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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES BOSCH Planejamento Estratégico Mogi das Cruzes – SP 2022 UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES Bruno Henrique Barbosa de Jesus - RGM: 11212200822 Diego Alberto do Nascimento Alves - RGM: 11212101670 Maria Aline da Silva Lima - RGM: 11212100572 BOSCH Planejamento Estratégico Mogi das Cruzes - SP 2022 Sumário 1. Introdução .......................................................................................................4 2. Históriada Bosch Brasil ...................................................................................5 3. Sobre a Bosch Campinas ................................................................................5 4. Missão, Visão e Valores ..................................................................................6 4.1 Missão .......................................................................................................6 4.2Visão ..........................................................................................................6 4.3Valores .......................................................................................................6 5. Projeto de Melhoria .........................................................................................6 5.1 Pontos a Serem Melhorados .....................................................................7 6. Plano de Ação – 5W2H ...................................................................................9 7. Plano Estratégico ............................................................................................9 7.1 Informatização ...........................................................................................9 7.2Conectividade ..........................................................................................10 7.3Visibilidade ...............................................................................................11 7.4Transparência ..........................................................................................12 7.5Capacidade Preditiva ...............................................................................13 7.6Adaptabilidade..........................................................................................16 8. Embasamento Teórico ..................................................................................17 9. Conclusão .....................................................................................................18 10. Referências ...................................................................................................20 4 1. Introdução A Indústria 4.0 é descrita por especialistas como o próximo modelo industrial, haja vista que esta é reconhecida por ser quarta revolução industrial, fábricas inteligentes e manufatura avançada, como a digitalização da produção, que possibilitou a personalização da produção em massa caracterizada pela internet ubíqua e móvel, sensores menores e mais poderosos e a inteligência artificial. Neste contexto, as organizações passam a caminhar em passos largos para o desenvolvimento do conhecimento aliado a inovação, sendo que a digitalização está cada vez mais frequente nas empresas e na vida das pessoas. Sua evolução oferece soluções para muitos desafios da atualidade, como a mobilidade urbana, eficiência energética,atendimento à saúde e produtividade industrial. Desta forma, a indústria 4.0 tem como propósito a conexão de “máquinas, sistemas e pessoas ao processo produtivo”, de forma a criar “maior personalização de produtos, utilização mais eficiente de recursos, menor margem de erro, controle de matérias-primas, além de uma logística de distribuição melhorada” (FEIMEC, 2016, p. 4). A sintonia da relação homem-máquina permite ganhos em produtividade, qualidade e rentabilidade, aliando tecnologia avançada com a gestão e controle desempenhados pelo homem. De maneira geral, a utilização integrada do conjunto de tecnologias digitais em atividades industriais, resultou no conceito de Indústria 4.0. Esse tipo de configuração da indústria está modificando a produção industrial com novos processos, produtos e modelos e negócios, tornando gradativamente obsoletos os sistemas convencionais de produção. As transformações concernentes à produção industrial são desafiadoras. Países como os Estados Unidos, Alemanha e China ocupam uma posição de destaque nesse cenário. Essas nações têm investido na modernização de sua indústria para potencializar a produção industrial e disputar uma posição de liderança mundial. Assim, termos como Indústria 4.0 ou Manufatura Avançada é a cerne do momento. As tecnologias envolvidas na Indústria 4.0 permearão em diversas áreas da economia, provocando múltiplas transformações econômicas e sociais (CNI, 2016). Assim, “os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis”. 