetivos se classificam em: 
 
Primitivo: não se originam de outra palavra. 
Ex. verde 
 
Derivado: origina-se de uma palavra já existente. 
Ex. esverdeado 
 
Simples: apresenta somente um radical. 
Ex. azul 
 
Composto: apresenta mais de um radical. 
Ex. azul-marinho 
 
Adjetivo Pátrio: Indica a nacionalidade ou o lugar de 
origem do ser. 
Ex. acreano, belo-horizontino, estadunidense, porto-
riquenho, nordestino. 
 
Locução Adjetiva: É uma expressão que exerce a 
mesma função do adjetivo. 
Ex. olhos de águia (=aquilinos) 
carinha de anjo (= angelical) 
fé sem limite (=ilimitada) 
 
Flexão de gênero 
O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere 
em gênero e número (masculino e feminino; singular e 
plural). Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: 
 
Uniforme: apresenta uma única forma para os dois 
gêneros. 
Ex. amável, persistente 
Biforme: apresenta uma forma diferente para cada 
gênero. 
Ex. bonito/bonita, chinês/chinesa 
 
Flexão de número 
Os adjetivos simples se flexionam obedecendo às 
mesmas regras dos substantivos simples. Já no caso dos 
adjetivos compostos, somente o último elemento flexiona. 
Ex. cabelos castanho-escuros, obras anglo-
germânicas. 
 
OBS.: Caso o adjetivo seja representado por um 
substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que 
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um 
substantivo, ela não se flexiona. 
Ex. motos vinho, comícios monstro, tons pastel, 
camisas branco-gelo, bandeiras amarelo-ouro. 
 
Azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, ultravioleta e 
qualquer adjetivo composto iniciado por cor de ... são 
sempre invariáveis. 
Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha 
têm os dois elementos flexionados. 
 
Flexão de Grau 
1) Grau Comparativo: compara uma qualidade entre 
dois elementos ou duas qualidade de um mesmo elemento. 
São três os comparativos: 
- de superioridade: Para alguns alunos, Português é 
mais fácil que Química. 
- de igualdade: Para alguns alunos, Português é tão 
fácil quanto Química. 
- de inferioridade: Para alguns alunos, Português é 
menos fácil que Química. 
 
OBS.: Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm 
formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor); porém, em 
comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo 
elemento, devem-se usar as formas analíticas mais bom, 
mais mau, mais grande e mais pequeno. 
Ex. Pedro é maior do que Paulo, pois se está 
comparando dois elementos, mas Pedro é mais grande que 
forte, pois se está fazendo a comparação de duas 
qualidades de um mesmo elemento. 
 
2) Grau Superlativo: engrandece a qualidade de um 
elemento. São dois os superlativos: 
 
Superlativo absoluto 
- analítico = o adjetivo é modificado por um advérbio. 
Ex. Carla é muito inteligente. 
- sintético = quando há o acréscimo de um sufixo. 
Ex. Carla é inteligentíssima. 
 
Superlativo relativo 
- de superioridade = Enaltece a qualidade do 
substantivo como "o mais" dentre todos os outros. 
Ex. Carla é a mais inteligente. 
 
- de inferioridade = Enaltece a qualidade do substantivo 
como "o menos" dentre todos os outros. 
Ex. Carla é a menos inteligente. 
 
ARTIGO 
 
É a palavra variável em gênero e número que precede 
um substantivo, determinando-o de modo preciso (artigo 
definido) ou vago (artigo indefinido). Os artigos classificam-
se em: 
01) Artigos Definidos: o, a, os, as. 
Ex. O garoto pediu dinheiro. (sabe-se quem é o garoto.) 
 
02) Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas. 
Ex. Um garoto pediu dinheiro. (Refere-se a um garoto 
qualquer, de forma genérica.) 
 
OBS.: O artigo tem a capacidade de substantivar qualquer 
palavra, isto é, ao precedermos uma palavra de artigo, 
automaticamente, ela passa a atuar como substantivo. 
Ex. Maria não aceitava um não como resposta. 
O andar do rapaz era trôpego e engraçado. 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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Emprego dos artigos 
Ambos: Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o 
elemento posterior, caso este exija o seu uso. 
Ex. Ambos os atletas foram declarados vencedores. 
(atletas é substantivo que exige artigo.) 
 
Todos: Usa-se o artigo entre o pronome indefinido 
todos e o elemento posterior, caso este exija o seu uso. 
Ex. Todas as leis devem ser cumpridas. 
 
Todo: Diante do pronome indefinido todo, usa-se o 
artigo, para indicar totalidade; não se usa, para indicar 
generalização. 
Ex. Todo o país participou da greve. (O país inteiro) 
 Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, 
todos os países) 
 
Cujo: Não se usa artigo após o pronome relativo cujo. 
Ex. As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram 
revoltadas. (e não cujo as bolsas) 
 
Pronomes Possessivos: Diante de pronomes 
possessivos, o uso do artigo é facultativo. 
Ex. Encontrei seus amigos no Shopping. / Encontrei 
os seus amigos no Shopping. 
 
