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PIM VII - CARTÓRIOS

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8
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SERVIÇOS JURÍDICOS NOTARIAIS E DE REGISTRO
LAÍSA AMÂNCIO - RA 2174705
THALLES WILLIAM ASEVEDO CALAÇO - RA 2166461
CARTÓRIOS
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VII
Ilhéus (BA) | Guaraí (TO)
2022
LAÍSA AMÂNCIO - RA 2174705
THALLES WILLIAM ASEVEDO CALAÇO - RA 2166461
CARTÓRIOS
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VII
O projeto multidisciplinar – PIM VII, tem como proposta apresentar uma análise concisa acerca das atribuições de cada cartório e os aspectos do inventário na modalidade extrajudicial, apresentando um projeto em forma de relatório referente às disciplinas do vigente bimestre, assim os consolidando no desenvolvimento do estudante e na construção do conhecimento teórico e prático.
Orientador (a): Priscila Zinczynszyn
Ilhéus (BA) | Guaraí (TO)
2022
RESUMO
O presente Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) VII, tem como objetivo examinar e verificar informações constantes que envolvem as disciplinas de Direito de Propriedade e Sucessões, Registro de Pessoas Naturais, Jurídicas e de Títulos e Documentos e Protesto de Letras e Títulos, estudadas no corrente bimestre. O trabalho apresentado preceitua a função dos cartórios, sendo estes órgãos judiciais públicos ou privados, detentores da guarda de documentos, garantindo-lhes a fé pública necessária e mostrar a eficácia da realização de inventário extrajudicial e seus benefícios, tanto para os herdeiros, como também para com a sociedade. Do estudo elencado, foi possível apurar as informações e entrelaçar à sua aplicação, pôde-se ainda, consolidar na teoria e na prática, o desenvolvimento do intelecto que fixou com clareza a forma praticada na vida profissional de quem conclui o curso de Gestão de Serviços Jurídicos, Notarias e de Registro.
Palavras-chave: Cartório de Notas; Natureza Jurídica dos Cartórios; Tabelião; Oficial de Registro; Cartório de Registro Civil; Cartório de Registro de Títulos e Documentos; Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas; Cartório de Notas; Cartório de Registro de Imóveis; Cartório de Protesto de Títulos; Inventário Extrajudicial.
ABSTRACT
The present Integrated Multidisciplinary Project (PIM) VII, aims to examine and verify constant information that involves the subjects of Property and Succession Law, Registration of Natural, Legal Persons and Titles and Documents and Protest of Letters and Titles, studied in the current two months. The work presented establishes the function of notaries, being these public or private judicial bodies, holders of the custody of documents, guaranteeing them the necessary public faith and showing the effectiveness of carrying out an extrajudicial inventory and its benefits, both for the heirs, as well as towards society. From the study listed, it was possible to ascertain the information and intertwine its application, it was also possible to consolidate in theory and in practice, the development of the intellect that clearly established the form practiced in the professional life of those who complete the Service Management course. Legal, Notary and Registry.
Keywords: Notary Public; Legal Nature of Notaries; Notary; Registration Officer; Civil Registry Office; Registry of Deeds and Documents; Civil Registry of Legal Entities; Notary Public; Property Registry Office; Registry of Protest of Titles; Extrajudicial Inventory.
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO ..............................................................................
	5
	2
	DESENVOLVIMENTO ...................................................................
	6
	2.1
	Atribuições dos Cartórios ...........................................................
	6
	2.1.1
	Cartórios de Registro Civil .............................................................
	7
	2.1.2
	Cartórios de Registro de Títulos e Documentos ............................
	8
	2.1.3
	Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas ..........................
	9
	2.1.4
	Cartórios de Notas .........................................................................
	9
	2.1.5
	Cartórios de Registro de Imóveis ..................................................
	10
	2.1.6
	Cartórios de Protestos de Títulos ..................................................
	11
	2.2
	Inventário Extrajudicial ...............................................................
	13
	3
	CONCLUSÃO ................................................................................
	17
	
	REFERÊNCIAS .............................................................................