5 Nesta perspectiva, este estudo se enquadra na área de Gestão da Tecnologia, sendo está uma das subáreas de Conhecimento da Engenharia de Produção, integrante da Área denominada Engenharia Organizacional. Diante desses pressupostos, por se tratar de um tema recente, que cresce significativamente em todo o mundo, e que gera discussões entre muitos especialistas da atualidade, este estudo teve como objetivo realizar uma discussão teórico conceitual baseado na literatura científica especializada em Indústria 4.0 e suas tecnologias, e assim, apresentar a evolução sobre o tema. 2. História da Bosch Brasil Fundada em 1954, através de um escritório de representação na Praça da República, a Bosch vem acompanhando o crescimento do mercado no Brasil e oferecendo um portfólio amplo de produtos. A Bosch se tornou uma líder mundial no fornecimento de tecnologia e serviços.Atualmente, suas operações são divididas através dos seguintes setores: Tecnologia Industrial; Bens de Consumo e Energia; Tecnologia Predial; Soluções para Mobilidade. O Grupo Bosch Brasil já conta com mais de 8.800 colaboradores, e em 2021, registrou um faturamento líquido em torno de R$ 6,9 bilhões de reais. 3. Sobre a Bosch Campinas Inaugurada em 1956, com o objetivo de fazer montagens de produtos da linha Diesel destinadas ao mercado de reposições, bicos injetores e peças para injetoras, a Bosch Campinas se tornou a primeira unidade fabril no país. Em 1978,com o aumento da demanda pelos produtos oferecidos pela Bosch, houve uma necessidade de construir uma nova fábrica, maior e mais estruturada para atender melhor todos os seus consumidores. A unidade Campinas, fábrica e vende um portfólio completo de ferramentas, produtos de medição e nivelamento, além de muitas linhas de acessórios, o que permite suprir a necessidade dos profissionais de diferentes setores com soluções mais adequadas para cada situação. 6 4. Missão, Visão e Valores 4.1 Missão Atuar no setor metalmecânico de forma ética, profissional e competitivadisponibilizando com excelência nossos produtos e serviços, superando as expectativas dos nossos clientes e garantindo de forma sustentável nosso negócio. 4.2 Visão Ser uma das empresas mais reconhecidas nacionalmente e referência de excelência em qualidade no fornecimento de produtos e serviços no setor metalmecânico. 4.3 Valores Foco na satisfação plena dos nossos clientes; Atuar com qualidade sempre e melhorar continuamente; Valorização e respeito às pessoas; Ambiente de trabalho agradável e seguro; Honestidade e transparência; Respeito ao meio ambiente; Sustentabilidade econômica. 5. Projeto de Melhoria Gerar conhecimento de dados para transformar a empresa em uma organização ágil, que aprende, e permitauma tomada de decisão rápida e uma flexível adaptação dos processos em todas as áreas de negócio. De uma forma geral, as mudanças propostas pela Indústria 4,0 irão gerar redução de custos de produção, maior flexibilidade dos processos produtivos, aceleração do ritmo de desenvolvimento tecnológico, seja de produtos ou de processos produtivos ou ainda de novas gerações de produtos e novos modelos de negócio. Em primeiro lugar antes de iniciar qualquer projeto de melhoria, devemos enxergar o que realmente necessitamos, criar um layout para assim implantar as melhorias. O modo como as máquinas e o estoque estão dispostos dentro de uma fábrica. Apesar de aparecer apenas como um detalhe, pensar nesse arranjo é 7 fundamental durante o planejamento da estrutura, sendo decisivo para alcançar uma maior produtividade. Analisando a estrutura da Empresa Bosch em Campinas vemos que para a implantação e automatização de processos não fica difícil, pois a empresa tem um bom espaço físico e conta também com outras subsidiarias em outros países onde já se foi implantado essa tecnologia. Em contato com a empresa e estudando sobre o projeto, e passando todos os processos a serem automatizados, já que a mesma conta com um layout predefinido, foi informado que média de 8 meses a 1 ano pra implementação de toda tecnologia e capacitação dos funcionários. 