Independências África e Ásia

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DESCOLONIZAÇÃO ÁFRICA E	ÁSIA
HISTÓRIA
9°ANO
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Semana:
19/10 a
23/10
VÁ
ESTUDAR
Instruções: 1-Ler os slides
2-Assistir os vídeos indicados
3-Participar das aulas de história nas
terças das 11h as 11h45
(link do meet no mural da turma) 4- Semana quevem atividade avaliativa desse conteúdo!
BONS ESTUDOS
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O QUE FOI?
INDEPENDÊNCIAS DA ÁFRICA E ÁSIA
Vimos que no século XIX os europeus se apossaram de grandes
porções da Ásia e da África e submeteram seus povos
(imperialismo).
A dominação europeia nesses continentes caracterizou-se pela
ocupação territorial e pela dominação política, econômica e cultural,
foram comum práticas como o confisco de terras, o uso do trabalho
forçado, a cobrança de impostos abusivos, a violência e o racismo,
que oprimia os africanos e asiáticos em seu próprio território.
Imagem: Colonização em 1945 / Autor desconhecido / disponibilizado por Hamodi1234 / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.
As sociedades locais, no entanto resistiram
de diferentes maneiras, principalmente por
meio da preservação de suas culturas e de
suas tradições
.
Com o fim da Segunda Guerra, surgiram
novas estratégias de resistência.
Formaram-se novos movimentos políticos e ideológicos que difundiram a ideia da emancipação e influenciaram as lutas de independências na África e na Ásia.
Divisão dos continentes por dominação no pós guerra (1945):
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-O declínio de potências europeias:
Primeira Guerra Mundial e
Segunda Guerra Mundial
-A ascensão do nacionalismo asiático e africano: Influência da Carta de autodeterminação dos povos. da ONU: direito de cada nação determinar sua organização
-Guerra Fria:
desejo	dos
EUA	e	URSS
de	ampliar	suas	influências,
ajudando nas lutas de independência.
Surgimento de Movimentos por emancipação:
Pan-Africanismo
(Jomo Queniata) e
Pan-Arabismo
(Gamal Abdel Nasser).
CAUSAS
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CONFERÊNCIA DE BANDUNG
Ocorrida em Bandung, na Indonésia, foi um encontro que contou com a
e
participação	d
29	nações	africanas
e	asiática	e	tinha	como	objetivo
promover uma
cooperação econômica e cultural de perfil afro-asiático
,
buscando fazer frente ao que na época se percebia como atitude neocolonialista das duas grandes potências, Estados Unidos e União Soviética, bem como de outras nações influentes que também exerciam o que consideravam imperialismo, ou seja, promoção indiscriminada de seus próprios valores em detrimento dos valores cultivados pelos povos em desenvolvimento.
A maioria dos países participantes da conferência vinham da amarga experiência da colonização, experimentando o domínio econômico, político e social, sendo os habitantes locais submetidos à discriminação racial em sua própria terra, parte da política de domínio europeia
Definições da Conferência:
Bloco dos não alinhados: 3º mundo
Debate dos problemas econômicos dos participantes
Ajuda mútua entre as nações afro-asiáticas
•
•
•
•
Combate ao racismo e ao neocolonialismo
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INDEPENDÊNCIAS AFRICANAS
Para que os países da África se tornassem independentes, foi fundamental a luta dos africanos contra a dominação política e a exploração econômica estrangeira.
Os processos de
independência da África variaram de acordo com cada lugar e cada época, durante as lutas de independência
ocorreram
conflitos
armados, protestos,
manifestações, greves e
acordos diplomáticos.
Acompanhe no mapa ao lado o período que cada nação africana conquistou a sua independência:
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PAN AFRICANISMO
No período entre guerras, começou a se gestar a ideia que os africanos tinham mais semelhanças entre si do que diferenças. Praticamente todo o continente havia sofrido com a colonização europeia e o tráfico de escravos.
Desta forma, foi criado o pan-
africanismo que pensava uma
identidade comum aos africanos
a fim de uni-los contra o invasor
europeu.
Colaboração entre os países
africanos
Combate mundial ao racismo
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Em 1954, os argelinos organizaram a
Frente de
Libertação Nacional (FLN)
que retomou a luta pela
independência, tendo violentos confrontos que acabaram com a morte de 25 mil soldados franceses e quase um milhão de argelinos.
Em 1961, a França negocia com os líderes da FNL e em 1962 é assinado o Acordo de Evian, que reconheceu a independência da Argélia e promoveu a volta de mais de um milhão de colonos para a França.
ARGÉLIA
Na Argélia, colonizada pelos franceses, o partir de 1945, ocorreram
os primeiros protestos pela independência, sendo reprimidos.
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As últimas regiões a conquistarem a independência
foram aquelas	colonizadas pelo portugueses.
Isso porque Portugal vivia sobre uma ditadura desde a década de 30, primeiro de Salazar e depois Marcello Caetano.
