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RETA FINAL POLICIAL PENAL SESAP-PA
(CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – PARTE II)
Prof. Marcos 
Girão
Edital SESAP-PA
Reta Final SESAP/PA
Prof. Marcos Girão
ABUSO DE AUTORIDADE
LEI FEDERAL Nº 13.869/19
Art. 1°
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por 
agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a 
pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído.
Disposições Gerais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Disposições Gerais
As condutas descritas nesta Lei constituem CRIME DE ABUSO DE 
AUTORIDADE quando praticadas pelo agente com a finalidade 
específica de:
✔ prejudicar outrem;
✔ beneficiar a si mesmo;
✔ beneficiar a terceiro;
✔ por mero capricho;
✔ satisfação pessoal.
Art. 1°, §1º
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Disposições Gerais
A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas 
não configura abuso de autoridade.
Art. 1°, §2º
O objetivo deste dispositivo foi o de evitar aquilo que Rui Barbosa 
chamou de “crime de hermenêutica”, que ocorre quando o operador 
do Direito (em especial o magistrado) é responsabilizado 
criminalmente pelo simples fato de sua intepretação ter sido 
considerada errada pelo Tribunal revisor.
DOS SUJEITOS DO CRIME
Art. 2°
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
É SUJEITO ATIVO do crime de abuso de autoridade qualquer agente 
público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou 
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, MAS NÃO SE 
LIMITANDO A:
I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas;
II - membros do Poder Legislativo;
Dos Sujeitos do Crime
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
III - membros do Poder Executivo;
IV - membros do Poder Judiciário;
V - membros do Ministério Público;
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas.
Dos Sujeitos do Crime
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que 
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de 
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão 
ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
Dos Sujeitos do Crime
Art. 2°
Código Penal:
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter 
pessoal, salvo quando elementares do crime.
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Para os crimes de abuso de autoridade admite-se a COAUTORIA 
e a PARTICIPAÇÃO? 
Dos Sujeitos do Crime
Resposta: SIIIIMMMMMM!
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Embora sejam crimes próprios, os delitos previstos na Lei nº 
13.869/2019 admitem a coautoria e a participação. Isso porque a 
qualidade de “agente público”, por ser elementar do tipo, comunica-se 
aos demais agentes, nos termos do art. 30 do Código Penal, desde que 
eles tenham conhecimento dessa condição pessoal do autor.
Dos Sujeitos do Crime
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Os crimes de abuso de autoridade previstos na Lei nº 13.869/2019 são 
delitos de “dupla subjetividade passiva”. 
Dos Sujeitos do Crime
Sujeito Passivo
principal ou 
imediato 
pessoa física ou 
jurídica
secundário ou 
mediato 
Estado (Poder 
Público)
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Da Ação Penal
Art. 3°
Os crimes previstos nesta Lei são de AÇÃO PENAL PÚBLICA 
INCONDICIONADA.  
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Da Ação Penal
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no 
prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e 
oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, 
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso 
de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Art. 3°
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Da Ação Penal
Trata de um prazo decadencial impróprio considerando que, mesmo 
após ele se esgotar, o Ministério Público pode ajuizar a denúncia ou 
tomar outras providências. O simples decurso do prazo de 6 meses 
não gera a extinção da punibilidade.
Art. 3°
A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 06 meses, 
contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da 
denúncia.
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Efeitos da Condenação
Art. 4°
 São efeitos da condenação:
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, 
devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor 
mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os 
prejuízos por ele sofridos;
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, 
pelo período de 01 a 05 anos; ***
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. ***
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Efeitos da Condenação
Os efeitos previstos nos incisos II e III são condicionados:
✔ à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade; E 
✔ devem ser declarados motivadamente na sentença (não são 
automáticos).
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, 
pelo período de 01 a 05 anos; ***
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. ***
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Penas Restritivas de Direitos
As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade 
previstas nesta Lei são:
I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;
II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo 
prazo de 01 a 06 meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;
Art. 5°
As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou 
cumulativamente.
AS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Sanções de Natureza Civil e Administrativa
As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, 
não se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato 
quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal.
Art. 7°
SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E 
ADMINISTRATIVA
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Sanções de Natureza Civil e Administrativa
❑ As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das 
sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis.
❑ As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta 
funcional serão informadas à autoridade competente com vistas à 
apuração.
Art. 6°
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Sanções de Natureza Civil e Administrativa
As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, 
não se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato 
quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal.
Art. 7°
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Sanções de Natureza Civil e Administrativa
FAZ COISA JULGADA em âmbito cível, assim como no 
administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato 
praticado:
✔ em estado de necessidade;
✔ em legítima defesa;
✔ em estrito cumprimento de dever legal; ou
✔ no exercício regular de direito.
Art. 8°
DOS CRIMES E DAS PENAS
DETENÇÃO DE 06 MESES A 02 ANOS
MAIS CHANCE DE COBRANÇA
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade 
judiciária no prazo legal:
Pena - detenção, de 06 meses a 02 anos, e multa.
