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ROTEIRO AULA 7. SLIDE 1 PRODUÇÃO DE SEMENTES SLIDE 2 Antes de falar do sistema de produção de sementes propriamente dito, é importante conhecermos como que o material é produzido até seu lançamento no mercado. Tudo tem inicio com o melhoramento genético SLIDE 3 A semente é o insumo com maior valor agregado, pois contém a constituição genética da variedade. O potencial máximo de produtividade agrícola é determinado pelo potencial genético. A semente comercial é produzida dentro de padrões rigorosos de qualidade que garantem ao produtor o melhor desempenho no campo, maximizando os benefícios de outros insumos, como fertilizantes e defensivos. SLIDE 4 Os Melhoristas através de pesquisas de mercado e da necessidade dos produtores por novas tecnologias selecionam os cruzamentos com os materiais já existentes e que possuem características que devem ser cruzadas para formar um novo material, a partir dai, ocorre o chamado avanço de gerações, esse avanço de gerações permite aumentar e analisar e selecionar ao mesmo tempo essas progênies. SLIDE 5 Essas progênies são testadas e posteriormente são realizados os testes preliminares das linhagens. Esses testes preliminares possibilitam o aumento do volume, para que essa semente seja distribuída nas regiões onde efetivamente serão produzidas. É realizado os testes mais importantes do material que é o teste de VCU teste de valor de cultivo e uso. Elas serão testadas a campo e serão avaliadas quanto o seu desempenho e adaptabilidade a partir dai sendo aprovadas nas determinadas regiões esses materiais são registrados junto ao Ministério da agricultura, e também junto ao sistema nacional de proteção de cultivares. SLIDE 6 Um fator muito importante de nós diferenciarmos é o que é grão do que é semente. Pare e pense num momento, vocês conseguem diferir nessas duas fotos o que é semente e o que é grão? Visualmente é impossível, pois as características morfológicas de uma espécie não diferenciam de grãos para sementes, o que vai diferenciar é a produção e a finalidade do uso desses materiais. Uma informação importante também DE se levar em consideração é que uma semente após o seu processo de produção se ela não for caracterizada como semente, não atingir os padrões mínimos de germinação e pureza ou apresentar em algum tipo de contaminação desde que não tenham sido tratadas, elas podem ser comercializadas como o grão já o oposto não pode ocorrer. um material produzido com a finalidade de utilização como grão jamais pode ser utilizado como semente. SLIDE 7 Nesse slide sim, podemos ver a diferença de finalidade de grãos e de semente. a semente tem a finalidade de semeadura e o grão tem a finalidade de consumo ou fonte de alimento humano ou animal, comercialização como fonte de fibras, proteínas, óleos, carboidratos e outros mais. SLIDE 8 Como o sistema de produção de sementes se mantem, existe inicialmente a geração de tecnologia através da pesquisa sendo ela privada ou pública, a partir do momento que aquele esquema que nós vimos lá no inicio de lançamento de um material desenvolve uma tecnologia e ela é lançada no mercado EXISTE um processo de licenciamento para que as empresas produtoras de sementes possam fazer a multiplicação desse material, a multiplicação se dá através do aumento de volume para que um consumidor final no caso é o produtor rural possa receber essa semente na sua propriedade através da demanda de mercado e o uso das tecnologias, estas sementes são plantadas pelos produtores, e esses produtores obtém os resultados através de produção, produtividade, novas cultivares e tecnologias. O investimento realizado pelos produtores na compra das sementes ele é repassado aos multiplicadores e esses por sua vez, repassam esse investimento as empresas detentoras das tecnologias e pesquisa, e assim o ciclo se fecha, sempre havendo novos materiais para que os produtores possam manter os seus níveis de produtividade e produção. Garantindo assim segurança alimentar de uma região ou para um país. SLIDE 9 O índice muito importante de ser observado quando nós falamos em produção de semente, é a chamada taxa de utilização de sementes. Vamos definir o que é a taxa de utilização de sementes a taxa de utilização de sementes é a relação da quantidade de sementes utilizadas em uma determinada