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ROTEIRO AULA PRODUÇÃO DE SEMENTES

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ROTEIRO AULA 7. 
SLIDE 1 
PRODUÇÃO DE SEMENTES 
SLIDE 2 
Antes de falar do sistema de produção de sementes propriamente dito, é 
importante conhecermos como que o material é produzido até seu lançamento 
no mercado. Tudo tem inicio com o melhoramento genético 
SLIDE 3 
 A semente é o insumo com maior valor agregado, pois contém a constituição 
genética da variedade. O potencial máximo de produtividade agrícola é 
determinado pelo potencial genético. A semente comercial é produzida dentro 
de padrões rigorosos de qualidade que garantem ao produtor o melhor 
desempenho no campo, maximizando os benefícios de outros insumos, como 
fertilizantes e defensivos. 
SLIDE 4 
Os Melhoristas através de pesquisas de mercado e da necessidade dos 
produtores por novas tecnologias selecionam os cruzamentos com os materiais 
já existentes e que possuem características que devem ser cruzadas para 
formar um novo material, a partir dai, ocorre o chamado avanço de gerações, 
esse avanço de gerações permite aumentar e analisar e selecionar ao mesmo 
tempo essas progênies. 
SLIDE 5 
Essas progênies são testadas e posteriormente são realizados os testes 
preliminares das linhagens. Esses testes preliminares possibilitam o aumento 
do volume, para que essa semente seja distribuída nas regiões onde 
efetivamente serão produzidas. É realizado os testes mais importantes do 
material que é o teste de VCU teste de valor de cultivo e uso. Elas serão 
testadas a campo e serão avaliadas quanto o seu desempenho e 
adaptabilidade a partir dai sendo aprovadas nas determinadas regiões esses 
materiais são registrados junto ao Ministério da agricultura, e também junto ao 
sistema nacional de proteção de cultivares. 
SLIDE 6 
Um fator muito importante de nós diferenciarmos é o que é grão do que é 
semente. Pare e pense num momento, vocês conseguem diferir nessas duas 
fotos o que é semente e o que é grão? 
Visualmente é impossível, pois as características morfológicas de uma espécie 
não diferenciam de grãos para sementes, o que vai diferenciar é a produção e 
a finalidade do uso desses materiais. Uma informação importante também DE 
se levar em consideração é que uma semente após o seu processo de 
produção se ela não for caracterizada como semente, não atingir os padrões 
mínimos de germinação e pureza ou apresentar em algum tipo de 
contaminação desde que não tenham sido tratadas, elas podem ser 
comercializadas como o grão já o oposto não pode ocorrer. um material 
produzido com a finalidade de utilização como grão jamais pode ser utilizado 
como semente. 
SLIDE 7 
Nesse slide sim, podemos ver a diferença de finalidade de grãos e de semente. 
a semente tem a finalidade de semeadura e o grão tem a finalidade de 
consumo ou fonte de alimento humano ou animal, comercialização como fonte 
de fibras, proteínas, óleos, carboidratos e outros mais. 
SLIDE 8 
Como o sistema de produção de sementes se mantem, existe inicialmente a 
geração de tecnologia através da pesquisa sendo ela privada ou pública, a 
partir do momento que aquele esquema que nós vimos lá no inicio de 
lançamento de um material desenvolve uma tecnologia e ela é lançada no 
mercado EXISTE um processo de licenciamento para que as empresas 
produtoras de sementes possam fazer a multiplicação desse material, a 
multiplicação se dá através do aumento de volume para que um consumidor 
final no caso é o produtor rural possa receber essa semente na sua 
propriedade através da demanda de mercado e o uso das tecnologias, estas 
sementes são plantadas pelos produtores, e esses produtores obtém os 
resultados através de produção, produtividade, novas cultivares e tecnologias. 
