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PATOLOGIAS OVARIANAS E ENDOMETRIAIS AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO TUMORES OVARIANOS INTRODUÇÃO - Não é sempre ruim, pode ser fisiológico, e a conduta deve ser cautelosa pelo risco de mutilar a vida da mulher – nem sempre o tto é cirúrgico - Os tumores aparecem em geral são de origem fisiológica, produzem sintomas agudos e recebem o mais radical de odos os tratamentos. Em contraste com os tumores malignos que são assintomáticos e silenciosos até serem intratáveis. - Os TU ovarianos corresponde a 3% dos TU nas mulheres - Generalidades – a apresentação dos tumores depende das etapas de vida - Pré-menarca · Tumores malingos são raros na infância, mas são 50% · Tumores sólidos multinoculados e >5 – cirurgia · Tumores císticos uniloculados e <5 cm – tratamento clínico - Adolescência · Aumento o GnRH – cistos funcionais – tratamento clínico · Tumores complexos – tto cirúrgico · Tumores complexos + defeitos müllerianos – criptomenorreia (não menstruou e tá na menarca) – tto cirúrgico - Doenças pélvicas (sintomas diferentes) – diagnóstico diferencial – tratamento específico - Menacne · Uma acentuada variedade de TU - Climatério · Baixa função ovariana – diminui dimensão e função ovariana · Aumento da frequência de TU malignos – 60-70% já são diagnosticados em estágios avançados (o sintoma é silencioso) EPIDEMIOLOGIA - É a 4ª causa de morte em mulheres, 5% de todas as mortes de cânceres - Representa 3.879 mortes - O diagnostico inicial é difícil, e 85% são diagnosticadas acima de 50 anos e mais da metade das mulheres acima de 65 anos - Nulíparas risco 2x - História de parentes do 1º grau risco 18x - Fator de risco · Idade · Peso · Fatores reprodutivos · Fatores genéticos e familiares · HF + - 2-3x risco · Obesidade · Mutações em BRC1 e BRC2 · Reprodutivos · Nulíparas · Infertilidade · Menarca precoce – antes dos 12 anos · Menopausa tardia – após os 52 anos, enquanto que ciclos anoluvatóriso é fator de proteção · Fatores ambientais – países industrializados (2x) e dieta rica em gordura saturada HISTOPATOLOGIA - Classificação histológica 1. Funcionais 2. Endometriomas 3. Benignos 4. Malignos 5. Bordeline - Os mais frequentes são das células epiteliais superficiais (cápsula externa), o processo vem de fora para dentro, além de serem mais frequentes são os proporcionais mais malignos. TUMORES Tumores ovarianos funcional - Cistos foliculares – são formados pelo próprio ciclo menstrual, que no outro ciclo tende a regredir · São uniloculares, conteúdo homogêneo · Limites de até 6 cm · Regridem até 3 meses - Cisto de corpo lúteo ou hemorrágico – ruptura da cápsula do ovário, pega um vaso, coleção de sangue no interior do corpo luteo, formando um cisto · Menos frequente, mais sintomáticos · Aspecto heterogêneo de gordura e sangue · Anatomopatológico – células da granulosa luteinizada ou da teca · O tratamento clínico e às vezes cirúrgico - Cistos teca-luteínicos – neoplasia trofoblastica gestacional, por hiperestimulação folicular · Secundário à produção aumentada de gonadotrofina · Reprodução assistida, gravidez múltiplas - Ovários policísticos – são funcionais bilaterais · Critérios de rotterdam · USG +12 folículos menores 10mm em ambos os ovários ou volume ovariano >=10cm³ · SOP Endometrioma - É mais frequente na mecnacme, causa da endometriose - Dor pélvica crônica e infertilidade, mas 25% são assintomáticos - As dimensões são variáveis, e o tratamento é clínico até cirúrgico Comparação entre os benignos versus malignos - O maligno tende a fixar, “lançar raízes”. Tumores ovarianos benignos - Células epiteliais – cistoadenomas seroso e mucinoso - O maior é o mucinoso, é multilocular como uma “honey house”, superfície com mais excrecência, mais viscoso e opaco e risco de malignidade menor - O seroso é mais branco-azulado, menor, unilocular com conteúdo límpido e tem maior risco de malignidade - Células germinativas – teratoma cístico ou cisto dermoide · Provém das células germinativas pluripotentes, conteúdo heterogêneo, diversas linhagens celulares (ossos, dentes, gorduras, pelos e cartilagens) · Pode ser bilateral com capsula - Estroma (conjuntivo) – cordões sexuais · Geralmente sólido, unilateral na pós-menopausa · Tem potencial de malignidade por produção de Estrogênio (75%) com sinais de sangramento, hipermonorreia e hiperplasia endometrial · Pós-menopausa · Fibroma – são raros · Tecoma – são benignos, produtor de estrogênio e raro antes da puberdade Tumores ovarianos malignos - 1,8% dos carcinomas ginecológicos, sendo a 4ª causa de morte em mulheres, e 5% de todas as mortes por cânceres. - O diagnostico inicial é difícil e + da metade das mulheres acima de 65 anos. - Células epiteliais – cistoadenocarcinoma seroso, mucinoso, carcinoma endometriode e carcinoma de células claras · Cistoadenocarcinoma seroso – é o mais frequente, capsula brilhante, vascularizado e brilante · CAC mucinoso – como um favo de abelha, múltiplos cistioc, bilateral e volume maior · CA endometrioide – epitélio similar ao endométrio que pode estar presente em tecido endométrio · TU células claras – massas mistas com componentes sólidos variáveis, 5% - Células gergminativoas – são mais raros · Disgerminoma – 50% - Estromal – tumores de cordões sexuais Estadiamento – FIGO · I – Confinado ao ovário · II – Invade estruturas, mas não peritônio · III – Invasão do peritônio ou dos linfonodos da pelve ou do abdômen · IV – Metástases pulmonares, hepáticas, cerebrais Tumores Boderline - E um TU intermediários entre malignos e benignos, com 10-15% das neoplasias ovarianas - 5-20% dos TU epiteliais malignos - Células epiteliais – serosos (56%), mucinoso (39%, cistoadenoma mucicnoso papilíferos) e endometriote (4%) DIAGNÓSTICO - Clínico – sintomas vagos e inespecíficos, massa pélvica-abdominal, sangramento vaginal, emagrecimento, dor pélvica, toque reta e ascite. · Depende do estádio do tumor - Exames complementares · USG pélvico – abdominal e transvaginal · Dopplervelocimetria - Marcadores TU TRATAMENTO - Cirurgia - Qt - Biopsia tumoral por agulha fina ou por laparoscopia – Qt neoadjuvante -> Cirurgia · Ascite volumosa e rápida evolução – comprometimento do estado geral · Extensa infiltração pélvica - Cirúrgico · Laparotomia, laparoscopia · Estadiamento NEOPLASIA MALIGNA DO ENDOMÉTRIO - É o tumor maligno mais comum nos países desenvolvidos, com estímulo estroneio endógeno ou exógeno - É o 8º câncer em mulheres - Estimativa de 6.640 novos casos no triênio 2020-2022, com risco estimado de 6,07 novos casos/100 mil mulheres · Número de mortes – 1.454 - Faixa etária dos 60 anos, 5% em mulheres abaixo de 40 anos, mais comum em raças brancas e ocidentais - Fatores de risco · Tipo I – AC endometrióide – mais comum, melhor prognostico, e mais sensível aos protestagênios · Tipo II – seropalilar de células claras – menos comum, pior prognóstico e menos sensível aos progestagênios QUADRO CLÍNICO - A mulher está na fase de transição (metrorragia), mulheres jovens com sangramento irregular e acíclico - Sangramento pós-menopausa - Mulheres assintomáticas · Espessamento endometrial · AGUS · Presença de células endometriais em mulheres na menopausa DIAGNÓSTICO - Em 80-90% em estágios iniciais, com USG pélvico transvaginal e caso espesso faz uma biópsia de endométrio: · Curetagem de Novak · Aspiração à vácuo · Histeroscopia · Curetagem uterina - Espessura endometrial – maior estímulo endometrial · <5 mm – risco de câncer <1% · >5 mm – risco de câncer 20% · >11 mm + sangramento vaginal – sensibilidade 96-98% e especificidade 36-68% - Se ela não usa TH a espessura esperada é 1 a 4 mm - Se ela usa TH a espessura esperada é: · < 8 mm – em geral · < 8,8 mm – só estrogênio · < 8,33 na TH combinada · < 6,5 mm na TH combinada contínua · < 11 mm na TH combinada sequencial - Diagnóstico pré-operatório · Exame ginecológico · CO + Colposcopia · USG · Estudo anatomopatológico de endométrio · RNM abdome e pelve · TC de abdome e pelve · RX tórax · Cistoscopia · Retossigmoidoscopia Classificação histológica · Adenocarcinoma >90% · Adenocarcinoma endometrióide– 80% · Classica · Variante – com diferenciação escamosa, carcinoma secretor e carcinoma ciliado · AC mucinoso · AC células claras · AC seroso papilífero · Raros · Carcinoma epidermóide · Carcinoma misto · Carcinoma indiferenciado Estadiamento – FIGO · Estádio I (G1, G2 e G3) – TU limitado ao corpo do útero · Estádio IA – invasão < que a espessura do endométrio · Estádio IB – invasão > que metade da espessura do endométrio TRATAMENTO - Cirurgia · Histerectomia total + salpingectomia bilateral com ou sem linfafecnectomia pélvica e paraórtica (laparoscopia vaginal ou abdominal · Radioterapia adjuvante externa · Braquiterapia · Radiomoldagem · Qt
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