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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA - BIOQUÍMICA APLICADA

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GRUPO SER EDUCACIONAL 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
BIOQUÍMICA APLICADA 
 
 
 
Graciele Maria Silva dos Santos 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Junho - Recife 
2022 
2 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 3 
2 OBJETIVO ............................................................................................................................ 5 
3 METODOLOGIA .................................................................................................................. 6 
4 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................ 7 
4.1 Contextualizações da Glutationa ..................................................................................... 7 
4.2 Ações Bioquímica e Metabólicas da Glutationa ............................................................. 7 
4.3 Mecanismo de Ações ......................................................................................................... 8 
4.4 Glutationa e Exercícios Físicos ........................................................................................ 8 
4.5 Função estruturais da Glutationa (GSH) após a Realização dos Exercícios Físicos... 9 
4.6 Resposta da Glutationa em Exercício ........................................................................... 10 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 11 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 12 
 
 
 
 
3 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A glutationa possui um papel central em biotransformação e em eliminação de enobióticos e 
em defesa de células contra o estresse oxidativo. Este tripeptídeo encontra-se 
intracelularmente em altas concentrações, essencialmente em todos os organismos aeróbicos. 
Embora haja uma infinidade de grandes benefícios do exercício intenso, é tecnicamente um 
estressor fisiológico, pois cria oxidação, também conhecido como estresse químico, dentro do 
sistema do corpo. 
Dessa forma, Santos (2020) considera que a maioria dos atletas bem treinados, incluindo 
aqueles que não são profissionais, mas se esforçam bastante para melhorar continuamente seu 
desempenho físico em cada treinamento, praticando e realizando regularmente, mas o estresse 
de seus treinos e práticas intensivos pode ser sentido por meio de suas atividades físicas. Seja 
na forma de fadiga, dor muscular, sistema imunológico baixo ou outras manifestações, o 
exercício intenso apesar de sua abundância de diversão e efeitos benéficos cobra um preço 
fisiológico. 
Além disso, Silva (2020) destaca que o exercício intenso, experimentado por atletas e aqueles 
comprometidos com seu ofício físico, também cobra um preço bioquímico. Pesquisas 
demonstram que, juntamente com o estresse oxidativo, a atividade intensa diminui os níveis 
de glutationa, o antioxidante caseiro do corpo. Como a glutationa reprime a oxidação, pois é 
um doador de eletrólitos (também conhecido como antioxidante), ela doa elétrons para os 
compostos oxidados que estão faltando um elétron (oxidantes), que são produzidos durante o 
exercício intenso. 
 
Este dar e receber de elétrons são o processo de antioxidantes (como a glutationa) 
estabilizando os oxidantes instáveis e potencialmente prejudiciais. Quando se trata de 
exercício exaustivo, a ocorrência de estresse oxidativo está associada à fadiga e danos 
musculares, além de redução do desempenho físico. Embora o estresse do exercício 
normalmente não prejudique os seres humanos, ele pode afetar sua capacidade de 
desempenho (SUREDA et al., 2015). 
Geraldi (2019) contribui mencionando que os benefícios do esforço físico, melhor 
condicionamento físico e a aplicação mental que acompanham ser um atleta provavelmente 
superam o estresse oxidativo temporário e os riscos relacionados à diminuição da glutationa 
do músculo esquelético após seu treinamento horrível. No entanto, o aumento das espécies 
reativas de oxigênio e a redução da glutationa resultante podem afetar agudamente o 
desempenho físico. 
De acordo com Le Moal et al., (2017), a glutationa é um tripeptídeo composto por três 
aminoácidos (cisteína, ácido glutâmico e glicina) presente na maioria dos tecidos de 
mamíferos, ela atua como um antioxidante, um eliminador de radicais livres e um agente 
desintoxicante. A glutationa também é importante como cofator para a enzima glutationa 
peroxidase, na captação de aminoácidos e na síntese de leucotrienos. 
Segundo Banerjee (2017) à medida que a geração de radicais livres excede a capacidade do 
organismo de neutralizá-los e eliminá-los, ocorre o estresse oxidativo. A glutationa é 
atualmente um dos antioxidantes mais estudados. Isso provavelmente se deve ao fato de ser 
sintetizado endogenamente em todo o corpo e ser encontrado basicamente em todas as 
células, às vezes em concentrações bastante altas. 
4 
 