O investimento realizado pelos produtores na compra das sementes ele é 
repassado aos multiplicadores e esses por sua vez, repassam esse 
investimento as empresas detentoras das tecnologias e pesquisa, e assim o 
ciclo se fecha, sempre havendo novos materiais para que os produtores 
possam manter os seus níveis de produtividade e produção. Garantindo assim 
segurança alimentar de uma região ou para um país. 
SLIDE 9 
O índice muito importante de ser observado quando nós falamos em produção 
de semente, é a chamada taxa de utilização de sementes. Vamos definir o que 
é a taxa de utilização de sementes a taxa de utilização de sementes é a 
relação da quantidade de sementes utilizadas em uma determinada área 
vamos tomar um exemplo hipotético de uma área de 100 hectares, nessa área 
95 hectares são plantados com sementes certificadas, fiscalizadas com a 
finalidade de semeadura e cinco hectares são plantados com grãos que foram 
colhidos e ao invés de serem comercializados foram utilizados para fins de 
semeadura, assim a porcentagem ou a taxa de utilização de sementes nessa 
área é de noventa e cinco porcento. 
Nesse gráfico feito com dados disponibilizados pela abrasem 2020, nós 
podemos observar a taxa de utilização de sementes nos estados do mato 
grosso e azul e do rio grande do sul em fim de 2001 a 2018. Observe que a 
partir do advento da soja RR e da importação desses materiais na forma de 
grãos para o rio grande do sul o estado passou a reduzir drasticamente a 
utilização de sementes na produção de soja quando ele passou a reduzir 
drasticamente a utilização de sementes a sua taxa caiu de forma equivalente 
ao uso de grãos para fins de semeadura chegando ao ponto de em 2004 
apenas um por cento do território do estado do rio grande do sul ser cultivado 
com sementes. 
SLIDE 10 
Qual é a consequência disso? 
 A consequência nós vemos nesse próximo slide onde eu mostro para vocês a 
relação de produtividade em sacas de soja por hectare. Nos estados do mato 
grosso e do rio grande do sul. O mato grosso vem trabalhando com a 
produtividade em torno de 50-53 sacas e agora nos últimos três anos esse 
numero tem aumentado, já o rio grande do sul um fato importante de ser 
observado é aquele mesmo ano em que a taxa de utilização de sementes caiu 
para um por cento a produtividade de soja em sacas por hectare caiu para 12 
sacas por hectare, ela saiu de 45 sacas para 12 sacas por hectare é óbvio que 
isso trouxe alguns problemas para os produtores e eles passarão novamente 
adquirir sementes de qualidade fiscalizados, certificadas e a produtividade 
voltou a se estabelecer ao ponto de se igualar a 56-57 sacos como ocorre hoje 
no estado do mato grosso. 
Entrando propriamente dito no conceito de sistemas de produção de sementes. 
SLIDE 11 
Devemos entender que o sistema de produção de sementes é responsável 
pelo controle de qualidade do matéria que vai ser comercializado. Ou seja, 
aquele patrimônio genético a pureza física e varietal, assim como a qualidade 
fisiológica e sanitária ela deve ser fiscalizado durante todo o processo através 
de avaliações a campo, durante o processamento ou beneficiamento e 
armazenamento. 
O sistema de produção de sementes estabelece normas que vão garantir a 
qualidade do material que será comercializado. Lembrando que todas as vezes 
que eu aumento o volume de sementes produzidas através das multiplicações 
a tendência é que a qualidade caia. 
SLIDE 12 
A qualidade só não irá cair se as normas e padrões dos sistemas de produção 
de sementes forem obedecidas. Assim a multiplicação das sementes não pode 
alterar o valor do produto final ou seja a qualidade tem que ser mantida até a 
hora que a semente chega na mão do produtor. 
SLIDE 13 
Podem ser produzidas as seguintes categorias: semente genética, semente 
básica, semente certificada de primeira geração – C 1, semente certificada de 
segunda geração – C2, semente de primeira geração da certificada - S1 e 
semente de segunda geração da certificada - S2. A critério do Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção de sementes das 
classes não-certificadas S1 e S2, sem origem genética, pode ser feita, 
enquanto não houver tecnologia disponível para a produçãode sua semente 
genética. 
