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MECANISMOS-SINTÁTICOS

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1 
MECANISMOS SINTÁTICOS 
 
1 
1. Sumário 
2. NOSSA HISTÓRIA .................................................................................................................... 2 
3. INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 3 
4. o que é sintaxe....................................................................................................................... 3 
a. Análise Sintática ................................................................................................................. 4 
Ainda nessa frase, você pode identificar alguns termos integrantes, veja: ............5 
 núcleo do sujeito: menina ........................................................................................5 
 adjunto adnominal: bonita ........................................................................................5 
 núcleo do predicado verbal: afaga .........................................................................5 
 complemento verbal (objeto direto): animal de estimação .................................5 
 adjunto adnominal: de estimação ...........................................................................5 
2.1.1 Gramaticalidade e Agramaticalidade ..............................................................5 
5. o campo de atuação da sintaxe ............................................................................................... 6 
a. A Estrutura Sintagmática do Português ................................................................................ 7 
1.1.1 Tipos de Sintagmas ........................................................................................ 11 
6. Estudo dos termos da oração (Período simples) ..................................................................... 14 
a. Estudo do Sujeito da Oração ............................................................................................. 18 
1.1.2 Núcleo Do Sujeito ........................................................................................... 18 
7. Tipos de sujeito.................................................................................................................... 19 
a. Classificação do Sujeito ..................................................................................................... 19 
1. Referências.......................................................................................................................... 22 
 
 
 
2 
 
2. NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
3. INTRODUÇÃO 
 
Não é preciso ser um cientista da linguagem para saber qual a disposição 
adequada das palavras em uma frase. Mas se os falantes de uma língua têm 
condições de criar sentenças compreensíveis sem estudar formalmente os princípios 
da sintaxe, para que ela serve? Nesta apostila, você vai perceber que pode enriquecer 
muito a escrita e a percepção dos efeitos de sentido em um texto quando se apropria 
das relações sintáticas entre os termos de uma oração. Além de estudar os 
procedimentos metodológicos dessa área, você vai descobrir também qual foi o sujeito 
que “inventou” esse tal de predicado. 
 
 
4. O QUE É SINTAXE 
 
Sintaxe vem do termo grego syntaxis (ordem, disposição). Tradicionalmente, 
ela se refere à parte da Gramática que descreve o modo como as palavras são 
combinadas para compor as sentenças. Essa descrição é organizada sob a forma de 
regras. 
A sintaxe trata das relações que as unidades contraem no enunciado. Seu 
ponto de partida é a combinação de formas livres, que segue dois princípios: a 
sucessão e a linearidade – ou seja, as unidades se sucedem umas após as outras 
numa linha temporal. Por exemplo, você só pode explicar a expressão “a menina afaga 
o seu cachorro” por meio de uma sucessão linear de unidades: a + menina + afaga + 
seu + cachorro. Você pode perceber que, em português, há uma sequenciação 
possível: menina + afagar + seu + bichinho + de + estimação, que leva à realização 
“a menina afaga seu bichinho de estimação”, e não *estimação seu afaga bichinho a 
menina. Dessa forma, a própria língua apresenta elementos possíveis a fim de alterar 
a ordem estrutural. Ou seja, a sua capacidade como falante já é suficiente para que 
você tenha algumas informações a respeito da estrutura sintática. Ao falar, você 
automaticamente faz essa relação de ordem das palavras, pois apenas assim será 
compreendido. 
O caráter básico da sintaxe é a relação, que resulta na subordinação de um 
termo a outro. Com isso, temos a hierarquização dos constituintes oracionais. 
 
4 
Entretanto, a ordem linear, ou sucessão real, dos elementos na sequência falada não 
precisa necessariamente coincidir com a sequência determinada por regras de 
dependência e hierarquização. 
 
Por ser um dos componentes básicos da linguagem, a sintaxe tem por objetivo 
principal fazer certos conteúdos semânticos serem veiculados por meio desequências. 
Por isso, os tipos de elementos utilizados para estruturar as sequências e dos quais 
resultam graus diferentes de coesão entre os constituintes variam muito de língua para 
língua, mas o esquema e o mecanismo de estruturação do enunciado são constantes. 
 
