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Pim VII (nota 8,5)

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
SUP.TEC. EM GESTÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS, NOTARIAIS E DE REGISTRO 
 
 
DAYANE SUELLEN MIRÃO AVELINO DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
PIM VII – PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR 
Cartórios e Inventários Extrajudiciais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA ALIANÇA – SP, 17/10/2022 
 
DAYANE SUELLEN MIRÃO AVELINO DO NASCIMENTO – RA 0450071 
 
 
 
 
 
 
 
 
PIM VII – PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR 
Cartórios e Inventários Extrajudiciais 
 
 
Projeto Integrado Multidisciplinar é um trabalho de 
integração e aplicação de conhecimentos, apresentado como 
requisito parcial para obtenção de nota bimestral. Tem por 
objetivo consolidar conhecimentos, adquirir novos saberes e 
aprender a refletir como um profissional da área de maneira 
teórica e prática. 
 
 
Orientadora: Profa. Denise De Paula Andrade 
 
 
 
 
 
 
NOVA ALIANÇA – SP, 17/10/2022 
 
RESUMO 
 
O Projeto Integrado Multidisciplinar VII propõe que seja elaborado um relatório, que visa a 
consolidação dos conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas no bimestre. 
Com base nas disciplinas Direito de Propriedade e Sucessão, Registro das Pessoas Naturais, Jurídicas, 
Títulos e Documentos e Protesto de Letras e Títulos, foi possível aprender de maneira teórica como 
funcionam os Cartórios Extrajudiciais, qual foi o impacto que eles trazem para a vida da população e 
a extensão da sua importância para toda a sociedade. 
E, através da visita técnica, proposta pelo trabalho, foi possível conhecer de maneira prática e 
objetiva, como é todo o funcionamento de um cartório de Notas, quais são as suas funções no dia a 
dia, suas diretrizes e principalmente, como são feitos os Inventários Extrajudiciais. 
Este trabalho, trouxe a possibilidade de absorver melhor as informações que foram estudadas nas 
disciplinas e adquirir um conhecimento mais aprofundado sobre o tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras Chave: Cartório Extrajudicial, inventário extrajudicial, sociedade. 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................4 
2 NATUREZA JURÍDICA DOS CARTÓRIOS..........................................................................................5 
3 REPRESENTANTE DA SERVENTIA...................................................................................................6 
4 DIFERENÇAS ENTRE TABELIÃO E OFICIAL DE REGISTRO.................................................................6 
4.1 Organograma............................................................................................................................7 
5 TIPOS DE CARTÓRIOS E SERVIÇOS PRESTADOS.............................................................................8 
5.1 Cartório de Registro Civil...........................................................................................................8 
5.2 Cartório de Protesto..................................................................................................................8 
5.3 Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas..........................................................................8 
5.4 Cartório de Notas.......................................................................................................................9 
5.5 Cartório de Registro de Imóveis.................................................................................................9 
5.6 Cartório de Títulos e Documentos..............................................................................................9 
5.7 Cartório de Registro de Contratos Marítimos e de Distribuição..................................................9 
6 VISITA IN LOCO AO CARTÓRIO DE NOTAS DE NOVA ALIANÇA – SP...............................................10 
7 INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL.......................................................................................................10 
7.1 Cartório Responsável...............................................................................................................11 
7.2 Prazo Para a Abertura da Sucessão..........................................................................................12 
7.3 Requisitos Necessários para Abertura de Inventário Extrajudicial............................................12 
7.4 Documentos Necessários para Abertura de Inventário Extrajudicial........................................13 
7.5 Responsável pela Elaboração da Escritura...............................................................................14 
8 O INVENTÁRIO E A UNIÃO ESTÁVEL............................................................................................14 
9 CUSTAS DO INVENTÁRIO............................................................................................................14 
10 CONCLUSÃO.............................................................................................................................16 
11 REFERENCIAS............................................................................................................................17 
4 
1 INTRODUÇÃO 
 
É sabido que o ciclo da vida de todo ser humano, consiste em nascer, casar, 
procriar e morrer. Após o nascimento, o casar e procriar, são opcionais, mas o 
falecimento é certo! E, todos esses atos da civil devem ser registrados, começando 
pelo registro de nascimento, que traz reconhecimento do Estado dessa criança e 
com isso ela obtém seu direito de cidadania, garantindo não apenas seus direitos 
como também deveres. 
Quando duas pessoas decidem se casar, este precisa ser registrado também, 
assim como no nascimento, o ato traz direito e deveres a ambas as partes. 
Já o falecimento, traz fim a personalidade física, e extingue os deveres de 
uma pessoa perante o Estado, se fazendo igualmente necessário quanto o registro 
de nascimento. 
Ou seja, desde o nascimento e até o falecimento de uma pessoa, se faz 
necessário a presença de um órgão que possa tratar desses assuntos e dar 
publicidade a eles. 
É aí que entram os Cartórios Extrajudiciais e suas enumeras atribuições, cuja 
importância será apresentada no relatório a seguir. 
 
