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Alterações de desenvolvimento e anomalias dentárias

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Alterações de desenvolvimento e anomalias 
dentárias – diagnóstico e aspectos clínicos 
ANORMALIDADES DENTÁRIAS POR FATORES 
AMBIENTAIS 
• Agressão aos ameloblastos: 
- Agressão na época de desenvolvimento dentário; 
- Os ameloblastos dos germes dentários em 
desenvolvimento são muito sensíveis a estímulos 
externos. Eles são responsáveis pela formação e 
deposição do esmalte, e muitos fatores podem levar a 
anormalidades no desenvolvimento do esmalte. 
- O esmalte passa por três estágios principais: 
formação de matr iz , mineral ização e maturação. 
Durante a formação da matriz, as proteínas do esmalte 
são depositadas. Na fase seguinte, o mesmo ocorre 
com os minerais, e a maior parte das proteínas originais 
é removida. Durante a finalização da maturação, o 
esmalte sofre a mineralização final e os 
remanescentes das proteínas originais são removidos. 
- No estágio inicial da mineralização, o esmalte é 
grosseiro, branco e relativamente mole. No estágio 
posterior da maturação, o esmalte difuso e opaco é 
substituído pelo esmalte definitivo, mais duro e 
translúcido. 
- Caso a agressão ocorra na formação de matriz, o 
esmalte simplesmente não se forma, e o dente nasce 
apenas com dentina (dente extremamente frágil), já 
caracterizando um problema estrutural; quando ocorre 
na mineralização, houve a formação e deposição, 
entretanto não mineralizou, por esse motivo o esmalte 
é muito frágil, e com a funcionalidade do dente esse 
esmalte vai sendo perdido; já na maturação o esmalte 
geralmente apresenta uma mudança na sua coloração, 
adquirindo uma coloração mais amarelada ou 
amarronzada, ainda um pouco fraco, mas com maior 
resistência comparado aos demais. 
• Esses defeitos visíveis de esmalte causados por 
fatores ambientais podem ser classificados em três 
grupos: 
- Hipoplasias (problemas estruturais); 
Ocorre em forma de fossetas, ranhuras, ou em grandes 
áreas com ausências de esmalte. 
 
- Opacidades difusas; 
Aparece como variações da translucidez do 
esmalte. Apesar da espessura do esmalte afetado ser 
normal, ela apresenta um aumento da opacificação 
branca, sem que haja uma delimitação clara com o 
esmalte em sua normalidade. 
- Opacidades demarcadas. 
Mostram áreas de menor translucidez, aumento da 
opacidade e um limite demarcado com o espaço 
adjacente. O esmalte tem espessura normal, e as 
opacidades podem ser brancas, castanhas, amarelas ou 
marrons. 
 
 
 
 
 
 
• HIPOPLASIA DE TURNER 
 
- É um problema que atinge dentes permanentes; 
- Causado por doença inflamatória apical ou ainda por 
trauma nos dentes nos dentes decíduos adjacentes; 
- O trauma também pode causar deslocamento da 
substância dentária dura já formada, 
com relação ao tecido mole do restante do dente em 
desenvolvimento; 
Diagnóstico em odontologia 
 
 
- Os defeitos do esmalte variam de áreas focais de 
coloração branca amarelada ou marrom até extensa 
hipoplasia que pode atingir totalmente a coroa. 
- Em dentes anteriores há menor incidência. 
• HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR – INCISIVO (HMI) 
 
- Ocorrem defeitos no esmalte de um ou mais 
primeiros molares permanentes; 
- Podendo também afetar os incisivos, entretanto, 
menos gravemente; 
- O esmalte alterado pode assumir coloração branca, 
amarela ou marrom, com nítida demarcação entre o 
defeito e o esmalte normal circundante. Muitas vezes, o 
esmalte envolvido é macio e poroso, parecido com giz 
ou a um queijo (molares em queijo) 
- O esmalte dos molares afetados é frágil e pode 
fraturar com grande facilidade. Muitas vezes, são 
sensíveis a temperatura e trauma mecânico, de modo 
que até a escovação é dolorosa, e todo esse conjunto 
favorece o desenvolvimento de cárie. 
- A causa da HMI é desconhecida, porém muitos 
pesquisadores acreditam que a condição resulte de 
uma influência sistêmica durante os primeiros anos de 
vida, coincidindo com o período de mineralização dos 
dentes afetados. 
 - Se descoberta cedo há uma maior chance de 
confeccionar uma coroa, se descoberta mais 
tardiamente, há grande chance de perda dental. 
• HIPOPLASIA CAUSADA POR TERAPIA ANTI-
NEOPLÁSICA 
 