a. Análise Sintática 
 
A análise sintática é o método que você deve utilizar quando quiser 
compreender a estrutura de uma oração. Para utilizar este recurso de análise, você 
precisa conhecer os termos da oração e a função sintática exercida por cada um deles. 
De forma geral, você pode identificar os termos da oração em dois grupos: um 
contendo os termos essenciais ou fundamentais, que são o sujeito e o predicado; outro 
contendo os termos integrantes, que são o complemento verbal, o complemento 
nominal e o agente da passiva, e os termos acessórios, que conhecemos por adjunto 
adverbial, adjunto adnominal e aposto. 
Relembre a função dos termos essenciais na oração: 
 
A menina bonita afaga seu bichinho de estimação. 
 sujeito: a menina 
 predicado: afaga seu animal de estimação 
 
 FIQUE ATENTO: 
A sintaxe é a área dos estudos linguísticos que se ocupa das relações entre 
as palavras na oração e entre as orações no período. 
Existe uma ordem estrutural prevista pela língua e existe uma ordem linear 
estabelecida pelas necessidades da fala 
 
5 
 
Ainda nessa frase, você pode identificar alguns termos integrantes, veja: 
 núcleo do sujeito: menina 
 adjunto adnominal: bonita 
 núcleo do predicado verbal: afaga 
 complemento verbal (objeto direto): animal de estimação 
 adjunto adnominal: de estimação 
 
Fazer a análise sintática de uma oração significa separar cada um de seus elementos 
e classificar de acordo com suas características. A compreensão dessa estrutura da 
frase vai ajudar você a escrever e pontuar corretamente.2.1.1 Gramaticalidade e Agramaticalidade 
 
Gramaticalidade é a característica de toda fala ou escrita que segue a 
gramática da língua. Já agramaticalidade é o oposto disso, havendo 
comprometimento da estrutura da frase. Para que você entenda melhor essa 
definição, precisa saber que o uso do termo agramaticalidade está vinculado ao uso 
de outro termo e serve como uma opção com mais especificidade, acompanhe: 
O termo erro é caracterizado como o uso inadequado da língua, mas que não 
compromete o entendimento. Em geral é associado a aspectos culturais e sociais do 
falante. 
Precisamo analisa os trabalho para que seje identificado a fonte dos erro. 
 
Aqui, você encontra erros de ortografia e de concordância; contudo, a mensagem foi 
entendida, sem perda de informação. 
O termo agramaticalidade refere-se à “quebra” de regras gramaticais que 
comprometem o entendimento e a comunicação 
 
 SAIBA MAIS: 
Os termos essenciais da oração podem ser desdobrados em classificações 
específicas (sujeito simples, sujeito composto, predicado verbal, predicado 
nominal, etc.) e em termos integrantes e acessórios, que também possuem 
classificações específicas. 
 
6 
Não frio fez nossa na viagem. 
Neste exemplo, você pode perceber uma total desestruturação da frase, que faz ela 
perder o sentindo e não ser compreendida. Ou seja, a agramaticalidade ocorre quando 
uma inadequação estrutural é cometida na formação de uma oração. Isso está 
diretamente relacionado ao que você viu sobre a importância de saber realizar uma 
análise sintática. 
 
 
5. O CAMPO DE ATUAÇÃO DA SINTAXE 
 
Os objetos de estudo da sintaxe são, portanto, todas as relações que ocorrem 
no eixo sintagmático da língua. Daremos preferência, neste momento, àquelas que se 
formam entre palavras, gerando os sintagmas, e àquelas que se realizam entre estes, 
gerando as orações. Cabe aqui uma primeira distinção entre aquilo que se considera 
frase e o que se convencionou chamar de oração. A frase é considerada qualquer 
unidade linguística de comunicação que, do ponto de vista da oralidade, caracteriza -
se por uma entonação própria da situação em que se realiza. Pode constituir-se em 
uma única palavra, em uma interjeição (Que calor!/Quem?/Olá!) ou em enunciados 
mais complexos (Hoje vai chover./Você viu o meu gatinho?). Ainda que, em qualquer 
nível de análise das unidades linguísticas, a força das leis sintáticas deva ser sempre 
exercida, é somente quando a frase contiver em si todos os dados para a 
comunicação, sem a necessidade da mímica ou da situação para completá-los, que 
poderá ser tomada como oração. 
Logo, consideremos oração como uma frase que se presta a uma 
análisesintática de seus constituintes, liberta de seu contexto, e que deve exibir, de 
maneira clara ou oculta, um núcleo verbal. Dessa forma, a oração reúne, na maioria 
das vezes, duas unidades significativas, chamadas sujeito e predicado: 
 
 Os alunos atentos estudam as lições todos os dias antes do jantar. 
 Os alunos atentos estudam as lições todos os dias. 
 Os alunos atentos estudam as lições. 
 Os alunos atentos estudam. 
Estudam. 
 