Art. 12
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Incorre na mesma pena quem:
I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária 
ou preventiva à autoridade judiciária que a decretou;
II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisãode qualquer pessoa e o 
local onde se encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada;
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 horas, a nota de culpa, 
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do 
condutor e das testemunhas;
IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão 
temporária, de prisão preventiva, de medida de segurança ou de 
internação, deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de executar 
o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de promover a 
soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião 
de sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão: 
Pena - detenção, de 06 meses a 02 anos, e multa.
Art. 16
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em 
sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de 
identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou 
função.
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Art. 18
Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso 
noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente 
assistido, consentir em prestar declarações:
Pena - detenção, de 06 meses a 02 anos, e multa.
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Art. 20
Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com 
seu advogado: 
Pena - detenção, de 06 meses a 02 anos, e multa.
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o 
investigado de entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu 
advogado ou defensor, por prazo razoável, antes de audiência judicial, e 
de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a audiência, 
salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por 
videoconferência.
Dos Crimes Penais
Art. 20, parágrafo único
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo 
do investigado ou fiscalizado:
Pena - detenção, de 06 meses a 02 anos, e multa.
Art. 31
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou 
conclusão de procedimento, o estende de forma imotivada, 
procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado.
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, 
inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as 
apurações e formalizada a acusação:       
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 38
Dos Crimes Penais
MENOS CHANCE DE COBRANÇA
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de 
fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 33
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública ou 
invoca a condição de agente público para se eximir de obrigação legal 
ou para obter vantagem ou privilégio indevido.
Dos Crimes Penais
DETENÇÃO DE 01 A 04 ANOS
MAIS CHANCE DE COBRANÇA
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou 
redução de sua capacidade de resistência, a:
I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública;
Art. 13
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não 
autorizado em lei;
III - produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro:
Pena - detenção, de 01 a 04 anos, e multa, sem prejuízo da pena 
cominada à violência.   
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de 
função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou 
resguardar sigilo:
Pena - detenção, de 01 a 04 anos, e multa.
Art. 15
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório:        
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou 
defensor público, sem a presença de seu patrono.
Dos Crimes Penais
Art. 15
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Art. 22
Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da 
vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele 
permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das 
condições estabelecidas em lei:
Pena - detenção, de 01 a 04 anos, e multa.
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem:
I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o 
acesso a imóvel ou suas dependências;
II - (VETADO);
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h ou 
antes das 5h.
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando 
houver fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso em 
razão de situação de flagrante delito ou de desastre.
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Art. 24
Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado 
de instituição hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento 
pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou 
momento de crime, prejudicando sua apuração:
Pena - detenção, de 01 a 04 anos, e multa, além da pena correspondente 
à violência.
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Art. 25
Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou 
fiscalização, por meio manifestamente ilícito:
Pena - detenção, de 01 a 04 anos, e multa.
Dos Crimes Penais
Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do 
investigado ou fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude.
MENOS CHANCE DE COBRANÇA
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo 
razoável, deixar de:
I - relaxar a prisão manifestamente ilegal;
II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de 
conceder liberdade provisória, quando manifestamente cabível;
III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente 
cabível.
Dos Crimes Penais
Art. 9°
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado 
manifestamente descabida ou sem prévia intimação de comparecimento 
ao juízo:
Pena - detenção, de 01 a 04 anos, e multa.
Art. 10
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Art. 21
Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de 
confinamento:
Pena - detenção, de 01 a 04 anos, e multa.
Dos Crimes Penais
Crimes de Abuso de Autoridade
Prof. Marcos Girão
Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou 
adolescente na companhia de maior de idade ou em ambiente 
inadequado, observado o disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Dos Crimes Penais
Código Eleitoral
Prof.Marcos Girão
Julgue os itens a seguir, à luz do que regula a Lei Federal nº 
13.869/2019, Lei de Abuso de Autoridade. 
01. Os crimes de abuso de autoridade previstosna Lei nº 
13.869/2019 são delitos de “dupla subjetividade passiva”, pois todos 
eles trazem condutas que atingem dois sujeitos passivos, a pessoa 
física ou jurídica atingida e o Estado (Poder Público). 
Legislação Específica PC DF
Prof. Marcos Girão
PROF. GIRÃO / PC-DF / 2021
02. Situação hipotética. O Dr. Cansei de Esperar Tanto, Delegado de 
Polícia da PC DF, é acusado de submeter o preso Xegouodia a 
interrogatório policial durante o período de repouso noturno. 
Assertiva. Se houver provas de que o Dr. de Esperar Tanto praticou tal 
conduta com uma das finalidades específicas previstas na Lei de 
Abuso de Autoridade, poderá responder por comete crime nela 
tipificado, punível com detenção, de 06 meses a 02 anos, e multa.
Legislação Específica PC DF
Prof. Marcos Girão
PROF. GIRÃO / PC-DF / 2021
03. As responsabilidades civil e administrativa por crime de abuso de 
autoridade dependem da criminal, podendo-se, assim, ser levantado 
questionamento sobre a existência ou a autoria do fato quando essas 
questões tenham sido decididas no juízo criminal.