5.1 Pontos a Serem Melhorados Atualmente a empresa conta com gôndolas tradicionais, empilhadeira e o motorista, atualizaremos com os Robôs autônomos que através de pisos CAD (GPS com mapa de cada setor) entregaria um processo mais rápido e sem falhas, pois ele é capaz de detectar sua posição e navegar até o local de destino. Pensando na parte preditiva dos robôs autônomos, sugere que o robô deve ser capaz de cuidar de si mesmo, independentemente de quais sejam as situações. Em Robôs de automanutenção, o conceito é muito simples de que os robôs devem ser capazes de avaliar seu próprio status e tomar medidas corretivas de acordo. Por exemplo, se um robô sentir que sua bateria precisa ser recarregada, ele rapidamente procurará um carregador. Na parte da Logística implantaríamos esteiras com sensores fotográficos, que ao passar por ela, o produto é reconhecido pelo software e encaminhado ao seu destino. Para evitar falhas e paradas as esteiras contarão com sensor de rolamento assim mantendo a manutenção preditiva. Fora isso as carretas e docas serão montadas com carregamento automático. Consiste em um conjunto de transportadores instalados dentro de uma carreta ou furgão dedicado e outros conjuntos nas áreas de carregamento e descarregamento (Esteira automatizada). “Reduzindo o tempo em 90%, e através de software é montado a carga exatamente no tamanho de cada carreta, facilitando assim a entrada e saída de mercadoria.” 8 No chão de fábrica permaneceria apenas o responsável por cada setor, cada um em seu terminal e cada colaborador contará com senha específica de acesso para procedimento específico e um smartwatch caso necessite se deslocar para outro setor. Para manuseio e estocagem de produtos pesados seria implantado um robô industrial (KUKA). A capacitação dos funcionários será feita em parceria com a Bosch Global, onde tem uma equipe especializada em tecnologia, inteligência artificial einternet das coisas. Será feito semanalmente treinamentos através de vídeo conferência e utilização de Visão Artificial VR e Realidade Aumentada (AR). Confira abaixo o antes e depois de nossas melhorias: Antes Depois 9 6. Plano de Ação – 5W2H Plano de ação: Automatização dos processos Bosch; Data prevista: 03 deJaneiro à 12 de Dezembro; Responsável: Setor de Engenharia, Logística e Qualidade; Data Realizada: 04 de Janeiro à 25 de Outubro (andamento); Objetivo: Implantação de tecnologia IIOT e IA nos processos de Logística e Qualidade da empresa Bosch (Campinas) 7. Planejamento Estratégico 7.1 Informatização Quando observamos a empresa BOSCH, podemos ver que já utilizam a informática em suas rotinas. Porém necessita usar a informatização ligada aos processos, principalmente no chão de fábrica. 10 A informatização já está bem avançada e usada principalmente para executar tarefas repetitivas como liberação de NF, entrada e saída de produtos. No entanto, as máquinas e processos faltam interface digital. Vamos dizer que a empresa tem informatização, mas os processos são feitos isolados sem a comunicação entre setores. Exemplo semainformatização: Com a tecnologia da informação, podemos obter: Melhor gerenciamento de dados; Agilidade e eficiência nos processos; Aumento da produtividade; Expansão das estratégias de marketing. 7.2 Conectividade Na era digital todos estão conectados por dispositivos eletrônicos e a interoperabilidade entre sistemas, áreas de negócio e fornecedores serão os principais benefícios desta etapa. Através da conectividade temos as informações necessárias em tempo real. Na fase de conectividade, a implantação isolada de tecnologia da informação é substituída por componentes conectados. As aplicações empresariais amplamente utilizadas estão todas ligadas umas às outras e espelham os processos empresariais principais da empresa. Conectividade significa que, uma vez que um projeto tenha sido criado na engenharia, seus dados podem ser enviados para produção, de modo que as etapas de produção possam ser executadas de acordo com os pré-determinados 