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Instituto Superior de Ciências e Tecnologias de Moçambique Manual de Segurança e Transporte Ferroviário Sistemas de Cargas e Transportes Docente: Luís Nhantumbo Discentes: Ayume Fernando; 202000509 Belarmino Massinga; 20200125 Cháido Limua; 20200975 Elton Cocho; Kwessane Biriate; 20200546 Máuria Stefânia; 20200328 Maurício Júnior; 20200481 Nayra Nicole; 20200242 Shirley Nhelete; 20200368 Maputo, Outubro de 2022 Índice 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4 2. OBJECTIVOS ................................................................................................................... 5 2.1 OBJECTIVO GERAL ............................................................................................................. 5 2.2. OBJECTIVO ESPECÍFICO .................................................................................................... 5 3. MANUAL DE SEGURANÇA E TRANSPORTE FERROVIÁRIO ............................ 6 3.1. TRANSPORTE FERROVIÁRIO ........................................................................................... 6 3.1.1. VANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO ................................................................. 6 3.1.1.1. Logística ..................................................................................................................... 7 3.1.1.2. Economia .................................................................................................................... 7 3.1.1.3. Lucro .......................................................................................................................... 7 3.1.1.4. Lucro .......................................................................................................................... 7 3.1.1.5. Meio Ambiente ........................................................................................................... 7 3.1.2. DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO ........................................................... 7 3.1.3. IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO ............................................................... 8 3.1.4. PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES NAS VIAS-FÉRREAS E POSSÍVEIS PREVENÇÕES ...... 8 3.1.4.1. Condições Meteorológicas ......................................................................................... 8 3.1.4.2. Factor Humano ........................................................................................................... 8 3.1.4.2.1. Superestima de Habilidades ..................................................................................... 9 A SUPERESTIMA DE HABILIDADES, TRAZENDO UMA AUTOCONFIANÇA EXACERBADA AOS OPERADORES DE LOCOMOTIVAS É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS. ............................................... 9 3.1.4.2.2. Desatenção ............................................................................................................... 9 3.1.4.2.3. Fadiga ou Cansaço ................................................................................................... 9 3.1.4.3. Factor Relacionado aos Locomotivas ......................................................................... 9 3.1.4.4. Factor Relacionado com Meio Ambiente e Condições da Via ................................ 10 3.1.5. RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS PARA UMA CONDUÇÃO SEGURA .................................... 10 3.1.6. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO ........................................................................ 10 3.2. LEGISLAÇÃO MINEIRA MOÇAMBICANA DE SEGURANÇA NOS TRANSPORTES FERROVIÁRIOS ........................................................................................................................ 11 3.2.1. CIRCULAÇÃO HUMANA ................................................................................................ 11 3.2.2. EXTRACÇÃO E TRANSPORTE ........................................................................................ 11 3.2.3. INSTALAÇÃO FIXAS DE TRANSPORTE ........................................................................... 13 3.2.4. TRANSPORTE DE TRABALHADORES .............................................................................. 