Semente genética: material de reprodução obtido a partir de processo de 
melhoramento de plantas, sob responsabilidade e controle direto do seu 
obtentor ou introdutor, mantidas as suas características de identidade e pureza 
genética. 
Semente básica: material obtido de reprodução de semente genética, 
realizado de forma a garantir sua identidade genética e pureza varietal. 
Semente certificada de primeira geração (C1): material de reprodução 
vegetal resultante da reprodução de semente básica ou de semente genética. 
Semente certificada de segunda geração (C2): material de reprodução 
vegetal resultante da reprodução de semente genética, de semente básica ou 
de semente certificada de primeira geração (C1). 
Semente não certificada de primeira geração (S1): material de reprodução 
vegetal resultante de reprodução de semente genética, básica ou certificada 
das categorias C1 ou C2. 
Semente não certificada de segunda geração (S2): material de reprodução 
vegetal resultante da reprodução de semente não certificada S1. 
 
SLIDE 14 
 uma forma de demonstrar a perda de homogeneidade, qualidade do material 
produzido com o avanço das gerações está apresentado nesse quadro. Então 
aqui nós temos quatro anos subsequentes de multiplicação de materiais e 
sementes certificadas C1, C2 S1 E S2. Na sequencia então o primeiro material 
que o produtor recebe como sementes certificadas e um deles tem uma dada 
estabilidade, pois ele passou por todo o processo de fiscalização e certificação 
e análise do sistema produtivo. A partir do momento que essa C1 é multiplicada 
para aumentar o volume ou de uma safra para outra, a qualidade e a 
homogeneidade desse material passa a ser perdida. Como nós podemos ver 
com essas outras colorações Vermelhas e alaranjadas, e isso é um processo 
cumulativo que só aumenta ao longo das multiplicações assim ao chegar na 
ultima categoria possível de comercialização que é a S2, a sua estabilidade já 
não é adequada. Se o produtor utilizar essa semente para sua multiplicação ele 
já irá enfrentar alguns problemas de estabilidade e qualidade do material que 
se a partir dai, outras multiplicações forem realizadas, ao final do processo , 
nós não saberemos mais qual é o material produzido e comercializado, sendo 
que na ponta desse processo esta o agricultor, e se ele comprar uma semente 
certificada ou fiscalizada, e essa apresentar algum problema, através do 
boletim, ele pode recorrer a empresa qual ele comprou essa semente e 
reclamar o problema sendo ressarcido ou substituído das sementes; agora se, 
esse produtor faz essa semente por conta própria sem um controle ou sem 
obedecer os padrões do ministério da agricultura e durante o processo de 
germinação, essa semente não apresentar o padrão estabelecido ou padrão 
desejado pelo produtor ele não terá a quem recorrer e terá que assumir 
sozinho os prejuízos dessa lavoura. 
SLIDE 15 
Ao falar de sistema de produção de sementes nós temos que entender que há 
uma legislação para produção e comercialização de sementes no Brasil e essa 
legislação ela estabelece normas e padrões para que semente possa ser 
produzida dentro de um critério pré estabelecido de qualidade, assim surgiu em 
2013 a lei 10.711 que a lei de sementes e mudas e o decreto 5153/2004 que 
normatiza essa lei. Temos tbm a lei de proteção de cultivares, (LPC), o governo 
brasileiro deu o primeiro passo para assegurar os direitos dos obtentores de 
novas variedades vegetais, mediante a concessão de um certificado de 
proteção de cultivar. 
São consideradas obtentoras, as empresas públicas e privadas que 
desenvolvem programas de melhoramento vegetal e obtêm, como resultado 
final, uma nova cultivar. Cultivares protegidas são aquelas que, após a 
promulgação da lei, receberam o certificado de proteção. 
