Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS ITACOATIARA CURSO DE MEDICINA EMILIE MOURA LEITE BASTO SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS 1 QUADRO COMPARATIVO ENTRE TIPOS DE DEFESA DO APARELHO RESPIRATÓRIO ITACOATIARA 2022 EMILIE MOURA LEITE BASTO SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS QUADRO COMPARATIVO ENTRE TIPOS DE DEFESA DO APARELHO RESPIRATÓRIO Trabalho da faculdade Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos Itacoatiara, que tem como objetivo complementar a nota do eixo de Sistemas Orgânicos Integrados. Professora: Carolinie Batista Nobre da Cruz. ITACOATIARA 2022 DEFESA DO APARELHO RESPIRATÓRIO Os mecanismos de defesa do aparelho respiratório envolvem uma série de fatores que atuam na remoção de partículas inaladas e micro-organismos. A barreira mecânica é o primeiro mecanismo de defesa e, junto com o sistema imunológico, atua com o objetivo de proteger os pulmões contra as infecções. O sistema respiratório pode ser dividido em duas vias. A primeira, é a Via Aérea Superior, ao qual inclui-se o nariz, boca, faringe, nasofaringe, orofaringe, laringofaringe, laringe e a traqueia (porção superior). Já a segunda via, é a Aérea Inferior, sendo composta pela traqueia (porção inferior), brônquios, bronquíolos, pulmões e alvéolos. A produção de IgA nas vias aéreas superiores possui atividade antibacteriana e antiviral, níveis baixos associam-se a maior aderência bacteriana. A IgG e IgM entram nas vias aéreas principalmente por transudação do sangue, tem papel na ativação de complemento, aglutinação e atividade de neutralização. A defesa imunológica do aparelho respiratório, assim como a de outros órgãos, é composta por um sistema de imunidade inata (ou natural) e um sistema de imunidade adquirida (ou adaptativa). Assim, o sistema imunológico natural proporciona a defesa inicial, enquanto o sistema imunológico adquirido proporciona uma resposta mais sustentada e mais forte. Em uma primeira linha, encontram-se os componentes da defesa natural, os quais atuam de forma imediata ao longo das vias aéreas, dificultando a chegada de germes às porções mais profundas do pulmão – esta imunidade inata também retarda ao máximo a instalação de alguma reação inflamatória que possa ser potencialmente danosa para as estruturas mais nobres do próprio órgão. Numa segunda linha, estão os mecanismos de defesa adquiridos, que envolvem respostas imunológicas mediadas por linfócitos – estes são capazes de deter o agente agressor, mas, também, podem levar a consequências desastrosas. Assim, a imunidade, seja ela a natural ou a adquirida, é necessária para a sobrevivência do hospedeiro, mas também tem o potencial de causar lesão. TIPOS DE DEFESA DO APARELHO RESPIRATÓRIO – QUADRO COMPARATIVO IMUNE INATO IMUNE ADQUIRIDO IMUNIDADE HUMORAL IMUNIDADE CELULAR ESTRESSE OXIDATIVO DO PULMÃO FORMAÇÃO DO GRANULOMA CARACTERÍ STICAS É a imunidade que o organismo apresenta desde o nascimento, ou seja, é inespecífica. Entretanto, consegue discernir e identificar estruturas estranhas ao organismo e atacá-las imediatamente após o contato, dificultando a chegada de germes ás proporções mais profundas do pulmão. Mais fortes que a imunidade natural, devido a expansão de amostragem de linfócitos antígenos- específicos. Capacidade de diferenciar patógenos e moléculas. Induz as células efetoras para eliminação de microrganismos e das células de memória. Reconhecem os antígenos, é mediada através dos anticorpos produzidos pelos linfócitos T, sendo a principal resposta imunológica protetora contra bactérias e neutralizam as infecções e toxinas. Mediada pelos linfócitos T, possui defesa contra infecções, promovendo a destruição dos microrganismos ou a destruição total das células infectadas, sendo necessário que as células apresentadoras de antígenos (dendríticas) capturem uma parte do antígeno e apresente a uma célula imune (macrófago). Diretamente exposto a altas tensões de oxigênio, geram doenças pulmonares, decorrentes de um desequilíbrio entre a geração de compostos oxidantes e atuação do sistema de defesa oxidante. Depois de todos os mecanismos anteriormente citados, não funcionem, eliminando ou destruindo o agressor, o recurso defensivo será através do granuloma, que possui agregação de macrófagos alterados. MECANIS- MOS DE DEFESAS Imunológico Imunológico Imunológico Imunológico Mecânico/Imun ológico Imunológico CONSEQUÊ -NCIAS Não possui memória. Tem resposta imediata, elimina infecções e estimula respostas adquiridas. Demora alguns dias para se estabelecer, possui resposta imunológica, depende dos linfócitos e possui alta imunidade específica. Possui mecanismos efetores que dificultam a aderência bacteriana á mucosa, além de conferir proteção a infecções virais. Atuam no bloqueio e eliminação de vírus e bactérias. Ativação de células inflamatórias com consequente geração de radicais livres. Pode causar lesão no tecido, devido a uma reação inflamatória com o objetivo de conter o agressor, uma vez que não o elimina. COMPONE- NTES Neutrófilos e macrófagos, células NK e células dendríticas. Linfócitos, células dendríticas e anticorpos. Anticorpos específicos (imunoglobulina s) e linfócitos B maduros. Linfócitos, células apresentadoras de antígenos, mastócitos, células NK e leucócito polimorfonuclear. Radicais oxidantes, ânion superóxido, peroxido de hidrogênio, hidroxilas e oxigênio eletricamente energizado. Macrófagos, células epitelioides, plasmócitos, linfócitos e leucócitos FILTRAÇÃO AERODINÂMICA TRANSPORTE MUCOCILIAR CARACTERÍSTICAS Deposição de partícula na camada mucosa das vias aéreas e está relacionada a dimensão dos materiais inalados. Ocorre a broncoconstrição, onde o músculo liso presente na parede brônquica se contrai levando a uma redução na passagem de ar pelas vias aéreas. Ocorrendo também o reflexo epiglótico. Constitui-se em um revestimento mucoso que recobre as vias aéreas em acoplamento mecânico com as células ciliadas, de cuja função mútua ocorre a propulsão do muco em direção à orofaringe. MECANISMOS DE DEFESA Mecânicos Mecânicos CONSEQUÊNCIAS Disposição das partículas nas mucosas, tosse reflexa ou voluntaria (receptores de nervos trigêmeo, glossofaríngeo e frênico), espirros (receptores nasais e nasofaringe) e bloqueio do ar. Processos irritativos na arvore respiratória, causando infecções repetidas, produzindo secreções, retendo muco no trato respiratório e aumentando a viscosidade. Elevando a probabilidade de infecções bronco pulmonares. COMPONENTES Traqueia ou brônquios de grosso calibre. Traqueia, brônquios sedimentares, cílios e mucosReferências: • Levitzky, M G. Fisiologia Pulmonar. São Paulo: Manole, 2004. • Scanlan, C et al. Fundamentos da Terapia Respiratoria de Egan. 7 ed. São Paulo: Manole, 2000. • Guyton, A. Fisiologia Humana. 6 ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 1984. • Castro FR, Naranjo OR, Marco JA. Infec- ciones pulmonares. Arch Brochoneumol 2007; 43(supl. 2):S31-S39. • Tarantino AB, Frare e Silva R, Salluh J. Pneumonias. In: Tarantino AB, editor. Doen- ças pulmonares. 4ª ed. Rio de Janeiro: Gua- nabara Koogan, 2002. 179-250
Compartilhar