Buscar

60 Questões Inéditas da Lei de Abuso de Autoridade 13 869_2019

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Futuro(a) Policial Civil do Distrito Federal, 
Primeiramente, gostaria de dizer que é um grande prazer conversar contigo! 
A ideia desse eBook é trazer questões inéditas de minha autoria – 60 ao todo 
– para que você possa chegar na sua prova completamente afiado para 
gabaritar as questões obre essa Lei. Tenho muita satisfação em afirmar que 
fui o primeiro Prof. do Brasil a produzir aula analisando ponto a ponto dessa 
Lei, quando ela ainda estava aguardando a derrubada dos vetos presidenciais 
pelo Congresso Nacional. Após a derrubada dos vetos, produzi novas aulas 
comentando cada um dos dispositivos e trazendo questões inéditas. Do início 
da entrada em vigor até aqui participei de muitos eventos relacionados a essa 
Lei e criei muitas questões no estilo da banca Cebraspe (antigo Cespe). Hoje 
eu e a ENAPOL trazemos esse eBook, com todas essas questões com 
comentários detalhados, como um presente para você! Aproveite ao máximo! 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Sócio Fundador e Professor 
da Escola Nacional de Polícia 
Legislativa (ENAPOL). Policial 
Legislativo do Senado 
Federal. 
 
Graduado em Direito pela 
Universidade de Brasília 
(UnB) e em Gestão de 
Segurança Pública pela 
Universidade do Sul de Santa 
Catarina (Unisul). Especialista 
em Inteligência de Estado e 
Inteligência de Segurança 
Pública pela International Association for Security and Intelligence Studies 
(INASIS). Pós-Graduado em Políticas e Gestão em Segurança Pública e 
Direito Administrativo, ambas pela Faculdade de Ciências de Wenceslau 
Braz. 
 
Instrutor na área de Inteligência e Segurança Pública em cursos de diversos 
órgãos da Administração Pública Federal e nas turmas de Especialização da 
INASIS. Ministra cursos preparatórios para concursos nas áreas 
de Legislação de Interesse da Atividade de Inteligência, Segurança Pública, 
Legislação Penal Especial, Promoção da Igualdade Racial, Direito das 
Pessoas com Deficiência e legislações específicas. 
Aprovado e nomeado nos seguintes certames: Agente Administrativo do 
Ministério do Trabalho e Emprego (2008), Agente de Inteligência da ABIN 
(2008), Analista Administrativo da Aneel (2010), Policial Legislativo do 
Senado Federal (2012), Analista de Apoio Jurídico do MPU (2013) e Policial 
Legislativo da Câmara dos Deputados (2014). 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1. QUESTÕES SEM OS COMENTÁRIOS ....................................................................................... 4 
2. GABARITO ........................................................................................................................... 17 
3. QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................... 18 
 
 
 
 
4 
 
 
1. QUESTÕES SEM OS COMENTÁRIOS 
 
1. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade 
qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou 
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e de Território. 
2. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A nova Lei de Abuso de Autoridade prevê crimes de 
ação penal pública condicionada à representação e crimes de ação penal pública 
incondicionada. 
3. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A Lei nº 13.869/2019 prevê expressamente a 
possibilidade de ação penal privada subsidiária da pública, exercida no prazo de 12 (doze) 
meses, contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia. 
4. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Nos termos da Lei nº 13.869/2019, constitui efeito 
automático da condenação por crime de abuso de autoridade a perda do cargo, do 
mandato ou da função pública. 
5. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) De acordo com a nova Lei de Abuso de Autoridade, para 
aplicar a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período 
de 1 (um) a 5 (cinco) anos, deve o Juiz motivar de forma específica na sentença 
condenatória. 
 
5 
 
6. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A perda do cargo, do mandato ou da função pública e 
a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 
(um) a 5 (cinco) anos, como efeitos da condenação por crime de abuso de autoridade, 
nos termos da Lei nº 13.869/2019, são condicionados à ocorrência de reincidência em 
crimes dessa natureza. 
7. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Nos termos da Lei nº 13.869/2019, não é possível a 
substituição das penas privativas de liberdade por penas restritivas de direitos, tendo em 
vista a gravidade da violação aos bens jurídicos protegidos pela referida lei. 
8. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) De acordo com a nova Lei de Abuso de Autoridade, a 
divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso 
de autoridade. 
9. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O Delegado de Polícia Civil Floriosmildo submeteu 
preso, capturado em flagrante delito, a interrogatório policial durante o período de 
repouso noturno. Nessa situação, Floriosmildo poderá responder por crime de abuso de 
autoridade previsto na Lei nº 13.869/2019. 
10. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A Juíza Sérgia Mara, titular de uma das varas criminais 
do TJDFT, divulgou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretendia produzir 
em sede de instrução processual penal, expondo momentos íntimos do investigado Lolo 
com a sua amante. Nessa situação, a referida magistrada poderá responder por crime de 
abuso de autoridade previsto na Lei nº 13.869/2019, sujeita à pena de reclusão de 1 a 4 
anos, e multa. 
 
6 
 
11. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade 
qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou 
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e de Território, que abuse do poder que lhe tenha sido atribuído, desde que 
esteja no exercício de suas funções. 
12. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) De acordo com a nova Lei de Abuso de Autoridade, 
para aplicar a perda do cargo, do mandato ou da função pública, deve o Juiz motivar de 
forma específica na sentença condenatória, desde que o réu seja reincidente em crime 
doloso. 
13. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Situação Hipotética: O Magistrado Tício decretou, em 
processo judicial, a indisponibilidade dos ativos financeiros no valor de R$ 900.000,00 
(novecentos mil reais) do réu Caio por conta de uma dívida que este tinha com a parte 
autora no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). O réu Caio peticionou pela 
reconsideração da medida, requerendo a redução do valor bloqueado para patamar 
compatível à sua dívida, mesmo assim o Magistrado Tício manteve a decisão inicial. 
Assertiva: O magistrado Tício responderá por crime de abuso de autoridade, com pena 
de detenção de um a quatro anos e multa. 
 
14. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Em qualquer hipótese, o agente público que demora 
demasiadamente no exame de processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado 
responde por crime de abuso de autoridade previsto na Lei nº 13.869/2019. 
 
7 
 
15. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui infração de menor potencial ofensivo o fato 
de o responsável pelas investigações antecipar, por meio de comunicação, inclusive rede 
social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação. 
16. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Nos termos da Lei nº 13.869/2019, comete crime de 
abuso de autoridade o agente público que cumpre mandado de busca e apreensão 
domiciliar após as 18h (dezoito horas) ou antes das 5h (cinco horas). 
17. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Todos os crimes previstos na Lei nº 13.869/2019 
podem ter suas penas privativas de liberdade substituídas por penas restritivas de direito. 
18. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Os crimes de abuso de autoridade previstos na Lei nº 
13.869/2019 que forem cometidos por militares em serviço serão da competência da 
justiçacomum. 
19. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Serão aplicados o rito e os institutos despenalizadores 
previstos na Lei nº 9.099/95 aos crimes de abuso de autoridade cometidos por militares, 
desde que constituam infrações de menor potencial ofensivo. 
20. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui crime de abuso de autoridade requisitar 
instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração administrativa, à falta 
de qualquer indício da prática de ilícito funcional ou infração administrativa, mesmo nos 
casos de justificada sindicância ou investigação preliminar sumária. 
21. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Nos termos da Lei nº 13.869/2019, as 
responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, sendo admissível 
o questionamento sobre a existência ou a autoria do fato nas esferas cível e 
 
