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APOSTILA COMPLETA sSECRETARIA ESCOLAR 2021 (1)

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1 
 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
1. Conhecimento gramatical de acordo com 
o padrão culto da língua. 
2. Ortografia oficial. 
3.Acentuação gráfica. 
4. Flexão nominal e verbal. 
5. Emprego das classes de palavras. 
6. Pronome: emprego, formas de 
tratamento e colocação. 
7. Verbos: conjugação e vozes, regulares, 
irregulares e impessoais. 
8. Concordância verbal. 
9. Crase. 
10. Pontuação. 
11. Sintaxe da oração e do período. 
12. Regência nominal e verbal. 
13. Semântica. 
14. Interpretação de texto. 
15. Compreensão e interpretação de 
textos. 
16. Tipologia 
textual...........................................................
......................................................................
.02 A 40 
 
NOÇÕES DE INFORMÁTICA 
1. Conceitos e modos de utilização de 
aplicativos para edição de textos, planilhas 
e apresentações. 
2. Sistemas operacionais. 
3. Conceitos básicos e modos de utilização 
de tecnologias, ferramentas, aplicativos e 
procedimentos associados à Internet. 
4. Conceitos de organização e de 
gerenciamento de informações, arquivos, 
pastas e programas. 
5. Plataformas corporativas de colaboração 
e mídias sociais. 
6. Sistemas estruturadores da 
Administração Pública 
Federal.........................................................
.....................................................40 A 55 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
1. Comunicação Oral e Escrita: 
atendimento ao público, relações humanas, 
comunicação, comunicações 
organizacionais, eficácia nas comunicações 
administrativas, correspondência oficial – 
documentos e/ou modelos utilizados, 
mensagens eletrônicas, atendimento 
telefônico, formulários, serviços da 
empresa brasileira de telégrafos, 
fraseologia adequada, redação oficial, 
abreviações, formas de tratamento. 
2. Documentação e Arquivo: pesquisa, 
documentação, arquivo, sistemas e 
métodos de arquivamento. Cronograma de 
atividades do serviço de secretaria. Serviço 
de pessoal, conceito, competência, 
atribuições. Ergonomia: postura e 
movimento, fatores ambientais, 
organização e higiene do/no local de 
trabalho, informação e operação. 
3. Importância da Secretaria Escolar e do 
Secretário, perfil e papel. Princípios 
norteadores do trabalho dos profissionais 
da Secretaria. Gestão da Secretaria 
Escolar. Função social da escola. Projeto 
Político Pedagógico. Gestão escolar 
democrática. Gestão do processo de 
matrícula escolar. Censo escolar. 
4. Escrituração Escolar: Conceito; 
Documentos Escolares e sua escrituração; 
A vida escolar do aluno. 
5. Administração Geral: Noções de Arquivo; 
Conceito; Tipos de arquivo; métodos de 
arquivamento e forma de organização. 
Registros e Controle: referentes ao aluno, à 
instituição. Ética Profissional. 
6. Legislação: Lei federal 9394/96 – Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(atualizada); Lei Federal nº 8069/1990 – 
Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Estatuto do Servidor Público do Município 
de Fortaleza – Lei nº 6.794, de 27 de 
dezembro de 1990. Estatuto do Magistério 
do Município de Fortaleza – Lei nº 5.895, 
de 13 de novembro de 
1984..............................................................
................................55 A 170 
 
 
 
 
 
 
 
COLEGIO VASCONCELOS 
AV DA UNIVERSIDADE, 2094 – BENFICA 
(85)987673857/30168547 
CURSO SECRETÁRIO ESCOLAR – PMF 2021 
2 
 
 
PORTUGUES 
1. CONHECIMENTO 
GRAMATICAL DE ACORDO COM 
O PADRÃO CULTO DA LÍNGUA 
A língua pertence a todos os membros de 
uma comunidade e é uma entidade viva em 
constante mutação. Novas palavras são 
criadas ou assimiladas de outras línguas, à 
medida que surgem novos hábitos, objetos 
e conhecimentos. Os dicionários vão 
incorporando esses novos vocábulos 
(neologismos), quando consagrados pelo 
uso. Atualmente, os veículos de 
comunicação audiovisual, especialmente 
os computadores e a internet, têm sido 
fonte de incontáveis neologismos – alguns 
necessários, porque não havia 
equivalentes em Português; outros 
dispensáveis, porque duplicam palavras 
existentes. O único critério para sua 
integração na língua é, porém, o seu 
emprego constante por um número 
considerável de usuários. 
De fato, quem determina as 
transformações linguísticas é o conjunto de 
usuários, independentemente de quem 
sejam eles, estejam escrevendo ou 
falando, uma vez que tanto a língua escrita 
quando a oral apresentam variações 
condicionadas por diversos fatores: 
regionais, sociais, intelectuais etc. 
 
Embora as variações linguísticas sejam 
condicionadas pelas circunstâncias, tanto a 
língua falada quanto a escrita cumprem sua 
finalidade, que é a comunicação. A 
língua escrita obedece a normas 
gramaticais e será sempre diferente da 
língua oral, mais espontânea, solta, livre, 
visto que acompanha de mímica e 
entonação, que preenchem importantes 
papéis significativos. Mais sujeita a falhas, 
a linguagem empregada coloquialmente 
difere substancialmente do padrão culto, o 
que, segundo alguns linguistas, criou no 
Brasil um abismo quase intransponível para 
os usuários da língua, pois se expressar 
em português com clareza e correção é 
uma das maiores dificuldades dos 
brasileiros: “No português do Brasil, a 
distância entre o nível popular e o nível 
culto ficou tão marcada que, se assim 
prosseguir, acabará chegando a se parecer 
com o fenômeno verificado no italiano ou 
no alemão, por exemplo, com a distância 
entre um dialeto e outro.” (Evanildo 
Bechara, Ensino da Gramática. Opressão? 
Liberdade?) 
Com base nessas considerações, não se 
deve reger o ensino da língua pelas noções 
de certo e errado, mas pelos conceitos de 
adequado e inadequado, que são mais 
convenientes e exatos, porque refletem o 
uso da língua nos mais diferentes 
3 
 
COLEGIO VASCONCELOS 
AV DA UNIVERSIDADE, 2094 – BENFICA 
(85)987673857/30168547 
CURSO SECRETÁRIO ESCOLAR – PMF 2021 
 
contextos. Não se espera que um 
adolescente, reunido a outros em uma 
lanchonete, assim se expresse: “Vamos ao 
shopping assistir a um filme”, mas aceita-
se: “Vamos no shopping assistir um filme”. 
Não seria adequado a um professor 
universitário assim se manifestar: “Fazem 
dez anos que participo de palestras nesta 
egrégia Universidade, nas quais sempre 
houveram estudantes interessados”. 
Escrever conforme a norma culta – que não 
represente uma camisa de força, mas um 
tesouro das formas de expressão mais bem 
cultivadas da língua – é um requisito para 
qualquer profissional de nível universitário 
que se pretenda elevar acima da vala 
comum de sua profissão. O domínio 
eficiente da língua, em seus variados 
registros e em suas inesgotáveis 
possibilidades de variação, é uma das 
condições para o bom desempenho 
profissional e social. 
 
2. ORTOGRAFIA OFICIAL 
Ao escrever uma palavra com som de s, de 
z, de x ou de j, deve-se procurar a origem 
dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra 
primitiva, em muitos casos, indica como 
deveremos escrever a palavra derivada. 
Ç 
01) Escreveremos com -ção as palavras 
derivadas de vocábulos terminados em -to, 
-tor, -tivo e os substantivos formados pela 
posposição do -ção ao tema de um verbo 
(Tema é o que sobra, quando se retira a 
desinência de infinitivo - r - do verbo). 
Portanto deve-se procurar a origem da 
palavra terminada em -ção. Por exemplo: 
Donde provém a palavra conjunção? 
Resposta: provém de conjunto. Por isso, 
escrevemo-la com ç. 
Exemplos: 
• erudito = erudição 
• exceto = exceção 
• setor = seção 
• intuitivo = intuição 
• redator = redação 
• ereto = ereção 
• educar - r + ção = educação 
• exportar - r + ção = exportação 
• repartir - r + ção = repartição 
 
 
02) Escreveremos com -tenção os 
substantivos correspondentes aos verbos 
derivados do verbo ter. 
Exemplos: 
• manter = manutenção 
• reter = retenção 
• deter = detenção 
• conter = contenção 
03) Escreveremos com -çar os verbos 
derivados de substantivos terminados em -
ce. 
Exemplos: 
• alcance= alcançar 
• lance = lançar 
S 
01) Escreveremos com -s- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -nder e 
-ndir 
Exemplos: 
• pretender = pretensão 
• defender = defesa, defensivo 
• despender = despesa 
• compreender = compreensão 
• fundir = fusão 
• expandir = expansão 
02) Escreveremos com -s- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -erter, -
ertir e -ergir. 
Exemplos: 
• perverter = perversão 
• converter = conversão 
• reverter = reversão 
• divertir = diversão 
• aspergir = aspersão 
• imergir = imersão 
03) Escreveremos -puls- nas palavras 
derivadas de verbos terminados em -pelir e 
-curs-, nas palavras derivadas de verbos 
terminados em -correr. 
Exemplos: 
• expelir = expulsão 
• impelir = impulso 
• compelir = compulsório 
• concorrer = concurso 
• discorrer = discurso 
• percorrer = percurso 
04) Escreveremos com -s- todas as 
palavras terminadas em -oso e -osa, com 
exceção de gozo. 
Exemplos: 
• gostosa 
• glamorosa 
• saboroso 
• horroroso 
4 
 
05) Escreveremos com -s- todas as 
palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -
ose, com exceção de gaze e deslize. 
Exemplos: 
• fase 
• crase 
• tese 
• osmose 
06) Escreveremos com -s- as palavras 
femininas terminadas em -isa. 
Exemplos: 
• poetisa 
• profetisa 
• Heloísa 
• Marisa 
07) Escreveremos com -s- toda a 
conjugação dos verbos pôr, querer e usar. 
Exemplos: 
• Eu pus 
• Ele quis 
• Nós usamos 
• Eles quiseram 
• Quando nós quisermos 
• Se eles usassem 
Ç ou S? 
Após ditongo, escreveremos com -ç-, 
quando houver som de s, e escreveremos 
com -s-, quando houver som de z. 
Exemplos: 
• eleição 
• traição 
• Neusa 
• coisa 
S ou Z? 
01 a) Escreveremos com -s- as palavras 
terminadas em -ês e -esa que indicarem 
nacionalidades, títulos ou nomes próprios. 
Exemplos: 
• português 
• norueguesa 
• marquês 
• duquesa 
• Inês 
• Teresa 
b) Escreveremos com -z- as palavras 
terminadas em -ez e -eza, substantivos 
abstratos que provêm de adjetivos, ou seja, 
palavras que indicam a existência de uma 
qualidade. 
Exemplos: 
• embriaguez 
• limpeza 
• lucidez 
• nobreza 
• acidez 
• pobreza 
 
