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Artigo Capital Intelectual e sua aplicação no Balanço Patrimonial

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12	Título do artigo somente Substantivos Próprios com as primeiras letras em maiúsculo
	autor 1, autor 2	13
Nome da Revista
Vol. xx, Nº. xx, Ano 2013 <DadosRevista>
Priscilla Lazoti
Autor
priscilalazoti@bol.com.br
Camila de Castro Carlos
Orientadora
camila.castro@usp.br
CAPITAL INTELECTUAL E SUA APLICAÇÃO NO BALANÇO PATRIMONIAL
ResuMO 
Este estudo aponta uma metodologia baseada em premissas do valor contábil que reflete o valor econômico da organização. Oliveira (1999, p.93) defende a utilização do conceito de valor econômico na avaliação de intangíveis. Para Drucker (1970, p.32), o passo mais importante em direção à economia do conhecimento foi a administração científica, ou seja, a aplicação sistemática da análise e do estudo do trabalho manual. O termo tangível vem do latim tangere ou do grego tango que significa tocar. Na composição do ativo de uma entidade, existem ativos materiais (ou tangíveis) e ativos imateriais (ou intangíveis). Stewart (1997, p.27) nomeia os ativos intangíveis como capital intelectual. Esse, por sua vez subdivide-se em: capital humano, capital estrutural e capital do cliente. Em virtude das novas tecnologias, da internet, da concorrência entre as células sócias e o cliente sempre mais exigente há maior interesse no aprimoramento cultural do empregado que faz parte da organização e na valorização do ativo intelectual. A probabilidade de eficácia do meio patrimonial será maior onde há conhecimento. Este ativo imaterial fará diferença na prosperidade ou não da célula social. Somando as habilidades intelectivas dos elementos da célula social tem-se o conhecimento coletivo. Há valorização da cultura dos empregados e há interesse em atualização do conhecimento por meios de palestras, leituras, cursos etc. Nestas empresas há valorização do ativo imaterial intelectual e há interesse na cultura da célula social. Os estudiosos estão se preocupando na mensuração dos ativos imateriais e do conhecimento gerado pelo elemento humano que vai movimentar o capital da organização. A empresa é o conjunto do homem e do patrimônio. O aspecto humano consiste na competência, capacidade, habilidades dos empregados e da direção.
Palavras-Chave: Valor. Ativo. Ativo Intangível. Capital Intelectual. Conhecimento.
abstract Intellectual capital and its application in the Balance Sheet
This study suggests the methodology assumes that the value reflects the economic value of the organization. Oliveira (1999, p.93) advocates the use of the concept of economic value in the evaluation of intangibles. For Drucker (1970, p. 32), the most important step towards the knowledge economy is the scientific or systematic study and analysis of the workforce. The team comes from the Latin word tangere tango or the Greek that means playing. The composition of the assets of an entity, there are tangible assets (or tangible) and intangible (or intangible). Stewart (1997, p. 27) refers to intangible assets and intellectual capital. This in turn is subdivided into: human capital, structural capital and customer capital. Due to new technologies, the Internet, competition between members of the cell and the customer is increasingly demanding greater cultural interest in improving the part of employees of the organization and improvement of intellectual assets. The probability of the validity of the method means that there will be more than knowledge. This intangible asset will make a difference in the prosperity of the cell or non-social. The combination of the intellectual capacities of the social elements of the cell has been the collective knowledge. We value the culture of employees and there is interest in improving their knowledge through lectures, readings, courses, etc. In these enterprises is the improvement of intangible assets and intellectual interest in the cell culture medium. The students are worrying in the measurement of intangible assets and knowledge generated by the human element that moves the capital of the organization. The company is a combination of persons and property. The human aspect is the competence, capacity, skills and management.
Keywords: Asset. Intangible assets. Intellectual Capital. Knowledge.
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	TÍTULO DO ARTIGO
Nome da revista Vol. , Nº. 0, Ano 0 p. 1-13
	Modelo versão 31	1Anhanguera Educacional Ltda.