área vamos tomar um exemplo hipotético de uma área de 100 hectares, nessa área 95 hectares são plantados com sementes certificadas, fiscalizadas com a finalidade de semeadura e cinco hectares são plantados com grãos que foram colhidos e ao invés de serem comercializados foram utilizados para fins de semeadura, assim a porcentagem ou a taxa de utilização de sementes nessa área é de noventa e cinco porcento. Nesse gráfico feito com dados disponibilizados pela abrasem 2020, nós podemos observar a taxa de utilização de sementes nos estados do mato grosso e azul e do rio grande do sul em fim de 2001 a 2018. Observe que a partir do advento da soja RR e da importação desses materiais na forma de grãos para o rio grande do sul o estado passou a reduzir drasticamente a utilização de sementes na produção de soja quando ele passou a reduzir drasticamente a utilização de sementes a sua taxa caiu de forma equivalente ao uso de grãos para fins de semeadura chegando ao ponto de em 2004 apenas um por cento do território do estado do rio grande do sul ser cultivado com sementes. SLIDE 10 Qual é a consequência disso? A consequência nós vemos nesse próximo slide onde eu mostro para vocês a relação de produtividade em sacas de soja por hectare. Nos estados do mato grosso e do rio grande do sul. O mato grosso vem trabalhando com a produtividade em torno de 50-53 sacas e agora nos últimos três anos esse numero tem aumentado, já o rio grande do sul um fato importante de ser observado é aquele mesmo ano em que a taxa de utilização de sementes caiu para um por cento a produtividade de soja em sacas por hectare caiu para 12 sacas por hectare, ela saiu de 45 sacas para 12 sacas por hectare é óbvio que isso trouxe alguns problemas para os produtores e eles passarão novamente adquirir sementes de qualidade fiscalizados, certificadas e a produtividade voltou a se estabelecer ao ponto de se igualar a 56-57 sacos como ocorre hoje no estado do mato grosso. Entrando propriamente dito no conceito de sistemas de produção de sementes. SLIDE 11 Devemos entender que o sistema de produção de sementes é responsável pelo controle de qualidade do matéria que vai ser comercializado. Ou seja, aquele patrimônio genético a pureza física e varietal, assim como a qualidade fisiológica e sanitária ela deve ser fiscalizado durante todo o processo através de avaliações a campo, durante o processamento ou beneficiamento e armazenamento. O sistema de produção de sementes estabelece normas que vão garantir a qualidade do material que será comercializado. Lembrando que todas as vezes que eu aumento o volume de sementes produzidas através das multiplicações a tendência é que a qualidade caia. SLIDE 12 A qualidade só não irá cair se as normas e padrões dos sistemas de produção de sementes forem obedecidas. Assim a multiplicação das sementes não pode alterar o valor do produto final ou seja a qualidade tem que ser mantida até a hora que a semente chega na mão do produtor. SLIDE 13 Podem ser produzidas as seguintes categorias: semente genética, semente básica, semente certificada de primeira geração – C 1, semente certificada de segunda geração – C2, semente de primeira geração da certificada - S1 e semente de segunda geração da certificada - S2. A critério do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção de sementes das classes não-certificadas S1 e S2, sem origem genética, pode ser feita, enquanto não houver tecnologia disponível para a produçãode sua semente genética. Semente genética: material de reprodução obtido a partir de processo de melhoramento de plantas, sob responsabilidade e controle direto do seu obtentor ou introdutor, mantidas as suas características de identidade e pureza genética. Semente básica: material obtido de reprodução de semente genética, realizado de forma a garantir sua identidade genética e pureza varietal. Semente certificada de primeira geração (C1): material de reprodução vegetal resultante da reprodução de semente básica ou de semente genética. Semente certificada de segunda geração (C2): material de reprodução vegetal resultante da reprodução de semente genética, de semente básica ou de semente certificada de primeira geração (C1). Semente não certificada de primeira geração (S1): material de reprodução vegetal resultante de reprodução de semente genética, básica ou