 
02 a) Escreveremos com -s- os verbos 
terminados em -isar, quando a palavra 
primitiva já possuir o -s-. 
Exemplos: 
• análise = analisar 
• pesquisa = pesquisar 
• paralisia = paralisar 
b) Escreveremos com -z- os verbos 
terminados em -izar, quando a palavra 
primitiva não possuir -s-. 
Exemplos: 
• economia = economizar 
• terror = aterrorizar 
• frágil = fragilizar 
Cuidado: 
• catequese = catequizar 
• síntese = sintetizar 
• hipnose = hipnotizar 
• batismo = batizar 
03 a) Escreveremos com -s- os diminutivos 
terminados em -sinho e -sito, quando a 
palavra primitiva já possuir o -s- no final do 
radical. 
Exemplos: 
• casinha 
• asinha 
• portuguesinho 
• camponesinha 
• Teresinha 
• Inesita 
b) Escreveremos com -z- os diminutivos 
terminados em -zinho e -zito, quando a 
palavra primitiva não possuir -s- no final do 
radical. 
Exemplos: 
• mulherzinha 
• arvorezinha 
• alemãozinho 
• aviãozinho 
• pincelzinho 
• corzinha 
SS 
01) Escreveremos com -cess- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -ceder. 
Exemplos: 
• anteceder = antecessor 
• exceder = excesso 
• conceder = concessão 
02) Escreveremos com -press- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -primir. 
Exemplos: 
• imprimir = impressão 
• comprimir = compressa 
• deprimir = depressivo 
03) Escreveremos com -gress- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -gredir. 
Exemplos: 
• agredir = agressão 
• progredir = progresso 
• transgredir = transgressor 
04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as 
palavras derivadas de verbos terminados 
5 
 
em -meter. 
Exemplos: 
• comprometer = compromisso 
• intrometer = intromissão 
• prometer = promessa 
• remeter = remessa 
 
 
ÇS ou SS 
Em relação ao verbos terminados em -tir, 
teremos: 
01) Escreveremos com -ção, se apenas 
retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos 
verbos terminados em -tir. 
Exemplo: 
• curtir - r + ção = curtição 
02) Escreveremos com -são, quando, ao 
retirarmos toda a terminação -tir, a última 
letra for consoante. 
Exemplo: 
• divertir - tir + são = diversão 
03) Escreveremos com -ssão, quando, ao 
retirarmos toda a terminação -tir, a última 
letra for vogal. 
Exemplo: 
• discutir - tir + ssão = discussão 
J 
01) Escreveremos com -j- as palavras 
derivadas dos verbos terminados em -jar. 
Exemplos: 
• trajar = traje, eu trajei. 
• encorajar = que eles encorajem 
• viajar = que eles viajem 
02) Escreveremos com -j- as palavras 
derivadas de vocábulos terminados em -ja. 
Exemplos: 
• loja = lojista 
• gorja = gorjeta 
• canja = canjica 
03) Escreveremos com -j- as palavras de 
origem tupi, africana ou popular. 
Exemplos: 
• jeca 
• jibóia 
• jiló 
• pajé 
G 
01) Escreveremos com -g- todas as 
palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -
ógio, -úgio. 
Exemplos: 
• pedágio 
• colégio 
• sacrilégio 
• prestígio 
• relógio 
• refúgio 
02) Escreveremos com -g- todas as 
palavras terminadas em -gem, com 
exceção de pajem, lambujem e a 
conjugação dos verbos terminados em -jar. 
Exemplos: 
• a viagem 
• a coragem 
• a personagem 
• a vernissagem 
• a ferrugem 
• a penugem 
X 
01) Escreveremos com -x- as palavras 
iniciadas por mex-, com exceção de 
mecha. 
Exemplos: 
• mexilhão 
• mexer 
• mexerica 
• México 
• mexerico 
• mexido 
02) Escreveremos com -x- as palavras 
iniciadas por enx-, com exceção das 
derivadas de vocábulos iniciados por ch- e 
da palavra enchova. 
Exemplos: 
• enxada 
• enxerto 
• enxerido 
• enxurrada 
mas: 
• cheio = encher, enchente 
• charco = encharcar 
• chiqueiro = enchiqueirar 
03) Escreveremos -x- após ditongo, com 
exceção de recauchutar e guache. 
Exemplos: 
• ameixa 
• deixar 
• queixa 
• feixe 
• peixe 
• gueixa 
UIR e OER 
Os verbos terminados em -uir e -oer terão 
as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente 
do Indicativo escritas com -i-. 
Exemplos: 
• tu possuis 
• ele possui 
• tu constróis 
• ele constrói 
• tu móis 
• ele mói 
• tu róis 
• ele rói 
UAR e OAR 
Os verbos terminados em -uar e -oar terão 
todas as pessoas do Presente do 
Subjuntivo escritasom -e-. 
Exemplos: 
• Que eu efetue 
6 
 
• Que tu efetues 
• Que ele atenue 
• Que nós atenuemos 
• Que vós entoeis 
• Que eles entoem 
 
3.ACENTUAÇÃO GRÁFICA. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS 
 
1) Monossílabos (mono=um) - Tem 
apenas uma sílaba 
Ex: PÉ, PÓ, SAL, RÉU e PNEU 
2) Dissílabos (di=duas) - Possui duas 
sílabas 
Ex: RU-A e CA-SA 
3) Trissílabos (tri=três) - Possui três 
sílabas 
Ex: CA-VEI-RA e RE-LÓ-GIO 
4) Polissílabos (poli=várias) - Possui 
quatro ou mais sílabas 
Ex: IN-TE-LI-GÊN-CIA e IN-TE-GRI-DA-
DE 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
QUANTO A SUA TONICIDADE 
 
1) Sílaba Tônica - É aquela que possui 
maior intensidade no momento da 
pronúncia. 
Ex: CA-FÉ e VÍ-RUS 
2) Sílaba Átona - É aquela que possui 
menor intensidade no momento da 
pronúncia. 
Ex: LÁ-PIS e BO-NÉ 
3) Subtônica - É aquela que possui 
intensidade intermediária, não tão forte e 
nem tão fraca. 
Ex: SOZINHO: SO (Subtônica) ZI (tônica) 
NHO (átona) 
 
OBS: É importante saber que o acento 
prosódico, ou tônico, é o timbre mais forte 
na pronúncia, enquanto que o acento 
gráfico é utilizado na escrita. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA 
TÔNICA 
1) Proparoxítonas - A sílaba tônica é a 
antepenúltima da palavra 
Ex: MATEMÁ-TI-CA 
2) Paroxítonas - A sílaba tônica é a 
penúltima da palavra 
Ex: CARÁ-TER 
3) Oxítonas - A sílaba tônica é a ultima da 
palavra 
Ex: CA-FÉ 
 
REGRAS DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS 
PALAVRAS OXÍTONAS 
 
1) Acentuam-se com acento agudo: 
 
a) As palavras oxítonas terminadas nas 
vogais tónicas/tônicas abertas grafadas -a, 
-e ou -o, seguidas ou não de -s: está, 
estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); 
avó(s,), dominó(s), paletó(s,), só(s). 
Obs.: Em algumas (poucas) palavras 
oxítonas terminadas em -e tónico/tônico, 
geralmente provenientes do francês, esta 
vogal, por serarticulada nas pronúncias 
cultas ora como aberta ora como fechada, 
admite tanto o acento agudo como o 
acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou 
bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, 
croché ou crochê, guichê ou guichê, matiné 
ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, 
puré ou purê, rapé ou rapê. O mesmo se 
verifica com formas como cocó e cocô, ré 
(letra do alfabeto grego) e ré. São 
igualmente admitidas formas como judô, a 
par de judo, e metrô, a par de metro. 
 
b) As formas verbais oxítonas, quando, 
conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) 
ou la(s), ficam a terminar na vogal 
tónica/tônica aberta grafada -a, após a 
assimilação e perda das consoantes finais 
grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s) (de adorar-
lo(s)), dá-la(s) (de dar-la(s) ou dá(s)-la(s) 
ou dá(s)-la(s)), fá-lo(s) (de faz-lo(s)), fá-
lo(s)-às (de far-lo(s)-ás), habita-la(s)-iam 
(de habitar-la(s)-iam), tra-la(s)-á (de trar-
la(s)-á). 
 
c) As palavras oxítonas com mais de uma 
sílaba terminadas no ditongo nasal 
(presente do indicativo etc.) ou -ens: acém, 
detém, deténs, entretém, entreténs, harém, 
haréns, porém, provém, provéns, também. 
 
d) As palavras oxítonas com os ditongos 
abertos grafados –éi, éu ou ói, podendo 
estes dois últimos ser seguidos ou não de –
s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), 
chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de 
7 
 
correr), herói(s), remói (de remoer), sóis. 
 
2) Acentuam-se com acento 
circunflexo: 
 
a) As palavras oxítonas terminadas nas 
vogais tónicas/tônicas fechadas que se 
grafam –e ou –o, seguidas ou não de –s: 
cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), 
português, você(s); avô(s), pôs (de pôr), 
robô(s). 
 
b) As formas verbais oxítonas, quando 
conjulgadas com os pronomes clíticos -lo(s) 
ou la(s), ficam a terminar nas vogais 
tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e 
ou –o, após a assimilação e perda das 
consoantes finais grafadas –r, -s ou –
z: detê-lo(s) (de deter-lo-(s)), fazê-la(s) (de 
fazer-la(s)), fê-lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) 
(de ver-la(s)), compô-la(s) (de compor-
la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-la(s) 
(de por-la(s) ou pôs-la(s)). 
 