	18
1 INTRODUÇÃO
Com a finalidade de apresentar uma análise concisa acerca das atribuições de cada cartório e os aspectos do inventário na modalidade extrajudicial, o PIM VII foi desenvolvido através de uma visita a um órgão público, especificamente um Cartório de Notas 1º Ofício para acompanhar o seu funcionamento, estando o referido cartório situado no endereço Rua oito, nº 486 – Mapa I, na cidade de Guaraí – TO, além de pesquisas realizadas em sites na internet para elaboração e consolidação do projeto. 
A natureza jurídica dos cartórios de regime privado, possuem competência por delegação/atribuição do Poder Público. Essas atividades constituem funções públicas, conforme o disposto no Artigo 236 da CF/88, não sendo estes adimplidos diretamente pelo Estado, e sim por delegação a particulares.
Os representantes dos cartórios, são aqueles catalogados no Art. 5 da Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994, sendo categoricamente evidenciados no decorrer do PIM VII, ficando assim, clara a distinção de cada função exercida.
Frisa-se, por necessário, as atividades e seguimentos exercidos por cada cartório, corroborando as suas atribuições.
Outro assunto pertinente, que passou a ser competência cartorial, criado pela Lei 11.441 de 4 de janeiro de 2007, é o inventário extrajudicial, que tem o intuito de diminuir as demandas do Poder Judiciário, sendo procedimento mais célere, realizado através de escritura pública, para regularizar a sucessão dos bens do “de cujus” aos herdeiros, sem necessidade de intervenção judicial.
De maneira mais simples, eficaz e com a mesma validade de um inventário judicial, o inventário extrajudicial acelerou não somente o judiciário como também o próprio inventário em si, pois é mais rápido também na sua resolução, sendo mais simples a sua finalização, porém, não pode haver conflito entre as partes, visto que, se houver qualquer litígio, a competência será exclusiva do Poder Judiciário.
 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Atribuições dos Cartórios
Com serventias extrajudiciais, os cartórios conforme a definição da Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, são estabelecimentos de organização administrativa e técnica outorgados a assegurar a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos e negócios jurídicos que são fiscalizados pelo Poder Judiciário de cada Estado-membro, constituindo assim juntamente com serviços públicos as atividades notariais e de registro. 
São várias as atribuições de cartórios existentes no Brasil, dentre eles temos: Cartórios de Registro Civil; Cartórios de Registro de Títulos e Documentos; Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas; Cartórios de Notas; Cartórios de Registro de Imóveis e Cartórios de Protesto e Títulos.
 Conforme a Lei nº 10.169, de 29 de dezembro de 2000, devido as práticas dos atos constituídos em cartório, são recolhidos o que chamamos de emolumentos, que são as tarifas cobradas pelos serviços prestados, não cabendo ao oficial de registro ou tabelião definir valor a ser pago. 
Os emolumentos são fixados por Lei e para serem cobrados, são levados em conta a natureza pública e o caráter social dos serviços notariais e de registro, que deverão corresponder com a real despesa e à apropriada e suficiente remuneração pelo trabalho realizado. 
Cada Estado define o valor dos emolumentos em consonância com o que preceitua a Lei Federal 10.169/2000, mais especificamente em seu art. 2º que diz: “Para a fixação do valor dos emolumentos,a Lei dos Estados e do Distrito Federal levará em conta a natureza pública e o caráter social dos serviços notariais e de registro”.
Sendo assim, cada Estado possui legitimidade para definir o valor a ser cobrado por seus emolumentos, levando em consideração o enunciado do artigo supracitado.
De acordo com a mesma Lei Federal, para ser titular de um cartório é preciso ser de nacionalidade brasileira, graduado no curso de Direito, participar e ser aprovado em concurso público de provas e títulos, sendo todo o procedimento organizado pelo Tribunal de Justiça Estadual e deve passar por uma avaliação de conduta adequada para desempenho do cargo. 
Após a efetivação do concursado capacitado por meio da delegação do poder público, o profissional será denominado oficial de registro ou registrador, podendo ser ainda, denominado notário ou tabelião, ambos serão prestadores de serviços de notas e protesto de títulos, exercendo assim a atividade notarial e de registro. 
