Buscar

Ronaldo Costa Alberto TCC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

3
	Ronaldo Costa Alberto
Projecto de Pesquisa 
Dificuldades de Aprendizagem de Cálculos Estequiométricos entre os Alunos da 11ª Classe, Escola Secundária de Napipine (2019 – 2022) 
Licenciatura em ensino de Química com Habilitação em Laboratório
Universidade Rovuma
Nampula
2022
Ronaldo Costa Alberto
Dificuldades de Aprendizagem de Cálculos Estequiométricos entre os Alunos da 11ª Classe, Escola Secundária de Napipine (2019 – 2022) 
	Projecto de Pesquisa para a elaboração da Monografia Científica para obtenção do Grau Académico de Licenciatura em Ensino de Química com Habilitação em Laboratório, submetido ao Departamento de Ciências Naturas, Matemática e Estatística. 
	Supervisor: Mestre Caltone Camilo
Universidade Rovuma
Nampula
2022
Índice
Tema	4
Problematização	4
Justificativa	5
Objectivos	5
Hipoteses	5
Revisão da Literatura	6
Definição de Conceitos	6
Estequeometria	6
Historial de Estequiometria	6
O Uso Dos Jogos No Ensino De Química	10
O Uso de Mídias Digitais	10
Mapas Conceituais	11
Aprendizagem	11
Historial de aprendizagem	12
Metodologia	14
Tipo de Pesquisa	14
Técnicas de Colecta de Dados	15
Universo e Amostra	15
Cronograma	15
Orçamento	16
Referencias bibliográficas	17
1.1. Tema
O presente estudo versará sobre:
· Dificuldades de aprendizagem de cálculos estequiometricos entre os alunos da 11 classe, E.S.Napipine (2019 – 2022)
1.2. Problematização
O processo de ensino e aprendizagem de cálculos estequiométricos tem sido caracterizado por inúmeras dificuldades, principalmente para os alunos. Com efeito, vários são os alunos que se queixam de problemas de percepção de conteúdos relacionados à estequiometria. 
Nesse sentido, Santos (2013) refere que a estequiometria é de difícil aprendizagem para os alunos, e por isto, muitos se dedicam em encontrar e compreender as razões por detrás disto e pelo qual contém o equivoco de não verbalizar e aplicar os conceitosde estequiometria. Entre as causas estão citadas as abstracções e transições entre os níveis macroscópicos, submacroscopicos de símbolo de interpretação da matéria. 
Em geral, este assunto é apontado como difícil de ser ensinado e aprendido. Muitas são as razões habitualmente usadas para justificar estas dificuldades.
Tradicionalmente, o ensino sobre estequiometria é realizado por meio de uma abordagem ritualista, seguida de exercícios de fixação. Este processo valoriza a memorização e não contribui para um processo de aprendizagem significativo. O assunto é normalmente abordado em um tópico específico, não são feitas relações com outros conteúdos e não sãoobservadas relações com o quotidiano do aluno. Em geral, grande ênfase é dada somente ao carácter matemático e, muitas das vezes, a linguagem matemática não é bem trabalhada. Esses procedimentos reduzem o conhecimentoquímico a fórmulas matemáticas, símbolos, rituais e regrinhas, desmotivando a aprendizagem (Fonseca, 1999).
Ao nível da Escola Secundária de Napipine, os alunos apresentam dificuldades na aprendizagem de cálculos estequiométricos. Com efeito, os alunos da 11ª classe são os que mais se evidenciam pelo facto de terem na sua grelha programática os conteúdos associados a estequiometria.
Entre as dificuldades mas evidenciadas constatam-se questões associadas aos conteúdos básicos em estequiometria como: número de mole, número de massa, número de avogadro, dificuldades de construção e acerto de reacções químicas, entre outras.
Portanto, considerando toda esta situação colocamos a seguinte pergunta de partida: Quais factores estão associados as dificuldades de aprendizagem de cálculos estequiométrico entre os aluno da 11ª classe da Escola Secundária de Napipine?
1.3. Justificativa
Academicamente o ensino em Química sempre enfrenta diversos obstáculos para que o aluno atinja a compreensão dos conceitos trabalhados. Os alunos do ensino médio apresentam elevada dificuldade para compreender os conceitos de estequiometria e, consequentemente, têm resistência no emprego destes conceitos, os quais são fundamentais para o entendimento de conteúdos subsequentes, como preparo de soluções, reacções químicas, termoquímica, cinética química, entre outros. Muitas vezes estes obstáculos levam à evasão escolar, somando-se aos demais factores que fazem estes alunos não prosseguirem seus estudos. Com base neste diagnóstico preliminar, se entende que é necessário identificar os principais factores que bloqueiam este aprendizado e propor o uso de uma estratégia didáctica que envolva tecnologias acessíveis aos alunos, uma vez que há poucas opções disponíveis em aplicativos para este tema e o trabalho com mapas conceituais que possam amenizar esta complexidade na aprendizagem. 