Legislação Específica PC DF
Prof. Marcos Girão
PROF. GIRÃO / PC-DF / 2021
04. Não há qualquer hipótese de conduta culposa nos delitos 
previstos na Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019), pois 
para processo e julgamento deles exige-se um elemento subjetivo 
especial: a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a 
si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação 
pessoal.
Legislação Específica PC DF
Prof. Marcos Girão
PROF. GIRÃO / PC-DF / 2021
Os itens a seguir, trazem aspectos relacionados à Lei Federal nº 
13.869/2019, mais conhecida como Nova Lei de Abuso de 
Autoridade. Julgue-os.
05. Não comete crime de abuso de autoridade quem deixar de 
comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal, 
se assim o fizer de forma justificada.
Legislação Específica PC DF
Prof. Marcos Girão
PROF. GIRÃO / INÉDITA / 2021
06. Desde que comprovado o dolo específico, constranger o preso 
ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua 
capacidade de resistência, a exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele 
exibido à curiosidade pública não é considerado crime de tortura, e 
sim, delito de abuso de autoridade, punível de detenção de 1 (um) a 
4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência.
Legislação Específica PC DF
Prof. Marcos Girão
PROF. GIRÃO / INÉDITA / 2021
07. É um dos efeitos automáticos da condenação a inabilitação para o 
exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 
(um) a 5 (cinco) anos.
Legislação Específica PC DF
Prof. Marcos Girão
PROF. GIRÃO / INÉDITA / 2021
08. Ao estabelecer que a divergência na interpretação de lei ou na 
avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade, Ao Lei 
nº13.869/19 teve como objetivo evitar aquilo que Rui Barbosa chamou 
de “crime de hermenêutica”, que ocorre quando o operador do Direito 
(em especial o magistrado) é responsabilizado criminalmente pelo 
simples fato de sua intepretação ter sido considerada errada pelo 
Tribunal revisor.
Resolvendo com Girão
Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019)
PROF. GIRÃO / INÉDITA / 2021
09. Situação hipotética. Covydiana do Ente, servidora pública do 
Departamento de Penitenciário Nacional, foi processada e condenada 
por crime de abuso de autoridade, nos termos da Lei nº 13.869/2019 (Lei 
de Abuso de Autoridade), tendo sido reconhecida sua reincidência em 
crime da mesma espécie. Assertiva. Como efeito da sentença, para que a 
Sra. do Ente perca seu cargo público, tal medida deverá ser declarada 
motivadamente na sentença. 
Resolvendo com Girão
Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019)
PROF. GIRÃO / INÉDITA / 2021
10. Passos Dias Aguiar, Agente de Polícia da PC DF, foi condenado por 
crime abuso de autoridade, nos termos da Lei nº 13.869/2019 (Lei de 
Abuso de Autoridade), tendo sido reconhecida sua reincidência em crime 
da mesma espécie. Assim, por conta da reincidência, tem-se como efeito 
automático da sentença condenatória a perda do cargo público do 
servidor Passos Dias Aguiar.
Resolvendo com Girão
Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019)
PROF. GIRÃO / INÉDITA / 2021
11. A Lei nº 13.869/2019 (Abuso de Autoridade) define os crimes de 
abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, 
que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do 
poder que lhe tenha sido atribuído. Cabe destacar, no entanto, que as 
condutas criminosas nelas descritas só se constituem de fato crime de 
abuso de autoridade se praticadas pelo agente ou com a finalidade 
específica de prejudicar outrem ou com a de beneficiar a si mesmo ou a 
terceiro.
Resolvendo com Girão
Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019)
PROF. GIRÃO / INÉDITA / 2021
12. Situação hipotética. Armando Sempre, Delegado de Polícia Civil do 
Distrito Federal, prendeu em flagrante o meliante Pedro Vingador por ter 
cometido crime de estupro de vulnerável. Ao colocá-lo em uma das celas 
junto a outros presos, determinou que Vingador retire suas roupas e fique 
despido por 24 horas, ameaçando-o espancá-lo, caso não o obedeça. 
Assertiva. De acordo com a Lei n° 13.869/19, o Delegado Armando 
Sempre poderá responder por crime de abuso de autoridade, punível 
com pena de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Resolvendo com Girão
Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019)
PROF. GIRÃO / INÉDITA / 2021
13. Nos dias atuais, é crime de abuso de autoridade a famosa conduta 
conhecida como “esquentar o presunto”, que consiste constranger, sob 
violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição 
hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito 
já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, 
prejudicando sua apuração. Tal conduta é punível com detenção, de 1 
(um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 
Resolvendo com Girão
Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019)
PROF. GIRÃO / INÉDITA / 2021
14. Teórcrito, servidor público municipal, foi condenado por abuso de 
autoridade, nos termos da Lei nº 13.869/2019 (Lei de Abuso de 
Autoridade), tendo sido reconhecida sua reincidência em crime da 
mesma espécie. Assim, tem-se como efeito automático da sentença a 
perda do cargo público..
