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LITERATURA – LISTA DE REVISÃO – Modúlo 03 Prof. Steller de Paula VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência Texto Euclides fora um dos que deram à nossa história um “estilo”: uma forma de pensar e sentir o país (...) Não casualmente ele conferira lugar especial ao fenômeno da mestiçagem (...) Ele teria descoberto nossa “tendência” à fusão, nossa aptidão para a “domesticação da natureza” e para a religiosidade. A figura do sertanejo como “forte de espírito” por excelência era o símbolo de nossa originalidade completa. (GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores. A política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 195) 01. (Puccamp 2016) O seguinte trecho crítico alude à obra prima de Euclides da Cunha: a) A vasta erudição histórica costuma desviar o leitor do plano central desse grande romance intimista. b) A descrição minuciosa da terra, do homem e da luta situa essa obra literária no nível da cultura científica e histórica. c) Não se poderia imaginar que um testemunho sobre a vida nos internatos resultasse num romance épico. d) Tomando como modelo a queda da Bastilha, esse romance repercutiu entre nós a destruição de uma etnia. e) Por vezes, o exibicionismo da oratória faz desse discurso histórico uma peça algo enigmática. 02. (Unifesp 2018) Tal vanguarda rompeu radicalmente com a ideia de arte como imitação da natureza, prevalecente na pintura europeia desde a Renascença. Seus principais adeptos abandonaram as noções tradicionais de perspectiva, tentando representar solidez e volume numa superfície bidimensional, sem converter pela ilusão a tela plana num espaço pictórico tridimensional. Múltiplos aspectos do objeto eram figurados simultaneamente; as formas visíveis eram analisadas e transformadas em planos geométricos, que eram recompostos segundo vários pontos de vista simultâneos. Tal vanguarda era e dizia ser realista, mas tratava-se de um realismo conceitual, e não óptico. (Ian Chilvers (org). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.) Uma pintura representativa da vanguarda à qual o texto se refere está reproduzida em: a) b) c) d) e) 2 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência LITERATURA – LISTA DE REVISÃO – MODÚLO 3 – STELLER DE PAULA 03. (Espm 2017) No ano de 1917, o evento artístico que mais repercutiu e mais levantou questões quanto à necessidade de uma revolução na arte e cultura brasileira, foi a nova exposição da pintora Anita Malfatti, em São Paulo, no dia 12 de dezembro. A exposição marcava o coroamento dos anos de estudo da pintora pela Europa e Estados Unidos. Francisco Alambert. A Semana de 1922: A Aventura Modernista no Brasil. Em cartaz entre 07/02/2017 e 30/04/2017, no MAM (Museu de Arte Moderna), a mostra sobre Anita Malfatti é uma homenagem ao centenário da polêmica exposição de 1917. Dividida em três núcleos, a exposição reúne cerca de setenta obras, entre desenhos e pinturas, sendo que dez telas esta- vam na exposição de 1917. guia.folha.uol.com.br/exposições/2017/02. A obra “O Farol” traz à tona as influências aprendidas por Anita Malfatti durante o tempo em que passou estudando na Alemanha. Assinale a alternativa que indique corretamente a base dessas influências: a) Expressionismo; b) Romantismo; c) Surrealismo; d) Cubismo; e) Impressionismo. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Para responder à(s) questões a seguir, considere o texto abaixo. De um modo geral, todos esses movimentos da vanguarda europeia de fins do século XIX e início do século XX estavam sob o signo da desorganização do universo artístico de sua época. A diferença é que uns, como o futurismo e o dadaísmo, queriam a destruição do passado e a negação total dos valores estéticos presentes; e outros, como o expressionismo e o cubismo, viam na destruição a possibilidade de construção de uma nova ordem superior. No fundo eram, portanto, tendências também organizadoras de uma nova estrutura política e social. (TELES, Gilberto Mendonça, Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes, 1972, p. 