8 
 
administrativa quando esses elementos tenham sido elucidados e decididos no juízo 
criminal. 
22. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Segundo a nova lei de abuso de autoridade, faz coisa 
julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que 
reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em 
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
23. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Responde por crime de abuso de autoridade o agente 
público que, pelo excesso de serviço e escassez de pessoal, deixa de entregar ao preso, 
no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o 
motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas, conseguindo entregar a 
referida nota apenas após 36 (trinta e seis) horas. 
24. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade, previsto 
expressamente na Lei nº 13.869/2019, o agente público que constrange o preso ou o 
detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, 
a exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública. O referido agente 
público poderá, em tese, ser beneficiado pelo instituto da suspensão condicional do 
processo ou ter sua pena privativa de liberdade substituída pela pena restritiva de direito 
de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas. 
25. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o agente 
público que mantém, por mero capricho ou satisfação pessoal, na mesma cela, criança ou 
adolescente na companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado. 
 
9 
 
26. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Nos termos da Lei nº 13.869/2019, a divergência na 
interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade. 
A referida previsão se enquadra como causa excludente de ilicitude. 
27. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O particular que atua em conjunto com agente público 
na prática de conduta tipificada pela Lei nº 13.869/2019 pode responder por crime de 
abuso de autoridade, desde que tenha conhecimento da condição de agente público do 
aliado. 
28. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O crime previsto no art. 9º da Lei 13.869/2019, 
consistente em decretar medida de privação de liberdade em manifesta 
desconformidade com as hipóteses legais, é crime material que se consuma tão somente 
após o cumprimento da decisão judicial abusiva. 
29. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Responderá por crime de abuso de autoridade, 
previsto na Lei n° 13.869/2019, o agente público que, mediante violência, constranger o 
preso a produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro, causando-lhe sofrimento 
físico. 
30. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A autoridade que inova artificiosamente, no curso de 
investigação, o estado de coisa com o fim de eximir-se de responsabilidade, responderá 
por crime de abuso de autoridade consumado, previsto na Lei nº 13.869/2019, por mais 
que não consiga alcançar o seu objetivo. 
31. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Responde por crime de abuso de autoridade previsto 
na Lei n° 13.869/2019 o agente público que faz uso de prova ilícita em desfavor do 
 
10 
 
investigado ou fiscalizado, mesmo que só venha a ter conhecimento dessa ilicitude em 
momento posterior, após recurso da defesa. 
32. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O Delegado de Polícia Epamilondas deu início ao 
interrogatório do investigado Paulo Roberto, após o seu indiciamento. O indiciado, 
acompanhado por seu advogado, optou por exercer o seu direito ao silêncio. Em seguida, 
Epamilondas sugeriu ao indiciado acordo de colaboração premiada, indicando os 
benefícios possíveis. Nessa situação, o referido Delegado cometeu crime de abuso de 
autoridade, por ter prosseguido com o interrogatório de Paulo Roberto, mesmo este 
tendo decidido exercer o seu direito ao silêncio. 
33. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) De acordo com a Lei n° 13.869/2019, constitui crime 
de abuso de autoridade o agente público deixar de identificar-se ao preso quando de sua 
captura. Pode-se afirmar, portanto, que a referida lei criminalizou como abuso de 
autoridade a utilização de balaclavas em operações policiais de alto risco. 
34. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O agente policial que mantém homem e mulher no 
mesmo compartimento constritivo de viatura policial, por mero capricho ou satisfação 
pessoal, comete crime de abuso de autoridade. 
35. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui crime de abuso de autoridade o fato de o 
agente público, com o intuito de prejudicar terceiro, solicitar o depoimento de pessoa 
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou 
resguardar sigilo. 
 
11 
 
36. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Pode configurar crime de abuso de autoridade 
previsto na Lei n° 13.869/2019 a omissão dolosa quanto à imediata liberação de criança 
ou adolescente cuja apreensão tenha sido ilegal. 
37. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O empresário Ricardo Brecht foi convidado para depor 
como testemunha em determinada CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre fatos 
que já estavam sendo investigados pela Polícia Federal. Era público e notório que o 
empresário se encontrava na posição de principal suspeito no cometimento de diversos 
crimes e estava prestes a ser indiciado. No dia do depoimento, por mero capricho, o 
Senador Presidente da CPI impediu Ricardo de se entrevistar pessoal e reservadamente 
com seu advogado, por prazo razoável, antes da sessão na qual seria ouvido. Neste caso, 
o Senador Presidente da CPI cometeu crime de abuso de autoridade previsto 
expressamente na Lei nº 13.869/2019. 
38. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o magistrado 
que, após avaliar os fatos e as provas, por não entender cabível, deixar de deferir ordem 
de habeas corpus. O referido crime se consuma após a instância superior, acatando 
recurso do paciente, conceder o habeas corpus por considerá-lo manifestamente cabível. 
39. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Alfredo, servidor público da Receita Federal, 
acreditando estar respaldado pela legislação fiscal vigente, exigiu de administrado o 
cumprimento de obrigação sem expresso amparo legal. Nessa situação, Alfredo cometeu 
crime previsto na nova lei de abuso de autoridade. 
40. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o agente 
público que, por mera satisfação pessoal, convence o preso a se exibir à curiosidade 
pública em programa de televisão de viés editorial sensacionalista. 
 
12 
 
41. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) É efeito automático da condenação em crime de abuso 
de autoridade tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. 
42. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Na condenação por crime de abuso de autoridade, 
independentemente de requerimento do ofendido, deve o juiz fixar na sentença o valor 
mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por 
ele sofridos. 
43. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) As notícias de crimes previstosna nova lei de abuso 
de autoridade que descreverem falta funcional serão informadas à autoridade 
competente com vistas à apuração. 
44. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui crime de abuso de autoridade requisitar ou 
instaurar em desfavor de alguém procedimento investigatório de infração penal sem 
qualquer indício, não haverá crime, entretanto, se o referido procedimento se referir à 
infração administrativa, mesmo que igualmente não haja qualquer indício em desfavor 
do investigado. 
45. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A Lei nº 13.869/2019 criminaliza a “carteirada”, já que 
tona típico o fato de se utilizar do cargo ou invocar essa condição para se eximir de 
obrigação ou obter vantagem ou privilégio indevido. 
46. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o agente 
público que estende a investigação em virtude da complexidade das diligências 
empregadas. 
47. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o agente 
público que nega ao interessado, seu defensor ou advogado, acesso aos autos de 
 