3º) Prescinde-se de acento gráfico para 
distinguir palavras oxítonas 
homógrafas, mas 
heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor 
(ô), substantivo, e cor (ó), elemento da 
locução de cor; colher (ê), verbo, e colher 
(é), substantivo. Excetua-se a forma verbal 
pôr, para a distinguir da preposição por. 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS 
PALAVRAS PAROXÍTONAS 
 
1º) As palavras paroxítonas não são em 
geral acentuadas graficamente: enjoo, 
grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, 
voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, 
brasileiro; descobrimento, graficamente, 
moçambicano 
 
2º) Recebem, no entanto, acento agudo: 
 
a) As palavras paroxítonas que 
apresentam, na sílaba tónica/tônica, as 
vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou 
u e que terminam em –l, -n, -r, -x e –ps, 
assim como, salvo raras exceções, as 
respectivas formas do plural, algumas das 
quais passam a proparoxítonas: amável (pl. 
amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis), dúctil 
(pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis), réptil (pl. 
répteis; var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. 
cármenes ou carmens; var. carme, pl. 
carmes); dólmen (pl. dólmenes ou 
dolmens), éden (pl. édenes ou edens), 
líquen (pl. líquenes), lúmen (pl. lúmenes ou 
lúmens); acúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. 
almíscares), cadáver (pl. cadáveres), 
caráter ou carácter (mas pl. carateres ou 
caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ájax, 
córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices, 
índex (pl. índex; var. índice, pl. índices), 
tórax (pl. tórax ou tóraxes; var. torace, pl. 
toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. 
bicípites), fórceps (pl. fórceps; var. fórcipe, 
pl. fórcipes). 
Obs.: Poucas palavras deste tipo, com a 
vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em 
fim de sílaba, seguidas das consoantes 
nasais grafadas m e n, apresentam 
oscilação de timbre nas pronúncias cultas 
da língua e, por conseguinte, também de 
acento gráfico (agudo ou 
circunflexo): sémen e sêmen, xénon e 
xênon; fêmure fémur, vómer e vômer; Fénix 
e Fênix, ónix e ônix. 
 
b) As palavras paroxítonas que 
apresentam, na sílaba tónica/tônica, as 
vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou 
u e que terminam em -ã(s), -ão(s), -ei(s), -
i(s), -um, -uns ou -us: órfã (pl. órfãs), 
acórdão (pl. acórdãos), órgão (pl. órgãos), 
órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); 
hóquei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de 
amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de 
fóssil), amáreis (de amar), amaveis (id.), 
cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), 
fizésseis (id.); beribéri (pl. beribéris), bílis 
(sg. e pl.), íris (sg. e pl.), júri (di. júris), oásis 
(sg. e pl.); álbum (di. álbuns), fórum (di. 
fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.). 
Obs.: Poucas paroxítonas deste tipo, com 
as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em 
fim de sílaba, seguidas das consoantes 
nasais grafadas m e n, apresentam 
oscilação de timbre nas pronúncias cultas 
da língua, o qual é assinalado com acento 
agudo, se aberto, ou circunflexo, se 
fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, 
pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, 
ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus e 
Vênus. 
8 
 
 
3º) Não se acentuam graficamente os 
ditongos representados por ei e oi da 
sílaba tónica/tônica das palavras 
paroxítonas, dado que existe oscilação em 
muitos casos entre o fechamento e a 
abertura na sua articulação: assembleia, 
boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, 
cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, 
onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio 
(do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), 
Azoia, hoia, boina, comboio (subst.), tal 
como comboio, comboias, etc. (do verbo 
comboiar), dezoito, estroina, heroico, 
introito, jiboia, moina, paranoico, zoina. 
 
4º) É facultativo assinalar com acento 
agudo as formas verbais de pretérito 
per¬feito do indicativo, do tipo amámos, 
louvámos, para as distinguir das 
correspondentes formas do presente do 
indicativo (amamos, louvamos), já que o 
timbre da vogal tónica/tônica é aberto 
naquele caso em certas variantes do 
português. 
 
5º) Recebem acento circunflexo: 
a) As palavras paroxítonas que contêm, na 
sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas 
com a grafia a, e, o e que terminam em -l, -
n, -r, ou -x, assim como as respetivas 
formas do plural, algumas das quais se 
tornam proparoxítonas: cônsul (pl. 
cônsules), pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. 
têxteis); cânon, var. cânone (pl. cânones), 
plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar 
(pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer, 
Tânger; bômbax(sg. e pl.), bômbix, var. 
bômbice (pl. bômbices). 
 
b) As palavras paroxítonas que contêm, na 
sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas 
com a grafia a, e, o e que terminam em -
ão(s), -eis, -i(s) ou -us: bênção(s), côvão(s), 
Estêvão, zângão(s); devêreis (de dever), 
escrevêsseis (de escrever) ,fôreis (de ser e 
ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), 
têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus. 
 
c) As formas verbais têm e vêm, 3ªs 
pessoas do plural do presente do indicativo 
de ter e vir, que são foneticamente 
paroxítonas (respetivamente / tãjãj /, / vãjãj 
/ ou / têêj /, / vêêj / ou ainda / têjêj /, / vêjêj 
/; cf. as antigas grafias preteridas, têem, 
vêem, a fim de se distinguirem de tem e 
vem, 3ªs pessoas do singular do presente 
do indicativo ou 2ªs pessoas do singular do 
imperativo; e também as correspondentes 
formas compostas, tais como: abstêm (cf. 
abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. 
contém), convêm (cf. convém), desconvêm 
(cf. desconvém), detêm (cf. detem), 
entretem (cf. entretém), intervêm (cf. 
intervém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. 
obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. 
sobrevém). 
Obs.: Também neste caso são preteridas 
as antigas grafiasdetêem, intervêem, 
mantêem, provêem, etc. 
 
6º) Assinalam-se com acento 
circunflexo: 
 
a) Obrigatoriamente, pôde (3ª pessoa do 
singular do pretérito perfeito do indicativo), 
no que se distingue da correspondente 
forma do presente do indicativo (pode). 
 
b) Facultativamente, dêmos (1ª pessoa do 
plural do presente do conjuntivo), para se 
distinguir da correspondente forma do 
pretérito perfeito do indicativo (demos); 
fôrma (substantivo), distinta de forma 
(substantivo; 3ª pessoa do singular do 
presente do indicativo ou 2ªpessoa do 
singular do imperativo do verbo formar). 
 
7º) Prescinde-se de acento circunflexo 
nas formas verbais paroxítonas que 
contêm um e tónico/tônico oral fechado 
em hiato com a terminação -em da 3ª 
pessoa do plural do presente do 
indicativo ou do conjuntivo, conforme os 
casos: creem, deem (conj.), descreem, 
desdeem (conj.), leem, preveem, redeem 
(conj.), releem, reveem, tresleem, veem. 
 
8º) Prescinde-se igualmente do acento 
circunflexo para assinalar a vogal 
tónica/tonica fechada com a grafia o em 
palavras paroxítonas como enjoo, 
substantivo e flexão de enjoar, povoo, 
flexão de povoar, voo, substantivo e flexão 
de voar, etc. 
 
9 
 
9º) Prescinde-se, quer do acento agudo, 
quer do circunflexo, para distinguir 
palavras paroxítonas que, tendo 
respectivamente vogal tónica/tônica 
aberta ou fechada, são homógrafas de 
palavras proclíticas. Assim, deixam de se 
distinguir pelo acento gráfico: para (á), 
flexão de parar, e para, preposição; pela(s) 
(é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), 
combinação de per e la(s); pelo (é), flexão 
de pelar, pelo(s) (é), substantivo ou 
combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), 
substantivo, e polo(s), combinação antiga e 
popular de por e lo(s); etc. 
 
10º) Prescinde-se igualmente de acento 
gráfico para distinguir paroxítonas 
homógrafas heterofónicas/heterofônicas 
do tipo de acerto (ê), substantivo, e acerto 
(é,), flexão de acertar; acordo (ô), 
substantivo, e acordo (ó), flexão de 
acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e 
elemento da locução prepositiva cerca de, 
e cerca (é,), flexão de cercar; coro (ó), 
substantivo, e flexão de corar; deste (ê), 
contracção da preposição de com o 
demonstrativo este, e deste (é), flexão de 
dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), 
advérbio, interjeição e substantivo; piloto 
(ô), substantivo, e piloto (ó), flexão de 
pilotar, etc. 
 
ACENTUAÇÃO DAS VOGAIS 
TÓNICAS/TÔNICAS GRAFADAS I E U 
DAS PALAVRAS OXÍTONAS E 
PAROXÍTONAS 
 
1º) As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u 
das palavras oxítonas e paroxítonas levam 
acento agudo quando antecedidas de uma 
vogal com que não formam ditongo e 
desde de que não constituam sílaba com a 
eventual consoante seguinte, excetuando o 
caso de s: adaís (pl. de adail), aí, atraí (de 
atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, 
país, etc.; alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, 
atraiam (de atrair), atraísse (id.) baía, 
balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, 
faúlha, graúdo, influíste (de influir), juízes, 
Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, 
ruína, saída, sanduíche, etc. 
 
2º) As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u 
das palavras oxítonas e paroxítonas não 
levam acento agudo quando, antecedidas 
de vogal com que não formam ditongo, 
constituem sílaba com a consoante 
seguinte, como é o caso de nh, l, m, n, r e 
z: bainha, moinho, rainha; adail, paul, Raul; 
Aboim, Coimbra, ruim; ainda, constituinte, 
oriundo, ruins, triunfo; atrair, demiurgo, 
influir, influirmos; juiz, raiz; etc. 
 
3º) Em conformidade com as regras 
anteriores leva acento agudo a vogal 
tónica/tônica grafada i das formas oxítonas 
terminadas em r dos verbos em -air e -uir, 
quando estas se combinam com as formas 
pronominais clíticas -lo(s), -la(s), que levam 
à assimilação e perda daquele -r: atraí-
lo(s,) (de atrair-lo(s)); atraí-lo(s)-ia (de 
atrair-lo(s)-ia); possuí-la(s) (de possuir-
la(s)); possuí-la(s)-ia (de possuir-la(s) -ia). 
 
4º) Prescinde-se do acento agudo nas 
vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das 
palavras paroxítonas, quando elas estão 
precedidas de ditongo: baiuca, boiuno, 
cauila (var. cauira), cheiinho (de cheio), 
saiinha (de saia). 
 
5º) Levam, porém, acento agudo as vogais 
tónicas/tônicas grafadas i e u quando, 
precedidas de ditongo, pertencem a 
palavras oxítonas e estão em posição final 
ou seguidas de s: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, 
tuiuiús. 
Obs.: Se, neste caso, a consoante final for 
diferente de s, tais vogais dispensam o 
acento agudo: cauim. 
 
6º) Prescinde-se do acento agudo nos 
ditongos tónicos/tônicos grafados iu e ui, 
quando precedidos de vogal: distraiu, 
instruiu, pauis (pl. de paul). 
 