 
 
 
- Casos de crianças que passam por terapias 
neoplásicas; 
- O grau e a gravidade das alterações de 
desenvolvimento estão relacionadas com a idade do 
paciente durante o tratamento, o tipo de tratamento, a 
dose e o campo de radiação, se utilizada; 
- Ela é dose dependente, causada por radiação. De 
modo que, pode ocorrer em radioterapias e 
quimioterapias, sendo a primeira de forma mais grave. 
- Pode acarretar defeitos na dentição e osso gnáticos 
(da maxila e mandíbula); 
- Pode causar hipoplasia mandibular e redução vertical 
do terço inferior da face. A hipoplasia mandibular pode 
ocorrer como um efeito direto da radiação, por 
redução do crescimento ósseo alveolar devido ao 
desenvolvimento radicular deficiente, ou, 
possivelmente, por falha no crescimento relacionada 
com a função hipofisária alterada pela radiação craniana. 
- Além de defeitos dentinários como hipoplasia radicular 
e do esmalte, microdontia e hipodontia. 
• FLUOROSE DENTÁRIA 
 
 
- Defeitos no esmalte dentário decorrente da ingestão 
de quantidades excessivas de flúor; 
- A gravidade é dose dependente; 
 
 
- Diagnóstico: defeitos bilaterais ao grupo de dentes e 
simetricamente distribuídos + níveis elevados de flúor 
no tecido. 
- Quando presente em dentes decíduos entende-se 
que foi passado pela mãe durante a gravidez, 
provavelmente em decorrência da ingestão de água 
com alto teor de flúor. Já em dentes permanente, é 
associado à ingestão excessiva de flúor pelo indivíduo. 
- Os dentes afetados são resistentes à cárie, e a 
superfície dentária alterada aparece como áreas com 
esmalte branco, opaco e sem brilho, que apresentam 
zonas de pigmentação amarela ou marrom-escura; 
- Podem ocorrer como fossetas profundas, irregulares 
e acastanhadas (raro). 
• TRATAMENTO 
- Geralmente esses problemas dentários são mais 
estéticos do que funcionais 
- Depende da gravidade do defeito; 
- Microabrasão: produz aumento significativo e 
permanente na correção da pigmentação marrom ou 
amarela da 
superfície. 
- A melhoria das marcas brancas da superfície do 
esmalte comumente requer posterior procedimento 
restaurador (coroas totais; restaurações de resina); 
- Extração; 
- Instruções de higiene oral. 
DESGASTE DENTÁRIO 
- É um processo fisiológico que ocorre com 
o decorrer do envelhecimento, mas também pode ser 
considerado patológico quando o grau de destruição 
cria problemas funcionais, estéticos ou de sensibilidade 
dentária; 
- A maioria dos casos de perda dentária é o resultado 
da combinação de fatores; 
- A maioria dos desgastes possui inter-relação; 
- Tratamentos: identificar e resolver a causa; combate à 
sensibilidade; tratamento restaurador (apenas quando a 
causa for resolvida), material restaurador. 
 
 
• ATRIÇÃO: 
- Perda da estrutura dentária causada pelo 
contato entre os dentes antagonistas durante a oclusão 
e a mastigação; 
- Até certo grau é fisiológico e progride com o 
aumento da idade, entretanto, quando a quantidade de 
perda dentaria é extensa e começa a afetar a estética 
e a função, o processo pode ser considerado 
patológico; 
- Ocorre tanto na dentição decídua quanto na 
permanente; 
- Geralmente encontramos as superfícies oclusais e 
incisais comprometidas, além das superfícies palatinas 
dos dentes anteriores superiores e as vestibulares dos 
dentes inferiores anteriores; 
- As facetas são grandes, planas, lisas, brilhantes e são 
encontradas em uma relação correspondente ao tipo 
de oclusão. 
 