FUNDATEC / PREF. SANTO AUGUSTO-RS / 2020
Revisão PC DF
Prof. Marcos Girão
Em cada um do item que se segue, é apresentada uma situação 
hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca da legislação 
especial penal.
15. O Ministério Público perdeu o prazo para oferecer denúncia relativa a 
um crime de abuso de autoridade. Nessa situação, apesar de esse tipo 
de ação ser pública e incondicionada, admite-se a apresentação de ação 
penal privada subsidiária.
CESPE / DEPEN / 2021
Revisão PC DF
Prof. Marcos Girão
No que se refere à legislação especial, julgue o item a seguir.
16. Suponha que determinado policial federal tenha dado início à 
persecução penal contra uma pessoa, sem justa causa fundamentada, e 
outro policial, da mesma delegacia, tenha impedido, sem justa causa, a 
entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado. Nessas 
situações, os dois policiais estarão sujeitos à mesma sanção penal.
CESPE / PF / 2021
Revisão PC DF
Prof. Marcos Girão
Com relação aos crimes previstos em legislação especial, julgue o item a 
seguir.
17. A antecipação, por delegado da Polícia Federal, por meio de rede 
social, da atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e 
formalizada a acusação, caracteriza crime previsto na Lei de Abuso de 
Autoridade.
CESPE / PF / 2021
Revisão PC DF
Prof. Marcos Girão
A respeito da identificação criminal, do crime de tortura, do abuso de 
direito, da prevenção do uso indevido de drogas, da comercialização de 
armas de fogo e dos crimes hediondos, julgue o item que se segue.
18. Qualquer agente público, ainda que não seja servidor e não percebaremuneração, pode ser sujeito ativo do crime de abuso de autoridade.
CESPE / PRF / 2021
Revisão PC DF
Prof. Marcos Girão
19. Tito foi absolvido em processo criminal atinente à Lei nº 13.869/2019, 
em razão do reconhecimento do estrito cumprimento de dever legal. A 
decisão prolatada pelo juízo criminal, na hipótese, faz coisa julgada no 
âmbito cível e administrativo-disciplinar.
Revisão PC DF
Prof. Marcos Girão
FUNDATEC / PREF. SANTO AUGUSTO-RS / 2020
20. Referente à Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019), assinale a alternativa 
INCORRETA.
a) A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura 
abuso de autoridade.
b) Os crimes previstos nessa Lei são de ação pena pública incondicionada.
c) São possíveis efeitos da condenação, dentre outros, a inabilitação para o exercício de 
cargo, mandato ou função pública pelo período de um a oito anos.
d) A perda do cargo, do mandato ou da função pública, como efeito da condenação, 
está condicionada à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não é 
automática, devendo ser declarada motivadamente na sentença.
e) Entre as possíveis penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade, 
está a suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de um a 
seis meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens.
INSTITUTO AOCP / PC-PA / 2021
Resolvendo com Girão
Prova PC-PA
LEI ANTICORRUPÇÃO
LEI FEDERAL Nº 12.846/13
Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às 
sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da 
forma de organização ou modelo societário adotado, bem como a 
quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas, ou 
sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação no 
território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que 
temporariamente.
Lei Anticorrupção
Lei 12.846/2013
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Art. 1°
Lei Anticorrupção
As pessoas jurídicas serão responsabilizadas OBJETIVAMENTE, nos 
âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei 
praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não.
Lei 12.846/2013
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Art. 2°
Desta forma, a pessoa jurídica infratora responderá pelos 
delitos a ela atribuídos sem que se precise comprovar a culpa 
ou dolo das pessoas físicas que agiram por meio dela, 
bastando a comprovação do nexo de causalidade entre o 
fato ocorrido e o resultado obtido.
Lei Anticorrupção
Lei 12.846/2013
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A responsabilização da pessoa jurídica NÃO EXCLUI A 
RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL de seus dirigentes ou 
administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou 
partícipe do ato ilícito.
A pessoa jurídica será responsabilizada INDEPENDENTEMENTE DA 
RESPONSABILIZAÇÃO INDIVIDUAL das pessoas naturais referidas 
no caput 
Art. 3°, caput e §1º
Lei Anticorrupção
Lei 12.846/2013
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Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados 
por atos ilícitos NA MEDIDA DA SUA CULPABILIDADE.
Art. 3°§ 
2°
SUBSISTE a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de 
alteração contratual, transformação, incorporação, fusão ou cisão 
societária.
Art. 4°
Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da 
sucessora será restrita à obrigação de pagamento de multa e 
reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio 
transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas 
nesta Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos ANTES da data da 
fusão ou incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente 
intuito de fraude, devidamente comprovados.
Lei Anticorrupção
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Art. 4°§ 
1°
As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito 
do respectivo contrato, as consorciadas serão SOLIDARIAMENTE 
RESPONSÁVEIS pela prática dos atos previstos nesta Lei, 
restringindo-se tal responsabilidade à OBRIGAÇÃO DE 
PAGAMENTO DE MULTA E REPARAÇÃO INTEGRAL DO DANO 
CAUSADO.
