Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 LÍNGUA PORTUGUESA 1. Conhecimento gramatical de acordo com o padrão culto da língua. 2. Ortografia oficial. 3.Acentuação gráfica. 4. Flexão nominal e verbal. 5. Emprego das classes de palavras. 6. Pronome: emprego, formas de tratamento e colocação. 7. Verbos: conjugação e vozes, regulares, irregulares e impessoais. 8. Concordância verbal. 9. Crase. 10. Pontuação. 11. Sintaxe da oração e do período. 12. Regência nominal e verbal. 13. Semântica. 14. Interpretação de texto. 15. Compreensão e interpretação de textos. 16. Tipologia textual........................................................... ...................................................................... .02 A 40 NOÇÕES DE INFORMÁTICA 1. Conceitos e modos de utilização de aplicativos para edição de textos, planilhas e apresentações. 2. Sistemas operacionais. 3. Conceitos básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados à Internet. 4. Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. 5. Plataformas corporativas de colaboração e mídias sociais. 6. Sistemas estruturadores da Administração Pública Federal......................................................... .....................................................40 A 55 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 1. Comunicação Oral e Escrita: atendimento ao público, relações humanas, comunicação, comunicações organizacionais, eficácia nas comunicações administrativas, correspondência oficial – documentos e/ou modelos utilizados, mensagens eletrônicas, atendimento telefônico, formulários, serviços da empresa brasileira de telégrafos, fraseologia adequada, redação oficial, abreviações, formas de tratamento. 2. Documentação e Arquivo: pesquisa, documentação, arquivo, sistemas e métodos de arquivamento. Cronograma de atividades do serviço de secretaria. Serviço de pessoal, conceito, competência, atribuições. Ergonomia: postura e movimento, fatores ambientais, organização e higiene do/no local de trabalho, informação e operação. 3. Importância da Secretaria Escolar e do Secretário, perfil e papel. Princípios norteadores do trabalho dos profissionais da Secretaria. Gestão da Secretaria Escolar. Função social da escola. Projeto Político Pedagógico. Gestão escolar democrática. Gestão do processo de matrícula escolar. Censo escolar. 4. Escrituração Escolar: Conceito; Documentos Escolares e sua escrituração; A vida escolar do aluno. 5. Administração Geral: Noções de Arquivo; Conceito; Tipos de arquivo; métodos de arquivamento e forma de organização. Registros e Controle: referentes ao aluno, à instituição. Ética Profissional. 6. Legislação: Lei federal 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (atualizada); Lei Federal nº 8069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente. Estatuto do Servidor Público do Município de Fortaleza – Lei nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990. Estatuto do Magistério do Município de Fortaleza – Lei nº 5.895, de 13 de novembro de 1984.............................................................. ................................55 A 170 COLEGIO VASCONCELOS AV DA UNIVERSIDADE, 2094 – BENFICA (85)987673857/30168547 CURSO SECRETÁRIO ESCOLAR – PMF 2021 2 PORTUGUES 1. CONHECIMENTO GRAMATICAL DE ACORDO COM O PADRÃO CULTO DA LÍNGUA A língua pertence a todos os membros de uma comunidade e é uma entidade viva em constante mutação. Novas palavras são criadas ou assimiladas de outras línguas, à medida que surgem novos hábitos, objetos e conhecimentos. Os dicionários vão incorporando esses novos vocábulos (neologismos), quando consagrados pelo uso. Atualmente, os veículos de comunicação audiovisual, especialmente os computadores e a internet, têm sido fonte de incontáveis neologismos – alguns necessários, porque não havia equivalentes em Português; outros dispensáveis, porque duplicam palavras existentes. O único critério para sua integração na língua é, porém, o seu emprego constante por um número considerável de usuários. De fato, quem determina as transformações linguísticas é o conjunto de usuários, independentemente de quem sejam eles, estejam escrevendo ou falando, uma vez que tanto a língua escrita quando a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores: regionais, sociais, intelectuais etc. Embora as variações linguísticas sejam condicionadas pelas circunstâncias, tanto a língua falada quanto a escrita cumprem sua finalidade, que é a comunicação. A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais espontânea, solta, livre, visto que acompanha de mímica e entonação, que preenchem importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente difere substancialmente do padrão culto, o que, segundo alguns linguistas, criou no Brasil um abismo quase intransponível para os usuários da língua, pois se expressar em português com clareza e correção é uma das maiores dificuldades dos brasileiros: “No português do Brasil, a distância entre o nível popular e o nível culto ficou tão marcada que, se assim prosseguir, acabará chegando a se parecer com o fenômeno verificado no italiano ou no alemão, por exemplo, com a distância entre um dialeto e outro.” (Evanildo Bechara, Ensino da Gramática. Opressão? Liberdade?) Com base nessas considerações, não se deve reger o ensino da língua pelas noções de certo e errado, mas pelos conceitos de adequado e inadequado, que são mais convenientes e exatos, porque refletem o uso da língua nos mais diferentes 3 COLEGIO VASCONCELOS AV DA UNIVERSIDADE, 2094 – BENFICA (85)987673857/30168547 CURSO SECRETÁRIO ESCOLAR – PMF 2021 contextos. Não se espera que um adolescente, reunido a outros em uma lanchonete, assim se expresse: “Vamos ao shopping assistir a um filme”, mas aceita- se: “Vamos no shopping assistir um filme”. Não seria adequado a um professor universitário assim se manifestar: “Fazem dez anos que participo de palestras nesta egrégia Universidade, nas quais sempre houveram estudantes interessados”. Escrever conforme a norma culta – que não represente uma camisa de força, mas um tesouro das formas de expressão mais bem cultivadas da língua – é um requisito para qualquer profissional de nível universitário que se pretenda elevar acima da vala comum de sua profissão. O domínio eficiente da língua, em seus variados registros e em suas inesgotáveis possibilidades de variação, é uma das condições para o bom desempenho profissional e social. 2. ORTOGRAFIA OFICIAL Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra derivada. Ç 01) Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo). Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç. Exemplos: • erudito = erudição • exceto = exceção • setor = seção • intuitivo = intuição • redator = redação • ereto = ereção • educar - r + ção = educação • exportar - r + ção = exportação • repartir - r + ção = repartição 02) Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter. Exemplos: • manter = manutenção • reter = retenção • deter = detenção • conter = contenção 03) Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em - ce. Exemplos: • alcance= alcançar • lance = lançar S 01) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e -ndir Exemplos: • pretender = pretensão • defender = defesa, defensivo • despender = despesa • compreender = compreensão • fundir = fusão • expandir = expansão 02) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, - ertir e -ergir. Exemplos: • perverter = perversão • converter = conversão • reverter = reversão • divertir = diversão • aspergir = aspersão • imergir = imersão 03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr. Exemplos: • expelir = expulsão • impelir = impulso • compelir = compulsório • concorrer = concurso • discorrer = discurso • percorrer = percurso 04) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo. Exemplos: • gostosa • glamorosa • saboroso • horroroso 4 05) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e - ose, com exceção de gaze e deslize. Exemplos: • fase • crase • tese • osmose 06) Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa. Exemplos: • poetisa • profetisa • Heloísa • Marisa 07) Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar. Exemplos: • Eu pus • Ele quis • Nós usamos • Eles quiseram • Quando nós quisermos • Se eles usassem Ç ou S? Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z. Exemplos: • eleição • traição • Neusa • coisa S ou Z? 01 a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios. Exemplos: • português • norueguesa • marquês • duquesa • Inês • Teresa b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade. Exemplos: • embriaguez • limpeza • lucidez • nobreza • acidez • pobreza 02 a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-. Exemplos: • análise = analisar • pesquisa = pesquisar • paralisia = paralisar b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-. Exemplos: • economia = economizar • terror = aterrorizar • frágil = fragilizar Cuidado: • catequese = catequizar • síntese = sintetizar • hipnose = hipnotizar • batismo = batizar 03 a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s- no final do radical. Exemplos: • casinha • asinha • portuguesinho • camponesinha • Teresinha • Inesita b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- no final do radical. Exemplos: • mulherzinha • arvorezinha • alemãozinho • aviãozinho • pincelzinho • corzinha SS 01) Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder. Exemplos: • anteceder = antecessor • exceder = excesso • conceder = concessão 02) Escreveremos com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir. Exemplos: • imprimir = impressão • comprimir = compressa • deprimir = depressivo 03) Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir. Exemplos: • agredir = agressão • progredir = progresso • transgredir = transgressor 04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados 5 em -meter. Exemplos: • comprometer = compromisso • intrometer = intromissão • prometer = promessa • remeter = remessa ÇS ou SS Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos: 01) Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir. Exemplo: • curtir - r + ção = curtição 02) Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante. Exemplo: • divertir - tir + são = diversão 03) Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal. Exemplo: • discutir - tir + ssão = discussão J 01) Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar. Exemplos: • trajar = traje, eu trajei. • encorajar = que eles encorajem • viajar = que eles viajem 02) Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja. Exemplos: • loja = lojista • gorja = gorjeta • canja = canjica 03) Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, africana ou popular. Exemplos: • jeca • jibóia • jiló • pajé G 01) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, - ógio, -úgio. Exemplos: • pedágio • colégio • sacrilégio • prestígio • relógio • refúgio 02) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem, lambujem e a conjugação dos verbos terminados em -jar. Exemplos: • a viagem • a coragem • a personagem • a vernissagem • a ferrugem • a penugem X 01) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha. Exemplos: • mexilhão • mexer • mexerica • México • mexerico • mexido 02) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Exemplos: • enxada • enxerto • enxerido • enxurrada mas: • cheio = encher, enchente • charco = encharcar • chiqueiro = enchiqueirar 03) Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache. Exemplos: • ameixa • deixar • queixa • feixe • peixe • gueixa UIR e OER Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-. Exemplos: • tu possuis • ele possui • tu constróis • ele constrói • tu móis • ele mói • tu róis • ele rói UAR e OAR Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritasom -e-. Exemplos: • Que eu efetue 6 • Que tu efetues • Que ele atenue • Que nós atenuemos • Que vós entoeis • Que eles entoem 3.ACENTUAÇÃO GRÁFICA. CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS 1) Monossílabos (mono=um) - Tem apenas uma sílaba Ex: PÉ, PÓ, SAL, RÉU e PNEU 2) Dissílabos (di=duas) - Possui duas sílabas Ex: RU-A e CA-SA 3) Trissílabos (tri=três) - Possui três sílabas Ex: CA-VEI-RA e RE-LÓ-GIO 4) Polissílabos (poli=várias) - Possui quatro ou mais sílabas Ex: IN-TE-LI-GÊN-CIA e IN-TE-GRI-DA- DE CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO A SUA TONICIDADE 1) Sílaba Tônica - É aquela que possui maior intensidade no momento da pronúncia. Ex: CA-FÉ e VÍ-RUS 2) Sílaba Átona - É aquela que possui menor intensidade no momento da pronúncia. Ex: LÁ-PIS e BO-NÉ 3) Subtônica - É aquela que possui intensidade intermediária, não tão forte e nem tão fraca. Ex: SOZINHO: SO (Subtônica) ZI (tônica) NHO (átona) OBS: É importante saber que o acento prosódico, ou tônico, é o timbre mais forte na pronúncia, enquanto que o acento gráfico é utilizado na escrita. CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA 1) Proparoxítonas - A sílaba tônica é a antepenúltima da palavra Ex: MATEMÁ-TI-CA 2) Paroxítonas - A sílaba tônica é a penúltima da palavra Ex: CARÁ-TER 3) Oxítonas - A sílaba tônica é a ultima da palavra Ex: CA-FÉ REGRAS DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS OXÍTONAS 1) Acentuam-se com acento agudo: a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafadas -a, -e ou -o, seguidas ou não de -s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); avó(s,), dominó(s), paletó(s,), só(s). Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tónico/tônico, geralmente provenientes do francês, esta vogal, por serarticulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guichê ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê. O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ré (letra do alfabeto grego) e ré. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro. b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada -a, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s) (de adorar- lo(s)), dá-la(s) (de dar-la(s) ou dá(s)-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-lo(s) (de faz-lo(s)), fá- lo(s)-às (de far-lo(s)-ás), habita-la(s)-iam (de habitar-la(s)-iam), tra-la(s)-á (de trar- la(s)-á). c) As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal (presente do indicativo etc.) ou -ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também. d) As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados –éi, éu ou ói, podendo estes dois últimos ser seguidos ou não de – s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de 7 correr), herói(s), remói (de remoer), sóis. 2) Acentuam-se com acento circunflexo: a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o, seguidas ou não de –s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr), robô(s). b) As formas verbais oxítonas, quando conjulgadas com os pronomes clíticos -lo(s) ou la(s), ficam a terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas –r, -s ou – z: detê-lo(s) (de deter-lo-(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô-la(s) (de compor- la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)). 3º) Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da preposição por. ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS 1º) As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente, moçambicano 2º) Recebem, no entanto, acento agudo: a) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em –l, -n, -r, -x e –ps, assim como, salvo raras exceções, as respectivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis), dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis), réptil (pl. répteis; var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúmen (pl. lúmenes ou lúmens); acúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres), caráter ou carácter (mas pl. carateres ou caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ájax, córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices, índex (pl. índex; var. índice, pl. índices), tórax (pl. tórax ou tóraxes; var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps (pl. fórceps; var. fórcipe, pl. fórcipes). Obs.: Poucas palavras deste tipo, com a vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fêmure fémur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ônix. b) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -ã(s), -ão(s), -ei(s), - i(s), -um, -uns ou -us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órgão (pl. órgãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóquei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de fóssil), amáreis (de amar), amaveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); beribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), íris (sg. e pl.), júri (di. júris), oásis (sg. e pl.); álbum (di. álbuns), fórum (di. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.). Obs.: Poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus e Vênus. 8 3º) Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, hoia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. (do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina. 4º) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito per¬feito do indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas variantes do português. 5º) Recebem acento circunflexo: a) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -l, - n, -r, ou -x, assim como as respetivas formas do plural, algumas das quais se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var. cânone (pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer, Tânger; bômbax(sg. e pl.), bômbix, var. bômbice (pl. bômbices). b) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em - ão(s), -eis, -i(s) ou -us: bênção(s), côvão(s), Estêvão, zângão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de escrever) ,fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus. c) As formas verbais têm e vêm, 3ªs pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são foneticamente paroxítonas (respetivamente / tãjãj /, / vãjãj / ou / têêj /, / vêêj / ou ainda / têjêj /, / vêjêj /; cf. as antigas grafias preteridas, têem, vêem, a fim de se distinguirem de tem e vem, 3ªs pessoas do singular do presente do indicativo ou 2ªs pessoas do singular do imperativo; e também as correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detem), entretem (cf. entretém), intervêm (cf. intervém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém). Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafiasdetêem, intervêem, mantêem, provêem, etc. 6º) Assinalam-se com acento circunflexo: a) Obrigatoriamente, pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), no que se distingue da correspondente forma do presente do indicativo (pode). b) Facultativamente, dêmos (1ª pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta de forma (substantivo; 3ª pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ªpessoa do singular do imperativo do verbo formar). 7º) Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem. 8º) Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tonica fechada com a grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc. 9 9º) Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (é), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc. 10º) Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo, e acerto (é,), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é,), flexão de cercar; coro (ó), substantivo, e flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e substantivo; piloto (ô), substantivo, e piloto (ó), flexão de pilotar, etc. ACENTUAÇÃO DAS VOGAIS TÓNICAS/TÔNICAS GRAFADAS I E U DAS PALAVRAS OXÍTONAS E PAROXÍTONAS 1º) As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudo quando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde de que não constituam sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s: adaís (pl. de adail), aí, atraí (de atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, etc.; alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraiam (de atrair), atraísse (id.) baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída, sanduíche, etc. 2º) As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas não levam acento agudo quando, antecedidas de vogal com que não formam ditongo, constituem sílaba com a consoante seguinte, como é o caso de nh, l, m, n, r e z: bainha, moinho, rainha; adail, paul, Raul; Aboim, Coimbra, ruim; ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo; atrair, demiurgo, influir, influirmos; juiz, raiz; etc. 3º) Em conformidade com as regras anteriores leva acento agudo a vogal tónica/tônica grafada i das formas oxítonas terminadas em r dos verbos em -air e -uir, quando estas se combinam com as formas pronominais clíticas -lo(s), -la(s), que levam à assimilação e perda daquele -r: atraí- lo(s,) (de atrair-lo(s)); atraí-lo(s)-ia (de atrair-lo(s)-ia); possuí-la(s) (de possuir- la(s)); possuí-la(s)-ia (de possuir-la(s) -ia). 4º) Prescinde-se do acento agudo nas vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras paroxítonas, quando elas estão precedidas de ditongo: baiuca, boiuno, cauila (var. cauira), cheiinho (de cheio), saiinha (de saia). 5º) Levam, porém, acento agudo as vogais tónicas/tônicas grafadas i e u quando, precedidas de ditongo, pertencem a palavras oxítonas e estão em posição final ou seguidas de s: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús. Obs.: Se, neste caso, a consoante final for diferente de s, tais vogais dispensam o acento agudo: cauim. 6º) Prescinde-se do acento agudo nos ditongos tónicos/tônicos grafados iu e ui, quando precedidos de vogal: distraiu, instruiu, pauis (pl. de paul). 7º) Os verbos aguir e redarguir prescindem do acento agudo na vogal tónica/tônica grafada u nas formas rizotónicas/rizotônicas: arguo, arguis, argui, arguem; argua, arguas, argua, arguam. Os verbos do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir e afins, por oferecerem dois paradigmas, ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas 10 igualmente acentuadas no u mas sem marca gráfica (a exemplo de averiguo, averiguas, averigua, averiguam; averigue, averigues, averigue, averiguem; enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxague, enxaguem, etc.; delinquo, delinquis, delinqui, delinquem; mas delinquimos, delin quis) ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas acentuadas fónica/fônica e graficamente nas vogais a ou i radicais (a exemplo de averíguo, averíguas, averígua, averíguam; averígue, averígues, averígue, averíguem; enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxágue, enxáguem; delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínqua, delínquam). Obs.: Em conexão com os casos acima referidos, registe-se que os verbos em - ingir (atingir, cingir, constringir, infringir, tingir, etc.) e os verbos em -inguir sem prolação do u (distinguir, extinguir, etc.) têm grafias absolutamente regulares (atinjo, atinja, atinge, atingimos, etc.; distingo, distinga, distingue, distinguimos, etc.). ACENTUAÇÃO GRÁFICA DAS PALAVRAS PROPAROXÍTONAS 1º) Levam acento agudo: a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último; b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por seqüências vocálicas pós-tónicas/pós- tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, - oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo. 2º) Levam acento circunflexo: a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com a vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego; b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba tónica/tônica, e terminam por seqüências vocálicas pós-tónicas/pós- tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes: amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio. 3º) Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão emfinal de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respetivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/ fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue. 4. FLEXÃO NOMINAL E VERBAL. O que é exatamente? São morfemas colocados no final das palavras para indicar flexões verbais ou nominais. Elas podem ser: Flexões Nominais: Indicam gênero e número Ex.: casa – casas, gato – gata De gênero: Os substantivos masculinos são antecedidos pelo artigo “o”. Como exemplo temos os substantivos o lança-perfume, o tapa, o champanha, o dó, o diabetes. 