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INTRODUÇÃO À ECONOMIA Bens públicos e recursos comuns AULA 7 Ciência Econômica Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com 1) O que estudam os economistas? Qual é o objeto de estudo desta ciência? 2) Para que serve o mercado? 3) O que os preços sinalizam? Algum bem não tem preço? Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com 1) Rios, montanhas, praias, lagos, etc. 2) Playgrounds, parques, desfiles públicos Quando os bens estão disponíveis gratuitamente, contudo, as forças de mercado que normalmente alocam os recursos em nossa economia inexistem. Dez Princípios de Economia (cap. 1) 1. As pessoas enfrentam tradeoffs 2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la 3. As pessoas racionais pensam na margem 4. As pessoas reagem a incentivos 5. O comércio pode ser bom para todos 6. Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica 7. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados 8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços 9. Os preços sobem quando o Estado emite moeda demais 10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com Como pensar os bens e serviços? Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com O bem é excludente? As pessoas podem ser impedidas de usá-lo? O bem é rival? O fato de uma pessoa usar um bem reduz a possibilidade de que alguém mais possa usá-lo? Duas características: Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com propriedade da exclusão a propriedade de um bem segundo a qual uma pessoa pode ser impedida de usá-lo rivalidade no consumo a propriedade de um bem pela qual sua utilização por uma pessoa reduz a possibilidade de outras pessoas utilizá-lo Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com 1) Bens privados: bens que são tanto excludentes quanto rivais no consumo 2) Bens públicos: bens que não são excludentes nem rivais 3) Recursos comuns: bens que são rivais mas não são excludentes 4) Bens artificialmente escassos: bens que são excludentes porém não rivais Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com Bens públicos Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com Fogos de artifício no ano novo Imaginemos que os 500 moradores de João Pessoa atribuam um valor de R$10 ao espetáculo de pirotecnia da virada do ano. Em quanto podemos valorar a satisfação da população da cidade por assistir ao show? Perguntas 1. O bem é rival? 2. O bem é exclusivo? 3. Qual é o tipo de bem, dentre os vistos nos slides anteriores? Free rider Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com Um carona é uma pessoa que recebe o benefício de um bem, mas evita pagar por ele. Como as pessoas teriam um incentivo para usufruir gratuitamente, em vez de pagar, o mercado não apresentaria resultado eficiente. (MANKIW, 2013, p. 206) Falha de mercado e externalidade Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com • No mercado do exemplo anterior, as pessoas teriam incentivo a não pagar pelo espetáculo, pois logo se dariam conta de que não precisam pagar para assistir • O setor privado provavelmente não teria interesse em ofertar o show de fogos de artifício porque não seria lucrativo • Pode-se dizer que o serviço gera uma externalidade positiva não contabilizada Uma maneira de corrigir seria o governo tributar em, digamos, R$2 os moradores de João Pessoa e contratar a empresa do ramo com os tributos arrecadados. • “o caso nos ensina uma lição geral sobre os bens públicos: como eles não são excludentes, o problema dos caronas impede que o mercado privado os oferte” (MANKIW, 2013, p. 206) Exemplos de bens públicos Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com 1. Defesa nacional: A defesa de um país de agressores externos é um exemplo clássico de bem público. Uma vez que o país esteja defendido, é impossível impedir qualquer pessoa de desfrutar o benefício proporcionado por essa defesa. Ademais, quando alguém desfruta do benefício da defesa nacional, não reduz o benefício proporcionado às demais pessoas. Assim, a defesa nacional não é nem excludente nem rival. (MANKIW, 2013, p. 207) 2. Pesquisa básica: O conhecimento é produzido por meio da pesquisa. [...] O conhecimento tecnológico específico, como a invenção de uma bateria de longa duração, [...] pode ser patenteado. [...] Em contrapartida, o conhecimento geral é um bem público. [...] [Um] matemático não pode patentear um teorema. Uma vez provado, o conhecimento não é excludente, ele entra para o conjunto geral de conhecimento que todos podem usar gratuitamente. O teorema também não é rival, pois, ao usá-lo, uma pessoa não impede que todas as outras também o façam. (MANKIW, 2013, p. 207) Exemplos de bens públicos Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com 3. Faróis: Os faróis servem para referenciar um ponto específico ao longo da costa marítima para que os navios possam se localizar. O benefício que o farol gera ao capitão do navio não é excludente, na medida em que outros capitães podem usá-lo sem pagar. Ao mesmo tempo, o benefício que um capitão de navio tem pelo serviço não diminui a possibilidade que outros navegadores têm de utilizá-lo. Portanto, não é um bem rival. Por tal razão, a maior parte dos faróis é operada pelo setor público. 