 
7 
Reduzindo-se paulatinamente os termos constituintes desses 
enunciados/períodos, percebe-se que o único indispensável é o verbo, justamente 
aquele que se considera o núcleo da oração. Já as frases têm um comportamento 
comunicativo mais amplo e independente da existência ou não desse núcleo verbal, 
isto é: a frase é capaz, diferentemente da oração, de subsistir mais em função (ou tão 
somente) dos elementos de situação ou extralinguísticos. Observe: 
– Olá! (= frase) 
– Tudo bem? (= frase) 
– Tudo. (= frase) 
– Você vai ao baile? (= frase e oração) 
– Não. (= frase) 
– Eu vou/porque sou um ótimo bailarino. (= frase e duas orações) 
 
A partir do exemplo acima – uma situação de encontro e conversa entre duas 
pessoas –, é possível perceber como somente as frases que também consti tuem 
orações podem ser retiradas desse contexto e, ainda assim, prestar-se a uma análise 
sintática de seus constituintes (podem “sobreviver”, independentemente da situação). 
Conclui-se, então, que toda oração pode ser frase, mas nem toda frase pode ser 
oração. Convencionou-se chamar de período, por sua vez, todo enunciado quese 
comportar como oração, podendo ser simples ou composto, no caso de apresentar, 
respectivamente, uma ou mais orações. Para simplicidade de localização em um texto 
escrito, todo período é delimitado graficamente por uma palavra iniciada por letra 
maiúscula e um sinal de pontuação final, como pontofinal, interrogação, exclamação 
e reticências. Temos, assim, no exemplo acima,umperíodo simples (Você vai ao 
baile?) e um período composto (Eu vou porque sou um ótimo bailarino.) 
 
a. A Estrutura Sintagmática do Português 
 
Quando nos referimos à hierarquia gramatical de unidades linguísticas 
(morfema → palavra → sintagma → oração → texto), observamos que os constituintes 
imediatos das orações são os sintagmas e não as palavras. Na condição de palavra, 
a unidade linguística presta-se a uma análise de seus constituintes estruturais (os 
morfemas dependentes, ou seja, radical, desinências, prefixos etc.) e aceita apenas 
denominações quanto à sua classificação gramatical. A palavra leão, por exemplo, 
 
8 
está dicionarizada como substantivo masculino e é esse o seu status quando vista ou 
analisada em uma perspectiva “vertical”. Essa mesma palavra, porém, assume o 
status de sintagma quando, no eixo horizontal, relaciona-se, combina-se comoutra 
palavra ou com outro sintagma, sob uma perspectiva de análise na “horizontal”. Nesse 
momento, a palavra leão assume uma identidade que passa a ser também sintática, 
dependendo de sua posição no eixo sintagmático e das relações que possa 
estabelecer com outros sintagmas. 
Em sentido amplo, todo sintagma é a construção que resulta da articulação de 
pelo menos duas unidades linguísticas, em qualquer nível de análise. Esse conceito 
segue, ainda, o pioneirismo linguístico de Saussure para quem sintagma é a 
combinação de formas mínimas em unidade linguisticamente superior. 
 
Desse conceito inicial, pode-se inferir que uma palavra, por exemplo, também 
é um sintagma (lexical, no caso), uma vez que resulta da articulação entre duas 
formas mínimas hierarquicamente inferiores (um radical + uma desinência, por 
exemplo). Da mesma maneira, um sintagma oracional seria o resultado da 
combinação entre duas formas anteriores: um sujeito (um sintagma nominal) e um 
predicado (um sintagma verbal). Todavia, restringiremos, em nosso estudo, esse 
conceito a uma perspectiva que reflete melhor o uso da língua pelo falante. Para 
isso, consideraremossintagma toda construção sintática que constitua um “bloco” 
significativo ou funcional que pode “mover-se” no eixo horizontal. Esse “bloco” é 
formado a partir de uma ou mais unidades linguísticas do nível imediatamente 
inferior, ou seja, por palavra: 
 
 pertencente ao arquivo aberto: como telefone; ƒ 
 substitutiva: como ele; ƒ 
 combinada com outra(s) do arquivo fechado ou do arquivo aberto: como meu 
telefone/meu telefone vermelho. 
 SAIBA MAIS: 
Saussure Ferdinand de Saussure (Genebra, 26 de novembro de 1857 — 
Morges, 22 de fevereiro de 1913) foi um linguista e filósofo suíço, cujas 
elaborações teóricas propiciaram o desenvolvimento da linguística 
enquanto ciência autônoma. 
 
