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ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DO NÚMERO DE DENTES: os termos estudados pertencem a dentes com falha no desenvolvimento, e não são aplicados a dentes que estão impactados ou foram extraídos. Número: hipodontia; hiperdontia. Tamanho: microdontia; macrodontia. Forma: geminação; fusão; concrescência; cúspides acessórias; dente invaginado; esmalte ectópico; taurodontia; hipercementose; raízes acessórias; dilaceração. Estrutura: amelogênese imperfeita e dentinogênese imperfeita. anomalia mais comum; relacionada com a fase de iniciação e proliferação da lâmina dentária – ausência da lâmina dentária apropriada; geralmente 3º molares, 2º pré-molar e incisivos laterais superiores; incomum em decíduos; associada a microdontia; fatores ambientais e genéticos (mutação nos genes MSX1 e PAX9) associada a displasia ectodérmica hipoidrótica hereditária (Síndrome de Christ -Siemens- Tourane); presente em pacientes não sindrômicos com fenda labial ou fenda palatina. HIPODONTIA: *Anodontia: ausência de desenvolvimento de todos os dentes; *Hipodontia: termo genérico para dentes ausentes; *Oligodontia (subdivisão da hipodontia): ausência de desenvolvimento de seis ou mais dentes; tendência genética (filhos, tios, primos) ANOMALIAS DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO AFETANDO DENTES BEATRIZ CÂMARA DE OLIVEIRA ODONTOLOGIA UFRN ANOMALIA DENTÁRIA Processo complexo que envolve a interação epitélio oral e o ectomesênquima subjacente; Genes determinam número, forma, tamanho, e posição dos dentes; ODONTOGÊNESE: ALTERAÇÕES DENTÁRIAS DE DESENVOLVIMENTO: AGENESIA: anomalia de desenvolvimento congênita mais comum, definida como a ausência congênita de um ou mais dentes decíduos ou permanentes. ANODONTIA HIPODONTIA OLIGODONTIA Tratamento: movimentação ortodôntica; exodontia e implante - relacionado a condição que o paciente apresenta, geralmente ligado a estética, pode ocorrer o aparecimento de diastemas (espaços entre os dentes) Desenvolvimento de um número maior de dentes chamados de supranumerários De 76% a 86% são de um único dente Mais frequente na dentição permanente – 95 % em maxila Predileção pela região anterior da maxila HIPERDONTIA: Nariz em sela, lábios protrusos (mais carnudo), orelhas mal formadas, hiperpigmentação periocular, pelos escassos (hipotricose), diminuição do suor (hipoidrose), hipodontia, oligodontia ou anodontia, mucosa oral seca, pregueada, hipossalivação e xerostomia Problemas com relação ao suor e salivação estão ligadas a deficiências nas glandulas do corpo, visto que essas derivam do ectodérmica A redução do suor gera uma dificuldade para que se consiga controlar a temperatura corporal. Displasia ectodérmica hipoidrótica hereditária: distúrbio das estruturas geradas pelo ectodérmica – pode ser a ausência do elemento ou a má formação danos antes da formação do dente podem resultar em hipodontia OBS: lâmina dentária => muito sensível a estímulos externos (traumas, infecção, radiação, quimioterápicos, distúrbios endócrinos e intrauterinos graves foram associados à ausência dos dentes) Doenças associadas a hipodontia: Observamos também que os dentes que ainda existem nos pacientes apresentam formato de cone Tratamento de um modo geral para esses pacientes é a restauração da função e estética, em algumas situações pode precisar de próteses totais, tratamento ortodôntico/ protético/ dentística e até mesmo implantes Geralmente ocorre com incisivos superiores, molares, pré molares, caninos Pode irromper ou não, ou assumir posição ectópica A teoria mais aceita é da hiperatividade da lâmina dentária relacionada com macrodontia e predominância no sexo masculino mesiodentes (região de incisivos superiores) distomolar/distodente (4º molar acessório); paramolar (dente posterior supranumerário situado na lingual ou vestibular de um molar) OBS: vários termos para supranumerários: 1. 2. 