5 
2 NATUREZA JURÍDICA DOS CARTÓRIOS 
 
Todos estão tão acostumados com os Cartórios Extrajudiciais que por muitas 
vezes eles se passam despercebidos aos olhos dos mais distraídos, mas tamanha é 
a importância que eles possuem para a sociedade. 
Termos como: reconhecimento de firma, registro de nascimento, 
autenticações de documentos são comuns no dia-a-dia das pessoas, porém pouco 
se conhece, às vezes até mesmo de maneira superficial, como funcionam essas 
instituições. 
Designados a garantir a publicidade, autenticidade, eficácia e segurança dos 
atos e negócios jurídicos, os cartórios, ou Serventias Extrajudiciais, como também 
podem ser chamadas, são organizações técnico administrativo definidos pela Lei n. º 
8.935 de 18 de novembro de 1994, que regulamenta o Art.236 da Constituição 
Federal, que dispõe sobre os Serviços Notariais e de Registro. 
Os serviços prestados pelos Cartórios são variados pelos mais diversos atos. 
Quando uma criança nasce, é necessário que se faça seu registro de nascimento; 
quando se vende ou compra determinado imóvel, é necessário que seja lavrada uma 
escritura pública dessa transação, e posteriormente que seja averbada essa 
alteração em sua matrícula; ao abrir um negócio é necessário que se faça a 
abertura e registro dos documentos pertinentes à atividade; ao precisar conservar 
algum documento é necessário que se registre o mesmo; até mesmo algo tão 
simples como fazer com que uma cópia de documento tenha validade jurídica, é 
necessário que se dirija a um cartório e solicite a autenticação do xerox do dito 
documento. Outros exemplos que podem ser citados são os testamentos 
extrajudiciais, atas notariais, escrituras de declaração, registros de óbitos, 
reconhecimentos de firmas, emissão de certidões, reconhecimento de paternidade,alteração de nome, retificação de registro civil, abertura de matrícula de imóvel novo, 
etc. Ou seja, toda pessoa, em algum momento da sua vida, precisou recorrer a um 
cartório. 
Suas atividades constituem serviços públicos, que são exercidos em caráter 
privado, cuja titularidade é delegada pelo Poder Público, à pessoa física, que precisa 
ser aprovado em concurso público de provas e títulos e se enquadrar em 
determinados critérios, que serão apresentados mais a frente. 
 
6 
3 REPRESENTANTE DA SERVENTIA 
 
Podendo receber o nome de Tabelião ou Notário, que é quando o serviço 
prestado for o de Notas ou Protesto de Títulos, ou de Oficial de Registro/Registrador, 
quando o serviço prestado for o de Registros Civis das Pessoas Naturais, Registro 
de Imóveis, e Registro de Títulos e Documentos; para que nomeado delegatário de 
algum cartório, é necessário que o candidato preencha os seguintes requisitos: 
 
- estar habilitado em concurso público de prova e títulos; 
- ter a nacionalidade brasileira; 
- ser bacharel em direito ou exercer função por 10 anos; 
- ter capacidade civil; 
- conduta equivalente para o exercício da profissão. 
 
Nos termos no Art.3º da Lei n. º 8.935 de 1974, o Notário e o Registrador são 
considerados profissionais liberais do direito, dotados de fé pública, que significa dar 
verdade e afirmar a veracidade dos procedimentos por ele executado. Na referida 
Lei, fica caracterizado que cartórios não possuem personalidade jurídica, ou seja, os 
colaboradores como escreventes e auxiliares, são contratados da pessoa física, 
titular do cartório. 
 
4 DIFERENÇAS ENTRE TABELIÃO E OFICIAL DE REGISTRO 
 
Como foi mencionado brevemente no tópico anterior, existem diferentes tipos 
de Cartórios no Brasil, são eles: 
 
-Cartório de Notas, também chamados de Tabelionato de Notas; 
-Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais; 
-Cartório de Imóveis; 
-Cartório de Protesto; 
-Cartório de Títulos e Documentos. 
 