O oficial de registro ou registrador é o profissional que é encarregado de praticar o ofício, que realiza a efetivação dos serviços de interesse geral, podendo este realizar um contrato de sociedade, registro de uma compra ou venda de um imóvel, registro de nascimento e casamentos e etc. 
Dentre essas funções temos os oficiais de registro e distribuição; oficiais de registros civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas; oficiais de registro de imóveis; oficiais de registro de títulos e documentos e civis de pessoas jurídicas. 
No caso do notário ou tabelião, o profissional extrai a vontade negocial de ambas as partes e a partir disso se faz a autenticação de fatos, sendo eles denominados dentro dessas funções os tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos; tabeliães de notas e tabeliães de protestos e títulos.
2.1.1 Cartórios de Registro Civil 
Sendo um dos mais conhecidos, o Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais (RCPN) é o estabelecimento onde se é praticado o registro das atribuições de atos civis e jurídicos. É onde podemos obter as mais diversas informações sobre um cidadão. 
É valido ressaltar que esses registros públicos são atribuídos principalmente ao princípio da publicidade, sendo assim acessíveis esses atos para qualquer pessoa, segundo o Art. 17 da Lei de Registros Públicos.
Os serviços prestados por esse estabelecimento de serventia extrajudicial formalizam vários acontecimentos importantes, como a emissão e a certidão de nascimento, casamento (civil ou religioso) e óbito. 
Dentre suas outras responsabilidades estão reconhecimento de paternidade; averbações e anotações; emancipação voluntária ou judicial; mudanças no nome ou sobrenome; acordos pré nupciais; atestação das opções de nacionalidade; anotações; averbações; retificações e também o fornecimento de certidões decorrentes de todos os atos supracitados.
É de tamanha importância que seja feito o ato de registro quando esses eventos ocorrem, eles acabam gerando uma certa repercussão e impacto no nosso corpo social e também acaba surtindo efeitos no ambiente jurídico como são nos casos do nascimento de um bebê (uma vida surge e responsabilidades civis, também).
2.1.2 Cartórios de Registro de Títulos e Documentos
Os Cartórios de Registro de Títulos e Documentos (RTD) são órgãos importantes de disposição administrativa e técnica, onde sua finalidade é zelar pela conservação do seu conteúdo registrado, confirmar sua autenticidade e eficácia dos atos jurídicos, com segurança e com publicidade na função de realizar registros documentais para seu acondicionamento, gerando o “efeito erga omnes” (que tem o efeito perante toda a sociedade – válido para todos), que será somente atingido se o registro for feito nesse cartório específico e não terá validade se outorgados as outras instituições cartonarias extrajudiciais.
São vários os atos de registrar realizados nos Cartórios de Registro de Títulos e Documentos. 
Dentre eles estão: fazer notificações extrajudiciais tal como cobranças; realizar o registro de documentos de modo geral como por exemplo os contratos que falam de bens móveis e atuar nos casos em que o registro e outras atribuições que não são de responsabilidade de outros cartórios.
Assim sendo, o registro de títulos e documentos não necessariamente é obrigatório, sendo facultativo para alguns e obrigatórios para outros, sendo necessário sua validação para surtir efeito contra terceiros.
Todo documento registrado possui segurança permanente, ou seja, após o registro, se o proprietário do título vir a perde-lo, não precisará ficar preocupado, pois, poderá obter uma cópia idêntica e com a fé pública que o cartório dispõe, tendo o mesmo valor da original, dentro ou fora de juízo.
O registro de títulos e documentos se dá com o simples comparecimento do portador ao cartório, em posse do documento original do qual se deseja realizar o ato de registrar.
2.1.3 Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas
Nos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas (RCPJ) é onde se registra e outorga os atos constitutivos, contratos sociais e estatutos relativos a pessoas jurídicas não empresariais de direito privado como são os casos dos registros de organizações religiosas, partidos políticos, associações, fundações, sociedades simples, empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELLI) também nos casos de jornais e periódicos.
Contando com um sistema mediador, que liga os clientes que pretendem pleitear atos de registros, a Central RTDPJBrasil é uma das maiores plataformas de registro eletrônico do país que atua na defesa dos interesses de classe juntamente a sociedade civil e aos órgãos do Poder Legislativo, Judiciário e Executivo. 