 
Cultivares de domínio público são aquelas que foram lançadas anteriormente à 
nova legislação ou cujos direitos de proteção foram extintos. Antes da LPC, os 
produtores de sementes tinham livre acesso às cultivares para multiplicação. 
Após essa lei, a multiplicação de cultivares protegidas só é possível mediante a 
autorização de sua obtentora. 
 a lei de biossegurança, e todas essas leis e decretos estabelecem padrões 
federais e estaduais para a produção e comercialização das sementes 
lembrando sempre que o objetivo dessas leis e normas é a manutenção dos 
padrões de qualidade para comercialização dessas sementes. 
SLIDE 16 
O lote de semente a ser multiplicada deve ser criteriosamente selecionado, 
atendendo aos seguintes aspectos: 
- origem e classe conhecida. 
- alta pureza genética; 
- alta qualidade sanitária, ou seja, livre de doenças; 
- boa qualidade fisiológica; 
- livre de sementes de plantas daninhas; 
- livre de sementes de outras espécies e material inerte. 
 
 
 
SLIDE 17 
 E para que serve a lei de sementes? , a lei de sementes ela estabelece que o 
sistema nacional de sementes e mudas instituídos nos termos da lei 10.711 e 
dos seus regulamentos, objetiva garantir a identidade e a qualidade de todo 
material de multiplicação e reprodução vegetal produzido comercializado e 
utilizado no território nacional, sendo assim o decreto 5.153 de 23 de julho de 
2004 estabelece os padrões para comercialização das sementes, 
 
SLIDE 18 
 no seu artigo 114, ele diz que toda pessoa física ou jurídica que utiliza 
sementes ou mudas com a finalidade de semeadura, o plantio deverá adquiri-
las de produtor ou comerciante inscrito no registro nacional de sementes e 
mudas, conforme disposto no inciso 3° do art. 8°, e no artigo 48 da lei 
10711/2003. Assim quem que pode produzir sementes? APENAS pessoas 
físicas ou jurídicas assistidos por um responsável técnico que irá acompanhar 
todo o processo de produção dessa semente, e o destino final dessa semente 
é a comercialização. 
SLIDE 19 
Para que haja a comercialização dessas sementes o produtor deve estar 
inscrito no renasem, E PARA produção devem estar registrados no sigef que é 
o sistema de gerenciamento de produção e comercialização de sementes e um 
sistema totalmente online; deve passar pelo controle de qualidade durante 
todos os processos ou seja desde a escolha da área onde a semente será 
plantada até o final do seu processo de armazenamento e distribuição. As 
sementes devem passar por avaliações e controle de qualidade, assim visando 
garantir os padrões mínimos de pureza e germinação para comercialização 
dessas sementes. Para que as sementes possam ser comercializadas ela se 
enquadram em diferentes categorias, nós temos então as categorias de 
sementes ditas como sementes certificadas. Que são aquelas que a partir das 
genéticas são multiplicadas e certificadas de primeira ou de segunda geração 
tendo como destino final a comercialização para o agricultor ou produtor rural. 
SLIDE 20 
Todas essas sementes podem ser comercializadas ou produzidas de forma 
não certificada a forma não certificada não significa QUE não SÃO legalizadas. 
A forma não certificada na verdade DIZ que essa semente passa por um 
processo de fiscalização. Esse processo de fiscalização diz que quem irá 
controlar a qualidade da semente produzida é o próprio produtor de semente e 
isso será fiscalizado pelo ministério da agricultura ou pelo órgão responsável, 
SLIDE 21 
já a semente certificada passa por algumas características distintas, ela tem 
uma instituição ou uma empresa que faz a auditoria dos controles de qualidade 
e os números de gerações também são limitados nas sementes certificadas. 