certificada das categorias C1 ou C2. Semente não certificada de segunda geração (S2): material de reprodução vegetal resultante da reprodução de semente não certificada S1. SLIDE 14 uma forma de demonstrar a perda de homogeneidade, qualidade do material produzido com o avanço das gerações está apresentado nesse quadro. Então aqui nós temos quatro anos subsequentes de multiplicação de materiais e sementes certificadas C1, C2 S1 E S2. Na sequencia então o primeiro material que o produtor recebe como sementes certificadas e um deles tem uma dada estabilidade, pois ele passou por todo o processo de fiscalização e certificação e análise do sistema produtivo. A partir do momento que essa C1 é multiplicada para aumentar o volume ou de uma safra para outra, a qualidade e a homogeneidade desse material passa a ser perdida. Como nós podemos ver com essas outras colorações Vermelhas e alaranjadas, e isso é um processo cumulativo que só aumenta ao longo das multiplicações assim ao chegar na ultima categoria possível de comercialização que é a S2, a sua estabilidade já não é adequada. Se o produtor utilizar essa semente para sua multiplicação ele já irá enfrentar alguns problemas de estabilidade e qualidade do material que se a partir dai, outras multiplicações forem realizadas, ao final do processo , nós não saberemos mais qual é o material produzido e comercializado, sendo que na ponta desse processo esta o agricultor, e se ele comprar uma semente certificada ou fiscalizada, e essa apresentar algum problema, através do boletim, ele pode recorrer a empresa qual ele comprou essa semente e reclamar o problema sendo ressarcido ou substituído das sementes; agora se, esse produtor faz essa semente por conta própria sem um controle ou sem obedecer os padrões do ministério da agricultura e durante o processo de germinação, essa semente não apresentar o padrão estabelecido ou padrão desejado pelo produtor ele não terá a quem recorrer e terá que assumir sozinho os prejuízos dessa lavoura. SLIDE 15 Ao falar de sistema de produção de sementes nós temos que entender que há uma legislação para produção e comercialização de sementes no Brasil e essa legislação ela estabelece normas e padrões para que semente possa ser produzida dentro de um critério pré estabelecido de qualidade, assim surgiu em 2013 a lei 10.711 que a lei de sementes e mudas e o decreto 5153/2004 que normatiza essa lei. Temos tbm a lei de proteção de cultivares, (LPC), o governo brasileiro deu o primeiro passo para assegurar os direitos dos obtentores de novas variedades vegetais, mediante a concessão de um certificado de proteção de cultivar. São consideradas obtentoras, as empresas públicas e privadas que desenvolvem programas de melhoramento vegetal e obtêm, como resultado final, uma nova cultivar. Cultivares protegidas são aquelas que, após a promulgação da lei, receberam o certificado de proteção. Cultivares de domínio público são aquelas que foram lançadas anteriormente à nova legislação ou cujos direitos de proteção foram extintos. Antes da LPC, os produtores de sementes tinham livre acesso às cultivares para multiplicação. Após essa lei, a multiplicação de cultivares protegidas só é possível mediante a autorização de sua obtentora. a lei de biossegurança, e todas essas leis e decretos estabelecem padrões federais e estaduais para a produção e comercialização das sementes lembrando sempre que o objetivo dessas leis e normas é a manutenção dos padrões de qualidade para comercialização dessas sementes. SLIDE 16 O lote de semente a ser multiplicada deve ser criteriosamente selecionado, atendendo aos seguintes aspectos: - origem e classe conhecida. - alta pureza genética; - alta qualidade sanitária, ou seja, livre de doenças; - boa qualidade fisiológica; - livre de sementes de plantas daninhas; - livre de sementes de outras espécies e material inerte. SLIDE 17 E para que serve a lei de sementes? , a lei de sementes ela estabelece que o sistema nacional de sementes e mudas instituídos nos termos da lei 10.711 e dos seus regulamentos, objetiva garantir a identidade e a qualidade de todo material de multiplicação e reprodução vegetal produzido comercializado e utilizado no território nacional, sendo assim o decreto 5.153 de 23 de julho de 2004 estabelece os padrões para comercialização das sementes, SLIDE 18 no seu artigo 