Nomes de pessoas: Diante de nome de pessoas, só se 
usa artigo para indicar afetividade ou familiaridade. 
Ex. O Pedrinho mandou uma carta a Fernando 
Henrique Cardoso. 
 
Casa: Só se usa artigo diante da palavra casa, se ela 
estiver especificada. 
Ex. Saí de casa há pouco. 
Saí da casa do Gilberto há pouco. 
 
Terra: Se a palavra terra significar "chão firme", só 
haverá artigo quando estiver especificada. Se significar 
planeta, usa-se com artigo. 
Ex. Os marinheiros voltaram de terra, pois irão à terra 
do comandante. 
 Os astronautas tiraram fotos da Terra. 
 
OBS.: Não se deve combinar com preposição o artigo 
que faz parte do nome de jornais, revistas, obras literárias, 
etc. 
(Ex. Li a notícia em O Estado.) 
De igual forma, não se combina com preposição o artigo 
que integra o sujeito de um verbo. 
(Ex. Está na hora de a onça beber água.) 
 
PRONOME 
 
Pronome é a palavra variável em gênero, número e 
pessoa que substitui ou acompanha o nome, indicando-o 
como pessoa do discurso. 
 
OBS.: São três as pessoas do discurso: 1ªpessoa = 
emissor (transmite a mensagem); 2ª pessoa = receptor 
(recebe a mensagem) e 3ª pessoa = referente (assunto da 
mensagem). 
Quando o pronome substituir um substantivo, será 
denominado pronome substantivo 
Ex. Ele é amigo de Pedro. 
Quando o pronome acompanhar um substantivo, será 
denominado pronome adjetivo. 
Ex. Pedro é meu professor. 
 
PRONOMES PESSOAIS 
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma 
das três pessoas do discurso: a que fala, a com quem se fala 
e a de quem se fala. São de dois tipos: 
 
Pronomes pessoais do caso reto: são os que 
desempenham a função sintática de sujeito da oração _ eu, 
tu, ele, ela, nós, vós eles, elas. 
 
Pronomes pessoais do caso oblíquo: são os que 
desempenham a função sintática de complemento verbal 
(objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da 
passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal. 
Os pronomes pessoais oblíquos se subdividem em dois 
tipos: os átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes), 
que não são antecedidos por preposição e se apoiam 
diretamente no verbo; e os tônicos (mim, comigo, ti, contigo, 
ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas), 
precedidos por preposição. 
 
Emprego dos Pronomes Pessoais 
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito. Mim e ti 
exercem a função sintática de complemento verbal ou 
nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre 
são precedidos de preposição. 
Ex. Trouxeram aquela encomenda para mim. 
Era para eu conversar com o diretor. 
 
Se, si, consigo são pronomes reflexivos ou recíprocos; 
portanto, só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz 
reflexiva recíproca. 
Ex. Quem não se cuida, acaba ficando doente. 
Gilberto trouxe consigo os três irmãos. 
 
Com nós ou com vós são usados quando, à frente, 
surgir qualquer palavra que indique quem "somos nós" ou 
quem "sois vós". Nos demais casos, usa-se sempre 
conosco ou convosco. 
Ex. Ele disse que sairia com nós dois. 
O engenheiro foi ao canteiro de obras conosco. 
 
OBS.: Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s) 
funcionarem como sujeito, não devem ser aglutinados com a 
preposição de. 
Ex. No momento de ele discursar, faltou-lhe a palavra. 
 
Os pronomes oblíquos átonos podem exercer diversas 
funções sintáticas nas orações. São elas: 
 
- Objeto Direto - me, te, se, o, a, nos, vos, os, as. 
Ex. Quando encontrar seu material, traga-o até mim. 
Respeite-me, garoto. 
 
- Objeto Indireto - me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. 
Ex. Traga-me as apostilas 
Obedecemos-lhe cegamente. 
 
Adjunto adnominal - me, te, lhe, nos, vos, lhes, 
quando indicarem posse. 
Ex. Quando Clodoaldo morreu, Soraia recebeu-lhe a 
herança. (a herança dele) 
 
Complemento nominal - me, te, lhe, nos, vos, lhes, 
quando complementarem o sentido de adjetivos, advérbios 
ou substantivos abstratos. 
Ex. Tenha-me respeito. (respeito a mim) 
 
Sujeito acusativo - me, te, se, o, a, nos, vos, os, as, 
quando estiverem em um período composto formado pelos 
verbos fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir e um 
verbo no infinitivo ou no gerúndio. 
Ex. Deixei-a entrar atrasada. 
Mandaram-me conversar com ele. 
 
Se o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE, os pronomes 
o, a, os, as se transformarão em no, na, nos, nas. 
Ex. Quando encontrarem o material, tragam-no até 
mim. 
Se o verbo terminar em R, S ou Z, essas terminações 
serão retiradas, e os pronomes o, a, os, as mudarão para lo, 
la, los, las. 
Ex. Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-
las até mim. 
Se o verbo terminar em mos, seguido de nos ou de vos, 
retira-se a terminação -s. 
Ex. Encontramo-nos ontem à noite. 
Se o verbo for transitivo indireto terminado em s, seguido 
de lhe, lhes, não se retira a terminação s. 
Ex. Tu obedeces-lhe? 
 
