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Professor: Thiago Cordeiro Elementos de Máquinas ✓Elementos comuns e suas aplicações – Pinos, roscas, parafusos, porcas, travas, anéis elásticos, chavetas, molas, arruelas, rebites. ✓Elementos de vedação: Retentores, anéis de vedação. Juntas, gaxetas, selos mecânicos. ✓Elementos de Transmissão: Polias, correias, correntes, engrenagens, acoplamentos, freios e embreagens, Princípios e relação de transmissão. ✓Noções de Alinhamento de Máquinas Rotativas. Conteúdo Elementos constituintes de Máquinas e Equipamentos HISTORICO DA MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO INDUSTRIAL •HISTÓRICO •A Evolução da Manutenção nos Países •Industrializados Introduziu Novos •Conceitos Sobre •MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS MANUTENÇÃO •É UM CONJUNTO DE ATIVIDADES TÉCNICAS E • •ADMINISTRATIVAS CUJA FINALIDADE É CONSERVAR • •OU RESTITUIR A UM ÍTEM AS CONDIÇÕES QUE LHE • •PERMITAM REALIZAR SUA FUNÇÃO. •ABRAMAN/ 1996 COMBINAÇÃO DE TODAS AS TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO, INCLUINDO AS DE SUPERVISÃO, •DESTINADAS A MANTER OU RECOLOCAR UM ÍTEM EM UM •ESTADO NO QUAL POSSA DESEMPENHAR UMA FUNÇÃO •REQUERIDA. A MANUTENÇÃO PODE INCLUIR UMA •MODIFICAÇÃO DE UM ÍTEM. •ABNT - NBR - 5462/1994 O desafio do profissional de manutenção, consiste em conhecer os princípios e fundamentos do objeto do seu trabalho, os instrumentos e seus componentes, para de posse destes conhecimentos, poder executar melhor e com mais segurança suas atividades. Elementos de Máquina Os elementos de máquina, são subdivididos em três grandes grupos: • Os elementos de Fixação, • Transmissão e Vedação. • Iremos ver agora cada grupo e suas particularidades. Elementos de Máquina Grupo 1 Elementos de Fixação 10 Aplicação dos Materiais nos Elementos de fixação Para Parafusos e Porcas Materiais de Construção Mecânica Aplicações 11 12 Dispositivos rosqueados geram tensão por causa do seu formato único: = O giro da rosca cria uma vantagem mecânica extraordinária A rosca de um parafuso é como um plano inclinado contínuo 13 Joseph WhitworthUm parafuso antes de 1840 O perfil da rosca, segundo Whitworth 1841 Visão Histórica - Whitworth 14 William Sellers Visão Histórica - Sellers O perfil da rosca, segundo Sellers 1864 15 Visão Histórica – Roscas Internacionais Perfis de Rosca - Unificado e ISO TANTO AS ROSCAS MÉTRICA (ISO) QUANTO AS DE POLEGADAS (UN) SÃO BASEADAS NO PADRÃO GERAL DE 60° 16 Rosca - Terminologia • Passo no UN: “filete por polegada” (em inglês, tpi) • Passo na rosca ISO: “mm de crista para crista” Passo Crista Raíz Ângulo Passo/2 Maior Diâmetro Menor Diâmetro Diâmetro do Passo 17 Roscas Passo Largo (NC) e Passo Curto (NF) Rosca UNF Rosca UNC O diâmetro e o passo definem o tamanho básico de uma rosca. Exemplo de rosca por polegada: 1- 8 UN Exemplo de rosca métrica: M24 x 3 Comprimento Cabeça Corpo Rosca D iâ m e tr o 18 Área de Esforço da Rosca Segmento Rosqueado Diâmetro? Diâmetro de Esforço Diâmetro do Passo Menor Diâmetro 19 Grau de Força dos Parafusos Bilhões de parafusos são fabricados por ano. Para permitir a padronização, os parafusos são normalmente produzidos para atender especificamente à um Grau (dispositivos de polegada) ou à uma Classe (dispositivos métricos). Duas exigências principais que indicam a força de um material são as forças de escoamento e de tensão. 20 Deformação Elástica Plástica EscoamentoC a rg a Força de Tensão Medida Deflexão 21 Comprimento L C a rg a Deflexão 22 • Para uma discussão mais detalhada sobre a curva de esforço/deformação e suas implicações. Escoamento limite de proporcionalidade limite elástico esforço de escoamento limite de esforço fratura Endurecimento por deformação Limite de esforço Força de fratura Esforço de escoamento Limite de proporcionalidade Comportamento elástico Comportamento plástico deformação esforço Extrusão 23 Parafusos métricos A força deste parafusos é especificada por uma classe, a qual define todas as propriedades físicas por eles exigidas (ex: 8.8 mais comum). As duas classe típicas na engenharia mecânica são a 8.8 e a 10.9, sendo a segunda 30 % mais forte que a primeira. 