13 3.2.5. SEGURANÇA DOS TRABALHADORES NO TRABALHO MANUAL ...................................... 14 3.2.5.1. Transporte Mecânico Sobre Carris ........................................................................... 14 3.2.6. ENGATE E DESENGATE DE VAGONETAS ....................................................................... 14 4. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 16 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 17 Índice de Figuras Figura 1: Transporte Ferroviário ............................................................................................................ 6 Figura 2: Transporte Ferroviário em Minas Subterrâneas ...................................................................... 8 1. Introdução O presente trabalho surge no âmbito da disciplina de Sistemas de Carga e Transporte cujo sua finalidade é o esclarecimento de todas as obscuridades e uma profunda compreensão acerca da segurança no transporte ferroviário, eliminando todas as dúvidas e lacunas sobre o tema. A segurança no transporte, em uma visão geral, é um processo de controle com intuito de reduzir os acidentes de trabalho que podem ser das mais leves a mais graves, como a morte. Deste modo há uma monotorização constante do cumprimento das normas ou regras estabelecidas pelo Governo ou pelo director técnico. Os acidentes de trabalho relacionados com a condução estão a aumentar de forma significativa. Além disso, representam grande parte dos acidentes com resultado de morte ou de invalidez permanente. O excessivo protagonismo da velocidade inadequada e excessiva como comportamento de risco reflecte-se tanto no alto índice de acidentalidade, como nas infracções. Apesar dos dados, a velocidade conta com uma alta tolerância social e boa imagem entre os condutores. Muitos deles fazem alarde da sua habilidade para realizar um trajecto em tempo recorde e conduzem como se de pilotos em um circuito se tratasse. O trabalho está organizado em uma sequência de 2 capítulos a fim de conceder uma fácil percepção sobre o tema a qualquer leitor. A primeira define sucintamente o transporte rodoviário, suas vantagens e desvantagens, a causa dos acidentes que podem ocorrer e as medidas contra estes. Por fim, a segunda aborda detalhadamente a legislação moçambicana em relação aos transportes em relação as actividades geológico-mineira. A metodologia usada para realização do trabalho foram as pesquisas bibliográficas seleccionando as informações mais relevantes e directamente ligadas ao tema e o uso de artigos periódicos. 2. Objectivos 2.1 Objectivo Geral O objectivo geral do presente trabalho é de avaliação dos alunos em termos de desenvolvimento de um trabalho de investigação e sua defesa, com os meios que lhe são disponíveis com o intuito de desenvolver ou aperfeiçoar as competências de investigação, seleção, organização e comunicação da informação. 2.2. Objectivo Específico Os objectivos específicos do trabalho são: • Conhecer através da sua definição, vantagens e desvantagens o transporte ferroviário; • Conhecer as causas dos acidentes neste tipo de transporte e as medidas preventivas que podem ser tomadas para evitá-los; • Conhecer os métodos e regras a serem tomadas no uso do transporte ferroviário em uma actividade mineira; • Conhecer a base nacional, ou seja, a legislação em vigor em relação as medidas a serem tomadas no uso deste tipo de transporte. 3. Manual de Segurança e Transporte Ferroviário 3.1. Transporte Ferroviário Figura 1: Transporte FerroviárioTransporte ferroviário é um tipo de deslocamento que ocorre por meio de vias-férreas, transportando, dentre outros, pessoas e cargas. Estes são indicados para transportar cargas pesadas como, (minérios, produtos agrícolas, siderúrgicos, alimentares) e pessoas a médias e longas distâncias. O transporte ferroviário utiliza como via de locomoção a estrada de ferro e seus veículos são as locomotivas e os vagões de carga. Esses conjuntos são chamados de trens. É o modal sem flexibilidade, pois seus percursos são únicos. A capacidade dos trens e vagões varia conforme seu tamanho e a carga para qual foram solicitados. Assim, manter-se informado das características do transporte ferroviário só trará vantagens para o usuário. O modal ferroviário transporta todo o tipo de mercadoria, dependendo da viabilidade económica e tempo disponível. Esse modal é apropriado para mercadorias agrícolas, minério de ferro, derivados de petróleo, produtos siderúrgicos, fertilizantes, cimento, areia, etc, pois são mercadorias de baixo valor agregado e em grandes quantidades, para se ter um frete competitivo e não encarecer seu custo final. 