11 pela engenharia. Após a conclusão da etapa de fabricação, a confirmação pode ser fornecida automaticamente e em tempo real para um sistema de produção, por exemplo. Na entrada de peças é automaticamente alimentado o sistema através de sensores fotográficos que escaneiam o QRCode e alimenta o sistema, o sistema é único e assim que alimentado passa informação ao setor específico e com isso o produto em vez de ir pro estoque é enviado por esteira pro setor que necessita. Para a informatização x conectividade funcionar seria implantando um sistema de gerenciamento pra ter uma melhor precisão nos movimentos de estoque e mercadorias como o EWM( ExtendedWarehouse Management - SAP). Com um sistema de controle de estoque, além de a redução da quantidade de erros ser considerável, há um acompanhamento completo e em tempo real e processos integrados e automatizados, sem falar no apoio às tomadas de decisão. De forma geral, as vantagens são: Aumento da produtividade da equipe em função da economia de tempo na localização dos itens em estoque; Diminuição tanto dos custos logísticos como das demais despesas operacionais; Elevação do poder de decisão, embasando as estratégias nos relatórios da plataforma; Aprimoramento da noção de compra, com um acompanhamento atualizado das necessidades operacionais; Otimização da cadeia de processos; Automação e eliminação de etapas redundantes; Prevenção e prejuízos; Redução de erros. 7.3 Visibilidade Um dos conceitos disruptivos da Indústria 4.0 é a IoT. A empresa utiliza sensores por toda linha de produção, tais como: sensores de pesagem, sensores de níveis, sensores indutivos, sensores se consumo de energia, sensores de temperatura, sensores de bloqueio de matéria-prima, sensores indicando as rotas para evitar erros no momento de armazenagem, dentre outros. Estes sensores ajudam os operadores de fábrica na tomada de decisão. Esta situação fica evidente https://transporte.rodojacto.com.br/saiba-como-montar-uma-equipe-eficiente-para-a-area-de-logistica-com-estas-dicas/ https://transporte.rodojacto.com.br/reducao-de-custos-logisticos-o-que-recomendam-os-especialistas/ 12 quando se observa os critérios referentes à dimensão Internet das Coisas. Como a empresa procura modernizar seus processos,a integração destes sensores já está prevista para ocorrer nos próximos 3 meses. Com isto a empresa espera aumentar a sua eficiência, maximizar a produção com o menor consumo de energia e/ou matérias primas, menor emissão de resíduos de qualquer espécie, melhores condições de segurança, seja material, humana ou das informações referentes a esse processo, ou ainda, de reduzir o esforço ou a interferência humana sobre esse processo ou máquina. Os sensores permitem que os processos sejam capturados do início ao fim com um grande número de pontos de dados. Isto significa que se tem dados em tempo real de toda a empresa e não apenas em áreas individuais como células de fabricação. Isso torna possível manter um modelo digital atualizado de fábricas em todos os momentos. Identificar, entender, analisar e correlacionar os dados e os fatores críticos que podem afetar negativamente os projetos e os processos. Explico e simplifico: Pode ser através da Gestão a vista, com telas de TV diretamente no chão de fábrica evidenciando os principais indicadores e ocorrências do processo. Ciclo de dados: Entender o problema, Coleta de dados, processamento de dados, exploração de dados, comunicação de resultados, feedback. Exemplo, para cada setor seria instalado terminais para visualização de cada processo, através de um simples toque na tela, você pode parar qualquer processo ou corrigir algum erro. (fora isso teríamos um aplicativo que seria vinculado a tablets e smartwatch, assim gerando mais rapidez na tomada de decisão. Nos processos de produção, com os dados enviados, é possível visualizar as ineficiências do processo e otimizá-las; Na Manutenção, os técnicos podem visualizar as alterações de temperatura, vibração ou qualquer outra anomalia através dos dados emitidos pelas máquinas a serem trabalhadas; Na logística é possível visualizar a localização dos produtos nas prateleiras, evitando assim perca de tempo. 