3. microdontia isolada é comum, com diâmetro MD reduzido; incisivo lateral superior e 3º molares; microdontia difusa é incomum, está relacionada com a síndrome de Down e com o nanismo hipofisário; coroa é afetada mais a raiz tem comprimento normal; microdontia relativa → macrognatia MICRODONTIA: macrodontia isolada é comum nos incisivos ou caninos – dificuldade na erupção e dentes mais suscetível à cárie; macrodontia difusa é rara e tem relação como gigantismo hipofisário MACRODONTIA: Displasia cleidocraniana: clavículas hipoplásicas, crânio grande, achado radiográfico importante é a falta de erupção de vários elementos dentários, incluindo um número grande de supranumerários. Síndrome de Down: macroglossia. Gardner: dentes supranumerários, osteomas, pólipos intestinais, odontomas e dentes impactados. Síndromes associadas a hiperdontia: Dentes natais e neonatais: Natais: Presentes ao nascimento; Neonatais: Surgem em até 30 dias após o nascimento (mais comum em incisivos inferiores, incisivos superiores e dentes posteriores, respectivamente.) ÚLCERA DE RIGA-FEDE: Ulceração traumática dos tecidos moles que podem ocorrer durante a amamentação ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DO TAMANHO DOS DENTES recém nascidos são inviáveis de realizar raio X ! no caso de nascerem dentes aos dois/três meses de vida chama-se de erupção precoce (aos cinco meses já é normal) => também pode ser retardado. não se indica a remoção do elemento: se deve analisar se realmente é um dente e observar o que esses dentes estão provocando => podem gerar ulcerações devido possuírem uma borda cortante (CD lixa o dente) ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DA FORMA DOS DENTES tentativa de um único germe dentário de se dividir; resulta em um dente aumentado com coroa chanfrada, e geralmente uma raiz e um canal radicular em comum; observamos até mesmo a formação de um sulco na coroa do dente; dente único aumentado contagem dentária é normal => dente anômalo é considerado como único GEMINAÇÃO: cúspide acessória na palatina da cúspide mesiolingual dos molares superiores; decíduos ou permanentes (pode ser necessário ocorrer um selamento da região prevenindo a formação de cárie, por exemplo - devido sua posição ela não gera interferência oclusão) cúspide adicional na superfície lingual de um dente anterior (cíngulo aumentado); incisivo lateral superior e incisivo central; rara na dentição decídua CÚSPIDES ACESSÓRIAS: Cúspide/tubérculo de Carabelli: Cúspide em garra: (pode prejudicar a oclusão) união de dois germes dentários normalmente separados; resulta em dente unido com confluência de dentina; dente único aumentado ou unido (duplo) no qual a contagem dentária revela a falta de um dente quando o dente anômalo é contado como um. FUSÃO: união de dois dentes pelo cemento, sem confluência da dentina; é a união, pelo cemento, de dois dentes formados, ligados ao longo das superfícies radiculares. Importância clínica: saber se temos concrescência para casos de exodontia dos dentes envolvidos nesses processos para que não ocorram fraturas CONCRESCÊNCIA: consiste em uma elevação semelhante a uma cúspide de esmalte; localizado no sulco central ou na crista lingual da cúspide vestibular d pré - molares ou de molares; DENTE EVAGINADO: frequentem ente, o dente evaginado é visto em associação com outra variação da anatomia coronária, os incisivos em forma de pá. conceito: invaginação acentuada na superfície da coroa ou raiz limitada por esmalte predomínio em incisivos laterais superiores incisivos centrais, pré-molares, canino incomum na dentição decídua raio x: Invaginação contornada por esmalte dando o aspecto de “um dente dentro de outro” DENTE INVAGINADO (DENS IN DENT): (comunicação do dens in dent com a polpa=> ocasionar a necrose, ou então ele está muito próximo com a polpa - importante o diagnóstico precoce) pérolas de esmalte; presença de esmalte em localizações incomum=> provavelmentena odontogênese ocorreu uma reativação da bainha de hertwig; estruturas hemisféricas de esmalte (podem conter dentina e polpa subjacentes); extensão cervical do esmalte; extensão triangular do esmalte a partir da junção amelocementária para a bifurcação de um dente molar; superfície vestibular dos molares ESMALTE ECTÓPICO: (dentes mais propícios de terem doenças periodontais, logo deve ocorrer uma higiene mais eficientes- não temos tratamento, apenas um reforço na higiene do paciente) aumento do corpo e da câmara pulpar de um dente