3.1.1. Vantagens do Transporte Ferroviário O transporte apresenta várias vantagens como o transporte de grandes quantidades ajudando assim na economia e logística do trabalho a ser feito mas em contra partida exige grandes investimentos em sua manutenção e manutenção das vias férreas. Existem vantagens quanto à logística, economia, segurança, lucro, meio ambiente. Quanto á: 3.1.1.1. Logística O transporte ferroviário é um grande aliado da logística. Principalmente, quando falamos de viagens à longa distância. Isso porque os trens mais modernos podem carregar até 120 toneladas por vagão. Ou seja, um peso que necessitaria de 220 caminhões. Além disso, os trens não enfrentam trânsito e não tem de lidar com a má condição das estradas. Isso tudo reflete em um preço de frete mais amigável para o consumidor e na redução de custos para a empresa. 3.1.1.2.Economia Em comparação a outros modais de transporte, o ferroviário configura-se como um dos mais econômicos. Isso porque ele possui baixo custo de manutenção, já que o seu material é de longa duração. Também não há cobrança de pedágio.Isso sem contar que ele possui diversas formas de abastecimento: combustível (diesel), eletricidade e até vapor. Todos mais baratos que os utilizados para o abastecimento de caminhões. 3.1.1.3. Lucro Quando comparado ao rodoviário, o transporte ferroviário é significativamente mais seguro. Isso porque os índices de perda, avaria, extravio e roubos são extremamente baixos. Além disso, tombamentos e descarrilamentos também são raros, o que torna possível a redução de gastos com seguro e processos trabalhistas. 3.1.1.4. Lucro Com uma entrega segura e de menor custo, a satisfação do cliente aumenta e, como consequência, o lucro também cresce.O transporte ferroviário também não lida com atrasos nas entregas, já que a chance de ocorrer imprevistos é bem menor. O empresário transporta uma maior quantidade de itens com o menor preço e o cliente obtém seu produto em bom estado, frete mais barato e sem atraso. 3.1.1.5. Meio Ambiente O transporte ferroviário também é um dos modais menos poluentes. Isso porque, quando comparado a outros meios de transporte, ele consome muito menos recursos e seus combustíveis são menos poluentes. Além disso, ao utilizá-lo você está tirando da rua centenas de caminhões que contribuem para a poluição do ar. 3.1.2. Desvantagens do Transporte Ferroviário A principal desvantagem do transporte ferroviário é que a linha férrea no país ainda é pequena. No entanto, apesar de não cobrir muitas distâncias, ela já apresenta bons resultados para quem a utiliza. E por conta de todos os benefícios que foram mencionados, as instituições privadas e públicas estão investindo cada vez mais nesse tipo de transporte, que é bastante comum em outras partes do mundo. • inflexível, pois apresenta rotas fixas; • pode precisar de outros modais como auxílio para a entrega do produto ao destino final; • pouco investimento por parte do governo para crescimento da malha ferroviária. 3.1.3. Importância do Transporte Ferroviário Os transportes ferroviários desempenham um papel muito importante na mineração, na fase de transporte do material. O transporte ferroviário é mais utilizado em minas subterrâneas, em que são usadas vagonetas sobre trilhos ou pneus, para o transporte do material partir da frente de lavra até ao exterior da mina. Em relação as minas a céu aberto, o uso de transporte ferroviário tem uma grande aplicação como transporte de passageiros ate a frente de lavra da mina, e também no transporte de material, pois o transporte ferroviário pode transportar material em longas distâncias e mais quantidade com uso de vagões que estão interligados. Como exemplo, A Vale opera cerca de 2 mil quilômetros de malha ferroviária. Figura 2: Transporte Ferroviário em Minas Subterrâneas 3.1.4. Principais Causas de Acidentes Nas Vias-Férreas e Possíveis Prevenções 3.1.4.1. Condições Meteorológicas Condições meteorológicas adversas como excesso ou granizo, tráfego constante de animais na via, os seres humanos, condições dos transportes ferroviários podem ser considerados fatores causadores de acidente relacionados ao meio ambiente mas Ao contrário do que muitos pensam, nem todos os incidentes são fatalidades, e muitos, podem sim ser evitados através de uma gerência efetiva dentro de uma frota. 