7.4 Transparência Nesta etapa, você começar a sensorar o chão de fábrica, as suas máquinas começar a extrairdados, e com esses dados, você passa a ter o tal do Big 13 Data.Então você começa a visualizar os dados, e essa é a 2° etapa do processo de construção de uma indústria 4.0, visualizar, tomar as decisões, mais essas decisões ainda são com base no ser humano, no técnico que está dentro do chão de fábrica, a3° etapa no caminho pra indústria 4.0 vem a partir da utilização desse Big Data, dessa massa de dados armazenadas pra você poder colocar algoritmos de inteligência pra que a tomada de decisão agora passe a ter o auxílio de uma inteligência artificial. O Big Data Industrial fornece uma plataforma comum que pode ser usada por exemplo para realizar a análise estatística extensiva dos dados a fim revelar interações na companhia. Conhecimento em tempo real facilitando a análise da causa-raiz e potenciais de melhoria, esse é o principal objetivo dessa fase, e na etapa 4 que é a inteligência cognitiva onde você não precisa mais programar a inteligência, mas a inteligência aprende sozinha, por si só.Então esse seria o fluxo pra chegar na indústria 4.0, ou seja, validando a acuracidade dos dados e proporcionando acesso à informação a todos, o próximo passo são as ações de melhorias serem realizadas através dos Flash Meetings (reuniões rápidas voltadas para validar ações de contenções das perdas e validação do planejamento). Além dos Flash Meetings para validação dos planos de ações e seus respectivos prazos e responsáveis, a transparência irá contribuir para as reuniões de apresentação dos resultados de cada projetos de melhoria. A partir de técnicas de IoT é possível conectar sensores e transmitir dados para um sistema de monitoramento de condição, o que viabiliza acompanhar em tempo real os sinais vitais dos processos e eventuais desvios. Dessa maneira, é possível agir de forma mais rápida e eficaz, evitando alguns tipos de quebras dos equipamentos. A Inteligência Artificial contribuiu para analisar os dados de forma coletiva e fornecer informações que são fundamentais para a tomada de decisões estratégicas. Por exemplo: se o algoritmo aponta que ocorrerá uma quebra de máquina, é possível tomar ações em tempo hábil e atuar no equipamento para que ele não pare e a fábrica possa continuar funcionando. 7.5 Capacidade Preditiva Os papeis de ordem de serviço, check-list de preventivas, lubrificações ou mesmo os planos de controle de manutenção que demandavam altas quantidades 14 de papel serão descartados. E no lugar entrará a manutenção preditiva o chão de fábrica implementa uma cultura de monitoramento constante, onde é possível remediar e controlar problemas comuns no dia a dia, reduzindo custos e maximizando a produtividade. Construído sobre a fase de transparência, o próximo estágio de desenvolvimento é a capacidade preditiva. Uma vez que chegou a esta fase, a empresa é capaz de simular diferentes cenários futuros e identificar os mais prováveis. Isso envolve projetar a sombra digital no futuro, a fim de descrever uma variedade de cenários que podem ser avaliados em termos de como provável que eles estão a ocorrer. Como resultado, as empresas são capazes de antecipar a evolução futura para que possam tomar decisões e implementar as medidas apropriadas em tempo oportuno. Antecipar problemas, comportamentos e projetar cenários. Técnicas de virtualização, e realidade ampliada, robotização e a complexa sensorização das máquinas para serem monitoradas quando e como quebram está cada vez mais em voga na indústria. Através da vibração, através de sensores, pressão ou temperatura é possível descobrir a possibilidade do ativo à falha e se existe a necessidade de intervenções corretivas. “Predição” é o ato ou efeito de afirmar que algo vai acontecer com antecedência. Essa é exatamente a proposta: determinar a confiabilidade de uma máquina através dos dados coletados, ou seja, é mensurar quão confiável a máquina é em relação a sua capacidade de continuar a produção nas próximas horas, dias e semanas. Com o uso dessa estratégia se torna possível acompanhar periodicamente o equipamento para analisar variações de aspectos como temperatura e vibração.Isso é realizado através da medição, direta e indireta, e da análise dos resultados que permite ao gestor determinar se o equipamento está funcionando corretamente ou se necessita de correção. Pensando na parte preditiva dos robôs autônomos, sugere que o robô deve ser capaz de