7º) Os verbos aguir e redarguir prescindem 
do acento agudo na vogal tónica/tônica 
grafada u nas formas 
rizotónicas/rizotônicas: arguo, arguis, argui, 
arguem; argua, arguas, argua, arguam. Os 
verbos do tipo de aguar, apaniguar, 
apaziguar, apropinquar, averiguar, 
desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir e 
afins, por oferecerem dois paradigmas, ou 
têm as formas rizotónicas/rizotônicas 
10 
 
igualmente acentuadas no u mas sem 
marca gráfica (a exemplo de averiguo, 
averiguas, averigua, averiguam; averigue, 
averigues, averigue, averiguem; enxaguo, 
enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, 
enxagues, enxague, enxaguem, etc.; 
delinquo, delinquis, delinqui, delinquem; 
mas delinquimos, delin quis) ou têm as 
formas rizotónicas/rizotônicas acentuadas 
fónica/fônica e graficamente nas vogais a 
ou i radicais (a exemplo de averíguo, 
averíguas, averígua, averíguam; averígue, 
averígues, averígue, averíguem; enxáguo, 
enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, 
enxágues, enxágue, enxáguem; delínquo, 
delínques, delínque, delínquem; delínqua, 
delínquas, delínqua, delínquam). 
Obs.: Em conexão com os casos acima 
referidos, registe-se que os verbos em -
ingir (atingir, cingir, constringir, infringir, 
tingir, etc.) e os verbos em -inguir sem 
prolação do u (distinguir, extinguir, etc.) têm 
grafias absolutamente regulares (atinjo, 
atinja, atinge, atingimos, etc.; distingo, 
distinga, distingue, distinguimos, etc.). 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS 
PALAVRAS PROPAROXÍTONAS 
 
1º) Levam acento agudo: 
 
a) As palavras proparoxítonas que 
apresentam na sílaba tónica/tônica as 
vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u 
ou ditongo oral começado por vogal aberta: 
árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, 
exército, hidráulico, líquido, míope, músico, 
plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, 
último; 
 
b) As chamadas proparoxítonas aparentes, 
isto é, que apresentam na sílaba 
tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, 
e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado 
por vogal aberta, e que terminam por 
seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-
tônicas praticamente consideradas como 
ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -
oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, 
níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; 
lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; 
exíguo, vácuo. 
 
2º) Levam acento circunflexo: 
 
a) As palavras proparoxítonas que 
apresentam na sílaba tónica/tônica vogal 
fechada ou ditongo com a vogal básica 
fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, 
cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, 
êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), 
Grândola, hermenêutica, lâmpada, 
lôstrego, lôbrego, nêspera, plêiade, 
sôfrego, sonâmbulo, trôpego; 
 
b) As chamadas proparoxítonas aparentes, 
isto é, que apresentam vogais fechadas na 
sílaba tónica/tônica, e terminam por 
seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-
tônicas praticamente consideradas como 
ditongos crescentes: amêndoa, argênteo, 
côdea, Islândia, Mântua, serôdio. 
 
3º) Levam acento agudo ou acento 
circunflexo as palavras proparoxítonas, 
reais ou aparentes, cujas vogais 
tónicas/tônicas grafadas e ou o estão emfinal de sílaba e são seguidas das 
consoantes nasais grafadas m ou n, 
conforme o seu timbre é, respetivamente, 
aberto ou fechado nas pronúncias cultas da 
língua: académico/acadêmico, 
anatómico/anatômico, cénico/cênico, 
cómodo/cômodo, fenómeno/ fenômeno, 
género/gênero, topónimo/topônimo; 
Amazónia/Amazônia, António/Antônio, 
blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, 
gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue. 
4. FLEXÃO NOMINAL E VERBAL. 
 
O que é exatamente? 
São morfemas colocados no final das 
palavras para indicar flexões verbais ou 
nominais. 
Elas podem ser: 
Flexões Nominais: 
Indicam gênero e número Ex.: casa – 
casas, gato – gata 
De gênero: 
Os substantivos masculinos são 
antecedidos pelo artigo “o”. Como exemplo 
temos os substantivos o lança-perfume, o 
tapa, o champanha, o dó, o diabetes. 
11 
 
Já os substantivos femininos são 
antecedidos pelo artigo “a”. É o caso de a 
agravante, a bacanal, a fênix, a alface, a 
ênfase, a poetisa. 
A maioria dos substantivos têm duas 
formas: uma para o masculino, e outra para 
o feminino. São os substantivos biformes. 
Veja algumas regras de formação do 
feminino: 
1) Substantivos terminados em -o mudam 
para -a. o sapo = a sapa o canário = a 
canária o piloto = a pilota 
2) Substantivos terminados em -ão mudam 
para -ã, outros para -oa e ainda para -ona 
(neste caso, em aumentativos). o capitão = 
a capitã o tecelão = a tecelã/ teceloa o 
chorão = a chorona 
3) Substantivos terminados em -or formam 
o feminino com o acréscimo de -a. o doutor 
= doutora o coletor = coletora o trabalhador 
= trabalhadora 
4) Alguns substantivos terminados em -or 
podem fazer feminino mudando essa 
terminação para -eira. o arrumador = a 
arrumadeira o lavador = lavadeira o 
trabalhador = trabalhadeira 0 sufixo -eira 
pode indicar qualidade e, portanto, 
adjetivação: mulher trabalhadeira; pessoa 
faladeira 
5) Alguns substantivos com terminação -e 
podem fazer o feminino mudando a 
terminação para -a. o infante = infanta o 
governante = a governanta o elefante = a 
elefanta 
6) Substantivos terminados em -ês, -L e -z 
fazem o feminino com o acréscimo de -a. o 
freguês =a freguesa o oficial = oficiala o juiz 
= juíza 
Há ainda substantivos que são masculinos 
ou femininos, conforme o sentido com que 
se acham empregados: 
a cabeça (parte do corpo)/ o cabeça (o 
chefe) a grama (relva)/ o grama (unidade 
de peso) 
De números: 
Os nomes ( substantivos, adjetivos, 
pronomes, numerais ), de modo geral 
admitem a flexão de número: Singular e 
plural. 
Plural dos substantivos simples 
 
Aos substantivos que terminam em vogal, 
ditongo oral e consoante ‘n’ devem ser 
acrescidos a consoante ‘s’ ao final da 
palavra. 
Observe os exemplos: 
herói – heróis 
irmão – irmãos 
plâncton – plânctons 
Aos substantivos que terminam em 
consoante ‘m’ devem ser acrescidos as 
consoantes ‘ns’ ao final da palavra. 
Observe os exemplos: 
abordagem – abordagens 
modelagem – modelagens 
homem – homens 
Aos substantivos que terminam com as 
consoantes ‘r’ e ‘z’ devem ser acrescidos 
‘es’ ao final da palavra. 
Observe os exemplos: 
hambúrguer – hambúrgueres 
chafariz – chafarizes 
colher – colheres 
Nos substantivos que terminam em ‘al’, ‘el’, 
‘ol’, ‘ul’, deve ser substituída a consoante ‘l’ 
por ‘is’ 
Observe os exemplos: 
girassol – girassóis 
vogal – vogais 
azul – azuis 
* Há duas exceções: 
mal – males 
cônsul – cônsules 
Os substantivos que terminam em ‘il’ são 
pluralizados de duas formas: 
a) Em palavras oxítonas terminadas em ‘il’: 
12 
 
anil – anis 
juvenil – juvenis 
b) Em palavras paroxítonas terminadas em 
‘il’: 
inútil – inúteis 
réptil – répteis 
Os substantivos terminados em consoante 
‘s’ fazem o plural de duas formas: 
a) Em substantivos monossilábicos ou 
oxítonos, há o acréscimo de ‘es’. 
paz – pazes 
algoz – algozes 
b) Os substantivos paroxítonos ou 
proparoxítonos são invariáveis. 
férias – férias 
ônibus – ônibus 
Os substantivos terminados em ‘ão’ podem 
ser pluralizados de três formas: 
a) Substituindo o ‘ão’ por ‘es’: 
doação – doações 
emoção – emoções 
b) Substituindo o ‘ão’ por ‘ães’: 
alemão – alemães 
pão – pães 
c) Substituindo o ‘ão’ por ‘ãos’: 
cidadão – cidadãos 
Os substantivos terminados em consoante 
‘x’ são invariáveis 
córtex – córtex 
Flexões Verbais: 
Dentre todas as classe gramaticais, a que 
mais se apresenta passível de flexões é a 
representada pelos verbos. Flexões estas 
relacionadas a: 
Pessoa – Indica as três pessoas 
relacionadas ao discurso, representadas 
tanto no modo singular, quanto no plural. 
Número – Representa a forma pela qual o 
verbo se refere a essas pessoas 
gramaticais. 
Singular Plural 
Eu gosto de 
estudar 
Nós chegamos 
cedo 
Tu andas depressa 
Vós estais com 
pressa 
Ele é muito gentil Eles são educados 
Por meio dos exemplos em evidência, 
podemos constatar que o processo verbal 
se encontra devidamente flexionado, tendo 
em vista as pessoas do discurso (eu, tu, 
ele, nós, vós, eles). 
Tempo – Relaciona-se ao momento 
expresso pela ação verbal, denotando a 
ideia de um processo ora concluído, em 
fase de conclusão ou que ainda está para 
concluir, representado pelo tempo 
presente, pretérito e futuro. 
Modo – Revela a circunstância em que o 
fato verbal ocorre. Assim expresso: 
Modo indicativo – exprime um fato certo, 
concreto. 
Modo subjuntivo – exprime um fato 
hipotético, duvidoso. 
Modo imperativo – exprime uma ordem, 
expressa um pedido. 
Para que possamos constatar acerca de 
todos esses pressupostos, basear-nos-
emos no caso do verbo cantar, tendo em 
vista o modo indicativo. 
Modo Indicativo 
13 
 
 
Voz 
A voz verbal caracteriza a ação expressa 
pelo verbo em relação ao sujeito, 
classificada em: 
Voz ativa – o sujeito é o agente da ação 
verbal. 
Os professores aplicaram as provas. 
Voz passiva – o sujeito sofre a ação 
expressa pelo verbo. 
As provas foram aplicadas pelos 
professores. 
Voz reflexiva – o sujeito, de forma 
simultânea, pratica e recebe a ação verbal. 
O garoto feriu-se com o instrumento. 
Voz reflexiva recíproca – representa uma 
ação mútua entre os elementos expressos 
pelo sujeito. 
Os formandos cumprimentaram-se 
respeitosamente. 
Existem dois tipos de desinências verbais: 
Desinências modo-temporal (DMT) e 
desinências número-pessoal (DNP). 
Ex.: Nós corremos, se eles corressem 
(DNP); se nós corrêssemos, tu correras 
(DMT) 
 