3.1.4.2. Factor Humano Já mencionamos que fator humano é o maior causador de acidentes em qualquer que seja a via. Segundo o Observatório Nacional de Segurança ferroviaria, isso engloba cerca de 90% das ocorrências. Temos como pontos fortes: 3.1.4.2.1. Superestima de Habilidades A superestima de habilidades, trazendo uma autoconfiança exacerbada aos operadores de locomotivas é uma das principais causas. Esse tipo de comportamento faz com que o operador muitas vezes acredite que nada poderá acontecer com ele, abusando então da velocidade, entre outras ações danosas. 3.1.4.2.2. Desatenção Outra causa comum do fator humano, é a desatenção. Em muitos casos de acidentes, o operador costuma ficar desatento por conta de inúmeros fatores, como cansaço por exemplo. Mas atualmente, o uso do celular já vem sendo apontado como o principal causa de desatenção e acidentes. 3.1.4.2.3. Fadiga ou Cansaço Fadiga e cansaço também estão entre as causas, principalmente quando o motorista não têm uma boa noite de sono ou desrespeita a lei do descanso,devido a carga horaria ou mesmo distancias a percorrer e metas a chegar. Abusando assim da velocidade e evitando o descanso por conta da pressão sofrida pelos prazos curtos estabelecidos. Portanto, cabe ao gestor gerenciar estes prazos de maneira adequada, levando em conta a rota e todas as possíveis adversidades. 3.1.4.3. Factor Relacionado aos Locomotivas Este fator também é responsável por uma parte dos acidentes ferroviais, tendo em vista que as locomotivas comprometidas, não possuem o desempenho desejado. Podemos citar como exemplos, sistemas de freio desregulados, a não geometria e balanceamento da locomotiva, carga inadequada ou mal posicionada, assim como locomotivas muito antigas. Para prevenir acidentes relacionados a este fator, o gestor deve manter um calendário de manutenção preventiva para sua frota, evitando que os reparos sejam feitos apenas em manutenções corretivas. Fazer a troca de locomotivas da frota de tempos em tempos, também é necessário para garantir locomotivas seguras e de qualidade para seus colaboradores, bem como para reduzir os custos com manutenção e consumo de combustível. Evitar o excesso de peso nas cargas também é imprescindível, pois cada locomotiva é capaz de suportar um determinado peso. O excesso deste pode causar não só danos aos veículos, mas acidentes como capotamentos em curvas, por exemplo.Aqui, a telemetria também é uma boa aliada, pois com ela é possível além de entender o comportamento dos motoristas, identificar maus hábitos que tendem a ocasionar danos às condições dos veículos. 3.1.4.4. Factor Relacionado com Meio Ambiente e Condições da Via Por fim, outro fator causador de acidentes é aquele relacionado às más condições da via e/ou do meio ambiente, e apesar de causar danos em menor quantidade, se aliado aos fatores acima, pode causar grandes acidentes. Má condição das vias férreas, placas mal posicionadas, ausência de acostamento, trajeto com muitas curvas acentuadas, vegetação volumosa na beira da estrada impedindo a visualização das sinalizações, podem ser considerados fatores relacionados com a via. Agora, condições meteorológicas adversas, como chuva em excesso ou granizo, ou ainda, tráfego constante de animais na via, podem ser considerados fatores causadores de acidente relacionados ao meio ambiente. Nesse caso, a melhor solução é apostar no planejamento de rotas, pois com ela é possível escolher vias com melhores condições, bem como trajetos com menor incidência de acidentes. Outra dica é buscar por um sistema de sensores de chuva, os quais automaticamente ligam os limpadores de para-brisas, e emitem um alerta para que os condutores reduzam a velocidade. Vale lembrar que o Pró-Frotas traz uma solução completa para fazer a gestão de combustível de sua frota, através de um sistema 100% digital e sem qualquer custo, o consequentemente maximizará sua produtividade. 