24 Parafusos de polegadas SAE Grau 8 Grau 5 ASTM B7 Tipicamente usados em engenharia mecânica Tipicamente usados na indústria de petróleo, gás e energia 25 F o rç a d e E s c o a m e n to ( N /m m ²) F o rç a d e E s c o a m e n to ( k s i) 26 SAE Grau 5 Marcas nos parafusos SAE Grau 8 ISO Classe 8.8 ASTM B7 27 Marcas de Identificação do Grau (‘Grade’) Comuns nos EUA 28 Porcas Porcas e parafusos são projetados tal que os parafusos quebrem primeiro devido a uma súbita fratura por tensão, ao invés de quebrarem devido ao espanamento da rosca. Este espanamento é gradual e pode levar um produto defeituoso a ser posto em serviço. Porcas estão sempre sob compressão e geralmente falham devido ao espanamento da rosca. Rosca espanada da porca sobre a rosca do parafuso. 29 Força da Porca Para prevenir espanamento, é necessário combinar corretamente a força da porca com a do parafuso. Em geral, uma porca SAE grau 5 é usada com um parafuso SAE grau 5, uma porca grau 8 é usada com um parafuso grau 8, e assim por diante. Para parafusos métricos, uma porca de classe 8 é usada com um parafuso de classe 8.8. 30 Marcas nas Porcas Marcas nas porcas indicam a sua força. Porcas SAE apresentam marcas cuja posição angular relativa indica sua força. Marcas nas porcas métricas indicam sua classe. SAE Grau 5 SAE Grau 8 Classe 8 31 Arruelas São normalmente usadas sob a cabeça dos parafusos ou sob as faces das porcas. Seus objetivos são: ◼ Proteger a face da junta contra danos (ex. absorção) ◼ Fornecer uma superfície dura com um coeficiente de atrito consistente ◼ Espalhar a carga sobre uma área maior (isso aumenta a rigidez da junta) Incrustrações numa arruela ‘macia’ Para atender aos seus objetivos, uma arruela tem que ter um corpo todo duro (não apenas a superfície), para se equivaler aos parafusos e porcas. 32 Estes dispositivos têm sido usados por mais de um século, mas normalmente não em aparafusamento de flanges – por que? Uso de Travas em Juntas Aparafusadas Contra porca 1866 Contra porca 1875 Porca de expansão 1871 33 Pesquisas mostram que as cargas de cisalhamento dinâmicas causam vibrações que afrouxam o parafusos. Cargas de Cisalhamento dinâmicas são normalmente baixas em juntas flangeadas. Mudanças de pressão em tubulações podem levar a cargas axiais, mas normalmente não a cargas de cisalhamento; do contrário haveria danos à junta de vedação. Aparafusamento de Flanges Carga de Cisalhamento Dinâmica 34 Juntas aparafusadas submetidas à cargas de cisalhamento Em 1969, Gerhard Junker publicou seu estudo sobre as razões pelas quais porcas e parafusos se afrouxam. A principal descoberta foi que dispositivos submetidos à pré- cargas se afrouxam devido à rotação que ocorre tão logo haja movimento entre as roscas e entre as superfícies de apoio das porcas e parafusos e o material apertado. 35 As máquinas Junker de Teste de Vibração Junker projetou uma máquina que permite avaliar a eficiência de um método de travamento dos dispositivos de aperto. Exemplos de máquinas de teste projetadas por Junker 36 Junker e outros pesquisadores demonstraram que alguns métodos populares de travamento são ineficientes. Como exemplo, arruelas helicoidais têmse mostrado muito ineficientes em termos de resistência à vibração. Resultados de testes de vibrações transversais para mecanismos de travamento Parafuso com cabeça hexagonal Arruela helicoidal T e n s ã o d o p a ra fu s o ( % d e i n s ta la ç ã o ) Nº de ciclos 37 Responda corretamente a essas perguntas para ter certeza que entendeu bem os aspectos básicos dos dispositivos de aperto 38 TESTE 1. Pode-se usar parafusos de grau diferente num mesmo flange desde que a tensão não exceda o ponto de escoamento do parafuso menos forte. (V / F) 2. É possivel usar com segurança uma porca grau 5 com um parafuso grau 8? Por que? 3. Cite 3 vantagens de usar uma arruela rígida sob uma porca: _________________ __________________ ______________ 4. Roscas métricas atualmente são muito usadas em todo o mundo. Qual a mais comum, a da série NC ou da série NF? 39 5. No sistema métrico, um parafuso M45 corresponde: A. A um diâmetro de 45 mm B. A um soquete tamanho 45 mm C. A um pt de escoamento D. Nenhuma das anteriores de 45 N-m 6. Cite os nomes das partes da rosca abaixo: Diâmetro Parafusos e Porcas Exercícios resolvidos Rosca métrica triangular (normal e fina) FÓRMULAS • ângulo do perfil da rosca: • a = 60º . • diâmetro menor do parafuso (Æ do núcleo): • d1 = d - 1,2268P. • diâmetro efetivo do parafuso (Æ médio): • d2 = D2 = d - 0,6495P. • folga entre a raiz do filete da