114, ele diz que toda pessoa física ou jurídica que utiliza sementes ou mudas com a finalidade de semeadura, o plantio deverá adquiri- las de produtor ou comerciante inscrito no registro nacional de sementes e mudas, conforme disposto no inciso 3° do art. 8°, e no artigo 48 da lei 10711/2003. Assim quem que pode produzir sementes? APENAS pessoas físicas ou jurídicas assistidos por um responsável técnico que irá acompanhar todo o processo de produção dessa semente, e o destino final dessa semente é a comercialização. SLIDE 19 Para que haja a comercialização dessas sementes o produtor deve estar inscrito no renasem, E PARA produção devem estar registrados no sigef que é o sistema de gerenciamento de produção e comercialização de sementes e um sistema totalmente online; deve passar pelo controle de qualidade durante todos os processos ou seja desde a escolha da área onde a semente será plantada até o final do seu processo de armazenamento e distribuição. As sementes devem passar por avaliações e controle de qualidade, assim visando garantir os padrões mínimos de pureza e germinação para comercialização dessas sementes. Para que as sementes possam ser comercializadas ela se enquadram em diferentes categorias, nós temos então as categorias de sementes ditas como sementes certificadas. Que são aquelas que a partir das genéticas são multiplicadas e certificadas de primeira ou de segunda geração tendo como destino final a comercialização para o agricultor ou produtor rural. SLIDE 20 Todas essas sementes podem ser comercializadas ou produzidas de forma não certificada a forma não certificada não significa QUE não SÃO legalizadas. A forma não certificada na verdade DIZ que essa semente passa por um processo de fiscalização. Esse processo de fiscalização diz que quem irá controlar a qualidade da semente produzida é o próprio produtor de semente e isso será fiscalizado pelo ministério da agricultura ou pelo órgão responsável, SLIDE 21 já a semente certificada passa por algumas características distintas, ela tem uma instituição ou uma empresa que faz a auditoria dos controles de qualidade e os números de gerações também são limitados nas sementes certificadas. SLIDE 22 as sementes fiscalizadas entram nas categorias s1 e s2 e todas essas sementes apresentam também como destino final o produtor rural aqui nós devemos observar que é intrínseco aos sistemas de produção, que conforme se aumente o volume de semente produzida para que possa atender toda área nacional a ser plantada, a qualidade tende a cair, essa qualidade só não cai,se as sementes estiverem dentro do processo de certificação e fiscalização instituídos pelo ministério da agricultura. E a própria lei 10.711 institui que á possibilidade de reserva de sementes para uso próprio, em que o usuário poderá em cada safra reservar sementes para sua produção como sementes para uso próprio. SLIDE 23 De acordo com o disposto no art. 115 do regulamento, o material de produção vegetal reservado pelo usuário para a semeadura será considerado como semente para o uso próprio e deverá atender as seguintes normas, primeiro, ser utilizado apenas na sua propriedade ou impropriedade cuja posse o produtor dependa, ou seja ele pode produzir a semente em um talhão de uma fazenda e utilizar ela em outra fazenda desde que as duas estejam sobre a mesma propriedade, segundo, estar em quantidade compatível com a área a ser plantada na safra seguinte, terceiro ser proveniente de áreas inscritas no MAPA, quando se tratar de cultivar protegida (SIGEF); quarto Obedecer, quando se tratar de cultivares de domínio público (RR1), possuir NF ou Termo de Conformidade; quinto utilizar o material reservado exclusivamente na safra seguinte. O produtor não pode replicar o material mais de uma vez, SLIDE 24 atendendo esses critérios o produtor tem direito sim de fazer sua semente para uso próprio, dessa forma antes de finalizarmos tenho 3 informações importantes para vocês. 