• ABRASÃO 
- É a perda patológica da estrutura dentária pela ação 
mecânica de um agente externo; 
- Região vestibular do dente; 
- Uma das principais causas é a escovação com força 
excessiva, mas também podemos associar ao hábitos 
de colocar entre os dentes lápis, palitos, cabos de 
cachimbo e grampos para cabelo. Mascar fumo, 
quebrar nozes, roer unha,cortar linha e o uso 
impróprio do fio dental. 
- Os defeitos comumente têm margens definidas e 
superfície dura e lisa (em caso de escovação com 
força excessiva); 
 
 
- O grau de perda é maior em dentes proeminentes 
(caninos, pré-molares e dentes adjacentes a áreas 
edêntulas) e no lado do arco oposto à mão dominante 
que sustenta a escova dentária; 
- Pode ter origem ocupacional/relacionada ao trabalho 
EX: costureiros e pedreiros 
 
• EROSÃO 
- É a perda da estrutura dentária causada por processo 
químico somado à interação bacteriana com o dente; 
- Implica a destruição progressiva de uma superfície 
por um 
processo eletrolítico ou químico; 
- Geralmente é causada por exposição aos ácidos, mas 
agentes quelantes são tidos como sua causa inicial; 
- Os locais predominantes dessas perdas são áreas que 
não estão protegidas pela secreção serosa das 
glândulas parótidas e submandibulares. As superfícies 
vestibulares e palatinas dos dentes superiores e as 
superfícies vestibulares e oclusais dos dentes 
posteriores inferiores são as mais afetadas; 
- Incomum na superfície lingual dos inferiores, 
possivelmente e em decorrência da capacidade 
protetora da saliva serosa proveniente da 
glândula submandibular; 
- O modelo de erosão é constituído de uma lesão com 
depressão côncava central na dentina, 
cercada por margem elevada de esmalte; 
- A erosão comumente afeta as superfícies vestibulares 
dos dentes superiores e anteriores e aparecem como 
depressões em forma de colher rasa na porção cervical 
da coroa; 
- A depender do local da lesão, pode indicar sua causa 
(Palatina = causa interna/refluxo, por exemplo; 
Vestibular = causa externa). 
- A erosão proveniente da exposição dentária a 
secreções gástricas é chamada de perimólise 
EX: casos de refluxo, engoos de grávidas bulimia. 
 
• ABFRAÇÃO 
- Acontece na região cervical do dente; 
- se refere à perda de estrutura dentária devido 
a um estresse oclusal, que por flexão repetida provoca 
falha 
no esmalte e na dentina distante do ponto de pressão; 
 
 
- Apresenta aparência de cunhas limitadas à região 
cervical dos dentes e pode, com facilidade, assemelhar-
se à abrasão cervical ou à erosão; 
- Os sinais para o diagnóstico preciso incluem defeitos 
que são profundos, estreitos e em forma de V; 
 
REABSORÇÃO INTERNA E EXTERNA 
- A destruição dos dentes também pode ocorrer por 
reabsorção, que é realizada por células localizadas na 
polpa dentária (reabsorção interna) ou 
no ligamento periodontal (reabsorção externa); 
Reabsorção interna: é mais rara, e em muitos casos, 
sucede a trauma aos tecidos pulpares, como o trauma 
físico ou pulpite por cárie. Ela pode continuar por tanto 
tempo quanto a polpa permanecer vital e pode resultar 
em comunicação da polpa com o ligamento periodontal 
- Dente róseo de Mummery; 
- Tratamento: essa reabsorção pode ser efetivamente 
interrompida se a terapia endodôntica remover com 
sucesso todo o tecido pulpar antes que o processo de 
reabsorção atinja o ligamento periodontal; 
- Quando a perfuração ocorre, o tratamento torna-se 
mais difícil e o prognóstico ruim: 
Remineralização Ca(OH)2; exposição cirúrgica e 
restauração do defeito; exodontia. 
 
 
Reabsorção externa: é mais comum, e neste caso 
algum agente externo está empurrando a raiz do 
dente, fazendo com que reabsorva. 
EX: cistos; dentes impactados; traumas; força mecânica 
excessiva. 
- Tratamento: identificar e eliminar a causa; 
- O tratamento depende da localização de reabsorção; 
- Áreas cervicais: exposição cirúrgica, remoção de 
tecido afetado e restauração. 
- Quando é no terço médio não tem opções de 
tratamento; 
- Quando é no ápice, remove-se a causa e trata 
endodonticamente; 
- Endodontia ineficaz – tratamento dos patógenos 
periodentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DISTÚRBIOS NA ERUPÇÃO 
- Impactação: Os dentes que cessam a erupção antes 
de emergirem (dente que emergiu, mas não apareceu 
na boca); 
EX: Na dentição permanente os terceiros molares 
inferiores são os dentes mais impactados, seguidos 
pelos terceiros molares e caninos superiores. 
 