4 
 
A glutationa também é um componente essencial para o sistema de defesa natural do corpo. 
Vírus, bactérias, toxicidade de metais pesados, radiação, certos medicamentos e até mesmo o 
processo normal de envelhecimento podem causar danos de radicais livres às células 
saudáveis e esgotar a glutationa. A depleção de glutationa foi correlacionada com uma função 
imunológica mais baixa e maior vulnerabilidade à infecção devido à capacidade reduzida do 
fígado de desintoxicar (FORMAN; ZHANG; RINNA, 2009). 
Com tudo, realizou-se pesquisas bibliográficas com interesse de pesquisar sobre estruturas e 
funções da glutationa (GSH) após realizar exercícios físicos. A partir dai apresento este 
relatório com dados descobertos e conhecimentos adquiridos, em saber sobre o tópico 
seguinte e responsável por apresentar os objetivos as pesquisas, destacando seus pressupostos. 
A realização de exercícios físicos só aumenta a síntese de ERO, além de promover lesão 
muscular e inflamação. Após uma sessão de exercícios físicos, inicia-se normalmente a fase 
de recuperação, quando são observados diversos efeitos positivos à saúde, incluindo o 
aumento da resistência a novas lesões induz idas ou não por exercícios, fato que é considerado 
como um processo "adaptativo". Estudos relatam que essa recuperação não é alcançada por 
indivíduos que se submetem a exercícios intensos e prolongados, ou, ainda, que possuem 
elevada frequência de treinamento. Alternativas nutricionais têm sido muito estudadas, a fim 
de reduzir os efeitos promovidos pelo exercício extenuante, dentre as quais está 
suplementação de vitamina E, vitamina C, creatina e glutamina. Esta revisão tem como 
objetivo abordar os aspectos atuais envolvendo a formação das ERO, os processos de lesão 
celular e inflamação, adaptação aos tipos de exercício aeróbio e anaeróbio e possíveis 
intervenções nutricionais. (CRUZAT, Vinício 2009) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
5 
 
2. OBJETIVO 
 
Tenho o objetivo geral de realizar pesquisas bibliográficas com intuitos de discorrer sobre 
estruturais e funções da glutationa (GSH) após aos exercícios físicos. Quanto a objetivos 
específicos, busca-se destacar a contextualizada da glutationa e os exercícios físicos. 
Destacando a glutationa aos exercícios físicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
6 
 