Correspondência/Contato
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Valinhos, São Paulo
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rc.ipade@anhanguera.com
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Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e 
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Artigo Original
Recebido em: xx/xx/xxxx
Avaliado em: xx/xx/xxxx
Publicação: xx de xxx de xxxx
Introdução 
A contabilidade na perspectiva tradicional tem como uma das suas principais finalidades controlar o patrimônio e apurar o resultado econômico-financeiro de uma entidade, o que continua importante até hoje. Entretanto, muito se tem comentado, nos últimos tempos, de que os relatórios fornecidos não retratam certas realidades, por estar, o valor contábil da empresa, muitas vezes, abaixo do valor de mercado de suas ações. A esse respeito, Sveiby (1998, p.4) afirma que:
“o problema com relação a esses mistérios do mercado acionário é que os investidores são obrigados a encontrar suas próprias explicações para os mesmos. Eles podem ver o fluxo de caixa do ano anterior porque está registrado nos documentos financeiros, mas quando se trata de avaliar mudanças no valor dos ativos intangíveis que irão gerar fluxos de caixa futuros, eles não têm por onde se orientar.”
Segundo Antunes (2000, p.18):
“a aplicação do conhecimento, nas organizações, vem impactando, sobremaneira, seu valor, pois a materialização da aplicação desse recurso mais as tecnologias disponíveis e empregadas para atuar num ambiente globalizado produzem benefícios intangíveis, que lhes agregam valor.”
A esse conjunto de benefícios intangíveis denominou-se Capital Intelectual. Stewart (1998, p.13) afirma que “constitui a matéria intelectual – conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência que pode ser utilizada para gerar riqueza. É a capacidade mental coletiva.”
Esta concepção vem mudando a maneira dos gestores das grandes empresas apresentarem seus balanços sociais incluindo a partir de então nas suas demonstrações contábeis o capital intelectual como uma maneira de valorizar a empresa e realmente demonstrar o quanto ela é valiosa do ponto de vista humano. Pois existem empresas que não possui um Ativo tangível significante, porém o seu maior Ativo, ou seja, o que realmente gera riqueza para esta são as pessoas envolvidas no seu processo produtivo e podemos citar como exemplo de empresas que se enquadram nesse perfil as empresas desenvolvedoras de softwares e prestadoras de serviço de auditoria.
Então se deve atentar para um fato mais que certo que hoje em dia o maior responsável pelo desenvolvimento econômico de varias empresas não é um Ativo permanente que podemos citar como exemplo as plantas indústrias, edifícios ou equipamentos e sim os Ativos Intangíveis como, por exemplo, o Capital Intelectual como iremos tratar neste estudo. 
Sendo assim a questão de pesquisa deste artigo é: “Como aplicar o capital intelectual no balanço patrimonial e sua real importância na contabilidade?”.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
De acordo com a Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007, ativo intangível são direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis Pronunciamentos (CPC) Técnico n° 04/2008 define que o ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física ou o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), e que o valor residual de um ativo intangível é o valor estimado que uma entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
O Financial Accounting Standart Board(FASB), por outro lado, apresenta uma definição bem mais restrita, estabelecendo apenas que os intangíveis são ativos, exceto ativos financeiros, que carecem de substância física.
Nessa mesma tendência, o International Accounting Standard Board (IASB), organismo internacional de emissão de padrões contábeis, estabelece que ativos intangíveis são aqueles que não tem substância física, ou tem um valor que não é convertido para aquelas substâncias físicas que eles possuem, a exemplo de um software, o qual não é razoavelmente mensurado em relação ao custo dos disquetes que o contém (EPSTEIN e MIRZA, 2004 p.30) .
Schmidt e Santos (2002, p.68) definem ativos intangíveis como recursos incorpóreos controlados pela entidade capazes de produzir fluxos de caixa futuros. A definição apresentada pelos autores é uma extensão da definição de ativo, incorporando a característica de intangibilidade.
 Hoss (2003, p.41) enfatiza a natureza dos ativos intangíveis, seu agrupamento, direcionadores e normas. Aponta metodologia baseada em premissas do valor contábil que reflete o valor econômico da organização. Baseia-se nas dimensões humanistas, processuais, estruturais e ambientais, sob o foco passado-presente e presente-futuro, levando-se em conta as perspectivas interna e externa.