Lei Anticorrupção
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Art. 4°§ 
2°
DOS ATOS LESIVOS A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
NACIONAL OU ESTRANGEIRA
Considera-se administração pública estrangeira os órgãos e 
entidades estatais ou representações diplomáticas de país 
estrangeiro, de qualquer nível ou esfera de governo, bem como as 
pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder 
público de país estrangeiro.
Lei Anticorrupção
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Art. 5°
✔ prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem 
indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele relacionada; 
✔ comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer 
modo subvencionar a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei; 
✔ comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou 
jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou a 
identidade dos beneficiários dos atos praticados;
ATOS ILÍCITOS PRATICADOS POR PESSOAS JURÍDICAS
Lei Anticorrupção
Lei 12.846/2013
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✔ no tocante a licitações e contratos: 
▪ a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou 
qualquer outro expediente, o caráter competitivo de 
procedimento licitatório público; 
▪ b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer 
ato de procedimento licitatório público; 
▪ c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude 
ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo; 
▪ d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente; 
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▪ criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para 
participar de licitação pública ou celebrar contrato 
administrativo; 
▪ obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, 
de modificações ou prorrogações de contratos celebrados 
com a administração pública, sem autorização em lei, no ato 
convocatório da licitação pública ou nos respectivos 
instrumentos contratuais; ou
▪ manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos 
contratos celebrados com a administração pública; 
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✔ dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, 
entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua atuação, 
inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de 
fiscalização do sistema financeiro nacional.
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DA RESPONSABILIDADE 
ADMINISTRATIVA
Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas 
consideradas responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta Lei as 
seguintes sanções:
▪ multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por 
cento) do faturamento bruto do último exercício anterior ao da 
instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a 
qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível 
sua estimação; e
▪ publicação extraordinária da decisão condenatória
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Art. 6°
Na hipótese de MULTA , caso não seja possível utilizar o critério do 
valor do faturamento bruto da pessoa jurídica, a multa será de R$ 
6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de 
reais).
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Art. 6°§ 
4°
As sanções serão aplicadas fundamentadamente, ISOLADA OU 
CUMULATIVAMENTE, de acordo com as peculiaridades do caso 
concreto e com a gravidade e natureza das infrações.
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Art. 6°§§ 1° e 
2º
A aplicação das sanções citadas será precedida da manifestação 
jurídica elaborada pela Advocacia Pública OU pelo órgão de 
assistência jurídica, ou equivalente, do ente público.
A aplicação das sanções previstas NÃO EXCLUI, EM QUALQUER 
HIPÓTESE, A OBRIGAÇÃO DA REPARAÇÃO INTEGRAL DO 
DANO CAUSADO. 
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Art. 6°§ 
3°
A PUBLICAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DA DECISÃO CONDENATÓRIA 
ocorrerána forma de extrato de sentença, a expensas da pessoa 
jurídica, em meios de comunicação de grande circulação na área da 
prática da infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, 
em publicação de circulação nacional, bem como por meio de 
afixação de edital, pelo PRAZO MÍNIMO DE 30 DIAS, no próprio 
estabelecimento ou no local de exercício da atividade, de modo 
visível ao público, e no sítio eletrônico na rede mundial de 
computadores.
Lei Anticorrupção
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Art. 6°§ 
5°
SERÃO LEVADOS 
EM 
CONSIDERAÇÃO 
NA APLICAÇÃO 
DA SANÇÕES
a gravidade da infração
a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator
a consumação ou não da infração
o grau de lesão ou perigo de lesão
o efeito negativo produzido pela infração
Lei Anticorrupção
Art. 7°
SERÃO LEVADOS 
EM 
CONSIDERAÇÃO 
NA APLICAÇÃO DA 
SANÇÕES
a situação econômica do infrator
a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das 
infrações
a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, 
auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva 
de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica
o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com 
o órgão ou entidade pública lesados
Lei Anticorrupção
Art. 7°
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE 
RESPONSABILIZAÇÃO
A instauração e o julgamento de processo administrativo para 
apuração da responsabilidade de pessoa jurídica cabem À 
AUTORIDADE MÁXIMA de cada órgão ou entidade dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou mediante 
provocação, observados o contraditório e a ampla defesa.
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Art. 8°
A competência para a instauração e o julgamento do processo 
administrativo de apuração de responsabilidade da pessoa jurídica 
poderá ser delegada, vedada a subdelegação.
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Art. 8° § 
1°
No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria-Geral da 
União - CGU terá competência concorrente para instaurar 
processos administrativos de responsabilização de pessoas jurídicas 
ou para avocar os processos instaurados com fundamento nesta Lei, 
para exame de sua regularidade ou para corrigir-lhes o andamento.
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Art. 8° § 
2°
O processo administrativo para apuração da responsabilidade de 
pessoa jurídica será conduzido por comissão designada pela 
autoridade instauradora e composta por 02 ou mais servidores 
ESTÁVEIS.
