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Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, 2022 | I 
Revista Atualiza Saúde
revista eletrônica de divulgação científica
v. 10, n. 10, 2022 | Atualiza Cursos
ISSN: 2359-4470
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, 2022 | 01 
Revista Atualiza Saúde
revista eletrônica de divulgação científica
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde, Salvador, v. 10, n. 10, 2022
ISSN: 2359-4470
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, 2022 | 02 
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Atualiza Cursos
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Prof. Dr. Aníbal Júnior 
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R454 Revista Atualiza Saúde: revista eletrônica de divulgação 
 científica. Vol. 10, n. 10 (2022). Salvador: Atualiza 
Cursos, 2022. 
 Anual
 ISSN online 2359-4470 
1. Saúde — Periódico I. Atualiza Cursos II. Título.
Ficha catalográfica
Ficha catalográfica elaborada pela 
Bibliotecária Adriana Sena Gomes CRB 5/1568
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reservados à Atualiza Cursos. A Revista utiliza a licença Creative Commons “Não Comercial” “Não 
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nal, divulgando artigos, entrevistas, resenhas e pa-
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Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, 2022 | 05 
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO | 04
A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO GESTOR NO PROCESSO DE ACREDITAÇÃO 
HOSPITALAR | 07
Átila Araújo Sena, Caroline Matos Nascimento, Marcos Ribeiro das Virgens
ACHADOS LABORATORIAIS EM PACIENTES COM COVID-19 | 13
Clarissa Santana, Otávio Dias Jr.
BALÃO INTRA-AÓRTICO: O PAPEL DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE 
NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE CARDIOLOGIA | 24
Cristiane Betsy Souza Pinto, Sandra Regina dos Santos Oliveira 
COMPORTAMENTO SEXUAL FEMINO FRENTE À PANDEMIA CAUSADA PELA 
COVID-19: UMA REVISÃO INTEGRATIVA | 35
Débora Santos de Oliveira Gomes, Ingridy Lima de Oliveira
TRATAMENTO PARA DIARREIA EM PACIENTES ADULTOS E IDOSOS HOSPITALIZADOS 
EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: UMA REVISÃO NARRATIVA | 43
Diana Cerqueira Santana, Gabriela Costa Lima
A ESTÉTICA NA BUSCA PELA QUALIDADE DE VIDA | 54
Elisangela Jesus da Gama Alves, Monique de Jesus Braga Barbosa
MICROAGULHAMENTO FACIAL COMO TRATAMENTO DO MELASMA | 63
 Érica Esteves Pinheiro
QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM DISPAREUNIA PROFUNDA SECUNDÁRIA 
À ENDOMETRIOSE: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA | 74
Ísis Souza dos Santos, Thaise Carvalho Costa Souza
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, 2022 | 06 
A ESCALA DE BRADEN COMO FERRAMENTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA 
DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA | 84
Laila Maria Falcão Neves
EFEITOS DO PLANTAGO OVATA NA PERDA DE PESO: 
UMA REVISÃO DA LITERATURA | 93
Laise dos Santos Sousa Evangelista
DIFICULDADES ENCONTRADAS NO ATENDIMENTO AO INFARTO AGUDO 
DO MIOCÁRDIO NA EMERGÊNCIA PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM | 100
Layana de Freitas Santos
PERFIL DEMOGRÁFICO DE CLÍNICA DE CIRURGIA PLÁSTICA 
E IMPACTO DA PANDEMIA POR COVID-19 | 108
Marcelo Sacramento Cunha
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS ÓBITOS POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES 
NA POPULAÇÃO NEGRA RESIDENTE NO ESTADO DA BAHIA | 117
Marcus Vinícius Mascarenhas Antunes 
FATORES DE RISCO QUE CONTRIBUEM PARA O SOFRIMENTO PSÍQUICO 
DO PACIENTE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA | 128
Sâmara Saéne de Góis Nascimento Dantas 
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 07-12, 2022 | 07 
A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO GESTOR 
NO PROCESSO DE ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Átila Araújo Sena1 
Caroline Matos Nascimento2 
Marcos Ribeiro das Virgens3
RESUMO
Introdução: Acreditação hospitalar é um processo no qual se avaliam os recursos organizacionais 
intermitentescom o objetivo de assegurar a qualidade da assistência e gestão hospitalar. Refere -se 
à administração de recursos, pessoas e qualquer outro meio com a finalidade de atender à deman-
da do cliente da melhor maneira possível. Metodologia: Trata- se de um estudo de revisão de lite-
ratura integrativa com abordagem exploratória e descritiva, utilizando publicações feitas entre 2012 e 
2021 acerca do tema. Resultados e Discussão: Segundo observado, há uma relação estreita entre 
o processo de acreditação e a gestão dos serviços de saúde, sendo diretamente proporcional o su-
cesso da acreditação e a qualidade da gestão durante a avaliação e a posterior titulação da unidade, 
uma vez que os gestores são a força motriz para implementação e manutenção de processos rela-
cionados à qualidade do serviço. Conclusão: Com base nos artigos selecionados, foi possível veri-
ficar a importância de boas práticas gerenciais durante todo o processo de acreditação hospitalar.
Palavras-chave: Gestão Hospitalar; Acreditação; Instituições Hospitalares.
THE IMPORTANCE OF THE ROLE OF THE MANAGER IN THE HOSPITAL ACCREDITATION PROCESS
ABSTRACT
Introduction: Hospital accreditation is a process in which intermittent organizational resources 
are evaluated in order to ensure the quality of care and hospital management. It refers to the ad-
ministration of resources, people and any other means in order to meet customer demand in the 
best way possible. Methodology: This is an integrative literature review study with an exploratory 
and descriptive approach, using publications made between 2012 and 2021 on the subject. Results 
and Discussion: As observed, there is a close relationship between the accreditation process and 
the management of health services, being directly proportional to the success of accreditation and 
1 Enfermeiro. Especialista em Gestão de Serviço Hospitalar pela Faculdade Atualiza. E-mail: atilaasenaa 
@hotmail.com
2 Administradora. Especialista em Gestão de Serviço Hospitalar pela Faculdade Atualiza. E-mail: carol-
mattosn@hotmail.com
3 Médico. Especialista em Gestão de Serviço Hospitalar pela Faculdade Atualiza. E-mail: m.ribeiro.v@
gmail.com
SENA, A.A.; NASCIMENTO, C.M.; VIRGENS, M.R. | A importância do papel do gestor no processo de acreditação hospitalar
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 07-12, 2022 | 08 
the quality of management during the evaluation and subsequent titling of the unit, since the ma-
nagers are the driving force for the implementation and maintenance of processes related to ser-
vice quality. Conclusion: Based on the selected articles, it was possible to verify the importance of 
good management practices throughout the hospital accreditation process.
Keywords: Hospital Management; Accreditation; Hospital Institutions.
1 INTRODUÇÃO
Acreditação hospitalar é um processo no qual se 
avaliam os recursos organizacionais intermitentes 
com o objetivo de assegurar a qualidade da assis-
tência, firmando padronizações dos processos as-
sistenciais. Assim, inicia-se um trabalho de análise 
de como ocorre a assistência para verificar padrões 
e se estes alcançam níveis de qualidade aceitos como 
desejáveis na prestação de todos os serviços 
(AGUIAR; MENDES, 2017).
Uma importante etapa na evolução de um hospital 
é buscar a acreditação hospitalar, porque se trata de 
um processo construtivo por todos os envolvidos 
no trabalho. Uma vez iniciado, e dada a devida im-
portância, o mesmo terá caráter constante. É ele que 
possibilita a qualidade do gerenciamento e da assis-
tência, sobretudo porque ocorre uma padronização 
dos processos tendo como ênfase o usuário. Quando 
acontece a centralização ao cuidado, é grande a pos-
sibilidade de a percepção dos consumidores levar ao 
reconhecimento institucional e isso revela a existên-
cia de ações minimamente favoráveis para uma as-
sistência de qualidade, principalmente quando exis-
te atuação ativa dos gestores.
