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TRT-MG-2022-FUMARC

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Prévia do material em texto

Professora Flávia Rita
PROVA – FUMARC - TRT-MG/ 
ANALISTA JUDICIÁRIO 
Professora Flávia Rita
TREINAMENTO POR 
QUESTÕES
Professora Flávia Rita 
TREINANDO POR QUESTÕES
ASSINALE A RESPOSTA CORRETA.
As palavras e as coisas 
Antônio Prata 
Entre as sugestões que vieram da editora sobre meu novo livro, havia a de trocar “índios” por
“indígenas”. Sempre fui um defensor do politicamente correto. Algumas mudanças na ética verbal, porém,
me parecem contraproducentes.
Em certo momento dos anos 90, "favela" virou "comunidade". "Favelado" era um termo pejorativo
e é compreensível que os moradores destas áreas não quisessem ser chamados assim, mas mudar para
"morador de comunidade", embora amacie na semântica, não leva água encanada, esgoto e luz para
ninguém. Pelo contrário.
A gente ouve "comunidade" e dá a impressão de que aquelas pessoas estão todas de mãos dadas
fazendo uma ciranda em torno da horta orgânica, não apinhando-se em condições sub-humanas, sem
esgoto, asfalto, educação, saúde.
TREINANDO POR QUESTÕES
Talvez fosse bom deixarmos o incômodo nos tomar toda vez que disséssemos ou ouvíssemos
"favela" ou "favelados". Nosso objetivo deveria ser dar condições de vida decente praquela gente, não nos
sentirmos confortáveis ao mencioná-la.
O mesmo vale para "morador em situação de rua". Parece que o cara teve um problema pra voltar
pra casa numa terça, dormiu "em situação de rua" num ponto de ônibus e na quarta vai retornar ao
conforto do lar. É mentira. A pessoa que mora na rua tá ferrada, é alguém que perdeu tudo na vida, até virar
"mendigo".
"Mendigo" é um termo horrível não porque as vogais e consoantes se juntem de forma
deselegante, mas pelo que ele nomeia: gente que dorme na calçada, revira lixo pra comer, não tem sequer
acesso a um banheiro. Mas quando a gente fala "morador em situação de rua" vem junto o mesmo
morninho no coração de "comunidade": essa situação, pensamos, é temporária. Vai mudar. Logo, logo, ele
estará em outra.
Não, não estará se não nos indignarmos com a indigência e agirmos. Algumas palavras têm que
doer, porque a realidade dói. Do contrário, a linguagem deixa de ser uma ferramenta que busca representar
a vida como ela é e se torna um tapume nos impedindo de enxergá-la.
TREINANDO POR QUESTÕES
Sobre "índios" e "indígenas", li alguns textos. Os argumentos giram em torno do fato de "índio" ter
se tornado um termo pejorativo, ligado aos preconceitos que os brancos sempre tiveram com os povos
originários da América: preguiçosos, atrasados, primitivos.
Tá certo. Mas o problema, pensei, não tá no termo "índio", tá no preconceito do branco. Outro dia
ouvi num podcast americano um escritor judeu indignado porque ele, que sempre chamou os de sua
religião de "jews" (judeus), agora tinha que dizer "jewish people" (pessoas judias). Como se houvesse algo
de errado em ser judeu, ele disse. Como se a mudança na nomenclatura incorporasse o preconceito, quando
deveria ser justamente o contrário, feito os negros americanos dos anos 70 dizendo "say it loud, I’m black
and I’m proud!" ("diga alto, sou preto e tenho orgulho!").