4. Semáforos: o benefício que os semáforos dão a um motorista que pagasse por ele não impossibilitaria que outro motorista tivesse proveito dele sem a mesma contrapartida. De outro lado, salvo se a rua for congestionada, a possibilidade de uso também não seria diminuída. Tragédia dos Comuns Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com Em uma pequena cidade medieval, a agricultura e a pecuária são atividades econômicas fundamentais. A criação de ovelhas era, dentre elas, a mais importante. As ovelhas passam a maior parte do seu tempo pastando nas terras comuns da cidade. Com o passar dos anos, a população foi crescendo, pois a agricultura ia bem e a criação de ovelhas melhor ainda! Como a quantidade de terra é fixa e o número de cabeças de gado é crescente, a terra foi perdendo a capacidade de se regenerar até tornar-se estéril. A criação de ovelhas tornou-se impossível. Ao fim, foi desintegrada a produção de lã e muitas famílias perderam seu sustento. O povo da cidade não deveria ter deixado a situação chegar a tal ponto! Perguntas Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com 1. O bem é exclusivo? 2. O bem é rival? 3. Qual é o tipo de bem, dentre os vistos nos slides anteriores? 4. Por que se chegou ao esgotamento da capacidade das terras de gerarem pasto? Falha de mercado e externalidade Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com • O que causa a tragédia? [...] A razão é que os incentivos sociais e privados são diferentes. Evitar a destruição das pastagens depende de ação coletiva por parte dos pastores. Se os pastores agissem juntos, poderiam reduzir apopulação de ovelhas para um nível que a Comuna pudesse sustentar. Entretanto, nenhuma família tem incentivo para reduzir o tamanho do seu rebanho porque cada rebanho representa apenas uma pequena parte do problema. (MANKIW, 2013, p. 210) • Quando o rebanho de uma família pasta na terra comum, há uma externalidade negativa nesta atividade, pois a qualidade da terra se reduz, ainda que em proporção muito pequena. Como a externalidade não é contabilizada, as famílias não a levam em consideração. Uma maneira de corrigir seria dividir as terras da cidade em partes iguais para cada família. A terra tornar-se-ia um bem privado. Outra solução seria as famílias terem de pagar um tributo pelo uso da terra, na forma de alimentos ou de moeda. Exemplos de recursos comuns Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com 1. Ar e água puros: os mercados não protegem adequadamente o meio ambiente. A poluição é uma externalidade negativa que pode ser remediada com regulamentos ou com impostos corretivos sobre as atividades poluidoras. Essa falha do mercado pode ser considerada um exemplo do problema dos recursos comuns. Ar puro e água limpa são recursos comuns como os pastos abertos, e a poluição excessiva é como a pastagem excessiva. A degradação do meio ambiente é uma versão moderna da Tragédia dos comuns. (MANKIW, 2013, p. 211) 2. Vias congestionadas: As vias podem ser bens públicos ou recursos comuns. Se uma via não está congestionada, o uso dela por alguém não afeta as demais pessoas. Nesse caso, o uso não é rival e a via é um bem público. Mas, se a via está congestionada, então seu uso resulta em uma externalidade negativa. Quando alguém dirige nessa via, ela se toma ainda mais congestionada e as outras pessoas precisam dirigir mais devagar. Nesse caso, a via é um recurso comum. (MANKIW, 2013, p. 211) Exemplos de recursos comuns Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com 3. Peixes, baleias e outros animais selvagens: Muitas espécies de animais são recursos comuns. Os peixes e as baleias, por exemplo, têm valor comercial, e qualquer pessoa pode ir pescar no mar o que estiver disponível. Cada pessoa tem pouco incentivo para preservar a espécie para o ano seguinte. Assim como o uso excessivo dos pastos pode destruir a Comuna Local, a pesca excessiva de peixes e baleias pode destruir populações marinhas de alto valor comercial. (MANKIW, 2013, p. 213) Referências bibliográficas Autor: César Prazeres. Mestrando em Economia pela UNICAMP. Prof. Bolsista da UNIVESP. E-mail: cesarpfpereira@gmail.com MANKIW, N. Gregory. (2013). Introdução à Economia. São Paulo: Cengage Learning. Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19
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