Pronomes de Tratamento: Constituem um tipo de 
especial de pronome pessoal. Os pronomes de tratamento, 
embora se refiram a 2ª pessoa gramatical, fazem 
concordância em 3ª pessoa. 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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Pronomes 
de tratamento 
Abreviatura Usados para: 
Você V. 
Tratamento íntimo, 
familiar, informal. 
Senhor, 
Senhora 
Sr., Sr.ª 
Tratamento mais 
respeitoso, cerimonioso. 
Vossa 
Senhoria 
V. S.ª 
Textos escritos, como: 
correspondências, 
ofícios, cartas comerciais, 
requerimentos, etc. 
Vossa 
Excelência 
V. Ex.ª 
Altas autoridades, 
como: Presidente da 
República, Senadores, 
Embaixadores, 
Ministros de Estado, Juízes.
Vossa Eminência V. Em.ª Cardeais. 
Vossa Alteza V. A. Príncipes e duques. 
Vossa Santidade V.S. Papa. 
Vossa 
Reverendíssima 
V. Rev.mª 
Sacerdotes e Religiosos 
em geral. 
Vossa 
Paternidade 
V. P. 
Superiores de Ordens 
Religiosas. 
Vossa 
Magnificência 
V. Mag.ª 
Reitores de 
Universidades 
Vossa Majestade V. M. Reis e Rainhas. 
 
1. Ao se dirigir respeitosamente a uma autoridade, você 
usa o "Vossa". 
Ex. Vossa Excelência foi muito útil na resolução do 
problema. 
2. Ao se dirigir a outra pessoa, referindo-se àquela 
mesma autoridade, você usa o "Sua". 
Ex. Sua Excelência, o deputado José, foi muito útil na 
resolução do problema. 
3. Ao usar o pronome de tratamento como vocativo (para 
chamar, avisar, interpelar), dispensa-se o pronome 
possessivo (Vossa, Sua). 
Ex. Cuidado, Excelência. 
Perdão, Alteza! 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
Como já mencionado anteriormente, o pronome oblíquo 
átono sempre se apoia no verbo, em relação ao qual pode 
ocupar três posições: próclise (antes do verbo), ênclise 
(depois do verbo) e mesóclise (no meio do verbo). Veremos 
a seguir as regras de colocação pronominal. 
 
1) Próclise: Ocorre próclise sempre que antes do verbo 
aparecer uma palavra atrativa, ou seja, um vocábulo que 
atraia o pronome para perto de si. São as seguintes as 
palavras atrativas: 
 
Palavras de sentido negativo 
Ex. Ninguém te fere sem tua permissão. 
 
Advérbios 
Ex. Aqui se faz, aqui se paga. 
 
Conjunções subordinativas 
Ex. Escrevi a frase, conforme me lembrava. 
 
Pronomes indefinidos 
Ex. Algo lhe perturba profundamente. 
 
Pronomes relativos 
Ex. Este é o rapaz que o convidou. 
 
Pronomes demonstrativos 
Ex. Isso nos convém no momento. 
 
Também ocorre próclise nas orações exclamativas (Ex. 
Quantas injúrias se cometeram naquele dia!), optativas (Ex. 
Deus te proteja.) e interrogativas (Ex. Quem lhe contou essa 
história?). 
A próclise será de rigor, ainda, em frases com 
preposição + verbo no infinitivo flexionado (Ex. Ao nos 
posicionarmos a favor dela, ganhamos alguns desafetos.) 
 
2) Ênclise: Ocorre ênclise nos seguintes casos: 
Quando o verbo iniciar a oração. 
Ex. Arrependi-me do que fiz a você. 
 
Com o verbo no imperativo afirmativo. 
Ex. Pecadores, arrependei-vos! 
 
Com o verbo no infinitivo impessoal. 
Ex. É preciso queixar-se menos e agradecer mais. 
Com o verbo no gerúndio. 
Ex. Leia poesia, estudando-se Literatura. 
 
OBS.: Se antes do verbo no gerúndio, houver a 
preposição em, ocorrerá próclise. Ex. Em se tratando de 
gastronomia, a Itália é perfeita.) 
 
Casos facultativos: Se antes do verbo houver pronome 
pessoal reto ou substantivo, admite-se tanto próclise quanto 
ênclise. 
Ex. Eu te amo ou Eu amo-te 
Os alunos se foram ou Os alunos foram-se. 
 
3) Mesóclise: Só ocorre mesóclise se o verbo estiver em 
um dos tempos verbais abaixo: 
 
Futuro do Presente 
Ex. Oferecer-lhe-á um buquê de flores. 
 
Futuro do Pretérito 
Ex. Queixar-me-ia de você todos os dias. 
 