SLIDE 22 
 as sementes fiscalizadas entram nas categorias s1 e s2 e todas essas 
sementes apresentam também como destino final o produtor rural aqui nós 
devemos observar que é intrínseco aos sistemas de produção, que conforme 
se aumente o volume de semente produzida para que possa atender toda área 
nacional a ser plantada, a qualidade tende a cair, essa qualidade só não cai,se 
as sementes estiverem dentro do processo de certificação e fiscalização 
instituídos pelo ministério da agricultura. E a própria lei 10.711 institui que á 
possibilidade de reserva de sementes para uso próprio, em que o usuário 
poderá em cada safra reservar sementes para sua produção como sementes 
para uso próprio. 
SLIDE 23 
De acordo com o disposto no art. 115 do regulamento, o material de produção 
vegetal reservado pelo usuário para a semeadura será considerado como 
semente para o uso próprio e deverá atender as seguintes normas, 
primeiro, ser utilizado apenas na sua propriedade ou impropriedade cuja posse 
o produtor dependa, ou seja ele pode produzir a semente em um talhão de uma 
fazenda e utilizar ela em outra fazenda desde que as duas estejam sobre a 
mesma propriedade, 
segundo, estar em quantidade compatível com a área a ser plantada na safra 
seguinte, 
terceiro ser proveniente de áreas inscritas no MAPA, quando se tratar de 
cultivar protegida (SIGEF); 
quarto Obedecer, quando se tratar de cultivares de domínio público (RR1), 
possuir NF ou Termo de Conformidade; 
quinto utilizar o material reservado exclusivamente na safra seguinte. O 
produtor não pode replicar o material mais de uma vez, 
SLIDE 24 
atendendo esses critérios o produtor tem direito sim de fazer sua semente para 
uso próprio, dessa forma antes de finalizarmos tenho 3 informações 
importantes para vocês. 
1° semente se faz no campo, toda a quantidade do material produzido é 
adquirida na fase de campo até a maturidade fisiológica e após isso a 
qualidade começa a cair por isso que a colheita em épocas adequadas e de 
forma antecipada desde que o teor de água e favorece a manutenção da 
qualidade das sementes durante o armazenamento, 2° ubs somente aprimora o 
lote de sementes, excluindo o que é indesejado, 3° produção de sementes 
sempre visando a máxima qualidade porque o vigor e germinação não 
aumentam após a colheita. 
SLIDE 25 
Na escolha da área, deve-se analisar o seu histórico e considerar a cultura 
antecessora. 
Entre os fatores a serem considerados, destacam-se os seguintes: 
 
- Cultivo anterior: o campo não deve ter sido cultivado com a mesma espécie 
na safra anterior, exceto se for da mesma cultivar. Esse cuidado justifica-se 
pelo fato de que as sementes caídas ao solo sobrevivem de um ano para outro 
ou, às vezes, por mais de um ano, podendo ocasionar contaminação varietal. 
Outros problemas relacionados com a cultura anterior são as doenças e 
pragas, uma vez que seus restos culturais podem se constituir em fonte de 
contaminação para a cultura atual. 
 
- Espécies silvestres: o conhecimento das plantas daninhas auxilia na escolha 
da área, pois se pode prever a dificuldade de seu controle, conforme o grau de 
infestação, e também da retirada das sementes nocivas e silvestres no 
processo de beneficiamento. Um exemplo é o caso da presença de arroz-
vermelho ou preto que podem comprometer a qualidade do campo para 
produção de sementes de arroz e levar à condenação de todo o lote de 
sementes. 
 
SLIDE 26 
 
ESCOLHA DA CULTIVAR: A cultivar deve atender à recomendação técnico-
científica. O produtor deve conhecer as características agronômicas mais 
favoráveis, pois o programa de melhoramento genético das empresas de 
pesquisa oferece aos produtores uma série de opções. Dentre as 
características desejáveis de uma cultivar, destacam-se: tolerância às doenças; 
resistência ao acamamento; alta produtividade; boa qualidade industrial dos 
grãos; classificação comercial; e qualidade culinária, exigida pelos 
consumidores. 