Somando num total de 2.700 ações de serventias da especialidade que estão disponíveis por todo o território brasileiro, as principais atividades e serviços que podem ser realizadas através desse sistema é padronização de atos registrais, serviços de consultoria, atuação legislativa, representação institucional, publicação dirigida, aperfeiçoamento profissional e participação em eventos.
Sua função, assim como no cartório de Registro Civil no nascimento de Pessoas Físicas, é o registro da pessoa jurídica na sua concepção, na qual será definida a função, obrigação e direito, do interessado, de cada sócio ou associado, não havendo o registro, todas as partes respondem igualmente por todas as obrigações sociais.
Daí surge a necessidade do registro, pois se não houver, cada sócio ou associado responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. 
Havendo o registro, o Oficial de Registro Civil de Pessoas Jurídicas registra todos os documentos necessários para que seja possível uma garantia contra terceiros, respondendo a pessoa jurídica e não seus sócios ou associados.
 
2.1.4 Cartório de Notas
Exercendo também serviços extrajudiciais, autenticação geral de notas e contribuindo na desburocratização dessas atividades, o Cartório de Notas (conhecido também como Tabelionato de Notas) é responsável por elaborar vários atos registrais de caráter público.
Dentre suas várias atribuições estão: reconhecer firmas; procurações; procurações públicas; lavrar testamentos; escrituras de testamentos; escrituras de compra e venda; escrituras públicas de doação; emancipações; atas notariais; instituição de usufruto; instituição de hipoteca; divórcios; inventários e pacto antenupcial. 
Podendo realizar alguns desses serviços em qualquer outra serventia extrajudicial ou cartório, no caso de autenticação de cópias e reconhecimento de firma, a maior parte de suas serventias segue sendo de uma forma exclusiva de sua designação.
O Cartório de Notas possui caráter administrativo e técnico, tendo como sua principal finalidade, a de assegurar que seus atos jurídicos, privados ou públicos, sejam “erga omnes”, autênticos e seguros.
2.1.5 Cartórios de Registro de Imóveis
Sendo relacionado exclusivamente com o setor imobiliário, os Cartórios de Registro de Imóveis é o local onde se praticam os atos de registrar no qual também é possívelobter o histórico com diversas informações verídicas e preservadas sobre qualquer tipo de transação de imóveis e da real condição jurídica desses bens. 
Esses serviços registrais sempre são realizados através do princípio da autenticidade, que assegura que a informação seja de fato procedente de fonte declarada, garantindo de forma elucidativa a natureza do seu material a ser registrado e também conta com o princípio da segurança da informação que zela pela disponibilidade, integridade, confidencialidade e autenticidade.
Suas principais atribuições são as realizações de matrículas (números que se dão nos livros do cartório ao respectivo imóvel a ser registrado, onde suas características físicas e sua localização ficam anotadas), registros dos títulos de propriedade de bens imóveis (ato que diz quem é o possuidor e se será feita uma transferência de titularidade de uma pessoa para outra) e suas atinentes averbações que tenham vinculação com esses bens (quando há acréscimos ou alterações, por exemplo, mudança no nome do proprietário ou cada vez que muda de estado civil, dentre outras informações que tenham relação com o imóvel) . 
Em geral, os serviços prestados para o registro de imóveis são de caráter privado, por delegação do poder público, para o arquivamento de todo o histórico do imóvel, criando-se uma linha do tempo do referido imóvel, quem foram os proprietários, sucessores, compradores e etc., bem como, as modificações existentes e ônus que possam existir sobre o imóvel.
Destarte, qualquer manifestação de vontade que tenha efeitos no imóvel deve ser relatado no livro de serviço de registro, para que tenha validade de que o declarado foi realizado pelo proprietário.
2.1.6 Cartórios de Protestos de Títulos
Pertencendo também a classe de atos extrajudiciais, os Cartórios de Protestos de Títulos têm competência jurídica e atribuições para executar a falta de pontualidade de pagamento de um débito, podendo o mesmo ser de origem de notas promissórias, carnês ou boletos que não foram pagos, cheques pré-datados, contratos em geral, permuta, duplicata mercantil, duplicatas de serviço, dentre outros títulos que identifiquem impontualidade de pagamento.