OBS.: Verbos no Futuro do Presente e no Futuro do 
Pretérito jamais admitem ênclise. Mas se o verbo conjugado 
nesses tempos não estiver no início da frase, tanto 
poderemos usar próclise, quanto mesóclise. 
Ex. Eu me queixareide você ou Eu queixar-me-ei de 
você. Os alunos se esforçarão ou Os alunos esforçar-se-ão. 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
NAS LOCUÇÕES VERBAIS 
 
01) Auxiliar + Infinitivo ou Gerúndio: Quando o verbo 
principal da locução verbal estiver no infinitivo ou no 
gerúndio, há duas colocações pronominais possíveis: 
Em relação ao verbo auxiliar, seguem-se as mesmas 
regras dos tempos simples, ou seja, próclise, em qualquer 
circunstância (menos em início de frase); mesóclise, com 
verbo no futuro; e ênclise, sem atração, nem futuro. 
Em relação ao verbo principal, deve-se colocar o 
pronome depois do verbo (ênclise). 
Ex. Eles se vão esforçar mais. Eles não se vão esforçar 
mais. Eles se irão esforçar mais. Eles vão-se esforçar mais. 
Eles ir-se-ão esforçar mais. Eles vão esforçar-se mais. Eles não 
vão esforçar-se mais. Eles irão esforçar-se mais. 
02) Auxiliar + Particípio: Quando o verbo principal da 
locução verbal estiver no particípio, o pronome oblíquo átono 
só poderá ser colocado junto do verbo auxiliar, nunca após o 
verbo principal. 
Ex. Eles se têm esforçado. Eles não se têm esforçado. 
Eles se terão esforçado. Eles têm-se esforçado. Eles ter-se-
ão esforçado. 
 
PRONOMES POSSESSIVOS 
 
São aqueles que indicam posse, em relação às três 
pessoas do discurso. São eles: meu(s), minha(s), teu(s), 
tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), 
vossa(s). 
 
Empregos dos pronomes possessivos 
 
01) O emprego dos possessivos de terceira pessoa 
seu(s), sua(s) pode dar duplo sentido à frase (ambiguidade). 
Ex. Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus 
documentos. 
Nesse caso, para evitar a ambiguidade, basta substituir o 
possessivo por dele ou dela. 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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02) É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos. 
Ex. Trate bem seus amigos. 
Trate bem os seus amigos. 
 
03) Não se devem usar pronomes possessivos diante de 
partes do próprio corpo. 
Ex. Vou lavar as mãos. (e não “minhas mãos”) 
Cuidado para não machucar os pés! 
 
OBS.: Não confunda a abreviação coloquial do pronome 
de tratamento senhor (“seu”), com o pronome possessivo de 
3ª pessoa. Ex. Seu João, como vai a família? 
v 
04) Os possessivos de 3ª pessoa também podem ser 
usados para indicar aproximação numérica, em vez de 
posse. 
Ex. A secretária devia ter seus 20 anos. (= 
aproximadamente 20 anos) 
 
PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
 
São aqueles que situam os seres no tempo e no espaço, 
em relação às pessoas do discurso. 
 
01) Este(s), esta(s), isto: São usados para o que está 
próximo da 1ª pessoa e para o tempo presente. 
Ex. Este chapéu que estou usando é de couro. 
Este ano está sendo surpreendente. 
 
02) Esse(s), essa(s), isso: São usados para o que está 
próximo da 2ª pessoa e para o tempo passado recente. 
Ex. Esse chapéu que você está usando é de couro? 
Em novembro de 2009, inauguramos a loja. Até esse 
ano, nada sabíamos sobre comércio. 
 
03) Aquele(s), aquela(s), aquilo: São usados para o 
que está distante do falante e do ouvinte e para o tempo 
passado distante. 
Ex. Aquele chapéu que ele está usando é de couro? 
Em 1974, eu tinha 15 anos. Naquela época, Londrina era 
uma cidade pequena. 
 
Outros usos dos demonstrativos 
01) Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, 
isto para o que ainda vai ser dito ou escrito, e esse, essa, 
isso para o que já foi dito ou escrito. 
Ex. Esta é a verdade: existe a violência, porque a 
sociedade a permitiu. 
Existe a violência, porque a sociedade a permitiu. A 
verdade é essa. 
 
02) Usa-se este, esta, isto em referência a um termo 
imediatamente anterior. 
Ex. O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser 
preservada. 
v 
03) Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos 
anteriormente citados, usa-se este, esta, isto em relação ao 
que foi mencionado por último e aquele, aquela, aquilo, em 
relação ao que foi nomeado em primeiro lugar. 
Ex. Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados 
Unidos é de domínio destes sobre aquele. 
 
04) O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando 
equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s). 
Ex. Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele 
falou) 
 
05) Os pronomes demonstrativos podem aparecer 
combinados com preposições. 
Ex. deste (de+este), nessa (em+essa), àquilo 
(a+aquilo). 
 
06) Os pronomes este, esse e aquele (e suas variações), 
quando contraídos com a preposição de, pospostos a 
substantivos, são usados apenas no plural. 
Ex. Com um frio desses não sairei de casa. 
 
07) As expressões por isso, além disso, não obedecem 
às regras convencionais; sua forma é fixa. 
 
PRONOMES INDEFINIDOS 
 
São aqueles que se referem à terceira pessoa do 
discurso de uma maneira vaga, imprecisa, genérica. São 
eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, outrem, 
algum, alguns, alguma(s), nenhum, nenhuns, 
nenhuma(s), outro(s), outra(s), todo(s), toda(s), 
muito(s), muita(s), bastante(s), pouco(s), pouca(s), 
certo(s), certa(s), tanto(s), tanta(s), quanto(s), 
quanta(s), um, uns, uma(s), qualquer, quaisquer, além 
das locuções pronominais indefinidas cada um, cada 
qual, quem quer que, todo aquele que. 
 
