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1 
 
AVALIAÇÃO OBJETIVA DA DEGLUTIÇÃO-
VIDEOENDOSCOPIA/ VIDEOFLUOROSCOPIA DA 
DEGLUTIÇÃO 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-
sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação 
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos 
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2.CONCEITOS IMPORTANTES DE AVALIAÇÃO ............................................. 8 
2.1 Anamnese ................................................................................................. 9 
2.2 Avaliação da disfagia .............................................................................. 10 
2.3 Classificação da Disfagia ........................................................................ 15 
2.4 Consequências da Disfagia .................................................................... 17 
3. A VIDEOENDOSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO .............................................. 17 
2.1 Avaliação Endoscópica da Deglutição (FEES) ....................................... 18 
2.2 Protocolo de realização .......................................................................... 19 
4. VIDEOFLUOROSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO ............................................ 21 
4.1 Como funciona o Exame ......................................................................... 22 
4.2 Tópicos a serem considerados ............................................................... 24 
4.3 Técnicas em Videofluoroscopia ....................................................... 26 
4.3.1 O protocolo de Logemann ................................................................ 26 
4.3.2 O protocolo de Costa ....................................................................... 28 
4.3.4 Resultados ....................................................................................... 30 
5. CONCLUSÃO ........................................................................................... 31 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A deglutição é um fenômeno extremamente complexo e dinâmico, cons-
tituído de uma série de movimentos rápidos e integrados, poucos dos quais po-
dem ser observados diretamente. Divide-se em fase oral, fase faríngea e fase 
esofagogástrica e é definida como o processo pelo qual o alimento é preparado, 
organizado e ejetado da cavidade oral através da faringe e do esôfago, atingindo 
o estômago. Disfagia é a presença de algum fator que impeça ou atrapalhe a 
deglutição, uma função vital para o ser humano e deve ocorrer de forma segura 
e confortável para o paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Parece um processo simples para as pessoas saudáveis, mas é extre-
mamente complexo, requerendo uma sincronização precisa com a respiração, 
uma vez que compartilham de estrutura que serve às duas funções: a faringe. 
O ato de deglutir envolve mais de 20 músculos de boca, faringe, laringe 
e esôfago, que são controlados por áreas corticais e pelo centro da deglutição, 
no bulbo (tronco cerebral). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
A deglutição é dividida em 3 fases: oral, faríngea e esofágica. Cada fase 
deve ser avaliada também isoladamente, com parâmetros específicos. Alguns 
autores consideram ainda a fase preparatória ou fase pré-oral. 
A 1ª fase ou fase oral é em sua maior parte voluntária, envolvendo a 
mastigação e a projeção do bolo alimentar para a faringe pela língua. A saliva-
ção, que também começa a ocorrer antes da chegada do alimento, vai umidificar 
e lubrificar a boca para facilitar a formação e descida do alimento para a faringe. 
A 2ª fase ou faríngea é a fase mais curta, entretanto a mais importante, 
onde ocorre a elevação da laringe, reversão da epiglote, adução ou fechamento 
glótico e relaxamento do esfincter esofagiano superior para entrada do alimento 
no esôfago, entrando na 3ª fase da deglutição, totalmente involuntária. 
 
Doenças neurológicas, inflamatórias e neoplásicas são as principais 
causas de disfagia. O fator emocional também deve ser considerado associado 
a qualquer patologia ou isoladamente no diagnóstico de exclusão. 
Os sintomas mais frequentes de um paciente disfágico são engasgos 
frequentes ao se alimentar, que pode ocorrer com um tipo específico de alimento 
ou com várias consistências. Podem ser relatados “entalos”, sensação de ali-
mento parado na garganta, sufocamento e tosse durante ou após a alimentação, 
além de perda de peso sem explicação, uma vez que a quantidade ingerida fre-
quentemente diminui. A disfagia pode também levar à desidratação, desnutrição 
e o mais grave: pneumonias de repetição. 
 
 
 
7 
A infecção respiratória no paciente com distúrbio de deglutição ocorre 
devido à penetração do alimento na laringe, seguida de aspiração traqueal e 
brônquica, levando a quadros repetidos de pneumonia, piora do estado geral, 
internações e até prolongamento no tempo hospitalar, caso não se restabeleça 
logo uma forma segura de alimentação, principalmente em idosos e pacientes 
com doenças neurológicas, como acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo 
cranioencefálico (TCE) ou doença de Parkinson. 
O diagnóstico da disfagia é baseado na história clínica e em exame de 
imagem dinâmica, como na videoendoscopia da deglutição ou no videodegluto-
grama (videofluororscopia). 
O exame considerado “padrão ouro” é o videodeglutograma, pois pode 
avaliar todas as fases da deglutição, embora ele tenha limitações, como deslo-
camento do paciente e exposição à radiação. 
Outra alternativa muito útil e com uma série de vantagens, como realiza-
ção do exame em consultório, à beira do leito ou em domicílio é a Videoendos-
copia da deglutição. Como não tem exposição à radiação, pode ser realizada 
quantas vezes forem necessárias. Além disso este último permite uma visão di-
reta da faringe no momento da deglutição, embora avalie indiretamente as fases 
oral e esofágica. 
O tratamento da disfagia se baseia na sua etiologia e, sempre quando 
necessário e possível, na avaliação e terapia fonoaudiológica, na tentativa de 
preservar e melhorar a via oral, de forma segura e eficiente, sem risco de bron-
coaspiração. A fonoterapia tem papel fundamental na reabilitação do paciente 
disfágico, não apenas para manter a via oral exclusiva, como também permitir 
que o paciente continue satisfazendo seu paladar mesmo de forma total ou par-
cial , quando precisa utilizar vias alternativas para se alimentar como uma sonda 
nasoenteral ou sonda gástrica (gastrostomia), melhorando a qualidade de vida. 
Os métodos mais utilizados para o diagnóstico das disfagias são a ava-
liação clínica e os examesobjetivos, como a videoendoscopia e a videofluoros-
copia da deglutição . A videoendoscopia da deglutição (VED) apresenta resulta-
dos comparáveis à videofluoroscopia, sendo um método de fácil realização, 
baixo custo, sem exposição à radiação, podendo ser realizado ao lado do leito 
do paciente; não oferece riscos ao indivíduo, na maioria dos casos, podendo ser 
 
 
 
8 
repetido diversas vezes para a observação do sucesso da terapia fonoaudioló-
gica. O exame consiste em uma nasofibrolaringoscopia tradicional com o ofere-
cimento de alimentos tingidos com corantes, possibilitando uma visualização da 
dinâmica da deglutição, especialmente em sua fase faríngea, cuja grande impor-
tância está na presença do caminho concomitante entre as vias respiratória e 
digestiva. A realização da VED fornece subsídios para a implementação de es-
tratégias compensatórias apropriadas, tais como: a determinação das consistên-
cias alimentares e das manobras facilitadoras a serem utilizadas, que contribuem 
para a redução e/ou eliminação do risco de penetração laríngea e/ou aspiração 
traqueal. O objetivo deste estudo foi descrever os principais achados da video-
endoscopia da deglutição em adultos com diagnóstico de disfagia orofaríngea 
neurogênica. 
 