Dentre os seus mais diversos ofícios, esse estabelecimento de organização administrativa e técnica, além de receber pagamentos de títulos e outros documentos de débito, conta também com outros serviços, tais como prestar informações e viabilizar certidões referentes a todos os atos praticados dentro do estabelecimento extrajudicial, conceder também o cancelamento de título protestado quando o credor fizer a solicitação e a anuência for validada e da mesma forma realizar averbações formalizando todas e quaisquer as mudanças que ocorrerem nesse processo de protesto.
Demonstrando a dívida com um documento comprobatório, o profissional que fica como responsável por realizar o protocolo de protesto será o tabelião ou notário.
 Operando de forma sempre contínua e sequencial, depois de protocolado o ato de protesto, será gerada uma intimação para o recebimento que será contada a partir de três dias depois de ter sido efetuado esse protocolo.
Quando realizado o pagamento total do débito, será feita a retirada do nome da pessoa que está representada no protesto. O cartório tem um prazo de em média 3 (três) dias para que seja feita a remoção. 
Quando não realizado o devido pagamento, o título que está protestado não caduca e sempre continuará constando nos registros até que se faça o pagamento ou cancelamento do mesmo. O que as vezes confunde as pessoas em relação aos atos realizados em cartórios e nos órgãos de proteção ao crédito é que esses dois são processos diferentes.
Conforme o CDC (Código de Defesa do Consumidor) designa, os órgãos de proteção de crédito como SERASA, SPC e outros, podem fornecer a informação somente um prazo estabelecido dos últimos 5 (cinco) anos, depois não podendo mais informar o mercado sobre essa pendência.
Os Cartórios de Protesto de Títulos contam também com uma classe representante que foi fundada no dia 05 de outubro de 1988, no qual compreende a denominação IEPTB (Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil) e que tem por finalidade realizar estudos, pesquisas, o desenvolvimento e aperfeiçoamento totalmente voltadas para as atividades de atos de protesto, visando um atendimento mais diligente, qualificado, eficiente para com seu público consumidor.
Em breve síntese, o protesto de título auxilia para dar publicidade na presença de inadimplência de uma pessoa (física ou jurídica), em relação a um título de crédito.
O protesto de título é realizado dentro do cartório de protestos de títulos, porém, a sua fiscalização é realizada pelo poder Judiciário, mantendo o rigoroso respeito com os seus usuários, sejam eles credores ou devedores.
De acordo com estimativas, a eficiência do cartório de protesto de títulos é muito alta, pois, 65% das dívidas enviadas para protesto são adimplidas em até 03 (três) dias úteis.
Ultrapassados os 03 (três) dias para pagamento, 80% das dívidas são pagas em até 02 (dois) anos.
Em decorrência do aludido, quando uma sentença é levada para protesto, o devedor receberá uma intimação para realizar o pagamento em até 03 (três) dias úteis, caso não ocorra o pagamento da dívida em aberto, o devedor passará a ter restrições em seu nome.
Após instaurada a restrição no nome do devedor, a única forma de revoga-la é mediante o pagamento integral da dívida.
2.2 Inventário Extrajudicial 
Através da visita feita ao Cartório de Notas 1º Ofício situado na cidade de Guaraí – TO, com o auxílio do tabelião em exercício Paulo Bertoldo Martins, pôde-se averiguar várias informações significativas em relação ao inventário extrajudicial. 
A Lei nº 11.441, de 4 de janeiro de 2007, fruto de um projeto de reforma do Judiciário, nada mais é que uma alteração legislativa que se dispõe a facilitar o procedimento de inventário de forma segura, simples, fácil e rápida e em casos específicos, entretanto, nem sempre foi assim, pois, anteriormente à Lei supradita, os inventários só podiam ser realizados de forma judicial, tornando-se um processo mais burocrático, o que consequentemente o tornava mais lento.
Frisa-se que o inventário extrajudicial possui a finalidade de transmissão, porém, ao invés de ser feito judicialmente, é feito em um cartório de notas.