Estas constatações fizeram com que optasse em fazer este estudo no intuito de avaliar os factores que fazem com que haja dificuldade em estequiometria nos alunos e propor estratégias de ensino e propostas para solução deste problema em estudo.
Socialmente o estudo será focado nas dificuldades que os alunos apresentam em cálculos estequiometrico e solucionar este problema.
1.4. Objectivos
· Objectivo Geral: Analisar os factores associados as dificuldades de aprendizagem de cálculos estequiometricos entre os alunos da 11ª classe da Escola Secundária Napipine
· Objectivos Específicos : 
· Identificar as dificuldades enfrentadas pelos alunos da 11ª classe na aprendizagem de cálculos estequiometricos
· Descrever os factores associados as dificuldades de aprendizagem de cálculos estequiometricos entre os alunos da 11ª classe
· Determinar o impacto dos factores associados as dificuldades de aprendizagem de cálculos estequiometricos na aprendizagem de química.
1.5. Hipoteses
· As dificuldades de aprendizagem de cálculos estequiometricos estão associadas as metodologias adoptadas pelos professores e a falta de material didáctico.
· As dificuldades de aprendizagem de cálculos estequiometricos estão associadas a falta de interesse por parte dos alunos.
2. Revisão da Literatura
2.1. Definição de Conceitos
a) Estequeometria
A palavra estequiometria deriva das palavras gregas stoicheon, que significa “elemento” e metron, que significa “medida”.
É definida como o estudo das quantidades relativas de elementos combinados em compostos e das quantidades relativas de substâncias consumidas e formadas em reações químicas. Em outras palavras, estequiometria é o estudo quantitativo da composição química (composto ou fórmula estequiométrica) e transformações químicas (reação ou equação estequiométrica) (Russel, 1994).
Estequiometria é o estudo das medidas químicas, é a análise quantitativa das substâncias químicas, a relação numérica existente entre os elementos na formação de uma substância e a relação estabelecida em uma transformação química com outras substâncias. (Russel, 1994).
A estequiometria das substâncias serve para auxiliar e estabelecer a proporção existente entre os elementos que compõem essas substâncias, determinar a fórmula empírica, a fórmula percentual e a fórmula molecular. Além disso, permite o cálculo de massas moleculares e suas relações com a quantidade de matéria, o mol.
A Estequiometria é a área da Química que estuda a quantidade de reagentes necessários para produzir uma determinada quantidade de produtos. De uma forma geral, pode-se afirmar que o cálculo estequiométrico informa a quantidade de substâncias envolvidas em uma reação química, ou seja, a quantidade proporcional de reagentes necessários à formação de um determinado produto (Feltre 2004).
Pode-se definir estequiometria como a parte da química que estuda e analisa as relações quantitativas entre os elementos que se combinam para formar uma substância composta (Fogaça, 2017).
2.2.Historial de Estequiometria
Os aspectos quantitativos da Química somente ganharam ascensão dentro da Ciência no século XVIII, quando a Química, até então qualitativa, com algum toque de magia e ainda arraigada à alquimia, começava a ganhar relações quantitativas, constituindo-se em um dos factores que daria a esta vertente científica o status deCiência.(Fernandes, 2019).
É na origem destes estudos que encontramos o berço da Estequiometria. Quando Lavoisier (1743-1794) passa a relatar conclusões dos estudos realizados com reacções de combustão de metais, a Teoria do Flogisto, desenvolvida pelo médico alemão Stahl (1660-1734), que explicava a reacção de combustão com base na formação de um produto gasoso chamado Flogisto, até então em vigor, começa a enfraquecer. (Debus, 1991).
A coerência do sistema de Lavoisier levava a uma abrangência de explicações muito mais ampla que aquela do sistema flogístico ( Filgueiras, 1995)
A Teoria do Flogisto não estava totalmente errada, era baseada em aspectos qualitativos e mostrava-se falha para explicar o ganho de massa em produtos formados a partir de reacções de combustão de metais.
Lavoisier passou a estudar diferentes reacções em sistemas fechados, preocupou-se em determinar quantitativamente as massas de produtos e reagentes, a evidência de que outras substâncias não visíveis participavam das reacções eram cada vez mais fortes. As conclusões levaram à proposta da existência do oxigénio e, a partir daí os pilares da Teoria da Combustão foram sendo firmados.