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Art. 10
O ente público, por meio do seu órgão de representação judicial, 
ou equivalente, a pedido da comissão a que se refere o caput , 
poderá requerer as medidas judiciais necessárias para a investigação 
e o processamento das infrações, inclusive de busca e apreensão.
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Art. 10 § 1°
A comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade 
instauradora que suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da 
investigação.
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Art. 10 § 2°
A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 DIAS 
contados da data da publicação do ato que a instituir e, ao final, 
apresentar relatórios sobre os fatos apurados e eventual 
responsabilidade da pessoa jurídica, SUGERINDO de forma 
motivada as sanções a serem aplicadas.
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Art. 10 § 3°
No processo administrativo para apuração de responsabilidade, será 
concedido à pessoa jurídica prazo de 30 DIAS PARA DEFESA, 
contados a partir da intimação.
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Art. 11
O processo administrativo, com o relatório da comissão, será 
remetido à autoridade instauradora, na forma do art. 10, para 
JULGAMENTO.
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Art. 12
A instauração de processo administrativo específico de reparação 
integral do dano não prejudica a aplicação imediata das sanções 
estabelecidas nesta Lei.
Concluído o processo e não havendo pagamento, o crédito 
apurado será inscrito em dívida ativa da fazenda pública.
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Art. 13
A personalidade jurídica poderá ser DESCONSIDERADA sempre que 
utilizada com abuso do direito para facilitar, encobrir ou dissimular a 
prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei OU para provocar 
confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos das sanções 
aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e sócios com 
poderes de administração, observados o contraditório e a ampla 
defesa.
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Art. 14
A comissão designada para apuração da responsabilidade de pessoa 
jurídica, após a conclusão do procedimento administrativo, dará 
conhecimento ao Ministério Público de sua existência, para apuração 
de eventuais delitos.
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Art. 15
ACORDO DE LENIÊNCIA
A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá 
celebrar ACORDO DE LENIÊNCIA com as pessoas jurídicas 
responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que colaborem 
efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo 
que dessa colaboração resulte:
▪ a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; 
E
▪ a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o 
ilícito sob apuração.
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Art. 16
O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebrado se 
preenchidos, CUMULATIVAMENTE, os seguintes requisitos:
✔ a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em 
cooperar para a apuração do ato ilícito;
✔ a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração 
investigada a partir da data de propositura do acordo;
✔ a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e 
permanentemente com as investigações e o processo administrativo, 
comparecendo, sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os 
atos processuais, até seu encerramento.
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Art. 16 § 1°
O acordo de leniência estipulará as condições necessárias para 
assegurar a efetividade da colaboração e o resultado útil do 
processo.
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Art. 16 § 4°
A celebração do acordo de leniência ISENTARÁ A PESSOA 
JURÍDICA das sanções previstas no inciso II do art. 6º e no inciso IV 
do art. 19 e reduzirá EM ATÉ 2/3 o valor da multa aplicável.
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Art. 16 § 2°
II - publicação extraordinária da decisão condenatória
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Art. 6°
(...)
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou 
empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições 
financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo PRAZO 
MÍNIMO DE 01 E MÁXIMO DE 05 ANOS. 
Art. 19
O acordo de leniência NÃO EXIME A PESSOA JURÍDICA da 
obrigação de reparar integralmente o dano causado.
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Art. 16 § 3°
Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas 
jurídicas que integram o mesmo grupo econômico, de fato e de 
direito, desde que firmem o acordo em conjunto, respeitadas as 
condições nele estabelecidas.
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Art. 16 § 5°
A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após 
a efetivação do respectivo acordo, salvo no interesse das 
investigações e do processo administrativo.
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Art. 16 §§ 6° e 
7º
NÃO IMPORTARÁ em reconhecimento da prática do ato 
ilícito investigado a proposta de acordo de leniência 
REJEITADA.
Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa 
jurídica ficará impedida de celebrarnovo acordo pelo prazo de 03 
ANOS contados do conhecimento pela administração pública do 
referido descumprimento.
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Art. 16 § 8°
A celebração do acordo de leniência INTERROMPE o prazo 
prescricional dos atos ilícitos previstos nesta Lei.
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Art. 16 § 9°
A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão competente para 
celebrar os acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo 
federal, bem como no caso de atos lesivos praticados contra a 
administração pública estrangeira.
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Art. 16 § 10
A administração pública poderá também celebrar acordo de 
leniência com a pessoa jurídica responsável pela prática de ilícitos 
previstos na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com vistas à 
isenção ou atenuação das sanções administrativas estabelecidas em 
seus arts. 86 a 88.
Lei Anticorrupção
Lei 12.846/2013
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Art. 17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm#art88
DAS RESPONSABILIDADE JUDICIAL
Na esfera ADMINISTRATIVA, a responsabilidade da pessoa jurídica 
NÃO AFASTA a possibilidade de sua responsabilização na esfera 
JUDICIAL.