13 
 
investigação que contenham diligências em andamento, como a realização de 
interceptações telefônicas. 
48. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui crime de abuso de autoridade antecipar o 
responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, 
atribuição de culpa, depois de concluídas as apurações e formalizada a acusação. 
49. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete abuso de autoridade o magistrado que, por 
mero capricho, decreta a condução coercitiva de testemunha ou investigado sem realizar 
prévia intimação de comparecimento ao juízo. 
50. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Com o intuito de prejudicar o investigado Jason, o 
policial James da equipe de Inteligência da Polícia Civil se fez passar por agente 
comunitário de saúde, de maneira a conseguir adentrar o imóvel de Jason, por ter falado 
que precisaria verificar se tinha algum foco de dengue naquele local. No interior do 
referido imóvel, James obteve provas que foram utilizadas formalmente na investigação. 
Nessa situação, as mencionadas provas são lícitas, não tendo James cometido crime 
algum por estar amparado pelo estrito cumprimento do seu dever legal. 
51. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o membro do 
Ministério Público que, com o intuito de prejudicar o investigado, procede à persecução 
penal sem justa causa fundamentada. 
52. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Pratica crime de abuso de autoridade o agente público 
que não comunica, imediatamente, a prisão de determinada pessoa e o local onde se 
encontra à sua família ou à pessoa por ele indicada, pelo fato de uma forte tempestade 
 
14 
 
ter danificado torres de comunicação telefônica e ter inviabilizado o trânsito de veículos 
dentro da cidade. 
53. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O Policial Penal Abreu recebeu alvará de soltura para 
dar cumprimento e promover a imediata soltura do preso Ayrton. Todavia, nesse mesmo 
momento Abreu recebeu uma mensagem via whatsapp de sua namorada terminando o 
namoro. Fragilizado com o término do relacionamento (e pela forma do rompimento 
amoroso), Abreu acabou se esquecendo de cumprir o alvará de soltura e Ayrton acabou 
ficando três dias a mais preso, quando a Administração Penitenciária verificou o erro e só 
então deu cumprimento ao alvará de soltura. Nessa situação, o policial penal Abreu 
poderá ser responsabilizado na esfera administrativa por descumprimento dos seus 
deveres funcionais, além de responder por crime de abuso de autoridade previsto na Lei 
nº 13.869/2019. 
54. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A Lei nº 13.869/2019 prevê a suspensão do exercício 
do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda 
dos vencimentos e das vantagens. A referida suspensão possui natureza jurídica de 
sanção administrativo-disciplinar. 
55. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Segundo a Lei nº 13.869/2019, será admitida ação 
privada subsidiária da pública se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, 
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia 
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, 
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação 
como parte principal. 
 
15 
 
56. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Responde por crime de abuso de autoridade o agente 
público que constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de 
instituição hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já 
tenha ocorrido, por acreditar que a referida pessoa ainda está viva e, desesperadamente, 
buscar tratamento médico. 
57. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui crime de abuso de autoridade previsto na 
Lei nº 13.869/2019 a conduta consistente em inovar artificiosamente, no curso de 
diligência, de investigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com 
o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou 
agravar-lhe a responsabilidade. 
58. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Valtuíno, Diretor de Estabelecimento Penal, temendo 
responsabilização administrativa de sua gestão, impediu, injustificadamente, o envio de 
pleito de determinado preso à autoridade judiciária competente para a apreciação das 
circunstâncias de sua custódia. O magistrado responsável pela vara de execuções penais 
competente para apreciação do pleito foi cientificado dessa situação por petição firmada 
por um dos agentes penitenciários do referido estabelecimento penal, que estava 
revoltado com a injustiça da situação enfrentada pelo mencionado preso. Ciente desse 
impedimento, o referido Magistrado se manteve inerte, não tomando as providências 
para saná-lo, pois era amigo de Valtuíno. Nessas circunstâncias, tanto Valtuíno quanto o 
magistrado cometeram crimes de abuso de autoridade previsto na Lei nº 13.869/2019. 
59. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A nova Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 
13.869/2019, promoveu alterações na Lei de Interceptações Telefônicas. 
 
16 
 
60. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O reincidente em crime de abuso de autoridade tem 
direito ao benefício da substituição de sua pena privativa de liberdade por penas 
restritivas de direitos, como a prestação de serviços à comunidade ou a entidades 
públicas ou a suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 
1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
2. GABARITO 
 
1 2 3 4 5 
C E E E C 
6 7 8 9 10 
C E C E E 
11 12 13 14 15 
E E C E C 
16 17 18 19 20 
E E E E E 
21 22 23 24 25 
E C E E C 
26 27 28 29 30 
E C E E C 
31 32 33 34 35 
E E E C E 
36 37 38 39 40 
E E E E E 
41 42 43 44 45 
C E C E C 
46 47 48 49 50 
E E E C E 
51 52 53 54 55 
C E E E C 
56 57 58 59 60 
E C C C E 
 
 
18 
 
3. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade 
qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou 
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e de Território. 
Comentário: A nova Lei de Abuso de Autoridade traz um âmbito subjetivo de aplicação 
bastante amplo, definindo crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, 
servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do 
poder que lhe tenha sido atribuído. Pode figurar como sujeito ativo desses crimes qualquer 
agente público, servidor ou não, que exerça, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma 
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade da 
administração direta, indiretaou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território. 
Gabarito: CERTO. 
2. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A nova Lei de Abuso de Autoridade prevê crimes de 
ação penal pública condicionada à representação e crimes de ação penal pública 
incondicionada. 
A Lei nº 13.869 prevê apenas crimes de ação penal pública incondicionada. 
 
19 
 
Gabarito: ERRADA. 
3. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A Lei nº 13.869/2019 prevê expressamente a 
possibilidade de ação penal privada subsidiária da pública, exercida no prazo de 12 (doze) 
meses, contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia. 
É verdade que a nova lei de abuso de autoridade prevê a possibilidade de ação penal 
privada subsidiária da pública. Todavia, o prazo para exercício é de 6 (seis) meses, contado 
da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia. 
Gabarito: ERRADO. 
4. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Nos termos da Lei nº 13.869/2019, constitui efeito 
automático da condenação por crime de abuso de autoridade a perda do cargo, do 
mandato ou da função pública. 
Comentário: A perda do cargo, do mandato ou da função pública constitui efeito NÃO 
AUTOMÁTICO da condenação por crime de abuso de autoridade, devendo o juiz motivar 
especificamente na sentença penal condenatória. 
Gabarito: ERRADO. 
5. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) De acordo com a nova Lei de Abuso de Autoridade, para 
aplicar a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período 
de 1 (um) a 5 (cinco) anos, deve o Juiz motivar de forma específica na sentença 
condenatória. 
 
20 
 
Comentário: Perfeito! Como o referido efeito extrapenal da condenação não é 
automático, o juiz deve motivar especificamente na sentença penal condenatória. 
Gabarito: CERTO. 
6. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A perda do cargo, do mandato ou da função pública e 
a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 
(um) a 5 (cinco) anos, como efeitos da condenação por crime de abuso de autoridade, 
nos termos da Lei nº 13.869/2019, são condicionados à ocorrência de reincidência em 
crimes dessa natureza. 
Comentário: É isso mesmo! Ambos os efeitos referidos na assertiva são condicionados à 
reincidência específica (reincidência em crimes de abuso de autoridade). 
Gabarito: CERTO. 
7. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Nos termos da Lei nº 13.869/2019, não é possível a 
substituição das penas privativas de liberdade por penas restritivas de direitos, tendo em 
vista a gravidade da violação aos bens jurídicos protegidos pela referida lei. 
Comentário: É possível a substituição por penas restritivas de direitos, mencionadas 
expressamente nos incisos I e II do art. 5º da nova lei de abuso. Todavia, os crimes de 
abuso de autoridade cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa (art. 13; art. 22, 
I; art. 24 da Lei nº 13.869/2019) não são suscetíveis da mencionada substituição, tendo 
em vista o óbice legal estabelecido no art. 44, I do Código Penal. 
Gabarito: ERRADO. 
 