2.CONCEITOS IMPORTANTES DE AVALIAÇÃO 
 
Primeiramente é necessário o conhecimento de que a quase totalidade 
dos pacientes apresentarão queixa de disfagia como sintoma predominante. 
Cabe ao otorrinolaringologista avaliar se trata-se de disfagia verdadeiramente, 
se a mesma é orofaríngea ou esofágica e avaliar as possíveis etiologias correla-
cionadas, bem como as repercussões clínicas da mesma. A disfagia orofarín-
gea, apresenta alguns aspectos particulares: presença de déficits neurológicos 
frequentes que prejudicam a anamnese, ocorrência de disfagia orofaríngea ge-
ralmente em um contexto de parte de uma doença sistêmica e a ausência de 
deformidades estruturais na maioria dos casos, caracterizando na maioria das 
vezes uma deficiência funcional e não anatômica. Devemos ter em mente então 
sempre a avaliação global do paciente, sendo necessário a caracterização do 
sintoma, a pesquisa de doenças sistêmicas, a exclusão de causas anatômicas 
obstrutivas, a avaliação da nutrição, hidratação e, principalmente, do risco de 
aspiração pulmonar de cada paciente individualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
2.1 Anamnese 
 
A anamnese, enquanto documento de registo singular e pessoal de cada 
indivíduo, constitui um instrumento fundamental do diagnóstico, dado o conjunto 
de informações que se poderão recolher e registar e, posteriormente, analisar. 
Assim, a anamnese do “Protocolo de Videoendoscopia da Deglutição” não foi 
criada aleatoriamente, incluindo a descrição das caraterísticas ou manifestação 
da doença ou queixa a que o mesmo se prepõe analisar, neste caso, a deglutição 
Disfagia pode ser resumida como a dificuldade na deglutição. Na sua caracteri-
zação os fatores mais 
importantes a serem 
esclarecidos são a que 
tipo de alimento 
ocorre, tempo de dura-
ção, curso e sintomas 
associados. Disfagia 
somente para sólidos 
geralmente indica le-
sões estruturais, po-
rém sendo de pe-
queno valor para diferenciar a disfagia orofaríngea da esofágica. O tempo de 
duração auxilia na diferenciação entre processos benignos e malignos, sendo os 
últimos caracteristicamente de evolução rápida e com curso progressivo, de difi-
culdade para deglutir sólidos para dificuldade para deglutir líquidos. Sensação 
de parada do alimento na região cervical geralmente indica disfagia faríngea, 
porém obstrução esofágica distal pode manifestar-se com o mesmo sintoma em 
até 30% das vezes. A odinofagia pode representar causas neoplásicas, infecci-
osas ou inflamatórias. Uma história médica pregressa e um inventário das medi-
cações utilizadas são de suma importância, visto ser a disfagia na maioria das 
vezes uma desordem sistêmica e que medicações com efeitos anticolinérgicos, 
neurolépticos e quaisquer medicações que causem miopatias (ex. hipolipemian-
tes-estatinas) podem causar ou piorar a disfagia. Os principais sintomas associ-
ados com doenças sistêmicas selecionadas se encontram na tabela. 
 
 
 
 
10 
2.2 Avaliação da disfagia 
 
A disfagia tem graves repercussões no estado de saúde da pessoa 
acometida pela mesma. Desta forma, é fulcral que a disfagia seja detectada o 
mais precocemente possível. A avaliação da disfagia é iniciada com a realiza-
ção de uma anamnese minuciosa e detalhada das caraterísticas ou manifesta-
ções da doença ou queixa do paciente. Em seguida, é realizada uma avaliação 
clínica que tem como objetivos: identificar as possíveis causas de disfagia e 
avaliar a segurança da deglutição ou risco de aspiração, decidir a via de ali-
mentação e esclarecer sobre a necessidade de uma avaliação instrumental/ob-
jetiva.
 
Alguns hospitais possuem instrumentos como screenings para detetar pacien-
tes com disfagia precocemente e encaminhá-los para uma avaliação por tera-
pia da fala. Esses instrumentos são concebidos para a identificação de uma 
doença ou fator de risco não reconhecido, por meio da história clínica, do 
exame físico, de um exame laboratorial ou de outro procedimento que possa 
ser aplicado rapidamente. Quando identificado por meio de um instrumento de 
 
 
 
11 
rastreio, o paciente deve ser encaminhado, realizando a avaliação clínica com-
plementada, quando necessário, por exames objetivos. A avaliação clínica, 
normalmente, é realizada pelo terapeuta da fala e inclui a observação da deglu-
tição aquando da ingestão de alimentos de diferentes consistências. Geral-
mente, também inclui a recolha de informações acerca das dificuldades de de-
glutição, revisão da história médica, observação do estado clínico atual, avalia-
ção da fala, voz e estruturas orofaciais. Os resultados desta avaliação poderão 
determinar a necessidade de realizar uma avaliação instrumental. 
Existem várias formas de monitorizar os padrões de dismotilidade da 
orofaringe secundários a doença neurológica. A avaliação clínica (invasiva ou 
não-invasiva) tem sempre como objetivos detectar a presença de disfagia, ca-
racterizar a sua gravidade, determinar as causas, planear a reabilitação e aferir 
os resultados do tratamento. 
 
Importa ter em conta que esta lista de testes disponíveis não é exaus-
tiva, e pode ser necessário o recurso a outros, especialmente se forem identifi-
cados achados de relevo durante a avaliação inicial. 
A avaliação clínica não-invasiva baseia-se na anamnese e exame físico 
dirigidos aos problemas da deglutição, na avaliação da anatomia e na funciona-
lidade, sensibilidade e reflexos e, por último, no teste da ingestão oral. 
 
Relativamente à anamnese e exame físico, sendo o primeiro passo da 
abordagem ao doente, inclui: 
 
a) idade do doente; 
 b) estado geral; 
c) diagnóstico neurológico; 
 d) características da respiração; 
e) estado de consciência e condições neuropsicológicas; 
f) capacidade de comunicação; 
g) hábitos alimentares; 
 h) qualidade da fonação e da articulação do discurso; 
 i) presença de hipersalivação; 
 j) duração da refeição; e 
 
 
 
12 
k) condição social. (Os autores abordam nesta ordem mas pode ser al-
terado). 
 