3.1.5. Recomendações Práticas Para Uma Condução Segura • Descanse adequadamente antes de conduzir; • Respeite a distância de segurança e os limites de velocidade; • Não consuma álcool. Caso já o tenha feito, lembre-se que o efeito não se anula até passadas três horas; • Se estiver a tomar medicamentos, verifique se são contraindicados para a condução; • Extreme a precaução se conduzir sob condições atmosféricas adversas (chuva, neve, vento, etc.). • Quando se transportam cargas, o veículo deve ter uma separação física entre a zona de carga e a cabina para pessoas. A carga será colocada distribuindo os pesos e evitando sobrecarga; • Quando se realizam trabalhos perto das zonas de circulação, deve-se usar roupa reflectora, para ser bem visível; 3.1.6. Higiene e Segurança no Trabalho Pra melhor desempenho das actividades mineiras e segurança da equipe na industria mineira, e obrigatório: O uso de capacete, uso de botas, uso de colete refletor, óculos protetores e outros equipamentos básicos. 3.2. Legislação Mineira Moçambicana de Segurança nos Transportes Ferroviários Capítulo V Secção I 3.2.1. Circulação Humana Artigo 68 1. É proibida a circulação de pessoas a meio da galeria entre duas linhas férreas. Artigo 72 2. O transporte de pessoas por caminhos de ferros só deve ser feito em vagonetas construídas para esse fim. 3.2.2. Extracção e Transporte Artigo 73 1. Nas galerias de rolagem em que o transporte se processa por caminhos de ferro, deve existir um espaço mínimo de 20 cm entre as paredes da galeria, a entivação ou tubaria e, o meio de transporte, bem como entre as duas vias, caso se trate de uma via dupla. Artigo 74 2. As vagonetas das minas devem ser construídas de modo a não causarem ferimentos nas mãos. 3. As vagonetas das minas devem estacionar de modo a não ser possível iniciarem movimento de modo incontrolado e, por forma a evitar-se a obstrução das vias de retirada. Artigo 75 4. É proibido o engate e desengate das vagonetas quando estas se encontrem em movimento. 5. O engate e desengate das vagonetas deve ser feito lateralmente de modo a evitar lesões. 6. É proibida a passagem entre ou, por cima, das vagonetas que se encontrem no comboio. Artigo 76 7. Os trabalhadores que carrilem as vagonetas da mina devem ser protegidos contra possíveis movimentos de outras vagonetas. As vagonetas, jaulas ou contrapesos descarrilados em lavras subterrâneas inclinadas, só devem ser carrilados depois de estarem protegidos de modo seguro contra qualquer movimento, independentemente da potência do guincho. Este bloqueio deve ser feito apenas pelos trabalhadores que se encontrem num nível superior. Artigo 77 8. Sempre que as vagonetas forem deslocadas manualmente deverá existir entre elas uma distância de pelo menos 30 metros. 9. Na parte da frente da vagoneta deslocada manualmente deve ser bem visível a lanterna que a acompanha. 10. Numa via, o espaço entre carris deve ser plano, de modo a permitir um movimento seguro. 11. No transporte manual de vagonetas, estas não podem rolar livremente e é proibido viajar nelas. Artigo 78 12. As locomotivas das minas só devem ser conduzidas por trabalhadores autorizados pelo chefe da mina. Artigo 79 13. O número máximo de vagonetas que pode ser atrelado a uma locomotiva deve ser fixado pelo chefe da mina em função da velocidade, da inclinação das galerias e da capacidade de travagem da locomotiva. 14. Em princípio o transporte deve ser realizado por tracção. Só em condições aprovadas pelo chefe da mina o transporte poderá ser feito por outra forma. 15. No transporte por via (ferroviário, rodoviário) *, o material transportado deve ser convenientemente acondicionado de modo a evitar danos pessoais os nas construções da mina. Artigo 80 16. Para as manobras das locomotivas deverá existir sinalização conveniente, aprovada pelo director-técnico da empresa. 17. Nos locais perigosos e nos locais sem visibilidade deve ser reduzida a velocidade dos comboios e o maquinista deve dar sinais de aviso. 18. Os comboios e as locomotivas devem ter na frente uma luz branca e atrás uma luz vermelha. 19. O maquinista da locomotiva é obrigado a bloqueá-la antes de a abandonar. 20. O engate de locomotivas no comboio deve ser feito só depois de engatadas todas vagonetas, excepto durante as manobras. Secção III 3.2.3. Instalação Fixas de Transporte Artigo 85 1. Nas lavras subterrâneas, verticais ou inclinadas onde se deslocam meios de transporte, deve existir sinalização adequada e funcional. 2. Os sinais devem ser visíveis e colocados em quadros de sinalização. 