3. METODOLOGIA 
 
 O presente estudo se faz numa revisão da literatura, com base nos estudos acerca 
do seguinte objetivo que é realizar uma pesquisa bibliográfica com o intuito de pesquisas 
sobre a estrutura e função da glutationa (GSH) após a realização de exercícios físicos. Assim, 
visando identificar o assunto, foi delineada a estratégia de pesquisa metodológica. 
Então nesse estudo, utilizou-se a pesquisabibliográfica e a abordagem qualitativa para 
método de revisão bibliográfica. O processo de desenvolvimento desse tipo de estudo de 
revisão inclui caracterizar cada estudo selecionado, avaliar qualidades deles, identificar 
conceitos importantes, comparar análises apresentadas e concluir sobre o que a literatura 
informa em relação à determinada intervenção, assim apontando ainda problemas e questões 
que necessitam de novos estudos, tal como cita Teixeira (2005). Quanto ao que se refere na 
abordagem qualitativa, cita-se a partir de Vergara (2016), que a mesma se refere a tipo de 
pesquisa que não pode ser mensurável, não foram, portanto, levantados materiais que 
disponibilizassem estatísticas numéricas. 
Em tantas pesquisas os caminhos seguiram sistêmicos, distribuídos em varias etapas. Na 
primeira etapa, foi realizada a delimitação da questão a ser pesquisada. Na segunda etapa, 
optou-se pela escolha das fontes de dados que mais condiziam com o tema. Os dados foram 
coletados em artigos e dissertações selecionados em banco de dados eletrônico como Pubmed, 
Medline, Scielo e Google Acadêmico que fazem referência, incluiu-se estudos publicados no 
período de 2010 a 2022, no idioma português e inglês. Na terceira etapa foram eleitas 
palavras-chave como: glutationa (GSH); exercícios físicos; estresse oxidativo; oxidação de 
GSH. 
 Na quarta etapa, foram buscados e armazenados todos os resultados obtidos, e em 
seguida foi realizada a seleção dos artigos e dissertação. A quinta etapa consistiu na 
localização dos materiais teóricos, levando em consideração o critério de inclusão e exclusão, 
para isso foram utilizados os seguintes descritores: glutationa, exercícios físicos, atividade 
física, estresse oxidativo, oxidação de GSH. Na sexta etapa houve a extração dos dados dos 
artigos selecionados, sendo utilizado como critério de inclusão estar direcionados ao tema da 
pesquisa, os que não contemplaram este critério não foram utilizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
7 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
 
4.1 Contextualizações da Glutationa 
 
 A glutationa, conhecida também como GSH, molécula encontrada facilmente no nosso 
corpo. A glutationa é diagnosticada no fígado em dois passos, catalisados pela γ-glutamil-
cisteina-sintetase e pela glutationa-sintetase. A GSH é distribuída, através da circulação 
sanguínea, para todos os tecidos, produzida pelo fígado e células nervosas no sistema nervoso 
central, a glutationa é composta de três aminoácidos: L-cisteína, glicina e L-glutamato 
(FORMAN; ZHANG; RINNA, 2009). 
Santos (2020) discorre que se trata de um antioxidante, uma molécula que ajuda a combater 
os radicais livres. Os radicais livres são moléculas que se formam em resposta a fatores como 
na dieta e o meio ambiente. Quando existem mais radicais livres do que antioxidantes, ocorre 
dano celular oxidativo, isso pode levar à inflamação e a uma variedade de problemas de 
saúde, desde pressão alta e diabetes até doença de Alzheimer e muito mais. 
 
4.2 Ações Bioquímica e Metabólicas da Glutationa 
 
 A glutationa reduzida (GSH) é um tripeptídeo linear de L-glutamina, L-cisteína e 
glicina. Tecnicamente NL-gama-glutamil-cisteinil glicina ou L-glutationa, a molécula possui 
grupo sulfidrila (SH) em porção cisteína, o que explica sua forte caráter doador de elétrons. 
Com isso, à medida que os elétrons são perdidos, a molécula se torna oxidada e duas dessas 
moléculas tornam-se ligadas (dimerizadas) por uma ponte dissulfeto para formar dissulfeto de 
glutationa ou glutationa oxidada (GSSG). Esta ligação é reversível após re-redução 
(FORMAN; ZHANG; RINNA, 2009). 
Assim como outros antioxidantes, a glutationa acelera o processo de cicatrização, 
pois age reduzindo as reações inflamatórias e combate o estresse oxidativo das células. Assim 
ela mantém os patógenos no meio exterior, evitando que corpos indesejados acessem o 
organismo. 
 A GSH está sob um rígido controle homeostático tanto intracelular quanto 
extracelularmente. Um equilíbrio é mantido entre a síntese de GSH, a reciclagem de 
GSSG/glutationa oxidada e sua utilização (FORMAN; ZHANG; RINNA, 2009). A síntese de 
GSH envolve duas reações intimamente ligadas, controladas enzimaticamente. Primeiro, a 
cisteína e o glutamato são combinados pela gama-glutamil cisteinil sintetase. Em segundo 
lugar, a GSH sintetase combina gama-glutamilcisteína com glicina para gerar GSH 
(LAITANO et al., 2012). 
 