No decorrer do ano de 1773, fez experiências com os carbonatos de cálcio e de metais alcalinos e com os óxidos metálicos. Estudou os fenómenos de efervescência dos carbonatos sob a acção dos ácidos, as precipitações dos sais metálicos pelos carbonatos ou hidróxidos alcalinos, a redução das cales metálicas (óxidos) pelo carvão, a formação dos óxidos por aquecimento dos respectivos metais sob uma campânula sobre mercúrio, a combustão do enxofre e do fósforo. Como consequência pressentiu o papel do carbono na redução dos óxidos e o de uma parte do ar atmosférico na oxidação do metal (Tosi, 1989).
As análises quantitativas das reacções realizadas sob condições controladas em sistemas fechados, levou à conclusão não só da presença de outras substâncias participantes da reacção, mas também de um dos princípios que embasam os conceitos de Estequiometria.
A conservação de massa observada nestas reacções rendeu a Lavoisier as atribuições pela Lei da Conservação de Massas.
Lavoisier não foi o descobridor do famoso princípio que leva o seu nome: havia muito que os químicos trabalhavam com a suposição implícita da conservação da matéria. Lavoisier foi, porém, aquele que o explicitou de maneira clara e inequívoca, em seu Traité de 1789: podemos estabelecer como um axioma que, em todas as operações da arte e da natureza nada se cria; uma quantidade igual de matéria existe antes e depois do experimento; a qualidade e a quantidade dos elementos permanecem precisamente as mesmas; e nada ocorre além de variações e modificações na combinação dos elementos. Deste princípio depende toda a arte de executar experimentos químicos: devemos sempre supor uma igualdade exacta entre os elementos do corpo examinado e aqueles dos produtos de sua análise (Filgueiras,1995).
Com a evolução dos estudos quantitativos e a ascendência cada vez maior da Química como área da Ciência, ganhando espaço próprio em universidades, o desenvolvimento das leis e teorias que embasassem os estudos estequiométricos foi sendo promovido.
A descoberta de elementos, substâncias compostas, proporções em que se formam, proporções em que reagem, serviu de base para o estabelecimento das relações matemáticas que nos permitem prever os aspectos quantitativos de uma substância e de uma reacção química. Estabelecia-se a Estequiometria (Debus, 1991).
Em meados do século XVII a química quantitativa vinha se destacando no campo da ciência, tal fato foi permeado pelo desenvolvimento da alquimia, que já destacamos nesse trabalho. Nesse período, o processo de combustão e calcinação poderia ser facilmente explicado pela teoria do flogisto ou flogístico amplamente debatida no meio científico da época, idealizada pelo médico e alquimista alemão JohanJoachinBecher (1635 – 1682) foi profundamente estudada e desenvolvida pelo químico, médico e alquimista Gerg Ernest Stahl (1659 – 1734). Devido aos seus estudos, a teoria do flogisto é atribuída atualmente a Stahl (Fogaça, 2021).
Stahl era defensor ferrenho da ideia de que todos os compostos inflamáveis apresentavam uma substância fundamental, denominada flogisto. Tal substância poderia ser facilmente eliminada dos elementos químicos quando eles em reacção entravam em combustão ou poderia ser facilmente absorvida pelos compostos químicos no decorrer do processo de calcinação (Fogaça, 2021).
A Estequiometria surge no século XVIII, quando o químico francês Antonine-Laurent Lavoisier (1743 – 1794) critica e questiona os estudos desenvolvidos sobre a combustão dos compostos químicos. Com o aprofundamento dos estudos, Lavoisier percebeu que, durante o processo reaccional, as massas dos reagentes e dos produtos se conservavam (MORTIMER etal, 2020).
Lavoisier pode então contrariar a “teoria do flogisto” dando origem ao que hoje conhecemos como a “Lei de Conservação das Massas”. Baseado nessa lei, Lavoisier conseguiu comprovar a existência de outros elementos durante o processo reaccional, sendo o oxigénio fundamental para a queima durante uma reacção e para a formação dos óxidos durante o processo de calcinação (Mortimer et al, 2020).
Com essas observações e confirmações, surgiram novos elementos, substâncias e produtos, além da compreensão de como esses compostos reagem entre si e as proporções estabelecidas entre eles, a partir de um modelo matemático que permite correlacionar todos os aspectos quantitativos envolvidos em uma reacção química, sendo esta a origem da Estequiometria (Mortimer et al, 2020).
Dessa forma, o estudo relacionado à estequiometria tem início quando a abordagem acerca das quantidades de substâncias em suas diferentes medidas, como número de mol, a constante de Avogadro e as medidas de massas começam a ser apresentadas aos estudantes.
Segundo Santos (2013), existem algumas vantagens no estudo da estequiometria:
Entre as vantagens do estudo de estequiometria refere-se ao fato de que praticamente todos os conteúdos da Química farão uso de equações químicas e de cálculos provenientes da estequiometria. Este conhecimentotem extrema aplicação no contexto tecnológico, por exemplo, quando falamos em indústria química não há como não pensar em cálculos estequiométricos e o entendimento desse conceito está directamente relacionado à compreensão de vários fenómenos químicos que ocorrem ao nosso redor, sendo necessário para que os estudantes possam interpretar as transformações químicas em diferentes contextos (Santos, 2013, p.13).
 A composição estequiométrica, também chamada de fórmula estequiométrica, é o estudo da relação entre a fórmula de um composto e a proporção de seus elementos constituintes. A Lei das Proporções Múltiplas, ou Lei de Dalton, define que elementos químicos se combinam, fazem-no numa razão de pequenos números inteiros (Russel, 1994).
Tomando como exemplo a molécula de água, representada pela fórmula molecular H2O, podemos determinar que a relação existente entre os elementos que a constituem é 2:1, ou seja, 2 átomos de hidrogénio para 1 átomo de oxigénio. Essa proporção é fixa e constante para esta substância.
Mas as relações estequiométricas não são estabelecidas apenas entre os elementos que compõem uma substância. Estas relações são estendidas também para as transformações químicas.quantitativas existentes entre as substâncias envolvidas, determinar pureza de reagentes, rendimento de reacções, entre outras relações métricas (Russel, 1994).
A Lei de Conservação de Massas, também conhecida como Lei de Lavoisier, define que “num sistema fechado, a massa total dos reagentes é igual à massa total dos produtos”, conforme Usberco e Salvador (Usbergo et al, 2011).
As transformações químicas são representadas através das reacções ou equações químicas, as quais especificam as substâncias envolvidas (reagentes e produtos) e as quantidades relativas dessas substâncias.
Ao reagir, as substâncias apresentam proporções definidas e múltiplas, as quaispermitem a transformação de reagentes em produtos. O cálculo estequiométrico de uma reação é baseado na Lei da Conservação de Massas e na Lei das Proporções Definidas, as quais nos permitem estabelecer as relações
2.3. O Uso Dos Jogos No Ensino De Química
Definir jogos sem cair na banalização é uma tarefa que exige uma reflexão além da nossa prática diária, por isso para não perdermos o viés de sua utilização de maneira adequada e concisa no ensino de cálculo estequiométrico busca-se por conceitos claros, sendo possível observar que se trata de uma actividade cuja natureza ou finalidade é a diversão e o entretenimento.
Essa actividade pode ser submetida a regras que estabelecem quem vence e quem perde, considerando que no contexto da aprendizagem, perder ou ganhar são resultados significativos para o processo de apreensão, apropriação e formulação de conhecimentos.
O jogo pode ser entendido também como todo e qualquer exercício em que exista a figura do jogador (como indivíduo praticante) e regras que podem ser paraambiente restrito ou livre (Paula, 2016).
2.4. O Uso de Mídias Digitais
Para escolas onde a execução de práticas laboratoriais inexiste ou demandam muitos recursos que não estão disponíveis, os professores estão limitados, muitas vezes, ao trabalho teórico dos conteúdos.
Para atender a esta demanda, novas estratégias didácticas precisam ser pensadas e desenvolvidas. Estratégias essas que envolvam o aluno de tal maneira que se torne mais fácil e menos pesado a ele a acção de aprender.
O desafio do professor é muito grande: transpor os obstáculos inerentes do conteúdo e ainda superar as dificuldades prévias dos alunos não é uma tarefa simples em tempos em que a escola ainda vive com recursos e estruturas de séculos passados e atende uma população conectada em pleno século XXI.
A integração entre escola e mídias digitais tenta minimizar este abismo existente entre o mundo escolar e o mundo externo.
Atentar para a realidade que cerca a escola é um dos primeiros passos para ficar em sintonia com a realidade e com os próprios alunos, que sofrem a todo momento interferências do mundo fora da escola. Trazer para a escola o que está em seu entorno pode ser uma das maneiras de aproximar essas duas realidades díspares, a de fora da escola e a da própria escola. Um exemplo disso é a incorporação das mídias no contexto escolar, o que tem sido observado tanto no uso da própria mídia em sala de aula como recurso pedagógico quanto por meio de discussões sobre as mídias e suas influências na sociedade (Chapangnatte, et al, 2010).
2.5.Mapas Conceituais