10) 04. (Puccamp 2016) A poesia de Oswald de Andrade, voltada para a apresentação e consolidação de novas formas literárias, não é nem cubista, nem expressionista, nem futurista: é mais exato considerá-la como uma a) tentativa de recuperação do que havia de mais ousado na estética parnasiana, sobretudo no que dizia respeito às leis de versificação. b) manifestação de uma lírica saudosista, disposta a recuperar poeticamente a vida dos povos primitivos marcada pela espontaneidade. c) retomada dos indianistas românticos, com vistas à interpretação de documentos que atestassem os valores da cultura indígena. d) plataforma de revolucionários procedimentos estéticos, com vistas a inserir as letras brasileiras no contexto de um universalismo sem pátria. e) tomada de posição primitivista, à busca de uma linguagem simuladamente ingênua e de uma revisão crítica e irônica da história do Brasil. Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo. Passadas tantas décadas, estamos de novo preocupados com a modernidade de 22. Os fragmentos futuristas de Miramar e a rapsódia de Macunaíma são apontados sempre como altos modelos de vanguarda literária. Mas e o que veio depois? Nas melhores obras de autores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Dalton Trevisan, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, já se desfaz aquela mistura ideológica e datada de mitologia e tecnicismo que o movimento LITERATURA – LISTA DE REVISÃO – MODÚLO 3 – STELLER DE PAULA 3 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência de 22 começou a propor e algumas vanguardas de 60 repetiram, até virarem em esquema e norma. Saber descobrir o sentido ora especular, ora resistente dessa literatura moderna sem modernismo é uma das tarefas prioritárias da crítica brasileira. (Adaptado de: BOSI, Alfredo. “Moderno e modernista na literatura brasileira”. In: Céu, inferno. São Paulo: Ática, 1988, p. 126) 05. (Puccamp 2018) Nesse texto, o crítico Alfredo Bosi, cotejando a produção do modernismo de 22 com a das décadas seguintes, conclui que a) Mário de Andrade e Oswald de Andrade nunca se propuseram a ser autores de prosa de vanguarda. b) os grandes autores subsequentes aos modernistas não conservaram em suas obras as marcas ostensivas de 22. c) os poetas e ficcionistas citados inspiraram-se nos modernistas de 22 para criarem seu próprio futurismo. d) algumas vanguardas da década de 60 rechaçaram com veemência os ideais de vanguarda da década de 20. e) os romances citados determinaram, com sua mitologia e ideologia, o desenvolvimento da ficção posterior. 06. (Puccamp 2018) Dos autores modernos citados no texto, caracteriza-se a produção de a) Guimarães Rosa pela acuidade que mostra este prosador ao recuperar os modelos do nosso regionalismo tradicional. b) Clarice Lispector pela ousadia da forma romanesca, apoiada sobretudo no imediatismo da linguagem jornalística. c) Dalton Trevisan pela composição sintética de contos em que repontam as precariedades da vida de seres marginalizados. d) João Cabral de Melo Neto pela obsessão que demonstra na exposição da subjetividade e do lirismo de suas criaturas. e) Ariano Suassuna pelo rigor da forma poética experimental a que subordinou suas peças de teatro de vanguarda. 07. (Ebmsp 2018) Consoada. Quando a Indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo.Talvez sorria, ou diga: – Alô, iniludível! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com os seus sortilégios.) Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. BANDEIRA, Manuel. Consoada. Antologia Poética. Porto Alegre: L&PM, 2012. p. 133. Sobre esses versos de Manuel Bandeira, está correto o que se afirma em a) Mostram uma dissociação entre a realidade concreta e a presumível. b) Sintetizam o mascaramento da angústia como solução diante do inevitável. c) Revelam a instabilidade do sujeito poético diante da transitoriedade da vida. d) Tematizam, metafórica e eufemisticamente, a morte, que é aceita, embora não desejável. e) Refletem a desilusão diante de um viver sem sentido, devido ao mal sem cura que o acometeu. 