O inventário extrajudicial poderá ser feito em qualquer cartório de notas. O trâmite é facilitado, pois quando se pressupõe que a relação é consensual, independentemente do domicílio das partes, do local de situação dos bens ou do local do óbito do falecido “de cujus”, ele será capaz de ser realizado e a escolha do tabelião de notas fica a critério das partes. 
É importante ressaltar que se o cidadão veio a falecer antes de ter sancionado a Lei 11.441/07, é possível também realizar esse serviço, se preenchidos todos os requisitos da lei.
Conforme define o Código de Processo Civil, o prazo para a abertura do inventário estabelecido é de sessenta dias, contando a partir da data do falecimento e esse prazo é previsto também para o recolhimento do imposto ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação). A consequência jurídica pelo não atendimento do prazo legal é a incidência de multas e/ou juros.
Os requisitos necessários para a elaboração do inventário são que todos os herdeiros devem ser maiores e capazes; deve haver consenso entre os herdeiros quanto à partilha dos bens; o falecido não pode ter deixado testamento; a escritura deve contar com a participação de um advogado, se houver filhos menores ou incapazes o inventário deverá ser feito judicialmente e havendo filhos emancipados, o inventário pode ser feito em cartório.
Em relação a obrigatoriedade do advogado na participação do advogado para a realização do inventário, nada impede que cada herdeiro possua um advogado diferente, o necessário é que a figura do profissional esteja presente na realização do ato.
Conforme dito anteriormente, preenchido os requisitos, é importante ressaltar que a realização de todoesse procedimento deve ser feito através do acompanhamento e com o auxílio de um advogado, podendo ser apenas um profissional representando todos ou também cada um contratar o seu próprio advogado que terá que apresentar sua carteira de identificação profissional (OAB); comprovante de endereço profissional e minuta de partilha que será lavrada com as informações sobre os bens, dívidas e a devida divisão entre os herdeiros.
 Depois de identificado o devido profissional de direito que irá acompanhar o inventário, terá de ser feito o protocolamento dos documentos comprobatórios do falecido como RG; CPF; Certidão de Óbito ou Sentença de Declaração de Ausência; Certidão de Casamento e Escritura de Pacto Antenupcial (se houver); Certidão Comprobatória de Inexistência de Testamento expedida pelo Colégio Notarial do Brasil, através da Censec; Certidão Negativa da Receita Federal e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional; Certidão de Inexistência de Dependentes Vinculados à Pensão por Morte; Certidão Negativa de Débito Trabalhista, dentre outros. 
Do cônjuge, herdeiros e respectivos, os documentos solicitados são RG e CPF; informação sobre profissão; comprovante de endereço; Certidão de Nascimento; Certidão de Casamento e Certidão de União Estável, Sentença Declaratória de Filiação ou Escritura. 
Ressalta-se também que terá que ser apresentado os documentos comprobatórios de bens móveis/semoventes como títulos de propriedade dos bens (extrato bancário; CRLV; Tabela Fipe com respectivo valor do bem avaliado por mercado, dentre outros) e de bens imóveis (urbanos e rurais) como Certidão de Valor Venal (para imóvel de âmbito urbano); respectiva prova de quitação da Declaração do ITR dos últimos cinco anos e que pode ser substituída pela Certidão Negativa de Débitos (para imóvel de âmbito rural); Certidão de Ônus Reais e Ações Reais e Pessoais Reipersecutórias (sendo válido por 30 dias, tanto rural, quanto urbano); Certidão de Inteiro Teor (também sendo válido por 30 dias, tanto rural, como urbano) dentre outros.
O profissional responsável pela elaboração do inventário em cartório será o tabelião de notas e com o auxílio de seus respectivos pressupostos.
É possível o reconhecimento de união estável em inventário extrajudicial através da confirmação dos herdeiros. Porém se o companheiro for o único herdeiro ou se houver conflito entre ele e os demais herdeiros, o reconhecimento da união estável deve ser feito judicialmente.
Dentre os custos envolvidos nesse procedimento estão TCMD (doação/transmissão da sua propriedade ou instituição de usufruto no caso de cessão gratuita); ITCMD (Causa Mortis); ITBI (caso haja cessão onerosa no inventário); FRJ (Fundo de Reaparelhamento do Judiciário); valor a recolher por parte dos compradores no momento da lavratura da escritura e a cobrança dos emolumentos relativos à escritura.