 
SLIDE 27 
- Época de semeadura: A época adequada de semeadura é determinada pelas 
condições climáticas favoráveis para uma boa produção, que, de modo geral, é 
idêntica à cultura destinada para fins comerciais. Os equipamentos usados na 
semeadura merecem cuidados prévios especiais na sua limpeza, para evitar a 
presença de sementes de outras espécies ou cultivares e, assim, preservar a 
pureza varietal do campo. A correta regulagem da semeadora e a adequada 
velocidade de semeadura são essenciais para uma distribuição homogênea 
das sementes e do adubo, o que propicia emergência e desenvolvimento 
uniformes das plantas. Menores espaçamentos determinam aumento de 
produtividade, mas elevam os riscos de doenças, acamamento e estresse 
hídrico no cultivo em terras altas. 
Deve-se, portanto, seguir as recomendações estabelecidas para cada cultivar. 
O tratamento de sementes com os inseticidas e fungicidas recomendados é 
primordial, pois visa dar proteção às plantas durante a fase inicial de 
desenvolvimento. 
- Densidade de semeadura: Para produção de sementes certificadas (categoria 
C2), utilizam-se sementes da categoria básica ou certificada de primeira 
geração (C1). Nessas condições, recomenda-se utilizar baixas densidades de 
semeadura, de modo que cada planta resultante produza mais sementes. 
SLIDE 28 
Preparo do solo 
Os sistemas de plantio utilizados para produção de sementes são plantio 
convencional, o solo deve ser bem preparado para que as sementes tenham 
profundidade adequada para o desenvolvimento posterior das plantas, com 
reflexos na emergência e uniformidade do estande, o plantio direto, o cultivo 
mínimo, o sistema pré-germinado e o de transplante de mudas. 
SLIDE 29 
A adubação, os tratos culturais e a irrigação devem seguir as mesmas 
orientações dadas para uma lavoura de produção comercial. 
 
1. Isolamento do campo 
A contaminação de um lote de sementes caracteriza-se pela presença de 
sementes de plantas da mesma espécie, mas de outras cultivares, sementes 
de outras culturas, sementes de plantas silvestres e sementes que contenham 
agentes patogênicos. A contaminação de um lote de sementes pode ser de 
origem genética ou física. 
A contaminação genética é decorrente da presença de plantas de outras 
cultivares, da mesma espécie, ou de espécies similares, que podem polinizar a 
cultura, resultando na produção de sementes atípicas. Esse cruzamento altera 
a constituição genética do lote de sementes produzido, que deixa de ser 
representante da cultivar em produção. Dessa forma, é muito importante evitar 
as possibilidades de ocorrência de polinização cruzada no campo de produção 
de sementes. A forma mais simples para evitar que ocorra a polinização 
cruzada é promover o isolamento do campo de produção de sementes, que 
deverá ser, no mínimo, suficiente para manter o campo livre de polinização 
indesejada. O isolamento dos campos de produção de sementes pode ser 
realizado no espaço, no tempo, ou por meio da adoção de barreiras físicas à 
polinização. 
2. Espaço 
É o procedimento mais comumente empregado e o mais eficientemente 
aplicado pelo produtor de sementes, pois controla a distância do campo de 
produção de sementes de outras fontes de contaminação de pólen. Com isso, 
evitam-se possíveis cruzamentos e preserva-se a qualidade genética. O 
isolamento minimiza a possibilidade de mistura na colheita em áreas contíguas 
de diferentes cultivares e, assim, preserva a qualidade física. 
SLIDE 30 
3. Época de semeadura 
É o tipo de isolamento realizado de maneira que o florescimento de cada 
cultivar presente na área de produção de sementes ocorra em épocas 
diferentes. 
4. Barreiras 
A distância mínima de isolamento pode ser reduzida se for realizada a 
semeadura de plantas de bordadura, que irão se constituir em barreiras 
vegetais. 