Acreditação em saúde significa dizer que há em uma 
determinada organização de saúde padrões predefi-
nidos, ou seja, que, no meio onde o paciente circula, 
há rotinas e regras impostas por padrões e que elas 
devem ser seguidas. Essa preocupação em acreditar 
foi imposta pensando nas consequências de erros na 
prestação do serviço ao cliente. Padrões são rotinas 
realizadas por pessoas e essas rotinas, quando num 
contexto institucional evolutivo, devem ser mutá-
veis e, por meio da educação permanente, ofere-
cer novas estratégias sempre que necessário. Tendo 
em vista isso, aquele que tem o maior papel no 
reconhecimento e fortalecimento da importância 
da qualidade é o gestor (RAFAEL; AQUINO, 2019).
Ressalta-se que o gestor possui várias caracterís-
ticas, dentre elas, a de administrador. A acredita-
ção é um procedimento administrativo, logo, está 
intimamente ligado a ele. Nesse contexto, revela-se 
a importância de abordar o desempenho da gestão 
para alcançar a acreditação hospitalar em saúde.
Diante do cenário atual, com aumento progressi-
vo das exigências dos pacientes e de toda conjun-
tura da sociedade, torna-se imprescindível a pa-
dronização nos serviços de saúde, que deve ser im-
plementada com base em protocolos que tendem a 
ser atualizados periodicamente, ou seja, protoco-
los mutáveis, para que culminem na melhor assis-
tência possível, propiciando qualidade e segurança 
tanto para os usuários quanto para os colaborado-
res da instituição.
O estudo em questão tem por relevância conhe-
cer questões acerca de como o gestor é uma peça 
fundamental durante o processo para acreditação, 
bem como a continuidade do título de acreditação. 
A obtenção é só o início da construção de uma no-
va cultura no serviço da unidade, sendo necessário 
também ter um olhar criterioso para entender as 
demandas que aparecem, buscando sempre meca-
nismos para melhoria constante.
2 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa integrativa bibliográfica 
que será realizada por meio de uma revisão biblio-
gráfica narrativa da literatura. Segundo Gil (2008), 
uma pesquisa bibliográfica é embasada em material 
já elaborado, geralmente artigos científicos e livros.
SENA, A.A.; NASCIMENTO, C.M.; VIRGENS, M.R. | A importância do papel do gestor no processo de acreditação hospitalar
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A pesquisa tem caráter qualitativo. Para Creswell 
(2010, p. 43), refere-se a uma abordagem com in-
tencionalidade de explorar, compreendendo o sig-
nificado que os indivíduos ou os grupos concedem 
a uma adversidade social ou humana. As pesquisas 
descritiva e explicativa têm como finalidade des-
crever as características de populações ou fenôme-
nos, utilizando coleta de dados. Já a pesquisa de ca-
ráter explicativo aprofunda-se no conhecimento da 
realidade, identificando os fatores que contribuem 
para que os fenômenos aconteçam.
A pesquisa de dados foi realizada por meio de sites 
científicos, em bancos de dados da Bireme, SciELO 
e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Serão utiliza-
dos como critérios de inclusão estudos que abor-
dem a temática em publicações entre os anos de 
2011 e 2021, disponíveis na íntegra em língua in-
glesa ou portuguesa. E, como critério de exclusão, 
artigos que não têm relação direta com o tema ou 
anteriores ao ano de 2011. Dessa forma, foram se-
lecionados dez artigos que atendiam aos critérios.
A coleta de dados foi conduzida a partir de pesqui-
sas realizadas nas bases de dados Scientific Eletronic 
Library Online (SciELO), Biblioteca de Enfermagem 
(BDENF), Literatura Latino-Americana do Caribe 
em Ciências da Saúde (LILACS) e manuais do 
Ministério da Saúde. Após coleta de dados, realiza-
ram-se leitura analítica e integral dos documentos, 
conforme coerência com os critérios de inclusão, e 
posterior análise estruturada de todos os artigos, pa-
ra gerar uma melhor compreensão da essência da te-
mática a ser discutida nos resultados.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A acreditação hospitalar é um procedimento ad-
ministrativoque visa garantir melhorias contínuas 
para as unidades de saúde e os profissionais que as 
compõem. Esse processo repercute de forma positi-
va na imagem da instituição, uma vez que confere fi-
dedignidade na qualidade dos serviços, traduzindo-
-se na confiança tanto dos profissionais que fazem 
parte das instituições como dos usuários de serviço 
de saúde (LIMA; PRATA; OLIVEIRA, 2013).
Durante o processo, é importante manter claro o 
propósito da organização, com vistas a engajamen-
to, servindo como exemplo para os demais profis-
sionais de saúde, pois é preciso uma cultura organi-
zacional hospitalar com abordagem funcional pa-
ra que se possa mostrar, por meio de indicadores, a 
qualidade e o andamento do serviço.
Para Oliveira e Matsuda (2016), o processo de frag-
mentação descreve que cabe aludir que a acreditação, 
para produzir melhorias na qualidade da assistência, 
exige trabalho interdisciplinar e superação da aten-
ção fragmentada. 
Nessa perspectiva, para viabilizar a qualidade al-
mejada, é preciso que os profissionais internalizem 
a lógica do cuidado integral e considerem o usuá-
rio como foco do processo de atendimento. 
E tem como objetivo apreender as percepções de 
gestores da qualidade hospitalar quanto às van-
tagens e dificuldades advindas da acreditação, de 
acordo com a coleta de dados de profissionais que 
exerciam cargo de liderança na gestão da qualidade 
hospitalar. A qualidade dos processos está intrinse-
camente ligada à gestão, uma vez que fluxogramas 
e novos modelos de assistência são necessários para 
uma atenção especial dos gestores.
É evidente que o resultado positivo na implantação 
e acompanhamento de uma acreditação está intrin-
secamente ligado a práticas gerenciais ativas, fun-
cionais e inovadoras, nas quais seja possível tanto 
implementar quanto mensurar a qualidade do ser-
viço prestado. 
Em concordância a isso, é possível dizer que há 
vantagens no gerenciamento das práticas ligadas 
ao processo de acreditação. Portanto, quando uma 
acreditação é reconhecida através dos esforços dos 
seus colaboradores, o benefício é evidente, pois o 
método da acreditação implementa uma rotina 
operacional mais organizada. O trabalho assisten-
cial, a partir deste momento, passa a ter um padrão 
SENA, A.A.; NASCIMENTO, C.M.; VIRGENS, M.R. | A importância do papel do gestor no processo de acreditação hospitalar
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que serve, além de outras utilidades, para avaliar a 
qualidade, a segurança e a eficiência dos serviços 
prestados aos pacientes, norteando as ações futu-
ras a serem corrigidas, discutidas, implementadas 
e executadas.
Existe uma condição abstrata, porém extremamen-
te importante nas organizações, que é a cultura. 
A cultura é a conjuntura complexa de valores, cren-
ças e ações que irão definir a maneira como uma 
organização conduzirá seu negócio. 
Ela é parte inerente na rotina de qualquer unida-
de e não seria de outra maneira dentro de uma ins-
tituição de saúde. Diferentemente de outras cons-
tituintes de uma unidade, como a estrutura for-
mal com seus organogramas ou manuais de téc-
nicas e procedimentos, não é possível observá-la 
sob um único espectro, mas traduz na prática, por 
meio dos seus colaboradores, qual é o engajamen-
to dos mesmos com o processo de acreditação ini-
ciado pela gestão.
Oliveira e Matsuda (2016) entrevistaram gestores, 
esses que são os responsáveis pela operacionaliza-
ção complexa da qualidade assistencial, buscaram 
saber sobre as vantagens e dificuldades da acredita-
ção hospitalar e puderam compreender através do 
relato dos mesmos que a cultura organizacional é 
a principal barreira para o sucesso da Acreditação.
É observada uma resistência na adesão de catego-
rias profissionais, principalmente no tocante à ca-
pacitação. Isso também está relacionado à questão 
cultural. O gerente com visão de qualidade de um 
hospital estudado por Mendes e Mirandola (2015) 
mencionou que o processo de acreditação resultou 
em trabalho excessivo para os gestores, gerando es-
tresse e cobrança advindos das demandas impostas 
durante todo processo.
Dentro dessa realidade difícil, principalmente im-
posta pela aversão à mudança por parte dos profis-
sionais da assistência, surge a importância referente 
à divulgação e discussão das metas internacionais de 
segurança do paciente no processo de acreditação 
hospitalar. Seu objetivo é que o ambiente se tor-
ne gradativamente mais coerente, responsável e de 
fácil convivência, e que gere para o paciente óti-
mos resultados, refletindo uma cultura empresarial 
adequada à assistência de qualidade, ou seja, o desejo 
de qualquer gestor que busca a acreditação hospitalar.