cuidar de si mesmo, independentemente de quais sejam as situações. Em Robôs de automanutenção, o conceito é muito simples de que os robôs devem ser capazes de avaliar seu próprio status e tomar medidas corretivas de acordo. Por 15 exemplo, se um robô sentir que sua bateria precisa ser recarregada, ele rapidamente procurará um carregador. De forma resumida, a manutenção preditiva tem o objetivo de melhorar o desempenho dos equipamentos da empresa, mas também possui outros objetivos específicos, conforme descrito na lista abaixo: Reduzir paradas forçadas; Aumento tempo de vida útil dos ativos; Antecipar necessidade de serviços de manutenção; Reduzir desmontagens e reparos que não são necessários; Aumentar o tempo de disponibilidade dos ativos; Aumentar a confiabilidade dos equipamentos. Com ajuda da tecnologia, trabalhar em equipe é mais seguro e menos desgastante, pois é possível planejar a rotina de reparos da melhor forma e ter mais controle sobre os ativos, sem contar a redução de custos de toda a operação. A manutenção preditiva faz uma análise do equipamento, desde seu nível de desempenho, sua condição e os sinais perceptíveis (e imperceptíveis) que o ativo emite. Através dessa análise são coletadas informações minuciosas sobre o estado do equipamento. Para isso, é utilizado um conjunto de técnicas que servem de apoio para queos operadores e responsáveis possam classificar os sintomas, ameaças e possíveis problemas do equipamento. A seguir listamos uma das ferramentas utilizadas na manutenção preditiva no chão de fábrica: Análise de vibração Essa é uma técnica muito comum na manutenção preditiva.Ela busca analisar a taxa de vibração do equipamento através do monitoramento das suas partes móveis. A análise é realizada de várias formas e tenta compreender a variação de forças dinâmicas. É uma maneira de detectar desnível do equipamento, como falta de lubrificação, desgastes de rolamentos ou engrenagens, folgas, desalinhamentos etc.A análise de vibração pode ser realizada sem a necessidade de parar o maquinário. 16 7.6 Adaptabilidade A etapa chamada de adaptabilidade pode ser interpretada pelo próprio nome, onde os sistemas começam a se adaptar automaticamente.Isso quer dizer que a adaptabilidade é a etapa em que os sistemas conseguem fazer uma análise de quais são as tendências e quais ajustes podem ser feitos para otimizar a produção. As tecnologias habilitadoras como MachineLearning combinadas com Big Data e Analytics prometem trazer benefícios como a flexibilidade e produção customizada em baixa escala. Como por exemplo: através dos sensores que enviam em tempo real todos os dados de funcionamento das esteiras, maquinários e robôs, esses dados (algoritmos) são armazenados em um Big Data. Após isso, é transformado em informação e com essa informação é alimentado um software de gerenciamento desenvolvido para sanar automaticamente uma falha ou alteração de processos. Claro que tudo isso ocorre sem a intervenção humana, ou seja, é o próprio sistema que irá identificar os pontos que podem ser aprimorados e como isso pode ser feito. 17 A cadeia totalmente integrada estará presente nos fornecedores e na ponta de consumo do cliente final, alimentando dados e gerando informações para as linhas de produção. A adaptação contínua permite que uma empresa delegar determinadas análises e decisões para que possa se adaptar a um ambiente de negócios em mudança tão rapidamente quanto possível. O mundo ficou mais ágil e imprevisível. Decisões precisam ser tomadas com urgências as vezes sem a completa visão do cenário e dos impactos das ações. O nível máximo de maturidade 4.0 é atingido quando a tomada de decisão autônoma gera adaptação ágil ao ambiente e as demandas. É importante ressaltar que nessa etapa os sistemas já serão inteligências artificiais, que aprendem e são extremamente capazes de tomar decisões eficientes para a gestão da indústria.Isso não quer dizer que o papel humano será substituído, pelo contrário.O gestor, por sua vez, pode otimizar outros processos da indústria que por vezes ficam em segundo plano devido às altas demandas exigidas pelas etapas anteriores da indústria 4.0. 