A investigação instrumental inclui, principalmente, os exames que utili-
zam a imagem como forma de auxiliar no diagnóstico e monitorização de doen-
ças. Estas abordagens têm vindo a ganhar importância na medicina e contribu-
ído para a elaboração de percursos terapêuticos mais precisos. As técnicas de 
imagens que demonstram detalhes anatómicos e fisiológicos de órgãos e teci-
dos mais utilizados neste sentido são a videofluoroscopia (VDF) e a videoen-
doscopia da deglutição (VED). A VDF é um método que incorpora o estudo do 
sistema digestivo, especialmente, da faringe, esófago e laringe. Assim, fornece 
uma imagem dinâmica da anatomia cervical, fisiologiafaríngea e respetivas 
disfunções, quando existentes. Embora o exame seja fácil de realizar, requer 
treino e experiência. As principais vantagens da videofluoroscopia são: os re-
sultados passíveis de análise posterior, mensuração objetiva em programa 
computadorizado e a possibilidade de análise precisa e imediata da deglutição, 
em diversas posições e com diferentes consistências alimentares. É um mé-
todo não invasivo que permite a avaliação de todas as fases inerentes ao pro-
cesso de deglutição. Dentre as desvantagens estão: a exposição à radiação, 
utilização do contraste de bário, subjetividade na análise pelos examinadores, 
tempo de teste reduzido, omissão de dados do processo de deglutição devido 
ao momento em que o aparelho é desligado para ser realizada as ofertas e a 
impossível realização em doentes acamados. 
A VED avalia a via aerodigestiva superior desde a cavidade nasal até à 
laringe, fornecendo informações sobre a fase faríngea da deglutição, a anato-
mia e fisiologia da faringe e laringe, sensibilidade faringo-laríngea, detecção de 
penetração laríngea e aspiração laringo-traqueal. Este método é de fácil reali-
zação, baixo custo, sem exposição à radiação, podendo ser realizado no leito 
do paciente, não oferece riscos ao indivíduo e, na maioria dos casos, podendo 
ser repetido diversas vezes para a observação do sucesso terapêutico. Além 
disso, pode ser realizada aquando dos momentos de deglutição, observando-
se a faringe e a laringe, inclusive a sensibilidade da última. Entre as desvanta-
gens podemos referir que este é um método invasivo em que o examinador 
 
 
 
13 
tem que inferir penetração/aspiração. Também pode ser referida como desvan-
tagem a presença do efeito “white out” resultante do reflexo da luz nas paredes 
faríngeas em contração, que não permite retirar quaisquer dados, havendo a 
perda de informação. 
 
 
O passo seguinte 
diz respeito à avaliação 
morfodinâmica (ou estrutu-
ral) e engloba (idem): 
I) lábios (abertura, encerra-
mento, insuflação, beijo); 
II) língua (motilidade, protu-
são, e retração); 
III) mandíbula; 
IV) palato (vocaliza-
ção de ah); 
V) laringe (morfologia e mo-
vimentos das cordas vo-
cais, encerramento da 
glote, elevação da laringe); 
e 
VI) controlo muscular 
cefálico. 
 
A sensibilidade é avaliada na região peri-bucal (superficial e profunda), 
nos lábios, boca, língua palato (superficial, profunda e térmica), e avaliam-se os 
reflexos: 
 
 
 
 
 
i) normal (reflexo de vómito, reflexo da tosse); 
 
 
 
14 
ii) patológico (dentada, pontos cardinais, sucção, deglutição); e 
iii) teste da água (avalia as características da voz após a ingestão 
de alguma água – uma voz seca, húmida ou gorgolejante pode 
ocorrer – e é possível avaliar se está presente tosse causada 
por aspiração). 
 
 
 
Avalia-se ainda a função gustativa com estímulos específicos e, por úl-
timo, realiza-se o teste da ingestão oral (avaliação funcional) que avalia a fase 
oral (sucção e mastigação) e a fase faríngea da deglutição, usando líquidos 
(água), semi-líquidos (alimentos liquefeitos) e semissólidos (dieta pastosa). 
Existem inúmeras formas de avaliação de disfagia descritas na literatura inter-
nacional, incluindo formas não-invasivas, com recurso a diversas escalas. Con-
tudo, o número de estudos sobre a validade e fiabilidade das mesmas é es-
casso, por vezes sem estudos randomizados. 
A avaliação da sensibilidade e da motricidade oral permite identificar ca-
racterísticas clínicas da disfagia que incluem: disfonia, disartria, dispraxia, alte-
ração do reflexo de vômito, alteração da tosse voluntária, vedamento labial in-
 
 
 
15 
completo, incoordenação dos movimentos de língua, paresia ou paralisia de lín-
gua, assimetria na mobilidade de palato indicando paresia ou paralisia, lentidão 
no trânsito oral e faríngeo, incoordenação ou ausência de elevação da laringe 
durante a deglutição. Nos casos em que a disfagia tem como origem alguma 
alteração que ocorra na fase oral da deglutição, a avaliação clínica pode ser 
suficiente para o diagnóstico da disfagia, para o planejamento do tratamento e 
para a orientação sobre a alimentação mais segura e sem riscos de aspiração 
para o paciente. A avaliação clínica da deglutição permite definir os distúrbios da 
deglutição decorrentes da fase oral, mas pode apenas inferir os distúrbios da 
fase faríngea ou da fase esofagogástrica, de difícil avaliação clínica. A identifica-
ção da aspiração apenas por avaliação clínica também é difícil porque muitos 
pacientes, apesar de aspirarem, podem não apresentar qualquer sinal de aspi-
ração. Em um estudo comparativo dos dados de pacientes na avaliação clínica 
da deglutição e no estudo videofluoroscópico (Logemann, 1983), aproximada-
mente 40% dos pacientes que aspiraram de forma consistente na videofluoros-
copia não tiveram a aspiração identificada quando avaliados clinicamente. Isto 
ocorre porque, muitas vezes, o paciente não apresenta tosse nem qualquer outro 
sinal de aspiração pois a sensibilidade em faringe pode estar afetada (particular-
mente nos pacientes neurológicos) caracterizando a “disfagia silenciosa” 
 
 
2.3 Classificação da Disfagia 
 
 
De acordo com Gallagher (2011), as disfagias podem ser classificadas 
de três formas. A primeira está relacionada com a fase comprometida. Assim, 
pode classificar se como disfagia orofaríngea e esofágica. A disfagia orofaríngea 
está relacionada com dificuldades na movimentação do bolo alimentar da cavi-
dade oral para a faringe, na sua organização e deglutição. Este tipo de disfagia 
é mais comum em pacientes com Alzheimer, que têm dificuldades no reconhe-
cimento do alimento que se encontra na sua boca e em iniciar a deglutição, e em 
demências vasculares, que apresentam dificuldades na mastigação e na coor-
denação da deglutição, devido aos múltiplos enfartes nos tratos corticobulbares. 
Neste tipo de disfagia podem ser experienciados episódios de tosse, engasgo, 
náusea, regurgitação nasal e/ou dificuldade respiratória por aspiração. A disfagia 
 