Eu estava errado. Fui salvo da ignorância por minha querida prima antropóloga, Florência Ferrari, e
pelo mestre Sérgio Rodrigues. "Indígena" vem de "endógeno", aquele que pertence a um lugar. Ou seja:
"povos indígenas" dão uma ideia da multiplicidade de etnias que aqui estavam. "Índio" é uma generalização
preconceituosa, tipo "paraíba", no Rio, para se referir a qualquer nordestino ou nortista. Maravilha. Sai
"índio". Entra "indígena". Viva a Paraíba.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2022/07/as-
palavras-e-as-coisas.shtml (Adaptado) Acesso em: 22 set. 2022, 
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2022/07/as-palavras-e-as-coisas.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2022/07/as-palavras-e-as-coisas.shtml
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 1. Sobre o gênero do texto, é CORRETO dizer que se trata de
a) editorial.
b) um artigo de opinião.
c) um relato pessoal.
d) um texto dissertativo-argumentativo.
e) uma crônica.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 2. Sobre a constituição do texto, é correto afirmar, EXCETO:
a) A ideia apresentada no primeiro parágrafo é defendida ao longo do desenvolvimento
do texto.
b) No 1º parágrafo, apresenta-se a tese que será desenvolvida ao longo do texto.
c) No último parágrafo, a conclusão contradiz a ideia expressa no parágrafo anterior.
d) O uso da 1ª pessoa do singular, em alguns trechos, é incorreto, pois perde-se a
credibilidade na fala do locutor.
e) Utiliza-se de uma linguagem informal, o que dá ao leitor a ideia de um bate-papo.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 3. Em todos os trechos, há interlocução, EXCETO em:
a) “Como se a mudança na nomenclatura incorporasse o preconceito, quando deveria ser
justamente o contrário [...].”
b) “Do contrário, a linguagem deixa de ser uma ferramenta que busca representar a vida
como ela é e se torna um tapume nos impedindo de enxergá-la.”
c) “Mas quando a gente fala "morador em situação de rua" vem junto o mesmo
morninho no coração de "comunidade" [...].”
d) “Não, não estará se não nos indignarmos com a indigência e agirmos.”
e) “Talvez fosse bom deixarmos o incômodo nos tomar toda vez que disséssemos ou
ouvíssemos "favela" ou "favelados".”
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 4. As palavras destacadas foram corretamente interpretadas entre parênteses,
EXCETO em:
a) “[...] mas mudar para "morador de comunidade", embora amacie na semântica, não
leva água encanada, esgoto e luz para ninguém.” (sentido das palavras)
b) “A gente ouve "comunidade" e dá a impressão de que aquelas pessoas estão todas de
mãos dadas fazendo uma ciranda em torno da horta orgânica, não apinhando-se em
condições sub-humanas.” (aglomerando-se)
TREINANDO POR QUESTÕES
c) “Como se a mudança na nomenclatura incorporasse o preconceito, quando deveria
ser justamente o contrário” (vocabulário)
d) “Em certo momento dos anos 90, "favela" virou "comunidade". "Favelado" era um
termo pejorativo.” (vulgar)
e) “Não, não estará se não nos indignarmos com a indigência e agirmos.” (miséria)
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 5. São sentimentos presentes no texto, EXCETO:
a) Desconforto.
b) Determinação.
c) Indignação.
d) Ironia.
e) Preconceito.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 6. O que motivou o locutor a escrever o texto foi
a) a descoberta de que estava errado com relação à palavra índio, a qual também é uma
generalização preconceituosa.
b) a discussão gerada devido ao fato de ele usar a palavra índio em seu livro.
c) a mudança ocorrida na língua devido às questões relacionadas à ética verbal.
d) a não concordância com as mudanças ocorridas na língua devido à ética verbal.
e) a vontade de iniciar uma discussão devido ao fato de não concordar com o
politicamente correto na língua.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 7. Com base numa leitura global do texto, é possível fazer as seguintes
afirmações, EXCETO:
a) Ao afirmar que estava errado em relação ao uso da palavra índio, visto que é uma
palavra preconceituosa, mostra-se que o autor não se envergonha de errar e faz disso
um aprendizado para si e para os seus leitores.
b) Ao afirmar que se não nos indignarmos com a indigência e agirmos, a linguagem deixa
de ser uma ferramenta que busca representar a vida como ela é e se torna um tapume
nos impedindo de enxergá-la, confirma-se a ideia de que trata o texto que é o combate
ao preconceito.
TREINANDO POR QUESTÕES
a) Ao constatar que errou ao usar a palavra índio e foi salvo de sua ignorância por uma
prima antropóloga e por um mestre, o autor revela sua tranquilidade em admitir seus
erros e corrigi-los em tempo hábil.
b) Ao constatar que mudar para "morador de comunidade", embora amacie na
semântica, não leva água encanada, esgoto e luz para ninguém, confirmase a ideia de
que algumas mudanças na ética verbal são contraproducentes.
c) Ao se referir à palavra “mendigo" como um termo horrível não porque as vogais e
consoantes se juntemde forma deselegante, mas pelo que ele nomeia, mostra-se a
indignação refletida na fala do autor.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 8. Há linguagem figurada em:
a) “Algumas mudanças na ética verbal, porém, me parecem contraproducentes.”
b) “Algumas palavras têm que doer, porque a realidade dói.”
c) “Em certo momento dos anos 90, "favela" virou "comunidade".
d) “Mas o problema, pensei, não tá no termo "índio", tá no preconceito do branco.”
e) “O mesmo vale para "morador em situação de rua".
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 9. A ideia expressa pelos termos destacados está corretamente identificada
entre parênteses, EXCETO em:
a) “[...] mas mudar para "morador de comunidade", embora amacie na semântica, não
leva água encanada, esgoto e luz para ninguém.” (finalidade)
b) “Algumas mudanças na ética verbal, porém, me parecem contraproducentes.”
(oposição)
TREINANDO POR QUESTÕES
c) “Como se a mudança na nomenclatura incorporasse o preconceito, quando deveria
ser justamente o contrário [...].” (tempo)
d) “Do contrário, a linguagem deixa de ser uma ferramenta que busca representar a vida
como ela é e se torna um tapume nos impedindo de enxergála.” (comparação)
e) “Não, não estará se não nos indignarmos com a indigência e agirmos.” (condição)
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 10. Em: “Outro dia ouvi num podcast americano um escritor judeu indignado
porque ele, que sempre chamou os de sua religião de "jews" (judeus) agora tinha que
dizer "jewish people" (pessoas judias).”, os é:
a) Artigo definido.
b) Artigo indefinido.
c) Pronome demonstrativo.
d) Pronome indefinido.
e) Pronome pessoal do caso oblíquo.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 11. A posição do pronome oblíquo é facultativa em:
a) "Mendigo" é um termo horrível não porque as vogais e consoantes se juntem de
forma deselegante.”
b) “Do contrário, a linguagem deixa de ser uma ferramenta que busca representar a vida
como ela é e se torna um tapume nos impedindo de enxergá-la.”
TREINANDO POR QUESTÕES
a) “Não, não estará se não nos indignarmos com a indigência e agirmos.”
b) “Nosso objetivo deveria ser dar condições de vida decente praquela gente, não nos
sentirmos confortáveis ao mencioná-la.”
c) “Talvez fosse bom deixarmos o incômodo nos tomar toda vez que disséssemos ou
ouvíssemos "favela" ou "favelados [...].”
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 12. Em: “Talvez fosse bom deixarmos o incômodo nos tomar toda vez que
disséssemos ou ouvíssemos "favela" ou "favelados", os verbos destacados estão
flexionados no:
a) futuro do pretérito do indicativo.
b) futuro do subjuntivo.
c) pretérito imperfeito do indicativo.
d) pretérito imperfeito do subjuntivo.
e) pretérito perfeito do indicativo.
TREINANDO POR QUESTÕES
INSTRUÇÃO 
Leia o texto abaixo para responder às questões 13 e 14. 
Disponível em: https://www.instagram.com/p/CiTtyO-AabJ/ Acesso em: 23 set. 2022. 
https://www.instagram.com/p/CiTtyO-AabJ/
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 13. Observando o anúncio “Aluga-se quarto com banheiro a 8 quadras do
centro” e a pergunta feita “Me interessa, mas não tem um com o banheiro mais perto?”,
pode-se dizer, EXCETO que
a) a intenção do anunciante foi anunciar um quarto com um banheiro e indicar onde o
imóvel se localizava.
b) o duplo sentido gerado pela frase gerou humor, já que é impossível haver um quarto
com um banheiro tão distante.
TREINANDO POR QUESTÕES
c) o fato de ser apenas um quarto no imóvel induz o leitor a pensar que o banheiro não
era parte dele, pela distância sugerida na frase em questão.
d) o humor do texto foi gerado pelo fato de alguém querer alugar um quarto como o
descrito no anúncio.
e) o leitor entendeu que o quarto tinha o banheiro em um lugar bem distante do local
que seria o alugado.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 14. Sobre o anúncio: “Aluga-se quarto com banheiro a 8 quadras do centro.”,
pode-se dizer que a duplicidade de sentido pode ser desfeita, EXCETO
a) se colocarmos dois pontos após o termo “aluga-se”.
b) se colocarmos vírgula após o termo “quarto com banheiro”.
c) se colocarmos vírgulas intercalando o termo “com banheiro”
d) se colocarmos vírgulas intercalando o termo “quarto com banheiro”
e) se o termo “a 8 quadras do centro” vier no início da frase.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 15. A crase é facultativa em:
a) Ele escreve à Machado de Assis.
b) Ele vendeu o apartamento à vista.
c) Os rapazes saíram às pressas.
d) Vou à casa de meu primo mais tarde.
e) Voltaremos para casa até às 19 horas.
1. B 2. D 3. A 4. D 5. E 6. C 7. B 8. B 9. A 10. C
11. E 12. D 13. D 14. A 15. E
GABARITO
Seu esforço tornará seu sonho 
possível!
Obrigada pelo nosso encontro!
Professora Flávia Rita
PROVA – FUMARC - TRT-MG/ 
TÉC. JUDICIÁRIO 2022 
Professora Flávia Rita
TREINAMENTO POR 
QUESTÕES
Professora Flávia Rita
TREINANDO POR QUESTÕES
ASSINALE A RESPOSTA CORRETA.
“Superei um tabu” 
O ator Lázaro Ramos, 43, conta como lutou para falar sobre paternidade de forma franca e aberta 
Depoimento dado a Amanda Péchy
Quando soube que seria pai, aos 32 anos, fui racional. Dizia estar emocionado, mas, na verdade, a
ficha só veio a cair no dia em que João nasceu. Aí, sim, aflorou um turbilhão de sentimentos misturados –
medos, inseguranças, incertezas. No meio disso, senti um amor gigantesco por um desconhecido, como
nunca antes. Me vi também isolado e perdido no novo papel. Cheguei a me afastar de amigos, uma vez que
nossas realidades passaram a seguir cursos tão diferentes. Até com aqueles que eram pais, eu não
conseguia conversar em profundidade. Era como uma espécie de tabu. Sou integrante de uma geração que
começa a discutir a masculinidade e poderia estar mais maduro quando apareceram em minha vida o João,
hoje com 11 anos, e a Maria, de 7. O fato é que essa ainda é uma trilha difícil, sobre a qual pesa um
machismo, às vezes nas entrelinhas, que resiste ao tempo. Sensibilidade e cuidados, em pleno século XXI e
com tantos avanços, parecem ainda não ser temas do universo masculino.
TREINANDO POR QUESTÕES
Acabou que minha profissão foi decisiva para trazer o assunto à tona, de forma franca e direta.