9 
Os sintagmas estruturam-se mediante os mais diversos arranjos e 
combinações, segundo as leis sintáticas da língua e/ou a intenção do falante. Confira 
como os sintagmas do quadro a seguir (à direita) são formados só pelo núcleo 
significativo (palavra à esquerda) ou por ele e palavras circundantes, como 
determinantes e/ou modificadores/intensificadores: 
 
 
 
Tabela 1 
 
São essas unidades uninucleares ou grupais que contraem entre si diferentes 
posicionamentos sintagmáticos e, dessa forma, desempenhamas chamadas funções 
sintáticas. Dito de outra maneira, as funções sintáticas originam-se das posições e 
das relações que os diferentes tipos de sintagma assumem entre si em uma oração. 
Percebe-se facilmente que o falante da língua não processa qualquer 
enunciado sílaba por sílaba, ou palavra por palavra, seja falando, lendo ou 
escrevendo. Se alguém, por exemplo, fizesse um ditado sílaba por sílaba ou palavra 
por palavra para outra pessoa, esta não compreenderia de imediato o significado 
global do que foi ditado. O ouvinte precisaria reorganizar essas unidades para formar 
unidades superiores a sílabas e superiores a palavras a fim de apreendero significado 
integral do que foi ditado. Isso ocorre porque o falante da língua “sabe” intuitivamente 
que os verdadeiros constituintes da oração são os sintagmas. Veja os exemplos: 
 
Aqueles passarinhos + fizeram seus ninhos em um galho de árvore ou 
Aqueles passarinhos fizeram + seus ninhos + em um galho de árvore ou 
Aqueles passarinhos + fizeram + seus ninhos + em um galho de árvore 
 
O que acontece com qualquer falante da língua, ao processar enunciados 
escritos, é que ele o faz “dividindo” esses enunciados em blocos significativos que 
 
10 
podem, inclusive, mudar de posição no eixo sintagmático. São esses blocos (ou “as 
combinações de unidades linguísticas de nível inferior”) que constituem o que 
chamamos de sintagma. 
Vejamos o que ocorre com a mesma oração-exemplo, se tomarmos, deuma 
forma prática e fácil, o verbo como ponto de apoio e fizermos este tipo de 
segmentação: 
 
 
Figura 1 
 
Poderíamos ter as seguintes possibilidades de reorganização desses blocos 
(sempre tomando o verbo como ponto de apoio): 
 
3 + 2 + V + 1; ƒ 
3 + V + 2 + 1; ƒ 
V + 3 + 2 + 1; ƒ 
2 + 1 + 3 + V etc 
Dessa maneira, é possível concluir que a construção do exemplo acima tem 
três sintagmas que se movem no eixo horizontal, em função de um ponto de apoio – 
o verbo –, ocupando as posições mais variadas possíveis e propiciando ordens ou 
“arranjos” de leitura em um número muito grande de possibilidades. Observe também 
que alguns desses arranjos (2 + 1 + 3 + V, por exemplo) “soam” muito mal aos ouvidos 
do falante, dificultando, até mesmo, o entendimento do enunciado. Isso significa que 
existem arranjos sintagmáticos mais próximos ou mais distantes de certo padrão 
linguístico em uso, o que resulta em uma maior ou menor familiaridade para o falante. 
É issoque chamamos de força das leis sintáticas em uma língua. O português também 
tem as suas e, adiante, veremos qual é esse padrão de construção de frases em nosso 
idioma. Tomemos outro período simples: 
 
Em certos dias enevoados, o sol de verão parece ficar muito fraco. 
 
 
11 
No exemplo acima, destacando-se outra vez o núcleo verbal como referência, 
teríamos dois sintagmas anteriores a ele: 
 
 em certos dias enevoados 
 o sol de verão 
 e um posterior a ele: 
 muito fraco 
 
Os sintagmas organizam-se em torno de um elemento fundamental, aoqual 
chamamos núcleo. Assim, o sintagma o sol de verão tem por núcleo o substantivo sol, 
e o sintagma muito fraco tem por núcleo o adjetivo fraco. Por isso, dizemos que o sol 
de verão é um sintagma nominal, pois tem como base ou núcleo uma palavra 
substantiva, e que muito fraco é um sintagma adjetival, pois sua base nuclear é um 
adjetivo. Já o sintagma em certos dias enevoados tem uma configuração diferente: 
em + certos dias enevoados, ou seja, é formado por uma preposição e um sintagma 
nominal. Esse é o caso dos sintagmas preposicionados(SP), que poderiam ser 
representados pela seguinte fórmula: SP = preposição + SN. Assim, é possível 
perceber que, na frase abaixo: 
 
Figura 2 
 
Também existe um SP, formadopela estrutura em + um galho de árvore. 
 