Neste cenário, numa constante direção à qualidade e à 
produtividade, ocorre a necessidade de alterações na 
forma como os gestores administram suas unidades, 
indo desde a valorização do profissional e seu envol-
vimento com o ambiente de trabalho até a valorização 
do usuário, que é o consumidor do serviço.
Um serviço de alta produtividade e alta qualidade é 
percebido como um indicador de desempenho em 
empresas de serviços. Ele ocorre como consequên-
cia das competências e motivações dos profissio-
nais envolvidos no processo, além de fatores como 
eficiência organizacional, disponibilidade de dis-
positivos técnicos, informação e emprego de tec-
nologias (CALABRESE, 2012).
Para Oliveira et al (2017), o planejamento estratégi-
co é uma ferramenta de gestão que, através de ações, 
é de crucial importância para aqueles que buscam 
a melhora da qualidade, pois permite que decisões 
sejam tomadas e avaliadas ciclicamente tendo como 
objetivo principal um produto de qualidade.
Observou-se nos estudos a relevância que é dada 
para a abordagem de uma gestão ativa e que fun-
ciona para que o processo de acreditação tenha um 
resultado efetivo, centrado no coletivo da unidade, 
tendo em vista o caráter multidisciplinar, no sen-
tido de coordenar e avaliar não somente o desem-
penho técnico do serviço como também sua par-
te qualitativa. Isso porque a acreditação tem como 
um dos objetivos propiciar maneiras de avaliar pa-
ra alcançar resultados eficazes, guiada pelos prin-
cípios éticos, técnico-científicos e humanísticos.
Uma organização gerencial participativa pode ser 
obtida pelo benefício da acreditação, pois o ato de 
acreditar leva a uma mudança na gerência da alta 
gestão ao permitir a descentralização de decisões, 
SENA, A.A.; NASCIMENTO, C.M.; VIRGENS, M.R. | A importância do papel do gestor no processo de acreditação hospitalar
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 07-12, 2022 | 11 
ao mesmo tempo em que se aproxima dos demais 
integrantes da equipe, podendo implicar na quali-
dade dos serviços prestados. 
Logo, quando a alta gestão adere à gestão partici-
pativa inclui mais uma ferramenta de gestão, que, 
se estiver alinhada com o processo de acreditação, 
é potencialmente capaz de agregar valor à qualida-
de dos serviços. (OLIVEIRA et al, 2017).
Já Aguiar e Mendes (2016) identificaram por meio 
de entrevistas que a não intervenção hierárquica na 
assistência é importante no processo de acreditação, 
pois permite que os profissionais engajados se sin-
tam motivados pelo comprometimento consciente 
e uma busca maior pela qualidade das informações. 
Entretanto, reconhecem que, quando há compro-
metimento da alta direção, existe um fortalecimen-
to entre os setores com possibilidade de resolução 
de problemas que são recorrentes dentro da rotina 
organizacional.
Em um estudo realizado em 2017, foram entrevista-
dos alguns gestores de saúde e um deles definiu que 
a acreditação é uma busca por marketing, porém, 
antes disso, é um compromisso da gestão quanto à 
qualidade de serviço (RAFAEL; AQUINO, 2017). 
Após os estudos e entendendo todas as dinâmicas 
no processo de acreditação, ficou claro que uma 
gestão participativa, com ausência de interferên-
cia hierárquica desnecessáriae combate à cultu-
ra, potencializa a acreditação hospitalar e corrobo-
ra a figura do gestor como um dos principais cola-
boradores para o marketing do hospital, sobretudo 
quando, efetivamente, há a consolidação positiva 
do processo de acreditação.
Tomando como base dados revelados nos artigos 
pesquisados, observou-se que boas práticas geren-
ciais estão extremamente ligadas ao processo de 
acreditação de uma Unidade Hospitalar, uma vez 
que, a partir da gestão, é que não só são instalados 
novos fluxos e modelos de gestão, mas também a ne-
cessidade de continuidade dos processos e reavalia-
ção constante para a tomada de novas iniciativas.
4 CONCLUSÃO
Com base nos artigos estudados, onde buscou-se 
vislumbrar a opinião do gestor e de todos os envol-
vidos na busca pela acreditação ressaltando como 
tema principal a importância do papel do gestor no 
processo de acreditação, pode-se considerar que o 
mesmo é o ator principal no início e, consequente-
mente, na condução deste processo, haja vista que 
a necessidade de melhoria assistencial atrelada à 
consciência de crescimento e visibilidade institu-
cional é que garante os primeiros passos em busca 
da credibilidade.
No caminho, ainda deverá existir o reconhecimen-
to sobre, como e onde o gestor deve se colocar. Isso 
contribui e aumenta a possibilidade de acreditação 
hospitalar, tendo em vista que a hierarquia deve 
atuar de forma a não atrapalhar as demais funções. 
Não deve permitir, entretanto, que a possibilidade 
de conquista da acreditação seja destruída por uma 
cultura maciça de abandono sobre a importância 
do título de acreditado. 
Sem a presença do gestor, nenhum processo, em 
geral, é iniciado, pois parte-se da vontade do mes-
mo de galgar projeção no mercado da instituição, 
mas que também não deva interferir nem tampou-
co postergar a ação para a devida correção de erros 
dos processos de qualidade.
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Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 13-23, 2022 | 13 
ACHADOS LABORATORIAIS 
EM PACIENTES COM COVID-19
Clarissa Santana1
Otávio Dias Jr.2
RESUMO
A COVID-19 é uma infecção causada pelo Corona Vírus SARs-CoV2, declarada uma pandemia 
pela Organização Mundial da Saúde no início de 2020. O diagnóstico desta nova infecção é um 
desafio já que, apesar de haver métodos diagnósticos específicos para o Corona Vírus, a rRT-PCR 
possui elevado custo ou demanda de mão de obra especializada e a sorologia apresenta um per-
centual elevado de falsos negativos (>25%). Alguns trabalhos já relacionam a capacidade preditiva 
de algumas alterações laboratoriais ao diagnóstico e progressão da infecção. Assim, compreender 
estas alterações laboratoriais pode contribuir para o diagnóstico, auxiliar no acompanhamento da 
evolução clínica de pacientes e fornecer informações preliminares sobre possíveis prognósticos. 
Realizamos revisão sistemática de literatura na base de dados PubMed englobando trabalhos pu-
blicados até junho de 2020, com as palavras-chave “COVID-19” e “laboratory abnormalities”. Dos 
17 trabalhos encontrados, 13 foram incluídos nesta revisão. Foram relacionadas alterações hema-
tológicas (leucócitos, linfócitos, neutrófilos, hemoglobina e plaquetas) e bioquímicas (PCR, ALT, 
AST, LDH, bilirrubina total; creatinina sérica, CK, albumina e procalcitonina). Estas alterações fo-
ram ainda correlacionadas com idade, hospitalização, severidade e mortalidade. Alterações nos 
níveis de procalcitonina, PCR e AST podem configurar preditores de severidade ou mortalidade. 
Palavras-chave: Alterações laboratoriais; Parâmetros hematológicos; Parâmetros bioquímicos; 
COVID-19; SARs-CoV2.
LABORATORY FINDINGS IN PATIENTS WITH COVID-19
ABSTRACT
COVID-19 is an infection caused by the Corona Virus SARs-CoV2, declared a pandemic by the 
World Health Organization in early 2020. The diagnosis of this new infection is a challenge sin-
ce although there are specific diagnostic methods for the Corona Virus, the rRT- PCR has a high 
cost or demand for specialized labor and serology has a high percentage of false negatives (>25%). 