A GSH é usada como cofator por múltiplas enzimas peroxidase, para desintoxicar peróxidos 
gerados a partir de ataque de radicais de oxigênio em moléculas biológicas; transidrogenases, 
para reduzir centros oxidados no DNA, proteínas e outras biomoléculas; e glutationa S-
transferases (GST) para conjugar GSH com substâncias endógenas (por exemplo, 
estrogênios), eletrófilos exógenos (por exemplo, óxidos de areno, carbonilas insaturadas, 
haletos orgânicos) e diversos xenobióticos. A baixa atividade de GST aumenta o risco de 
doença, mas paradoxalmente, alguns conjugados de GSH podem ser tóxicos (FORMAN; 
ZHANG; RINNA, 2009). 
Segundo Rusip et al. (2020) o ataque por radicais livres e outros agentes oxidativos também 
pode esgotar o GSH. O ciclo redox homeostático da glutationa tenta manter o GSH 
reabastecido à medida que está sendo consumido. A quantidades disponíveis dos alimentos 
8 
 
8 
 
são limitadas (menos de 150 mg/dia) e a depleção oxidativa pode ultrapassar a síntese. Nesse 
diapasão, menciona-se que o fígado é o maior reservatório de GSH. As células 
parenquimatosas sintetizam GSH para a conjugação de P450 e inúmeras outras necessidades 
metabólicas, em seguida, exportam GSH como uma fonte sistêmica de poder redutor de SH. 
O GSH é transportado na bile para o compartimento luminal intestinal. Os tecidos epiteliais 
dos túbulos renais, revestimento intestinal e pulmão têm atividade substancial de P450 e 
capacidade modesta de exportar GSH (SUREDA et al., 2015). 
 
4.3 Mecanismo de Ações 
 
 Assim como Le Moal et al., (2017) a GSH é um protetor celular extremamente 
importante. Ele extingue diretamente os radicais livres de hidroxila reativos, outros radicais 
livres centrados em oxigênio e centros radicais de DNA e outras biomoléculas. O GSH é um 
protetor primário de pele, cristalino, córnea e retina contra danos causados pela radiação e 
outras bases bioquímicas da desintoxicação do P450 no fígado, rins, pulmões, intestino, 
epitélios e outros órgãos. 
Com isso, Banerjee (2017) concorda que a GSH e seus metabólitos interagem com sínteses 
energéticas e de neurotransmissores através de várias vias metabólicas proeminentes. A 
disponibilidade de GSH regula negativamente o potencial pró-inflamatório de leucotrienos e 
outros eicosanóides. Os metabólitos S-nitrosos recentemente descobertos, gerados in vivo a 
partir de GSH e NO (óxido nítrico), diversificam ainda mais o impacto do GSH no 
metabolismo. 
 
 
4.4 Glutationa e Exercícios Físicos 
 
Muitos Atletas passam muitas horas participando de treinamentos pesados e prolongados a 
cada semana. Est insistência de treino de alto impacto requer o uso extremamente eficiente de 
oxigênio no músculo esquelético e muitas vezes cria um dilema oxidativo que pode aumentar 
a produção de radicais livres (SUREDA et al., 2015). 
Para Silva (2020) a produção extra de radicais livres abre o corpo para problemas de 
acompanhamento, mas não limitado a: Estresse oxidativo, Resposta inflamatória insalubre, 
Função imunológica suprimida, Aumento da dor, Desempenho de exercício prejudicado. Para 
neutralizar os danos dos radicais livres, as defesas antioxidantes do corpo geralmente 
assumem o controle para proteger os tecidos do hospedeiro. Se os recursos antioxidantes se 
esgotarem, inflamação e imunossupressão podem ocorrer antes que os tecidos do atleta 
tenham tempo de se recuperar do exercício ou evento de treinamento. 
A glutationaadequada (GSH), o principal antioxidante do corpo, é essencial para que os 
linfócitos do sistema imunológico funcionem adequadamente. O estresse oxidativo e o 
acúmulo de radicais livres podem levar a um desafio sustentado de imunocitos e resultar na 
depleção de glutationa intracelular. A GSH também é essencial para a contração muscular 
aeróbica, de modo que a competição entre os sistemas imunológico e muscular pelos 
precursores do GSH pode se desenvolver posteriormente (SUREDA et al., 2015). 
9 
 