SLIDE 31 
5. Erradicação de plantas indesejáveis - Roguing 
Durante a fase de multiplicação do material genético, todo e qualquer indivíduo 
destoante da população, tais como plantas silvestres, plantas de outras 
cultivares e plantas atípicas, deverá ser eliminado – roguing (Figura 1), como 
condição para a aprovação do campo de produção de sementes. 
Roguing, purificação ou erradicação, é o procedimento principal que diferencia 
um campo de produção de sementes de um de produção de grãos. Essa 
prática consiste num exame cuidadoso e sistemáticodo campo, com o objetivo 
de remover, manualmente, as plantas indesejáveis (Figura 1), e, assim, 
preservar a pureza genética, varietal e física. O conhecimento dos descritores 
da cultivar auxilia na identificação das plantas atípicas. Em algumas fases de 
desenvolvimento da cultura, o trabalho de erradicação dessas plantas é 
facilitado pela visualização das diferenciações físicas existentes entre as 
cultivares. Essa atividade, por ser manual, exige disponibilidade de mão de 
obra. 
6. Plantas atípicas 
Plantas da mesma espécie, mas que não condizem com as características 
fenotípicas da espécie, tais como, tipo de planta, ramificações, hastes ou folhas 
pilosas, cor, forma, tamanho, etc. Estas plantas devem ser eliminadas dos 
campos de produção de sementes em qualquer época do seu desenvolvimento 
vegetativo e reprodutivo. 
7. Plantas libertadoras de polém 
Todas as plantas indesejáveis da mesma espécie que possam polinizar por 
meio do cruzamento natural. 
SLIDE 32 
8. Plantas daninhas 
Plantas que são difíceis de controlar pelas práticas culturais ou utilização de 
herbicidas. 
9. Sementes inseparáveis 
são aquelas consideradas de difícil separação por meio de equipamentos 
mecânicos. 
10. Inspeções em campos de produção 
As vistorias periódicas no campo de produção de sementes têm por finalidade 
proceder à comparação da qualidade do campo em relação aos padrões 
estabelecidos pelas normas (Instrução Normativa nº 45, do MAPA, de 17 de 
setembro de 2013). 
O número de inspeções, para cada cultura, representa o mínimo aceitável, 
entretanto inspeções adicionais poderão ser executadas. Os períodos de 
inspeção devem ser realizados nas seguintes fases de desenvolvimento da 
cultura: 
Período de prefloração: compreende todo o período de desenvolvimento 
vegetativo que precede o florescimento das plantas. Para efeito de inspeção de 
campo, ele abrange desde a emergência das plântulas até o início do 
florescimento. 
Período de floração: este período é caracterizado pela fase em que as flores 
estão abertas, o estigma está receptivo, e a antera liberando pólen. Nessa 
fase, consegue-se identificar diferenças nas características agronômicas e 
morfológicas entre as plantas. 
Período de pós-floração: neste período a receptividade do estigma e a 
liberação do grão de pólen das anteras terão cessado. O óvulo já deverá estar 
fertilizado e desenvolvendo-se em semente. 
Período de pré-colheita: nessa fase, a semente torna-se mais dura e alcança a 
maturidade fisiológica. Este é o período mais importante para a 
descontaminação, pois vários tipos de plantas indesejáveis e misturas varietais 
podem ser identificados facilmente. 
Período de colheita: nessa fase, a semente está fisiologicamente madura e 
suficientemente seca, permitindo uma colheita fácil e segura, ou então, 
fisiologicamente madura e úmida, podendo, no entanto, ser colhida e seca 
artificialmente para armazenamento. 
Cabe ressaltar que, no processo de certificação de sementes, é obrigatória a 
realização de, no mínimo, duas inspeções, que devem ocorrer nos períodos de 
floração e pré-colheita. 