Some studies already relate the predictive capacity of some laboratory alterations to the diagno-
sis and progression of the infection. Thus, understanding these laboratory changes can contri-
bute to the diagnosis, assist in monitoring the clinical evolution of patients and provide prelimi-
nary information on possible prognosis. We conducted a systematic review of the literature in the 
1 Bióloga. Especialista em Análises Clínicas pela Faculdade Atualiza. E-mail: clarissacunha2006@yahoo.com.br
2 Biomédico. Especialista em Análises Clínicas pela Faculdade Atualiza. E-mail: otaviodiasjr@hotmail.com
about:blank
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 13-23, 2022 | 14 
SANTANA,C.; JR, O.D. | Achados laboratoriais em pacientes com Covid-19
PubMed database of works published until June 2020 using the keywords “COVID-19” and “la-
boratory abnormalities”. Of the 17 papers found, 13 were included in this review. Hematological 
(leukocytes, lymphocytes, neutrophils, hemoglobin and platelets) and biochemical (CRP, ALT, 
AST, LDH, total bilirubin; serum creatinine, CK, albumin and procalcitonin) changes were rela-
ted. These changes were also correlated with age, hospitalization, severity and mortality. Changes 
in the levels of procalcitonin, CRP and AST can be predictors of severity or mortality.
Keywords: Laboratory changes; Hematological parameters;Biochemical parameters; COVID-19; 
SARS-CoV-2.
1 INTRODUÇÃO
A COVID-19 é uma infecção emergente causada 
por um novo tipo de Corona Vírus, o SARs-CoV2 
(Coronaviridae Study Group of the International 
Committee on Taxonomy of Viruses, 2020), que foi 
identificada no final de 2019, na cidade de Wuhan, 
na China. Esse vírus é caracterizado por causar in-
fecções em humanos, com elevada capacidade de 
transmissão e disseminação, comprometendo o 
trato respiratório e outros sistemas (OMS, 2020). 
A partir da sua descoberta, a COVID-19 espalhou-
-se ao redor do mundo, afetando 213 países. Até os 
seis primeiros meses de 2020, infectou mais de 10 
milhões de indivíduos e mais de 500 mil mortes 
(Johns Hopkins University – Coronavirus Resource 
Center, 2020; OMS, 2020), sendo declarada uma 
pandemia pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS) em março de 2020 (OPAS, 2020), quando a 
atenção mundial se voltou para o problema sanitá-
rio, econômico e social causado pela infecção.
Os indivíduos contaminados pelo novo vírus po-
dem se apresentar assintomáticos ou com sinto-
matologia clínica que pode variar de grau leve a 
severo, este último representado pela Síndrome 
Respiratória Aguda Severa, SARS. (OMS, 2020; 
CORONAVIRIDAE STUDY GROUP OF THE 
INTERNATIONAL COMMITTEE ON TAXONO-
MY OF VIRUSES, 2020). 
Entretanto, novas características clínicas da doen-
ça vêm sendo identificadas além daquelas rela-
cionadas à injúria pulmonar, como o compro-
metimento cardíaco, intestinal, ocular e ainda 
hematopoiético. (CHEUNG et al., 2020; HU et al, 
2020; ZENG et al., 2020).
Entre os sintomas considerados característicos da 
doença estão a febre, dor de garganta, tosse, per-
da de olfato e paladar e dificuldade de respirar 
(SINGHAL, 2020). 
Esses sintomas, contudo, são comuns a outras 
doenças bem estabelecidas. A testagem em massa, 
medida aconselhada pela OMS, apresenta-se como 
um grande desafio para os países afetados, que têm 
sua capacidade de resposta minimizada frente ao 
crescimento exponencial dos casos. 
Adicionalmente, sabendo que é grande o número 
de indivíduos assintomáticos e que podem contri-
buir para a disseminação da doença, outros crité-
rios estão sendo utilizados para a triagem. Eles vi-
sam à testagem e classificação dos casos suspeitos, 
de forma a auxiliar e dinamizar o diagnóstico, co-
mo histórico de viagens, áreas de transmissão lo-
cal persistente ou contato com pacientes com his-
tórico de viagens semelhante ou que tenham diag-
nóstico de COVID-19 confirmado. (BAJEMA et 
al., 2020). 
A confirmação diagnóstica dos pacientes é outro 
desafio. O diagnóstico específico para a doença é 
realizado por testes moleculares em amostras co-
letadas por swab em orofaringe e nasofaringe, ou 
seja, através da detecção do material genético viral 
nestas amostras pela técnica de reação em cadeia 
de polimerase em tempo real (rRT-PCR). (TANG 
et al., 2020). 
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 13-23, 2022 | 15 
SANTANA,C.; JR, O.D. | Achados laboratoriais em pacientes com Covid-19
Há evidências de que o vírus pode ser detecta-
do nas fezes e, em casos graves, até no sangue 
(SULLIVAN et al., 2020; WU et al., 2020), porém, 
essas amostras não configuram boa escolha pela 
baixa carga viral na maioria dos casos. 
Infelizmente, ainda há escassez de insumos e testes 
comerciais disponíveis para a detecção da doença, 
sendo a alternativa mais viável e mais amplamen-
te utilizada como ferramenta de diagnóstico o tes-
te sorológico para a dosagem de imunoglobulinas 
(IgG e IgM). A variabilidade da sensibilidade e es-
pecificidade dos testes coloca em dúvida as estatís-
ticas oficiais (RASHID et al., 2020). 
Como consequência da infecção nos hospedei-
ros, as alterações clínico-laboratoriais encontradas 
em indivíduos portadores da COVID-19 não são 
bem delimitadas, com muitos trabalhos focados 
em técnicas que possibilitem alternativa e/ou con-
firmação diagnóstica da doença. (JIN et al., 2020; 
ZHANG et al., 2020a). 
Entretanto, alguns trabalhos já relacionam a ca-
pacidade preditiva de alguns resultados labora-
toriais quanto ao diagnóstico da infecção frente 
aos sintomas característicos já descritos até aqui. 
(POGGIALI et al., 2020). 
Assim, compreender as alterações laboratoriais 
presentes em indivíduos afetados por esta doença 
apresenta-se como de fundamental importância, 
uma vez que podem contribuir para o diagnósti-
co, auxiliar no acompanhamento da evolução clí-
nica de pacientes e fornecer informações prelimi-
nares sobre possíveis prognósticos, desta forma, 
dinamizando e agilizando os atendidos nos servi-
ços de saúde.
Diante do exposto e cientes do escasso conheci-
mento a respeito deste novo vírus e sua implica-
ção socioeconômica, política e sanitária nas comu-
nidades humanas, entendemos que a sumarização 
das alterações laboratoriais presentes nos indiví-
duos doentes pode ajudar os profissionais de saúde 
no diagnóstico, acompanhamento e classificação 
do estadiamento dos pacientes, na tomada de de-
cisões quanto ao tratamento, bem como no conhe-
cimento das necessidades assistenciais conforme a 
gravidade dos casos.
Assim, este trabalho objetivou realizar uma revisão 
da literatura acerca das alterações clínico-laborato-
riais mais frequentes em pacientes infectados com 
o SARs-CoV2, sintomáticos ou não, de forma que 
possamos identificar padrões relacionados aos ca-
sos de COVID 19 e o prognóstico dos pacientes, 
podendo servir de auxílio no diagnóstico e acom-
panhamento dos pacientes.
2 METODOLOGIA
A pesquisa consistiu em uma busca ativa de lite-
ratura na base internacional de artigos indexados 
do National Center for Biotechnology Information 
Search database (NCBI), PubMed. A busca foi rea-
lizada utilizando os termos-chave COVID-19 e la-
boratory abnormalities, conforme a seguinte estra-
tégia de busca por operadores booleanos: labora-
tory abnormalities AND “COVID-19” NOT review 
NOT meta-analysis.
Foram incluídos artigos sem restrição de tempo na 
base de dados até o dia 28 de junho de 2020, que 
abordassem alterações laboratoriais em pacientes 
com COVID-19 e excluídos os artigos de revisão 
e/ou metanálise e demais abordagens. 
Os dados obtidos foram analisados e tratados 
com auxílio de ferramentas de informática, co-
mo Microsoft Excel, para a confecção de tabelas 
e cálculo de medidas de tendência central (moda 
e mediana), quando não fornecidas pelos artigos 
originalmente.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao realizar pesquisas na base de dados utilizando 
as estratégias idealizadas, foram encontrados 17 ar-
tigos. Desses, 4 foram excluídos das análises: 2 deles 
por tratarem de revisão de literatura ou metanálise, 
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SANTANA,C.; JR, O.D. | Achados laboratoriais em pacientes com Covid-19
1 por não trazer informações mínimas que possibi-
litassem a análise e comparação e 1 por ter o aces-
so ao seu conteúdo completo inviabilizado na base 
de dados. 