3. Para a sinalização devem existir normas aprovadas pelo director-técnico da empresa. Artigo 86 4. Durante os trabalhos de avanço em lavras subterrâneas inclinadas os trabalhadores devem estar suficientemente protegidos contra o deslizamento de vagonetas desligadas do cabo de tracção. Se tal não for possível os trabalhadores devem abandonar a lavra inclinada ou refugiarem-se em nichos durante a operação de transporte. 5. As entradas de lavras subterrâneas verticais ou inclinadas devem ser protegidas de modo a que não possam entrar nelas vagonetas descontroladas. 6. Quando em lavras subterrâneas inclinadas a extracção se fizer por meio de vagonetas tracionadas por guinchos, devem ser montadas dispositivos que não permitam o deslizamento das vagonetas quando desligadas do cabo. Artigo 56 3.2.4. Transporte de Trabalhadores 1. Sempre que for necessário transportar trabalhadores em comboios e não se dispuser de vagões próprios para esse fim, poderão ser utilizadas vagonetas devidamente preparadas e obedeçam às seguintes condições: a) Estar preparadas de modo a proporcionar um transporte cómodo e seguro; b) Estar equipadas com engate de segurança; c) Ter protecção à cabeça montada em armação sólida; 2. O maquinista encarregue do transporte será responsável pela observância do disposto nos números anteriores. 3. O transporte de trabalhadores em vagonetas não destinadas para tal efeito, não é permitido, excepto: a) Quando se tratar de doentes e feridos; b) Quando se tratar de trabalhadores encarregues da manutenção, exame, ensaio ou medidas que, pela natureza do trabalho, tornem esse transporte necessário e desded que previamente autorizado. Artigo 62 3.2.5.Segurança dos Trabalhadores no Trabalho Manual 1. Os trabalhadores que empurrem vagonetas devem manter entre si uma distância de, pelo menos 10 metros, nas galerias de igual resistência, e 25 m nas galerias inclinadas, salvo nas estações e nos postos de carga, descarga e manobra. 2. Os trabalhadores encarregues de empurrar vagonetas nas galerias baixas devem ter as mãos protegidas por equipamentos apropriados. 3. Nas galerias inclinadas os trabalhadores não devem colocar-se à frente das vagonetas para moderar a sua velocidade nem abandonar as mesmas. 4. Os trabalhadores devem transportar a sua lanterna, colocando-a de modo a assegurar a iluminação do espaço que se encontre à sua frente. Artigo 63 3.2.5.1.Transporte Mecânico Sobre Carris 1. As locomotivas devem estar dotadas de travões que possam ser accionados por intervenção mecânica directa do maquinista quer exista ou não outro dispositivo que os faça actuar. 2. As locomotivas e as restantes unidades que formam a composição, não devem ser postas ou mantidas em serviço, quando se verifica qualque deficiência. 3. O material circulante que tenha descarrilado não pode ser carrilado sem que previamente se tomem as necessárias medidas de segurança através do controlo e adopção de dispositivos de travagem 4. A última unidade da composição deve estar assinalada com luz vermelha bem visível. 5. Salvo em caso de manobra ou de autorização da entidade competente, a locomotiva deve ser colocada à frente da composição. 6. O número de unidades de cada composição deve permitir a paragem no espaço desejado, de acordo com as especificações do fabricante 7. Sempre que duas ou mais composições circularem na mesma via e no mesmo sentido, devem manter entre si uma distância mínima de 100 metros. Artigo 64 3.2.6. Engate e Desengate de Vagonetas 1. Os locais de engate e desengate de vagonetas devem situar-se em patamar. 2. Sem prejuízo do disposto no número 1, em casos excepcionais, em que o engate e o desengate de vagonetas não for efectuado em patamar, devem ser utilizados calços ou outros dispositivos especiais de travagem 3. O engate e o desengate de qualquer elemento de uma composição só deve ser efectuado quando esta estiver imobilizada. 4.O regulamento interno deve conter disposições que garantam segurança nas operações de engate e de desengate das composições. 5. Antes do início da marcha deve-se verificar se todas as unidades da composição se encontram devidamente engatadas. 6. As vagonetas não podem ser engatadas ou desengatadas sem que previamente o motorista da locomotiva ou o guincheiro do cabo de tracção seja avisado das manobras que vão ser executadas. 4. Conclusão 5. Referências Bibliográficas
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