21 
 
8. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) De acordo com a nova Lei de Abuso de Autoridade, a 
divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso 
de autoridade. 
Comentário: Perfeito! É o teor do §2º do art. 1º da Lei nº 13.869/2019. Ressalte-se que 
para configurar crime de abuso de autoridade a referida lei exige que o sujeito ativo 
pratique as condutas nela tipificadas com o dolo específico de prejudicar outrem ou 
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. 
Dessa maneira, fica evidente que mera divergência na interpretação de lei ou na avaliação 
de fatos e provas não configura as modalidades de dolo específico exigidas pela lei. 
Gabarito: CERTO. 
9. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O Delegado de Polícia Civil Floriosmildo submeteu 
preso, capturado em flagrante delito, a interrogatório policial durante o período de 
repouso noturno. Nessa situação, Floriosmildo poderá responder por crime de abuso de 
autoridade previsto na Lei nº 13.869/2019. 
Comentário: A nova Lei de Abuso tipifica como crime de abuso de autoridade a conduta 
de submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo 
se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar 
declarações. Observe que a lei menciona duas exceções: 1. Preso capturado em flagrante 
delito; 2. Preso consentir em prestar declarações, desde que esteja devidamente assistido 
pelo seu advogado ou defensor público. Como o preso havia sido capturado em flagrante 
delito, o interrogatório policial durante o período de repouso noturno não tipifica crime 
de abuso de autoridade. 
 
22 
 
Gabarito: ERRADO. 
10. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A Juíza Sérgia Mara, titular de uma das varas criminais 
do TJDFT, divulgou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretendia produzir 
em sede de instrução processual penal, expondo momentos íntimos do investigado Lolo 
com a sua amante. Nessa situação, a referida magistrada poderá responder por crime de 
abuso de autoridade previsto na Lei nº 13.869/2019, sujeita à pena de reclusão de 1 a 4 
anos, e multa. 
Comentário: Qualquer semelhança com os nomes é mera coincidência, ok?! Hehe Veja só 
meu querido aluno... muito cuidado com essa questão! A conduta descrita em tese 
configuraria o crime previsto no art. 28 da nova Lei de Abuso: 
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se 
pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a 
imagem do investigado ou acusado: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Todavia... o examinador (eu, no caso hehe) foi malandro! Tem uma pegadinha no final da 
questão: a assertiva fala que a juíza estaria sujeita à pena de reclusão de 1 a 4 anos, e 
multa. Acontece que a nova lei de abuso de autoridade não traz nenhum crime punível 
com pena de reclusão. Apenas DETENÇÃO! Beleza?! Promete pra mim que não errar uma 
dessa na hora da prova?! Fechado! Temos um acordo! 
Gabarito: ERRADO. 
 
23 
 
11. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade 
qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou 
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e de Território, que abuse do poder que lhe tenha sido atribuído, desde que 
esteja no exercício de suas funções. 
Comentário: Não necessariamente precisa estar no exercício do cargo. Nos termos do art. 
1º da Lei nº 13.869/2019, os crimes de abuso de autoridade podem ser cometidos no 
exercício das funções ou a pretexto de exercê-las. 
Gabarito: ERRADO. 
12. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) De acordo com a nova Lei de Abuso de Autoridade, 
para aplicar a perda do cargo, do mandato ou da função pública, deve o Juiz motivar de 
forma específica na sentença condenatória, desde que o réu seja reincidente em crime 
doloso. 
Comentário: A primeira parte da questão está correta. Para aplicar a perda do cargo, do 
mandato ou da função pública ou a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou 
função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos, o Juiz deverá sempre motivar de 
forma específica, tendo em vista que esses efeitos da condenação não são automáticos. 
Todavia, a reincidência deve ser específica. Veja que a questão apontou uma reincidência 
genérica (ser reincidente em crime doloso). De acordo com a Lei nº 13.869/2019, para que 
se apliquem os referidos efeitos não automáticos deve haver reincidência específica em 
crime de abuso de autoridade. 
Gabarito: ERRADO. 
 
24 
 
13. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Situação Hipotética: O Magistrado Tício decretou, em 
processo judicial, a indisponibilidade dos ativos financeiros no valor de R$ 900.000,00(novecentos mil reais) do réu Caio por conta de uma dívida que este tinha com a parte 
autora no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). O réu Caio peticionou pela 
reconsideração da medida, requerendo a redução do valor bloqueado para patamar 
compatível à sua dívida, mesmo assim o Magistrado Tício manteve a decisão inicial. 
Assertiva: O magistrado Tício responderá por crime de abuso de autoridade, com pena 
de detenção de um a quatro anos e multa. 
Comentário: Nos termos da Lei nº 13.869/2019, responde por crime de abuso de 
autoridade o magistrado que decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos 
financeiros em quantia que extrapole exacerbadamente o valor estimado para a 
satisfação da dívida da parte e ante a demonstração, pela parte, da excessividade da 
medida, deixe de corrigi-la. Observe que o crime só se consuma após a parte demonstrar 
a excessividade da medida e o Juiz deixar de corrigi-la. Desse modo, Tício cometeu crime 
previsto na nova lei de abuso de autoridade, para o qual se atribui pena de detenção, de 
1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Gabarito: CERTO. 
 
14. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Em qualquer hipótese, o agente público que demora 
demasiadamente no exame de processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado 
responde por crime de abuso de autoridade previsto na Lei nº 13.869/2019. 
Comentário: A questão generalizou ao inserir a expressão “em qualquer hipótese”. 
Responderá por crime de abuso de autoridade, nos termos do art. 37 da Lei, o agente 
 
25 
 
público que assim o proceder de maneira injustificada, com o intuito de procrastinar o 
andamento ou retardar o julgamento do referido processo. 
Gabarito: ERRADO. 
15. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui infração de menor potencial ofensivo o fato 
de o responsável pelas investigações antecipar, por meio de comunicação, inclusive rede 
social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação. 
Comentário: A conduta mencionada na assertiva está presente no art. 38 da Lei nº 
13.869/2019, com a previsão de pena em abstrato de detenção, de 6 (seis) meses a 2 
(dois) anos, e multa. Como a pena privativa de liberdade máxima prevista em abstrato 
não ultrapassa o quantum de dois anos, trata-se realmente de uma infração de menor 
potencial ofensivo, aplicando-se o procedimento e os institutos despenalizadores 
previstos na Lei nº 9.099/95. 
Gabarito: CERTO. 
16. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Nos termos da Lei nº 13.869/2019, comete crime de 
abuso de autoridade o agente público que cumpre mandado de busca e apreensão 
domiciliar após as 18h (dezoito horas) ou antes das 5h (cinco horas). 
De acordo com o inciso III do §1º do art. 22 da referida Lei, responderá por crime de abuso 
de autoridade o agente que cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 
21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas). 
Gabarito: ERRADO. 
 