Emprego dos Pronomes Indefinidos 
Algum: Adquire sentido negativo, quando estiver depois 
do substantivo. 
Ex. Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo) 
Algum amigo o ajudará. (Alguém) 
 
Cada: Não deve ser utilizado desacompanhado de 
substantivo ou numeral. 
Ex. As blusas custam dez reais cada uma (e não “dez 
reais cada”) 
 
Certo: Será pronome indefinido, quando anteceder 
substantivo e será adjetivo, quando estiver posposto a 
substantivo. 
Ex. Certas pessoas não se preocupam com os demais. 
As pessoas certas sempre nos ajudam. 
 
Qualquer: Não deve ser usado em sentido negativo. Em 
seu lugar, deve-se usar algum, posteriormente ao 
substantivo, ou nenhum. 
Ex. Ele entrou na festa sem qualquer problema. (frase 
inadequada gramaticalmente). 
 
Muito, pouco, bastante: Serão pronomes indefinidos, 
quando estiverem referindo-se a substantivo; caso 
modifiquem palavra que não seja substantivo, serão 
advérbios. 
Ex. Janice comprou muitas flores. (pron. indefinido) / 
Janice trabalha muito. (advérbio) 
 
Todo, toda: Usados com artigo, dão ideia de totalidade; 
usados sem artigo, significam qualquer, todos. 
Ex. Fiquei em cada todo o dia. (o dia inteiro) 
Todo dia telefono para ela. (todos os dias) 
 
 
OBS.: Se o pronome todo(a) estiver no plural, o emprego 
do artigo é obrigatório. Ex. Todos os cidadãos têm direito à 
liberdade. (e não “todos cidadãos”) 
 
PRONOMES INTERROGATIVOS 
 
São os pronomes que, quem, qual e quanto usados em 
frases interrogativas diretas ou indiretas. 
Ex. Que farei agora? - Interrogativa direta. 
Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta. 
Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - 
Interrogativa indireta. 
 
01) Na expressão interrogativa Que é de? subentende-
se a palavra feito: Que é de José? (= Que é feito de José?) 
 
02) Não se deve usar a forma o que como pronome 
interrogativo; usa-se apenas que, a não ser que o pronome 
seja colocado depois do verbo. 
Ex. Que você faz? (e não “O que você faz?”) 
Você fará o quê? 
 
OBS.: Conforme alguns gramáticos, os advérbios 
interrrogativos onde, quando e como podem ser classificados 
como pronomes interrogativos adverbiais. 
Ex. Onde você mora? (pron. int. lugar) Quando você 
terá férias? (pron. int. tempo) Como ele fez isso? (pron. int. 
modo) 
 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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PRONOMES RELATIVOS 
 
São pronomes que substituem um termo da oração 
anterior, estabelecendo relação entre duas orações. São 
eles: que, quem, o qual (e flexões), cujo (e flexões), onde, 
quanto (e flexões). 
Ex. Não conhecemos o aluno. O aluno saiu. = Não 
conhecemos o aluno que saiu. 
 
Como sepode perceber, o que, na frase acima, está 
substituindo o termo aluno e está relacionando a segunda 
oração com a primeira. 
 
Emprego dos pronomes relativos 
1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição 
se a regência assim determinar. 
 
 Prep. Pron. 
Termo regente 
(que exige a preposição) 
Havia condições a que 
nos opúnhamos. 
(opor-se a) 
Havia condições com que 
não concordávamos. 
(concordar com) 
Havia condições de que 
desconfiávamos. 
(desconfiar de) 
Havia condições - que nos prejudicavam. 
Havia condições em que 
insistíamos. 
(insistir em) 
 
2. O pronome relativo quem só pode fazer referência a 
pessoa. 
Ex. Não conheço a médica de quem você falou. 
 
3. Quando o relativo quem aparecer sem antecedente 
explícito, é classificado como pronome relativo indefinido. 
Ex. Quem atravessou, foi multado. 
 
4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo 
quem sempre virá precedido de preposição, mesmo que o 
verbo não exija. 
Ex. João era o filho a quem ele amava. 
 
5. O pronome relativo que é chamado de relativo 
universal, pois pode ser empregado com referência a 
pessoas, lugares ou coisas. 
Ex. Conheço bem a moça que saiu. 
Não gostei do vestido que comprei. 
 
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o 
demonstrativo o (a, os, as). 
Ex. Sei o que digo. (o pronome o equivale a aquilo) 
 
7. Quando precedido de preposição monossilábica, 
emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de 
mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões). 
Ex. Aquele é o machado com que trabalho. 
Aquele é o empresário para o qual trabalho. 
Exceções: As preposições sem e sob. Com elas, usa-se 
de preferência o qual (e flexões). 
 
8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo 
possessivo e equivale a do qual, de que, de quem. 
Concorda em gênero e número com a coisa possuída. 
Ex. Cortaram as árvores cujos troncos estavam 
podres. 
 