08. (G1 - cftmg 2018) Soneto da intimidade Nas tardes de fazenda há muito azul demais. Eu saio às vezes, sigo pelo pasto, agora Mastigando um capim, o peito nu de fora No pijama irreal de há três anos atrás. Desço o rio no vau dos pequenos canais Para ir beber na fonte a água fria e sonora E se encontro no mato o rubro de uma amora Vou cuspindo-lhe o sangue em torno dos currais. Fico ali respirando o cheiro bom do estrume Entre as vacas e os bois que me olham sem ciúme E quando por acaso uma mijada ferve Seguida de um olhar não sem malícia e verve Nós todos, animais, sem comoção nenhuma Mijamos em comum numa festa de espuma. MORAES, Vinicius de. Nova Antologia Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. Escrito no século XX, o poema de Vinicius de Moraes dialoga com a poesia árcade ao integrar a forma clássica do soneto à temática bucólica. Por 4 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência LITERATURA – LISTA DE REVISÃO – MODÚLO 3 – STELLER DE PAULA outro lado, o texto distingue-se das produções do século XVIII por apresentar a) versos livres e sequências narrativas. b) linguagem coloquial e intenção humorística. c) vocabulário urbano e personificação de animais. d) ausência de paradoxos e predomínio da subjetividade. 09. (Uece 2018) Vários aspectos do poema Velhice, de Vinícius de Moraes, manifestam valores estéticos afirmados na poesia do Modernismo da década de 1930 com a qual o autor estava ligado, com exceção da a) adoção do verso livre (sem métrica) e do verso branco (sem rima). b) ampliação do campo temático, que contempla, dentre outras coisas, aspectos das inquietações religiosas. c) escolha de temas pautados na cultura e na identidade nacional. d) ênfase a temas como o sensualismo erótico, o amor e os prazeres da carne. Os ombros suportam o mundo Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco. Em vão mulheres batem à porta, não abrirás. Ficaste sozinho, a luz apagou-se, mas na sombra teus olhos resplandecem enormes. És todo certeza, já não sabes sofrer. E nada esperas de teus amigos. Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, preferiram (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação. ANDRADE, Carlos Drummond. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967. p. 110-111. 10. (Fmp 2018) Entre as características da obra de Carlos Drummond de Andrade, a que está presente nesse poema é a a) valorização do cotidiano e das raízes culturais brasileiras b) nostalgia da vida provinciana relacionada à terra natal c) denúncia constante da monotonia observada no dia a dia d) esperança na sobrevivência do sentimento amoroso e) manifestação de cansaço diante dos problemas da vida O Lutador Lutar com palavras é a luta mais vã Entanto lutamos mal rompe a manhã (...) Lutar com palavras parece sem fruto. Não têm carne e sangue… Entretanto, luto. Palavra, palavra (digo exasperado), se me desafias, aceito o combate. (Carlos Drummond de Andrade) 11. (Espm 2016) Tema frequente na poética de Drummond, os versos sugerem o fato de: a) os homens insistirem, ao longo da história, numa discussão político-ideológica, sabendo tratar-se de um embate inútil. b) o homem moderno travar, desde o início da vida (“manhã”), uma luta contra a existência, luta essa completamente frustrada. c) o “eu” lírico questionar a força da poesia, ou do discurso, e mesmo assim não abdicar de enfrentar, com esse instrumento de luta, as adversidades. LITERATURA – LISTA DE REVISÃO – MODÚLO 3 – STELLER DE PAULA 5 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência d) a palavra ser um instrumento ineficaz de luta, aspecto que conduz o “eu” lírico coletivo a um pessimismo quase destrutivo. e) haver uma desarmonia social a qual não pode ser solucionada apenas com o uso de discursos ou ideologias vãs. 12. (Enem PPL 2017) Dois parlamentos Nestes cemitérios gerais não há morte pessoal. Nenhum morto se viu com modelo seu, especial. Vão todos com a morte padrão, em série fabricada. Morte que não se escolhe e aqui é fornecida de graça. Que acaba sempre por se impor sobre a que já medrasse. Vence a que, mais pessoal, alguém já trouxesse na carne. Mas afinal tem suas vantagens esta morte em série. Faz defuntos funcionais, próprios a uma terra sem vermes. MELO NETO, J. C. Serial e antes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997 (fragmento). A lida do sertanejo com suas adversidades constitui um viés temático muito presente em João Cabral de Melo Neto. No fragmento em destaque, essa abordagem ressalta o(a) a) inutilidade de divisão social e hierárquica após a morte. b) aspecto desumano dos cemitérios da população carente. c) nivelamento do anonimato imposto pela miséria na morte. d) tom de ironia para com a fragilidade dos corpos e da terra. e) indiferença do sertanejo com a ausência de seus próximos. 13. (G1 - ifpe 2017) LAÇOS DE FAMÍLIA A mulher e a mãe acomodaram-se finalmente no táxi que as levaria à Estação. A mãe contava e recontava as duas malas tentando convencer-se de que ambas estavam no carro. A filha, com seus olhos escuros, a que um ligeiro estrabismo dava um contínuo brilho de zombaria e frieza assistia. — Não esqueci de nada? perguntava pela terceira vez a mãe. — Não esqueci de nada…, recomeçou a mãe, quando uma freada súbita do carro lançou-as uma contra a outra e fez despencarem as malas. — Ah! ah! – exclamou a mãe como a um desastre irremediável, ah! dizia balançando a cabeça em surpresa, de repente envelhecida e pobre. E Catarina? Catarina olhava a mãe, e a mãe olhava a filha, e também a Catarina acontecera um desastre? seus olhos piscaram surpreendidos, ela ajeitava depressa as malas, a bolsa, procurando o mais rapidamente possível remediar a catástrofe. Porque de fato sucedera alguma coisa, seria inútil esconder: Catarina fora lançada contra Severina, numa intimidade de corpo há muito esquecida, vinda do tempo em que se tem pai e mãe. Apesar de que nunca se haviam realmente abraçado ou beijado. Do pai, sim. Catarina sempre fora mais amiga. Quando a mãe enchia-lhes os pratos obrigando-os a comer demais, os dois se olhavam piscando em cumplicidade e a mãe nem notava. Mas depois do choque no táxi edepois de se ajeitarem, não tinham o que falar – por que não chegavam logo à Estação? LISPECTOR, C. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. O texto acima reproduz um trecho do conto “Laços de Família”, de Clarice Lispector, retratando um momento peculiar que se repete na obra da autora. A peculiaridade da passagem se justifica porque a) ocorre um posicionamento feminista, representado no trecho acima pela comparação entre a mãe e o pai de Catarina. b) o número de personagens é reduzido, permitindo que as características psicológicas de Catarina e Severina, por exemplo, sejam minuciosamente descritas. c) há reflexão metalinguística, o que, no conto Laços de Família, é representado pela repetição insistente do autoquestionamento de Severina: “Não esqueci de nada?”. d) ocorre a epifania, momento de revelação, Catarina se redescobre e redescobre a mãe quando o táxi freia e elas se chocam. 6 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência LITERATURA – LISTA DE REVISÃO – MODÚLO 3 – STELLER DE PAULA e) a narrativa se dá em primeira pessoa, o que permite amplo espaço para o fluxo de consciência, de Catarina. 14. (G1 - ifsc 2016) A pesca O anil o anzol o azul o silêncio o tempo o peixe a agulha vertical mergulha a água a linha a espuma o tempo o peixe o silêncio a garganta a âncora o peixe a boca o arranco o rasgão aberta a água aberta a chaga aberto o anzol aquelíneo ágil-claro estabanado o peixe a areia o sol. (SANT’ANNA, Affonso Romano de. In: Intervalo amoroso. Porto Alegre: L&PM, 1999, pp. 48-49). Com base no texto, assinale a alternativa CORRETA. a) O texto, elaborado somente com substantivos, detalha cada uma das etapas de uma pescaria. b) A palavra “agulha” (verso 7), no contexto do texto, procura retomar o termo “anzol”, que mergulha verticalmente na água. c) Apesar de estar estruturado em versos, o texto não pode ser considerado um poema, por se constituir apenas de palavras soltas. d) Em “aberta a água/ aberta a chaga” (versos 22 e 23, respectivamente), os termos destacados exercem funções sintáticas diferentes. e) Por não haver elementos coesivos no texto, ele se torna incoerente e não é possível estabelecer sentido entre cada uma de suas partes. 