Lei Anticorrupção
Lei 12.846/2013
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Art. 18
Em razão da prática de atos previstos no art. 5o desta Lei, a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas 
Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial, ou 
equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à 
aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas infratoras: 
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem 
vantagem ou proveito direta ou indiretamente obtidos da infração, 
ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
Lei Anticorrupção
Lei 12.846/2013
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Art. 19
II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades; 
III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações 
ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições 
financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo 
mínimo de 01 e máximo de 05 anos. 
Lei Anticorrupção
Lei 12.846/2013
Prof. Marcos Girão
Art. 19
A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determinada quando 
comprovado:
I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para 
facilitar ou promover a prática de atos ilícitos; ou
II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a 
identidade dos beneficiários dos atos praticados.
Lei Anticorrupção
Lei 12.846/2013
Prof. Marcos Girão
Art. 19 § 1°
O Poder Judiciário também pode aplicar sanções administrativas 
previstas na Lei nº 12.846/2013, quando as autoridades 
administrativas forem OMISSAS. 
Nesse caso a competência para provocar o Poder Judiciário será do 
Ministério Público.
Lei Anticorrupção
Lei 12.846/2013
Prof. Marcos Girão
Legislação Penal Especial
Prof. Marcos Girão
01. A Lei Nº 12846/2013 - também conhecida como Lei Anticorrupção - 
representa importante avanço ao prever a responsabilização objetiva, no 
âmbito civil e administrativo, de empresas que praticam atos lesivos 
contra a administração pública nacional ou estrangeira. Entende-se por 
responsabilidade objetiva:
a) em casos de corrupção, as empresas podem ser responsabilizadas 
desde que comprovada a culpa.
b) em casos de corrupção, as empresas podem ser responsabilizadas 
assim que comprovada a culpa.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
IBADE / PREF. VILA VELHA-ES / 2020
c) em casos de corrupção, as empresas podem ser responsabilizadas 
assim que denunciadas por outras empresas, desde que comprovada a 
culpa.
d) em casos de corrupção, as empresas podem ser responsabilizadas, 
independentemente da comprovação de culpa.
e) em casos de corrupção, as empresas poderão ser responsabilizadas 
assim que as denúncias sejam comprovadas.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
IBADE / PREF. VILA VELHA-ES / 2020
02. A respeito do acordo de leniência previsto na Lei nº 12.846/2013, é 
correto afirmar que
a) a sua celebração somente pode ocorrer nos autos de processo criminal 
até a decisão de primeira instância.
b) o órgão competente para a sua celebração em qualquer âmbito é o 
Ministério Público Federal ou Estadual.
c) a proposta de acordo de leniência rejeitada não importará em 
reconhecimento da prática do ato ilícito investigado.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
VUNESP /AVAREPREV-SP/ 2020
d) o descumprimento do acordo de leniência não impede a pessoa 
jurídica de celebrar novo acordo no futuro.
e) a celebração do acordo de leniência não interrompe o prazo 
prescricional dos atos ilícitos previstos na Lei.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
VUNESP /AVAREPREV-SP/ 2020
Considerando as disposições acerca do acordo de leniência 
estabelecidas na Lei n.º 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), julgue oS 
próximos itens.
03. Celebrado o acordo de leniência, fica suspenso o prazo prescricional 
dos atos ilícitos previstos na referida lei.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
CESPE / MPE-CE / 2020
04. A celebração do acordo de leniência exime a pessoa jurídica da 
obrigação de reparar integralmente dano causado.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
CESPE / MPE-CE / 2020
05. A proposta de acordo de leniência rejeitada não implica 
reconhecimento da prática do ato ilícito investigado.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
CESPE / MPE-CE / 2020
06. Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa 
jurídica deverá ficar impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de três 
anos, contados do conhecimento pela administração pública do referido 
descumprimento.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
CESPE / MPE-CE / 2020
07. No que se refere ao acordo de leniência, previsto na Lei 
Anticorrupção − Lei Federal n° 12.846, de 1° de agosto de 2013 –, a sua 
celebração
a) suspende o prazo prescricional dos atos ilícitos previstos na referida lei.
b) afasta integralmente a multa que seria aplicável à empresa que 
celebrou o acordo.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
FCC / TJ-MS / 2020
c) evitará a sanção de publicação extraordinária da decisão condenatória.
d) implica afastamento imediato dos dirigentes ou administradores que 
deram causa ao ilícito.
e) obriga a pessoa jurídica signatária a implementar ou aprimorar 
mecanismos internos de integridade.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
FCC / TJ-MS / 2020
08. De acordo com a Lei Anticorrupção (Lei n.º 12.846/2013), acordo de 
leniência celebrado na esfera administrativa entre a administração pública 
e pessoa jurídica de direito privado, em razão da identificação de 
conduta ilícita prevista na referida norma,
a) não tem o condão de eximir a pessoa jurídica da obrigação de reparar 
integralmente o dano causado na esfera cível.
b) é legítimo somente se houver comprovação de conduta culposa da 
pessoa jurídica envolvida em ato de corrupção contra a administração 
pública.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
CESPE / MPE-CE / 2020
c) é nulo de pleno direito, porque somente pode ser feito em sede de 
processo judicial.
d) isenta integralmente a multa aplicável pela conduta que for objeto do 
acordo e deve obrigatoriamente ser mantido em sigilo até o término de 
seu cumprimento integral.
e) suspende o prazo prescricional para responsabilização dos atos ilícitos 
previstos na Lei Anticorrupção, desde que seja ratificado pelo Ministério 
Público.