Assim, levando em consideração estas definições a maioria dos ativos intangíveis corresponde à definição de ativo, logo estes deve ser conhecido como ativo. Porém, existem argumentos de que os intangíveis devem ser tratados de forma diferente dos tangíveis, segundo Chambers apud Schmidt e Santos (2002, p.90): Inexistência de usos alternativos; Os ativos intangíveis não podem ser separados da entidade inteira ou de seus ativos físicos; Incerteza quanto ao valor de recuperação e benefícios futuros para a empresa.
Segundo Kaplan e Norton (1997, p.19), o valor é conseguido com o aperfeiçoamento da capacidade de gerar mais conhecimento, ou seja, da capacidade de gerenciar a intangibilidade dos ativos invisíveis. A capacidade de mobilização e exploração dos ativos intangíveis ou invisíveis torna-se muito mais decisiva que gerenciar e investir em ativos tangíveis.
Oliveira (1999, p.93) defende a utilização do conceito de valor econômico na avaliação de intangíveis. A seu entender, o valor econômico constitui uma idéia subjetiva, embora sua forma de mensurá-lo não necessariamente deva encerrar tal característica. Oliveira (1999, p.93) pressupõe que o valor de um ativo reside no custo de oportunidade, oriundo de sua aquisição e que deva ser mensurado no momento da decisão e trazido a valor presente pela taxas de oportunidades financeiras. Defende que, quer seja o ativo intangível adquirido individualmente ou como parte de uma cesta de ativos, quer seja gerado internamente ou recebido em doação, o problema de sua avaliação econômica, descartando o critério contábil do custo histórico como base de valor, deve ser resolvida considerando-se o fluxo de benefícios, custos de oportunidades envolvidos, risco etc.
A etimologia da palavra Intangível ligada à definição de Ativo nada nos leva a concluir, a não ser concluir que não há tal significado etimológico no conceito contábil. Patentes são considerados Ativos Intangíveis; mas Prêmios de Seguro Antecipados não possuem qualquer caráter de tangibilidade maior do que aquelas, porém não pertencem ao grupo dos Intangíveis. Na verdade, Investimentos, Duplicatas a Receber, Depósitos Bancários, representam todos eles direitos, mas apesar da falta de existência corpórea, são considerados intangíveis MARTINS (1972, p.61).
A administração científica foi o grande salto qualitativo, não só em termos de produtividade, mas também de dignidade no trabalho (STEWART, 1998 p.39). Para Drucker (1970, p.32), o passo mais importante em direção à economia do conhecimento foi a administração científica, ou seja, a aplicação sistemática da análise e do estudo do trabalho manual. Pela primeira vez na história, o trabalho foi considerado como merecedor da atenção do homem educado. A chave para se produzir mais era trabalhar mais inteligentemente.
DEFINIÇÃO DO ATIVO
Os principais atributos de um ativo são: o controle dos recursos e a capacidade de proporcionar benefícios futuros para a organização. O termo tangível vem do latim tangere ou do grego tango que significa tocar. Logo, os bens intangíveis são aqueles que não podem ser tocados, porque não possuem corpo físico.
Na composição do ativo de uma entidade, existem ativos materiais (ou tangíveis) e ativos imateriais (ou intangíveis). Johnson e Kaplan (1993, p.69) afirmam que:
“o valor da entidade não se restringe à soma dos valores de seus ativos tangíveis, e que também se inclui os valores de ativos intangíveis: o surgimento de produtos inovadores, o conhecimento de processos de produção flexíveis e de alta qualidade, o talento e a moral dos empregados, a fidelidade dos clientes e imagem dos produtos, fornecedores confiáveis, rede de distribuição eficiente, etc.”.
Ativo intangível
Para compor o Ativo de uma empresa existem duas divisões que são os ativos tangíveis e os ativos intangíveis. Stewart (1997, p.27) nomeia os ativos intangíveis como capital intelectual. Esse, por sua vez subdivide-se em: capital humano, capital estrutural e capital do cliente. O capital humano é a capacidade, conhecimento, habilidade, criatividade e experiências individuais dos empregados e gerentes transformados em produtos e serviços que são o motivo pelo qual os clientes procuram a empresa e não o concorrente. O capital estrutural é o caminho pelo qual e, ao longo do qual, o conhecimento trafega, ou seja, o arcabouço e a infraestrutura que apoiam o capital humano. O capital estrutural inclui fatores como a qualidade e o alcance dos sistemas informatizados, a imagem da empresa, os bancos de dados exatos, os conceitos organizacionais e a documentação. E o capital do cliente é o valor dos relacionamentos de uma empresa com as pessoas com as quais faz negócios.