9 
 
Tal como destacam Santos (2020), essa competição por glutationa pode resultar em um dos 
dois cenários: O músculo esquelético pode ficar privado de glutationa suficiente para 
sustentar um metabolismo aeróbico normal durante exercícios intensos ou de resistência e 
depleção de glutationa pode resultar em uma breve imunossupressão após o período de 
exercício intenso. 
Com isso, menciona-se que através do estudo, Hwang et al. (2018), foi possível identificar 
que a glutationa normalmente não é um suplemento para apoiar a massa e a força muscular, 
mas de acordo com um estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo publicado 
pelos autores em 2018 no Journal of the International Society of Sports Nutrition, a glutationa 
pode ser a chave participante na construção de massa muscular e força. Neste estudo, 75 
homens treinados em resistência foram aleatoriamente designados para ingerir 200 mg/dia de 
glutationa + 2 gramas/dia de L-citrulina (GSH + CIT), 2 gramas/dia de L-citrulina-malato ou 
placebo de celulose diariamente enquanto também participava de 8 semanas de treinamento 
de resistência. A composição corporal e a força muscular foram testadas antes e após 4 e 8 
semanas de treinamento resistido e suplementação. Após 4 semanas, a massa muscular magra 
e a força foram positivamente correlacionadas ( p< 0,05) e aumentou significativamente no 
grupo GSH + CIT, mas não nos grupos L-citrulina-malato ou celulose placebo. 
Vale afirma que esse estudo foi realizado em sujeitos já praticantes de treinamento resistido 
regular (homens, idades de 18 a 35 anos, que realizaram treinamento resistido pelo menos três 
vezes por semana durante um ano), portanto não podemos necessariamente extrapolar os 
resultados para indivíduos que não participam deste tipo de atividade. 
Com tudo, percebe-se que o papel da glutationa pode ir além de seu papel antioxidante. As 
evidências sugerem que podem ser um complemento útil para os protocolos de construção 
muscular e, como resultado, reduzir potencialmente o risco de vários problemas de saúde 
relacionados à idade. 
 
4.5 Função estruturais da Glutationa (GSH) após a Realização dos Exercícios Físicos. 
 
 Nos assuntos anteriores ficou evidente que pessoas fisicamente ativas são 
frequentemente deficientes em glutationa. Geraldi (2019) discorre que durante o exercício, os 
níveis de glutationa se acabam rapidamente devido ao aumento da absorção pelos tecidos, 
quando se exercita, maior o esgotamento. Isso torna o estresse oxidativo mais drástico e 
generalizado, o que pode ocorrer muitos problemas, como dores musculares e articulares, 
fraqueza e vulnerabilidade a infecçõess e lesões. 
Após treinos, o estresse oxidativo afeta principalmente os músculos, o que causa fadiga 
muscular, e que depende da quantidade de força que seus músculos podem realizar. Por causa 
disso, a capacidade de progredir durante o exercício diminui e pode precisar ser suspensa 
completamente. O tempo para reparar o tecido também é afetado pelos níveis reduzidos de 
glutationa, causando dores mais intensas e durações mais longas, dores musculares e 
articulares e lesões. A suplementação de glutationa combate esse estresse oxidativo, 
diminuindo o cansaço muscular e auxiliando na recuperação para atividades físicas intensas 
ou duradouras (SUREDA et al., 2015). 
Nos estudos, a suplementação de glutationa resultou níveis mais elevados de biogênese de 
PGC-1α e mtDNA no músculo esquelético de camundongos e preveniu a redução induzida 
pelo exercício no pH intermuscular em camundongos. Além disso, em humanos, a 
suplementação de glutationa suprimiu os parâmetros relacionados à fadiga durante e após o 
exercício. Embora tenha sido bem documentado que a glutationa desempenha um papel 
central na rede antioxidante nas células animais e o equilíbrio redox pode atuar como um 
marcador do status antioxidante em várias condições patológicas e fisiológicas, incluindo o 
exercício. 
10 
 