26 
 
17. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Todos os crimes previstos na Lei nº 13.869/2019 
podem ter suas penas privativas de liberdade substituídas por penas restritivas de direito. 
Comentário: Os crimes de abuso de autoridade cometidos com violência ou grave ameaça 
à pessoa (art. 13; art. 22, I; art. 24 da Lei nº 13.869/2019) não são suscetíveis da 
mencionada substituição, tendo em vista o óbice legal estabelecido no art. 44, I do Código 
Penal. 
Gabarito: ERRADO. 
18. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Os crimes de abuso de autoridade previstos na Lei nº 
13.869/2019 que forem cometidos por militares em serviço serão da competência da 
justiça comum. 
Comentário: Com a mudança no Código Penal Militar realizada pela Lei nº 13.491/2017, 
houve um alargamento da competência das justiças militares da União e dos Estados. A 
mencionada lei considerou como crimes militares não apenas os crimes previstos no 
Código Penal Militar, mas também os previstos na legislação penal comum, desde que 
praticados nas circunstâncias enumeradas nas alíneas do inciso II do art. 9º do Código 
Penal castrense, entre as quais se encontra a circunstância de o militar estar em serviço. 
Gabarito: ERRADO. 
19. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Serão aplicados o rito e os institutos despenalizadores 
previstos na Lei nº 9.099/95 aos crimes de abuso de autoridade cometidos por militares, 
desde que constituam infrações de menor potencial ofensivo. 
 
27 
 
Comentário: Essa é uma questão interdisciplinar, que envolve conhecimentos da Lei nº 
13.869/2019 e da Lei nº 9.099/95. Aposto muito em uma questão como essa em sua 
prova, tendo em vista que ambas as leis estão no seu edital! Veja... nos termos do art. 90-
A, a Lei nº 9.099/95 não se aplica no âmbito da Justiça Militar! Dessa maneira, mesmo 
que o militar cometa um crime que constitua infração de menor potencial ofensivo, com 
pena máxima cominada em abstrato que não ultrapasse o quantum de 2 anos, não 
teremos a aplicação das disposições da Lei dos Juizados Especiais Criminais, não havendo 
que se falar na aplicação do rito sumaríssimo ou dos institutos despenalizadores ali 
previstos. 
Gabarito: ERRADO. 
20. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui crime de abuso de autoridade requisitar 
instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração administrativa, à falta 
de qualquer indício da prática de ilícito funcional ou infração administrativa, mesmo nos 
casos de justificada sindicância ou investigação preliminar sumária. 
Comentário: Nos termos do parágrafo único do art. 27, não haverá crime quando se tratar 
de sindicância ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada. 
Gabarito: ERRADO. 
21. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Nos termos da Lei nº 13.869/2019, as 
responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, sendo admissível 
o questionamento sobre a existência ou a autoria do fato nas esferas cível e 
administrativa quando esses elementos tenham sido elucidados e decididos no juízo 
criminal. 
 
28 
 
Comentário: Quando essas questões tiverem sido elucidadas e decididas no juízo criminal, 
não será possível o questionamento sobre a existência ou a autoria do fato nas esferas 
cível e administrativa, nos termos do art. 7º da nova lei de abuso. 
Gabarito: ERRADO. 
22. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Segundo a nova lei de abuso de autoridade, faz coisa 
julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que 
reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em 
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
Comentário: É o que prevê o art. 8º da Lei nº 13.869/2019. 
Gabarito: CERTO. 
23. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Responde por crime de abuso de autoridade o agente 
público que, pelo excesso de serviço e escassez de pessoal, deixa de entregar ao preso, 
no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o 
motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas, conseguindo entregar a 
referida nota apenas após 36 (trinta e seis) horas. 
Comentário: Para que o referido agente responda por crime previsto na nova lei de abuso 
de autoridade, além da prática das condutas objetivamente descritas, deve estar presente 
o dolo específico mencionado no §1º do art. 1º (prejudicar outrem ou beneficiar a si 
mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal). A questão deixa 
claro que esse dolo não está presente ao referir que na situação hipotética descrita o 
agente teria deixado de entregar a nota de culpa no prazo de 24 (vinte e quatro) horas 
devido ao excesso de serviço e escassez de pessoal na repartição. 
 
29 
 
Gabarito: ERRADO. 
24. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade, previsto 
expressamente na Lei nº 13.869/2019, o agente público que constrange o preso ou o 
detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência,a exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública. O referido agente 
público poderá, em tese, ser beneficiado pelo instituto da suspensão condicional do 
processo ou ter sua pena privativa de liberdade substituída pela pena restritiva de direito 
de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas. 
Comentário: A conduta descrita trata-se de crime de abuso de autoridade previsto no art. 
13, I da nova lei de abuso. Como a pena mínima não é superior a um ano, cabe em tese o 
benefício da suspensão condicional do processo, desde que cumpridos os outros requisitos 
enumerados na Lei nº 9.099/95. Todavia, caso haja condenação, não cabe substituição da 
pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito, tendo em vista que para os 
crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa impera o óbice legal 
estabelecido no art. 44, I do Código Penal. 
Gabarito: ERRADO. 
25. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o agente 
público que mantém, por mero capricho ou satisfação pessoal, na mesma cela, criança ou 
adolescente na companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado. 
Comentário: Trata-se da conduta prevista no parágrafo único do art. 21 da Lei nº 
13.869/2019. Veja que está presente o dolo específico de abusar do poder por mero 
capricho ou satisfação pessoal mencionado no §1º do art. 1º. 
 
30 
 
Gabarito: CERTO. 
26. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Nos termos da Lei nº 13.869/2019, a divergência na 
interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade. 
A referida previsão se enquadra como causa excludente de ilicitude. 
Comentário: Na verdade, a previsão normativa mencionada pela questão afasta o dolo 
específico exigido pela nova lei de abuso de autoridade (prejudicar outrem ou beneficiar 
a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal). Ao afastar 
o dolo, o fato passa a ser atípico. Trata-se, portanto, de exclusão da tipicidade e não da 
ilicitude. 
Gabarito: ERRADO. 
27. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O particular que atua em conjunto com agente público 
na prática de conduta tipificada pela Lei nº 13.869/2019 pode responder por crime de 
abuso de autoridade, desde que tenha conhecimento da condição de agente público do 
aliado. 
Comentário: Perfeito! Aplica-se no caso o art. 30 do Código Penal, segundo o qual as 
circunstâncias e as condições de caráter pessoal se comunicam quando forem 
elementares do crime e, logicamente, o coautor ou partícipe delas tenha conhecimento. 
Gabarito: CERTO. 
28. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O crime previsto no art. 9º da Lei 13.869/2019, 
consistente em decretar medida de privação de liberdade em manifesta 
 
31 
 
desconformidade com as hipóteses legais, é crime material que se consuma tão somente 
após o cumprimento da decisão judicial abusiva. 
Comentário: Trata-se de crime formal, que se consuma mesmo que não haja o 
cumprimento da decisão de privação de liberdade. 
Gabarito: ERRADO. 
29. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Responderá por crime de abuso de autoridade, 
previsto na Lei n° 13.869/2019, o agente público que, mediante violência, constranger o 
preso a produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro, causando-lhe sofrimento 
físico. 
Comentário: Nesta situação, por ter causado sofrimento físico, o agente responderá por 
crime de tortura-prova (ou tortura confissão) previsto no art. 1º, I, a, da Lei nº 9.455/97, 
que absorverá o crime de abuso de autoridade. 
Gabarito: ERRADO. 
30. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A autoridade que inova artificiosamente, no curso de 
investigação, o estado de coisa com o fim de eximir-se de responsabilidade, responderá 
por crime de abuso de autoridade consumado, previsto na Lei nº 13.869/2019, por mais 
que não consiga alcançar o seu objetivo. 
Comentário: Perfeito. A figura prevista no art. 23 da nova lei de abuso é crime formal. O 
fato de o agente público conseguir se eximir de responsabilidade é mero exaurimento da 
conduta delitiva. O crime se consuma no momento em que a autoridade inova 
 