As vantagens de se realizar um inventário em cartório sem sombra de dúvidas é a rapidez e praticidade com que se é feito. 
Por ser consensual, não há o desgaste emocional dos herdeiros, muito diferente do que ocorre quando é feito de forma judicial.
O inventário extrajudicial atrai vantagens para as partes, bem como, a celeridade na sua tramitação e economia, devido ao procedimento ser totalmente realizado em cartório e através de escritura pública, não sendo necessário nem a homologação do juiz.
Reprisados no CPC/2015 observando os requisitos da Lei 11.441/2007, é possível inventariar extrajudicialmente as quotas da sociedade que eram de propriedade do falecido. 
É importante frisar que se não for o caso de liquidação da cota e sim a substituição do morto pelo ingresso do herdeiro na sociedade, essa transferência será realizada apenas pelo valor das cotas, sempre observando todos os quesitos legais.
No entanto, não são todos os inventários que podem ser feitos extrajudicialmente, pois, sendo o procedimento realizado totalmente em cartório, no intuito da praticidade, eficiência e rapidez, não pode haver embaraços ou desavenças, sendo este o caso, se torna indispensável a atuação judicial, conforme os requisitos citados.
Diante de todo o exposto, fica claro e evidente que o inventário extrajudicial facilitou por muito a vida de diversas pessoas, colaborou para facilitar a vida do Judiciário e em geral resolve a demanda do seu cliente de forma mais veloz e com eficiência.
Todavia, por parte da Lei, a cautela para reservar essa forma de inventário para casos específicos diante do cumprimento de requisitos legais, demonstra a preocupação para a solução de casos complexos e que requerem a atuação da Justiça.
3 CONCLUSÃO 
Diante da análise mais aprofundada sobre cartório, suas respectivas atividades e os serviços prestados que são essenciais para o interesse de pessoas físicas e também para com o interesse das jurídicas, pôde-se observar tamanha importância desses órgãos. Tratam de forma eficaz, reduzindo o fluxo do sistema judiciário e formalizando atos com menos burocratização e consequentemente tornando todo esse processo mais célere.
O cartorário/tabelião são partes fundamentais e importantes que cumprem missões dentro de todos esses estabelecimentos extrajudiciais, cabendo a eles o papel de garantir a eficácia e autenticidade de todos os atos jurídicos que a ele pertencem.
Na visita realizada ao cartório foi possível concluir que a regularização do inventário extrajudicial trouxe benefícios não só para o poder judiciário, como também para toda a sociedade em geral que teve uma demanda sanada pelos cartórios de notas, trazendo rapidez e lisura na partilha de bens de quem veio a óbito, pois quando cumprido os requisitos exigidos, não havendo entraves entre os herdeiros, o inventário pode ser realizado perante o cartório.
Foi necessária a observação que a solução consensual entre os herdeiros deve ser estimulada e nesse sentido, o inventário extrajudicial facilitou para os herdeiros a divisão dos bens do falecido e trouxe conforto e lisura para o momento de dor dos familiares. É natural que os processos no Poder Judiciário, em razão pela qual os cartórios possam prestar o serviço de inventário extrajudicial, possibilitando que essa demanda seja sanada fora do poder judiciário.
REFERÊNCIAS
Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994. 2022. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8935.htm. Acesso em: 17, set. 2022.
Lei nº 10.169, de 29 de dezembro de 2000. 2022. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10169.htm. Acesso em: 17, set. 2022.
Quais tipos de cartórios extrajudiciais existem no Brasil? O que eles fazem? 2022. Disponível em: http://4registro.com.br/site/quais-tipos-de-cartorios-existem-no-brasil-e-o-que-cada-um-faz/. Acesso em: 17, set. 2022.
7 tipos de cartórios e os principais serviços prestados por eles. 2019. Disponível em: https://cartorioonlinebrasil24h.com.br/blog/tipos-de-cartorio-e-os-principais-servicos/. Acesso em: 20, set. 2022.
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