10 
 
Por tanto, o papel da glutationa exógena nas alterações fenotípicas relacionadas ao exercício 
físico não foi explorado. Até onde foi possível observar, o estudo e o primeiro a demonstrar 
que a suplementação de glutationa melhora o metabolismo aeróbico no músculo esquelético, 
levando à redução da fadiga muscular induzida pelo exercício. Esses resultados encontrados 
em Aoi et al. (2015) sugerem que a suplementação de glutationa melhorou o metabolismo 
lipídico e a acidificação nos músculos esqueléticos durante o exercício, levando a uma menor 
fadiga muscular. 
 
 
4.6 Resposta da Glutationa em Exercício 
 
 Silva (2020) considera que devido ao seu papel no combate ao aumento da 
peroxidação lipídica que ocorre durante o estresse oxidativo, especialmente durante o 
exercício intenso, a resposta da glutationa tem sido frequentemente estudada. Homens 
treinados que se exercitaram até a exaustão em uma esteira aumentaram as quantidades 
sanguíneas de glutationa oxidada imediatamente após o exercício, sugerindo um aumento no 
estresse oxidativo, mas retornaram ao repouso após 1 h. 
 
 Com isso, Santos (2020) concordam que um nível diminuído de glutationa no plasma 
o resultado de uma utilização aumentada dela dentro do músculo, para combater ou "apagar" 
quaisquer radicais livres circulantes. O potencial da glutationa para minimizar ou reduzir os 
radicais livres é aparente a partir das mudanças relatadas no status da glutationa após o 
exercício, em resposta a sessões de exercício, os níveis circulantes de glutationa reduzida 
diminuem enquanto os níveis de glutationa oxidada aumentam. Considerando as mudanças na 
química redox que ocorrem como resultado de um aumento no exercício, a capacidade do 
corpo de manter um equilíbrio adequado de glutationa é bastante importante. 
Felizmente, Rusip et al. (2020) acreditam que em resposta ao treinamento físico regular, os 
níveis de repouso de glutationa aumentam como uma adaptação do corpo para lidar 
efetivamente com o aumento de radicais livres que comumente resulta secundário ao 
treinamento físico. Enquanto muitos desses estudos utilizaram exercícios baseados em 
resistência, muito da mesma resposta é esperada ao usar exercícios baseados em resistência. 
Até o momento, poucos estudos foram concluídos que utilizaram um programa típico de 
treinamento de resistência, mas alguns estudos usando principalmente contrações excêntricas 
foram realizadas. 
De acordo com Hwang et al. (2018) a degradação da glutationa leva principalmente aos seus 
aminoácidos constituintes (como, cisteína, glicina), que podem ser usados posteriormente para 
a síntese de glutationa dentro da célula. Pesquisas que envolvem a glutationa sugerem 
fortemente que ela tem um papel importante na prevenção da peroxidação lipídica associada 
ao estresse oxidativo, o que posteriormente torna a manutenção de um equilíbrio ideal de 
glutationa necessária para extinguir efetivamente a peroxidação das membranas lipídicas. A 
suplementação com glutationa teve pouco sucesso, pois a biodisponibilidade da glutationa é 
baixa devido ao seu transporte transitório por toda a rede celular. Atualmente, acredita-se que 
a biodisponibilidade da glutationa seja extremamente baixa devido às enzimas hidrolíticas que 
quebram a glutationa após a ingestão (FORMAN; ZHANG; RINNA, 2009). 
 