7 
Por força da Lei Orgânica dos Notários e Registradores, Lei n. º8.935/94, 
temos os titulares de Serviços Notariais e de Registro, cada qual é responsável pela 
nomeação específica de Tabelião ou de Oficial, respectivamente. 
 
4.1 Veja no Organograma seguir suas disposições: 
 
 
Fonte: https://ava.ead.unip.br/bbcswebdav/pid-2809306-dt-content-rid-
3543122_1/institution/Conteudos_AVA/DISCIPLINAS_GERAIS/7204-60%20-
%20Registro%20de%20Pessoas%20Naturais%2C%20Jur%C3%ADdicas%20e%20
de%20T%C3%ADtulos%20e%20Documentos/Slides%20de%20Aula%20-
%20Unidade%20I.pdf 
 
Ao passo que Tabelião é o profissional que atende apenas cartórios de Notas, 
de Registro de Contratos Marítimos e de Protesto de Títulos, o Oficial de Registro 
atende todo o resto. 
Resumindo, o Tabelião tem a função de transcrever atos de vontade unilateral 
ou não das pessoas jurídicas de físicas, lavrando escrituras de venda e compra, 
testamentos públicos, inventários, atas notariais, reconhecer firma e autenticar 
documentos, já o Oficial Registrador, tem como atribuições de modo geral, registrar 
os nascimentos, casamentos e óbitos, averbar ou anotar suas alterações, registrar 
8 
títulos de dívidas, registrar escrituras de venda e compra de imóveis, registrar 
pessoas jurídicas, contratos e documentos marítimos, em ambos os casos 
praticando suas atividades de modo eficiente e adequado. 
 
5 TIPOS DE CARTÓRIOS E SERVIÇOS PRESTADOS 
 
 Veja a seguir um pouco mais de cada Cartório, suas nomenclaturas, 
atribuições e finalidades. 
 
5.1 Cartório de Registro Civil 
 
Talvez o mais conhecido de todos, é o responsável pelos registros da vida 
civil do ser humano, lavrando os registros de nascimentos, casamentos e óbitos, 
como também averbando a alterações destes. 
Ele também é responsável por emitir as segundas vias desses registros, que 
são chamados de certidões do Registro Civil. 
 
5.2 Cartório de Protesto 
 
É a serventia cuja finalidade é a de, através de ato público, formal e solene 
dar publicidade dívidas que não foram pagas. Notas promissórias, cheques, boletos 
que não foram pagos, são apenas alguns exemplos de dívidas que podem ser 
protestadas. 
Enquanto o devedor não realizar o pagamento da dívida, o protesto fica ativo 
e registrado. Até mesmo quando, depois de decorrido o prazo legal, o nome do 
credor deixar de constar nos órgãos de proteção ao crédito, o protesto permanece 
válido, sendo extinto apenas após o pagamento do mesmo. 
 
5.3 Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas 
 
São os responsáveis pelos registros dos Contratos Sociais, atos constitutivos 
e estatutos (e suas respectivas alterações) de empresas, associações, sindicatos, 
etc. 
 
9 
5.4 Cartório de Notas 
 
São dos Cartórios que reconhecem firmas (assinaturas), lavram escrituras de 
venda e comora de imóveis, escrituras de inventários e partilhas, doações, 
testamentos, entre várias outras. 
 
5.5 Cartório de Registro de Imóveis 
 
Para saber quem é o proprietário ou como se encontra a regularização de 
cada imóvel, é necessário que se entre em contato neste Cartório. Ele é o 
responsável por registrar as escrituras de venda e compra que são lavradas nos 
Cartórios de Notas, e suas respectivas averbações/alterações. É preciso salientar 
que as escrituras de venda e compra podem ser lavradas em qualquer cartório de 
Notas, porém o seu registro poderá ser feito somente no cartório de imóvel que 
abrange o endereço do imóvel objeto de venda. 
 
5.6 Cartório de Títulos e Documentos 
 
Todos os títulos e documentos que não foram atribuídos a nenhum dos outros 
Cartórios serão registrados no RTD. 
Possuindo a chamada “Função Suplementar”, tem por objetivo registrar 
contratos, acordos, músicas, poesias, etc. 
 
5.7 Cartório de Registro de Contratos Marítimos e de Distribuição 
 
Este primeiro trata-se exclusivamente de transações de embarcações 
marítimos, já o segundo responde pela distribuição equitativa de serviços cartoriais 
de que trata a Lei n. º 8.935/94 e atos complementares à função. Em ambos, é 
restrito a somente alguns Estados. 
 