 
 
16 
esofágica caracteriza-se pela dificuldade em movimentar o bolo alimentar pelo 
esófago, levando à ocorrência de espasmos esofágicos e regurgitação (Filho et 
al., 2000). Normalmente, este tipo de disfagia está associado a indivíduos com 
refluxo gastroesofágico, diabetes, idade avançada e/ou varizes. As queixas as-
sociadas são a dor ao deglutir (odinofagia), dor torácica, sensação de pressão 
ou compressão durante a passagem do alimento, vómito e regurgitação. 
Classificam a disfagia quanto ao seu grau de severidade em: leve, ligeira 
ou grave. A disfagia leve caracteriza-se por “estase pós deglutição pequena, me-
nos de três tentativas de propulsão para limpeza do bolo, ausência de regurgita-
ção nasal e penetração laríngea”. O indivíduo com este tipo de disfagia pode 
também apresentar alterações no encerramento labial, incoordenação da língua, 
atraso do reflexo de deglutição, ausência de tosse, pequena alteração da eleva-
ção laríngea, sem alteração da qualidade vocal após deglutição e auscultação 
cervical sem alteração. A disfagia moderada é descrita pela presença de “estase 
salivar moderada, maior estase pós-deglutição, mais de três tentativas de pro-
pulsão do bolo, regurgitação nasal, menos sensibilidade laríngea com penetra-
ção, porém sem aspiração laringo-traqueal”. O indivíduo apresenta tosse antes, 
durante ou após a deglutição. A disfagia grave é caracterizada pela “grande es-
tase salivar, acentuação de resíduos pós-deglutição, capacidade de propulsão 
débil ou ausente, regurgitação nasal e aspiração traqueal”. O indivíduo acome-
tido por uma disfagia com este grau de severidade pode também apresentar si-
nais como ausência do reflexo de deglutição, diminuição da mobilidade laríngea, 
auscultação cervical alterada, alteração da qualidade vocal pós-deglutição, de-
glutição incompleta,ausência de tosse e alterações respiratórias evidentes. Por 
último, a disfagia pode ser classificada de acordo com a sua etiologia em: disfa-
gia mecânica, neurogênica, psicogênica ou induzida por drogas. A disfagia me-
cânica provém de alterações estruturais. Assim, ocorre a perda do controlo do 
bolo alimentar e, consequentemente, a capacidade para completar uma degluti-
ção eficaz e segura. O controlo neuronal está preservado. 
A disfagia neurogênica está relacionada com alterações da componente 
sensório motora da deglutição. A disfagia psicogênica decorre de quadros de-
pressivos, ansiosos ou conversivos. A disfagia induzida por drogas resulta da 
toma de medicamentos que possuem como efeito colateral a disfagia. 
 
 
 
 
17 
2.4 Consequências da Disfagia 
 
As consequências da disfagia podem ser muito profundas e, habitual-
mente, têm por base o estado nutricional do indivíduo, a sua hidratação, quali-
dade de vida e capacidade de socialização. Uma das consequências é a aspira-
ção, condição na qual os alimentos ou líquidos da orofaringe passam para a via 
aérea, abaixo do nível das pregas vocais. Isto pode acontecer, de forma ocasio-
nal, em indivíduos sem qualquer alteração mecânica ou neurológica que influen-
cie a deglutição, mas estas pessoas têm a capacidade de sentir o alimento ou 
líquido e proteger as suas vias aéreas pelo reflexo de tosse. Por outro lado, 
quando a lesão do mecanismo de deglutição é extensa e são frequentes aspira-
ções, o indivíduo corre o risco de infeção pulmonar, desidratação e desnutrição. 
Além disso, a qualidade de vida também diminui. No que se refere à qualidade 
de vida, as refeições para além de uma componente nutricional, possuem uma 
componente social, ou seja, uma pessoa com disfagia sente que não pode con-
tinuar a participar em interações sociais quando estas envolvem comida, pri-
vando-se dos mesmos. Além disso, a disfagia também pode diminuir a capaci-
dade financeira do indivíduo na medida em que são necessárias adaptações ali-
mentares que requerem custos extras, como suplementos alimentares, a adoção 
de uma via alternativa de alimentação, o acompanhamento multidisciplinar, entre 
outros. 
 
3. A VIDEOENDOSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO 
 
É um exame realizado para avaliação da disfagia (dificuldade para en-
golir), com a utilização de alimentos em diferentes consistências (sólido, pas-
toso e líquido), aonde observa-se o trânsito dos alimentos da boca para faringe 
e se há aspiração do bolo alimentar para o trato respiratório (laringe e tra-
queia). 
O exame consiste na introdução de um endoscópio fino e flexível, em 
uma das narinas, para avaliação da garganta durante a alimentação: 
 O paciente recebe alimentos líquidos, pastosos e sólidos para que 
seja avaliada a capacidade de deglutição, ou seja, de engolir. 
 
 
 
18 
Obs: a presença de traqueostomia não impede a avaliação. 
Engasgos durante a alimentação e pneumonias de repetição podem 
agora ser avaliados com rigor, antes de se estabelecer o tratamento. A vídeo 
endoscopia da deglutição é uma excelente triagem, com riscos menores do 
que todos os outros exames, para avaliar a deglutição. O exame estabelece o 
tratamento a ser instituído e é indicado para quem passa por problemas no pro-
cessamento do alimento, na deglutição e quem tem dúvidas sobre a alimenta-
ção adequada a pacientes com problemas neurológicos, por exemplo. 
Realizado com equipamento de nasofibrolaringoscopia, introduzido até 
a faringe, avaliando-se num momento inicial toda a anatomia do trato aerodi-
gestivo superior e a sensibilidade do mesmo. Após, são introduzidos e degluti-
dos alimentos na consistência de líquidos, pastosos e sólidos em volumes cres-
centes, sendo o exame gravado em fitas de vídeo. 
 
 
 
2.1 Avaliação Endoscópica da Deglutição (FEES) 
 
Durante este exame são realizados uma avaliação da rinofaringe, visão 
panorâmica faringolaríngea e visão laríngea; e testes das capacidades e limita-
ções de deglutição do paciente. 
O procedimento permite uma melhor investigação dos distúrbios de dis-
fagia (dificuldade para engolir), regurgitação nasal ou oral (escape do alimento 
pelo nariz), engasgos frequentes com ou sem alimentos (broncoaspiração), 
presença de resíduos alimentares na boca e acompanhamento do refinamento 
da deglutição no caso de doenças degenerativas. 
 