1.1.1 Tipos de Sintagmas 
 
Para observar como se constroem frases/orações na Língua Portuguesa e 
entender o que são funções sintáticas, é necessário antes analisar melhor a estrutura 
dos sintagmas, ao menos daqueles que nos interessam para este estudo. O sintagma 
nominal (SN) é uma unidade significativa da oração que sempre terá como núcleo 
uma palavra de natureza (ou base) morfológica substantiva, podendo esse núcleo vir 
circundado por determinantes e/ou modificadores nominais. 
 
12 
 
 
As possibilidades de combinações são infinitas: 
 
 
Figura 3 
 
Com o núcleo substantivo anel, poderíamos construir, por exemplo, os seguintes 
sintagmas nominais: 
este meu anel de ouro branco 
aquele dourado anel caro demais 
nenhum anel com gravação dourada 
este meu anel com gravação dourada 
 
Observe como os modificadores do núcleo substantivo de um sintagma nominal 
podem ser, eles mesmos, um sintagma adjetival (caro demais) ou um sintagma 
preposicionado (de ouro branco, com gravação dourada). O sintagma adjetival (SA) 
tem como núcleo um adjetivo que, da mesma forma como ocorre com o sintagma 
nominal, pode ser constituído apenas por esse adjetivo ou circundado por outros 
elementos, como advérbios intensificadores (A), modificadores adverbiais (B) ou 
sintagmas preposicionados (C). Observe, respectivamente: 
A) Estes anéis são caros demais. (adj. + intens.) 
B) Ela se mostrou surpreendentemente honesta. (modif. adv. + adj.) 
C) Andar pode ser favorável à saúde. (adj. + sintag. prepos.) 
O sintagma preposicionado (SP), como já dito, constitui-se de preposição + sintagma 
nominal. Esse tipo de sintagma pode articular-se a um: 
 
 substantivo – como [sol de verão], ƒ 
 adjetivo – como [favorável à saúde], ƒ 
 MODIFICADORES NOMINAIS: 
 
Na falta desses elementos circundantes, o núcleo sozinho constituirá 
o sintagma, desde que seja uma palavra substantiva ou 
substantivada, como ele, nós, alguém, tudo, quem, (o) cantar etc. 
 
 
13 
 verbo – como [preciso de ajuda 
 
Veja mais estes exemplos: 
A) Os pássaros de topetes azuis constroem seus ninhos no alto das montanhas. 
B) Os cidadãos honestos precisam do auxílio da polícia. 
Na verdade, em (B) temos dois sintagmas preposicionados: 
I. de topetes azuis (que se articula a pássaros) 
II. no alto das montanhas (que se articula ao verbo constroem) 
 
Internamente ao sintagma (II), temos um outro SP: 
 das montanhas (formado por de + as montanhas e articulado ao termo anterior 
alto) 
 
Em (B), temos um primeiro SP do auxílio da polícia(de + auxílio da polícia) e, 
internamente a este, da polícia (de + a polícia). 
 
Um sintagma adverbial, por sua vez, é aquele cujo núcleo é um advérbio, 
ainda que essa nomenclatura geralmente não seja usada. Sintagmas com advérbio 
nuclear podem sozinhos constituir o sintagma ou vir acompanhados por um 
intensificador ou um modificador. Formam-se, portanto, de modo semelhante aos 
sintagmas adjetivais. 
Funções adverbiais (como modificadores circunstanciais) também são 
costumeiramente exercidas pelos sintagmas preposicionados, uma vez que 
apresentam as mesmas características morfossintáticas e, inclusive, semânticas de 
um advérbio. Perceba a perfeita correspondência que há em: 
 
(A) A chuva cai cedo. 
(B) A chuva cai de manhã. 
(C) A chuva cai à mesma hora. 
 
Finalmente, falta comentarmos o sintagma verbal, que é um dos elemen-tos 
básicos da oração. Esse tipo de sintagma tem o verbo ou a locução verbal como 
núcleo, podendo constituir-se apenas por esse núcleo ou apresentar diversas 
 
14 
configurações, quando acompanhado de outros tipos de sintagmas. É o que temos a 
seguir: 
 
(A) As crianças adormeceram. 
(B) O professor perdeu as provas dos alunos. 
(C) Todos podem precisar de mais dinheiro. 
(D) Os amigos enviaram condolências à família. 
 