5. EMPREGO DAS CLASSES DE 
PALAVRAS 
 
A primeira gramática do ocidente foi de 
autoria de Dionísio de Trácia, que 
identificava oito partes do discurso: nome, 
verbo, particípio, artigo, preposição, 
pronome, advérbio e conjunção. 
Atualmente, são reconhecidas dez classes 
gramaticais pela maioria dos gramáticos: 
substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, 
conjunção, interjeição, preposição, artigo, 
numeral e pronome. 
Como podemos observar, houve alterações 
ao longo do tempo quanto às classes de 
palavras. Isso acontece porque a nossa 
língua é viva, e portanto vem sendo 
alterada pelos seus falantes o tempo todo, 
ou seja, nós somos os responsáveis por 
estas mudanças que já ocorreram e pelas 
que ainda vão ocorrer. Classificar uma 
palavra não é fácil, mas atualmente todas 
as palavras da língua portuguesa estão 
incluídas dentro de uma das dez classes 
gramaticais dependendo das suas 
características. A parte da gramática que 
estuda as classes de palavras é 
a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = 
estudo), ou seja, o estudo da forma. Na 
morfologia, portanto, não estudamos as 
relações entre as palavras, o contexto em 
que são empregadas, ou outros fatores que 
podem influenciá-la, mas somente a forma 
da palavra. 
Há discordância entre os gramáticos 
quanto a algumas definições ou 
características das classes gramaticais, 
mas podemos destacar as principais 
características de cada classe de palavras: 
SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá 
nome aos seres, mas não nomeia somente 
seres, como também sentimentos, estados 
de espírito, sensações, conceitosfilosóficos 
ou políticos, etc. 
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, 
cadeira, amor, sabor, carinho, etc. 
ARTIGO – classe que abriga palavras que 
servem para determinar ou indeterminar os 
substantivos, antecedendo-os. 
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. 
http://www.infoescola.com/portugues/participio-2/
http://www.infoescola.com/portugues/morfologia/
http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
http://www.infoescola.com/portugues/artigos/
14 
 
ADJETIVO – classe das características, 
qualidades. Os adjetivos servem para dar 
características aos substantivos. 
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, 
sábio, triste, amarelo, etc. 
PRONOME – Palavra que pode 
acompanhar ou substituir um nome 
(substantivo) e que determina a pessoa do 
discurso. 
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, 
te, eles, etc. 
VERBO – palavras que expressam ações 
ou estados se encontram nesta classe 
gramatical. 
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, 
etc. 
ADVÉRBIO – palavras que se associam a 
verbos, adjetivos ou outros advérbios, 
modificando-os. 
Exemplo: não, muito, constantemente, 
sempre, etc. 
NUMERAL – como o nome diz, expressam 
quantidades, frações, múltiplos, ordem. 
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, 
etc. 
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma 
palavra à outra, estabelecendo relações 
entre elas. 
Exemplo: em, de, para, por, etc. 
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam 
orações, estabelecendo entre elas relações 
de coordenação ou subordinação. 
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, 
que, etc. 
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja 
uma classe gramatical como as demais, 
pois algumas de suas palavras podem ter 
valor de uma frase. Mesmo assim, 
podemos definir as interjeições como 
palavras ou expressões que evocam 
emoções, estados de espírito. 
6. PRONOME: EMPREGO, 
FORMAS DE TRATAMENTO E 
COLOCAÇÃO. 
 
Pronomes: 
A palavra que acompanha (determina) ou 
substitui um nome é 
denominada pronome. 
Ex.: Ana disse para sua irmã: 
– Eu preciso do meu livro de matemática. 
Você não o encontrou? Ele estava aqui em 
cima da mesa. 
1. eu substitui “Ana” 
2. meu acompanha “o livro de matemática” 
3. o substitui “o livro de matemática” 
4. ele substitui “o livro de matemática” 
Flexão 
Quanto à forma, o pronome varia em 
gênero, número e pessoa: 
Gênero (masculino/feminino) 
Ele saiu/Ela saiu 
Meu carro/Minha casa 
Número (singular/plural) 
Eu saí/Nós saímos 
Minha casa/Minhas casas 
Pessoa (1ª/2ª/3ª) 
Eu saí/Tu saíste/Ele saiu 
Meu carro/Teu carro/Seu carro 
Função 
O pronome tem duas funções 
fundamentais: 
Substituir o nome 
Nesse caso, classifica-se 
como pronome substantivo e constitui o 
núcleo de um grupo nominal. 
Ex.: Quando cheguei, ela se calou. (ela é o 
núcleo do sujeito da segunda oração e se 
trata de um pronome substantivo porque 
está substituindo um nome) 
Referir-se ao nome 
Nesse caso, classifica-se 
como pronome adjetivo e constitui uma 
palavra dependente do grupo nominal. 
Ex.: Nenhum aluno se calou. (o sujeito 
“nenhum aluno” tem como núcleo o 
substantivo “aluno” e como palavra 
dependente o pronome adjetivo “nenhum”) 
Pronomes Pessoais 
São aqueles que substituem os nomes e 
representam as pessoas do discurso: 
1ª pessoa – a pessoa que fala – EU/NÓS 
2ª pessoa – a pessoa com que se fala – 
TU/VÓS 
3ª pessoa – a pessoa de quem se fala – 
ELE/ELA/ELES/ELAS 
 
http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
http://www.infoescola.com/portugues/pronomes/
http://www.infoescola.com/portugues/verbos/
http://www.infoescola.com/portugues/adverbios/
http://www.infoescola.com/portugues/numeral/
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
http://www.infoescola.com/portugues/conjuncoes/
http://www.infoescola.com/portugues/interjeicao/
15 
 
Pronomes pessoais retos: são os que 
têm por função principal representar o 
sujeito ou predicativo. 
Pronomes pessoais oblíquos: são os que 
podem exercer função de complemento. 
 
Pronomes oblíquos 
Associação de pronomes a verbos: 
Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando 
associados a verbos terminados em -r, -s, -
z, assumem as formas lo, la, los, las, 
caindo as consoantes. 
Ex.: Carlos quer convencer seu amigo a 
fazer uma viagem. 
Carlos quer convencê-lo a fazer uma 
viagem. 
Quando associados a verbos terminados 
em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), 
assumem as formas no, na, nos, nas. 
Ex.: Fizeram um relatório. 
Fizeram-no. 
Os pronomes oblíquos podem ser 
reflexivos e quando isso ocorre se referem 
ao sujeito da oração. 
Ex.: Maria olhou-se no espelho 
Eu não consegui controlar-me diante do 
público. 
Antes do infinitivo precedido de preposição, 
o pronome usado deverá ser o reto, pois 
será sujeito do verbo no infinitivo 
Ex.: O professor trouxe o livro 
para mim.(pronome oblíquo, pois é um 
complemento) 
O professor trouxer o livro 
para eu ler.(pronome reto, pois é sujeito) 
 
Pronomes de tratamento 
São aqueles que substituem a terceira 
pessoa gramatical. Alguns são usados em 
tratamento cerimonioso e outros em 
situações de intimidade. 
Conheça alguns: 
 você (v.) : tratamento familiar 
 senhor (Sr.), senhora (Srª.) : 
tratamento de respeito 
 senhorita (Srta.) : moças solteiras 
 Vossa Senhoria (V.Sª.) : para 
pessoa de cerimônia 
 Vossa Excelência (V.Exª.) : para 
altas autoridades 
 Vossa Reverendíssima (V. Revmª.) : 
para sacerdotes 
 Vossa Eminência (V.Emª.) : para 
cardeais 
 Vossa Santidade (V.S.) : para o 
Papa 
 Vossa Majestade (V.M.) : para reis e 
rainhas 
 Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) : 
para imperadores 
 Vossa Alteza (V.A.) : para príncipes, 
princesas e duques 
1- Os pronomes e os verbos ligados aos 
pronomes de tratamento devem estar na 3ª 
pessoa. 
Ex.: Vossa Excelência já terminou a 
audiência? (nesse fragmento se está 
dirigindo a pergunta à autoridade) 
2- Quando apenas nos referimos a essas 
pessoas, sem que estejamos nos dirigindo 
a elas, o pronome “vossa” se transforma no 
possessivo “sua”. 
Ex.: Sua Excelência já terminou a 
audiência? (nesse fragmento não se está 
dirigindo a pergunta à autoridade, mas a 
uma terceira pessoa do discurso) 
Pronomes Possessivos 
São aqueles que indicam idéia de posse. 
Além de indicar a coisa possuída, indicam 
a pessoa gramatical possuidora. 
As principais palavras que podem 
funcionar como pronomes possessivos: 
 
Existem palavras que eventualmente 
funcionam como pronomes possessivos. 
Ex.: Ele afagou-lhe (= seus) os cabelos. 
Pronomes Demonstrativos 
Os pronomes demonstrativos possibilitam 
localizar o substantivo em relação às 
pessoas, ao tempo, e sua posição no 
interior de um discurso. 
 
 
16 
 
Pro
no
me
s 
Esp
aço 
Temp
o 
Ao 
dito 
Enu
mera
ção 
est
e, 
est
a, 
ist
o, 
est
es, 
est
as 
Pert
o de 
que
m 
fala 
(1ª 
pess
oa). 
Prese
nte 
Refere
nte 
aquilo 
que 
ainda 
não foi 
dito. 
Refe
rente 
ao 
últim
oele
ment
o 
citad
o em 
uma 
enu
mera
ção. 
Ex.: 
Não 
gost
ei 
dest
e livr
o 
aqui. 
Ex.: N
este a
no, 
tenho 
realiz
ado 
bons 
negóc
ios. 
Ex.: E
sta afir
mação 
me 
deixou 
surpre
sa: 
gostav
a de 
químic
a. 
Ex.: 
O 
hom
em e 
a 
mulh
er 
são 
mass
acra
dos 
pela 
cultu
ra 
atual
, 
mas 
esta 
é 
mais 
opri
mida
. 
ess
e, 
ess
a, 
ess
es, 
ess
as 
Pert
o de 
que
m 
ouve 
(2ª 
pess
oa). 
Passa
do ou 
futuro 
próxi
mos 
Refere
nte 
aquilo 
que já 
foi 
dito. 
 
Ex.: 
Não 
gost
ei 
dess
e livr
o 
que 
está 
em 
tuas 
mão
s. 
Ex.: N
esse 
último 
ano, 
realiz
ei 
bons 
negóc
ios 
Ex.: 
Gosta
va de 
químic
a. Ess
a 
afirma
ção 
me 
deixou 
surpre
sa 
 
aq
uel
e, 
aq
uel
a, 
aq
uil
o, 
aq
uel
es, 
aq
uel
as 
Pert
o da 
3ª 
pess
oa, 
dista
nte 
dos 
interl
ocut
ores. 
Passa
do ou 
futuro 
remot
os 
 
Refe
rente 
ao 
prim
eiro 
elem
ento 
citad
o em 
uma 
enu
mera
ção. 
Ex.: 
Não 
gost
ei 
daqu
ele li
vro 
que 
a 
Rob
erta 
troux
e. 
Ex.: 
Tenh
o 
boas 
recor
daçõe
s de 
1960, 
pois n
aquel
e ano 
realiz
ei 
bons 
negóc
ios. 
 