No âmbito do papel do professor como mediador do conhecimento, é interessante que o aluno seja estimulado a ordenar as ideias aprendidas, de maneira que se crie uma estrutura do pensar do aluno sobre o tema que é abordado em sala de aula. A criação dessa ordenação é útil para consulta do aluno, reflexão sobre as interconexões existentes entre suas ideias e, num objectivo maior, a compreensão do conteúdo em estudo.
Muitas vezes a utilização de recursos gráficos apresenta melhores resultados que a elaboração de resumos e textos sobre assuntos tão abstractos como os trabalhados em Química. Estes recursos, sejam, esquemas, diagramas, imagens, entre outros, proporcionam uma visão mais clara sobre os conceitos envolvidos e suas conexões, permitindo ao aluno que estabeleça as suas próprias interconexões com o conteúdo. Umas das expressões dessas representações gráficas são os mapas conceituais. A utilização de mapas conceituais tem sido cada vez mais frequente (Tavares, 2007).
2.6.Aprendizagem
Para compreender a aprendizagem e seus diversos processos e contextos, iniciamos conhecendo a palavra aprender que, derivada do latim aprehendere, significa agarrar, pegar, apoderar-se de algo. Partindo desta ideia, podemos conceber a aprendizagem como um processo no qual a pessoa “apropria-se de” ou torna seus certos conhecimentos, habilidades,
estratégias, atitudes, valores, crenças ou informações. Neste sentido, está relacionada à mudança, à significação e à ampliação das vivências internas e externas do indivíduo. Ao que ele pode e necessita aprender dentro de cada cultura (Nunes e Santos, 2015).
Aprender traz consigo a possibilidade de algo novo, incorporado ao conjunto de elementos que formam a vida do indivíduo, relacionando-se com a mudança dos conhecimentos que ele já possui. Traz também a perspectiva de algo específico para cada pessoa, ou seja, ninguém aprende pelo outro, assim como ninguém aprende da mesma forma. Cada ser humano é singular em sua formação individual, mas, ao mesmo tempo, necessita dos outros para aprender e, portanto, para constituir a si. Eis um dos grandes desafios para quem pesquisa ou atua com a temática da aprendizagem, especialmente relacionada à educação.
Aprendizagem é um processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamentos ou valores, são adquiridos ou modificados como resultado de estudos, experiencia, formação, raciocínio, e observação. Este processo pode ser analisado por diferentes perspectivas de forma que há diferentes teorias de aprendizagem. Aprendizagem é uma das funções mentais mas importante em seres humanos e animas e também pode ser aplicada a sistemas artificias (Sitarta et al, 2010).
No que se refere ao cenário escolar, para que a aprendizagem ocorra de forma significativa, é essencial a consideração dos conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula, sua forma de compreender, seus interesses. A apresentação de novos conceitos deve estar em sintonia com a realidade do aluno, com o seu contexto de existência, a fim de que ele possa dar sentidoe significado aos conteúdos de estudo. Neste aspecto, é fundamental a realização
deactividades dialógicas em que o professor trabalhe desafios criativos, exercícios de reflexão e descoberta, permitindo ao aluno ir além da actividade de memorização mecânica e, podendo, assim, tornar-se verdadeiramente o autor de seu processo de aprendizagem.(Nunes e Santos, 2015).
2.7.Historial de aprendizagem
Como nos sugerem muitos documentos rupestres encontrados em cavernas primitivas, é milenar o desejo espontâneo de passar informação aos outros e, com isto, o propósito de que os demais aprendessem primeiro a experiência e depois as ideias sobre essa experiência. Assim, pode-se acreditar que tal interesse surge com o primeiro homem.
Mais tarde, pedaços de pedra esculpida permitem trasladar a informação de um lugar a outro, bem como a própria cerâmica reproduz o cotidiano. Posteriormente, materiais mais maleáveis, porém consistentes, como o papiro, seguido do papel em suas formas iniciais, uniram-se a esse processo de compartilhar representações da realidade e pontos de vista a respeito. Já na Idade Antiga, encontramos os primeiros indícios de sistematização da aprendizagem nos povos egípcios, chineses e indianos, no intuito de preservar costumes, regras e tradições, utilizando o ambiente familiar e transmitindoos saberes de geração em geração (Salvador, 2011).
Na sociedade romana e principalmente na grega, esta última metrópole do iluminismo antigo (Platão, Aristóteles...), a aprendizagem foi oficializada desde bem cedo, sem substituir totalmente o ensino familiar; assim, o Estado se apropriava do direito de ensinar a população, selecionando, segundo seus fins políticos e militares, quem deveria aprender determinado campo do saber e quem não tinha esse direito (escravos e servos) (Salvador, 2011).