1° semente se faz no campo, toda a quantidade do material produzido é adquirida na fase de campo até a maturidade fisiológica e após isso a qualidade começa a cair por isso que a colheita em épocas adequadas e de forma antecipada desde que o teor de água e favorece a manutenção da qualidade das sementes durante o armazenamento, 2° ubs somente aprimora o lote de sementes, excluindo o que é indesejado, 3° produção de sementes sempre visando a máxima qualidade porque o vigor e germinação não aumentam após a colheita. SLIDE 25 Na escolha da área, deve-se analisar o seu histórico e considerar a cultura antecessora. Entre os fatores a serem considerados, destacam-se os seguintes: - Cultivo anterior: o campo não deve ter sido cultivado com a mesma espécie na safra anterior, exceto se for da mesma cultivar. Esse cuidado justifica-se pelo fato de que as sementes caídas ao solo sobrevivem de um ano para outro ou, às vezes, por mais de um ano, podendo ocasionar contaminação varietal. Outros problemas relacionados com a cultura anterior são as doenças e pragas, uma vez que seus restos culturais podem se constituir em fonte de contaminação para a cultura atual. - Espécies silvestres: o conhecimento das plantas daninhas auxilia na escolha da área, pois se pode prever a dificuldade de seu controle, conforme o grau de infestação, e também da retirada das sementes nocivas e silvestres no processo de beneficiamento. Um exemplo é o caso da presença de arroz- vermelho ou preto que podem comprometer a qualidade do campo para produção de sementes de arroz e levar à condenação de todo o lote de sementes. SLIDE 26 ESCOLHA DA CULTIVAR: A cultivar deve atender à recomendação técnico- científica. O produtor deve conhecer as características agronômicas mais favoráveis, pois o programa de melhoramento genético das empresas de pesquisa oferece aos produtores uma série de opções. Dentre as características desejáveis de uma cultivar, destacam-se: tolerância às doenças; resistência ao acamamento; alta produtividade; boa qualidade industrial dos grãos; classificação comercial; e qualidade culinária, exigida pelos consumidores. SLIDE 27 - Época de semeadura: A época adequada de semeadura é determinada pelas condições climáticas favoráveis para uma boa produção, que, de modo geral, é idêntica à cultura destinada para fins comerciais. Os equipamentos usados na semeadura merecem cuidados prévios especiais na sua limpeza, para evitar a presença de sementes de outras espécies ou cultivares e, assim, preservar a pureza varietal do campo. A correta regulagem da semeadora e a adequada velocidade de semeadura são essenciais para uma distribuição homogênea das sementes e do adubo, o que propicia emergência e desenvolvimento uniformes das plantas. Menores espaçamentos determinam aumento de produtividade, mas elevam os riscos de doenças, acamamento e estresse hídrico no cultivo em terras altas. Deve-se, portanto, seguir as recomendações estabelecidas para cada cultivar. O tratamento de sementes com os inseticidas e fungicidas recomendados é primordial, pois visa dar proteção às plantas durante a fase inicial de desenvolvimento. - Densidade de semeadura: Para produção de sementes certificadas (categoria C2), utilizam-se sementes da categoria básica ou certificada de primeira geração (C1). Nessas condições, recomenda-se utilizar baixas densidades de semeadura, de modo que cada planta resultante produza mais sementes. SLIDE 28 Preparo do solo Os sistemas de plantio utilizados para produção de sementes são plantio convencional, o solo deve ser bem preparado para que as sementes tenham profundidade adequada para o desenvolvimento posterior das plantas, com reflexos na emergência e uniformidade do estande, o plantio direto, o cultivo mínimo, o sistema pré-germinado e o de transplante de mudas. SLIDE 29 A adubação, os tratos culturais e a irrigação devem seguir as mesmas orientações dadas para uma lavoura de produção comercial. 1. Isolamento do campo A contaminação de um lote de sementes caracteriza-se pela presença de sementes de plantas da mesma espécie, mas de outras cultivares, sementes de outras culturas, sementes de plantas silvestres e sementes que contenham agentes patogênicos. A contaminação de um lote de sementes pode ser de origem genética ou física. A contaminação genética é decorrente da presença de plantas de outras cultivares, da mesma espécie, ou de espécies similares, que podem polinizar a cultura, resultando na produção de sementes atípicas. Esse cruzamento altera a constituição genética do lote de sementes produzido, que deixa de ser representante da cultivar em produção. Dessa forma, é muito importante evitar as possibilidades de ocorrência de polinização cruzada no campo de produção de sementes. A forma mais simples para evitar que ocorra a polinização cruzada é promover o isolamento do campo de produção de sementes, que deverá ser, no mínimo, suficiente para manter o campo livre de polinização indesejada. O isolamento dos campos de produção de sementes pode ser realizado no espaço, no tempo, ou por meio da adoção de barreiras físicas à polinização. 