Assim, ao final, foram incluídos 13 artigos neste 
estudo que estão sumarizados na Tabela 01 junta-
mente com algumas características dos pacientes 
nessas análises.
Tabela 01. Sumário de dados demográficos dos pacientes avaliados nos artigos incluídos nesta revisão 
Artigos/Autores N
Idade Sexo 
(mediana) (intervalo) M F País 
Aggrawal et al. 16 67 (38-95)c 12 4 USA
Bonatti et al. 144 ٭ - 96 48 Itália
Chen et al. (a) 203 54 (41-68)c 108 95 China
Chen et al. (b) 1590 - - 904 686 China
Ben, L da et al. 5 46 (26-62)# 3 2 EUA
Lee et al. 98 72 (65-93)c 44 54 Coreia do Sul
Lei et al. 34 55 (21-84)c 14 20 China
Liu et al. 12 62,5 (10-72)# 8 4 China
Mohr-Sasson et al. 36 ٭ - 0 36 Israel
Poggiali et al. 123 63,1* (22-94)# 91 32 Itália
Rentsch et al 585 66,1 (54-75)c 558 27 EUA
Wu et al. 157 7* (1,5-10)# 60 88 China
Zhang et al(a). 140 57 (25-87)c 71 69 China
Fonte: Os autores do artigo, 2020.
*média; #valor mín. e valor máx.; M – masculino; F – feminino; (a) e (b) artigos distintos; cintervalointer-
quartil; ٭Apresenta dados estratificados, inviabilizando o cálculo para a totalidade da amostra.
Observa-se que a maior parte dos indivíduos testa-
dos positivamente para COVID-19 analisados nes-
tes estudos foi do sexo masculino (n = 1873), com 
faixa etária mediana em 8 dos 13 trabalhos acima 
dos 50 anos. 
Embora a idade média de Chen e outros (2020b), 
considerando todos os participantes, não seja men-
cionada, ao se avaliar apenas os casos de óbito, a 
idade média apresentada foi de 69 anos. 
Também em Bonnati e outros (2020), em ambos 
os grupos analisados, a idade mediana estava aci-
ma de 50. Estes dados corroboram os relatos de 
que a infecção apresenta quadros mais delicados 
– que, consequentemente, necessitam de mais cui-
dados médicos – em pacientes de tal faixa etária. 
(SHAHID, et al., 2020).
Entre os resultados laboratoriais relacionados, fo-
ram encontradas análises de parâmetros hemato- 
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SANTANA,C.; JR, O.D. | Achados laboratoriais em pacientes com Covid-19
lógicos, como contagem de leucócitos, linfócitos, 
neutrófilos, hemoglobina e plaquetas, além de bio-
químicos, entre os quais, proteína C reativa (PCR), 
Alanina aminotransferase (ALT), Aspartato ami-
notransferase (AST), Desidrogenase lática (LDH), 
bilirrubina total; creatinina sérica, creatina quinase 
sérica (CK), albumina e procalcitonina.
Algumas das correlações realizadas nos trabalhos 
incluíam comparações entre os resultados labo-
ratoriais e a estratificação dos pacientes por fai-
xa etária (CHEN et al., 2020a), desfecho de morte 
ou cura (BONETTI, et al., 2020; CHEN et al., 2020 
a;b; LEE et al., 2020), ausência ou presença de ges-
tação (MOHR-SASSON et al., 2020) e severidade, 
necessidade de ventilação mecânica ou cuidados 
de UTI (LEE et al., 2020; LEI t al., 2020; RENTSCH 
et al., 2020; ZHANG et al., 2020a). 
Os achados hematológicos mais comuns encontra-
dos, considerando a totalidade dos pacientes sem 
nenhuma estratificação, são a leucocitose (AGGAR- 
WAL et al., 2020; CHEN et al., 2020ab; LEE et al., 
2020; LEI et al., 2020; POGGIALI et al., 2020) as-
sociada a um aumento do número de neutrófilos 
(CHEN et al., 2020a; LEE et al., 2020; POGGIALI 
et al., 2020). 
Ao mesmo tempo, a linfopenia e trombocitope-
nia estão entre os resultados concordantes de pa-
cientes positivos para o COVID-19 (AGGARWAL 
et al., 2020; CHEN et al., 2020ab; LEE et al., 2020; 
LEI et al., 2020; LIU et al., 2020; POGGIALI et al., 
2020; RENTSCH et al., 2020; TEZCAN et al., 2020; 
ZHANG et al., 2020a; WU et al. 2020).
Alguns outros resultados relatados foram valores 
aumentados para velocidade de hemossedimen-
tação (VHS), conforme Chen et al. (2020a), eo-
sinopenia em 52,9% dos pacientes avaliados por 
Zhang e outros (2020a), e uma redução global na 
contagem de linfócitos T CD8+, de acordo com 
Liu e colaboradores.
Considerando-se as avaliações bioquímicas, estão 
entre as alterações mais frequentes nos pacientes 
SARs-CoV2+ os níveis elevados de proteína C rea-
tiva na quase a totalidade dos casos, além do au-
mento de níveis de LDH, AST, ALT, creatinina sé-
rica, creatina quinase e procalcitonina. 
Ao mesmo tempo, foram encontradas reduções 
nas dosagens de albumina (hipoalbuminemia) na 
maior parte dos pacientes investigados. 
Avaliações adicionais ainda apontam para uma 
tendência de aumento em dosagens de dímero D, 
ferritina, gamaglutamiltransferase (GGT), amiloi-
de A e ureia sérica. Hiponatremia e hipocloremia 
também foram relacionados estatisticamente com 
a doença. 
Quadro 1: Alterações (continua)
Alterações
Hematológicas
aumento de leucócitos
aumento de neutrófilos
redução de linfócitos
redução de plaquetas
Bioquímicas
aumento de ALT
aumento de AST
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Quadro 1: Alterações (conclusão)
Alterações
Bioquímicas
aumento de LDH
aumento de procalcitonina
aumento de creatinina
aumento de creatina quinase
aumento de Proteína C Reativa
redução de albumina
Adicionais
alteração em VHS
redução de eosinófilos
redução de CD8
aumento de GGT
aumento de dímero D
aumento de ferritina
aumento de amiloide A
aumento de ureia
hiponatremia
hipocloremia
Fonte: Os autores do artigo, 2020.
Avaliando a presença das alterações conforme as 
estratificações e as comparações propostas e tam-
bém os dados apresentados por Chen e outros 
(2020a), após estratificação dos pacientes por ida-
de, aqueles com idade igual ou maior que 65 anos 
apresentaram maiores contagens de leucócitos e 
menor contagem de linfócitos, além de maiores 
dosagens de procalcitonina, de marcadores hepáti-
cos, além de LDH e saturação de glicose em com-
paração com indivíduos mais jovens. 
Já considerando o único trabalho que analisou es-
pecificamente pacientes pediátricos diagnosti-
cados positivamente para SARs-CoV2, além das 
alterações já citadas por outros trabalhos, os au-
tores observaram um aumento de IL-10, C4 e NK, 
bem como redução de neutrófilos, basófilos e da 
razão neutrófilos/CD8 em pacientes moderados. 
(WU et al., 2020). 
As alterações laboratoriais em gestantes diagnos-
ticadas com COVID-19 também foram avaliadas. 
(MOHR-SASSON et al., 2020). Os autores nota-
ram apenas uma redução da contagem relativa de 
linfócitos e uma redução na pressão parcial de gás 
carbônico (pCO2) nas gestantes COVID-19+ em 
comparação com mulheres não gestantes de idade 
equivalente. Contudo, a redução na pCO2 foi asso- 
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SANTANA,C.; JR, O.D. | Achados laboratoriais em pacientes com Covid-19
ciada pelos autores com a hiperventilação normal-
mente presente em gestantes.
Quando os indivíduos foram avaliados quanto ao 
desfecho pós-hospitalização, ou seja, ocorrência ou 
não de morte, Chen e outros (2020a) encontraram 
uma associação estatística entre níveis elevados de 
creatinina sérica e procalcitonina com o desfecho 
desfavorável da doença. 
Os mesmos autores observaram ainda uma maior 
dosagem de proteína C reativa e LDH entre os pa-
cientes que vieram a óbito pela doença. Tendência 
a menores valores de leucócitos, neutrófilos e lin-
fócitos também foi observada, mas não de forma 
estatística. 