32 
 
artificiosamente munido do dolo específico de se eximir de responsabilidade, mesmo que 
não consiga lograr esse intento. 
Gabarito: CERTO. 
31. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Responde por crime de abuso de autoridade previsto 
na Lei n° 13.869/2019 o agente público que faz uso de prova ilícita em desfavor do 
investigado ou fiscalizado, mesmo que só venha a ter conhecimento dessa ilicitude em 
momento posterior, após recurso da defesa. 
Comentário: Absurdo esse item! O agente público só responderia por crime de abuso de 
autoridade se tivesse prévio conhecimento da ilicitude da prova, nos termos do parágrafo 
único do art. 25 da Lei nº 13.869/2019. Até porque apenas nesse caso ficaria evidente o 
dolo específico exigido pelo §1º do art. 1º; 
Gabarito: ERRADO. 
32. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O Delegado de Polícia Epamilondas deu início ao 
interrogatório do investigado Paulo Roberto, após o seu indiciamento. O indiciado, 
acompanhado por seu advogado, optou por exercer o seu direito ao silêncio. Em seguida, 
Epamilondas sugeriu ao indiciado acordo de colaboração premiada, indicando os 
benefícios possíveis. Nessa situação, o referido Delegado cometeu crime de abuso de 
autoridade, por ter prosseguido com o interrogatório de Paulo Roberto, mesmo este 
tendo decidido exercer o seu direito ao silêncio. 
Comentário: Não há que se falar em crime de abuso de autoridade no caso descrito acima. 
Percebe-se a ausência do dolo específico mencionado no §1º do art. 1º da mesma Lei. Com 
efeito, não se pode inferir que a sugestão de acordo de colaboração premiada seja feita 
 
33 
 
com o dolo de “prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por 
mero capricho ou satisfação pessoal”. 
Gabarito: ERRADO. 
33. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) De acordo com a Lei n° 13.869/2019, constitui crime 
de abuso de autoridade o agente público deixar de identificar-se ao preso quando de sua 
captura. Pode-se afirmar, portanto, que a referida lei criminalizou como abuso de 
autoridade a utilização de balaclavas em operações policiais de alto risco. 
Comentário: A balaclava ou “capuz” é bastante utilizada pelas polícias civis e militares 
estaduais em ações operacionais de alto risco realizadas por grupos táticos. Muitas vezes 
também são utilizadas em operações da Polícia Federal contra grandes organizações 
criminosas e, de forma esporádica, pelo Exército Brasileiro, por exemplo, nas recentes 
operações de ocupação dos morros do Rio de Janeiro. A balaclava visa a proteção do 
policial, resguardando sua segurança em locais públicos nos quais são realizadas essas 
operações, mas não implica violação ao preceito constitucional segundo o qual “o preso 
tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial”. Nos termos expressos do art. 16 da nova lei de abuso, constitui crime “deixar de 
identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando 
deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão”. Pelo texto em negrito da lei, percebe-se 
que essa identificação não precisa acontecer presencialmente no momento exato da 
captura, pois isso poderia atrapalhar a execução dos trabalhos e a própria segurança dos 
envolvidos. Portanto, é comum que a identificação ocorra em momento posterior, durante 
as etapas administrativas no âmbito policial relacionadas à prisão. Por exemplo, a 
autoridade policial, no interrogatório do preso ou no registro de ocorrência (prisão 
 
34 
 
cautelar, captura ou recaptura), pode realizar expressa menção do nome dos responsáveis 
pela prisão. 
Gabarito: ERRADO. 
34. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O agente policial que mantém homem e mulher no 
mesmo compartimento constritivo de viatura policial, por mero capricho ou satisfação 
pessoal, comete crime de abusode autoridade. 
Comentário: Nos termos do art. 21 da Lei n° 13.869/2019, constitui crime de abuso de 
autoridade “manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de 
confinamento”. Observe que a Lei não se refere tão somente à cela (cárcere), mas a 
qualquer espaço de confinamento, entre os quais se encontra o referido compartimento 
da viatura policial (o famoso “camburão”). Veja também que a questão fez referência 
expressa ao dolo específico de “mero capricho ou satisfação pessoal” presente entre os 
previstos no §1º do art. 1º da referida Lei. 
Gabarito: CERTO. 
35. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui crime de abuso de autoridade o fato de o 
agente público, com o intuito de prejudicar terceiro, solicitar o depoimento de pessoa 
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou 
resguardar sigilo. 
Comentário: A mera solicitação não constitui crime de abuso de autoridade. Nos termos 
do art. 15 configura crime de abuso quando o agente público constrange a depor, sob 
ameaça de prisão, as pessoas referidas na assertiva que possuem prerrogativa de sigilo. 
 
35 
 
Gabarito: ERRADO. 
36. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Pode configurar crime de abuso de autoridade 
previsto na Lei n° 13.869/2019 a omissão dolosa quanto à imediata liberação de criança 
ou adolescente cuja apreensão tenha sido ilegal. 
Comentário: O examinador (eu, Prof. Diego, no caso... hehe) tentou lhe confundir, 
levando-o a crer que se trataria do delito previsto no inciso I do Parágrafo Único do art. 
9º da nova lei de abuso (“Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de 
prazo razoável, deixar de relaxar a prisão manifestamente ilegal”). Aplica-se ao caso o 
brocardo hermenêutico segundo o qual “Lex specialis derogat legi generali”, prevalecendo 
a lei específica. Veja ainda que a Lei de Abuso fala em prisão (imputáveis) e não em 
apreensão de criança ou adolescente. Trata-se, portanto, de crime específico previsto no 
art. 234 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990). 
Gabarito: ERRADO. 
37. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O empresário Ricardo Brecht foi convidado para depor 
como testemunha em determinada CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre fatos 
que já estavam sendo investigados pela Polícia Federal. Era público e notório que o 
empresário se encontrava na posição de principal suspeito no cometimento de diversos 
crimes e estava prestes a ser indiciado. No dia do depoimento, por mero capricho, o 
Senador Presidente da CPI impediu Ricardo de se entrevistar pessoal e reservadamente 
com seu advogado, por prazo razoável, antes da sessão na qual seria ouvido. Neste caso, 
o Senador Presidente da CPI cometeu crime de abuso de autoridade previsto 
expressamente na Lei nº 13.869/2019. 
 