15. (Unicamp 2018) O poema abaixo é de autoria do poeta Augusto de Campos, integrante do movimento concretista. Nesse poema, nota-se uma técnica de composição que consiste a) na disposição arbitrária de anagramas, sem produzir uma relação de sentido com o título do poema. b) na disposição exaustiva de anagramas, sem produzir uma relação de sentido com o título do poema. LITERATURA – LISTA DE REVISÃO – MODÚLO 3 – STELLER DE PAULA 7 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência c) na disposição arbitrária de anagramas, para produzir uma relação de sentido com o título do poema. d) na disposição exaustiva de anagramas, para produzir uma relação de sentido com o título do poema. GABARITO 1.Questão: Resposta: [B] Euclides da Cunha partiu da observação da terra, do sertanejo e da Guerra de Canudos para redigir Os Sertões. Apoiado no pensamento científico por meio das correntes positivista, determinista e evolucionista, o autor expõe a saga dos sertanejos em uma obra referencial até os dias atuais para as Ciências Sociais no Brasil. 2.Questão: Resposta: [C] O texto se refere ao Cubismo, vanguarda que buscava retratar os diferentes ângulos e pontos de vista de um mesmo objeto em um mesmo plano. Assim, pode-se associá-lo à pintura de Pablo Picasso: “As senhoritas de Avignon”, em que vemos diversas formas e pontos de vista expressos simultaneamente. 3.Questão: Resposta: [A] Somente a alternativa [A] está correta. A importante artista expressionista Anita Malfatti prioriza os sentimentos e as reações humanas, tecendo críticas a qualquer tipo de exploração do ser humano. Durante seus estudos na Alemanha, a artista adquiriu a influência expressionista. Na obra “O Farol”, desta época, a paisagem está em harmonia com edificações e cores fortes e vivas compondo do cenário. 4.Questão: Resposta: [E] A obra de Oswald de Andrade é bastante voltada às origens nacionais, principalmente com o trabalho de pesquisa e releitura do passado brasileiro, empregando a Carta, de Pero Vaz de Caminha, para alcançar seus objetivos. As demais alternativas estão incorretas, pois: em [A], Oswald de Andrade era absolutamente contra o formalismo parnasiano; em [B], sua poesia não é marcada pelo saudosismo; em [C], o poeta retoma o Quinhentismo, reelaborando trechos da Carta, de Pedro Vaz de Caminha; em [D], Oswald buscava valorizar a cultura brasileira. 5.Questão: Resposta: [B] Segundo Bosi, autores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Dalton Trevisan, João Cabral de Melo Neto e Ariano Suassuna ultrapassaram as técnicas e as características iconoclastas que marcaram o movimento de 22 para configurar uma nova estratégia dentro do modernismo e que deve ser analisada pela crítica. Assim, é correta a opção [B]. 6.Questão: Resposta: [C] Guimarães Rosa, Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto e Ariano Suassuna não podem ser associados a “regionalismo tradicional”, “linguagem jornalística”, “subjetividade e lirismo” e “teatro de vanguarda”, características que lhes são atribuídas em [A], [B], [D] e [E], respectivamente. Assim, é correta apenas [C], pois os contos de Dalton Trevisan apresentam linguagem concisa e popular e que valoriza os incidentes do cotidiano sofrido de seres marginalizados. 7.Questão: Resposta: [D] [A] Incorreto. Realidade concreta, como a chegada da Morte, e a realidade presumível, como a sensação de medo, estão associadas no poema. [B] Incorreto. Não há mascaramento de angústia frente à Morte, mas a consciência de que ela chegará, independentemente de qualquer circunstância. [C] Incorreto. O eu lírico não se mostra oscilando frente à Morte, pois ele tem consciência de que ela é inevitável, independentemente de qualquer tipo de circunstância. [D] Correto. A Morte é apresentada de forma metafórica (“Indesejada” e “iniludível”) e eufemística (“pode a noite descer”). [E] Incorreto. O eu lírico não se mostra desiludido, mas convencido de que não há como iludir a Morte. 