SLIDE 33 
colheita. Essa operação influencia tanto a quantidade como a qualidade da 
semente A colheita deve ser realizada cuidadosamente para evitar misturas 
varietais e danos mecânicos às sementes. A atenção na limpeza da colhedora 
e de todos os equipamentos envolvidos na operação deve ser redobrada para 
prevenir misturas, principalmente quando ocorrer mudança de cultivares. 
Quando as sementes chegam à Unidade de Beneficiamento, normalmente, 
encontram-se com teor de umidade que não permite o seu armazenamento. 
Com isso, deve-se proceder a secagem imediata. O armazenamento de 
sementes com elevado teor de umidade gera o aquecimento na massa de 
grãos, por meio da fermentação e desenvolvimento de fungos, que irão 
comprometer a qualidade fisiológica das sementes. 
Para se obter um maior aproveitamento do ponto de colheita, alguns cuidados 
preliminares devem ser levados em consideração: não prolongar a 
permanência na lavoura; evitar a colheita em horas do dia em que houver 
orvalho ou que a umidade do ar esteja elevada; seguir rigorosamente as 
normas técnicas. 
Pré-limpeza 
As sementes quando colhidas podem apresentar no lote vários materiais 
indesejáveis, como material inerte, sementes de outras cultivares, de plantas 
invasoras, daninhas ou não e sementes fora do padrão. Quando a 
contaminação com esses materiais for além do desejável, é necessário realizar 
um procedimento de pré-limpeza. Esse procedimento consiste basicamente na 
remoção dos materiais bem maior, bem menor e bem mais leve do que a 
semente. Para essa operação utiliza-se uma máquina de ar e peneira regulada 
de tal forma a obter um alto rendimento nessa etapa do beneficiamento das 
sementes. Esse procedimento apresenta as seguintes vantagens: facilidade na 
secagem; redução do volume a armazenar; facilidade de transporte por 
elevadores; melhora as condições de armazenagem. 
Beneficiamento de sementes 
Após a colheita, as sementes não estão em condições de serem 
comercializadas. Com isso, são encaminhadas à Unidade de Beneficiamento 
(UBS) para retirar as impurezas, materiais indesejáveis, a fim de favorecer a 
secagem, o armazenamento, bem como padronizar as sementes para plantio. 
É importante salientar que a qualidade de um lote de sementes é função direta 
das condições de produção, ou seja, “a semente é feita no campo e não na 
UBS”. Por mais eficiente que seja o beneficiamento, este não poderá corrigir 
problemas do processo que ocorreram anteriormente. 
Em sua definição mais ampla o beneficiamento refere-se a todas as etapas de 
preparação da semente para comercialização realizadas após a colheita, tais 
como debulha, pré-limpeza, secagem , limpeza, classificação, tratamento e 
embalagem. Durante o processo de beneficiamento, a semente é submetida a 
uma serie de operações que tem início na recepção e culmina com a 
embalagem e distribuição. Nessa fase, objetiva-se a obtenção de uma semente 
com excelente qualidade. 
 
SLIDE 34 
ARMAZENAMENTO: Compreende o período, após o beneficiamento, que as 
sementes permanecem no armazém até a época adequada para a sua 
comercialização ou semeadura. Se os devidos cuidados no processo de 
armazenagem não forem seguidos, pode comprometer a qualidade das 
sementes. A condição ideal para armazenamento de sementes é a de baixas 
temperatura e umidade. Os armazéns devem ser ventilados e as sacarias 
dispostas sobre estrados de madeira, para evitar o contato direto com o piso. 
Por serem higroscópicas, as sementes absorvem umidade do ar atmosférico, 
por isso, em locais de clima úmido, a armazenagem deve ser mais cuidadosa. 
Em caso de infestação por insetos do armazenamento, deve-se fazer o 
expurgo com produtos à base de fosfina que não interferem na germinação das 
sementes. 
Para análise, a validade dos testes para germinação é de dez meses e para 
reanálise de oito meses, excluído o mês em que o teste de germinação foi 
concluído.

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