porca e a crista do filete do parafuso: • f = 0,045P. • diâmetro maior da porca: • D = d + 2f . • diâmetro menor da porca (furo): • D1= d - 1,0825P. • diâmetro efetivo da porca (Æ médio): • D2= d2. • altura do filete do parafuso: • he = 0,61343P . • raio de arredondamento da raiz do filete do parafuso: • rre = 0,14434P. • raio de arredondamento da raiz do filete da porca: • rri = 0,063P Rosca witworth (triangular normal e fina) FORMULÁRIOS • a = 55º • P =1 • nºde filetes • hi = he = 0,6403 · P • rri = rre = 0,1373 · P • d = D • d1 = d - 2he • D2= d2 = d - he ROSCAS •Rosca métrica normal •Exemplo - Calcular o diâmetro menor de um parafuso (d1) para uma rosca de •diâmetro externo (d) de 10 mm e passo (p) de 1,5 mm. •Cálculo: d1 = d - 1,2268 · P RESOLUÇÃO • Substituindo os valores dessa fórmula: • d1 = 10 - 1,2268 · 1,5 • d1 = 10 - 1,840 • d1 = 8,16 mm • Portanto, o diâmetro menor da rosca é de 8,16 mm. ROSCAS Calcular o diâmetro efetivo de um parafuso (Æ médio) com rosca métrica normal, cujo diâmetro externo é de 12 mm e o passo é de 1,75 mm. Fórmula: d2 = d - 0,6495 · P RESOLUÇÃO Substituindo os valores desta fórmula: d2 = 12 - 0,6495 · 1,75 d2 = 12 - 1,1366 d2 = 10,86 mm Portanto, a medida do diâmetro médio é de 10,86 mm. ROSCAS Calcular a folga (f) de uma rosca métrica normal de um parafuso cujo diâmetro maior (d) é de 14 mm e o passo (p) é de 2 mm. Fórmula: f = 0,045 · P RESOLUÇÃO Substituindo os valores: f = 0,045 · 2 f = 0,09 mm Portanto, a folga entre a raiz do filete da porca e a crista do filete do parafuso é de 0,09 mm. ROSCAS Calcular o diâmetro maior de uma porca com rosca métrica normal, cujo diâmetro maior do parafuso é de 8 mm e o passo é de 1,25 mm. Fórmula: D = d + 2f Calcula-se, primeiro o valor de f cuja fórmula é f = 0,045 · P. RESOLUÇÃO Portanto: f = 0,045 · 1,25 f = 0,05625 Substituindo os valores de f na fórmula: D = 8 + 2 · 0,056 D = 8 + 0,112 D = 8,11 mm Portanto, o diâmetro maior da porca é de 8,11mm. ROSCAS Calcular o diâmetro menor de uma porca com rosca métrica normal cujo diâmetro maior do parafuso é de 6mm e o passo é de 1 mm. Fórmula: D1 = d - 1,0825 · P RESOLUÇÃO Substituindo os valores: D1= 6 - 1,0825 · 1 D1= 6 - 1,0825 D1 = 4,92 mm Portanto, o diâmetro menor da porca é de 4,92 mm. ROSCAS Calcular a altura do filete de um parafuso com rosca métrica normal, com diâmetro maior de 4 mm e o passo de 0,7 mm. Fórmula: he = 0,61343 · P RESOLUÇÃO Substituindo os valores: he = 0,61343 · 0,7 he = 0,43 mm Portanto, a altura do filete do parafuso é de 0,43mm. ROSCAS MÉTRICAS TRIAGULARES Calcular o diâmetro menor de um parafuso (d1), sabendo que o diâmetro maior é de 10 mm e o passo é de 0,75 mm. Fórmula: d1 = d - 1,2268 · P RESOLUÇÃO Substituindo os valores: d1 = 10 - 1,2268 · P d1 = 10 - 0,9201 d1 = 9,08 mm Portanto, o diâmetro menor do parafuso é de 9,08 mm. ROSCAS MÉTRICAS TRIAGULARES Calcular a altura do filete de um parafuso (he) com rosca métrica triangular fina com diâmetro maior de 8 mm e passo de 1 mm. Fórmula: he = 0,61343 · P RESOLUÇÃO Substituindo os valores: he = 0,61343 · 1 he = 0,61 mm Portanto, a altura do filete é de 0,61 mm. Pinos, Cavilha e Cupilhas INICIAREMOS EM INSTANTES Pinos e Cavilhas Os pinos e cavilhas têm a finalidade de alinhar ou fixar os elementos de máquinas, permitindo uniões mecânicas. Pinos e Cavilhas Os pinos e cavilhas se diferenciam pelos seguintes fatores: • Utilização; • Forma; • Tolerâncias de medidas; • Acabamento superficial; • Material; • Tratamento térmico. Pinos Os pinos são usados em junções resistentes a vibrações. Há vários tipos de pinos, segundo sua função. TIPO FUNÇÃO Pino cônico Ação de centragem. Pino cônico com haste roscada A ação de retirada do pino de furos cegos é facilitada por simples aperto da porca. Pino cilíndrico Requer um furo de tolerâncias rigorosas e é utilizado quando são aplicadas as forças cortantes. Pino elástico Apresenta elevada resistência ao corte e pode ser ou pino tubular partido assentado em furos, ou com variação de diâmetro considerável. Pino de guia Serve para alinhar elementos de máquinas. A distância entre os pinos deve ser bem calculada para evitar o risco de ruptura. Pinos Pinos Pinos Cavilhas A cavilha é uma peça cilíndrica, fabricada em aço, cuja superfície externa recebe três entalhes que formam ressaltos. A forma e o comprimento dos entalhes determinam os tipos de