2. Espaço É o procedimento mais comumente empregado e o mais eficientemente aplicado pelo produtor de sementes, pois controla a distância do campo de produção de sementes de outras fontes de contaminação de pólen. Com isso, evitam-se possíveis cruzamentos e preserva-se a qualidade genética. O isolamento minimiza a possibilidade de mistura na colheita em áreas contíguas de diferentes cultivares e, assim, preserva a qualidade física. SLIDE 30 3. Época de semeadura É o tipo de isolamento realizado de maneira que o florescimento de cada cultivar presente na área de produção de sementes ocorra em épocas diferentes. 4. Barreiras A distância mínima de isolamento pode ser reduzida se for realizada a semeadura de plantas de bordadura, que irão se constituir em barreiras vegetais. SLIDE 31 5. Erradicação de plantas indesejáveis - Roguing Durante a fase de multiplicação do material genético, todo e qualquer indivíduo destoante da população, tais como plantas silvestres, plantas de outras cultivares e plantas atípicas, deverá ser eliminado – roguing (Figura 1), como condição para a aprovação do campo de produção de sementes. Roguing, purificação ou erradicação, é o procedimento principal que diferencia um campo de produção de sementes de um de produção de grãos. Essa prática consiste num exame cuidadoso e sistemáticodo campo, com o objetivo de remover, manualmente, as plantas indesejáveis (Figura 1), e, assim, preservar a pureza genética, varietal e física. O conhecimento dos descritores da cultivar auxilia na identificação das plantas atípicas. Em algumas fases de desenvolvimento da cultura, o trabalho de erradicação dessas plantas é facilitado pela visualização das diferenciações físicas existentes entre as cultivares. Essa atividade, por ser manual, exige disponibilidade de mão de obra. 6. Plantas atípicas Plantas da mesma espécie, mas que não condizem com as características fenotípicas da espécie, tais como, tipo de planta, ramificações, hastes ou folhas pilosas, cor, forma, tamanho, etc. Estas plantas devem ser eliminadas dos campos de produção de sementes em qualquer época do seu desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. 7. Plantas libertadoras de polém Todas as plantas indesejáveis da mesma espécie que possam polinizar por meio do cruzamento natural. SLIDE 32 8. Plantas daninhas Plantas que são difíceis de controlar pelas práticas culturais ou utilização de herbicidas. 9. Sementes inseparáveis são aquelas consideradas de difícil separação por meio de equipamentos mecânicos. 10. Inspeções em campos de produção As vistorias periódicas no campo de produção de sementes têm por finalidade proceder à comparação da qualidade do campo em relação aos padrões estabelecidos pelas normas (Instrução Normativa nº 45, do MAPA, de 17 de setembro de 2013). O número de inspeções, para cada cultura, representa o mínimo aceitável, entretanto inspeções adicionais poderão ser executadas. Os períodos de inspeção devem ser realizados nas seguintes fases de desenvolvimento da cultura: Período de prefloração: compreende todo o período de desenvolvimento vegetativo que precede o florescimento das plantas. Para efeito de inspeção de campo, ele abrange desde a emergência das plântulas até o início do florescimento. Período de floração: este período é caracterizado pela fase em que as flores estão abertas, o estigma está receptivo, e a antera liberando pólen. Nessa fase, consegue-se identificar diferenças nas características agronômicas e morfológicas entre as plantas. Período de pós-floração: neste período a receptividade do estigma e a liberação do grão de pólen das anteras terão cessado. O óvulo já deverá estar fertilizado e desenvolvendo-se em semente. Período de pré-colheita: nessa fase, a semente torna-se mais dura e alcança a maturidade fisiológica. Este é o período mais importante para a descontaminação, pois vários tipos de plantas indesejáveis e misturas varietais podem ser identificados facilmente. Período