Gestão do Capital Intelectual
O conhecimento individual é aquele que se acha representado pela educação, experiência, habilidades e atitudes das pessoas que trabalham na empresa. 
Não é propriedade da companhia, pois, tem caráter subjetivo. O simples contratar pessoas que passam a exercer seu conhecimento na célula social não outorga um valor agregado definitivo, mas, apenas, uma ação temporária sob o risco permanente de deixar de existir. Quando alguém vai para casa leva estes ativos intelectuais consigo.
Entretanto, se um conhecimento é moldado para ser utilizado nos negócios e se em torno do mesmo são criados sistemas de execução, transferíveis, a cultura formada adquire, praticamente, uma força agente que pode sob certas circunstâncias ser considerada como um ativo imaterial.
Em virtude das novas tecnologias, da internet, da concorrência entre as células sociais e o cliente sempre mais exigente há maior interesse no aprimoramento cultural do empregado que faz parte da organização e na valorização do ativo intelectual. A empresa que não partir para a inovação cultural de seu pessoal para assim criar novos procedimentos e ter a capacidade de mudanças estará com sérias dificuldades num mercado cada vez mais exigente e competitivo. O cliente mais consciente quanto ao atendimento, qualidade do meio patrimonial e preço buscará certamente a empresa que lhe proporcionará o que ele precisa para satisfazer sua necessidade. Desta forma vence a célula social que estiver com o pessoal melhor preparado e que possui a mercadoria que satisfaz o cliente. A conquista do cliente exige criatividade e capacidade de motivação como pontos importantes.
A capacidade intelectual do empregado, moldada a um sistema de trabalho específico e com método adequado, é importante para o êxito da organização. Este ativo imaterial fará diferença de uma empresa para sua concorrente. A célula social pode adquirir tais forças intelectuais ou investir na formação delas. Deverá buscar manter tais ativos intangíveis sempre atualizados e em constante evolução isto passa aser um objetivo estratégico de valor. 
Este agente externo ao meio patrimonial poderá levá-lo a eficácia ou a ineficácia. A probabilidade de eficácia do meio patrimonial será maior onde há conhecimento. Este ativo imaterial fará diferença na prosperidade ou não da célula social, pois quanto maior o conhecimento maior a probabilidade de eficácia. Quanto mais eficácias ocorrerem melhor o desempenho patrimonial envolvido à prosperidade. 
Cada trabalhador com sua cultura é importante na célula social, pois cada um tem uma função a cumprir do mais humilde ao mais graduado. Cada um participando no bom andamento do todo da organização.
Somando as habilidades intelectivas dos elementos da célula social tem-se o conhecimento coletivo.
 Conhecimento Coletivo
É o conjunto formado por parcelas de intelectualidades individuais e moldado a uma filosofia empresarial, enriquecida pela tecnologia.
Com a tendência de transformar companhia hierarquizada em estrutura mais plana, mais dinâmica e ágil onde os trabalhadores participam nas decisões da empresa e é levado em conta o conhecimento e a experiência dos trabalhadores. Há valorização da cultura dos empregados e há interesse em atualização do conhecimento por meios de palestras, leituras, cursos etc. Nestas empresas há valorização do ativo intelectual e há interesse na cultura da célula social.
Segundo Sá (2014, p.11):
“É, também, factível, investir-se em algo imaterial como a educação de pessoal, seleção de elementos de maiores experiências e criatividade e obter-se um resultado muitas vezes maior que a aplicação feita, sem que, contudo tais valores sequer integrem as demonstrações dos balanços patrimoniais”. 
A contabilidade tradicional é criticada pelos estudiosos por não mencionar em seus demonstrativos contábeis o ativo imaterial da intelectualidade e os ativos intangíveis.
Segundo Cinca e Garcia (1999, p. 2):
“A informação que hoje interessa a gerência da empresa e que não está suficientemente expressa nos balanços e documentos contábeis tradicionais, se referem a atividades de pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, câmbios nos recursos e processos produtivos, capacidade de inovação e valores que conduzem os produtos ao consumidor”.