9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são 
pronomes relativos quando seguem os pronomes indefinidos 
tudo, todos ou todas. 
Ex. Ele recolheu tudo quanto viu. 
 
10. O relativo onde só deve ser usado para indicar lugar. 
Ex. Esta é a terra onde habito. 
 
a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de 
movimento. Pode ser usado sem antecedente. 
Ex. Nunca mais morei na cidade onde nasci. 
 
b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de 
movimento e é resultado da combinação da preposição a + 
onde. 
Ex. As crianças não sabiam aonde ir. 
 
Função sintática dos pronomes relativos 
Para descobrir qual a função sintática exercida pelo 
pronome relativo na oração, basta substituí-lo por seu 
antecedente; a função exercida pelo antecedente será a 
mesma do pronome relativo. 
Ex.: Maria é a mulher de quem João gosta. 
(antecedente do pron. rel.: a mulher. – Fazendo a 
substituição: João gosta da mulher – da mulher = objeto 
indireto – função do pron. quem = obj. ind.) 
 
Bethânia era o bairro onde ele trabalhava. (antecedente 
do pron. rel.: o bairro – Fazendo a substituição: Ele 
trabalhava no bairro - no bairro = adj. adv. lugar – função do 
pron. onde = adj. adv.) 
 
NUMERAL 
 
É a palavra que indica a quantidade de elementos ou 
sua ordem de sucessão. Dependendo do que o numeral 
indica, ele pode ser: 
 
- Cardinal: É o numeral que indica a quantidade de 
seres. 
Ex. três, dez 
 
- Ordinal: É o numeral que indica ordem de sucessão, a 
posição ocupada por um ser numa determinada série. 
Ex. terceiro, décimo 
 
- Multiplicativo: É o numeral que indica a multiplicação 
de seres. 
Ex. triplo, décuplo 
 
- Fracionário: É o numeral que indica divisão, fração. 
Ex. meio, um quinto 
 
- Coletivo: É o numeral que indica uma quantidade 
específica de um conjunto de seres. 
Ex. par, dezena, dúzia, cento, milheiro, milhar 
 
 
Emprego dos Numerais 
 
01) Intercala-se a conjunção e entre as centenas e as 
dezenas e entre as dezenas e as unidades. 
Ex. 562.983.665 = Quinhentos e sessenta e dois milhões 
novecentos e oitenta e três mil seiscentos e sessenta e 
cinco. 
 
02) Na designação de séculos, reis, papas, príncipes, 
imperadores, capítulos, festas, feiras, etc., utilizam-se 
algarismos romanos. 
A leitura será por ordinal até X; a partir daí (XI, XII ...), 
por cardinal. Se o numeral preceder o substantivo, sempre 
será lido como ordinal. 
Ex. II Bienal Cultural = Segunda Bienal Cultural. 
Papa João Paulo II = Papa João Paulo segundo. 
Papa João XXIII = Papa João vinte e três. 
 
03) Na designação dos artigos de leis, decretos e 
portarias, utiliza-se o ordinal até o nono e o cardinal de dez 
em diante. 
Ex. Artigo 7º (sétimo); Artigo 21 (vinte e um). 
 
VERBO 
 
 
Verbo é a palavra que indica ação, praticada ou sofrida 
pelo sujeito; fato, de que o sujeito participa ativamente; 
estado ou qualidade do sujeito; ou fenômeno da natureza. 
 
Classificação dos verbos 
Os verbos classificam-se em: 
 
01) Verbos Regulares: são aqueles que não sofrem 
alterações no radical. 
Ex. trabalhar, trabalhei, trabalhou, trabalhava, 
trabalhamos. 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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02) Verbos Irregulares: são aqueles que sofrem 
pequenas alterações no radical. 
Ex. fazer, faço, fiz. 
trazer, trago, trouxera. 
 
03) Verbos Anômalos: são aqueles que apresentam 
radicais diferentes. 
Ex. ser, sou, é, fui, era, sois. 
ir, vou, fui, vamos, fostes. 
 
04) Verbos Defectivos: são aqueles que não 
apresentam conjugação completa. 
Ex. falir, reaver, precaver (não possuem as 1ª, 2ª e 3ª 
pessoas do presente do indicativo, nem o presente do 
subjuntivo inteiro). 
 
05) Verbos Abundantes: são aqueles que apresentam 
duas formas de mesmo valor. Geralmente a abundância 
ocorre no particípio. 
Ex. aceitado / aceito, entregado / entregue, limpado / 
limpo. 
 
OBS.: Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, 
pôr, ver e vir só possuem o particípio irregular (que não é 
terminado em ado/ido): aberto, coberto, dito, escrito, feito, 
posto, visto, vindo. 
 
06) Verbos Pronominais: são aqueles que só se 
conjugam acompanhados de pronome oblíquo. 
Ex. queixar-se, arrepender-se, ajoelhar-se, suicidar-se, 
zangar-se. 
 