De todos os sintagmas descritos, percebe-se que apenas o verbal nãopode 
deixar de figurar em uma oração e, no eixo sintagmático, vai exercer sempre a mesma 
função, a de predicado. Os demais tipos de sintagma poderão exercer funções 
diversas, dependendo das relações que desempenharementre si e das posições que 
ocuparem na linha horizontal. Apenas o sintagma adverbial, com núcleo advérbio, terá 
também uma função sintática fixa: a de adjunto adverbial. 
 
 
6. ESTUDO DOS TERMOS DA ORAÇÃO (PERÍODO SIMPLES) 
 
Já vimos que os enunciados de um texto qualquer podem ser organizados 
sob a forma de períodos simples ou compostos, desde que apresentem, 
respectivamente, uma única oração ou mais de uma. Quando o período é composto, 
haverá também uma relação sintática entre suas orações constituintes. Essa relação 
pode ser de simples superposição, uma oração após a outra, sem nenhuma 
dependência sintática entre elas, como em (A), ou com variados tipos de 
dependência, como em (B): 
 
(A) Casais passeiam de mãos dadas,/ crianças jogam bola no gramado,/ o sol de 
outono brilha sonolento. 
(B) As crianças pediam/ que os pais as acompanhassem ao parque,/ porque 
ainda não tinham idade para isso. 
A esses dois mecanismos básicos de relação sintática que ocorrem em 
períodos compostos damos os nomes de coordenação e de subordinação, 
respectivamente.O que nos importa, no momento, são as relações sintáticas que 
ocorrem nos períodos simples (ou nas orações que compõem os períodos 
 
15 
compostos,isoladamente apreendidas). Tais relações ocorrem entre os diversos 
sintagmas que constituem essas orações, tendo o verbo como centro ou elemento 
fundamental dessa construção. Se toda oração deve necessariamente apresentar um 
sintagma verbal comoseu constituinte obrigatório, o mesmo não se pode dizer de outro 
constituinte, este de natureza gramatical e não meramente semântica: o sujeito. O 
sujeito de uma oração é uma noção gramatical – uma função sintática – que está muito 
além de ser entendida de uma maneira apenas ou predominantemente semântica, 
como tem ocorrido. 
Façamos de início, alguns comentários a respeito do que se costuma afirmar 
sobre sujeito da oração, para, depois, analisarmos melhor esse importante dispositivo 
sintático. Primeiramente, considerá-lo termo essencial da oração já apresenta uma 
série de exceções, pois, como se sabe, há inúmeros casos de orações sem sujeito 
em português: 
 
 
(83) Chove demais no outono. 
(84) Está fazendo muito calor nesta cidade. 
(85) Não houve comida suficiente para os convidados. 
(86) São sete horas da manhã. 
 
Nesses exemplos, e também em (90) e (91), a posição de um sujeito “quenão 
existe” seria apenas, gramaticalmente, uma ausência significativa – se quisermos 
definir oração como SN + SV, isto é, um sintagma nominal seguido de um sintagma 
verbal: 
Tabela 1 
 
 
Dizer também que sujeito da oração é o termo sobre o qual se afirma ou se 
declara algo pode até significar que, de (83) a (86), não se declara coisa alguma, visto 
que não há termo ao qual a declaração seja dirigida ou que se afirma algo sobre o 
 