Tal ensino seguia duas correntes contraditórias que, ao mesmo tempo, se complementavam: a“pedagogia da personalidade” que visava à formação individual, à aprendizagem de determinadasqualidades classistas; e a “pedagogia humanista”, cujo objectivo era o conhecimento dessa sociedade em particular e de outros povos, mediante uma visão discriminadora. (WIKIPEDIA, [1999?])
Na Idade Média (século VII até século XVI, de Santo Tomás de Aquino até Petrarca e Boccaccio), a unidade ensino-aprendizagem, matizada pela religião, alcança um patamar extremo nas diferentes regiões geopolíticasde então e segue um rumo dogmático correspondente ao expansionismo, principalmente cristão e muçulmano. Assim, por exemplo, a representação diabólica ou infiel era colocada na mão esquerda, de modo que a violação dos códigos genéticos desconhecidos naquela época obrigava as crianças a aprender “a fazer” com a mão direita, considerada a mão “iluminada” (Salvador, 2011).
3. Metodologia
3.1. Tipo de Pesquisa
· Quanto a forma de Abordagem
Privilegiamos neste estudo, o uso da abordagem mista (paradigma quali-quantitativo). O paradigma misto refere-se em geral, “(…) a uma combinação de instrumentos e técnicas, habitualmente associadas aos diversos tipos de estudo” (Canastra etal, 2015: 13).
A escolha do paradigma misto deve-se ao facto deste possibilitar não só a quantificação das opiniões dos sujeitos de pesquisa, mas também abre espaço para que a pesquisadora e os sujeitos pesquisados possam manter um diálogo sobre o assunto em questão.
· Quanto aos fins/objectivos
Todas as pesquisas demandam um fim. Assim, pelos fins ou objectivos pretendidos neste estudo, foi pertinente a adopção da pesquisa descritiva, uma vez que ela possibilitará a descrição minuciosa das características inerentes ao fenómeno em estudo. Com efeito, autores como Barros e Lehfeld (2007) argumentam que na pesquisa descritiva o estudo é realizado mediante registo, análise e interpretação do fenómeno, tal como ele ocorre, sem interferência do pesquisador.
Em conformidade com o exposto, Perovano (2014) argumenta que a pesquisa descritiva pode ser entendida como um estudo de caso onde, após a colecta de dados, é realizada uma análise das relações entre as variáveis para uma posterior determinação dos seus efeitos.
Com efeito pretendo com a pesquisa apresentar os fenómenos que fazem com que os aluno da 11 classe da E.S.Napipine tenha dificuldades de aprendizagem de cálculos estequeometricos.
· Quanto aos procedimentos técnicos
Quanto aos procedimentos técnicos, trata-se de uma pesquisa de campo, uma vez que a mesma será realizada directamente no local onde os fenómenos ocorrem e envolvendo os actores primários do mesmo. Será realizada por meio de instrumentos de colecta dedados previamente identificados para o efeito e dirigidos aos actores, igualmente identificados (Ivala et al, 2007, 31).
A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza colecta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa (pesquisa ex-post-facto, pesquisa-acção, pesquisa participante, etc.) (Fonseca, 2002).
O uso do estudo de caso permitirá interagir directamente com os indivíduos que vivenciam no seu quotidiano o fenómeno em estudo, neste caso os alunos da 11 classe da escola secundaria de napipinede modo a compreender os seus valores, atitudes e expectativas face a realidade em estudo.
· Quanto à Natureza
Tomando em consideração a natureza dos resultados esperados deste estudo, pode-se caracterizar quanto a sua natureza, como sendo uma pesquisa básica. Na perspectiva de Ivalaetal (2007, p. 32), “as pesquisas básicas servem para adquirir elementos que possam facilitar a compreensão de certo fenómeno”.
3.2. Técnicas de Colecta de Dados
Para a colecta de dados neste estudo, faremos uso dos seguintes instrumentos e/ou técnicas:
· Inquérito por questionário (survey); e/ou,
· Entrevista.
O inquérito por questionário é tomado como instrumento de colecta de dados por facilitar a análise de dados usando os métodos estatísticos, uma vez que as respostas das perguntas já estão categorizadas, devendo apenas o participante escolher a opção que lhe convenha. Já a entrevista é usada para complementar as informações facultadas por meio do questionário. Para além das respostas pré-definidas, os sujeitos de pesquisa terão espaço para expor as suas representações em torno do assunto em estudo.
3.3.Universo e Amostra
Esta pesquisa terá como universo todos os alunos da 11 classe da escola secundaria de napipine. Não sendo possível abranger todos eles, tomaremos em consideração a extracção de uma amostra, através da qual procederemos a realização do estudo.
3.4.Cronograma
	Etapas/Actividades
	Período (em meses)
2022/2023
	