 
 
 
 
 
- Anquilose: A interrupção da erupção após o seu 
começo é chamada anquilose e ocorre pela fusão do 
cemento ou dentina com o osso alveolar/ ligamento 
periodontal calcificou com o osso gnáticos.. 
A patogênese da anquilose é desconhecida e pode ser 
secundária a um de muitos fatores. Distúrbios advindos 
de alterações do metabolismo local, trauma, lesão, 
irritação química ou térmica, falha no desenvolvimento 
ósseo local e pressão anormal da língua foram sugerido. 
 
 
 
- Tratamento: remoção do dente, se necessário; orto e 
confecção de coroa. 
ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO 
• NÚMERO: 
Anodontia refere-se à total falta de desenvolvimento 
dentário; 
- Geralmente essa alteração está associada com 
síndromes; 
Hipodontia é a falta de desenvolvimento de um ou mais 
dentes; 
- Caso não tenha o decíduo, não se têm o dente 
sucessor; 
- Também pode estar associado com microdontia, além 
de ter a ausência de alguns dentes, os que têm podem 
ser menores; 
- Comum em segundo e terceiro molares, segundos 
pré-molares, incisivos inferiores e incisivos laterais 
superiores. 
 
 
 
 
 
Hiperdontia ou dentes supranumerados é o 
desenvolvimento de um número maior de dentes. 
- Mais comum de um único dente, e geralmente tem 
uma forma anormal; 
- Mais comum na região anterior da maxila; 
- Comum em incisivos superiores, seguida pelos 
molares superiores e os molares inferiores, pré-molares, 
caninos e incisivos laterais; 
- Geralmente é unilateral; 
- Mandíbula: região de pré-molares e molares. 
 
 
 
 
Dentes supranumerados 
- Suplementar (tamanho e formas normais); 
- Rudimentar (forma anormal e tamanho menor); 
- Conoides (pequenos, cônicos); 
- Tuberculados (anterior, em forma de barril com mais 
de uma cúspide); 
- Molariformes. 
 
 
• TAMANHO 
Microdontia: dentes fisicamente menores que o comum. 
- Muito comum e 3M e ILS 
 
 
Macrodontia: dentes fisicamente maiores que o normal. 
- Comum isoladamente em incisivos e caninos; e de 
fora bilateral nos pré-molares e terceiros molares. 
• FORMA 
Geminação: um único dente aumentado 
ou unido (duplo) no qual a contagem dentária é normal 
quando o dente anômalo é considerado como um/ 
ocorre através da tentativa de um dente de se dividir; 
- Uma só raiz; 
- Geralmente ocorre na maxila; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fusão: o aumento de um único dente ou dente 
unido (duplo), no qual a contagem dentária revela a falta 
de um dente quando o dente anômalo é contado como 
um/ união de dois dentes, geralmente pela coroa; 
- Geralmente ocorre na mandíbula; 
- Duas raízes; 
Ambas podem ocorre em decíduos e permanentes, 
geralmente mais comum ocorrência em incisivos e 
caninos. 
 
Concrescência: é a união de dois dentes adjacentes 
apenas por cemento sem confluência da dentina 
subjacente 
- Comum em região de posteriores; 
- O padrão de desenvolvimento em geral envolve um 
segundo molar cujas raízes apresentam-se intimamente 
próximas do terceiro molar adjacente impactado. 
 
Tratamentos das alterações de tamanho: 
- Divisão cirúrgica; 
- Endodontia; 
- Reconstrução anatômica; 
- Atenção a complicações na concrescência. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS 
Cúspides acessórias: 
- A cúspide de Carabelli é uma cúspide acessória 
localizada na superfície palatina da cúspide mesiolingual 
de um molar superior (Fig. 2-60). Tal cúspide pode ser 
vista nos dentes decíduos e permanentes e varia de 
 
 
uma cúspide definida a uma fóssula ou fissura pequena 
e recortada. 
 
- Cúspide em garra é uma cúspide adicional bem 
delimitada localizada na superfície lingual de um dente 
anterior e que se estende pelo menos da metade da 
distância da junção cemento-esmalte para a margem 
incisal. 
 