36 
 
Comentário: Questão polêmica! Nos termos do parágrafo único do art. 20 da nova lei de 
abuso, constitui crime impedir “o preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se 
pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo razoável, antes de 
audiência JUDICIAL, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a 
audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por 
videoconferência.” Em primeiro lugar, veja-se que embora esteja sendo ouvido como 
testemunha, Ricardo Brecht está de fato na condição de investigado, preservando, por 
exemplo, seu direito constitucional ao silêncio. Quanto ao suposto crime apontado pela 
assertiva, este de fato estaria configurado se a mesma conduta tivesse sido praticado em 
uma audiência JUDICIAL. Direito Penal se interpreta restritivamente para incriminar! Não 
se pode ampliar o texto legal expresso para considerar criminosa a referida conduta do 
Presidente da CPI, a qual não ocorreu em uma audiência judicial. Portanto, não teremos 
a configuração de crime de abuso de autoridade, embora tal conclusão possa parecer 
injusta e revoltante. Qual foi mesmo o Poder que elaborou essa lei?! Isso talvez explique 
o fato de terem inserido essa expressão “judicial”. 
���� 
Gabarito: ERRADO. 
38. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o magistrado 
que, após avaliar os fatos e as provas, por não entender cabível, deixar de deferir ordem 
de habeas corpus. O referido crime se consuma após a instância superior, acatando 
recurso do paciente, conceder o habeas corpus por considerá-lo manifestamente cabível. 
Comentário: Ausente o dolo específico (prejudicar outrem, beneficiar a si mesmo ou a 
terceiro, mero capricho ou satisfação pessoal), não há o crime previsto no art. 9º, 
 
37 
 
Parágrafo Único, inciso III. Ademais, nos termos do §2ºdo art. 1º, a divergência na 
interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade. 
Gabarito: ERRADO. 
39. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Alfredo, servidor público da Receita Federal, 
acreditando estar respaldado pela legislação fiscal vigente, exigiu de administrado o 
cumprimento de obrigação sem expresso amparo legal. Nessa situação, Alfredo cometeu 
crime previsto na nova lei de abuso de autoridade. 
Comentário: Ao mencionar que Alfredo acreditava estar respaldado pela legislação fiscal 
vigente, a assertiva quis deixar claro que não houve dolo. Como não houve dolo 
(prejudicar alguém, beneficiar a si mesmo ou a terceiro ou por mero capricho ou 
satisfação pessoal), não há que se falar em crime de abuso de autoridade. 
Gabarito: ERRADO. 
40. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o agente 
público que, por mera satisfação pessoal, convence o preso a se exibir à curiosidade 
pública em programa de televisão de viés editorial sensacionalista. 
Comentário: Para que se configure o crime de abuso de autoridade previsto no art. 13, I 
da Lei nº 13.869/2019 é necessário que o agente público” constranja o preso ou o detento, 
mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência”, o que 
não aconteceu no caso apresentado pela assertiva, já que o agente público CONVENCEU 
o preso a se exibir à curiosidade pública. 
Gabarito: ERRADO. 
 
38 
 
41. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) É efeito automático da condenação em crime de abuso 
de autoridade tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. 
Comentário: Perfeito. Tratando-se de efeito automático da condenação, não se exige 
motivação específica por parte do Juiz. 
Gabarito: CERTO. 
42. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Na condenação por crime de abuso de autoridade, 
independentemente de requerimento do ofendido, deve o juiz fixar na sentença o valor 
mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por 
ele sofridos. 
Comentário: Nos termos do inciso I do art. 4º da Lei nº 13.869/2019, para que o juiz da 
seara criminal arbitre patamar mínimo para reparação dos danos, o ofendido deve 
requerer. 
Gabarito: ERRADO. 
43. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) As notícias de crimes previstos na nova lei de abuso 
de autoridade que descreverem falta funcional serão informadas à autoridade 
competente com vistas à apuração. 
Comentário: Como as esferas são independentes, para fins de responsabilização 
administrativa do agente que cometer crime de abuso de autoridade, a Lei fez previsão 
do dever de comunicação do fato à autoridade administrativa competente para apurar 
faltas funcionais. 
Gabarito: CERTO. 
 
39 
 
44. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui crime de abuso de autoridade requisitar ou 
instaurar em desfavor de alguém procedimento investigatório de infração penal sem 
qualquer indício, não haverá crime, entretanto, se o referido procedimento se referir à 
infração administrativa, mesmo que igualmente não haja qualquer indício em desfavor 
do investigado. 
Comentário: O crime previsto no art. 27 da Lei nº 13.869/2019 se aplica ao contexto de 
investigação sem indícios seja na esfera penal ou na administrativa.Gabarito: ERRADO. 
45. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A Lei nº 13.869/2019 criminaliza a “carteirada”, já que 
tona típico o fato de se utilizar do cargo ou invocar essa condição para se eximir de 
obrigação ou obter vantagem ou privilégio indevido. 
Comentário: Perfeito! É isso mesmo. As famosas “carteiradas” foram criminalizadas pelo 
art. 33, parágrafo único da Lei nº 13.869/2019. 
Gabarito: CERTO. 
46. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o agente 
público que estende a investigação em virtude da complexidade das diligências 
empregadas. 
Comentário: Para se configurar o crime previsto no art. 31 da Lei nº 13.869/2019, o agente 
deve estender INJUSTIFICADAMENTE a investigação, procrastinando-a em prejuízo do 
investigado ou fiscalizado. Veja que deve estar presente o dolo de prejudicar o investigado 
ou fiscalizado, de maneira que torna a demora na investigação algo injustificado. Não foi 
 
40 
 
o que aconteceu no comando da assertiva... a questão menciona uma justificativa 
plausível – a complexidade das diligências. 
Gabarito: ERRADO. 
47. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o agente 
público que nega ao interessado, seu defensor ou advogado, acesso aos autos de 
investigação que contenham diligências em andamento, como a realização de 
interceptações telefônicas. 
Comentário: De forma alguma! O crime de abuso de autoridade ocorre quando se nega 
acesso aos documentos relativos a etapas vencidas da investigação, nos termos do art. 32 
da Lei nº 13.869/2019, que incorporou entendimento que já era veiculado pela Súmula 
Vinculante nº 14. 
Gabarito: ERRADO. 
48. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui crime de abuso de autoridade antecipar o 
responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, 
atribuição de culpa, depois de concluídas as apurações e formalizada a acusação. 
Comentário: Uma palavrinha tornou errada a questão. O crime ocorre quando essa 
antecipação se der ANTES de concluídas as apurações e formalizada a acusação. 
Gabarito: ERRADO. 
49. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete abuso de autoridade o magistrado que, por 
mero capricho, decreta a condução coercitiva de testemunha ou investigado sem realizar 
prévia intimação de comparecimento ao juízo. 
 
41 
 
Comentário: Exatamente! É necessária a prévia intimação que oportunize o 
comparecimento voluntário. 
Gabarito: CERTO. 
50. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Com o intuito de prejudicar o investigado Jason, o 
policial James da equipe de Inteligência da Polícia Civil se fez passar por agente 
comunitário de saúde, de maneira a conseguir adentrar o imóvel de Jason, por ter falado 
que precisaria verificar se tinha algum foco de dengue naquele local. No interior do 
referido imóvel, James obteve provas que foram utilizadas formalmente na investigação. 
Nessa situação, as mencionadas provas são lícitas, não tendo James cometido crime 
algum por estar amparado pelo estrito cumprimento do seu dever legal. 
Comentário: As provas obtidas por James são ilícitas! Veja... não se deve confundir a 
atividade de Inteligência com investigação criminal, sob pena de serem cometidos 
inúmeros equívocos. Investigação restringe a liberdade individual. Por essa razão, precisa 
seguir todas as regras previstas na Lei. No contexto de uma investigação para o Policial 
poder adentrar a casa do investigado seria necessária autorização judicial. Além disso, 
James cometeu crime de abuso de autoridade, já que com o intuito de prejudicar Jason, 
adentrou seu imóvel astuciosamente sem determinação judicial (art. 22 da Lei nº 
13.869/2019). 
Gabarito: ERRADO. 
51. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Comete crime de abuso de autoridade o membro do 
Ministério Público que, com o intuito de prejudicar o investigado, procede à persecução 
penal sem justa causa fundamentada. 
 