 
 
 
Vantagens: 
1. O equipamento é simples e disponível, já fazendo parte da rotina da 
maioria dos otorrinolaringologistas. 
 
 
 
19 
2. O equipamento é portátil e pode ser transportado para uma varie-
dade de locais, incluindo centros de terapia intensiva. 
3. Não necessita de raios x. 
4. Melhor método para avaliação da anatomia e aspectos neurológicos 
como a sensibilidade faringo-laríngea. 
 
Desvantagens: 
 1. A fase faríngea da deglutição não é bem visualizada, nem temos 
uma avaliação direta das demais fases da deglutição. 
2. O esfíncter esofagiano superior e o esôfago não são estudados. 
 
 
2.2 Protocolo de realização 
 
1. Explicação dos procedimentos a seguir ao paciente. 
 2. Anestesia tópica de uma fossa nasal. 
3. Avaliação anatômica e funcional antes da administração de quais-
quer alimentos: posicionamento do endoscópio na parte posterior da fossa na-
sal e observação do palato em repouso e durante fala, procurando massas e 
assimetrias. 
4. Posicionamento do nasofibroscópio no limite do palato, com visão 
panorâmica da faringe e laringe: observar presença e quantidade de saliva em 
seios piriformes, valécula e vestíbulo laríngeo. Observar mobilidade da língua 
com movimentos látero-laterais. 
5. Aparelho focado na laringe, na altura da epiglote: observar movimen-
tação e fechamento das pregas vocais. 
6. Checar sensibilidade reflexa tocando várias partes da laringe e hipo-
faringe, observando sempre assimetrias ou ausência de respostas. 
7. Avaliação com administração de alimentos na consistência de líqui-
dos, pastosos e sólidos. Geralmente iniciamos com pastosos, corados com 
azul de metileno, com volumes de administração diferentes conforme o proto-
colo, geralmente 3, 5 e 10 ml. O nasofibroscópio pode estar localizado na al-
tura do palato (visão panorâmica) ou ao nível da epiglote (visão laríngea), 
 
 
 
20 
Eventualmente em pacientes traqueostomizados ou em pacientes com sensibi-
lidade laríngea diminuída poderemos ter uma visão traqueal. Devemos procurar 
por diminuições no reflexo da deglutição, aspiração antes, durante ou após a 
deglutição, presença de tosse reflexa e capacidade de expectoração. Podere-
mos ver a aspiração antes da deglutição em pacientes com diminuição do re-
flexo laríngeo, durante a deglutição (presença de alimento no vestíbulo laríngeo 
quando a visão endoscópica retorna após fase faríngea) e após a deglutição, 
quando imediatamente após deglutição alimento presente em hipofaringe é vi-
sualizada penetrando epiglote. Sempre retestar essa fase com manobras pos-
turais ou de compensação para avaliar a eficácia das mesmas. 
 
No que se refere aos objetivos, este tem como objetivo: 
A. Realizar o manual de aplicação do protocolo supracitado para vali-
dar a medida; 
B. Validar o conteúdo e a forma do protocolo e do seu manual de apli-
cação através da análise dos peritos; 
C. Analisar as características sociodemográficas da amostra; 
 D. Quantificar e enumerar as principais queixas dos pacientes encami-
nhados para um exame de videoendoscopia; 
E. Descrever parâmetros de saúde geral dos casos, os respetivos diag-
nósticos de base, tipo e via de alimentação, a classificação da disfagia e as ori-
entações terapêuticas fornecidas; 
F. Estabelecer ou não uma relação entre o diagnóstico de base e a se-
veridade da disfagia, assim como as orientações terapêuticas adotadas e as 
queixas/risco de disfagia. 
G. Relacionar o número de queixas apresentadas com a classificação 
da disfagia e as orientações terapêuticas; 
 H. Correlacionaro tipo e via de alimentação com a classificação da 
disfagia e respetivas orientações fornecidas; 
 I. Estabelecer ou não uma relação entre a classificação da disfagia e 
as orientações terapêuticas. 
 
 
 
 
21 
4. VIDEOFLUOROSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO 
 
As possibilidades de avaliação, diagnóstico e tratamento da disfagia fo-
ram ampliadas com a utilização da videofluoroscopia, um método radiológico que 
consiste no registro de imagens dinâmicas em fitas de vídeo e que permite visu-
alizar, acompanhar e analisar todo o dinamismo do fenômeno da deglutição. A 
videofluoroscopia é considerada o exame gold standard para avaliação, diag-
nóstico e monitoramento dos distúrbios da deglutição. É um método conhecido 
por várias designações a depender do serviço onde é realizado, não existindo 
um consenso acerca do nome mais adequado a esta técnica radiológica: video-
deglutograma, faringoesofagograma, estudo dinâmico da deglutição, avaliação 
videofluoroscópica da deglutição, deglutição de bário modificado, estudo video-
fluoroscópico da dinâmica da deglutição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
A videofluoroscopia permite a avaliação qualitativa e quantitativa de 
eventos dinâmicos da deglutição impossíveis de serem avaliados clinicamente: 
propulsão da base da língua contra a parede posterior da faringe, trânsito farín-
geo do bolo, elevação do palato mole, elevação da prega ariepiglótica, fecha-
mento supraglótico, chegada do bolo na valécula, amplitude e duração da eleva-
ção do osso hióide, elevação da laringe e aproximação do hióide, constrição fa-
ríngea máxima, chegada do bolo na transição faringoesofágica, amplitude e du-
ração da abertura da transição faringoesofágica, trânsito e dinâmica esofágica. 
 
4.1 Como funciona o Exame 
 
 
A videofluoroscopia, ao registrar 30 quadros por segundo em fita mag-
nética, permite essa análise dinâmica da deglutição, garantindo uma maior 
qualidade da imagem e uma maior precisão diagnóstica. Diferentemente de ou-
tros exames que também usam a escopia mas com o registro de imagens em 
filmes radiográficos que necessitam de revelação, a videofluoroscopia dispensa 
o registro radiográfico pois as imagens da fluoroscopia captadas em TV são 
gravadas em vídeo e estarão prontas ao final do exame, sem a necessidade de 
revelação ou qualquer outro procedimento. O registro em vídeo permite que o 
exame do paciente possa ser visto e revisto inúmeras vezes, quadro a quadro, 
em câmara lenta e com variações de contraste e brilho de acordo com o evento 
que se deseja investigar. Além disso, a avaliação do paciente pode ocorrer fora 
da sala de exames ou laboratórios e pode ser acompanhada por vários profissi-
onais nem sempre presentes no momento do exame, possibilitando uma maior 
precisão diagnóstica e evitando a necessidade de novas exposições à radia-
ção. O exame pode ser realizado em sala clara porém requer blindagem ade-
quada de portas e paredes pois utiliza radiação do tipo X. Os equipamentos 
necessários à realização do exame são: 
• Equipamento radiológico (escopia) associado a um sistema de TV 
com intensificador de imagem. 
 