Era preciso que a ditatura caísse para se reconhecer
as liberdades locais o que ocorreu com a
Revolução
dos Cravos em 1974,
que levou a implementação da
democracia em Portugal.
No ano seguinte, o novo governo português
reconheceu as independências dos países de
Guiné-
Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe,
Moçambique e Angola.
EX COLÔNIAS PORTUGUESAS
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Em Angola, as guerras pela independência tiveram início em 1961.
O processo envolveu 3 grupos que representavam as principais etnias:
Movimento popular pela libertação da Angola (MPLA):
era urbano,
ideológico e multirracial, tendo sua base entre os mestiços e os Mbundos-
etnia africana de Luanda e das províncias noroeste do país
União nacional pela libertação total da Angola (Unita):
etnia ovimbundu,
grupo majoritário na parte Central, Oeste e Sul de Angola, camponês; Frente nacional para a libertação da Angola (FNLA): era rural, e formado exclusivamente pela etnia Bakongo
Em 1975, que o povo angolano, já no contexto da Revolução dos Cravos,
conquista sua independência através do MPLA e seu primeiro presidente
Agostinho Neto.
Conflitos internos e de influência das potências da Guerra Fria, Eua e URSS porém, levam os angolanos a uma Guerra Civil até 1992 e uma segunda que só terminará em 2002, devastando a economia do país e gerando milhares de mortos.
ANGOLA
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Desde o século XIX, a África do Sul era governada por uma minoria
branca de origem europeia.
Em 1961,essa minoria rompeu como domínio inglês e impôs
o APARTHEID
(estado de separação) à maioria negra.
ÁFRICA DO SUL - APARTHEID
Em 1948, o regime racista foi oficializado e várias leis foram criadas para segregar a população negra:
casamentos
mistos
Proibição de
Separação de
áreas habitacionais entre
brancos e negros ( a maioria negra
morava em guetos
populacionais)
Proibição de compartilhar
espaços
públicos
(escolas cinemas, meios de
transportes, competições esportivas,...) Caso essas e outras leis de segregação fossem desobedecidas eram aplicadas penas como multas, chicotadas, trabalhos forçados e prisões.
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As mobilizações contra o Apartheid foram intensas na África do Sul, seguidas de forte repressão: em 1962,em uma manifestação pacífica, 69 pessoas foram mortas pelas forças repressoras.
No mesmo ano uma das principais lideranças do movimento contra a segregação racial, Nelson Mandela foi preso por seu ativismo e condenado a prisão perpétua.
Apesar da opressão, a luta contra o apartheid nunca teve fim,
além disso, a política racista e extremamente violenta da África
do Sul passou a ser repudiada internacionalmente
, deixando o
país cada vez mais isolado e condenado por diversos países e
pela ONU.
No final da década de 80, o governo sul-africano começa a negociar e a tomar medidas que marcam a transição par o fim do apartheid.
Nelson Mandela foi libertado em 1990 e em
1994 foi eleito
presidente da África doSul, procurando no seu governo reconstruir
a nação em torno de valores de liberdade e igualdade.
FIM DO APARTHEID
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Nelson Mandela (1918-2013), nascido numa aldeia do distrito de Umtata, conheceu desde cedo a opressão por parte da elite branca na África do Sul.
Tornou-se advogado, e passou a defender os direitos dos negros. Por sua atuação política contra o Apartheid, foi condenado a prisão, saindo apenas em 1990. Mesmo preso nunca deixou de lutar, e se transformou, junto de sua esposa Winnie Mandela, símbolo mundial de luta e resistência contra o a segregação e o racismo.
Ao sair da prisão, foi eleito presidente do Congresso Nacional Africano, conseguindo o direito dos negros de votar, e em 1994 se transformou no primeiro presidente negro da África do Sul.
NELSON MANDELA
“Ninguém nasce odiando o outro pela cor de sua pele, ou
por sua origem, ou sua religião. Para odiar as pessoas
precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser
ensinadas a amar”.(NELSON MANDELA)
Mural pintado pelo artista urbano brasileiro KOBRA
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INDEPEDÊNCIA DA ÁSIA
Na Ásia, 27 países se tornaram independentes entre 1943 a 1979. A maioria desses países estavam sobre domínio colonial inglês ou francês.
Em muitos casos, os processos de
emancipação ocorreram em meio a conflitos, que tiveram a intervenção dos EUA e da URSS na busca por áreas de influência da Guerra Fria.
No material anterior de Guerra Fria, estudamos três desses processos: a
Revolução Chinesa, e a Guerra das Coréia e
o Vietnã.
Agora vamos estudar a independência da ÍNDIA, marcada por muita violência e conflitos étnicos religiosos.
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Na Ásia, um dos principais movimentos de resistência á dominação colonial ocorreu na Índia, dominada pelos britânicos desde o século XIX.
No início do século XX uma das figuras mais importantes na luta
anticolonialista foi Mahatma (em hindu: grande alma) Gandhi, que
defendia a luta através da
RESISTÊNCIA PACÍFICA
baseada no conceito
NÃO VIOLÊNCIA e de DESOBEDIÊNCIA CIVIL
de	.