cavilha. Sua fixação é feita diretamente no furo aberto por broca, dispensando-se o acabamento e a precisão do furo alargado. Cavilhas Tipos, normas e utilização TIPO NORMA UTILIZAÇÃO KS1 DIN 1471 Fixação e junção. KS2 DIN 1472 Ajustagem e articulação KS3 DIN 1473 Fixação e junção em casos de aplicação de forças variáveis e simétricas, bordas de peças de ferro fundido. KS4 DIN 1474 Encosto e ajustagem. KS6 e KS7 Ajustagem e fixação de molas e correntes. KS9 Utilizado nos casos em que se tem necessidade de puxar a cavilha do furo. KS10 Fixação bilateral de molas de tração ou de eixos de roletes. KS8 DIN 1475 Articulação de peças. KS11 e KS12 Fixação de eixos de roletes e manivelas. KS4 DIN 1476 Fixação de blindagens, chapas e dobradiças sobre metal. KS5 DIN 1477 Fixação de blindagens, chapas e dobradiças sobre metal. KS7 Eixo de articulação de barras de estruturas, tramelas, ganchos, roletes e polias. Cupilha Cupilha (ou contra pino) é um arame de secção semi-circular, dobrado em modo de formar um corpo cilíndrico e uma cabeça. Pino cupilhado O pino cupilhado é utilizado como eixo curto para uniões articuladas e para suportar rodas, polias, cabos, etc. Rebites Os rebites são peças fabricadas de aço,alumínio, cobre e latão. Unem rigidamente peças ou chapas metálicas, em estruturas metálicas, de reservatórios, caldeiras, máquinas, navios, aviões, veículos de transporte. Rebites Exemplo de aplicação de rebites. Rebites • Tipos, formas e aplicações Rebites Para especificar os rebites é necessário conhecer suas especificações: – De que material é feito; – O tipo de sua cabeça; – O diâmetro do corpo; – O comprimento útil. Rebites Processos de rebitagem. – Processo manual – Esse tipo é feito a mão com pancadas no martelo. – Processo mecânico – É feito por meio de martelo pneumático ou de rebitadeiras pneumáticas e hidráulicas. Rebites Processo manual Esse tipo de processo é feito à mão, com pancadas de martelo. Antes de iniciaro processo, é preciso comprimir as duas superfícies metálicas a serem unidas. Após as chapas serem prensadas, o rebite é martelado até encorpar, isto é, dilatar e preencher totalmente o furo. Depois, com o martelo de bola, o rebite é “boleado”, ou seja, é martelado até começar a se arredondar. Rebites Rebites Processos mecânico O processo mecânico é feito por meio de martelo pneumático ou de rebitadeiras pneumáticas e hidráulicas. O martelo pneumático é ligado a um compressor de ar por tubos flexíveis e trabalha sob uma pressão entre 5 Pa 7 Pa, controlada pela alavanca do cabo. Rebites • Martelo Pneumático • Rebitadeira Hidráulica Rebites Tipos de rebitagem • Rebitagem de recobrimento Na rebitagem de recobrimento, as chapas são apenas sobrepostas e rebitadas. Esse tipo destina-se somente a suportar esforços e é empregado na fabricação de vigas e de estruturas metálicas. Rebites • Rebitagem de recobrimento simples É destinada a suportar esforços e permitir fechamento ou vedação. É empregada na construção de caldeiras a vapor e recipientes de ar comprimido. Nessa rebitagem as chapas se justapõem e sobre elas estende-se uma outra chapa para cobri-las. Rebites • Rebitagem de recobrimento duplo Usada unicamente para uma perfeita vedação. É empregada na construção de chaminés e recipientes de gás para iluminação. As chapas são justapostas e envolvidas por duas outras chapas que as recobrem dos dois lados. Rebites Defeitos de Rebitagem • Pelo mau preparo das chapas • Furos fora do eixo, formando degraus; • Chapas mal encostadas; • Diâmetro do furo muito maior em relação ao do rebite. • Pela má execução das diversas operações e fases de rebitagem • Aquecimento excessivo do rebite; • Rebitagem descentralizada; • Mal uso das ferramentas para fazer a cabeça; • O comprimento do corpo do rebite é pequeno em relação à espessura da chapa. Rebites Vantagens e Desvantagens • As junções rebitadas são mais simples e baratas que as soldadas; • Possibilitam um controle de qualidade mais simples que as soldadas; • As junções rebitadas são mais pesadas e seu campo de aplicação não é tão vasto quanto o das junções por solda; • Acarretam uma redução da resistência do material da ordem de 13 a 42%, devido à redução de área pela furacão para os rebites, contra uma redução de 10 a 40% para as junções soldadas. Rebites Curiosidades INICIAREMOS EM INSTANTES Curiosidades – Parafusos Usando materiais reativos juntos • Isto aqui é um assunto mais específico ao utilizar parafusos. • Não é de conhecimento geral que certos metais, ao entrarem em contato, acabam enfraquecendo sua resistência. • Um exemplo disso é o aço inox e o alumínio: quando estão juntos e um eletrólito é inserido (como a água salgada) elétrons são transferidos, gerando instabilidade. Isso enfraquece os materiais, deixando-os suscetíveis à corrosão. Esse processo é conhecido como corrosão galvânica e deve ser evitado a todo o custo. Blindagens Vedações Curiosidades – Rolamentos Vedações e blindagens Z (RHP Z) DU (RHP RS) Curiosidades – Rolamentos Blindagem dupla = ZZ ou 2Z Vantagens : ⚫ Grande disponibilidade ⚫ Baixo torque ⚫ Boa retenção da graxa ⚫ Boa resistência a contaminação ⚫ Excelente à alta velocidade Curiosidades – Rolamentos Blindados Vedação integral • Quantidade correta de graxa • Não contaminante. • Ajuste correto da vedação • Redução de preço • Diminuição do espaço no labirinto • Retenção de partículas para evitar contaminação interna Formas de barreiras físicas Isto garante: Formação como um labirinto Graxas auxiliam na : Curiosidades – Rolamentos Vedados Vedação com contato • Grande disponibilidade • Boa resistência à água • Excelente retenção da graxa • Excelente retenção contra contaminação Restrições: • Velocidade reduzida • Temperatura máxima de 100 oC Vedação dupla = DDU ou 2RS Vantagens : Curiosidades – Rolamentos Vedação sem contato • Baixo torque • Excelente à alta velocidade • Vedação melhor que o tipo Z Restrições: • Temperatura máxima de 110°C Vedação dupla = VV Vantagens: Curiosidades – Rolamentos Vedação com contato mais leve • Torque de partida aproximadamente 2 vezes menor que o DU • Torque menor que o DU • Menor retenção da graxa • Melhor resistência a contaminação • Melhor à alta velocidade Restrições: • Temperatura máxima de 110°C Vantagens em relação ao DU: - Vedação dupla = DDW Curiosidades – Rolamentos Posso retirar as blindagens ou as vedações ???? Curiosidades – Rolamentos Análise ZZ x DDU 6203ZZ x 6203 DDU (posso substituir ??) Rotação = 11.000 rpm Temperatura de 70°C Curiosidades – Rolamentos Chavetas, Eixos, Acoplamentos INICIAREMOS EM INSTANTES 97 CHAVETAS São elementos mecânicos utilizados para fixação de peças, normalmente são fabricadas utilizando o aço como material. Sua forma, em geral, é retangular ou semicircular. A chaveta se interpõe numa cavidade de um eixo e de uma peça. Na figura abaixo observa-se a configuração de dois elementos fixados por chaveta. 98 CHAVETAS Tipos de Chaveta Chaveta de Cunha (ABNT-PB-121): Empregada para unir elementos de máquinas que devem girar. Pode ser com cabeça ou sem cabeça, para facilitar sua montagem e desmontagem. Sua inclinação é de 1:100, o que permite um ajuste firme entre as partes. 99 CHAVETAS Tipos de Chaveta Chaveta de Cunha (ABNT-PB-121): Forças Atuantes 100 CHAVETAS Havendo folga entre os diâmetros da árvore e do elemento movido, a inclinação da chaveta provocará na montagem uma determinada excentricidade, não sendo, portanto aconselhado o seu emprego em montagens precisas ou de alta rotação Tipos de Chaveta Chaveta de Cunha (ABNT-PB-121): 101 CAHAVETAS Tipos de Chaveta Chaveta Encaixada (DIN 141, 490 e 6883): É a chaveta mais comum e sua forma corresponde ao tipo mais simples de chaveta de cunha. Para facilitar seu emprego, o rasgo da árvore é sempre mais comprido que a chaveta Chaveta Meia-Cana (DIN 143 e 492): Sua base é côncava (com o mesmo raio do eixo). Sua inclinação é de 1:100, com ou sem cabeça. Não é necessário rasgo na árvore, pois transmite o movimento por efeito do atrito, de forma que, quando o esforço no elemento conduzido é muito grande, a chaveta desliza sobre a árvore Chaveta Meia-Cana 102 CHAVETAS Tipos de Chaveta Chaveta Plana (DIN 142 e 491): É similar à chaveta encaixada, tendo, porém, no lugar de um rasgo na árvore, um rebaixo plano. Sua inclinação é de 1:100 com ou sem cabeça. Seu emprego é reduzido, pois serve somente para a transmissão de pequenas forças 103 CHAVETAS Tipos de Chaveta Chaveta Tangencial (DIN 268 e 271) É formada por um par de cunhas com inclinação de 1:60 a 1:100 em cada rasgo. São sempre utilizados duas chavetas e os rasgos são posicionados a 120°. A designação tangencial é devido a sua posição em relação ao eixo. Por isso, e pelo posicionamento (uma contra a outra), é muito comum o seu emprego para transmissão de grandes forças, e nos casos em que o sentido de rotação se alterna . 104 CHAVETAS Tipos de Chaveta Chaveta Transversal Aplicada em uniões de órgãos que transmitem movimentos não só rotativos como também retilíneos alternativos Quando é empregada em uniões permanentes, sua inclinação varia entre 1:25 e 1:50. Se a união necessita de montagens e desmontagens freqüentes, a inclinação pode ser de 1:6 a 1:15 Veja o slide a seguir !!! 105 CHAVETAS Tipos de Chaveta Chaveta Transversal 106 CHAVETAS Tipos de Chaveta Chaveta Paralela (DIN 269): É normalmente embutida e suas faces são paralelas, sem qualquer conicidade. O rasgo para o seu alojamento tem o seu comprimento. As chavetas embutidas nunca têm cabeça e sua precisão de ajuste é nas laterais, havendo uma pequena folga entre o ponto mais alto da chaveta e o fundo do rasgo do elemento conduzido 107 CHAVETAS Tipos de Chaveta Chaveta Paralela (DIN 269): A transmissão do movimento e das forças é feita pelo ajustede suas faces laterais com as do rasgo da chaveta. A chaveta paralela varia quanto à forma de seus extremos (retos ou arredondados) e quanto à quantidade de elementos de fixação à árvore. Pelo fato de a chaveta paralela proporcionar um ajuste preciso na árvore não ocorre excentricidade, podendo, então, ser utilizada para rotações mais elevadas. 108 CHAVETAS Tipos de Chaveta Chaveta de Disco ou Meia-lua tipo Woodruff (DIN 496 e 6888): É uma variante da chaveta paralela, porém recebe esse nome porque sua forma corresponde a um segmento circular . É comumente empregada em eixos cônicos por facilitar a montagem e se adaptar à conicidade do fundo do rasgo do elemento externo. 109 CHAVETAS Tolerâncias para Chavetas O ajuste da chaveta deve ser feito em função das características de trabalho a que vai ser submetida. A figura abaixo mostra os três tipos mais comuns de ajustes e tolerâncias para chavetas e rasgos. Comum em Bombas 110 CHAVETAS Dados de Manutenção Na substituição de chavetas é preciso considerar o acabamento superficial, o ajuste e o arredondamento dos cantos para evitar força de atrito excessiva. O estado dos canais de chaveta deve estar em boas condições, principalmente quanto à perpendicularidade. Pois além do esforço de cisalhamento as chavetas sofrem torção, esforço este que tende a virá-las em sua sede (Figura (a)) Quanto à chaveta de cunha, outros cuidados na montagem devem ser observados: uma tensão de aperto que não gere danos, fissuras (Figura (b)) ou excentricidade, e deve ser feita uma proteção da parte saliente dessas peças para evitar acidentes. Quando for necessário construir canais de chavetas, as dimensões têm de ser normalizadas e os cantos precisam ter raios para evitar concentração de tensões (Figura (c)). 111 CHAVETAS Dados de Manutenção Na substituição de chavetas é preciso considerar o acabamento superficial, o ajuste e o arredondamento dos cantos para evitar força de atrito excessiva. O estado dos canais de chaveta deve estar em boas condições, principalmente quanto à perpendicularidade. Pois além do esforço de cisalhamento as chavetas sofrem torção, esforço este que tende a virá-las em sua sede (Figura (a)) Quanto à chaveta de cunha, outros cuidados na montagem devem ser observados: uma tensão de aperto que não gere danos, fissuras (Figura (b)) ou excentricidade, e deve ser feita uma proteção da parte saliente dessas peças para evitar acidentes. Quando for necessário construir canais de chavetas, as dimensões têm de ser normalizadas e os cantos precisam ter raios para evitar concentração de tensões (Figura (c)). 112 EIXOS A função básica do eixo nas bombas centrifugas é transmitir o torque e o movimento de rotação fornecido pela maquina acionadora, para partida e operação da bomba. O eixo suporta o rotor e outras peças girantes. Nas bombas horizontais, o eixo é uma peça única com diferentes diâmetros ao longo de toda sua extensão. Nas bombas verticais, geralmente, o diâmetro é único ao longo de todo o seu comprimento. 113 EIXOS Deflexão O eixo deve ser projetado com a robustez a fim de proporcionar a menor deflexão possível. Empeno e deflexão do eixo são as principais causas de redução da ida útil das gaxetas, selos mecânicos e rolamentos. A prática recomenda que a deflexão do eixo no trecho da caixa de vedação seja inferior a 00,5mm. A indústria de bomba adota as relações chamadas de índice de deflexão ou índice de rigidez, como parâmetros de comparação de bombas do mesmo tipo. L = distancia do rolamento radial ao rotor (milímetro ou polegada); D = diâmetro do eixo no trecho da caixa de vedação (milímetro ou polegada) X = distancia entre rolamentos ( milímetros ou polegadas) A relação é usada para eixos com rotor em balanço e a para eixos com rotor entre mancais (figura abaixo 76) / e x. / / e x. / / e x. / 114 EIXOS Recomendado : L3 / D4 ≤ 2,4 115 EIXOS Recomendado : X . L2 / D4 ≤ 0,6 116 EIXOS Tipos de Eixo Eixos maciços: A maioria dos eixos maciços tem seção transversal circular maciça, com degraus ou apoios para ajuste das peças montadas sobre eles. A extremidade do eixo é chanfrada para evitar rebarbas. As arestas são arredondadas para aliviar a concentração de esforços. 117 EIXOS Tipos de Eixo Eixos vazados: Normalmente, as máquinas-ferramenta possuem o eixo-árvore vazado para facilitar a fixação de peças mais longas para a usinagem. Temos ainda os eixos vazados empregados nos motores de avião, por serem mais leves. 118 EIXOS Tipos de Eixo Eixos cônicos: Os eixos cônicos devem ser ajustados a um componente que possua um furo de encaixe cônico. A parte que se ajusta tem um formato cônico e é firmemente presa por uma porca. Uma chaveta é utilizada para evitar a rotação relativa. 119 EIXOS Tipos de Eixo Eixos roscados: Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos roscados, o que permite sua utilização como elemento de transmissão e também como eixo prolongador utilizado na fixação de rebolos para retificação interna e de ferramentas para usinagem de furos. 120 EIXOS Tipos de Eixo Eixos-árvore ranhurados: Esse tipo de eixo apresenta uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de peças que serão montadas no eixo. Os eixos ranhurados são utilizados para transmitir grande força. 121 EIXOS Eixos-árvore estriados: Assim como os eixos cônicos, como chavetas, caracterizam-se por garantir uma boa concentricidade com boa fixação, os eixos-árvore estriados também são utilizados para evitar rotação relativa em barras de direção de automóveis, alavancas de máquinas etc. Tipos de Eixo 122 EIXOS Manutenção dos Eixos e Árvores A especificação do eixo ou da árvore é feita pelo projetista da máquina que deve considerar vários fatores, tais como: carga, operação, material, dimensionamento, tratamento térmico. Acabamento superficial e tolerâncias. O projetista deve observar ainda que um eixo é um elemento elástico e pode expandir e contrair devido às mudanças de temperatura. Durante a usinagem de um eixo ou árvore devem se observar as tolerâncias dimensionais, as tolerâncias de forma tais como ovalização, conicidade e excentricidade, além do estado superficial, rebarbas raios e as posições dos furos para lubrificação. 123 EIXOS Durante a montagem o fator mais importante a ser observado é o perfeito alinhamento do eixo ou da árvore, pois o desalinhamento provoca uma rápida quebra por fadiga. Na montagem de retentores, deve-se observar a posição e dimensões a fim de evitar vazamento de óleo ou sulcos no eixo. Em gaxetas, o aperto deve ser o suficiente para não provocar superaquecimento. A limpeza é fundamental para evitar o desgaste por abrasão provocado pela sujeira, e não devem ser esquecidos os cuidados com lubrificação. Manutenção dos Eixos e Árvores 124 ACOPLAMENTOS Acoplamento é um conjunto mecânico, constituído de elementos de máquina, empregado na transmissão de movimento de rotação entre duas árvores ou eixos-árvore. Emprega-se o acoplamento quando se deseja transmitir um momento de rotação (movimento de rotação e forças) de um eixo motor a outro elemento de máquina situado coaxialmente a ele 125 ACOPLAMENTOS Principio de Atuação dos Acoplamentos O momento de rotação (Md) é o produto da força (F) pela distância (L), sendo calculada pela fórmula: Md = F . L Para um mesmo momento de rotação a ser transmitido, a distância L é menor em um acoplamento pela forma do que em um acoplamento por atrito, pois F (Força) precisa ser menor em um acoplamento por atrito. Podemos observar melhor através das figuras abaixo o comprimento L e o momento de rotação (Md). 