- Dente envaginado: é uma eleva- 
ção semelhante a uma cúspide de esmaltelocalizada no 
sulco central ou na crista lingual da cúspide vestibular de 
pré-molares ou de molares Apesar de este quadro de 
cúspides acessórias ter sido relatado em molares, o 
dente evaginado ocorre caracteristicamente em pré-
molares, sendo comumente bilateral e demonstrando 
marcada predominância pela arcada inferior. Molares 
decíduos são raramente afetados. A cúspide acessória 
normalmente consiste em esmalte e dentina, e a polpa 
está presente em quase todos os casos. 
 
- Dente invaginado: é uma profunda invaginação da 
superfície da coroa ou da raiz que é limitada pelo 
esmalte, que pode ser coronária ou radicular. 
Necrose pulpar; 
O tratamento depende do grau de invaginação; 
Pode-se utilizar de endodontia, cirurgia periapical, 
obturação retrógrada ou extração. 
 
 
- Taurodontia: é um aumento do corpo e da câmara 
pulpar de um dente multirradicular com deslocamento 
apical do assoalho pulpar e da bifurcação das raízes. 
Pode estar associado a síndromes; 
Não requer tratamento específico. 
 
 
 
• HIPERCEMENTOSE 
- Trata-se de uma hiperplasia cementária, ou seja, uma 
deposição de cemento em excesso de cemento não 
neoplásico ao longo do cemento radicular normal; 
- Muito comum de se encontrar; 
- Mais comum à ocorrência em molares inferiores; 
segundos pré-molares, inferiores e superiores; 
primeiros pré-molares inferiores. 
- Maior predominância na região mandibular; 
- Geralmente acomete mais adulto, de modo que, a 
frequência aumenta com a idade, provavelmente devido 
à exposição cumulativa a fatores de influência; 
 
 
- Encontradas também em pacientes jovem, associado 
a fatores hereditários (geralmente relacionado a uma 
síndrome ou dente em caso de trauma oclusal muito 
frequente, muito fora da oclusão). 
FATORES LOCAIS FATORES SITÊMICOS 
- Trauma oclusal anormal; - Acromegalia e 
gigantismo hipofásico; 
- Inflamação adjacente (EX: 
pulpar ou periodontal); 
- Artrite; 
- Dente antagonista 
(impactado, incluso ou 
ausente); 
- Calcinose; 
- Reparo de raízes vitais 
fraturadas. 
- Doença óssea de Paget; 
 - Febre reumática; 
 - Bócio tireóide; 
 - Síndrome de Gardner; 
 - Deficiência de vitamina A 
 
- Para casos de hipercementose não há necessidade de 
tratamento. Por conta de um espessamento da raiz, 
dentes afetados apresentam problemas durante a 
exodontia, muitas vezes sendo necessária a remoção 
cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• DILACERÇÃO 
Dilaceração = angulação anormal ou curvatura na raiz; 
- A dilaceração relacionada com o trauma geralmente 
acomete a dentição anterior, o que pode levar a 
problemas dentários tanto funcionais quanto estéticos. 
- Menos frequentemente, essa curvatura se desenvolve 
em decorrência de um cisto adjacente, tumor ou 
hamartoma odontogênico; 
 
- O tratamento e prognóstico variam de acordo com a 
gravidade da deformidade. 
• RAIZES SUPRANUMERÁRIAS 
 - Aumento do número de raízes nos dentes, 
comparado ao que a anatomia dentária aborda como 
normal. 
- Geralmente os dentes mais afetados são os molares 
permanentes (especialmente terceiros molares) 
superiores e inferiores, os caninos inferiores e pré-
molares. 
- O tratamento não é necessário, entretanto, é sempre 
importante realizar o exame radiográfico para identificar 
essa raiz acessória, principalmente mediante o 
tratamento endodôntico ou exodontias. 
 
• ALTERÇÃOES DE DESENVOLVIMENTO NA 
ESTRUTURA DOS DENTES 
1. AMELOGÊNESE IMPERFEITA 
- Grupo complexo de condições que demonstram 
alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte 
na presença ou não de alguma alteração sistêmica. 
- Essa alteração apresenta uma etiologia controversa, 
de modo que, na maioria das vezes é genética; 
 