Após a Primeira Guerra Mundial, Gandhi lidera três grandes campanhas anti-britânicas:
1919 –
Greve Geral
de vários setores como transportes e limpeza;
1920 e 1922 –
Resistência pacífica
: não colaborar com os ingleses como
não votar;
1930 e 1934 –
a desobediência civil: consiste em transgredir as leis
. A
mais famosa delas talvez seja a
Marcha do Sal
onde Gandhi,
acompanhado por seus seguidores, recolhe sal de uma salina e o vende, algo que estava proibido aos indianos, e é preso.
Por sua participação nesses atos, Gandhi passará vários períodos na
prisão.
INDEPENDÊNCIA DA ÍNDIA
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CONFLITOS PÓS INDEPENDÊNCIA
Milhares de muçulmanos deixaram suas terras para se dirigir ao futuro país, por outro lado, os hindus fizeram o mesmo. Não era raro as duas colunas de imigrantes encontrarem-se caminhando em direção oposta e as
provocações terminarem em brigas.
Gandhi, como
forma de intervenção nesses conflitos, usou de sua
popularidade e carisma para fazer greve de fome,
pedindo pela paz.
Os conflitos amenizaram, mas Gandhi foi assassinado em 1948 por um hindu extremista.
Já na década de 70, uma nova divisão deu origem a Bangladesh e até os dias atuais existe na região conflitos pela região da Caxemira.
Em 1947, a Índia conquistou a sua independência, no entanto os
conflitos não terminaram.
Com a independência foi criado
o Paquistão
, para se tornar um
estado muçulmano, enquanto a
Índia
manteria a maioria
hindu
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MAHATMA GANDHI
“As religiões são caminhos diferentes convergindo
para o mesmo ponto. Que importância faz se
seguimos por caminhos diferentes, desde que
alcancemos o mesmo objetivo?”(GANDHI)
Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido como Mahatma Gandhi,
nasceu em Porbandar na Índia, no dia 2 de outubro de 1869.
Sua família pertencia à casta dos comerciantes, conhecida por bania.
Foi criado sob a crença no deus hindu Vishnu, que tem como preceito
a não violência.
Como era costume, Gandhi teve um casamento arranjado aos 13 anos de idade. Nessa época, a Índia estava sob o domínio britânico.
Foi para Londres estudar Direito e em 1891 voltou ao seu país para
exercer a profissão.
Além de sua luta pela independência da Índia, também ficou conhecido mundialmente por seus pensamentos e sua filosofia.
Mural pintado pelo artista urbano brasileiro KOBRA
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O custo da luta para a independência foi elevado, em
consequência de guerras coloniais que ocasionaram na
vida
de milhões de pessoas
e minaram a
capacidade produtiva
dos países.
CONSEQUÊNCIAS
As economias dos países africanos e asiáticos
dependiam fortemente dos
capitais e
investimentos externos,
não consolidando um
processo autônomo de desenvolvimento
interno.
A maior parte dos países, sobretudo os
africanos, sofre de
instabilidade política
devido a frequentes guerras civis, golpes de
Estado e ditaduras militares.
O
crescimento demográfico, a estagnação
econômica, as epidemias e as guerras étnicas
deterioraram seriamente o padrão de vida de
boa parte dos afro-asiáticos.
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DICA DE FILMES:
Filme: INVICTUS
Tempo: 133 min
Sinopse:
A inspiradora história de como Nelson Mandela (Morgan Freeman) uniu forças com o capitão da equipe de rúgbi da África do Sul, Francois
Pienaar (Matt Damon), para ajudar a unir a nação. Recém-eleito, o presidente Mandela sabe que seu país permanece dividido racial e economicamente após o fim do apartheid. Acreditando ser capaz de unificar a população por meio da linguagem universal do esporte
Filme: GANGHI
Tempo: 199 min
Sinopse: Os acontecimentos mais importantes da vida de Mohandas Gandhi, o líder indiano que enfrentou o domínio britânico sobre seu país.
Dedicado ao conceito de resistência não- violenta, ele é inicialmente rejeitado por autoridades inglesas, incluindo o influente Lorde Irwin, mas suas causas acabam se tornando reconhecidas internacionalmente e seus protestos levam a Índia a conquistar sua
independência.
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REFERÊNCIAS
Boulos Júnior, Alfredo. História sociedade e cidadania: 9º ano: ensino fundamental: anos finais – 4ª ed. São Paulo: FTD 2018.
Cotrim, Gilberto. Historiar : 9º ano ensino fundamental anos finais – 3ed. São Paulo: Saraiva 2018.
Dias, Adriana Machado. Vontade de saber : 9º ano ensino fundamental anos finais – 1ed. São Paulo: Quinteto Editorial 2018
MINORELLI, Caroline Torres. Convergências história: 9º ano ensino fundamental anos finais 2 ed. São Paulo: Edições SM 2018.
Livros didáticos utilizados para produção desse material: