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ANA LUISA ARRBAL DE ALMEIDA – VET140 -Local e via de entrada é oral trato gastrointestinal. -Dentro da família, há em torno de 40 gêneros, 180 espécies e infinitos subgrupos ou classificações dentro das espécies e subespécies. -A família pode ser dividida em patógenos principais e oportunistas. Os patógenos oportunistas necessitam de uma infecção prévia para poder se estabelecer (indivíduo com uma baixa na imunidade). Patógenos principais já possuem uma grande chance de estabelecimento sem necessidade de infecção prévia. Dentre os patógenos principais estão a E. coli e Salmonella – a E. coli está presente na microbiota natural do trato gastrointestinal (TGI), ou seja, o que causa a infecção é outra cepa de Escherichia coli (mais patogênica), talvez devido a um desequilíbrio do TGI. Por outro lado, a Salmonella não é natural do TGI. -A Klebsiella está relacionada à pneumonia (oportunista pela relação com a idade), mastite e infecção do trato urinário. -Não é comum ou natural essas bactérias estarem presentes no trato urinário, respiratório ou nas mamas. É provável que seja uma contaminação pela eliminação nas fezes (ambiente). Ou seja, a contaminação pelas fezes faz com que essas bactérias entéricas aconteçam em outros sistemas. -Proteus: também relacionado à infecções do trato urinário. Ao pensar em diagnóstico, essa bactéria geralmente se destaca na questão reprodutiva em meios de cultura, ou seja, mesmo que não haja um meio seletivo, Proteus cresce em maior quantidade (oportunista). • Gram-negativas; • Bacilos; • Oxidase (-); • Anaeróbias facultativas; • Catalase (+); • Podem ser móveis (maioria) – dentro de um mesmo gênero, pode haver bactérias móveis ou imóveis. • Toleram sais biliares – meio MacConkey; • Fermentadores de glicose. -São várias espécies que apresentam características iguais e podem ser isolados do mesmo habitat. Dessa forma, a diferenciação é feita por meios de cultura seletivos, aparência de colônias, testes bioquímicos, PCR, sorologia etc. Para classificação dessas bactérias, os parâmetros abaixo podem ser utilizados: • Fermentação de lactose; • Característica em meios indicadores: XLD e EMB – XLD mostra mais características da Salmonella e EMB é compatível para todas as bactérias, mas a E. coli destaca. • Produção de H2S – deixa o meio com coloração mais escura. • Motilidade; • Atividade de urease; • Utilização de citrato; • Descarboxilação da lisina; • Produção de Indol. -Está presente na microbiota natural do TGI, sendo mais fácil fazer seu isolamento. Isso dificulta afirmar se ela é realmente patogênica ou não, já que é tão comum no TGI. O isolamento em outros sistemas dessa bactéria garante o diagnóstico de patogenicidade. Toxinas, cápsula (fatores de virulência) e LPS são outros fatores que classificam patogenicidade. -É oportunista (glândula mamária e trato urinário). O próprio fato de a E. coli conseguir se fixar e multiplicar em um sistema que não é seu natural já indica patogenicidade. -Indicador microbiológico: coliformes. -Está em humanos e animais e pode ser classificada como uma zoonose. -Característica do LPS ou flagelo é utilizado como meio de classificação. A O157:H7 é muito patogênica – produção de toxinas e atuação de forma sistêmica. -Sorologia é utilizada para saber exatamente o tipo de flagelo e LPS. -Patogenia e fatores de virulência também são métodos de classificação. Dessa forma, são ditas diarreiogênicas (patotipos que estão no intestino e que suas toxinas podem afetar outros sistemas) e extraintestinais. -Enteropatogênica: dano ao enterócito com diminuição da área de contato pela adesão da E. coli. Não há produção de toxinas. E. coli formando a chamada “lesão em pedestal” sobre um enterócito, na qual ela forma uma figura semelhante a um pedestal com destruição total das microvilosidades locais. -Enterotoxigênica: há produção de toxinas, as quais aumentam a permeabilidade intestinal com saída de água e eletrólitos. Ou seja, não há dano físico aos enterócitos. As fezes nesse caso se encontram