Queria há tempos tratar do tema e aconteceu com o filme Papai É Pop, do do Caíto Ortiz, que recém estreou
nos cinemas. Nunca havia lido o livro no qual se baseia o roteiro, obra que levanta uma ampla reflexão para
nós, homens, sobre paternidade. Tinha um temor de repetir erros que observava em meu próprio pai, como
não abraçar, beijar, não deixar os sentimentos à tona. Queria ser ativo, dar banho, trocar fralda, estar na
área, mesmo que significasse uma reviravolta. Na geração dos meus pais, como diz o filme, mãe era peito e
o progenitor, bolso. Aprendi que não precisa ser desse jeito, nem deve, e fui conquistando meu espaço, me
entendendo nessa rotina. Uso a palavra conquistar porque, tanto eu como minha mulher (a atriz Taís
Araújo), viemos de famílias de mulheres fortes. E nesse cenário fui demarcando o meu território.
Ter filhos muda a vida de qualquer casal, e conosco não foi diferente. Olhando sob a perspectiva de
hoje, a criação deles nos aproximou porque fomos estabelecendo uma saudável divisão de funções e, por
tabela, descobrimos algo essencial: nossos conceitos e valores nesse campo eram semelhantes. Foi uma
revelação, já que, antes deles, não tínhamos ideia de como seríamos como pais. Selamos, logo de saída,
acordos primordiais sobre o dia a dia – saúde, alimentação, educação –, sem discordâncias fundamentais no
que importa. Claro que há momentos de tensão, mas temos conseguido contorná-los com boa dose de
diálogo. Aprendo também com gente de quem, graças à paternidade, me aproximei nestes anos. Tenho
vínculos com pais de amigos dos dois, mas a conversa se prolonga mais com as mães, e eu adoro isso.
TREINANDO POR QUESTÕES
Engraçado observar que a experiência que tive com cada um foi tão distinta. Com o João, assimilei tudo em
tempo real, me transformando por força das circunstâncias. Quando Taís engravidou outra vez, pensei:
“Ótimo, já sou perito”. Aí Marianasceu, e fiquei perdido de novo. Ser pai de menina era um admirável
mundo que se abria. Tinha medo de cometer um erro diante de um ser que, além de pequenino, era de
outro sexo, um terreno ainda mais desconhecido. Na pandemia, com todos sob o mesmo teto, me vi tendo
de lidar com meus demônios: impaciência e até falta de repertório para conversar com eles estavam no rol.
Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e me fez melhor. Em Papai É Pop, identifico-me com
meu personagem Tom porque vejo nele um genuíno desejo de ser bom pai e, ao mesmo tempo, aquele
medo de não reunir qualidades suficientes. Ele consegue ser um espelho para vários homens. Assim como o
personagem, hoje levo a paternidade com leveza, e falar sobre ela deixou de ser um tabu.
Fonte: Revista Veja, ed. 2805, ano 55, n. 35, p. 78, 07 set. 2022.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 01. Sobre o gênero do texto, trata-se de
a) um artigo de opinião.
b) um editorial.
c) um relato pessoal.
d) um texto dissertativo-argumentativo.
e) uma crônica.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 02. Todas as constatações abaixo podem ser feitas com base no texto, EXCETO:
a) A emoção de ser pai só se tornou realidade para o locutor do texto com o nascimento
do filho.
b) A experiência de ser pai ainda é um tabu para alguns pais que creem ser tudo
responsabilidade da mãe.
TREINANDO POR QUESTÕES
c) Após o nascimento dos filhos, a tendência foi o casal se aproximar de casais que
também tinham filhos.
d) Com o nascimento do segundo filho, os pais se sentem mais seguros e conseguem
lidar melhor com a situação.
e) Mesmo com os avanços do século XXI, ainda existem pais que não conseguem se livrar
do tabu da masculinidade.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 03. Segundo o texto, a paternidade é difícil, EXCETO porque
a) ainda hoje existem homens que mantêm a mesma ideia de anos anteriores de que não
devem demonstrar carinho e sensibilidade com os filhos.
b) assimilamos conceitos passados por nossos pais que perduram até hoje, envolvendo a
masculinidade.