42 
 
Comentário: Trata-se do crime previsto no art. 30 da Lei nº 13.869/2019. 
Gabarito: CERTO. 
52. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Pratica crime de abuso de autoridade o agente público 
que não comunica, imediatamente, a prisão de determinada pessoa e o local onde se 
encontra à sua família ou à pessoa por ele indicada, pelo fato de uma forte tempestade 
ter danificado torres de comunicação telefônica e ter inviabilizado o trânsito de veículos 
dentro da cidade. 
Comentário: Veja que houve um fato extraordinário na cidade que impossibilitou a 
comunicação imediata exigida pela Constituição e pela Lei. Não está presente, portanto, 
o dolo específico exigido no §1º do art. 1º da Lei n° 13.869/2019. 
Gabarito: ERRADO. 
53. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O Policial Penal Abreu recebeu alvará de soltura para 
dar cumprimento e promover a imediata soltura do preso Ayrton. Todavia, nesse mesmo 
momento Abreu recebeu uma mensagem via whatsapp de sua namorada terminando o 
namoro. Fragilizado com o término do relacionamento (e pela forma do rompimento 
amoroso), Abreu acabou se esquecendo de cumprir o alvará de soltura e Ayrton acabou 
ficando três dias a mais preso, quando a Administração Penitenciária verificou o erro e só 
então deu cumprimento ao alvará de soltura. Nessa situação, o policial penal Abreu 
poderá ser responsabilizado na esfera administrativa por descumprimento dos seus 
deveres funcionais, além de responder por crime de abuso de autoridade previsto na Lei 
nº 13.869/2019. 
 
43 
 
Comentário: Além de ter ficado solteiro, Abreu responderá por infração administrativa. 
Todavia, não se caracterizou crime de abuso de autoridade, já que não houve o dolo 
específico exigido pela Lei: prejudicar alguém, beneficiar a si mesmo ou a terceiro ou por 
mero capricho ou satisfação pessoal. 
Gabarito: ERRADO. 
54. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A Lei nº 13.869/2019 prevê a suspensão do exercício 
do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda 
dos vencimentos e das vantagens. A referida suspensão possui natureza jurídica de 
sanção administrativo-disciplinar. 
Comentário: A nova lei de abuso de autoridade realmente prevê a referida suspensão. 
Todavia, essa suspensão possui natureza jurídica de sanção penal (pena restritiva de 
direitos substitutiva de pena privativa de liberdade). 
Gabarito: ERRADO. 
55. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Segundo a Lei nº 13.869/2019, será admitida ação 
privada subsidiária da pública se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, 
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia 
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, 
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação 
como parte principal. 
Comentário: É o teor do §2º do art. 3º da nova lei de abuso de autoridade. 
Gabarito: CERTO 
 
44 
 
56. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Responde por crime de abuso de autoridade o agente 
público que constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de 
instituição hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já 
tenha ocorrido, por acreditar que a referida pessoa ainda está viva e, desesperadamente, 
buscar tratamento médico. 
Comentário: Não responde por crime de abuso de autoridade por ausência de dolo 
específico, consistente no especial “fim de alterar local ou momento de crime, 
prejudicando sua apuração” (conduta normalmente levada a cabo para prejudicar 
alguém ou obter benefício para si ou para outrem). Na nossa questão, o agente público 
apenas buscava desesperadamente tratamento para uma pessoa que acreditava estar 
viva. Esse agente pode responder na esfera administrativa ou cível, ou até mesmo 
criminalmente pela violência ou grave ameaça exercida, mas não responderá por crime 
de abuso de autoridade por ausência de dolo específico. 
Gabarito: ERRADO. 
57. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Constitui crime de abuso de autoridadeprevisto na 
Lei nº 13.869/2019 a conduta consistente em inovar artificiosamente, no curso de 
diligência, de investigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com 
o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou 
agravar-lhe a responsabilidade. 
Comentário: Trata-se da conduta prevista no art. 23 da Lei. 
Gabarito: CERTO. 
 
45 
 
58. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) Valtuíno, Diretor de Estabelecimento Penal, temendo 
responsabilização administrativa de sua gestão, impediu, injustificadamente, o envio de 
pleito de determinado preso à autoridade judiciária competente para a apreciação das 
circunstâncias de sua custódia. O magistrado responsável pela vara de execuções penais 
competente para apreciação do pleito foi cientificado dessa situação por petição firmada 
por um dos agentes penitenciários do referido estabelecimento penal, que estava 
revoltado com a injustiça da situação enfrentada pelo mencionado preso. Ciente desse 
impedimento, o referido Magistrado se manteve inerte, não tomando as providências 
para saná-lo, pois era amigo de Valtuíno. Nessas circunstâncias, tanto Valtuíno quanto o 
magistrado cometeram crimes de abuso de autoridade previsto na Lei nº 13.869/2019. 
Comentário: A nova Lei de Abuso, em seu art. 19, afirma que constitui crime de abuso de 
autoridade a conduta de “impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de 
preso à autoridade judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão 
ou das circunstâncias de sua custódia”. No caso em tela, Valtuíno praticou a referida 
conduta com o dolo específico de obter benefício próprio consistente em não ser 
responsabilizado administrativamente. No parágrafo único do mesmo dispositivo, a Lei 
menciona que “incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do impedimento ou da 
demora, deixa de tomar as providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente 
para decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja”. 
Na situação prática trazida pela assertiva, o magistrado pratica a mencionada conduta 
com o dolo específico de beneficiar Valtuíno, motivado pela amizade existente. Veja, 
portanto, que ambos serão responsabilizados por crimes de abuso previstos na Lei 
nº13.869/2019. 
Gabarito: CERTO. 
 
46 
 
59. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) A nova Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 
13.869/2019, promoveu alterações na Lei de Interceptações Telefônicas. 
Comentário: Tais alterações estão presentes no art. 41 da Lei nº 13.869/2019, que 
modifica o art. 10 da Lei nº 9.296/96 (Lei de Interceptações Telefônicas). 
Gabarito: CERTO. 
60. (INÉDITA – Prof. Diego Fontes) O reincidente em crime de abuso de autoridade tem 
direito ao benefício da substituição de sua pena privativa de liberdade por penas 
restritivas de direitos, como a prestação de serviços à comunidade ou a entidades 
públicas ou a suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 
1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens. 
Comentário: Questão interdisciplinar! Para acertar não bastava conhecer a Lei nº 
13.869/2019. De acordo com o art. 44, II do Código Penal, não é possível a substituição 
quando o réu for reincidente em crime doloso... veja que nesse caso nem se exige a 
reincidência específica, bastando a reincidência em crime doloso para impossibilitar a 
substituição. 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
www.enapol.com.br/pcdf 
http://www.enapol.com.br/pcdf
	1. QUESTÕES SEM OS COMENTÁRIOS
	2. GABARITO
	3. QUESTÕES COMENTADAS

Continue navegando