11 Já os substantivos femininos são antecedidos pelo artigo “a”. É o caso de a agravante, a bacanal, a fênix, a alface, a ênfase, a poetisa. A maioria dos substantivos têm duas formas: uma para o masculino, e outra para o feminino. São os substantivos biformes. Veja algumas regras de formação do feminino: 1) Substantivos terminados em -o mudam para -a. o sapo = a sapa o canário = a canária o piloto = a pilota 2) Substantivos terminados em -ão mudam para -ã, outros para -oa e ainda para -ona (neste caso, em aumentativos). o capitão = a capitã o tecelão = a tecelã/ teceloa o chorão = a chorona 3) Substantivos terminados em -or formam o feminino com o acréscimo de -a. o doutor = doutora o coletor = coletora o trabalhador = trabalhadora 4) Alguns substantivos terminados em -or podem fazer feminino mudando essa terminação para -eira. o arrumador = a arrumadeira o lavador = lavadeira o trabalhador = trabalhadeira 0 sufixo -eira pode indicar qualidade e, portanto, adjetivação: mulher trabalhadeira; pessoa faladeira 5) Alguns substantivos com terminação -e podem fazer o feminino mudando a terminação para -a. o infante = infanta o governante = a governanta o elefante = a elefanta 6) Substantivos terminados em -ês, -L e -z fazem o feminino com o acréscimo de -a. o freguês =a freguesa o oficial = oficiala o juiz = juíza Há ainda substantivos que são masculinos ou femininos, conforme o sentido com que se acham empregados: a cabeça (parte do corpo)/ o cabeça (o chefe) a grama (relva)/ o grama (unidade de peso) De números: Os nomes ( substantivos, adjetivos, pronomes, numerais ), de modo geral admitem a flexão de número: Singular e plural. Plural dos substantivos simples Aos substantivos que terminam em vogal, ditongo oral e consoante ‘n’ devem ser acrescidos a consoante ‘s’ ao final da palavra. Observe os exemplos: herói – heróis irmão – irmãos plâncton – plânctons Aos substantivos que terminam em consoante ‘m’ devem ser acrescidos as consoantes ‘ns’ ao final da palavra. Observe os exemplos: abordagem – abordagens modelagem – modelagens homem – homens Aos substantivos que terminam com as consoantes ‘r’ e ‘z’ devem ser acrescidos ‘es’ ao final da palavra. Observe os exemplos: hambúrguer – hambúrgueres chafariz – chafarizes colher – colheres Nos substantivos que terminam em ‘al’, ‘el’, ‘ol’, ‘ul’, deve ser substituída a consoante ‘l’ por ‘is’ Observe os exemplos: girassol – girassóis vogal – vogais azul – azuis * Há duas exceções: mal – males cônsul – cônsules Os substantivos que terminam em ‘il’ são pluralizados de duas formas: a) Em palavras oxítonas terminadas em ‘il’: 12 anil – anis juvenil – juvenis b) Em palavras paroxítonas terminadas em ‘il’: inútil – inúteis réptil – répteis Os substantivos terminados em consoante ‘s’ fazem o plural de duas formas: a) Em substantivos monossilábicos ou oxítonos, há o acréscimo de ‘es’. paz – pazes algoz – algozes b) Os substantivos paroxítonos ou proparoxítonos são invariáveis. férias – férias ônibus – ônibus Os substantivos terminados em ‘ão’ podem ser pluralizados de três formas: a) Substituindo o ‘ão’ por ‘es’: doação – doações emoção – emoções b) Substituindo o ‘ão’ por ‘ães’: alemão – alemães pão – pães c) Substituindo o ‘ão’ por ‘ãos’: cidadão – cidadãos Os substantivos terminados em consoante ‘x’ são invariáveis córtex – córtex Flexões Verbais: Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de flexões é a representada pelos verbos. Flexões estas relacionadas a: Pessoa – Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no modo singular, quanto no plural. Número – Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas gramaticais. Singular Plural Eu gosto de estudar Nós chegamos cedo Tu andas depressa Vós estais com pressa Ele é muito gentil Eles são educados Por meio dos exemplos em evidência, podemos constatar que o processo verbal se encontra devidamente flexionado, tendo em vista as pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós, vós, eles). Tempo – Relaciona-se ao momento expresso pela ação verbal, denotando a ideia de um processo ora concluído, em fase de conclusão ou que ainda está para concluir, representado pelo tempo presente, pretérito e futuro. Modo – Revela a circunstância em que o fato verbal ocorre. Assim expresso: Modo indicativo – exprime um fato certo, concreto. Modo subjuntivo – exprime um fato hipotético, duvidoso. Modo imperativo – exprime uma ordem, expressa um pedido. Para que possamos constatar acerca de todos esses pressupostos, basear-nos- emos no caso do verbo cantar, tendo em vista o modo indicativo. Modo Indicativo 13 Voz A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, classificada em: Voz ativa – o sujeito é o agente da ação verbal. Os professores aplicaram as provas. Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo. As provas foram aplicadas pelos professores. Voz reflexiva – o sujeito, de forma simultânea, pratica e recebe a ação verbal. O garoto feriu-se com o instrumento. Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os elementos expressos pelo sujeito. Os formandos cumprimentaram-se respeitosamente. Existem dois tipos de desinências verbais: Desinências modo-temporal (DMT) e desinências número-pessoal (DNP). Ex.: Nós corremos, se eles corressem (DNP); se nós corrêssemos, tu correras (DMT) 5. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS A primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome. Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra. Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras: SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitosfilosóficos ou políticos, etc. Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc. ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os. Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. http://www.infoescola.com/portugues/participio-2/ http://www.infoescola.com/portugues/morfologia/ http://www.infoescola.com/portugues/substantivos/ http://www.infoescola.com/portugues/artigos/ 14 ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos. Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc. PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso. Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc. VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical. Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc. ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os. Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc. NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem. Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc. PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas. Exemplo: em, de, para, por, etc. CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação. Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc. INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito. 6. PRONOME: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO. Pronomes: A palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome é denominada pronome. Ex.: Ana disse para sua irmã: – Eu preciso do meu livro de matemática. Você não o encontrou? Ele estava aqui em cima da mesa. 1. eu substitui “Ana” 2. meu acompanha “o livro de matemática” 3. o substitui “o livro de matemática” 4. ele substitui “o livro de matemática” Flexão Quanto à forma, o pronome varia em gênero, número e pessoa: Gênero (masculino/feminino) Ele saiu/Ela saiu Meu carro/Minha casa Número (singular/plural) Eu saí/Nós saímos Minha casa/Minhas casas Pessoa (1ª/2ª/3ª) Eu saí/Tu saíste/Ele saiu Meu carro/Teu carro/Seu carro Função O pronome tem duas funções fundamentais: Substituir o nome Nesse caso, classifica-se como pronome substantivo e constitui o núcleo de um grupo nominal. Ex.: Quando cheguei, ela se calou. (ela é o núcleo do sujeito da segunda oração e se trata de um pronome substantivo porque está substituindo um nome) Referir-se ao nome Nesse caso, classifica-se como pronome adjetivo e constitui uma palavra dependente do grupo nominal. Ex.: Nenhum aluno se calou. (o sujeito “nenhum aluno” tem como núcleo o substantivo “aluno” e como palavra dependente o pronome adjetivo “nenhum”) Pronomes Pessoais São aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso: 1ª pessoa – a pessoa que fala – EU/NÓS 2ª pessoa – a pessoa com que se fala – TU/VÓS 3ª pessoa – a pessoa de quem se fala – ELE/ELA/ELES/ELAS http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/ http://www.infoescola.com/portugues/pronomes/ http://www.infoescola.com/portugues/verbos/ http://www.infoescola.com/portugues/adverbios/ http://www.infoescola.com/portugues/numeral/ http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/ http://www.infoescola.com/portugues/conjuncoes/ http://www.infoescola.com/portugues/interjeicao/ 15 Pronomes pessoais retos: são os que têm por função principal representar o sujeito ou predicativo. Pronomes pessoais oblíquos: são os que podem exercer função de complemento. Pronomes oblíquos Associação de pronomes a verbos: Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando associados a verbos terminados em -r, -s, - z, assumem as formas lo, la, los, las, caindo as consoantes. Ex.: Carlos quer convencer seu amigo a fazer uma viagem. Carlos quer convencê-lo a fazer uma viagem. Quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), assumem as formas no, na, nos, nas. Ex.: Fizeram um relatório. Fizeram-no. Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos e quando isso ocorre se referem ao sujeito da oração. Ex.: Maria olhou-se no espelho Eu não consegui controlar-me diante do público. Antes do infinitivo precedido de preposição, o pronome usado deverá ser o reto, pois será sujeito do verbo no infinitivo Ex.: O professor trouxe o livro para mim.(pronome oblíquo, pois é um complemento) O professor trouxer o livro para eu ler.(pronome reto, pois é sujeito) Pronomes de tratamento São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento cerimonioso e outros em situações de intimidade. Conheça alguns: você (v.) : tratamento familiar senhor (Sr.), senhora (Srª.) : tratamento de respeito senhorita (Srta.) : moças solteiras Vossa Senhoria (V.Sª.) : para pessoa de cerimônia Vossa Excelência (V.Exª.) : para altas autoridades Vossa Reverendíssima (V. Revmª.) : para sacerdotes Vossa Eminência (V.Emª.) : para cardeais Vossa Santidade (V.S.) : para o Papa Vossa Majestade (V.M.) : para reis e rainhas Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) : para imperadores Vossa Alteza (V.A.) : para príncipes, princesas e duques 1- Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa. Ex.: Vossa Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento se está dirigindo a pergunta à autoridade) 2- Quando apenas nos referimos a essas pessoas, sem que estejamos nos dirigindo a elas, o pronome “vossa” se transforma no possessivo “sua”. Ex.: Sua Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento não se está dirigindo a pergunta à autoridade, mas a uma terceira pessoa do discurso) Pronomes Possessivos São aqueles que indicam idéia de posse. Além de indicar a coisa possuída, indicam a pessoa gramatical possuidora. As principais palavras que podem funcionar como pronomes possessivos: Existem palavras que eventualmente funcionam como pronomes possessivos. Ex.: Ele afagou-lhe (= seus) os cabelos. Pronomes Demonstrativos Os pronomes demonstrativos possibilitam localizar o substantivo em relação às pessoas, ao tempo, e sua posição no interior de um discurso. 16 Pro no me s Esp aço Temp o Ao dito Enu mera ção est e, est a, ist o, est es, est as Pert o de que m fala (1ª pess oa). Prese nte Refere nte aquilo que ainda não foi dito. Refe rente ao últim oele ment o citad o em uma enu mera ção. Ex.: Não gost ei dest e livr o aqui. Ex.: N este a no, tenho realiz ado bons negóc ios. Ex.: E sta afir mação me deixou surpre sa: gostav a de químic a. Ex.: O hom em e a mulh er são mass acra dos pela cultu ra atual , mas esta é mais opri mida . ess e, ess a, ess es, ess as Pert o de que m ouve (2ª pess oa). Passa do ou futuro próxi mos Refere nte aquilo que já foi dito. Ex.: Não gost ei dess e livr o que está em tuas mão s. Ex.: N esse último ano, realiz ei bons negóc ios Ex.: Gosta va de químic a. Ess a afirma ção me deixou surpre sa aq uel e, aq uel a, aq uil o, aq uel es, aq uel as Pert o da 3ª pess oa, dista nte dos interl ocut ores. Passa do ou futuro remot os Refe rente ao prim eiro elem ento citad o em uma enu mera ção. Ex.: Não gost ei daqu ele li vro que a Rob erta troux e. Ex.: Tenh o boas recor daçõe s de 1960, pois n aquel e ano realiz ei bons negóc ios. Ex.: O hom em e a mulh er são mass acra dos pela cultu ra atual , mas esta é mais opri mida queaque le. 17 Pronomes Indefinidos São pronomes que acompanham o substantivo, mas não o determinam de forma precisa. Alguns pronomes indefinidos: Algumas locuções pronominais indefinidas: cada qual qualquer um tal e qual seja qual for sejam quem for todo aquele quem quer (que) uma ou outra todo aquele (que) tais e tais tal qual seja qual for Uso de alguns pronomes indefinidos: Algum a) quando anteposto ao substantivo da idéia de afirmação “Algum dinheiro terá sido deixado por ela.” b) quando posposto ao substantivo dá idéia de negação “Dinheiro algum terá sido deixado por ela.” Obs.: O uso desse pronome indefinido antes ou depois do verbo está ligado à intenção do enunciador. Demais Este pronome indefinido, muitas vezes, é confundido com o advérbio “demais” ou com a locução adverbial “de mais”. Ex.: “Maria não criou nada de mais além de uma cópia do quadro de outro artista.” (locução adverbial) “Maria esperou os demais.” (pronome indefinido = os outros) “Maria esperou demais.” (advérbio de intensidade) Todo É usado como pronome indefinido e também como advérbio, no sentido de completamente, mas possuindo flexão de gênero e número, o que é raro em um advérbio. Ex.: “Percorri todo trajeto.” (pronome indefinido) “Por causa da chuva, a roupa estava toda molhada.” (advérbio) Cada Possui valor distributivo e significa todo, qualquer dentre certo número de pessoas ou de coisas. Ex.: “Cada homem tem a mulher que merece.” Este pronome indefinido não pode anteceder substantivo que esteja em plural (cada férias), a não ser que o substantivo venha antecedido de numeral (cada duas férias). Pode, às vezes, ter valor intensificador : “Mário diz cada coisa idiota!” Pronomes relativos São aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome citado denomina- se ANTECEDENTE do pronome relativo. Ex.:“A rua onde moro é muito escura à noite.” onde: pronome relativo que representa “a rua” a rua: antecedente do pronome “onde” Alguns pronomes que podem funcionar como pronomes relativos: FORMAS VARIÁVEIS FORMAS INVARI ÁVEIS Masculi no Femini no o qual / os quais a qual / as quais quem quanto / quantos quanta / quanta s que cujo / cujos cuja / cujas onde O pronome relativo QUEM sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisas personificadas, vem sempre antecedido de preposição e possui o significado de “O QUAL” 18 Ex.: “Aquela menina de quem lhe falei viajou para Paris.” Antecedente: menina Pronome relativo antecedido de preposição: de quem Os pronomes relativos CUJO, CUJA sempre precedem a um substantivo sem artigo e possuem o significado “DO QUAL” “DA QUAL” Ex.: “O livro cujo autor não me recordo.” Os pronomes relativos QUANTO(s) e QUANTA(s) apare cem geralmente precedidos dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Ex.: “Você é tudo quanto queria na vida.” O pronome relativo ONDE tem sempre como antecedente palavra que indica lugar. Ex.: “A casa onde moro é muito espaçosa.” O pronome relativo QUE admite diversos tipos de antecedentes: nome de uma coisa ou pessoa, o pronome demonstrativo ou outro pronome. Ex.: “Quero agora aquilo que ele me prometeu.” Os pronomes relativos, na maioria das vezes, funcionam como conectivos, permitindo-nos unir duas orações em um só período. Ex.:A mulher parece interessada. A mulher comprou o livro. (A mulher que parece interessada comprou o livro.) Pronomes interrogativos Os pronomes interrogativos levam o verbo à 3ª pessoa e são usados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Não existem pronomes exclusivamente interrogativos e sim que desempenham função de pronomes interrogativos, como por exemplo: QUE, QUANTOS, QUEM, QUAL, etc. Ex.: “Quantos livros teremos que comprar?” “Ele perguntou quantos livros teriam que comprar.” “Qual foi o motivo do seu atraso?” 