de colheita: nessa fase, a semente está fisiologicamente madura e suficientemente seca, permitindo uma colheita fácil e segura, ou então, fisiologicamente madura e úmida, podendo, no entanto, ser colhida e seca artificialmente para armazenamento. Cabe ressaltar que, no processo de certificação de sementes, é obrigatória a realização de, no mínimo, duas inspeções, que devem ocorrer nos períodos de floração e pré-colheita. SLIDE 33 colheita. Essa operação influencia tanto a quantidade como a qualidade da semente A colheita deve ser realizada cuidadosamente para evitar misturas varietais e danos mecânicos às sementes. A atenção na limpeza da colhedora e de todos os equipamentos envolvidos na operação deve ser redobrada para prevenir misturas, principalmente quando ocorrer mudança de cultivares. Quando as sementes chegam à Unidade de Beneficiamento, normalmente, encontram-se com teor de umidade que não permite o seu armazenamento. Com isso, deve-se proceder a secagem imediata. O armazenamento de sementes com elevado teor de umidade gera o aquecimento na massa de grãos, por meio da fermentação e desenvolvimento de fungos, que irão comprometer a qualidade fisiológica das sementes. Para se obter um maior aproveitamento do ponto de colheita, alguns cuidados preliminares devem ser levados em consideração: não prolongar a permanência na lavoura; evitar a colheita em horas do dia em que houver orvalho ou que a umidade do ar esteja elevada; seguir rigorosamente as normas técnicas. Pré-limpeza As sementes quando colhidas podem apresentar no lote vários materiais indesejáveis, como material inerte, sementes de outras cultivares, de plantas invasoras, daninhas ou não e sementes fora do padrão. Quando a contaminação com esses materiais for além do desejável, é necessário realizar um procedimento de pré-limpeza. Esse procedimento consiste basicamente na remoção dos materiais bem maior, bem menor e bem mais leve do que a semente. Para essa operação utiliza-se uma máquina de ar e peneira regulada de tal forma a obter um alto rendimento nessa etapa do beneficiamento das sementes. Esse procedimento apresenta as seguintes vantagens: facilidade na secagem; redução do volume a armazenar; facilidade de transporte por elevadores; melhora as condições de armazenagem. Beneficiamento de sementes Após a colheita, as sementes não estão em condições de serem comercializadas. Com isso, são encaminhadas à Unidade de Beneficiamento (UBS) para retirar as impurezas, materiais indesejáveis, a fim de favorecer a secagem, o armazenamento, bem como padronizar as sementes para plantio. É importante salientar que a qualidade de um lote de sementes é função direta das condições de produção, ou seja, “a semente é feita no campo e não na UBS”. Por mais eficiente que seja o beneficiamento, este não poderá corrigir problemas do processo que ocorreram anteriormente. Em sua definição mais ampla o beneficiamento refere-se a todas as etapas de preparação da semente para comercialização realizadas após a colheita, tais como debulha, pré-limpeza, secagem , limpeza, classificação, tratamento e embalagem. Durante o processo de beneficiamento, a semente é submetida a uma serie de operações que tem início na recepção e culmina com a embalagem e distribuição. Nessa fase, objetiva-se a obtenção de uma semente com excelente qualidade. SLIDE 34 ARMAZENAMENTO: Compreende o período, após o beneficiamento, que as sementes permanecem no armazém até a época adequada para a sua comercialização ou semeadura. Se os devidos cuidados no processo de armazenagem não forem seguidos, pode comprometer a qualidade das sementes. A condição ideal para armazenamento de sementes é a de baixas temperatura e umidade. Os armazéns devem ser ventilados e as sacarias dispostas sobre estrados de madeira, para evitar o contato direto com o piso. Por serem higroscópicas, as sementes absorvem umidade do ar atmosférico, por isso, em locais de clima úmido, a armazenagem deve ser mais cuidadosa. Em caso de infestação por insetos do armazenamento, deve-se fazer o expurgo com produtos à base de fosfina que não interferem na germinação das sementes. Para análise, a validade dos testes para germinação é de dez meses e para reanálise de oito meses, excluído o mês em que o teste de germinação foi concluído.
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