Ex.: 
O 
hom
em e 
a 
mulh
er 
são 
mass
acra
dos 
pela 
cultu
ra 
atual
, 
mas 
esta 
é 
mais 
opri
mida 
queaque
le. 
17 
 
 
Pronomes Indefinidos 
São pronomes que acompanham o 
substantivo, mas não o determinam de 
forma precisa. 
Alguns pronomes indefinidos: 
 
 
Algumas locuções pronominais 
indefinidas: 
cada 
qual 
qualquer 
um 
tal e 
qual 
seja 
qual 
for 
sejam 
quem 
for 
todo 
aquele 
quem 
quer 
(que) 
uma 
ou 
outra 
todo 
aquele 
(que) 
tais e 
tais 
tal 
qual 
seja 
qual 
for 
 
Uso de alguns pronomes indefinidos: 
Algum 
a) quando anteposto ao substantivo da 
idéia de afirmação 
“Algum dinheiro terá sido deixado por ela.” 
b) quando posposto ao substantivo dá idéia 
de negação 
“Dinheiro algum terá sido deixado por ela.” 
Obs.: O uso desse pronome indefinido 
antes ou depois do verbo está ligado à 
intenção do enunciador. 
Demais 
Este pronome indefinido, muitas vezes, é 
confundido com o advérbio “demais” ou 
com a locução adverbial “de mais”. 
Ex.: “Maria não criou nada de mais além de 
uma cópia do quadro de outro artista.” 
(locução adverbial) 
“Maria esperou os demais.” (pronome 
indefinido = os outros) 
“Maria esperou demais.” (advérbio de 
intensidade) 
Todo 
É usado como pronome indefinido e 
também como advérbio, no sentido de 
completamente, mas possuindo flexão de 
gênero e número, o que é raro em um 
advérbio. 
Ex.: “Percorri todo trajeto.” (pronome 
indefinido) 
“Por causa da chuva, a roupa 
estava toda molhada.” (advérbio) 
Cada 
Possui valor distributivo e significa todo, 
qualquer dentre certo número de pessoas 
ou de coisas. 
Ex.: “Cada homem tem a mulher que 
merece.” 
Este pronome indefinido não pode 
anteceder substantivo que esteja em plural 
(cada férias), a não ser que o substantivo 
venha antecedido de numeral (cada duas 
férias). 
Pode, às vezes, ter valor intensificador : 
“Mário diz cada coisa idiota!” 
Pronomes relativos 
São aqueles que representam nomes que 
já foram citados e com os quais estão 
relacionados. O nome citado denomina-
se ANTECEDENTE do pronome relativo. 
Ex.:“A rua onde moro é muito escura à 
noite.” 
onde: pronome relativo que representa “a 
rua” 
a rua: antecedente do pronome “onde” 
Alguns pronomes que podem funcionar 
como pronomes relativos: 
FORMAS 
VARIÁVEIS FORMAS INVARI
ÁVEIS 
Masculi
no 
Femini
no 
o qual / 
os quais 
a qual / 
as 
quais 
quem 
quanto / 
quantos 
quanta 
/ 
quanta
s 
que 
cujo / 
cujos 
cuja 
/ cujas 
onde 
O pronome relativo QUEM sempre possui 
como antecedente uma pessoa ou coisas 
personificadas, vem sempre antecedido de 
preposição e possui o significado de “O 
QUAL” 
18 
 
Ex.: “Aquela menina de quem lhe falei 
viajou para Paris.” 
Antecedente: menina 
Pronome relativo antecedido de 
preposição: de quem 
Os pronomes 
relativos CUJO, CUJA sempre precedem a 
um substantivo sem artigo e possuem o 
significado “DO QUAL” “DA QUAL” 
Ex.: “O livro cujo autor não me recordo.” 
Os pronomes 
relativos QUANTO(s) e QUANTA(s) apare
cem geralmente precedidos dos pronomes 
indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, 
todas. 
Ex.: “Você é tudo quanto queria na vida.” 
O pronome relativo ONDE tem sempre 
como antecedente palavra que indica lugar. 
Ex.: “A casa onde moro é muito espaçosa.” 
O pronome relativo QUE admite diversos 
tipos de antecedentes: nome de uma coisa 
ou pessoa, o pronome demonstrativo ou 
outro pronome. 
Ex.: “Quero agora aquilo que ele me 
prometeu.” 
Os pronomes relativos, na maioria das 
vezes, funcionam como conectivos, 
permitindo-nos unir duas orações em um 
só período. 
Ex.:A mulher parece interessada. A mulher 
comprou o livro. 
(A mulher que parece interessada comprou 
o livro.) 
Pronomes interrogativos 
Os pronomes interrogativos levam o verbo 
à 3ª pessoa e são usados em frases 
interrogativas diretas ou indiretas. 
Não existem pronomes exclusivamente 
interrogativos e sim que desempenham 
função de pronomes interrogativos, como 
por exemplo: QUE, QUANTOS, QUEM, 
QUAL, etc. 
Ex.: “Quantos livros teremos que 
comprar?” 
“Ele perguntou quantos livros teriam que 
comprar.” 
“Qual foi o motivo do seu atraso?” 
 
7. VERBOS: CONJUGAÇÃO E 
VOZES, REGULARES, 
IRREGULARES E IMPESSOAIS. 
 
Sendo uma classe gramatical abrangente, 
existem vários tipos de classificação dos 
verbos: 
Verbos regulares 
Verbos regulares são verbos cuja 
conjugação se enquadra nos modelos fixos 
de conjugação verbal, sem apresentar 
alterações no radical ou nas terminações 
verbais. 
Exemplos de verbos regulares: 
 cantar; 
 estudar; 
 vender; 
 aprender; 
 partir; 
 dividir. 
Verbos irregulares 
Verbos irregulares são verbos cuja 
conjugação não se enquadra nos modelos 
fixos de conjugação verbal, apresentando 
alterações no radical ou nas terminações 
verbais. 
Exemplos de verbos irregulares: 
 pôr; 
 dar; 
 vir; 
 fazer; 
 trazer. 
. 
Verbos anômalos 
Verbos anômalos são verbos irregulares 
cuja conjugação apresenta diferentes 
radicais primários, apresentando assim 
uma irregularidade intensa. 
Exemplos de verbos anômalos: 
 ser; 
 ir; 
 estar; 
 haver. 
Verbos defectivos 
Verbos defectivos são verbos cuja 
conjugação é incompleta, ou seja, não 
apresenta todas as formas verbais porque 
o verbo não é conjugado em todos os 
tempos, modos ou pessoas. 
Exemplos de verbos defectivos: 
 reaver; 
 falir; 
 demolir; 
 doer; 
 colorir; 
 adequar. 
https://www.conjugacao.com.br/verbo-cantar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-estudar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-vender/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-aprender/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-partir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-dividir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-por/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-dar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-vir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-fazer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-trazer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ser/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-estar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-haver/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-reaver/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-falir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-demolir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-doer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-colorir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-adequar/
19 
 
Verbos impessoais 
Verbos impessoais são verbos cuja 
conjugação é feita apenas na 3.ª pessoa do 
singular, visto não apresentarem sujeito. 
Exemplos de verbos impessoais: 
 haver (existir); 
 fazer (tempo decorrido); 
 chover; 
 nevar; 
 ventar; 
 amanhecer. 
Verbos unipessoais 
Verbos unipessoais são verbos cuja 
conjugação é feita apenas na 3.ª pessoa do 
singular e na 3.ª pessoa do plural, embora 
apresentem um sujeito. São os verbos que 
representam as vozes dos animais e os 
que se relacionam com um sujeito 
oracional. 
Exemplos de verbos unipessoais: 
 latir; 
 miar; 
 cacarejar; 
 convir; 
 custar. 
Verbos abundantes 
Verbos abundantes são verbos cuja 
conjugação apresenta duas formas 
equivalentes de particípio: um particípio 
regular e um particípio irregular. 
Exemplos de verbos abundantes: 
 ganhar; 
 pagar; 
 eleger; 
 acender; 
 imprimir; 
 exprimir. 
Verbos principais 
Verbos principais são verbos que não 
necessitam de outros verbos para transmitir 
a totalidade da ação verbal. 
Exemplos de verbos principais: 
 correr; 
 brincar; 
 estudar; 
 participar; 
 escorregar. 
Verbos auxiliares 
Verbos auxiliares são verbos que 
acompanham um verbo principal numa das 
suas formas nominais em locuções verbais, 
tempos compostos e voz passiva. 
Exemplos de verbos auxiliares: 
 ser; 
 estar; 
 ter; 
 haver; 
 ficar. 
Verbos de ligação 
Verbos de ligação são verbos que indicam 
um estado ao relacionar uma característica 
com o sujeito. Não indicam uma ação. 
Exemplos de verbos de ligação: 
 ser; 
 estar; 
 parecer; 
 andar; 
 ficar; 
 continuar. 
Verbos significativos 
Verbos significativos são verbos que 
indicam uma ação. Como atuam como 
núcleo de um predicado verbal, 
estabelecem transitividade,podendo ser 
transitivos diretos ou indiretos e 
intransitivos. 
Exemplos de verbos significativos: 
 gostar; 
 querer; 
 estudar; 
 subir; 
 estar; 
 agradecer. 
Verbos transitivos 
Verbos transitivos são verbos que 
necessitam de um complemento verbal 
para completar o seu sentido. Podem ser 
classificados em transitivos diretos, 
transitivos indiretos e transitivos diretos e 
indiretos. 
Exemplos de verbos transitivos diretos: 
 ler; 
 fazer; 
 querer; 
 quebrar; 
 ter; 
 causar. 
https://www.conjugacao.com.br/verbo-haver/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-fazer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-chover/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-nevar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ventar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-amanhecer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-latir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-miar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-cacarejar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-convir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-custar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ganhar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-pagar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-eleger/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-acender/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-imprimir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-exprimir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-correr/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-brincar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-estudar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-participar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-escorregar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ser/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-estar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ter/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-haver/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ficar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ser/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-estar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-parecer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-andar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ficar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-continuar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-gostar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-querer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-estudar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-subir/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-estar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-agradecer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ler/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-fazer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-querer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-quebrar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-ter/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-causar/
20 
 
Exemplos de verbos transitivos 
indiretos: 
 necessitar; 
 saber; 
 acreditar; 
 obedecer; 
 precisar; 
 gostar. 
Exemplo de verbos transitivos diretos e 
indiretos: 
 emprestar; 
 comunicar; 
 influenciar; 
 agradecer; 
 pagar; 
 perdoar. 
Verbos intransitivos 
Verbos intransitivos são verbos que não 
necessitam de um complemento verbal 
para completar o seu sentido, ou seja, não 
necessitam de objeto direto e objeto 
indireto. 
Exemplos de verbos intransitivos: 
 nascer; 
 morrer; 
 viver; 
 voltar; 
 chegar; 
 andar. 
Verbos pronominais 
Verbos pronominais são verbos que se 
juntam aos pronomes oblíquos átonos 
quando conjugados. O pronome oblíquo se 
relaciona com o pronome reto ou sujeito 
equivalente, estabelecendo uma 
conjugação pronominal reflexiva ou uma 
conjugação pronominal recíproca. 
Exemplos de verbos pronominais: 
 arrepender-se; 
 queixar-se; 
 zangar-se; 
 suicidar-se; 
 lembrar-se; 
 esquecer-se. 
 