 
 
11 
 
11 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estudo demonstraque os músculos e corpo podem manter níveis altos de glutationa, ou ao 
menos tem amplos blocos de construções de aminoácidos e precursores de glutationa que 
produzir a glutationa, é possível melhorar a recuperação pós-treino ou pós-atividade. Assim, 
identifica-se que a glutationa é um tripeptídeo sendo composto por glutamato, cisteína e 
glicina, é sintetizada principalmente nas células hepáticas. É um armazenamento em forma 
oxidada ou reduzida em concentrações em maioria de células, a glutationa envolvida na 
regulação de diversas funções fisiológicas, em particular, funções de antioxidante e 
desintoxicação. 
A glutationa reduzida é facilmente oxidada em espécies reativas do oxigênio e 
subsequentemente diminuída novamente pela glutationa redutase, e balanço redox da 
glutationa com isso tem se usado no marcador do status antioxidante em diversas condições. 
Os exercícios físicos diminui a forma e aumenta a forma oxidada da glutationa. Além do que, 
o exercício prolongado diminui o conteúdo total de glutationa no plasma e nos tecidos ao 
longo do tempo, o que sugere que a glutationa pode estar associada ao metabolismo 
energético aeróbico e à manutenção da contração muscular. 
No metabolismo de energia e nutrientes o músculo esquelético desempenha alguns papeis 
importante na fadiga muscular. No particular, a fonte de energia pode afetar o desempenho 
muscular. Em exemplo, a fonte de energia em base de carboidratos resulta na diminuição do 
pH muscular devido ao aumento da produção de ácido lático, o que tem à contração muscular 
prejudicada. Em tanto, quando a energia gasta durante exercícios e derivada de lipídios, em 
grande quantidade de energia pode ser continuamente fornecida via metabolismo aeróbico. 
Com o aumento da utilização de lipídios nas mitocôndrias das células musculares esqueléticas 
está associado em contração muscular contínua, e em número e atividade das mitocôndrias 
influencia a utilização de ácidos graxos nas células musculares. 
A conclusão e o desenvolvimento de radicais livres e estresse oxidativo porem o exercício é 
uma consideração bastante importante para um grande desempenho, recuperação a saúde. 
Atualmente, a relação entre estresse oxidativo e exercício prolongado, não habitual e de alta 
intensidade não está totalmente determinada. Ainda mais, existem pesquisas que ilustram uma 
possível relação entre radicais livres e estresse oxidativo com outras doenças e vias de 
destruição celular. Sistemas de proteólise e apoptose são duas das principais vias nas quais o 
estresse oxidativo parece desempenhar um papel substancial na extensão em que eles são 
ativos no músculo esquelético. 
Uma grande abordagem comum procurada para o estresse oxidativo é a administração 
exógena de compostos que acredita terem propriedades antioxidantes. Grandes pesquisas mais 
neste momento precisam ser conduzidas para algumas mudanças observadas dentro das 
células musculares esqueléticas após a exposição a exercícios prejudiciais intensos e 
desacostumados 
 
 
 
 
 
12 
 
12 
 
REFERÊNCIAS 
 
BANERJEE, R. Redox metabolism and life. Journal of Redox Biochemistry, v.12, n.03, 
2017. 
FORMAN, H. J.; ZHANG, H.; RINNA, A. Glutathione: overview of its protective roles, 
measurement, and biosynthesis. Molecular aspects of medicine, v. 30, n. 1, p. 1-12, 2009. 
GERALDI, Camilo Oliveira. O efeito crônico do treinamento aeróbico e do exercicío 
aerobíco máximo sobre o estresse oxidativo e a capacidade antioxidante em homens 
treinados e sedentários. Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal de Minas Gerais, 
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Esporte, 2019. 
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