 
 
23 
• Equipamento de gravação: videocassete no formato VHS, com recur-
sos de imagem quadro a quadro e em câmara lenta. 
• Videomonitor. 
 • Microfone para gravação de áudio. 
 • Cronômetro para medida de parâmetros temporais dos eventos ob-
servados. O exame é realizado pelo médico radiologista e pelo fonoaudiólogo 
que colaboram reciprocamente, cada um com seus conhecimentos específicos, 
para a análise acurada do processo de deglutição permitindo o diagnóstico e a 
tomada de decisões quanto ao tratamento das disfagias. O estudo da degluti-
ção seja dividido em duas categorias, avaliação diagnóstica e avaliação tera-
pêutica. Todos os procedimentos radiológicos devem ser realizados pelo mé-
dico radiologista sendo a interação com o fonoaudiólogo crucial para o planeja-
mento do tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
4.2 Tópicos a serem considerados 
 
A videofluoroscopia permite um registro dinâmico da deglutição gra-
vando as imagens em fitas de vídeo sem a necessidade de revelação ou qual-
quer outro procedimento. Isso significa que o mesmo exame pode ser visto e 
revisto inúmeras vezes, quadro a quadro, reduzindo a exposição à radiação e 
possibilitando maior precisão diagnóstica com discussões multidisciplinares e 
fora da sala de exames. É um procedimento não invasivo. A videofluoroscopia 
envolve o uso de radiação do tipo X e, portanto, o tempo de exposição à radia-
ção e a dose a que o paciente estará submetido devem ser considerados. A 
dosimetria do paciente pode ser efetuada medindo-se a dose absorvida na su-
perfície da pele onde a radiação incide . Costa et al. (1992) compararam a ex-
posição de pacientes durante a videofluoroscopia com a dosimetria do degluto-
grama, que utiliza a radiografia como documento, concluindo a favor da video-
fluoroscopia. Quando comparada à fluoroscopia clássica, a videofluoroscopia 
com intensificador, captada em vídeo, expõe o paciente 13 vezes menos à ra-
diação. Todo o esforço deve ser feito no sentido de manter a dose de radiação 
mínima necessária para a realização da videofluoroscopia. São vários os fato-
res que interferem na dosimetria: calibração e regulagem do aparelho; experi-
ência e habilidade do radiologista quer na precisão e rapidez na execução do 
exame, quer colimando um determinado campo, quando possível, reduzindo a 
área de exposição; o grau de colaboração do paciente durante o exame; o 
tempo do exame que depende da metodologia, do protocolo escolhido, da ex-
periência do examinador e do grau de dificuldade para a realização do exame. 
O uso de sulfato de bário como meio de contraste e o risco de aspiração desse 
material durante o exame são fatores a considerar. Quando o bário penetra as 
vias aéreas, ele é expectorado em poucos dias e produz poucas complicações 
pulmonares. No entanto, quando a aspiração é maciça, o bário pode ser fatal. 
A maioria dos pacientes se beneficia de fisioterapia respiratória para facilitar a 
drenagem pulmonar que deve ser indicada após o exame nos casos em que 
ocorre aspiração. O uso do contraste de iodo hidrossolúvel como alternativa ao 
sulfato de bário é contra-indicado. O contraste iodado, além de apresentar um 
 
 
 
25 
sabor bastante desagradável, tem baixa densidade radiográfica o que interfere 
na visualização da dinâmica da deglutição. Quando aspirado, produz uma rea-
ção inflamatória aguda intensa com edema. Apesar de ser considerado um ins-
trumento gold standard para o diagnóstico das disfagias, o exame de videofluo-
roscopia tem algumas limitações. A situação de exame nem sempre pode si-
mular condições naturais de alimentação como temperatura ou viscosidade dos 
alimentos, ritmo da alimentação, frequência e mesmo fadiga, aspectos impor-
tantes na determinação da deglutição do paciente. Além disso, a videofluoros-
copia representa um momento específico da deglutição do paciente e pode não 
refletir a totalidade de eventos encontrados na avaliação clínica. Isto significa 
que um paciente, embora não apresente aspiração durante a videofluorosco-
pia, pode apresentar sinais evidentes de aspiração durante a alimentação por 
via oral, posicionando-se de modo inadequado durante as refeições ou co-
mendo alimentos em consistência e em quantidades que não as utilizadas na 
videofluoroscopia. Nestes casos, também, é a avaliação clínica que determi-
nará as possibilidades ou não de alimentação por via oral. A não familiaridade 
com a sala de radiologia e a ansiedade do paciente durante o exame podem 
exacerbar a disfunção faríngea. 
Um outro aspecto a ser considerado é que a videofluoroscopia, diferen-
temente de exames como a nasofibrolaringoscopia, não pode ser realizada no 
leito, exigindo o deslocamento do paciente até a sala de radiologia. O custo do 
exame é bastanteelevado e torna-se mais caro se tiver o acompanhamento de 
um fonoaudiólogo. Infelizmente, a videofluoroscopia da deglutição é um exame 
ainda pouco acessível. Embora requeira apenas um videocassete e um monitor 
acoplados ao equipamento de radiologia, são poucos os serviços, principal-
mente públicos, que disponibilizam o exame. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
4.3 Técnicas em Videofluoroscopia 
 
As técnicas usadas no diagnóstico radiológico pelo método videofluo-
roscópico variam consideravelmente de acordo com as necessidades de cada 
paciente, o material que é oferecido aos pacientes, a metodologia usada na 
gravação e na análise dos dados registrados, o envolvimento e a prática dos 
examinadores e os critérios aplicados na interpretação dos resultados. Existem 
inúmeros protocolos de videofluoroscopia da deglutição desenvolvidos por dife-
rentes serviços e examinadores, o que determina uma grande variabilidade nas 
técnicas videofluoroscópicas usadas para avaliar a deglutição. As variações 
são quanto à consistência, volume e viscosidade do bolo contrastado com sul-
fato de bário (embora alguns serviços possam utilizar como meio de contraste 
o iodo hidrossolúvel), ordem de administração das diferentes consistências e 
volumes, formas de administração (colheres, copos, canudos), posicionamento 
do paciente e adaptações necessárias em relação ao aparelho radiológico (pa-
cientes hemiplégicos, em cadeiras de rodas, no leito, crianças e bebês), uso ou 
não de manobras posturais facilitadoras da deglutição. Apresentaremos, a se-
guir, dois protocolos diferentes, o de Logemann (1983, 1993) e o de Costa 
(1996, 2001), descrevendo e discutindo os procedimentos propostos por cada 
um deles. 
 