multirradicular, com deslocamento apical do assoalho pulpar e d bifurcação das raízes; o grau de taurodontia=> classificado de acordo com o grau de deslocamento apical do assoalho pulpar: TAURODONTIA: *leve- hipotaurodontia *médio- mesotaurodontia *grave- hipertaurodontia Síndromes associadas a taurodontia: deposição não neoplásica excessiva de cemento ao longo do cemento radicular normal; espessamento da raiz ou raiz rômbica – lâmina dura intacta; localizada ou generalizada; comum em pré-molares; ocorre predominantemente em adultos e a frequência aumenta com a idade; umas das causas da hipercementose é o trauma (ligação com a idade) implicação clínica: exodontia e movimentação ortodôntica; nenhum tratamento HIPERCEMENTOSE: não há necessidade de tratamento, e o diagnóstico é radiográfico importância clinica: aquele elemento dentário poderia interferir no tratamento de uma prótese fixa=> ele não poderia ser usado como pilar de uma prótese=> apresenta uma raiz curta angulação anormal ou curvatura na raiz, ou menos frequentemente, na coroa do dente; é essencial a radiografia; fatores idiopáticos, traumáticos ou secundariamente a cisto ou tumor adjacente; implicação clínica: endodontia, ortodontia e exodontia. DILACERAÇÃO: Fatores associados à hipercementose: portadores precisam constantemente trocar de prótese dentária devido ao crescimento ósseo pode ser chamada de doença do chapéu Doença de Paget do osso: caracterizada pela reabsorção e deposição óssea anárquicas e anormais resultando em deformidade e enfraquecimento esquelético aumento do número de raízes nos dentes, comparado com aquele classicamente descrito na anatomia dentária; implicação clínica: endodontia (canais acessórios) e exodontia RAÍZES SUPRANUMERÁRIAS: ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DA ESTRUTURA DOS DENTES anormalidades na formação do esmalte ficam permanentemente marcadas na superfície dos dentes; desenvolvimento do esmalte passa por 3 estágios: importância na localização e aparência do defeito do esmalte) 1. Formação de matriz orgânica; 2. Mineralização da matriz; 3. Maturação do esmalte; (nesses estágios, o período que ocorre a agressão aos ameloblastos tem grande defeito quantitativo, ocorrendo na forma de fossetas, ranhuras ou grandes áreas de ausência de esmalte- não ocorre em todos os dentes; período em que ocorre a agressão aos ameloblastos tem grande importância na localização e aparência do defeito do esmalte causado por um fator ambiental, o fator pode ter agido em diferentes fases da formação do esmalte HIPOPLASIA DE ESMALTE: relacionada com uma hipoplasia do esmalte causada por trauma, em casos de problema endodôntico/cárie no dente decíduo pode prejudicar o permanente observado em dentes permanentes: defeito do esmalte causado pela doença inflamatória periapical dos dentes decíduos sobrejacentes ou por trauma estágio de desenvolvimento dentário período de tempo da infecção ativa virulência dos organismos infecciosos resistência do hospedeiro à infecção HIPOPLASIA DE TURNER: Fatores que determinam o grau de dano aos dentes permanentes pela infecção do dente decíduo: trauma no dente decíduo pode causar alteração significativa na dentição permanente. 45% de todas as crianças sofrem traumas nos dentes decíduos. incisivos centrais superiores são os mais acometidos aspecto clínico das alterações varia em função da época e da gravidade do dano superfície vestibular dos IS mais acometida devido a posição do ápice e germe dentário zona de pigmentação branca ou amarelo- acastanhada com ou sem área horizontal de hipoplasia do esmalte Trauma: aumento no número de alterações de desenvolvimento; produz alterações clínicas em pacientes abaixo de 12 anos de idade, e mais extensamente em pacientes com menos de 5 anos de idade; as alterações mais frequentes: hipodontia, microdontia, hipoplasia HIPOPLASIA CAUSADA POR TERAPIA ANTINEOPLÁSICA: flúor cria defeitos através da retenção das amelogeninas: hipomineralização; gravidade da fluorose dentária é dose- dependente; ingestão de doses elevadas de flúor durante períodos críticos do desenvolvimento dentário – fluorose mais grave defeitos bilaterais; simétricos; encontrar evidências de consumo excessivo