 
- Sua transmissão pode estar associada a genes 
autossômicos dominantes (AD)/ muitos familiares irão 
apresentar essa alteração; genes recessivos (AT) ou 
ainda estar ligada ao cromossomo X/ nesse caso todas 
as mulheres da família irão apresentar, e filhos dessas 
mulheres tem ½ de chances de desenvolver essa 
alteração na estrutura dos dentes. 
- Está relacionada à alterações nos genes envolvidos no 
processo de formação e maturação da matriz do 
esmalte; 
- Há pelo menos 14 subtipos hereditários diferentes de 
amelogênese imperfeita, com numerosos padrões de 
herança e uma grande variedade de manifestações 
clínicas; 
- Os defeitos hereditários da formação do esmalte 
também são divididos ao longo dessas linhas como: 
hipoplásico, hipocalcificado, hipomaturado. 
Amelogênese imperfeita h ipoplás ica (tipo I ) 
- O defeito encontra-se na deposição inadequada da 
matriz do esmalte; 
- Houve falha na fase de secreção/ secreta pouco 
esmalte, o que implica na estrutura; 
- Conta com espessura reduzida e/ou fossas no 
esmalte; 
- De acordo com o aspecto clínico, a coroa varia de 
pequena para normal; pode apresentar microdontia; e a 
cor vai variar de normal a branco-opaco/ amarelo 
escuro; 
- Esse esmalte varia de macio e fino até espessura 
normal, contando com fendas e sulcos; 
- Radiograficamente, o contraste desse esmalte é 
normal ou algo reduzido. 
 
Amelogênese imperfeita h ipomaturada (tipo I I ) 
- Falha na fase de maturação e crescimento final dos 
cristais; 
- A matriz do esmalte é apropriadamente depositada 
e começa a se mineralizar; entretanto, há um defeito 
na maturação da estrutura dos cristais de esmalte; 
- Os dentes afetados têm forma normal, mas contam 
com esmalte mais mole e manchas branco-
acastanhado-amarelado. 
- De acordo com o aspecto clínico, ele varia entre 
opaco cremoso a amarelo escuro; conta com 
superfície dentária mole e rugosa; dispões de grande 
sensibilidade e muitas vezes apresenta mordida aberta; 
- Radiograficamente, o esmalte afetado mostra uma 
radiopacidade semelhante à da dentina, além de que, as 
coroas não erupcionadas têm aspecto normal. 
 
Amelogênese imperfeita h ipocalc if icada (tipo I I I ) 
- Falha na formação inicial dos cristais seguidos de 
crescimento alterado; 
- Neste caso, a matriz do esmalte é depositada 
apropriadamente, mas não ocorre significativa 
mineralização; 
- Espessura normal, esmalte macio, opaco e branco 
amarelado. 
- De acordo com o aspecto clínico, ele varia entre 
branco opaco a amarelo escuro; conta com esmalte 
mole e rugoso; dispões de grande sensibilidade dentária, 
além de geralmente apresentar mordida aberta e 
acumulação de tártaro; 
- O esmalte é mais mole do que o normal e tende a se 
soltar da dentina subjacente/ser perdido. Esse esmalte 
geralmente se fragmenta e sofre abrasão mais 
facilmente; 
 
 
- Radiograficamente o esmalte apresenta contraste 
semelhante à dentina ou menor que esta; as coroas 
erupcionadas apresentam aspecto normal. 
 
Amelogênese imperfeita hipomaturada/hipoplásica com 
taurodontismo (tipo IV) 
- Falha poligenética complexa associada aos três tipos 
- Geralmente há associação com problemas sistêmicos. 
- O esmalte é marmerizado ou manchado, de cor 
branca, amarelo ou castanho, com buracos nas faces 
vestibulares; 
- Clinicamente conta com manchas brancas a amarelo 
escuro e os dentes podem se apresentar pequenos e 
com falta de contatos interproximais; 
- O esmalte tem espessura bem reduzida e apresenta 
áreas e buracos hipomineralizados; 
- Radiograficamente o esmalte conta contraste normal 
ou um pouco aumentado, além da visualização dos 
canais pulpares largos. 
 
FORMA DE REALIZAR O DIAGNÓSTICO: 
1. Analisar a aparência clínica do defeito; 
2. Etapa de formação do esmalte em que surgem as 
anomalias; 
3. Verificar o padrão genético de transmissão familiar; 
4. Observar critérios clínicos, histológicos e genéticos. 
 