8.Questão: Resposta: [B] 8 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência LITERATURA – LISTA DE REVISÃO – MODÚLO 3 – STELLER DE PAULA Apesar de apresentar uma temática bucólica, do campo, aproximando-se dos árcades, o poema vale- se de uma linguagem bastante coloquial, utilizando termos como “mijar”, “cuspir”. Isso faz com que o poema adquira um tom humorístico, já que sua “exaltação” ao campo se dá por meio de um cenário escatológico, algo impensável entre os árcades. 9.Questão: Resposta: [C] [A] Incorreto. A liberdade na métrica e no esquema de rimas é observada no poema. [B] Incorreto. A inquietação espiritual está presente em “Nesse dia Deus talvez tenha entrado definitivamente em meu espírito / Ou talvez tenha saído definitivamente dele”. [C] Correto. Em “Velhice”, a temática é filosófica, afastando-se da cultura e da identidade nacional. [D] Incorreto. Os temas citados se fazem presentes na poesia, como se verifica em “Serei um velho, não terei mocidade, nem sexo, nem vida / Só terei uma experiência extraordinária”. 10.Questão: Resposta: [E] [A] Incorreto. Em “Os ombros suportam o mundo”, o eu lírico está prostrado diante da situação vivida, assim como em grande parte dos poemas que compõem Sentimentodo Mundo. [B] Incorreto. Em “Os ombros suportam o mundo”, o eu lírico expressa a dor de viver no momento então presente, assim como em grande parte dos poemas que compõem Sentimento do Mundo. [C] Incorreto. Em “Os ombros suportam o mundo”, o eu lírico comunica a dor de viver o então momento presente, assim como em grande parte dos poemas que compõem Sentimento do Mundo. [D] Incorreto. Em “Os ombros suportam o mundo”, o eu lírico está sem esperanças amorosas, assim como em grande parte dos poemas que compõem Sentimento do Mundo. [E] Correto. Em “Os ombros suportam o mundo”, o eu lírico está prostrado diante da situação vivida, e nada lhe resta, como se verifica em “Chegou um tempo em que não adianta morrer. / Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. / A vida apenas, sem mistificação.”. 11.Questão: Resposta: [C] [A] Incorreta. O tema de “O Lutador” é metalinguístico. [B] Incorreta. A luta estabelecida é com as palavras, dado o poema ser metalinguístico. [C] Correta. A metalinguagem é um tema constante na poesia de Drummond, a exemplo de “O Lutador”. O eu lírico tem consciência da dificuldade (“Lutar com palavras / é a luta mais vã”) e a série de conjunções adversativas indica que não haverá desistência por parte dele. [D] Incorreta. O eu lírico defende que a luta com as palavras “parece sem fruto”, porém não há o quesito destrutivo, uma vez que ele não desiste do combate. [E] Incorreta. O tema de “O Lutador” é metalinguístico, e não há desistência por parte do eu lírico. 12.Questão: Resposta: [C] É correta a opção [C], pois o fragmento ressalta a impessoalidade e a descaracterização da miséria e da morte na realidade do sertanejo: “Nestes cemitérios gerais/não há morte pessoal”, “Vence a que, mais pessoal,/alguém já trouxesse na carne”. 13.Questão: Resposta: [D] A obra de Clarice Lispector é marcada por momentos de epifania, em que suas personagens deparam-se com alguma descoberta que quebra com a normalidade da narrativa. No trecho transcrito vemos justamente esse momento: Catarina passa por um momento de redescoberta quando o taxi freia. 14.Questão: Resposta: [B] [A] Incorreta: o texto também apresenta artigos, tais como “o”, e verbos, como “mergulha”. [C] Incorreta: o texto é considerado um poema e as palavras, apesar de aparentarem estar soltas, formam um sentido conjuntamente. [D] Incorreta: os termos destacados exercem a mesma função. [E] Incorreta: apesar de não apresentar elementos típicos de coesão, o texto adquire um significado, pois as palavras se relacionam. LITERATURA – LISTA DE REVISÃO – MODÚLO 3 – STELLER DE PAULA 9 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 15. Questão: Resposta: [D] No poema, Augusto de Campos dispõe exaustivamente, e de forma não arbitrária, anagramas da palavra “acaso”, que aparece invertida no título: são 60 combinações, organizadas em dez grupos de seis e dispostas decrescentemente.