TREINANDO POR QUESTÕES
c) existe um receio muito grande, por parte dos pais, em não reunir as qualidades
suficientes para ser um bom pai.
d) os filhos são diferentes e, no nascimento de cada um, há uma relação e um
comportamento diferentes.
e) os pais ainda mantêm conceitos pré-existentes em relação à criação de seus filhos, o
que dificulta a relação pais e filhos.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 04. O tabu a que se refere o locutor do texto é MELHOR descrito em:
a) Em Papai É Pop, identifico-me com meu personagem Tom porque vejo nele um genuíno
desejo de ser bom pai e, ao mesmo tempo, aquele medo de não reunir qualidades
suficientes.
b) Na geração dos meus pais, como diz o filme, mãe era peito e o progenitor, bolso.
TREINANDO POR QUESTÕES
c) O fato é que essa ainda é uma trilha difícil, sobre a qual pesa um machismo, às vezes
nas entrelinhas, que resiste ao tempo.
d) Tinha medo de cometer um erro diante de um ser que, além de pequenino, era de
outro sexo, um terreno ainda mais desconhecido.
e) Tinha um temor de repetir erros que observava em meu próprio pai, como não
abraçar, beijar, não deixar os sentimentos à tona.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 05. As palavras destacadas estão corretamente interpretadas entre parênteses,
EXCETO em:
a) “Aí, sim, aflorou um turbilhão de sentimentos misturados – medos, inseguranças,
incertezas.” (surgiu)
b) “E nesse cenário fui demarcando o meu território.” (delimitando)
c) “Engraçado observar que a experiência que tive com cada um foi tão distinta.” (correta)
d) “Selamos, logo de saída, acordos primordiais sobre o dia a dia – saúde, alimentação,
educação –, sem discordâncias fundamentais no que importa.” (fundamentais)
e) “Tenho vínculos com pais de amigos dos dois, mas a conversa se prolonga mais com as
mães, e eu adoro isso.” (ligações)
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 06. Há linguagem oral em:
a) “Dizia estar emocionado, mas, na verdade, a ficha só veio a cair no dia em que João
nasceu.”
b) “E nesse cenário fui demarcando o meu território.”
c) “Ele consegue ser um espelho para vários homens.”
d) “No meio disso, senti um amor gigantesco por um desconhecido, como nunca antes.”
e) “Ser pai de menina era um admirável mundo que se abria.”
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 07. Há linguagem figurada, EXCETO em: 
a) “Aí, sim, aflorou um turbilhão de sentimentos misturados – medos, inseguranças, 
incertezas.” 
b) “E nesse cenário fui demarcando o meu território.” 
c) “Ele consegue ser um espelho para vários homens.” 
d) “Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e me fez melhor.” 
e) “Na geração dos meus pais, como diz o filme, mãe era peito e o progenitor, bolso.” 
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 08. Em: “Tenho vínculos com pais de amigos dos dois, mas a conversa se
prolonga mais com as mães, e eu adoro isso.”, isso se refere ao fato de ele
a) aprender também com gente que ele se aproximou graças à paternidade.
b) conversar mais prolongadamente com as mães.
c) observar que a experiência que teve com cada um dos filhos foi distinta.
d) ter vínculos com pais de amigos dos dois filhos, mas conversar mais com as mães.