De forma semelhante, Chen e outros (2020b) ob-
servaram, entre os pacientes fatais numa popula-
ção chinesa, a ocorrência de linfopenia e aumento 
de marcadores hepáticos (ALT, AST, CK e bilirrubi-
na), LDH, creatinina, dímero D e proteína C reativa. 
Ainda, suas avaliações deram embasamento pa-
ra a conclusão de que dosagens de procalcitonina 
acima de 0,5 ng/mL, bem como de AST maior que 
40 U/L, podem ser preditoras de mortalidade en-
tre esses pacientes. 
Alterações semelhantes foram encontradas por 
Lee e outros (2020) em pacientes da Coreia do Sul, 
além de uma associação da mortalidade com altas 
dosagens de ureia sérica.
Ainda na comparação entre pacientes que recebe-
ram alta após cura da COVID-19, Bonatti e ou-
tros (2020) encontraram, para pacientes que vie-
ram a óbito numa coorte italiana, maiores quan-
tidades de glicose, AST, CK, LDH, ureia, creatini-
na, dímero D, proteína C reativa, ferritina, leucó-
citos e neutrófilos, redução de albumina, hemo-
globina e linfócitos, além de alterações no tem-
po de tromboplastina parcial ativada, tempo de 
protrombina e maiores dosagens de troponina I 
cardíaca ultrassensível. 
Após análise univariada de cada um destes parâ-
metros, LDH, PCR, neutrófilos, linfócitos, leucó-
citos, albumina e tempo de tromboplastina parcial 
ativada apresentaram-se como preditores signifi-
cantes de morte. 
A respeito da severidade da doença, necessidade de 
ventilação mecânica ou cuidados de UTI, Rentsch 
e outros (2020) notaram que alterações em quais-
quer dos parâmetros laboratoriais avaliados foram 
associadas com necessidade de hospitalização, es-
pecialmente aumentode marcadores hepáticos, re-
dução de albumina e de parâmetros hematológicos 
como plaquetas, linfócitos e hemoglobina. 
Aumento de procalcitonina, proteína C reativa e 
dímero D foi associado com morte por Zhang e ou-
tros (2020a), que ainda encontraram associação en-
tre eosinopenia em ocorrência de linfopenia com o 
diagnóstico clínico e de imagem dos pacientes.
O tempo de hospitalização foi uma variável ana-
lisada por Tezcan e outros (2020) e, após análise 
multivariada, eles encontraram que valores de fer-
ritina superiores a 300 mg/mL, redução de albumi-
na a níveis abaixo de 3,5 g/L e de LDH superiores a 
240 U/L foram associados positivamente à necessi-
dade de tempo maior de hospitalização. 
Maior quantidade de angiotensina II foi fortemen-
te associada à carga viral e injúria pulmonar (LIU 
et al., 2020), LDH acima de 450 U/L e proteína C 
reativa acima de 11 mg/dL apresentaram alta sensi-
bilidade e especificidade para predição de quadros 
moderados a graves (LEE et al., 2020; POGGIALI 
et al., 2020) e aumento de procalcitonina em pa-
cientes diagnosticados com COVID-19 que neces-
sitaram passar por procedimentos cirúrgicos tam-
bém foi associado à necessidade de cuidados em 
terapia intensiva. (LEI et al., 2020).
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SANTANA,C.; JR, O.D. | Achados laboratoriais em pacientes com Covid-19
Quadro 2: Alterações
Alterações
Idade > 65 anos
leucocitose
linfopenia
aumento de procalcitonina
aumento de marcadores hepáticos
aumento de LDH
aumento de glicose sanguínea
Maior tempo de hospitalização
ferritina > 300 mg/mL
hipoalbuminemia (< 3,5 g/L)
LDH >240 U/L
Severidade 
eosinopenia
linfopenia
aumento de marcadores hepáticos
hipoalbuminemia
plaquetopenia
redução de hemoglobina
aumento de angiotensina II
aumento de LDH > 450 U/L
proteína C reativa > 11 mg/dL
aumento de procalcitonina
Óbito
linfopenia
aumento de creatinina
aumento de procalcitonina
aumento de proteína C reativa
aumento de LDH
aumento de marcadores hepáticos
aumento de dímero D
alteração no tempo de tromboplastina parcial ativada
aumento de glicose
Fonte: Os autores do artigo, 2020.
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SANTANA,C.; JR, O.D. | Achados laboratoriais em pacientes com Covid-19
A relação entre alterações de exames laboratoriais 
no curso da infecção pelo SARs-CoV2 tem sido alvo 
de inúmeros trabalhos. 
Em alguns casos, as alterações laboratoriais podem 
ser preditoras de eventos como gravidade, neces-
sidade e tempo de internamento para a assistência 
aos doentes. 
A busca por parâmetros que possam configurar 
preditores de severidade, em especial de mortali-
dade da COVID-19, tem sido objetivo de diferentes 
e revisões a exemplo das realizadas por Tian e ou-
tros (2020), Zhang e outros (2020b).
Zhang e outros (2020c) observaram uma relação 
positiva entre imagens de Chest CT de pacien-
tes com COVID-19 e alterações em contagem de 
neutrófilos e leucócitos, níveis de proteína C rea-
tiva, procalcitonina e LDH, parâmetros encontra-
dos também nesta revisão. 
A contribuição do entendimento destas alterações 
pode significar uma intervenção mais precoce no 
tratamento destes pacientes e ainda ajudar na to-
mada de decisões.
4 CONCLUSÃO
Nesta revisão, encontramos, entre os achados mais 
frequentes, alterações hematológicas como a leu-
cocitose, associada à neutrofilia, linfopenia e trom-
bocitopenia; alterações bioquímicas como níveis 
elevados de proteína C reativa, aumento de níveis 
de LDH, AST, ALT, creatinina sérica, creatina qui-
nase e procalcitonina, hipoalbuminemia, e ainda 
evidências de aumento em dosagens de dímero D, 
ferritina, GGT, amiloide A e ureia sérica.
A revisão encontrou que diferentes alterações labo-
ratoriais podem ser associadas em relação à idade, 
ao tempo de hospitalização e à mortalidade, em que 
uma relação entre as alterações nos níveis de pro-
calcitonina, PCR e AST pode configurar preditores 
de severidade ou mortalidade. 
Entretanto, estudos ainda estão em andamento e 
são necessários para uma melhor compreensão 
desta doença.
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Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 24-34, 2022 | 24 
BALÃO INTRA-AÓRTICO: O PAPEL DO ENFERMEIRO 
NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE NA UNIDADE 
DE TERAPIA INTENSIVA DE CARDIOLOGIA
Cristiane Betsy Souza Pinto1
Sandra Regina dos Santos Oliveira2 
RESUMO
Este estudo teve por objetivo discutir o papel do enfermeiro na assistência ao paciente em uso 
do balão intra-aórtico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica de caráter exploratória 
e explicativa. Foram consultados periódicos indexados nos bancos de dados LILACS, SciELO e 
REV@. Assim, foram definidos como critério de inclusão artigos publicados no período de 2001 a 
2019, que têm como objeto a assistência de enfermagem ao paciente em uso do balão intra-aórtico 
na UCO. A obtenção de materiais foi realizada através da leitura de artigos científicos e de sites 
especializados do tema. Inicialmente, foram encontrados 192 artigos e desses, apenas 13 artigos 
científicos abordavam aspectos relacionados ao propósito deste estudo. Os resultados demonstra-
ram que, para prestar cuidados ao paciente com BIA, a enfermeira deve conhecer o procedimento 
desde a sua realização, durante o funcionamento, até a sua retirada, além dos cuidados após a sua 
implantação. Assim, esta pesquisa foi construída para compreender a importância do enfermeiro 
no processo de planejar e sistematizar suas ações, com base em uma fundamentação científica e 
efetiva durante a assistência cardiovascular na UCO. 
Palavras-chave: Assistência de enfermagem; Balão intra-aórtico; UCO.