8. CONCORDÂNCIA VERBAL 
Ocorre quando o verbo se flexiona para 
concordar com o seu sujeito. 
Exemplos: 
 
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de 
ser./ Eles gostavam daquele seu jeito 
carinhoso de ser. 
 
Casos de concordância verbal: 
 
1) Sujeito simples 
 
Regra geral: 
O verbo concorda com o núcleo do sujeito 
em número e pessoa. 
 
Ex.: Nós vamos ao cinema. 
O verbo (vamos) está na primeira pessoa 
do plural para concordar com o sujeito 
(nós). 
 
Casos especiais: 
 
a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica 
no singular. 
 
Ex.: A multidão gritou pelo rádio. 
 
Atenção: 
Se o coletivo vier especificado, o verbo 
pode ficar no singular ou ir para o plural. 
 
Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de 
fãs gritaram. 
 
b) Coletivos partitivos (metade, a maior 
parte, maioria, etc.) – o verbo fica no 
singular ou vai para o plural. 
 
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A 
maioria dos alunos foram à excursão. 
 
c) O sujeito é um pronome de 
tratamento - o verbo fica sempre na 3ª 
pessoa (do singular ou do plural). 
 
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas 
Altezas pediram silêncio. 
 
d) O sujeito é o pronome relativo "que" –
 o verbo concorda com o antecedente do 
pronome. 
 
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos 
nós que derramamos o café. 
 
e) O sujeito é o pronome relativo "quem" 
- o verbo pode ficar na 3ª pessoa do 
singular ou concordar com o antecedente 
do pronome. 
https://www.conjugacao.com.br/verbo-necessitar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-saber/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-acreditar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-obedecer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-precisar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-gostar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-emprestar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-comunicar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-influenciar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-agradecer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-pagar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-perdoar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-nascer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-morrer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-viver/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-voltar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-chegar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-andar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-arrepender/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-queixar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-zangar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-suicidar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-lembrar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-esquecer/
21 
 
 
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu 
quem derramei o café. 
 
f) O sujeito é formado pelas expressões: 
alguns de nós, poucos de vós, quais 
de..., quantos de..., etc. - o verbo poderá 
concordar com o pronome interrogativo ou 
indefinido ou com o pronome pessoal (nós 
ou vós). 
 
Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de 
vós me punireis? 
 
Dicas: 
Com os pronomes interrogativos ou 
indefinidos no singular, o verbo 
concorda com eles em pessoa e 
número. 
 
Ex.: Qual de vós me punirá. 
 
g) O sujeito é formado de nomes que só 
aparecem no plural - se o sujeito não vier 
precedido de artigo, o verbo ficará no 
singular. Caso venha antecipado de artigo, 
o verbo concordará com o artigo. 
 
Ex.: Estados Unidos é uma nação 
poderosa./ Os Estados Unidos são a maior 
potência mundial. 
 
h) O sujeito é formado pelas 
expressões: mais de um, menos de dois, 
cerca de..., etc. – o verbo concorda com o 
numeral. 
 
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à 
aula./ Mais de cinco alunos não 
compareceram à aula. 
 
i) O sujeito é constituído pelas 
expressões: a maioria, a maior parte, 
grande parte, etc. - o verbo poderá ser 
usado no singular (concordância lógica) ou 
no plural (concordância atrativa). 
 
Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A 
maioria dos candidatos desistiram. 
 
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra 
gente (sentido coletivo) - o verbo poderá 
ser usado no singular ou plural, se este vier 
afastado do substantivo. 
 
Ex.: A gente da cidade, temendo a 
violência da rua, permanece em casa./ A 
gente da cidade, temendo a violência da 
rua, permanecem em casa. 
 
2) Sujeito composto 
 
Regra geral 
O verbo vai para o plural. 
 
Ex.: João e Maria foram passear no 
bosque. 
 
Casos especiais: 
 
a) Os núcleos do sujeito são 
constituídos de pessoas gramaticais 
diferentes - o verbo ficará no plural 
seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 
3ª pessoa. 
 
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos 
tornaremos (1ª pessoa plural) amigos. 
O verbo ficou na 1ª pessoa porque estatem prioridade sob a 3ª. 
 
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos 
tornareis (2ª pessoa do plural) amigos. 
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta 
tem prioridade sob a 3ª. 
 
Atenção: 
No caso acima, também é comum a 
concordância do verbo com a terceira 
pessoa. 
 
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª 
pessoa do plural) 
 
Se o sujeito estiver posposto, permite-se 
também a concordância por atração com o 
núcleo mais próximo do verbo. 
 
Ex.: Irei eu e minhas amigas. 
 
b) Os núcleos do sujeito estão 
coordenados assindeticamente ou 
ligados por “e” - o verbo concordará com 
os dois núcleos. 
 
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé. 
 
Atenção: 
Se o sujeito estiver posposto, permite-
se a concordância por atração com o 
núcleo mais próximo do verbo. 
 
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga. 
 
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos 
(ou quase) e estão no singular - o verbo 
poderá ficar no plural (concordância lógica) 
ou no singular (concordância atrativa). 
 
Ex.: A angústia e ansiedade não o 
22 
 
ajudavam a se concentrar./ A angústia e 
ansiedade não o ajudava a se concentrar. 
 
d) Quando há gradação entre os núcleos 
- o verbo pode concordar com todos os 
núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo 
mais próximo. 
 
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar 
bastavam./ Uma palavra, um gesto, um 
olhar bastava. 
 
e) Quando os sujeitos forem resumidos 
por nada, tudo, ninguém... - o verbo 
concordará com o aposto resumidor. 
 
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, 
nada o comoveu. 
 
f) Quando o sujeito for constituído pelas 
expressões: um e outro, nem um nem 
outro... - o verbo poderá ficar no singular 
ou no plural. 
 
Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já 
vieram. 
 
g) Quando os núcleos do sujeito 
estiverem ligados por ou - o verbo irá 
para o singular quando a ideia for de 
exclusão, e para o plural quando for de 
inclusão. 
Exemplos: 
 
Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. 
(exclusão) 
A poluição sonora ou a poluição do ar são 
nocivas ao homem. (adição, inclusão) 
 
h) Quando os sujeitos estiverem ligados 
pelas séries correlativas (tanto... como/ 
assim... como/ não só... mas também, 
etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir 
para o plural, embora o singular seja 
aceitável se os núcleos estiverem no 
singular. 
Exemplos: 
 
Tanto Erundina quanto Collor perderam as 
eleições municipais em São Paulo. 
 
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as 
eleições municipais em São Paulo. 
 
Outros casos: 
 
1) Partícula “SE”: 
 
a - Partícula apassivadora: o verbo ( 
transitivo direto) concordará com o sujeito 
passivo. 
 
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros. 
 
b- Índice de indeterminação do sujeito: o 
verbo (transitivo indireto) ficará, 
obrigatoriamente, no singular. 
Exemplos: 
 
Precisa-se de secretárias. 
Confia-se em pessoas honestas. 
 
2) Verbos impessoais 
 
São aqueles que não possuem sujeito. 
Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do 
singular. 
Exemplos: 
 
Havia sérios problemas na cidade. 
Fazia quinze anos que ele havia parado de 
estudar. 
Deve haver sérios problemas na cidade. 
Vai fazer quinze anos que ele parou de 
estudar. 
 
Dicas: 
Os verbos auxiliares (deve, vai) 
acompanham os verbos principais. 
O verbo existir não é impessoal. Veja: 
 
Existem sérios problemas na cidade. 
Devem existir sérios problemas na cidade. 
 
3) Verbos dar, bater e soar 
 
Quando usados na indicação de horas, 
possuem sujeito (relógio, hora, horas, 
badaladas...), e com ele devem concordar. 
Exemplos: 
 
O relógio deu duas horas. 
Deram duas horas no relógio da estação. 
Deu uma hora no relógio da estação. 
O sino da igreja bateu cinco badaladas. 
Bateram cinco badaladas no sino da igreja. 
Soaram dez badaladas no relógio da 
escola. 
4) Sujeito oracional 
 
Quando o sujeito é uma oração 
subordinada, o verbo da oração principal 
fica na 3ª pessoa do singular. 
 
Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na 
pintura. 
 
5) Concordância com o infinitivo 
 
a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso 
23 
 
na oração: 
 
- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for 
representado por pronome pessoal oblíquo 
átono. 
 
Ex.: Esperei-as chegar. 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo se o 
sujeito não for representado por pronome 
átono e se o verbo da oração determinada 
pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, 
fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e 
sinônimos). 
Exemplos: 
 
Mandei sair os alunos. 
Mandei saírem os alunos. 
 
- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se 
o sujeito for diferente de pronome átono e 
determinante de verbo não causativo nem 
sensitivo. 
 
Ex.: Esperei saírem todos. 
 
b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto 
 
- não se flexiona o infinitivo precedido de 
preposição com valor de gerúndio. 
Ex.: Passamos horas a comentar o filme. 
(comentando) 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo quando 
seu sujeito for idêntico ao da oração 
principal. 
Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o 
texto./Antes de (tu) responderes, (tu) lerás 
o texto. 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem 
seu sujeito diferente do sujeito da oração 
principal e está indicado por algum termo 
do contexto. 
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele 
nos deu o direito de contestarmos. 
 
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem 
seu sujeito diferente do sujeito da oração 
principal e não está indicado por nenhum 
termo no contexto. 
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato. 
 
c) Quando o infinitivo pessoal está em 
uma locução verbal 
 
- não se flexiona o infinitivo, sendo este o 
verbo principal da locução verbal, quando 
em virtude da ordem dos termos da oração, 
sua ligação com o verbo auxiliar for nítida. 
 
Ex.: Acabamos de fazer os exercícios. 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo 
este o verbo principal da locução verbal, 
quando o verbo auxiliar estiver afastado ou 
oculto. 
Exemplos: 
 
Não devemos, depois de tantas provas de 
honestidade, duvidar e reclamar dela. 
Não devemos, depois de tantas provas de 
honestidade, duvidarmos e reclamarmos 
dela. 
 
6) Concordância com o verbo ser: 
 
a - Quando, em predicados nominais, o 
sujeito for representado por um dos 
pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo 
- o verbo “ser” ou “parecer” concordarão 
com o predicativo. 
Exemplos: 
 
Tudo são flores. 
Aquilo parecem ilusões. 
 
Dicas: 
Poderá ser feita a concordância com o 
sujeito quando se quer enfatizá-lo. 
 