16 
tempo, sobre a comida ou sobre as horas. Em (88), meus dois anéis seria sujeito, pois 
se afirma que são “de prata”, mas o cofre também seria, pois se afirma que ele “fica 
na sala” (!). Obviamente, esses comentários não são nada pertinentes, mas, em 
função de um conceito baseado em interpretação ou considerações subjetivas, o que 
impede que sejam feitos? 
Da mesma forma, há quem diga que sujeito é aquele que pratica a ação 
expressapelo verbo, o que, em uma oração como (92), pode levar o pobre usuário da 
língua à loucura, pois o sujeito o garotinho não pratica ação nenhuma, ou pode fazê -
lo perguntar por que (93) não teria sujeito, uma vez que o verbo não expressa ação 
(somente orações construídas com verbos que indicam ação teriam sujeito?): 
(92) O garotinho apanhava demais dos amiguinhos. (93) O pobre cãozinho 
estava sonolento. 
Perceba como essas tentativas tradicionais de caracterizar o sujeito da oração 
são baseadas em considerações de natureza semântica, isto é, na necessidade de 
saber o significado (subjetivamente oscilante) do que seria essencial, do que é 
declarar, do que é ação. Também de uma forma subjetiva, seria impossível entender 
por que em uma oração como alguém quebrou o vaso o sujeito não é indeterminado 
e por que em quebraram o vaso o sujeito é indeterminado e não oculto. 
Há que se comentar também um último expediente, ainda muito usadoem livros 
didáticos: para descobrir o sujeito, pergunte “quem?” ou “o quê?” para o verbo da 
oração. Entre outras falhas, esse mecanismo “prático” só funciona quando o sujeito 
da oração é tão óbvio que a pergunta nem precisaria ser feita. Além disso, o método 
leva a confusões fatais, pois, para descobrir o objeto direto da oração, também se 
aconselha perguntar “o quê?” ao verbo (!). Observe: 
 
(94) Caíram do varal as roupas estendidas. 
 
Deveríamos perguntar “o que caiu?” ou “caiu o quê?”. Não deveríamos 
terperguntado “quem?” para descobrir o sujeito? E estendidas faz ou não parte do 
sujeito? Ou faz parte do objeto direto? Se eu já souber, de antemão, que devo fazer a 
pergunta com “quem?“ ou com “o quê?”, é porque já sei, também de antemão, qual é 
o sujeito e, portanto, a pergunta se torna inútil. 
É necessário estudar o sujeito da oração além de uma definição semântica, 
examinando-o primeiro sob uma perspectiva predominantemente morfossintática, 
 
17 
quando se observam sua base morfológica e sua função no eixo sintagmático. Após 
identificar o sujeito é que se poderiam tecer considerações quanto a “o que ele 
significa” em um contexto textual. As orações em português organizam-se, como já 
mencionamos, mediante uma disposição dos sintagmas na cadeia falada que 
obedece a um determinado padrão de construção, que podemos agora chamar de 
padrão sintático de construção: 
 
S V C 
em que S = sujeito; V = verbo e C = complemento. 
 
Isso significa que a posição S, quando preenchida, será ocupada por um 
determinado tipo de sintagma e que a soma V + C (o predicado ou o sintagma verbal) 
será representada por determinado tipo de verbo, que poderá ser acompanhado de 
certo tipo de complemento (obrigatório ou não). A posição C, por sua vez, também 
poderá ser representada por um tipo de sintagma com certas características próprias. 
Quando a posição S não for ou não puder ser preenchida, a oração se constituirá 
apenas do predicado (um V sozinho ou um V + C). Observe: 
Tabela 2 
 
 
Temos, de (95) a (97), um SVC completo, com a posição C sendo representada 
por um complemento obrigatório em (95) e (96). Em (97), há dois complementos 
obrigatórios na posição C e, em (98), um complemento não obrigatório. A posição S 
fica vazia em (99) e (100). Esses modelos de construções podem ser expandidos ou 
transformados deincontáveis maneiras, inclusive rearranjados em outra ordem: são 
as inúmeras possibilidades de se expressar uma ideia em Língua Portuguesa, por 
meio de enunciados mais simples ou mais complexos. O que pretendemos 
demonstrar é como funcionam esses modelos básicos e quais são as peculiaridades 
 
18 
morfossintáticas dos verbos e dos sintagmas que estiverem constituindo cada um 
desses modelos. 
 
a. Estudo do Sujeito da Oração 
Para uma boa análise sintática, é imprescindível que você conheça bem todos 
os elementos que compõem a oração. O sujeito é um desses elementos e está entre 
os mais importantes da oração, já que é responsável por realizar ou sofrer uma ação 
verbal, designando o ser a respeito do qual se declara alguma coisa. Pode ser 
classificado como sujeito determinado simples, sujeito determinado composto, sujeito 
determinado elíptico (oculto ou desinencial) e sujeito indeterminado. Antes de 
partirmos para a explicação sobre cada um deles, vamos falar um pouco sobre o 
núcleo do sujeito. 
 