e) ter vínculos com pais de amigos dos dois filhos.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 09. O articulador sintático destacado foi corretamente substituído entre
parênteses, EXCETO em:
a) “Assim como o personagem, hoje levo a paternidade com leveza falar sobre ela deixou de
ser um tabu.” (Tal qual)
a) “Claro que há momentos de tensão, mas temos conseguido contorná-los com boa dose
de diálogo.” (contudo)
TREINANDO POR QUESTÕES
c) “Foi uma revelação, já que, antes deles, não tínhamos ideia de como seríamos como
pais.” (mas)
d) “Quando soube que seria pai, aos 32 anos, fui racional.” (Logo que)
e) “Queria ser ativo, dar banho, trocar fralda, estar na área, mesmo que significasse uma
reviravolta.” (embora)
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 10. Analisando a concordância nominal, assinale a alternativa em que somente
um dos produtos à venda é novo:
a) Vendem-se blusa e saia novas.
b) Vendem-se bola e carrinho novos.
c) Vendem-se bolsa e boneca novas.
d) Vendem-se paletó e gravata novos.
e) Vendem-se sapato e calça nova.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 11. Os verbos destacados estão flexionados no pretérito perfeito do indicativo,
EXCETO em:
a) “Acabou que minha profissão foi decisiva para trazer o assunto à tona, de forma franca e
direta.”
b) “Aprendi que não precisa ser desse jeito, nem deve, e fui conquistando meu espaço, me
entendendo nessa rotina.”
TREINANDO POR QUESTÕES
c) “Com o João, assimilei tudo em tempo real, me transformando por força das
circunstâncias.”
d) “Dizia estar emocionado, mas, na verdade, a ficha só veio a cair no dia em que João
nasceu.”
e) “No meio disso, senti um amor gigantesco por um desconhecido, como nunca antes.”
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 12. Os termos destacados são pronomes relativos, EXCETO em:
a) “Aprendi que não precisa ser desse jeito, nem deve, e fui conquistando meu espaço [...].”
b) “Até com aqueles que eram pais, eu não conseguia conversar em profundidade.”
c) “Engraçado observar que a experiência que tive com cada um foi tão distinta.”
d) “Sou integrante de uma geração que começa a discutir a masculinidade [...].”
e) “Tinha um temor de repetir erros que observava em meu próprio pai, como não abraçar,
beijar, não deixar os sentimentos à tona.”
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 13. A colocação do pronome oblíquo é facultativa em:
a) “Cheguei a me afastar de amigos, uma vez que nossas realidades passaram a seguir
cursos tão diferentes.”
b) “Em Papai É Pop, identifico-me com meu personagem Tom porque vejo nele um
genuíno desejo de ser bom pai.”
c) “Mas a convivência intensiva também foi boa, produtiva, e me fez melhor.”
d) “Nunca havia lido o livro no qual se baseia o roteiro, obra que levanta uma ampla
reflexão para nós, homens, sobre paternidade.”
e) “Ser pai de menina era um admirável mundo que se abria.”
TREINANDOPOR QUESTÕES
QUESTÃO 14. A regência verbal está correta, EXCETO em:
a) A vendedora aspirou o aroma do perfume de rosas.
b) As crianças preferem os doces aos legumes e frutas.
c) Muitas pessoas assistiam ao filme em sua estreia.
d) O banco informou aos correntistas de que não haverá pagamento.
e) Os jovens contratados aspiravam a um cargo melhor na empresa.
TREINANDO POR QUESTÕES
QUESTÃO 15. A vírgula está empregada de forma INCORRETA em:
a) Joana, a moça da secretaria, está na recepção.
b) Os habitantes de nossa cidade, não se preocupam com a limpeza urbana.
c) Os rapazes, que moram no segundo andar, já estão no pátio.
d) Todos viam os benefícios das plantas, menos quem mais precisava delas.
e) Vamos todos à festa, menos minha tia, que ficou em casa.
1. C 2. D 3. E 4. E 5. C 6. A 7. D 8. D 9. C 10. E 
GABARITO
11. D 12. A 13. A 14. D 15. B
Seu esforço tornará seu sonho 
possível!
Obrigada pelo nosso encontro!
	PROVA – FUMARC - TRT-MG - ANALISTA JUDICIÁRIO_Apoio Especializado – Comunicação Social
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