Locução Verbal _ Também chamada de conjugação 
perifrástica, a locução verbal é o conjunto formado por um 
verbo auxiliar mais um verbo principal. Nas locuções verbais 
é sempre o verbo auxiliar que flexiona, enquanto o verbo 
principal é apresentado no gerúndio ou no infinitivo. 
Ex. Estou lendo um ótimo romance. 
Amanhã deve chover. 
 
Conjugação verbal: Há três conjugações para os 
verbos da língua portuguesa: 
1ª conjugação: verbos terminados em -ar. 
Ex. amar, sonhar. 
2ª conjugação: verbos terminados em -er. 
Ex. viver, crescer. 
3ª conjugação: verbos terminados em -ir. 
Ex. sentir, sorrir. 
 
Formas Nominais do Verbo: São formas em que o 
verbo pode atuar como nome, ou seja, exercer funções 
sintáticas próprias de substantivo ou adjetivo. São três as 
formas nominais: 
 
1) Particípio: Expressa ações que já foram concluídas e 
pode ser empregado com ou sem verbo auxiliar. É marcado 
pelas terminações ado / ido. 
Ex. Terminada a festa, todos foram para casa. / 
Tínhamos falado pra ele ir à minha casa. 
OBS.: O particípio é a única forma nominal que flexiona 
em gênero e número, concordando com o substantivo a que 
se refere. 
Ex. copo quebrado / taças quebradas. 
 
 
2) Gerúndio: Expressa ações que ainda estão em 
andamento, ou simplesmente uma ação que está sendo feita 
no mesmo momento que outra, para dar assim a ideia de 
duração. É marcado pela terminação ndo. 
Ex. Chegando ao baile, a debutante se assustou. 
Ele estava voltando para casa, quando saímos. 
 
OBS.: Evite o “gerundismo”, vício de linguagem que 
consiste em utilizar o gerúndio de forma excessiva e artificial, 
para indicar ação futura. 
Ex. O atendente vai estar realizando uma pesquisa. 
 
3) Infinitivo: Expressa um ação sem situá-lano tempo. É 
o verbo sem ser conjugado, marcado pela terminação -r. 
Ex. Sonhar bem alto é quase um passo para levantar 
voo. 
OBS.: O infinitivo pode ser pessoal, ou seja, flexionado 
em pessoa (Ex. para tu cantares, para nós cantarmos) ou 
impessoal, não-flexionado (Ex. É proibido andar de bicicleta.) 
 
FLEXÕES DO VERBO 
Flexão de Pessoa: O verbo flexiona em pessoa (1ª, 2ª e 
3ª pessoas gramaticais) para concordar com o sujeito da 
oração. 
Ex. Eu trabalho / Tu trabalhas / Ele trabalha 
 
Flexão de Número: O verbo flexiona em número 
(singular e plural), concordando, geralmente, com o sujeito 
da oração. 
Ex. Eu canto / Nós cantamos 
 
Flexão de Modo: São três os modos verbais na língua 
portuguesa: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo. 
 
1) Indicativo - Expressa certeza, isto é, o enunciado dá 
o fato como certo, preciso. Os tempos verbais do modo 
indicativo são: 
 
a - Presente: Indica fato que ocorre corriqueiramente ou 
no momento em que se fala. 
Ex. Todos os dias, caminho no parque. 
Ela estuda no Curso Oficial. 
 
b - Pretérito Perfeito: Indica fato que ocorreu no 
passado em determinado momento, observado depois de 
concluído. 
Ex. Ontem caminhei no parque. 
Ela estudou no Curso Oficial no ano passado. 
 
c - Pretérito Imperfeito: Indica fato que ocorria com 
frequência no passado, ou fato que não havia chegado ao 
final no momento em que estava sendo observado. 
Ex. Naquela época, eu caminhava no parque. 
Ela estudava no Curso Oficial, quando me conheceu. 
 
d - Pretérito Mais-que-perfeito: Indica fato ocorrido 
antes de outro no Pretérito Perfeito do Indicativo. 
Ex. Quando você foi ao parque, eu já caminhara 6 Km. 
 
e - Futuro do Presente: Indica fato que ocorre em 
momento posterior ao que se fala. 
Ex. Amanhã caminharei no parque pela manhã. 
Ela estudará no Curso Oficial no ano que vem. 
 
f - Futuro do Pretérito: Indica fato futuro, dependente 
de outro anterior a ele. 
Ex. Eu caminharia todos os dias, se não trabalhasse 
tanto. 
 
2) Subjuntivo - Expressa dúvida, possibilidade; ou seja, 
o enunciado coloca o fato como hipotético. 
Os tempos verbais do modo subjuntivo são: 
 
a - Presente: Indica desejo atual, dúvida que ocorre no 
momento da fala. 
Ex. Espero que eu caminhe bastante este ano. 
 
b - Pretérito Imperfeito: Indica condição, hipótese; 
normalmente é usado com o Futuro do Pretérito do 
Indicativo. 
Ex. Eu caminharia todos os dias, se não trabalhasse 
tanto. 
 
c - Futuro: Indica hipótese futura. 
Ex. Quando eu for à Europa, visitarei o Museu do 
Louvre. 
 
3) Imperativo - Expressa ordem, pedido, sugestão ou 
conselho. 
Ex. Caminhe todos os dias, para a saúde melhorar. / 
Traga-me um café bem forte, por favor. 
 