Ex.: Aquilo é sonhos vãos. 
 
b - O verbo ser concordará com o 
predicativo quando o sujeito for os 
pronomes interrogativos: que ou quem. 
Exemplos: 
 
Que são gametas? 
Quem foram os escolhidos? 
 
c - Em indicações de horas, datas, 
tempo, distância - a concordância será 
feita com a expressão numérica 
Exemplos: 
 
São nove horas. 
É uma hora. 
Dicas: 
Em indicações de datas, são aceitas as 
duas concordâncias, pois subentende-
se a palavra dia. 
Exemplos: 
 
Hoje são 24 de outubro. 
Hoje é (dia) 24 de outubro. 
 
d - Quando o sujeito ou predicativo da 
oração for pronome pessoal, a 
concordância se dará com o pronome. 
24 
 
 
Ex.: Aqui o presidente sou eu. 
 
Dicas: 
Se os dois termos (sujeito e predicativo) 
forem pronomes, a concordância será 
com o que aparece primeiro, 
considerando o sujeito da oração. 
 
Ex.: Eu não sou tu 
 
e - Se o sujeito for pessoa, a 
concordância nunca se fará com o 
predicativo. 
 
Ex.: O menino era as esperanças da 
família. 
 
f - Nas locuções: é pouco, é muito, é 
mais de, é menos de, junto a 
especificações de preço, peso, 
quantidade, distância e etc., o verbo fica 
sempre no singular. 
Exemplos: 
 
Cento e cinquenta é pouco. 
Cem metros é muito. 
 
g - Nas expressões do tipo: ser preciso, 
ser necessário, ser bom, o verbo e o 
adjetivo pode ficar invariável (verbo na 
3ª pessoa do singular e adjetivo no 
masculino singular) ou concordar com o 
sujeito posposto. 
Exemplos: 
 
É necessário aqueles materiais. 
São necessários aqueles materiais. 
 
h - Na expressão: é que, usada como 
expletivo, se o sujeito da oração não 
aparecer entre o verbo “ser” e o “que”, 
ficará invariável.Se aparecer, o verbo 
concordará com o sujeito. 
Exemplos: 
 
Eles é que sempre chegam atrasados. 
São eles que sempre chegam atrasados. 
9. CRASE 
 
A crase caracteriza-se como a fusão de 
duas vogais idênticas, relacionadas ao 
emprego da preposição “a” com o artigo 
feminino a (s), com o “a” inicial referente 
aos pronomes demonstrativos – aquela (s), 
aquele (s), aquilo e com o “a” pertencente 
ao pronome relativo a qual (as quais). 
Casos estes em que tal fusão se encontra 
demarcada pelo acento grave (`): à(s), 
àquela, àquele, àquilo, à qual, às quais. 
 
Trata-se de uma particularidade gramatical 
de relevante importância, dado o seu uso 
de modo frequente. Diante disso, 
compreendermos os aspectos que lhe são 
peculiares, bem como sua correta 
utilização é, sobretudo, sinal de 
competência linguística, em se tratando 
dos preceitos conferidos pelo padrão formal 
que norteia a linguagem escrita. 
 
Há que se mencionar que esta 
competência linguística, a qual se restringe 
a crase, está condicionada aos nossos 
conhecimentos acerca da regência verbal e 
nomimal, mais precisamente ao termo 
regente e termo regido. Ou seja, o termo 
regente é o verbo ou nome que exige 
complemento regido pela preposição “a”, e 
o temo regido é aquele que completa o 
sentido do termo regente, admitindo a 
anteposição do artigo a(s). Como 
explicitamente nos revela os exemplos a 
seguir: 
 
Refiro-me a(a) funcionária antiga, e não 
a(a)quela contratada recentemente. 
Refiro-me à funcionária antiga, e não 
àquela contratada recentemente. 
 
Notamos que o verbo referir, analisado de 
acordo com sua transitividade, classifica-se 
25 
 
como transitivo indireto, pois sempre nos 
referimos a alguém. Constatamos que o 
fenômeno se aplicou mediante os casos 
anteriormente mencionados, ou seja, fusão 
da preposição a + o artigo feminino (à) e 
com o artigo feminino a + o pronome 
demonstrativo aquela (àquela). 
 
 
A fim de ampliarmos nossos 
conhecimentos sobre as circunstâncias em 
que se requer ou não o uso da crase, 
analisaremos: 
 
 
# O termo regente deve prescindir-se de 
complemento regido da preposição “a”, 
e o temo regido deve admitir o artigo 
feminino “a” (s): 
Exemplos: 
 
As informações foram solicitadas à 
diretora. 
(preposição + artigo) 
 
Nestas férias, faremos uma visita à Bahia. 
(preposição + artigo) 
 
Observação importante: 
 
Alguns recursos nos servem de 
subsídios para que possamos confirmar 
a ocorrência ou não da crase. Eis alguns 
deles: 
 
a) Substitui-se a palavra feminina por 
uma masculina equivalente. Caso ocorra 
a combinação a+o(s), a crase está 
confirmada. 
Exemplos: 
 
As informações foram solicitadas à diretora. 
As informações foram solicitadas ao 
diretor. 
 
b) No caso de nomes próprios 
geográficos, substitui-se o verbo da 
frase pelo verbo voltar. Caso resulte na 
expressão “voltar da”, há a confirmação 
da crase. 
Exemplos: 
 
Faremos uma visita à Bahia. 
Faz dois dias que voltamos da Bahia. 
(crase confirmada) 
 
Não me esqueço da viagem a Roma. 
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos 
momentos jamais vividos. 
 
Atenção: 
 
Nas situações em que o nome 
geográfico apresentar-se modificado por 
um adjunto adnominal, a crase está 
confirmada. 
Exemplos: 
 
Atendo-me à bela Fortaleza, senti 
saudades de suas praias. 
 
# A letra “a” dos pronomes 
demonstrativos aquele(s), aquela(s) e 
aquilo receberão o acento grave se o 
temo regente exigir complemento regido 
da preposição “a”. 
Exemplos: 
 
Entregamos a encomenda àquela menina. 
(preposição + pronome demonstrativo) 
 
Iremos àquela reunião. 
(preposição + pronome demonstrativo) 
 
Sua história é semelhante às que eu ouvia 
quando criança. (àquelas que eu ouvia 
quando criança) 
(preposição + pronome demonstrativo) 
 
# A letra “a” que acompanha locuções 
femininas (adverbiais, prepositivas e 
conjuntivas) recebe o acento grave: 
Exemplos: 
 
* locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à 
noite, às pressas, à vontade... 
* locuções prepositivas: à frente, à espera 
de, à procura de... 
* Locuções conjuntivas: à proporção que, à 
medida que. 
 
Casos passíveis de nota: 
 
* Em virtude da heterogênea posição 
entre autores, o uso da crase torna-se 
optativo quando se referir a locuções 
adverbiais que representem meio ou 
instrumento. 
Exemplos: 
 
O marginal foi morto a bala pelos policiais. 
(Poderíamos dizer que ele foi morto a tiro) 
Marcela redige todos os seus trabalhos a 
máquina. (Poderia ser a lápis) 
 
* Constata-se o uso da crase se as 
locuções prepositivas à moda de, à 
maneira de apresentarem-se implícitas, 
mesmo diante de nomes masculinos. 
Exemplos: 
26 
 
 
Tenho compulsão por comprar sapatos à 
Luis XV. (à moda de Luís XV) 
 
* Não se efetiva o uso da crase diante da 
locução adverbial “a distância”. 
 
Na praia de Copacabana, observamos a 
queima de fogos a distância. 
 
Entretanto, se o referido termo se 
constituir de forma determinada, 
teremos uma locução prepositiva. 
Mediante tal ocorrência, a crase está 
confirmada. 
Exemplo: 
 
O pedestre foi arremessado à distância de 
cem metros. 
 
- De modo a evitar o duplo sentido, faz-
se necessário o emprego da crase. 
Exemplo: 
 
Ensino à distância. 
Ensino a distância. 
 
# Em locuções adverbiais formadas por 
palavras repetidas, não há ocorrência da 
crase. 
Exemplo: 
 
Ela ficou frente a frente com o agressor. 
 
 
Casos em que não se admite o emprego 
da crase: 
 
# Antes de vocábulos masculinos. 
Exemplos: 
 
As produções escritas a lápis não serão 
corrigidas. 
Esta caneta pertence a Pedro. 
 
# Antes de verbos no infinitivo. 
Exemplos: 
 
Ele estava a cantar quando seu pai 
apareceu repentinamente. 
No momento em que preparávamos para 
sair, começou a chover. 
 
# Antes de numeral. 
Exemplo: 
Cegou a cento e vinte o número de feridos 
daquele acidente. 
 
Observação: 
 
- Nos casos em que o numeral indicar 
horas, configurar-se-á como uma 
locução adverbial feminina, ocorrendo, 
portanto, a crase. 
 
Os passageiros partirão às dezenove 
horas. 
 
- Diante de numerais ordinais femininos 
a crase está confirmada, visto que estes 
não podem ser empregados sem o 
artigo. 
 
As saudações foram direcionadas à 
primeira aluna da classe. 
 
# Antes da palavra casa, quando essa 
não se apresentar determinada. 
Exemplo: 
 
Chegamos todos exaustos a casa. 
 
Entretanto, se a palavra casa vier 
acompanhada de um adjunto adnominal, 
a crase estará confirmada. 
Chegamos todos exaustos à casa de 
Marcela. 
 
# Antes da palavra “terra”, quando essa 
indicar chão firme. 
Exemplo: 
27 
 
 
Quando os navegantes regressaram a 
terra, já era noite. 
 
Contudo, se o referido termo estiver 
precedido por um determinante ou 
referir-se ao planeta Terra, ocorrerá a 
crase. 
 
Paulo viajou rumo à sua terra natal. 
 
# Quando os pronomes indefinidos 
“alguma, certa e qualquer” estiverem 
subentendidos entre a preposição “a” e 
o substantivo, não ocorrerá a crase. 
Exemplo: 
 
Caso esteja certo, não se submeta a 
humilhação. (a qualquer humilhação) 
 
# Antes de pronomes que requerem o 
uso do artigo. 
Exemplos: 
 
Os livros foram entregues a mim. 
 
Dei a ela a merecida recompensa. 
 
Observação: 
 
Pelo fato de os pronomes de tratamento 
relativos à senhora, senhorita e madame 
admitirem artigo, o uso da crase está 
confirmado no “a” que os antecede, no 
caso de o termo regente exigir a 
preposição. 
10. PONTUAÇÃO. 
 
Os sinais de pontuação são marcações 
gráficas que servem para compor 
a coesão e a coerência textual além de 
ressaltar especificidades semânticas e 
pragmáticas. Veremos aqui as principais 
funções dos sinais de pontuação 
conhecidos pelo uso da língua portuguesa. 
Ponto 
1- Indica o término do discurso ou de parte 
dele. 
- Façamos o que for preciso para tirá-la da 
situação em que se encontra. 
- Gostaria de comprar pão, queijo, 
manteiga e leite. 
- Acordei. Olhei em volta.

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