Dentre todos os tipos de Cartórios apresentados acima, destaca-se o Cartório 
de Notas, cujos serviços são 44% mais utilizados em relação a todos os outros. 
A seguir vamos abordar mais profundamente este Cartório e quais a suas 
atribuições, principalmente a de Inventário Extrajudicial. 
10 
 
6 VISITA IN LOCO AO CARTÓRIO DE NOTAS DE NOVA ALIANÇA – SP 
 
Localizado na cidade de Nova Aliança, comarca de Potirendaba, Estado de 
São Paulo, o Cartório de Notas da cidade, que também tem como atribuição o 
Registro Civil das Pessoas Naturais, é administrado pela Tabeliã Dra. Érika Federizzi 
Cristaldo desde 2015, quando foi realizado a sua posse. 
Com o nome de Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais e Tabelionsto 
de Notas, o cartório tem, além da Tabeliã, a Dra. Érika, uma tabeliã substituta 
nomeada, uma escrevente autorizada e uma estagiária. 
As atribuições do Cartório, como dito acima, são a de Registro Civil das 
Pessoas Naturais, que consiste em registrar os nascimentos, casamentos e óbitos, 
emitir certidões desses registros, como também o de realizar as anotações e 
averbações das alterações desses registros. 
Outra atribuição é a de Tabelionato de Notas, que consiste em reconhecer 
firmas das assinaturas dos clientes, autenticar documentos, lavrar procurações 
públicas, bem como lavrar escrituras de Venda e Compra de Imóveis, de doações, e 
é neste tipo de Cartório (Notas), que é possível lavrar Escrituras de Inventários de 
maneira Extrajudicial. 
 
7 INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL 
 
Quando nasce uma criança e é feito seu registro de nascimento, essa pessoa 
se torna cidadã, dotada de diretos e deveres. Com o passar o tempo, esse indivíduo 
pode vir a casar-se, ter filhos, adquirir bens, e certamente em algum momento, irá 
morrer. 
Quando uma pessoa morre, é necessário que seja extinta a personalidade de 
pessoa natural. Este procedimento dá-se através do registro de óbito. Com isso, é 
necessário queseja realizado o inventário dos bens dessa pessoa, para que seus 
filhos possam vir a receber seus direitos como herdeiros, se no caso, houver. 
Segundo a legislação a ordem sucessória a ser seguida é a seguinte: 
descendentes, aos ascendentes, cônjuge sobrevivente, colaterais. E são conhecidos 
como herdeiros necessários os descendentes, ascendentes e cônjuge ou 
companheiro. 
11 
Em casos em que não existem herdeiros necessários, os bens irão para os 
parentes colaterais até 4º grau. E quando estes também não existem, os bens serão 
direcionados ao município ou a União Federal. 
Portanto, o inventário é um procedimento obrigatório, em casos de o falecido 
ter deixado bens, direitos ou dividas, gerando uma série de penalidades caso não 
seja providenciado. Algumas dessas penalidades consiste na impossibilidade de 
novo casamento do viúvo (a), bloqueio da herança, a impossibilidade de 
transferência dos bens aos herdeiros, etc. Independentemente do valor do bem, por 
mais baixo que seja, é necessário que seja inventariado. Já nos casos em que 
falecido não deixou bens, o inventário negativo é facultativo. 
 
7.1 Cartório Responsável: 
 
Conforme a Lei n.º.11.441 de 04 de janeiro de 2017, que alterou os 
dispositivos da Lei n. 5.869 de janeiro de 1973 do Código de Processo Civil, tornou-
se possível realizar não somente os inventários e partilha, como também as 
separações e divórcios consensual, agora também pela via administrativa. 
Consta na dita Lei: 
 