	Outubro
	Novembro
	Dezembro/Janeiro
	Fevereiro
	Escolha do tema e elaboração do Projecto de pesquisa
	
	
	
	
	Elaboração dos instrumentos de colecta de dados
	
	
	
	
	Colecta de dados
	
	
	
	
	Análise e interpretação de dados
	
	
	
	
	Redacção da Monografia
	
	
	
	
	Revisão
	
	
	
	
	Apresentação da Monografia 
	
	
	
	
3.5.Orçamento 
	Material de consumo 
	Quantidade 
	Valores
	Papel A4
	1 Resmas
	150.00mt
	Flash
	1 Flash
	Pessoal 
	Fotocópia 
	------------------------------
	1. 000.00mt
	Esferográficas 
	5 Esferográficas 
	50.00mt
	Viagem 
	6 Viagens 
	1. 000,00mt
	Material permanente
	Computador 
	1 Computador 
	10,000,00
	Total 12. 200,00mt
Referências bibliográficas
Canastra, F.; Haanstra, F. & Vilanculos, M. (2015). Manual de Investigação Científica da Universidade Católica de Moçambique. UCM, Moçambique. Disponível em: https://reid.ucm.ac.mz. Acedido a 7 de Junho de 2022. 
Champagnate, D. M. e Nunes, L. 2010. A inserção das mídias audiovisuais no contexto escolar. Educação em Revistas. Belo Horizonte, Vol. 27, 15 – 38. 
Debus, A. G. 1991. A Longa Revolução Química ciência hoje. Rio de Janeiro.
Ivala, A. Z.; Julião, F. D. & Luís, E. (2007) . Orientações para Elaboração de Projecto e Monografia Científica. Nampula.
Figueiras, C. A. L. 1995. A Revolução Química de Lavoisier.
Fonseca, M. R. M. 2016. Química: ensino médio. Vol 1 e 2. Editora São Paulo. 
Perovano, D. G. (2014). Manual de metodologia científica para a segurança pública e defesa social. Curitiba: Juruá. 
Russel, J. B. 1994. Química Geral. Vol. 1 e 2. Editora São Paulo. 
Tavares, R. 2007. Construindo mapas conceituais. Ciência e Cognição. Vol. 12
Tosi, L. 1989. Uma Revolução da Química. Química Nova. Vol. 12, 33 – 56.
Usberco, J. Salvador, E. 2001. Química Essencial 1. Editora São Paulo

Outros materiais