 
4.3.1 O protocolo de Logemann 
 
Logemann desenvolveu um protocolo conhecido como “deglutição de 
bário modificado” ou “deglutição de biscoito” (no original, modified barium swal-
low e cookie swallow, respectivamente). Material: diferentemente do exame tra-
dicional de esôfago que usa a solução de sulfato de bário líquido, Logemann 
propõe a utilização do bário modificado em três consistências diferentes: bário 
líquido, bário em pasta e alimento sólido contrastado com bário (biscoito reche-
ado com bário em pasta ou qualquer outro material que requeira mastigação). 
São realizadas duas a três deglutições de cada consistência nos seguintes vo-
lumes: 1ml, 3ml, 5ml e 10ml de bário líquido medido em seringa e oferecido na 
 
 
 
27 
colher ou na seringa, 1/3 de colher de chá (1ml) de bário em pasta e 1/4 de bis-
coito ou de bolacha pequena recheada com bário em pasta. Pacientes com 
suspeita de aspiração recebem uma quantidade ainda menor começando com 
líquido. 
Posicionando o paciente: o paciente deve estar sentado e posicionado 
inicialmente em visão lateral e, posteriormente, em visão ântero-posterior. A 
imagem fluoroscópica durante o exame deve estar focada no seguinte campo: 
anteriormente, nos lábios; posteriormente, na parede posterior da faringe; su-
periormente, no palato duro e inferiormente, na bifurcação do trato aéreo e do 
esôfago. Instruções ao paciente: o paciente deve ser orientado sobre os objeti-
vos do exame e os procedimentos, as consistências e os volumes do material a 
ser deglutido. O paciente deve ser orientado a só deglutir após a instrução do 
examinador e a cuspir ou a tossir se apresentar qualquer dificuldade. O exame: 
geralmente a primeira consistência usada é o bário líquido, oferecido em uma 
colher. O paciente é orientado a segurar o bário na boca e a deglutir sob a ins-
trução do examinador. O líquido é a primeira consistência oferecida mesmo se 
já se sabe de antemão que o paciente aspira porque é considerada a melhor 
consistência para definir as causas da aspiração e determinar a quantidade de 
aspiração na primeira série de deglutições, além de oferecer menor risco de 
bloquear as vias aéreas em comparação ao material sólido. Se o paciente as-
pira uma quantidade significativa de bário líquido o exame pode ser interrom-
pido baseando-se nas causas da aspiração. Se o paciente apresentar pouca 
força e controle de língua, por exemplo, talvez o bário na consistência de lí-
quido grosso seja mais fácil de ser deglutido, diminuindo o risco de aspiração e 
essa consistência é, então, oferecida ao paciente. Se bem-sucedido, o paci-
ente pode ser liberado para receber dieta por via oral na consistência de líqui-
dos engrossados, enquanto a terapia é orientada para melhorar a fisiologia da 
deglutição de líquidos finos e demais consistências. Se a causa da aspiração é 
a pouca elevação e anteriorização da laringe com redução da proteção das 
vias aéreas durante a deglutição, a consistência do material é indiferente e, 
portanto, o exame é interrompido e a dieta por via oral é suspensa enquanto a 
terapia objetiva melhorar a proteção de vias aéreas. Se a aspiração ocorre 
após a deglutição pela presença de resíduo em valécula e estase em seios piri-
 
 
 
28 
formes, talvez o paciente não seja beneficiado com a consistência de bário en-
grossado pois esta consistência exige maior ação dos constritores faríngeos e, 
em casos de hemiparesia faríngea, aumentaria a estase em seios piriformes. 
Após as deglutições de líquido, oferece-se 2 deglutições de bário na consistên-
cia de pudim no volume de 1/3 de uma colher de chá. Se o paciente não con-
segue retirar o líquido ou a pasta da colher, pode-se usar uma seringa para o 
líquido ou uma espátula para a pasta, ajudando o paciente a posicionar o mate-
rial na parte posterior da cavidade oral. Com a bolacha recheada com pasta de 
bário, o paciente é orientado a mastigar e a deglutir quando estiver pronto, dife-
rentemente das outras consistências em que o paciente é orientado a reter o 
contraste na boca e esperar pelo comando do examinador para deglutir. Após 
o término do protocolo, o clínico (geralmente um fonoaudiólogo) pode avaliar a 
eficácia de algumas técnicas terapêuticas na deglutição do paciente. Algumas 
manobras, como mudanças posturais da cabeça ou instruções específicas du-
rante a deglutição, podem ser avaliadas durante a videofluoroscopia, compa-
rando-se os resultados aí obtidos com o do protocolo anterior. Freqüente-
mente, algumas manobras podem resultar em mudanças significativas na fisio-
logia da deglutição permitindo que o paciente inicie a alimentação por via oral. 
 
4.3.2 O protocolo de Costa 
 
Costa (1996, 2001) propõe um protocolo que também faz uso de bolo 
contrastado sólido, líquido e pastoso. O bolo líquido é a solução de sulfato de 
bário e os bolos sólido e pastoso são obtidos artesanalmente utilizando-se 
massa de pão e bário. O miolo de pão é umedecido com água, macerado e 
transformado em pasta que é misturada com sulfato de bário em pó (em quanti-
dade suficiente para conferir densidade radiográfica). A massa obtida é mani-
pulada em diferentes volumes: 0,5 a 1cm de diâmetro para o bolo sólido e 2 a 
2,5cm para o bolo pastoso. O protocolo de Costa não estabelece previamente 
os volumes de pastoso e líquido que o paciente irá deglutir (ver também em 
Kuhlemeier, 2001). É o próprio paciente que definirá o volume mais confortável 
para essas consistências. O líquido é oferecido em frasco calibrado em milili-
tros permitindo a verificação do volume ingerido após cada deglutição. O pas-
 
 
 
29 
toso, que deve ser mordido e depois mastigado, tem seu peso aferido em gra-
mas ao início e após a mordida, determinando-se o volume ingerido pela dife-
rença de peso. O bolo sólido é engolido apenas com a saliva (deglutição a 
seco) e sem mastigação, no volume já referido de 0,5 a 1cm de diâmetro. O pa-
ciente deve deglutir todas as consistências quando puder e quiser e não sob o 
comando do examinador. 
Posicionando o paciente: o paciente ficará em posição ortostática, de 
pé ou sentado e será posicionado de perfil e em visão póstero-anterior. O 
exame: além das fases orale faríngea, o exame inclui a fase esofágica da de-
glutição por considerar que certos distúrbios referidos pelo paciente ou obser-
vados como ocorrendo na fase oral ou faríngea da deglutição podem, muitas 
vezes, ser conseqüentes a alterações na fase esofagogástrica da deglutição. O 
exame proposto por Costa (1996, 2001) segue o seguinte protocolo: 
 