“Art. 982. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se todos forem capazes e concordes, poderá 
fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário. 
Parágrafo único. O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado comum ou advogados de cada uma delas, cuja qualificação e 
assinatura constarão do ato notarial. ” (NR) “Art. 983. O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro 
de 60 (sessenta) dias a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subseqüentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a requerimento de parte. 
Parágrafo único. (Revogado). ” (NR) Art. 2o O art. 1.031 da Lei no 5.869, de 1973 – Código de Processo 
Civil, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1.031. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos do art. 2.015 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - 
Código Civil, será homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas 
rendas, com observância dos arts. 1.032 a 1.035 desta Lei. .........................................................................” (NR) 
Art. 3o A Lei no 5.869, de 1973 – Código de Processo Civil, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 1.124-A: 
12 
“Art. 1.124-A. A separação consensual e o divórcio consensual, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os 
requisitos legais quanto aos prazos, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, 
ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o 
casamento. § 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o registro de imóveis. 
§ 2o O tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem assistidos por advogado comum ou advogados de cada 
um deles, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial. § 3o A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei.” 
Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5o Revoga-se o parágrafo único do art. 983 da Lei no 5.869, de 
11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil. Brasília, 4 de janeiro de 2007; 186o da Independência e 119o da República. (Art. 982 e 983 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - 
Código de Processo Civil) 
 
 
Portanto é possível realizar um inventário de maneira extrajudicial em 
qualquer cartório de Notas, respeitando-se apenas as diretrizes da própria lei. 
 
7.2 Prazo Para a Abertura da Sucessão 
 
No Art.983 do Código Processual Civil, o processo de Inventário e partilha 
deve seguir as seguintes regras de prazos: 
- Maior ou igual a 60 dias entre a data do óbito e a da protocolização, não há 
multa e há um desconto de 5%; 
- Maior que 60 dias e menor ou igual a 180 dias entre a data do óbito e a da 
protocolização, aplica-se a multa de 10% no valor do imposto; 
- Maior que 180 dias entre a data do óbito e a da protocolização, aplica-se a 
multa de 20% no valor do imposto. 
 
7.3 Requisitos Necessários para Abertura de Inventário Extrajudicial 
 
De acordo com a Lei, para que o inventário extrajudicial seja viável, é 
necessário que todos os herdeiros e legatários estejam em consenso sobre a divisão 
dos bens e também que seja cumprida algumas regras. São elas: 
13 
- Falecido não ter filhos menores; 
- Capacidade de todos os herdeiros; 
- Não haver existência de testamento (salvo quando o mesmo já estiver 
caduco ou revogado); e 
- Não ter bens no exterior. 
 
7.4 Documentos Necessários para Abertura de Inventário Extrajudicial 
 
Conforme Art.22 da Resolução 35/2007 do Conselho Nacional de Justiça, 
devem ser apresentados os seguintes documentos (de preferência os originais), 
para a elaboração dos inventários: 
- Certidão de óbito do de cujus; 
- RG E CPF dos herdeiros e falecido; 
- Certidão de comprovante de Estado Civil (nascimento, para os solteiros, 
casamento para os casados, casamento com averbação de divórcio para os 
divorciados), inclusive registro de pacto antenupcial, se houver; todos atualizados 
com data após o falecimento, dos herdeiros e inclusive do próprio falecido; 
- Qualificação Completa de todas as partes (endereço, profissão, telefone e e-
mail (se tiver); 
- Certidão de Propriedade de Bens imóveis ou comprovação de titularidade do 
bem (contrato particular); 
- Certidão negativa de tributos; 
- Certidão negativa de cadastro de Imóvel Rural (CCIR) nos casos de bens 
rurais (se houver); 
- Certidão Negativa de Débitos trabalhistas e da União; 
- Certidão Negativa de Testamento; 
- Em casos de veículos é necessário o documento do mesmo; 
- OAB e qualificação de um advogado. 
 
Após juntar toda essa documentação, basta ir até o Cartório de Notas e dar 
entrada no inventário. 
 
 
 
14 
7.5 Responsável pela Elaboração da Escritura 
 
O Notário ou Preposto avaliará a documentação e dará início a produção da 
minuta (que consiste em um rascunho de como será feito o inventário). 
A Lei exige que as partes sejam assistidas por um advogado, cujo papel 
desempenhado é o de acompanhar a produção da minuta junto ao cartório, verificar 
a partilha dos bens, aconselhar seus clientes e corrigir o que necessário for. Os 
herdeiros podem nomear advogados distintos uns dos outros ou então, nomear 
apenas um para representar todos, ficando a seus critérios. 
 
8 O INVENTÁRIO E A UNIÃO ESTÁVEL 
 
Tornou-se cada vez mais comum, nas últimas décadas, os casais que 
convivem em união estável não oficial, ou seja, não formaliza através documentos 
públicos. 
É considerado uma União Estável a relação entre duas pessoas, do mesmo 
sexo ou não, que tem como objetivo constituir família, cuja convivência seja pública 
e contínua. Não existe prazo mínimo de duração da convivência, nem que o casal 
conviva na mesma casa para que haja o vínculo. 
Diante deste fato, com a Resolução n. º35/2007 do Conselho Nacional de 
Justiça, tornou-se possível o reconhecimento de União Estável em inventários 
extrajudiciais, desde que haja acordo entre todos os herdeiros. 
 