INTRA AORCTIC BALLOON: THE ROLE OF NURSES IN PATIENT CARE IN THE CARDIOLOGY 
INTENSIVE CARE UNIT
ABSTRACT
This study aimed to discuss the role of nurses in assisting patients using the intra-aortic balloon. This 
is a qualitative, bibliographical research with and exploratory and explanatory character. Indexed 
journals were consulted in the LILACS, SciELO and Rev @ databases. Thus, it was defined as an in-
clusion criterion: articles published in the period from 2001 to 2019, whose object is nursing care 
for patients using the intra-aortic balloon at the UCO. Materials were obtained by reading scientific 
1 Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Cardiologia e Hemodinâmica pela Faculdade Atualiza. 
E-mail: crbetsy2@hotmail.com
2 Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Cardiologia e Hemodinâmica pela Faculdade Atualiza. 
E-mail: sroliveira13@hotmail.com
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 24-34, 2022 | 25 
PINTO, C.B.S.; OLIVEIRA, S.R.S. | Balão intra-aórtico: O papel do enfermeiro na assistência ao paciente na unidade de terapia intensiva 
de cardiologiaarticles and specialized websites on the topic. Initially 192 articles were found and of these, only 13 
scientific articles addressed aspects related to the purpose of this study. The results showed that in 
order to provide care to the patient with BIA, the nurse must know the procedure of its performan-
ce, during its operation, until its removal, in addition to the care after its implantation. Thus, this 
research was built to understand the importance of nurses in the process of planning and systema-
tizing their actions, based on a scientific and effective basis during cardiovascular care at the UCO.
Keywords: Nursing care; Intra-aortic balloon; UCO.
1 INTRODUÇÃO
O cuidar é a essência do processo de atuação da 
Enfermagem. Esta profissão busca o bem-estar do ser 
humano, identificando as necessidades e as formas 
de sua resolução com olhar holístico e humanizado.
Existem equipamentos indicados para dar suporte na 
assistência circulatória que se encontra prejudicada. 
Assim, a terapia de contrapulsação aórtica com ba-
lão intra-aórtico se tornou o procedimento mais 
utilizado em pacientes com falências, produzindo 
efeitos hemodinâmicos de forma significativa. 
(MATOS, 2019).
O balão intra-aórtico (BIA) é um dos dispositivos 
mais utilizados na Unidade Coronariana (UCO). 
Além disso, o BIA compreende um cateter vascu-
lar com um balão montado em sua extremidade 
distal, que deve ser posicionado na aorta torácica 
descendente, imediatamente na porção distal do 
ponto onde se origina a artéria subclávia esquerda. 
(ALBUQUERQUE, 2011).
Desta forma, os pacientes com instabilidade hemo-
dinâmica em uso do balão intra-aórtico necessitam 
de cuidados de enfermagem especializados. 
Esse acompanhamento deve ser realizado pela equi-
pe de enfermagem com o propósito de integração 
nos cuidados ao paciente. (MACHADO, 2012).
O enfermeiro desenvolve seus cuidados, desempe-
nhando papel importante na avaliação do paciente 
e do funcionamento do balão intra-aórtico, sendo 
que, esses cuidados requerem competências técni-
cas e interpessoais experientes.
Dessa forma, o estudo terá como problema nortea-
dor e que irá permear todo o processo de contri-
buição da pesquisa a seguinte indagação: qual é o 
papel do enfermeiro na assistência ao paciente em 
uso do balão intra-aórtico?
Neste contexto, a pesquisa contemplará como ob-
jetivo geral: discutir o papel do enfermeiro na as-
sistência ao paciente em uso do balão intra-aórtico. 
Para facilitar o alcance do objetivo proposto acima, 
delinearam-se os seguintes objetivos específicos: 
estudar sobre a utilização do balão intra-aórtico 
na Unidade de Terapia Intensiva de Cardiologia e 
apresentar a assistência de enfermagem ao pacien-
te em uso do balão intra-aórtico.
Entretanto, esta pesquisa será construída para com-
preender a importância do enfermeiro no proces-
so de reabilitação do paciente, ajudando-o a fun-
damentar cientificamente, de maneira efetiva, a as-
sistência cardiovascular, como também contribuirá 
para novas informações e reflexos sobre a temática.
2 METODOLOGIA
O direcionamento deste estudo foi através de uma 
pesquisa de abordagem qualitativa, bibliográfica, 
do tipo revisão literária de caráter exploratória e 
explicativa, na qual foram utilizados artigos cien-
tíficos publicados na íntegra, sem restrições de 
idiomas, na tentativa de encontrar quantidade re-
levante de referencial teórico. Foi detectado, con-
tudo, que as publicações redigidas em português 
eram as que mais continham informações sobre 
o estudo. 
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 24-34, 2022 | 26 
PINTO, C.B.S.; OLIVEIRA, S.R.S. | Balão intra-aórtico: O papel do enfermeiro na assistência ao paciente na unidade de terapia intensiva 
de cardiologia
Assim, foi definido como critério de inclusão: artigos 
publicados no período de 2001 a 2019, periódicos, 
além de bibliografias complementares que abordam 
o tema da nossa escolha: Balão intra-aórtico: o papel 
do enfermeiro na assistência ao paciente na Unidade 
de Terapia Intensiva de Cardiologia (UCO).
De acordo com Vieira e Hossne (2001), a pesqui-
sa bibliográfica consiste em mostrar a evolução de 
conhecimentos sobre determinado tema, indican-
do falhas e acertos, fazendo críticas e elogios, co-
mo também resumir o que é realmente interessan-
te a partir de referências teóricas publicadas em ar-
tigos, livros, dissertações e teses.
Para a construção deste estudo, foram utilizadas 
três bases de dados disponíveis em meio eletrô-
nico para levantamentos bibliográficos, a saber: 
LILACS (Literatura Latino Americano em Ciências 
de Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library 
Online), REV@ (Portal de Revistas de Enfermagem). 
Para acesso, foram adotados os seguintes descrito-
res: assistência de enfermagem, balão intra-aórti-
co e unidade coronariana. 
Após leitura reflexiva dos artigos, notou-se que al-
guns não preenchiam os critérios inclusivos cita-
dos acima. Foram selecionados 192 artigos confor-
me esses critérios, e desses, para a construção des-
ta pesquisa propriamente dita, utilizaram-se 13 ar-
tigos científicos no que diziam respeito ao propó-
sito deste trabalho.
A análise dos textos encontrados foi suficiente para 
dar embasamento teórico a fim de compreender o 
estado geral do paciente em uso de balão intra-aór-
tico e abordar, de forma clara e sucinta, a impor-
tância dos cuidados de enfermagem no tratamento 
e reabilitação em paciente cardíacos.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Percurso metodológico referente à busca das publi-
cações com base na metodologia proposta: abaixo, 
segue o Quadro 1, que descreve os detalhes dos ar-
tigos selecionados após a leitura na íntegra. 
Quadro 1 – Descrição dos artigos encontrados nas bases de dados mediante a metodologia proposta. (continua)
Título do Artigo Autores Revista/Ano Objetivo
Avanços na monitorização neu-
rológica intensiva: implicações 
para a enfermagem
ALCÂNTARA, 
T. F. D. L.; 
MARQUES, I. R.
Revista 
Brasileira de 
Enfermagem, 
2009
Realizar uma atualização sobre os di-
ferentes métodos de monito rização 
neurológica intensiva e estabelecer re-
lações com o trabalho do enfermeiro.
Cuidados de enfermagem a 
pacientes em uso de balão 
intra-aórtico
ALBUQUERQUE, 
R. S. de. 2011
Evidenciar os cuidados de enferma-
gem dispensados a pacientes em uso 
do BIA.
Complicações do balão 
intra-aórtico em uma coorte de 
pacientes de um hospital espe-
cializado em cardiologia
ASSIS, R. B. S, et 
al.
Rev Latino-am 
Enfermagem, 
2009
Descrever as complicações decorren-
tes da utilização do balão intra-aórti-
co, relacionando-as com o tempo de 
permanência, a presença de fatores de 
risco/comorbidades e com registros 
de enfermagem.
A humanização no atendimen-
to ao paciente idoso em unida-
de de terapia intensiva: análise 
da literatura sobre a atuação do 
profissional de saúde
ASSUNÇÃO, G. P.; 
FERNANDES, R.
Serviço Social 
em Revista, 
2010
Identificar, na literatura, as dificulda-
des enfrentadas pelos profissionais de 
saúde, com relação ao cuidado huma-
nizado, no âmbito hospitalar, 
especificamente em UTI.