Fases oral e faríngea da deglutição: 
 1. Observação orofaringolaríngea durante a fala (nome completo, en-
dereço) em perfil. 
2. Observação orofaringolaríngea durante a inspiração/expiração nasal 
profunda em perfil. 
3. Observação orofaringolaríngea durante a inspiração/expiração oral 
profunda em perfil. 
4. Observação orofaringolaríngea em póstero-anterior e perfil durante a 
deglutição de saliva e pequenos volumes de água. 
5. Observação orofaringolaríngea em póstero-anterior e perfil durante a 
deglutição de bolo sólido contrastado, somente com insalivação. 
6. Observação orofaringolaríngea da deglutição após mastigação de 
bolo pastoso contrastado, em perfil. 
7. Observação orofaringolaríngea do bolo líquido contrastado deixado 
escorrer da cavidade oral para a faringe (sem deglutição voluntária), em perfil. 
Este procedimento tem objetivo de pesquisa e só é realizado com sujeitos vo-
luntários sadios. 
 8. Observação orofaringolaríngea em póstero-anterior e perfil da de-
glutição de bolo líquido contrastado em volumes de 10 a 20ml. Para cada uma 
 
 
 
30 
das consistências são solicitadas pelo menos duas deglutições, pois as ima-
gens são registradas em dois campos distintos: um campo focaliza a região 
orofaríngea e outro, focaliza a região faringolaríngea e a transição faringoeso-
fágica. 
Fase esofágica da deglutição: 
 
1. Observação em póstero-anterior da transição faringoesofágica du-
rante a deglutição de bolo líquido (solução de sulfato de bário) com o paciente 
em posição ortostática. 
2. Observação em póstero-anterior da dinâmica do trânsito esofágico a 
partir da faringe por acompanhamento no sentido crânio-caudal da migração de 
bolo líquido (solução de sulfato de bário) até a transição esofagogástrica, com 
o paciente em posição ortostática. 
3. Observação em póstero-anterior e oblíquas dos terços médio e infe-
rior do esôfago durante a deglutição de bolo líquido (solução de sulfato de bá-
rio), com o paciente em posição ortostática. 
4. Observação em decúbito dorsal, ventral e lateral da transição esofa-
gogástrica e dos terços inferior e médio do esôfago (pesquisa de refluxo gas-
troesofágico). O protocolo de Costa também prevê o uso de manobras suple-
mentares (rotação de cabeça para o lado comprometido, queixo baixo, inclina-
ção da cabeça para o lado não comprometido, etc.) avaliando-se os efeitos 
dessas manobras na dinâmica da deglutição. O tempo médio de duração do 
exame, incluindo a avaliação da fase esofagogástrica da deglutição, é de 7 mi-
nutos. 
 
4.3.4 Resultados 
 
Apesar de a videofluoroscopia ser um método extremamente preciso no 
registro da dinâmica da deglutição, a interpretação clínica das imagens videoflu-
oroscópicas depende de julgamentos subjetivos do avaliador, sendo que ainda 
não há uma proposta sistemática para validação dessas interpretações, dificul-
tando a comparação de resultados obtidos por diferentes examinadores e em 
diferentes videofluoroscopias, e especialmente no que se refere à terminologia 
e definições dos critérios usados para determinar achados normais e achados 
 
 
 
31 
alterados. Dada a importância das decisões decorrentes baseadas na interpre-
tação da videofluoroscopia da deglutição como, por exemplo, a suspensão da 
alimentação por via oral ou intervenções cirúrgicas como a miotomia do cricofa-
ríngeo, torna-se necessária uma metodologia para a interpretação dos achados 
videofluoroscópicos. Vários estudos recentes têm-se preocupado com a questão 
tentando estabelecer parâmetros e critérios de interpretação da videofluorosco-
pia da deglutição. A presença ou ausência de aspiração é, sem dúvida, o mais 
importante achado no estudo videofluoroscópico da deglutição. É considerado 
um fator decisivo para se determinar a possibilidade ou não de alimentação por 
via oral e quais alimentos (em relação à consistência, volume e viscosidade) um 
paciente pode deglutir sem riscos*. Termos como aspiração e penetração, resí-
duo e estase, refluxo e regurgitamento devem ser mais bem definidos na busca 
de um consenso quanto à terminologia usada na interpretação dos resultados 
da videofluoroscopia. Penetração é definida como a entrada de material até o 
vestíbulo laríngeo mas não abaixo dele. Aspiração é definida como a entrada de 
material atingindo um nível abaixo das pregas vocais. Resíduo é a presença de 
material em região oral, em valécula, em seios piriformes e em região da hipofa-
ringe após a deglutição. Alguns serviços usam o termo retenção faríngea para 
os resíduos em valécula e em hipofaringe e o termo estase para os resíduos em 
seios piriformes. Refluxo é definido pelo retorno do conteúdo gástrico para o 
esôfago e é usado para caracterizar o refluxo gastroesofágico. Quando o mate-
rial deglutido tem seu trânsito invertido no próprio esôfago, o termo correto é 
regurgitamento esôfago-esofágico. Da mesma forma, quando o material entra na 
parte nasal da faringe durante a deglutição, o termo correto é penetração (ou 
escape) nasal. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
A utilização de exames de videoendoscopia e videofluroscopia como 
forma auxiliar no diagnóstico e monitorização de doenças vem apresentando 
cada vez maior importância na medicina e vem contribuindo sobremaneira na 
 
 
 
32 
elucidação de caminhos terapêuticos mais precisos. Em meio ao avanço tecno-
lógico, técnicas de imagens que demonstram detalhes anatômicos e fisiológicos 
de órgãos e tecidos são amplamente utilizadas. 
A atuação interdisciplinar em disfagia é fator comum defendido por pes-
quisadores e clínicos, uma vez que o paciente disfágico apresenta prejuízos nos 
aspectos médicos, nutricionais, fonoaudiológicos, fisioterápicos e psicológicos, 
sendo necessário, dessa forma, diversos profissionais para que todas as deman-
das do paciente sejam atendidas. 
Considerando as diferentes funções de cada procedimento de avaliação 
da deglutição, torna-se necessário compreender e interpretar os diferentes sinais 
e sintomas observados a fim de identificar a contribuição de cada procedimento 
de avaliação na definição de conduta nas disfagias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
REFERÊNCIAS 
 
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