9 CUSTAS DO INVENTÁRIO 
 
Normalmente as custas que envolvem um inventário extrajudicial, gira em 
torno de 20% do valor daherança, podendo haver variações conforme cada caso. 
Para chegar em um orçamento é necessário levar em consideração os 
honorários do advogado, que cobra de 2 a 10% do total dos bens do inventário. 
Há também o Imposto de Transmissão de Causa Mortis e Doação (ITCMD), 
que consiste no imposto que é pago para o Estado em face da transferência do bem 
do falecido aos herdeiros. Variando de Estado para Estado, o valor do imposto varia 
de 2 a 8% a depender do montante do valor do inventário, também chamado de 
Monte Mor. Este imposto é definido pela Fazenda Estadual, e por isso existem 27 
15 
maneiras de ser cobrado no Brasil. No Estado de São Paulo, este imposto é de 4% 
em cima do valor do Monte, e pode ser isento em casos de o montante não 
ultrapassar o valor de 2.500 Ufesps (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), por 
herdeiro. 
É necessário levar em consideração também o valor dos emolumentos, que 
consiste na taxa que é cobrada pelos cartórios pela elaboração e emissão da 
escritura. Essa taxa é cobrada também de acordo com o montante total de bens, por 
meio de uma tabela pré-fixada, ou seja, conforme o montante aumenta, os 
emolumentos também. 
Essa taxa é tabelada por cada estado, conforme mencionado acima, e é 
definida pelo Tribunal de Justiça. 
Além de todas essas taxas, há de se levar em conta os valores de gastos 
residuais, como por exemplo: com atualização das certidões civis, emissão de 
certidões pertinentes aos bens, que podem ser cobradas pelas instituições, como 
também as autenticações que deverão ser feitas para montar a pasta de Traslado, 
que é o documento que traslada exatamente como foi lavrada a escritura do 
Inventário no livro de Escrituras do Cartório, e é impresso em papel de segurança 
oficial timbrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
10 CONCLUSÃO 
 
Diante de todos os dados e informações aqui exposto é possível observar 
quantos benefícios os Cartórios Extrajudiciais trouxeram, tanto para a população, 
como para o Poder Judiciário. Auxiliando no combate da Corrupção e lavagem de 
dinheiro, fiscalizando a arrecadação de tributos inerentes à atividade, entre outros. 
Além de trazer segurança jurídica, licitude e publicidade para os atos, os 
Cartórios Extrajudiciais foram capazes de ajudar, inclusive, nos processos judiciais 
que se aglomeravam a cada dia mais nos Fóruns. As Serventias extrajudiciais, 
exercem uma importantíssima função social no que se refere a desburocratização e 
à desjudicialização dos processos. 
Visando sempre na melhora dos atendimentos à população, o Tribunal de 
Justiça tem se empenhado cada vez mais em buscar meios que promovam, de 
maneira legal, a resolução das demandas sociais da população, sem que seja 
necessário recorrer ao Poder Judiciário. 
Apresentando projetos de Leis, implementando novos provimentos, alterando 
Leis antigas, buscando cada ferramenta possível, tudo para que seja resolvido de 
maneira prática e rápida. Os cartórios por sua vez, desempenha seu papel 
lindamente, sempre disposto a colaborar para essas melhorias, buscando a todo 
momentos atualizações e meios de reforçar tudo o que o TJ vem pregando e 
oferecendo a população. 
Portanto, diante de todos argumentos aqui exposto, os cartórios extrajudiciais, 
devem ser cada vez mais prestigiados e reconhecidos pelos serviços que vem 
prestando de maneira legal, ágil e eficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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extrajudiciais-cartorios/ - [19/09/2022, 15:30]; 
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https://recivil.com.br/cartorio-personalidade-delegacao-responsabilidade-
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https://www.cartorioserra.com.br/artigos,141,a-funcao-tabeliao-do-
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https://juliocarvalho.jusbrasil.com.br/artigos/1114290485/o-falecido-era-socio-
e-deixou-apenas-cotas-posso-resolver-em-cartorio-esse-
inventario#:~:text=Observados%20os%20requistos%20da%20Lei,ser%20resolvida%
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