8. Embasamento Teórico Para realização deste trabalho foi desenvolvido uma revisão bibliográfica, baseada em slides de aula ministrados na própria Universidade de Mogi das Cruzes, sites e vídeos, com o intuito de explorar o contexto e cenários criados pela indústria 4.0. Através de palavras chaves (I4.0, Revolução industrial, Internet das coisas, inteligência artificial, Big data, Cobot) foi feito uma pesquisa online e através desta pesquisa foi elaborado planos e ideias para melhorias da empresa Bosch (unidade Campinas - SP), que é o foco do nosso trabalho. Através de pesquisa foi encontrado um vídeo no Youtube, e notamos que a empresa Bosch de campinas é a única empresa do grupo que ainda não se automatizou, não se atualizou à indústria 4.0 e suas inovações, visto isso resolvemos pesquisar e elaborar um plano de melhorias e automatização dos processos. Através de pesquisa notamos que comoexemplo poderíamos usar a mesma plataforma de tecnologias de empresas como a Amazon,Natura,Shaffer, Bosch 18 Global para melhoria e implementação da indústria 4.0 na unidade Bosch de Campinas. Através da visualização dos vídeos da Amazon e Natura, tivemos a ideia de: Melhorar a logística da empresa com carregamentos automáticos; Automatizar os processos de estocagem e liberação de peças com Robôs inteligentes; Instalar esteiras com sensores fotográficos e GPS interligado aos setores da empresa para deslocamento dos produtos, assim otimizando tempo e enviando para o local específico de cada item; Mudança de Layout da empresa, assim reduzindo os corredores e aumentando o espaço físico para um melhor uso. 9. Conclusão A pesquisa bibliográfica, baseada no levantamento teórico sobre a 4ª Revolução Industrial conduzem a afirmar que os meios de inovação têm um papel decisivo no desenvolvimento global. Neste sentido, com essa pesquisa foi possível constatar a importância e potencialidade da Indústria 4.0, ou seja, das transformações que supõem essa nova revolução e que pode mudar as dimensões econômica e social das organizações. A economia global caminha em uma nova fase caracterizada pela digitalização e conectividade. Neste sentido, entende-se que a tecnologia e informação atrelada a produção reforçam a importância de as organizações desenvolverem produtos, processos e serviços inteligentes e personalizados. É possível concluir que as plataformas digitais, gerenciamento de informações, novas tecnologias, algoritmos avançados, entre outros mecanismos, permitem compartilhar informações e ampliar mercados. Assim, surge um novo modelo de negócio de colaboração entre empresas e pessoas. Nos novos modelos de negócio, provocados com o advento das tecnologias (física; digital e; biológica) inseridas na 4ª Revolução Industrial, há mudanças sistêmicas ocorrendo tanto entre países e dentro deles, como na sociedade, nas organizações e na população. Essas mudanças acontecem de forma rápida, ampla e profunda, uma vez que uma mudança tecnológica em uma determinada área está 19 extremamente conectada com diversas outras áreas, desta forma, ampliando e aprofundando as inovações. 20 10. Referências PERIN, Cláudio. Transformação Digital: Conheça os Estágios da Indústria 4.0: indústria 4.0: estágios de sua transformação digital. Industria 4.0: Estágios DeSuaTransformação Digital. Disponível em: https://leanteam.com.br/transformacao-digital-conheca-os-estagios-da-industria-4-0/. Acesso em: 13 out. 2022. CONECTANDO a indústria ao real potencial da Fábrica Inteligente: Soluções que vão além da teoria para prática na manufatura englobando o source, make e delivery. Soluções que vão além da teoria para prática na manufatura englobando o source, make e delivery. Elaborado pela empresa Bosch. Disponível em: https://www.solucoesparamanufatura.bosch.com.br/solu%C3%A7%C3%B5es/i4-0/. Acesso em: 16 out. 2022. DIAS, Flávio. PASSOS PARA A SUA INDÚSTRIA ATINGIR A MATURIDADE 4.0. 2018. Disponível em: https://mdtraining.com.br/6-passos-para-a- sua-industria-atingir-a-maturidade-4-0/. Acesso em: 10 out. 2022. VISITEI a Fábrica da Bosch, O único vídeo do mundo a mostrar a fábrica da Bosch. Curitiba: Sala de Ferramentas, 2022. (22 min.). ALVES, Rogério. Tecnologias Habilitadoras. Mogi das Cruzes: Universidade de Mogi das Cruzes, 2022. 27 slides. LIMA, Faique Ribeiro; GOMES, Rogério. Conceitos e tecnologias da Indústria 4.0: uma análise bibliométrica. 2020. 30 f. TCC (Graduação) - Curso de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020.
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