7. VERBOS: CONJUGAÇÃO E VOZES, REGULARES, IRREGULARES E IMPESSOAIS. Sendo uma classe gramatical abrangente, existem vários tipos de classificação dos verbos: Verbos regulares Verbos regulares são verbos cuja conjugação se enquadra nos modelos fixos de conjugação verbal, sem apresentar alterações no radical ou nas terminações verbais. Exemplos de verbos regulares: cantar; estudar; vender; aprender; partir; dividir. Verbos irregulares Verbos irregulares são verbos cuja conjugação não se enquadra nos modelos fixos de conjugação verbal, apresentando alterações no radical ou nas terminações verbais. Exemplos de verbos irregulares: pôr; dar; vir; fazer; trazer. . Verbos anômalos Verbos anômalos são verbos irregulares cuja conjugação apresenta diferentes radicais primários, apresentando assim uma irregularidade intensa. Exemplos de verbos anômalos: ser; ir; estar; haver. Verbos defectivos Verbos defectivos são verbos cuja conjugação é incompleta, ou seja, não apresenta todas as formas verbais porque o verbo não é conjugado em todos os tempos, modos ou pessoas. Exemplos de verbos defectivos: reaver; falir; demolir; doer; colorir; adequar. https://www.conjugacao.com.br/verbo-cantar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-estudar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-vender/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-aprender/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-partir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-dividir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-por/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-dar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-vir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-fazer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-trazer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ser/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-estar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-haver/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-reaver/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-falir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-demolir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-doer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-colorir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-adequar/ 19 Verbos impessoais Verbos impessoais são verbos cuja conjugação é feita apenas na 3.ª pessoa do singular, visto não apresentarem sujeito. Exemplos de verbos impessoais: haver (existir); fazer (tempo decorrido); chover; nevar; ventar; amanhecer. Verbos unipessoais Verbos unipessoais são verbos cuja conjugação é feita apenas na 3.ª pessoa do singular e na 3.ª pessoa do plural, embora apresentem um sujeito. São os verbos que representam as vozes dos animais e os que se relacionam com um sujeito oracional. Exemplos de verbos unipessoais: latir; miar; cacarejar; convir; custar. Verbos abundantes Verbos abundantes são verbos cuja conjugação apresenta duas formas equivalentes de particípio: um particípio regular e um particípio irregular. Exemplos de verbos abundantes: ganhar; pagar; eleger; acender; imprimir; exprimir. Verbos principais Verbos principais são verbos que não necessitam de outros verbos para transmitir a totalidade da ação verbal. Exemplos de verbos principais: correr; brincar; estudar; participar; escorregar. Verbos auxiliares Verbos auxiliares são verbos que acompanham um verbo principal numa das suas formas nominais em locuções verbais, tempos compostos e voz passiva. Exemplos de verbos auxiliares: ser; estar; ter; haver; ficar. Verbos de ligação Verbos de ligação são verbos que indicam um estado ao relacionar uma característica com o sujeito. Não indicam uma ação. Exemplos de verbos de ligação: ser; estar; parecer; andar; ficar; continuar. Verbos significativos Verbos significativos são verbos que indicam uma ação. Como atuam como núcleo de um predicado verbal, estabelecem transitividade,podendo ser transitivos diretos ou indiretos e intransitivos. Exemplos de verbos significativos: gostar; querer; estudar; subir; estar; agradecer. Verbos transitivos Verbos transitivos são verbos que necessitam de um complemento verbal para completar o seu sentido. Podem ser classificados em transitivos diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos. Exemplos de verbos transitivos diretos: ler; fazer; querer; quebrar; ter; causar. https://www.conjugacao.com.br/verbo-haver/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-fazer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-chover/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-nevar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ventar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-amanhecer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-latir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-miar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-cacarejar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-convir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-custar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ganhar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-pagar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-eleger/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-acender/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-imprimir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-exprimir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-correr/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-brincar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-estudar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-participar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-escorregar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ser/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-estar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ter/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-haver/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ficar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ser/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-estar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-parecer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-andar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ficar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-continuar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-gostar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-querer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-estudar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-subir/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-estar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-agradecer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ler/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-fazer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-querer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-quebrar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-ter/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-causar/ 20 Exemplos de verbos transitivos indiretos: necessitar; saber; acreditar; obedecer; precisar; gostar. Exemplo de verbos transitivos diretos e indiretos: emprestar; comunicar; influenciar; agradecer; pagar; perdoar. Verbos intransitivos Verbos intransitivos são verbos que não necessitam de um complemento verbal para completar o seu sentido, ou seja, não necessitam de objeto direto e objeto indireto. Exemplos de verbos intransitivos: nascer; morrer; viver; voltar; chegar; andar. Verbos pronominais Verbos pronominais são verbos que se juntam aos pronomes oblíquos átonos quando conjugados. O pronome oblíquo se relaciona com o pronome reto ou sujeito equivalente, estabelecendo uma conjugação pronominal reflexiva ou uma conjugação pronominal recíproca. Exemplos de verbos pronominais: arrepender-se; queixar-se; zangar-se; suicidar-se; lembrar-se; esquecer-se. 8. CONCORDÂNCIA VERBAL Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito. Exemplos: Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser. Casos de concordância verbal: 1) Sujeito simples Regra geral: O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Ex.: Nós vamos ao cinema. O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós). Casos especiais: a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular. Ex.: A multidão gritou pelo rádio. Atenção: Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural. Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram. b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural. Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão. c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural). Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio. d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo concorda com o antecedente do pronome. Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café. e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome. https://www.conjugacao.com.br/verbo-necessitar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-saber/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-acreditar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-obedecer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-precisar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-gostar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-emprestar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-comunicar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-influenciar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-agradecer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-pagar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-perdoar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-nascer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-morrer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-viver/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-voltar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-chegar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-andar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-arrepender/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-queixar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-zangar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-suicidar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-lembrar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-esquecer/ 21 Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café. f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quantos de..., etc. - o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós). Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis? Dicas: Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda com eles em pessoa e número. Ex.: Qual de vós me punirá. g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo. Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial. h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda com o numeral. Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula. i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, etc. - o verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa). Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram. j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo. Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa. 2) Sujeito composto Regra geral O verbo vai para o plural. Ex.: João e Maria foram passear no bosque. Casos especiais: a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes - o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa. Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos. O verbo ficou na 1ª pessoa porque estatem prioridade sob a 3ª. Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos. O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª. Atenção: No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa. Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural) Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Ex.: Irei eu e minhas amigas. b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por “e” - o verbo concordará com os dois núcleos. Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé. Atenção: Se o sujeito estiver posposto, permite- se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga. c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa). Ex.: A angústia e ansiedade não o 22 ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar. d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo. Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava. e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concordará com o aposto resumidor. Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu. f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro... - o verbo poderá ficar no singular ou no plural. Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram. g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o singular quando a ideia for de exclusão, e para o plural quando for de inclusão. Exemplos: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão) A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão) h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só... mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular. Exemplos: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo. Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo. Outros casos: 1) Partícula “SE”: a - Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito passivo. Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros. b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará, obrigatoriamente, no singular. Exemplos: Precisa-se de secretárias. Confia-se em pessoas honestas. 2) Verbos impessoais São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular. Exemplos: Havia sérios problemas na cidade. Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. Deve haver sérios problemas na cidade. Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. Dicas: Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais. O verbo existir não é impessoal. Veja: Existem sérios problemas na cidade. Devem existir sérios problemas na cidade. 3) Verbos dar, bater e soar Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele devem concordar. Exemplos: O relógio deu duas horas. Deram duas horas no relógio da estação. Deu uma hora no relógio da estação. O sino da igreja bateu cinco badaladas. Bateram cinco badaladas no sino da igreja. Soaram dez badaladas no relógio da escola. 4) Sujeito oracional Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura. 5) Concordância com o infinitivo a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso 23 na oração: - não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono. Ex.: Esperei-as chegar. - é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos). Exemplos: Mandei sair os alunos. Mandei saírem os alunos. - flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono e determinante de verbo não causativo nem sensitivo. Ex.: Esperei saírem todos. b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto - não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio. Ex.: Passamos horas a comentar o filme. (comentando) - é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração principal. Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu) responderes, (tu) lerás o texto. - é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e está indicado por algum termo do contexto. Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos. - é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e não está indicado por nenhum termo no contexto. Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato. c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal - não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal, quando em virtude da ordem dos termos da oração, sua ligação com o verbo auxiliar for nítida. Ex.: Acabamos de fazer os exercícios. - é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal, quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto. Exemplos: Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar dela. Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e reclamarmos dela. 6) Concordância com o verbo ser: a - Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo - o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com o predicativo. Exemplos: Tudo são flores. Aquilo parecem ilusões. Dicas: Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo. Ex.: Aquilo é sonhos vãos. b - O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos: que ou quem. Exemplos: Que são gametas? Quem foram os escolhidos? c - Em indicações de horas, datas, tempo, distância - a concordância será feita com a expressão numérica Exemplos: São nove horas. É uma hora. Dicas: Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende- se a palavra dia. Exemplos: Hoje são 24 de outubro. Hoje é (dia) 24 de outubro. d - Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome. 24 Ex.: Aqui o presidente sou eu. Dicas: Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração. Ex.: Eu não sou tu e - Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo. Ex.: O menino era as esperanças da família. f - Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc., o verbo fica sempre no singular. Exemplos: Cento e cinquenta é pouco. Cem metros é muito. g - Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o verbo e o adjetivo pode ficar invariável (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto. Exemplos: É necessário aqueles materiais. São necessários aqueles materiais. h - Na expressão: é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo “ser” e o “que”, ficará invariável.Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito. Exemplos: Eles é que sempre chegam atrasados. São eles que sempre chegam atrasados. 9. CRASE A crase caracteriza-se como a fusão de duas vogais idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” com o artigo feminino a (s), com o “a” inicial referente aos pronomes demonstrativos – aquela (s), aquele (s), aquilo e com o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as quais). Casos estes em que tal fusão se encontra demarcada pelo acento grave (`): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às quais. Trata-se de uma particularidade gramatical de relevante importância, dado o seu uso de modo frequente. Diante disso, compreendermos os aspectos que lhe são peculiares, bem como sua correta utilização é, sobretudo, sinal de competência linguística, em se tratando dos preceitos conferidos pelo padrão formal que norteia a linguagem escrita. Há que se mencionar que esta competência linguística, a qual se restringe a crase, está condicionada aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e nomimal, mais precisamente ao termo regente e termo regido. Ou seja, o termo regente é o verbo ou nome que exige complemento regido pela preposição “a”, e o temo regido é aquele que completa o sentido do termo regente, admitindo a anteposição do artigo a(s). Como explicitamente nos revela os exemplos a seguir: Refiro-me a(a) funcionária antiga, e não a(a)quela contratada recentemente. Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada recentemente. Notamos que o verbo referir, analisado de acordo com sua transitividade, classifica-se 25 como transitivo indireto, pois sempre nos referimos a alguém. Constatamos que o fenômeno se aplicou mediante os casos anteriormente mencionados, ou seja, fusão da preposição a + o artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome demonstrativo aquela (àquela). A fim de ampliarmos nossos conhecimentos sobre as circunstâncias em que se requer ou não o uso da crase, analisaremos: # O termo regente deve prescindir-se de complemento regido da preposição “a”, e o temo regido deve admitir o artigo feminino “a” (s): Exemplos: As informações foram solicitadas à diretora. (preposição + artigo) Nestas férias, faremos uma visita à Bahia. (preposição + artigo) Observação importante: Alguns recursos nos servem de subsídios para que possamos confirmar a ocorrência ou não da crase. Eis alguns deles: a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina equivalente. Caso ocorra a combinação a+o(s), a crase está confirmada. Exemplos: As informações foram solicitadas à diretora. As informações foram solicitadas ao diretor. b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expressão “voltar da”, há a confirmação da crase. Exemplos: Faremos uma visita à Bahia. Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) Não me esqueço da viagem a Roma. Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos jamais vividos. Atenção: Nas situações em que o nome geográfico apresentar-se modificado por um adjunto adnominal, a crase está confirmada. Exemplos: Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas praias. # A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o temo regente exigir complemento regido da preposição “a”. Exemplos: Entregamos a encomenda àquela menina. (preposição + pronome demonstrativo) Iremos àquela reunião. (preposição + pronome demonstrativo) Sua história é semelhante às que eu ouvia quando criança. (àquelas que eu ouvia quando criança) (preposição + pronome demonstrativo) # A letra “a” que acompanha locuções femininas (adverbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave: Exemplos: * locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pressas, à vontade... * locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura de... * Locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que. Casos passíveis de nota: * Em virtude da heterogênea posição entre autores, o uso da crase torna-se optativo quando se referir a locuções adverbiais que representem meio ou instrumento. Exemplos: O marginal foi morto a bala pelos policiais. (Poderíamos dizer que ele foi morto a tiro) Marcela redige todos os seus trabalhos a máquina. (Poderia ser a lápis) * Constata-se o uso da crase se as locuções prepositivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas, mesmo diante de nomes masculinos. Exemplos: 26 Tenho compulsão por comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV) * Não se efetiva o uso da crase diante da locução adverbial “a distância”. Na praia de Copacabana, observamos a queima de fogos a distância. Entretanto, se o referido termo se constituir de forma determinada, teremos uma locução prepositiva. Mediante tal ocorrência, a crase está confirmada. Exemplo: O pedestre foi arremessado à distância de cem metros. - De modo a evitar o duplo sentido, faz- se necessário o emprego da crase. Exemplo: Ensino à distância. Ensino a distância. # Em locuções adverbiais formadas por palavras repetidas, não há ocorrência da crase. Exemplo: Ela ficou frente a frente com o agressor. Casos em que não se admite o emprego da crase: # Antes de vocábulos masculinos. Exemplos: As produções escritas a lápis não serão corrigidas. Esta caneta pertence a Pedro. # Antes de verbos no infinitivo. Exemplos: Ele estava a cantar quando seu pai apareceu repentinamente. No momento em que preparávamos para sair, começou a chover. # Antes de numeral. Exemplo: Cegou a cento e vinte o número de feridos daquele acidente. Observação: - Nos casos em que o numeral indicar horas, configurar-se-á como uma locução adverbial feminina, ocorrendo, portanto, a crase. Os passageiros partirão às dezenove horas. - Diante de numerais ordinais femininos a crase está confirmada, visto que estes não podem ser empregados sem o artigo. As saudações foram direcionadas à primeira aluna da classe. # Antes da palavra casa, quando essa não se apresentar determinada. Exemplo: Chegamos todos exaustos a casa. Entretanto, se a palavra casa vier acompanhada de um adjunto adnominal, a crase estará confirmada. Chegamos todos exaustos à casa de Marcela. # Antes da palavra “terra”, quando essa indicar chão firme. Exemplo: 27 Quando os navegantes regressaram a terra, já era noite. Contudo, se o referido termo estiver precedido por um determinante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá a crase. Paulo viajou rumo à sua terra natal. # Quando os pronomes indefinidos “alguma, certa e qualquer” estiverem subentendidos entre a preposição “a” e o substantivo, não ocorrerá a crase. Exemplo: Caso esteja certo, não se submeta a humilhação. (a qualquer humilhação) # Antes de pronomes que requerem o uso do artigo. Exemplos: Os livros foram entregues a mim. Dei a ela a merecida recompensa. Observação: Pelo fato de os pronomes de tratamento relativos à senhora, senhorita e madame admitirem artigo, o uso da crase está confirmado no “a” que os antecede, no caso de o termo regente exigir a preposição. 10. PONTUAÇÃO. Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Veremos aqui as principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua portuguesa. Ponto 1- Indica o término do discurso ou de parte dele. - Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que se encontra. - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. - Acordei. Olhei em volta.
Compartilhar