mais líquidas. Há dois tipos de toxinas: • Termolábeis (LT): induz hipersecreção de fluidos para o intestino por estímulo da atividade da adenilato ciclase. • Termoestáveis (ST): estimula a secreção de fluidos e de eletrólitos para dentro do intestino delgado e inibe a absorção de fluidos no intestino. -Enterohemorrágica (STEC – E. coli produtora de Shiga- toxina): bactéria adere e produz toxina, a qual se direciona para a corrente sanguínea, possuindo ação em vasos sanguíneos. Pode ter como consequência aumento da permeabilidade vascular e consequente edema (doença do edema em suínos). Um doença em humanos denominada síndroma da colite hemolítico-urêmica é causada pela O157:H7. -Extraintestinais: são a APEC (patogênica para aves) e UPEC (patogênica para trato urinário). A última está muito relacionada com infecção ascendente. As duas são muito semelhantes e então, de alguma forma, as aves podem carregar bactérias UPEC passíveis de causar transmissão em humanos (potencial zoonótico). -Fatores de virulência: • Toxinas: termoestáveis ou termolábeis que agem no intestino. • Adesinas – fímbrias; • Hemolisina: E. coli pode produzir. Uma E. coli alfa hemolítica está relacionada com a diarreia, enquanto a beta hemolítica está relacionada com a doença do edema. • Não fermenta lactose (o que diferencia de E.coli). • Produz H2S: meio enegrecido. • Maioria é móvel, com exceção de dois sorovares de galinha. Em relação a sorovares, existem mais de 2600 sorovares de Salmonella. -A subespécie entérica há cerca de 1500 sorovares. Os adaptados e não adaptados fazem referência a especificidade do local de adesão e patogenicidade – as não específicas pode infectar vários hospedeiros e sua patogenicidade é menor. -Dessa forma, o consumo de carne ou ovos infectados por Salmonella tem baixas chances de desenvolver infecção em humanos se o sorovar é específico. -Sorotipagem para determinar o tipo de LPS e flagelo. -Flagelo possui classificação maior, por possuir mais de uma porção (necessita de mais de uma aglutinação). -Hoje existem laboratórios específicos para a sorotipificação de Salmonella. -Sorovares específicos: • Dublin – bovinos; • Choleraesuis; • Pulorrum – imóvel • Gallinarum – imóvel • Typhi – humanos. -Sorovares não específicos: -Salmonelas não adaptadas causam infecções sistêmicas – importância clínica e patogenia. -Patogenia: -Invasão de células (vesículas): permite com que ela fique mais tempo dentro da célula e consiga infectar outras. -Resistência a fagocitose: fica dentro de macrófagos, possibilitando sua distribuição de forma facilitada no organismo. -LPS – resistência à fagocitose e resposta inflamatória; -Biofilme: pode ser formado em qualquer superfície, permitindo a adesão das bactérias. Um biofilme pode ser formado nos locais de processamento de carne, como frigoríficos – a limpeza superficial do ambiente (desinfetantes) pode não ser eficiente. -É mais conhecida por causa da peste bubônica em humanos (Yersinia pestis). As outras duas (Yersinia enterocolitica e Yersinia pseudotuberculosis) são basicamente entéricas e algumas, dependendo da espécie, podem causar uma patogenia mais sistêmica. -Reservatórios (mamíferos silvestres) e vetores/ amplificadores (aves). -Y. pestis possui uma características mais sistêmica e tem como vetores as pulgas. -Patogenia: -Intracelular obrigatório: dificuldade maior para crescer em meios de cultura. -Resistência a fagocitose: isso faz com que ela distribua sistemicamente. -Replicação em linfonodos:causa linfadenite. -Produção de toxinas envolvendo a patogenicidade. Obs.: não são enterobactérias. • Bacilos; • Gram (-); • Imóveis; • Oxidase (+); • Comensal de mucosas (TRS e cavidade oral). Espécies de Actinobacillus e as doenças que causam nos animais domésticos. -Patogenia: relacionada a fatores predisponentes. Em bovinos, a infestação clínica frequente é um endurecimento da língua, denominado “língua-de-pau”. A lesão na língua é resultado de processo inflamatório piogranulomatoso da actinobacilose.
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