Gabarito: A
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
CESPE / MPE-CE / 2020
09. Considerando o disposto na Lei n.º 12.846/2013, assinale a opção 
correta.
a) As regras da referida lei são inaplicáveis às fundações privadas.
b) A responsabilização das pessoas jurídicas é subjetiva.
c) Na hipótese de fusão,a sucessora poderá ser responsabilizada por ressarcir 
valores superiores ao montante total do patrimônio transferido.
d) O limite para a sanção de multa será de 40% do faturamento líquido do 
ano anterior à instauração do processo administrativo sancionador.
e) Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por 
atos ilícitos na medida da sua culpabilidade.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
CESPE / TJ-PA / 2020
10. No que se refere ao acordo de leniência previsto na Lei n.º 
12.846/2013, assinale a opção correta.
a) A proposta de acordo de leniência suspende o prazo prescricional dos 
atos ilícitos previstos na referida lei.
b) O termo final para a prática dos atos infracionais pela pessoa jurídica é 
a celebração do acordo de leniência.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
CESPE / TJ-PA / 2020
c) A celebração do acordo de leniência isenta a pessoa jurídica da sanção 
de multa.
d) O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de 
reparar integralmente o dano causado.
e) A celebração dos acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo 
federal é de competência exclusiva do Ministério Público Federal.
Legislação Especial
Prof. Marcos Girão
CESPE / TJ-PA / 2020
11. Referente aos acordos de leniência previstos na Lei Federal nº 
12.846/2013 (Lei Anticorrupção), assinale a alternativa que expressa 
corretamente o texto legal.
a) O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de 
reparar integralmente o dano causado.
b) A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica do valor 
da multa aplicável.
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c) Importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a 
proposta de acordo de leniência rejeitada.
d) A celebração do acordo de leniência suspende o prazo prescricional 
dos atos ilícitos previstos na Lei Anticorrupção.
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12. A apuração da responsabilidade de pessoa jurídica pela prática de 
atos contra a administração pública
a) dar-se-á por meio de processo administrativo instaurado e julgado pela 
autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário, admitida a delegação e vedada a subdelegação.
b) no âmbito do Poder Legislativo, dar-se-á por meio de processo 
administrativo instaurado e julgado perante o Tribunal de Contas, com o 
auxílio de comissão especialmente designada para essa finalidade.
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c) será conduzida por comissão designada pela autoridade máxima de 
cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e 
integrada exclusivamente por servidores ou empregados públicos 
estáveis.
d) será conduzida por comissão específica designada no âmbito de cada 
órgão ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com 
poderes para suspender os efeitos do ato ou processo objeto da 
investigação.
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e) será conduzida por comissão multidisciplinar especialmente designada 
para essa finalidade, integrada por agentes públicos com poderes para 
adotar, cautelarmente e mediante justificativa, todas as medidas 
necessárias para a investigação, inclusive busca e apreensão.
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13. Suponha que a Sociedade Empresária X Y fraudou licitação pública 
que transcorreu no âmbito do Poder Executivo do Município Z, 
cometendo, assim, ato lesivo à administração pública, conforme 
preceitua a Lei n° 12.846/13. Considerando o que dispõe tal Lei a 
respeito do processo administrativo de responsabilização, é correto 
afirmar que
a) a competência para a instauração e o julgamento do processo 
administrativo de apuração de responsabilidade da Sociedade 
Empresária X Y não poderá ser delegada.
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b) o processo administrativo para apuração da responsabilidade da 
Sociedade Empresária X Y será conduzido por comissão composta por 5 
(cinco) ou mais servidores.
c) no processo administrativo para apuração de responsabilidade, será 
concedido à Sociedade Empresária X Y prazo de 15 (quinze) dias para 
defesa.
d) a instauração de processo administrativo específico de reparação 
integral do dano prejudica a aplicação imediata das sanções 
estabelecidas na Lei n° 12.846/13.
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e) a comissão designada para apuração da responsabilidade da 
Sociedade Empresária XY, após a conclusão do procedimento 
administrativo, dará conhecimento ao Ministério Público de sua 
existência, para apuração de eventuais delitos.
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14. Com relação ao Acordo de Leniência, previsto na Lei Federal no 
12.846/13, que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de 
pessoas jurídicas pela prática de atos contra a Administração Pública, 
nacional ou estrangeira, assinale a alternativa correta.
a) O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de 
reparar integralmente o dano causado.
b) A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a 
sua publicação em Diário Oficial.
c) A proposta de acordo de leniência rejeitada importará em 
reconhecimento da prática do ato ilícito investigado.
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d) Os efeitos do acordo de leniência não serão estendidos às pessoas 
jurídicas que integram o mesmo grupo econômico.
e) A celebração do acordo de leniência não interrompe o prazo 
prescricional dos atos ilícitos previstos na legislação.
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