 
 
1.1.2 Núcleo Do Sujeito 
 
 
O núcleo do sujeito é a palavra principal que forma o sujeito, isso porque ele pode ser 
composto por vários termos, entretanto, sempre haverá um mais importante. Observe 
o exemplo: 
 
Os alunos da Escola Mario Quintana ganharam a medalha de ouro da olimpíadade 
matemática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
7. TIPOS DE SUJEITO 
 
Os tipos de sujeito se classificam em cinco categorias: simples, composto, 
indeterminado, oculto e oração sem sujeito. 
Analise o exemplo a seguir: 
Pedro é um bom garoto. 
Neste caso, temos: 
Sujeito:Pedro 
Predicado: é um bom garoto 
Dessa forma, temos que o sujeito é o termo sobre o qual informamos algo 
(Pedro), e predicado é o termo que informa algo sobre o sujeito (é um bom garoto). 
 
a. Classificação do Sujeito 
 
Sujeito simples 
Denominamos de sujeito simples aquele que possui somente um núcleo. E você sabe 
o que é o núcleo? 
Quando falamos “núcleo”, logo pensamos em “centro”. Então, o núcleo do sujeito é a 
palavra mais importante que existe dentro do sujeito, ou seja, se ela for retirada, a 
informação ficará sem sentido. Assim, veja o exemplo: 
 
Pedro é um bom garoto. 
 
Nesse caso temos um sujeito simples, cujo núcleo (a palavra de maior valor) é Pedro. 
 
Sujeito composto 
É aquele que possui mais de um núcleo, isto é, ele pode ter dois, três, ou até mais 
núcleos. Observe o exemplo, que tão logo entenderá: 
 
Eu e meus amigos fomos ao cinema. 
 
Percebemos que há dois núcleos nessa oração (eu e meus amigos). 
 
20 
 
Sujeito oculto 
Como o próprio nome já nos indica, o sujeito oculto é aquele que não está claro, 
aparente, na oração. Mas será que podemos identificá-lo por meio de uma outra 
pista?Primeiro, vamos ao exemplo: 
 
Acordei feliz. 
 
Constatamos que a terminação do verbo acordar (acordei) se refere à primeira pessoa 
do singular (no caso, “eu”) do pretérito perfeito do modo indicativo. 
Sendo assim, mesmo que o sujeito não esteja expresso, podemos percebê-lo por 
meio da terminação verbal, ou seja, assim identificamos a qual pessoa ele faz 
referência. 
 
Sujeito indeterminado 
Mais uma vez estamos diante de um sujeito que também não aparece de 
forma clara, e ele somente se relaciona a dois casos específicos. 
 
Quando o verbo está na terceira pessoa do plural e não se refere a nenhuma 
palavra já mencionada na oração: 
 
Estudaram para as avaliações. (quem? – eles) 
 
Agora, perceba este outro caso: 
 
Os alunos mostraram que são aplicados. Estudaram para as avaliações. 
Será que o sujeito é o mesmo do anterior? 
 
Certamente que não, pois o verbo estudar agora está se referindo a um 
sujeito que já existe, que no caso é “os alunos”. 
 
 
 
 
 
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Oração sem sujeito ou sujeito inexistente 
 
Esse tipo é assim denominado pelo fato de o predicado não fazer referência a nenhum 
tipo de sujeito. Outra questão é que ele está relacionado a alguns casos específicos, 
aos quais devemos ficar atentos. Perceba quais são eles: 
 Quando o verbo da oração indicar fenômeno da natureza, como por exemplo: 
chover, trovejar, relampejar, nevar, entre outros. 
Choveu muito ontem. 
Trovejou bastante. 
 Quando o verbo “haver” indicar ideia de existir ou quando indicar a noção de 
um tempo que já se passou. Para ficar ainda mais claro, vejamos alguns casos: 
Há garotos jogando no pátio. (Existem garotos jogando no pátio) 
Há dois meses não visito meus avós. (dois meses já se passaram) 
 No caso dos verbos “fazer” e “estar” quando indicarem tempo ou clima. Vamos 
ver? 
Faz alguns anos que me mudei daquela cidade. (passaram-se alguns anos que 
não moro mais lá) 
Está frio hoje. (clima) 
 Com o verbo “ser” indicando data, hora e distância. Veja: 
São dez de outubro. (data) 
São duas horas. (hora) 
São quatro quilômetros daqui até lá. (distância) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. REFERÊNCIAS 
 
ALI, M. S. Gramática histórica da língua portuguesa. 7.ed. Rio de Janeiro: 
Melhoramentos, 1971. 
 
SILVA, R. V. M. O português arcaico: morfologia e sintaxe. São Paulo/Salvador: 
Contexto/ Editora da Universidade Federal da Bahia, 1994. 
 
RITONDALE, C. A. Português: sintaxe avançada – curso prático. Joinville: Clube 
dos Autores, 2009.

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