Os estudiosos estão se preocupando na mensuração dos ativos imateriais e do conhecimento gerado pelo elemento humano que vai movimentar o capital da organização.
 Enfoque Humano
O elemento humano sem o patrimônio não constitui uma célula social. Assim, também, o patrimônio sem o elemento humano não constitui uma empresa. A empresa é o conjunto do homem e do patrimônio. São verdades que tem evidência por si mesmas não necessitando de demonstração.
O homem é que dá vida, é que dá movimento ao patrimônio é o principal elemento numa célula social. Cada vez mais os estudiosos valorizam a intelectualidade que movimenta o capital e que gera valor. Há tendência, na atualidade, em valorizar mais o aspecto humano na companhia.
O aspecto humano consiste na competência, capacidade, habilidades dos empregados e da direção. A empresa deve ter o compromisso de manter estas habilidades constantemente atualizadas mesmo com ajuda de experto externo. A combinação de cultura, experiências e inovações dos empregados e as estratégias da empresa que deverão mudar e manter estas relações.
A chave está em criar uma cultura de valorização do empregado como elemento gerador de eficácia e riqueza e dar oportunidade de realização de sua capacidade intelectiva. Esta força intelectual vai influenciar positivamente na dinâmica patrimonial. 
Um trabalhador que não vê perspectiva em seu trabalho para desenvolver suas capacidades e de crescimento na empresa não terá motivação para desenvolver bem sua função na empresa. Desenvolverá sua tarefa com pouca motivação e interesse influenciando assim o bom andamento da dinâmica do meio patrimonial. 
Segundo Carballal del Rio (2002, p.4):
“Os recursos humanos que dispõem uma empresa constituem seus recursos mais apreciados”. A administração participativa do pessoal, a redução de níveis hierárquicos, a motivação e a liderança formam parte dos elementos, que desde muitos anos escutamos com relação à nova forma de administrar os recursos humanos. 
Os empregados de uma organização são sua fonte principal de criação de valores, por tanto, quando despedimos pessoa, sem uma estratégia que o acompanhe, com o único fim de reduzir custos, se está na presença de um efeito boomerang, que se produzirá uma descapitalização que será igual a um desinvestimento, por não poder produzir ou gerar os valores que os clientes estão dispostos a pagar”. 
Também ensina Sá (2014, p.7): “Cada vez mais aceleradamente os interesses ambientais passam a ser o objeto de estudo da ciência da Contabilidade e neles se inserem os fatores humanos, como inequívocas forças agentes, transformadoras e agregáveis”. 
Há preocupação dos estudiosos na força intelectual na empresa quanto a sua influência na dinâmica patrimonial e seu reflexo no mercado, pois há uma forte ligação entre a força intelectual, o fenômeno patrimonial e o entorno.
Segundo Sá (2014, p.17): “O que importa, em essência, que em dimensão, quer em relação aos entornos, é a função que cada elemento que se agrega ao capital ou que sobre ele influi efetiva como utilidade, competente para produzir a eficácia e a continuidade desta.”.
Riscos de Avaliação
Quando a avaliação de uma força agente intelectual, como elemento imaterial, não obedece a critérios da ciência contábil há sempre o risco de superdimensionamento.
Isto foi o que ocorreu na chamada “nova economia” dos Estados Unidos onde ações cotadas a mais de duzentos dólares caíram em pouco tempo para pouco mais de um dólar.
Mais pragmático que cientistas muito dos profissionais norte-americanos cometeram sérios erros quanto à sinceridade dos valores dos balanços e isto provocou sérios problemas nas Bolsas de Valores.
Não podemos negar o valor do intangível patrimonial, mas, também, é preciso que a avaliação do mesmo seja pautada, como ensina o neopatrimonialismo, pela “capacidade funcional”, ou seja, a que se traduz pela eficácia.
Conclusão
No presente estudo pode-se concluir que o capital intelectual é, sem sombra de dúvida, uma importante fonte de valorização da empresa, porém é ainda muito conflitante a sua mensuração e a melhor maneira de expor seu correto valor no balanço patrimonial, mas grandes avanços foram obtidos nos últimos tempos, pois com a unificação da contabilidade brasileira com os padrões internacionais obrigatoriamente deveram ser desenvolvidos novos métodos de mensuração aprimorando ainda mais a informação e a tornando cada vez mais confiável.
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