 
Diagnóstico: 
- Hipersensibilidade; 
- Mordida aberta; 
- Atrição (irá diminuir a dimensão vertical) 
- Radiologicamente observa-se a perda congênita dos 
dentes; atraso na erupção; reabsorção de coroa e raiz; 
calcificação pulpar e diminuição da densidade do 
esmalte. 
Características genéticas 
- A forma mais frequentede ser encontrada é 
hipocalcificada AD, seguida por hipomaduro e 
hipoplásica; 
- A hipoplásica tem resolução menos complicada, pois o 
esmalte foi formado de forma correta, apenas em 
quantidade menor; 
- AD: familiar paterna, 50% dos descendentes de um 
homem com amelogênese imperfeita serão afetados; 
- AR: pais não afetados podem ter filhos afetados; 
- Por cromossomo X: todas as mulheres descendentes 
são afetadas e metade dos filhos homens de uma 
mulher com amelogênese imperfeita também será 
afetado. 
TRATAMENTO 
- Microabrasão; 
- Resinas compostas e facetas cerâmicas anteriores; 
- Coroas de metal posteriores (estética e proteção); 
- Tratamento de sensibilidade; 
- Orientação de higiene; 
- Tratamento ortodôntico; 
- Acompanhamento. 
2. DENTINOGÊNSE IMPERFEITA 
- É um distúrbio de desenvolvimento da dentina na 
ausência de qualquer desordem sistêmica. 
- O esmalte é normal; 
- Alterações dentárias semelhantes podem ser vistas 
em conjunção com distúrbios sistêmicos hereditários do 
osso, chamadas de osteogênese imperfeita. Neste caso, 
 
 
quem tem essa síndrome automaticamente já 
apresenta a dentinogênese imperfeita. 
- Atinge decíduos e permanentes; 
- Geralmente os dentes decíduos são atingidos mais 
gravemente, seguidos pelos incisivos permanentes e 
primeiros molares, como os segundos e terceiros 
molares sendo atingidos por último. 
- A dentinogênese imperfeita é associada à mutação 
no gene DSPP (sialofosfoproteína dentinária) 
- O esmalte frequentemente é separado com facilidade 
da dentina defeituosa subjacente. Uma vez exposta, a 
dentina demonstra desgaste por atrição 
significativamente acelerada. 
Tipo I e I I 
- O tipo I ocorre associado à osteogênese imperfeita; 
- A cor dos dentes pode variar de cinza ao violeta 
acastanhado ou castanho amarelado, de modo que 
todos irão apresentar uma tonalidade opalescente ou 
translúcida (“dentes de vidro”); 
- As coroas apresentam-se curtas com sinais de 
exposição e desgaste coronário; 
- Há formação de dentina terciária que oblitera tudo 
para proteger a câmara pulpar; 
RADIOGRAFICAMENTE 
- Observa-se coroas com forma bulbosa e presença de 
constrição cervical acentuada, raízes delgadas e 
obliteração precoce total ou parcial dos canais 
radiculares ocasionada pela formação contínua de 
dentina (Tipo II); 
- Apesar de as raízes serem curtas e rombas, o 
cemento e o osso de suporte são normais; 
 
Tipo I I I 
- É uma forma mais rara; 
- Não há dentina de forma alguma acontecendo; 
- Apresenta os mesmos aspectos clínicos dos tipos I e 
II, e ainda está associada à exposições múltiplas das 
polpas dos dentes decíduos; 
RADIOGRAFICAMENTE 
- As câmaras pulpares apresentam grande amplitude, 
paredes dentinárias finas e canais radiculares grandes; 
- Diagnóstico diferencial = displasia dentinária; 
 
DIAGNÓSTICO 
- A gravidade das alterações varia com a idade durante 
a qual o dente se desenvolveu; 
- Os dentes são de cor marromazulada, em geral com 
transparência distinta; 
- O esmalte facilmente é separado da dentina 
defeituosa, pois ou não tem dentina ou ela se 
apresenta bem defeituosa. 
- Assim, esse dente será muito frágil.. 
 
TRATAMENTO 
- Depende da gravidade 
- Complexo (dependendo do grau de destruição, idade 
e cooperação do paciente); 
- Quanto mais cedo descoberto melhor para tratar 
(dentes decíduos) 
 
 
Assim se pode prevenir a perda da dimensão vertical 
por atrição; recuperação da força mastigatória e 
estética; além de ser possível realizar um 
acompanhamento. 
 
REFERÊNCIAS: 
NEVILLE, B. W.; AL, E. Patologia oral e maxi lofac ial . Rio 
De Janeiro (Rj): Elsevier, 2009.

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