Flexão de Tempo: O tempo verbal refere-se ao 
momento em que ocorre o fato expresso pelo verbo. 
Os tempos simples já foram apresentados acima; 
vejamos agora os tempos compostos. 
 
Tempos Compostos: São formados por locuções 
verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e 
como principal, qualquer verbo no particípio. 
 - LÍNGUA PORTUGUESA - 
 
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São eles: 
 
a - Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: Indica 
fato que tem ocorrido com frequência. 
Ex. Eu tenho estudado demais ultimamente. 
 
b - Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: Indica 
desejo de que algo já tenha ocorrido. 
Ex. Espero que você tenha estudado o suficiente para 
conseguir a aprovação. 
 
c- Pretérito Mais-que-perfeito Composto do 
Indicativo: Indica fato passado anterior a outro, também 
passado. 
Ex. Ontem, quando você foi ao parque, eu já tinha 
caminhado 6 Km. 
 
d - Pretérito Mais-que-perfeito Composto do 
Subjuntivo: Indica condição, hipótese. 
Ex. Ela estaria menos cansada, se não tivesse 
trabalhado tanto. 
 
e - Futuro do Presente Composto do Indicativo: 
Indica fato que ocorre em momento posterior ao que se fala. 
Ex. Quando você chegar ao parque, eu já terei 
caminhado 6 Km. 
 
f - Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: Tem o 
mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. 
Ex. Eu teria caminhado todos os dias, se não fosse a 
falta de tempo. 
 
g - Futuro Composto do Subjuntivo: Indica fato 
hipotético no futuro. 
Ex. Quando você tiver terminado sua série de exercícios, 
eu caminharei 6 Km. 
 
h - Infinitivo Pessoal Composto: Indica ação passada 
em relação ao momento da fala. 
Ex. Para você ter comprado esse carro, necessitou de 
muito dinheiro. 
 
Vozes Verbais - Flexão de Voz: Indica se o sujeito 
pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal. 
01) Voz Ativa: O sujeito é agente, ou seja, pratica a 
ação verbal ou participa ativamente de um fato. 
Ex. As meninas exigiram a presença da diretora. 
A torcida aplaudiu os jogadores. 
 
02) Voz Passiva: O sujeito é paciente, ou seja, sofre a 
ação verbal. Pode ser: 
 
a - Sintética ou Pronominal_ É formada por verbo 
transitivo direto + pronome se (partícula ou pronome 
apassivador) 
Ex. Entrega-se encomenda. 
Compram-se roupas usadas. 
 
b - Analítica _ É formada por verbo auxiliar ser ou estar 
+ particípio do verbo principal. 
Ex. A encomenda foi entregue. 
As roupas foram compradas por uma elegante senhora. 
 
03) Voz Reflexiva: O sujeito, simultaneamente, pratica e 
sofre a ação. 
Essa voz será chamada simplesmente de reflexiva, 
quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. 
Ex. Carla machucou-se. 
Tu te feristes? 
Eu me olhava no espelho. 
 
Há também a chamada de reflexiva recíproca, quando 
houver mais de um elemento como sujeito: um pratica a 
ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro. 
Ex. Paula e Renato amam-se. 
Nós nos olhávamos amorosamente. 
 
OBS.: Na voz reflexiva, o pronome se significa “a si 
mesmo(s)”; enquanto na voz reflexiva recíproca o pronome 
se é sinônimo de “um ao outro” ou “uns aos outros”. 
 
Conversão de Voz 
Para efetivar a conversão da ativa para a passiva e vice-
versa, procede-se da seguinte maneira: 
1 - O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da 
passiva. 
2 - O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da 
voz passiva. 
3 - Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e 
modo do verbo transitivo direto da ativa e o verbo principal 
ficará no particípio. 
 
Voz ativa 
A torcida aplaudiu os jogadores. 
- Sujeito = a torcida 
- Verbo transitivo direto = aplaudiu 
Objeto direto = os jogadores. 
 
Voz passiva analítica 
Os jogadores foram aplaudidos pela torcida. 
- Sujeito = os jogadores. 
- Locução verbal passiva = foram aplaudidos. 
- Agente da passiva = pela torcida. 
 
ADVÉRBIO 
 
Advérbio é a palavra invariável que modifica o verbo, um 
adjetivo, outro advérbio, ou até mesmo uma oração inteira, 
exprimindo uma circunstância. 
 
Locução Adverbial: É um conjunto de palavras que 
exerce a função de advérbio. 
Ex.: De modo algum irei lá. 
Às vezes, ela começava a chorar sem motivo. 
 
TIPOS DE ADVÉRBIOS 
DE MODO: Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, 
depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, à toa, à 
vontade, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa 
maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, 
em vão, calmamente, tristemente, propositadamente, 
pacientemente, etc. 
 
DE INTENSIDADE: Muito, demais, pouco, tão, menos, 
em excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, 
quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, 
nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, etc. 
 
DE TEMPO: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, 
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, 
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, 
enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, 
imediatamente, primeiramente, provisoriamente, etc. 
 
DE LUGAR: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, 
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, 
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, 
adentro,

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