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DIVISÃO ESPACIAL DO PODER: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO O Estado é a nação politicamente organizada e é formado por três elementos essenciais, os quais são: o de dimensão física, ou território, que pode ser definido como o local que abriga os indivíduos daquele determinado Estado ou os limites territoriais do poder do estado; o de dimensão pessoal, o povo, são eles que detêm o poder soberano do governo, exercido através do voto para a escolha de seus representantes. o de dimensão política, a soberania do governo, poder exercido pelo Estado, que não se sujeita a outro, ou seja, poder uno, indivisível, inalienável e imprescritível, vale salientar, que esse poder é exercido através de representantes escolhidos por votação pelo povo, os quais são, os verdadeiros donos do poder soberano no Estado Democrático. Ou seja, podemos conceituar o Estado como a associação de um povo, em um determinado território, munido com um governo soberano que tem a finalidade de atingir um bem comum. Este pode ser, quanto à forma, Unitário ou Federado, neste primeiro a exemplo da França e de Cuba, em que não há repartição de poder, ou seja, o poder é exercido de forma centralizada, enquanto o Estado Federado, há repartição de poderes por entes regionais dotados de autonomia política, podendo citar como exemplo o Brasil, Estados Unidos e a Alemanha. Quanto as formas de governo poderá ser tanto uma República como uma Monarquia. A República possui as seguintes características, eletividade, os representantes são eleitos de forma direta ou excepcionalmente de forma indireta, também o cumprimento de mandato, que significa a temporariedade de permanência no governo, devendo alternar o poder, por fim o dever de prestar contas de seus atos, ou seja, o governante possui responsabilidades perante o povo. Neste ínterim, a Monarquia possui características bem distintas, a começar pela hereditariedade, onde a instituição do poder não se dá por meio de eleições, mas sim por vínculo sanguíneo, seguido pela vitaliciedade do governante que fica no poder até sua morte ou eventual abdicação do trono, ademais, o monarca não presta contas de seus atos. Quanto ao sistema de governo, tem o parlamentarista, no qual o primeiro- ministro possui mandato por prazo incerto, uma vez que a responsabilidade do governante se dá perante o parlamento, ou seja, esse sistema é caracterizado pela interdependência entre os Poderes Executivo e Legislativo. Ainda, quanto ao sistema de governo, no sistema presidencialista o representante do povo, no caso, o Presidente da República cumpre mandato por prazo certo e determinado, há uma independência entre os Poderes Executivo e Legislativo. Já, os Regimes de Governo, podem ser autocrático, em que o povo não participa das formulações políticas do Estado, ou democrático, onde há efetiva participação do povo por meio do voto, da iniciativa popular de leis, da presença nos tribunais do júri, propondo ação popular, entre outros, ou seja, o poder emana do povo. Art. 18, “Caput”: a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos (autonomia política), nos termos da Constituição Federal. Neste sentido, a Autonomia Política, significa possuir as capacidades de auto- organização, de autogoverno, de autolegislação (ou normatização própria) e de autoadministração. A Formação dos Estados-Membros, pode se dar através da união entre eles, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. O Distrito Federal é um ente federativo com competências parcialmente tuteladas pela União, conforme art. 21, incisos XIII e XIV, seis órgãos que atuam no Distrito Federal são organizados e mantidos pela União, quais sejam, o Poder Judiciário, o Ministério Público, a polícia civil, a polícia militar, o corpo de bombeiros militares, e a polícia penal. Ademais o Distrito Federal não pode se dividir em Municípios. Formação dos Municípios: a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Os Territórios Federais possuem natureza jurídica de autarquias federais, integrantes da Administração Pública indireta da União. Estes, não são entidades federativas, portanto, não possuem autonomia política, e apesar de não existirem, é possível a criação de novos Territórios federais, basta a edição de uma lei complementar; ao contrário do Distrito Federal, assim como os Estados, poderão ser divididos em Municípios, as contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. Outrossim, nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma da Constituição Federal (pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal), haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais. A fiscalização dos Municípios será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. Ainda, o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal, bem como, as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar- lhes a legitimidade, nos termos da lei, ainda, é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. De acordo com a Constituição, acerca da vedação aos Entes Federados, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 1) estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná- los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; 2) recusar fé aos documentos públicos; 3) criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Intervenção espontânea: O próprio Presidente da República de ofício irá decretar a intervenção, ou seja, não haverá a necessidade de provocação de terceiros. Suas hipóteses para cabimento. CF/88. Art. 34, I – Princípio Federativo; II – Guerra, inclusive Civil; III – Grave comprometimento de ordem pública; V – Reorganização das finanças – a) Suspensão do pagamento da dívida fundada por mais de 2 anos consecutivos; b) deixar de entregar aos Municípios receitas. Intervenção provocada: Para sua ocorrência, o Presidente da República irá depender da provocação de um órgão que tenha previsão na Constituição da República, ou seja ele não poderá agir de maneira discricionária; não sendo uma decretação de ofício. Essa provocação do Presidente da Republica poderá ter duas formas: provocação por solicitação ou provocação por requisição. Essa intervenção se dá por meio da representação interventiva federal ou ação direta interventiva, o qual é um instrumento capaz de assegurar a manutenção do modelo federativo, evitando, a sua possível desagregação ou descumprimento da Constituição.
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