de flúor; níveis elevados de flúor no esmalte ou outro tecido FLUOROSE DENTÁRIA: *superfície dentária alterada: áreas com esmalte branco, opaco e sem brilho, podendo apresentar áreas de pigmentação amarela ou marrom-escura. *em virtude de outros diagnósticos, o diagnóstico definitivo de fluorose dentária, requer: defeito do esmalte causado pela doença inflamatória periapical dos dentes decíduos sobrejacentes ou por trauma trauma pode fazer com que os ameloblastos façam uma parada na produção de esmalte OBS: Traumas podem influenciar em significativa alteração na dentição permanente, os incisivos centrais são os mais acometidos Alterações causadas por terapia antineoplásica: vários dentes exibindo rizomicria secundária à radioterapia e quimioterapia; raiz com tamanho menor que o normal. sífilis congênita- tríade Dentes de Hutchinson Ceratite ocular surdez incisivos de Hutchinson e molares em amora (deposição irregular de esmalte em glóbulos lembrando uma amora) sífilis congênita resulta em um quadro de hipoplasia de esmalte HIPOPLASIA SIFILÍTICA: compreende um grupo complexo de condições que demonstram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte na ausência de uma alteração sistêmica ou síndrome ocorre uma alteração genética alterações podem surgir em qualquer etapa de formação do esmalte: elaboração da matriz orgânica, mineralização da matriz e maturação do esmalte AMELOGÊNESE IMPERFEITA: Temos o acometimento difuso tanto dos dentes decíduos como dos permanentes, na grande maioria: *pode ser de herança autossômica dominante, autossômica recessiva (tipo mais grave, comprometimento de todos os dentes de ambas as dentições) ou ligada ao cromossoma X => ocorre acometimento difuso tanto dos dentes decíduos, como dos permanentes, na grande maioria. *estética comprometida => alteração de cor: branco-opaco ao amarelo marrom (dente para dentes, paciente para paciente); aumento da prevalência de cárie; perda da estrutura do esmalte (dimensão vertical). mais graves; matriz de esmalte apropriadamente depositada; não ocorre mineralização significante; esmalte mole e facilmente perdido; Hipoplásica: alteração básica se concentra na deposição inadequada da matriz de esmalte – padrão pode ser generalizado ou localizado. Hipomaturada: ligadas ao cromossoma X ou são autossômicas recessivas; contém proteína residual; matriz de esmalte apropriadamente depositada; ocorre mineralização; defeito na maturação; forma normal, manchas opacas, brancas, marrom ou amarelas. Hipocalcificada: na maioria é autossômica dominante; falta de proteína, a normalidades mordida aberta anterior, erupção retardada, impactação dentária. marrom, amarelado, alaranjado, marrom negro; alguns fatores preferem chamar de hipomineralizada para ambas as variantes. -principais problemas enfrentados com a amelogênese imperfeita são: estética, sensibilidade dentária, perda da dimensão vertical, aumento da prevalência de cárie, distúrbio de desenvolvimento da dentina na ausência de desordem sistêmica; todos os dentes de ambas as dentições são afetados – decídua: mais afetada; mutação no gene da sialoproteína da dentina;radiograficamente: dentes com coroas bulbosas. DI Tipo III- Tipo Brandywine (tipo raro) DENTINOGÊNESE IMPERFEITA: Tipos: DI Tipo I – Associada a Osteogênese imperfeita; DI Tipo II- Apenas alteração dentária; distúrbio na maturação do colágeno; mutação em genes que guiam a formação do colágeno; coloração azul-amarronzada, castanho, azulado, ou cinza, com um brilho opalescente dentes decíduos afetados mais gravemente discreta translucidez junção amelo-dentinária defeituosa desgaste rápido da dentina exposta dentes em forma de concha OSTEOGÊNESE IMPERFEITA: doença caracterizada por fragilidade óssea causada por defeito qualitativo ou quantitativo do colágeno tipo 1 (fragilidade óssea, esclera azul, pode apresentar dentes alterados, perda auditiva, deformidade nos ossos longos, hiperextensibilidade das articulações) Características Clínicas do tipo I e II: OBS: radiograficamente os dentes apresentam coroas bulbosas, constrição cervical, raízes delgadas e obliteração precoce dos canais radiculares e câmaras pulpares
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