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 24-34, 2022 | 27 
PINTO, C.B.S.; OLIVEIRA, S.R.S. | Balão intra-aórtico: O papel do enfermeiro na assistência ao paciente na unidade de terapia intensiva 
de cardiologia
Quadro 1 – Descrição dos artigos encontrados nas bases de dados mediante a metodologia proposta. (conclusão)
Título do Artigo Autores Revista/Ano Objetivo
O processo de enfermagem co-
mo ações de cuidado rotinei-
ro: construindo seu significado 
na perspectiva das enfermeiras 
assistenciais
DELGADO, M. E. 
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Desenvolver competências clínicas 
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tuação crítica em choque cardiogê-
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O enfermeiro na assistência ao 
paciente em uso do balão intra-
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Evidenciar os cuidados de enferma-
gem dispensados a pacientes em uso 
de BIA.
O cuidado de enfermagem ao 
paciente em uso 
do balão intra-aórtico
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Revista 
Contesto & 
Saúde, 2011
Relatar e descrever qual a atuação 
da equipe de enfermagem no cui-
dado de pacientes em uso de balão 
intra-aórtico (BIA).
Relacionamento 
interpessoal no nível 
médio de enfermagem
RIBEIRO, M. I. L.; 
PEDRÃO, L. J.
Revista 
Brasileira de 
Enfermagem, 
2005
Investigar como é abordado o con-
teúdo deste tema entre os professores 
de uma escola do referido nível de 
ensino, sua importância para os alu-
nos e sua aplicabilidade por profis-
sionais deste nível.
Perfil dos Pacientes Admitidos 
na Unidade de Terapia Intensiva 
do Hospital Regional
TOMAL, T. A. 
et al. 2012
Caracterizar os pacientes internados 
na UTI do Hospital Regional Ponta 
Grossa - Wallace Thadeu de Mello e 
Silva no período de agosto de 2011 a 
fevereiro de 2012.
Fonte: Os autores do artigo (2020)
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 24-34, 2022 | 28 
PINTO, C.B.S.; OLIVEIRA, S.R.S. | Balão intra-aórtico: O papel do enfermeiro na assistência ao paciente na unidade de terapia intensiva 
de cardiologia
3.1 UTILIZAÇÃO DO BALÃO INTRA-AÓRTICO 
NA UCO
A Unidade de Terapia Intensiva de Cardiologia 
(UCO) consiste em uma unidade de terapia in-
tensiva especializada em cardiologia, voltada pa-
ra atendimento aos pacientes com falências car-
díacas. Esta unidade se diferencia das demais uni-
dades por proporcionar tratamento especializa-
do e intensivo para o paciente em estado crítico 
(SANTOS et al., 2011).
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um re-
curso essencial para cuidar de pacientes em esta-
do crítico que necessitam de monitoramento con-
tínuo e cuidados complexos e especializados por 
uma equipe multidisciplinar (TOMAL et al., 2012). 
Para tanto, a UTI é destinada à monitorização 
contínua dos vários parâmetros vitais do pacien-
te. Este ambiente possui estrutura física específica, 
recursos humanos especializados e equipamentos 
tecnológicos modernos que permitem o melhor 
controle de pacientes com alterações fisiológicas 
(ALCÂNTARA; MARQUES, 2009).
Para Assunção e Fernandes (2010), em nosso País, 
na década de 1970, foram implantadas as primeiras 
unidades de terapia intensiva especializadas e con-
sideradas de alta complexidade. 
Com isso, os profissionais de saúde responsáveis 
por estas unidades necessitaram de aperfeiçoa-
mento. Com o seu surgimento, obtiveram-se equi-
pamentos cada vez mais modernos e sofisticados 
com a finalidade de oferecer suporte e tratamento 
a pacientes potencialmente graves.
Além disso, a UTI é um local de grande importân-
cia em uma unidade hospitalar que oferta trata-
mentos a pacientes com grave potencial, mas que 
possam ter a chance de permanecer vivos. 
É uma unidade considerada complexa, que dispõe 
de internação com alteração clínica com gravida-
de. Propõe também estabelecer monitorização e vi-
gilância contínua, sempre dispensando conforto e 
estabilização da dor, que são algumas das preocupa-
ções da equipe. (ASSUNÇÃO; FERNANDES, 2009).
Para Hemesath (2001), o balão intra-aórtico foi 
inicialmente utilizado no ano de 1968 em um pa-
ciente acometido por choque cardiogênico, sendo 
introduzido através de procedimento cirúrgico, o 
que foi muito complicado. 
A mesma autora enfatiza que esse dispositivo pas-
sou a ser utilizado a partir de 1978, quando se deu o 
desenvolvimento da inserção percutânea, que, por 
ser um procedimento mais simples, continua a ser 
o mais utilizado até os dias de hoje.
O balão intra-aórtico foi desenvolvido em 1962, 
utilizando o princípio da contrapulsação: ele apoia-
-se em um balão instalado em um cateter flexível 
com dois lumens, tendo como característica inflar 
e desinflar na aorta torácica descendente em cada 
ciclo cardíaco. 
Desde a sua criação, tornou-se o dispositivo mais 
utilizado em cirurgias cardíacas em unidades de 
hemodinâmica. (THOMAZ et al., 2017).
O balão intra-aórtico é um dos dispositivos de as-
sistência circulatória mecânica mais utilizados em 
Unidade de Terapia Intensiva. Esse dispositivo 
consiste de um cateter com um balão na sua extre-
midade distal, que é posicionado na aorta torácica 
descendente, imediatamente na porção distal do 
ponto onde se origina a artéria subclávia esquerda. 
(ALBUQUERQUE, 2001).
Segundo Amorim e Cheregatti (2010), o princípio 
da contrapulsação permite que o balão intra-aór-
tico seja insuflado durante a diástole e desinflado 
durante a sístole. 
Então, a contrapulsação produzida pelo BIA cau-
sa efeitos hemodinâmicos que beneficiam o rendi-
mento cardíaco de forma significativa. Esses efei-
tos benéficos são: a redução da pós-carga ventricu-
lar esquerda, o aumento da perfusão coronariana e 
o suporte circulatório sistêmico pelo aumento da 
pressão arterial média.
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 10, n. 10, p. 24-34, 2022 | 29 
PINTO, C.B.S.; OLIVEIRA, S.R.S. | Balão intra-aórtico: O papel do enfermeiro na assistência ao paciente na unidade de terapia intensiva 
de cardiologia
De acordo com o princípio da contrapulsação, o 
BIA é insuflado no período de diástole ventricu-
lar, aumentando a pressão na artéria aorta, o que 
faz com que o sangue perfunda proximalmente as 
artérias coronárias e distalmente o resto do corpo, 
resultando em um suplemento de oxigênio para o 
miocárdio e aprimorando o rendimento cardíaco. 
(HEMESATH, 2001). 
Esse dispositivo tem como principais funções: au-
mento do suprimento de oxigênio para o miocárdio, 
diminuição do trabalho do ventrículo esquerdo 
e a melhoria do débito cardíaco, e ainda há um au-
mento da pressão de perfusão das artérias coroná-
rias no decorrer da diástole. (ASSIS et al., 2009).
No uso do balão intra-aórtico, em geral, a via mais 
utilizada para sua inserção é a artéria femoral, que 
deve ser calibrosa o suficiente para acomodar o ca-
teter do balão e manter o fluxo sanguíneo distal para 
preservar a irrigação do membro. Sendo assim, 
a técnica mais frequente é a inserção percutânea, 
pois ela tem eficiência relativamente alta e é um 
meio rápido de insuflar o tratamento com o dispo-
sitivo. (HEMESATH, 2001).
Para tanto, a mesma autora diz que existe cateter 
do balão disponível nos tamanhos de 20, 30, ou 40 
ml para adultos e nos tamanhos de 4 e 12 ml para 
pediátricos. A escolha do tamanho do cateter de-
pende muito do peso e do diâmetro da aorta de ca-
da paciente.
Diante disso, o enchimento do balão acontece pe-
lo bombeamento de gás hélio ou dióxido de car-
bono e a sincronia da insuflação e desinflação des-
se dispositivo é realizada mais comumente pelo 
traçado do eletrocardiograma do paciente obti-
do no monitor do console do balão. (AMORIM; 
CHEREGATTI, 2010).
Então, para Franco et al. (2017) a contrapulsação 
através

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