126 ACOPLAMENTOS Acoplamento Rígido com Flanges Parafusados: Esse tipo de acoplamento é utilizado quando se pretende conectar árvores, e é próprio para a transmissão de grande potência em baixa velocidade. Tipos 127 ACOPLAMENTOS Tipos Acoplamento com Luva de Compressão ou de Aperto: Esse tipode luva facilita a manutenção de máquinas e equipamentos, com a vantagem de não interferir no posicionamento das árvores, podendo ser montado e removido sem problemas de alinhamento. Tais luvas devem ser construídas de modo que não apresentem saliências ou que estas estejam totalmente cobertas, para evitar acidentes. A união das luvas ou flanges à árvore é feita por chaveta, encaixe com interferência ou cones. 128 ACOPLAMENTOS Tipos Acoplamento de Discos ou Pratos: Empregado na transmissão de grandes potências em casos especiais, como, por exemplo, nas árvores de turbinas. As superfícies de contato nesse tipo de acoplamento podem ser lisas ou dentadas. Os eixos dos acoplamentos rígidos devem ser alinhados precisamente, pois estes elementos não conseguem compensar eventuais desalinhamentos ou flutuações. O ajuste dos alojamentos dos parafusos deve ser feito com as partes montadas para obter o melhor alinhamento possível. 129 ACOPLAMENTOS Acoplamentos Elásticos ou Permanentes Flexíveis: Esses elementos tornam mais suave a transmissão do movimento em árvores que tenham movimentos bruscos, e permitem o funcionamento do conjunto com desalinhamento paralelo, angular e axial entre as árvores. Tipos 130 ACOPLAMENTOS Tipos Acoplamento Elástico de Pinos: Os elementos transmissores são pinos de aço com mangas de borracha. 131 ACOPLAMENTOS Tipos Acoplamento Perflex: Os discos de acoplamento são unidos perifericamente por uma ligação de borracha apertada por anéis de pressão. Esse acoplamento permite o jogo longitudinal de eixos. 132 ACOPLAMENTOS Acoplamento Elástico de Garras: As garras, constituídas por tocos de borracha, encaixam-se nas aberturas do contra-disco e transmitem o movimento de rotação. Tipos 133 ACOPLAMENTOS Acoplamento Elástico de Fita de Aço: Consiste de dois cubos providos de flanges ranhurados, nos quais está montada uma grade elástica que liga os cubos. O conjunto está alojado em duas tampas providas de junta de encosto e de retentor elástico junto ao cubo. Todo o espaço entre os cabos e as tampas é preenchido com graxa. Apesar de esse acoplamento ser flexível, as árvores devem estar bem alinhadas no ato de sua instalação para que não provoquem vibrações excessivas em serviço. Tipos 134 ACOPLAMENTOS Tipos: Acoplamento Elástico de Fita de Aço 135 ACOPLAMENTOS Acoplamento de Dentes Arqueados: Os dentes possuem a forma ligeiramente curvada no sentido axial, o que permite até 3 graus de desalinhamento angular. O anel dentado (peça transmissora do movimento) possui duas carreiras de dentes que são separadas por uma saliência central. Tipos 136 ACOPLAMENTOS Acoplamento Flexível Oldham: Permite a ligação de árvores com desalinhamento paralelo. Quando a peça central é montada, seus ressaltos se encaixam nos rasgos das peças conectadas às árvores. O formato desse acoplamento produz uma conexão flexível através de ação deslizante da peça central. Tipos 137 ACOPLAMENTOS Tipos Acoplamentos Magnéticos Os acoplamentos magnéticos são compostos de dois conjuntos rotativo de magnetos permanentes separados por uma armadura estacionaria ( figura abaixo). O conjunto de magnetos externos à armadura está montado no eixo que se interliga com eixo da maquina acionadora; por isso, esse eixo é chamado de eixo acionador. O conjunto de magnetos internos à armadura está montado no eixo da bomba propriamente dito, isto é, o eixo no qual está instalado o rotor. Este eixo, chamado de eixo de torque, não ultrapassa a armadura, e, conseqüentemente, dispensando o uso de gaxeta ou selo mecânico. A armadura funciona como elemento estático de vedação do produto bombeado, tornando a bomba com vazamento nulo. 138 ACOPLAMENTOS Acoplamentos Magnéticos Tipos 139 ACOPLAMENTOS Embreagem de Roda-Livre ou Unidirecional: Cada rolete está localizado em um espaço em forma de cunha, entre as árvores interna e externa. Em um sentido de giro, os roletes avançam e travam o conjunto impulsionando a árvore conduzida. No outro sentido, os roletes repousam na base da rampa e nenhum movimento é transmitido. A embreagem unidirecional é aplicada em transportadores inclinados como conexão para árvores, para travar o carro a fim de evitar um movimento indesejado para trás. Tipos 140 ACOPLAMENTOS Manutenção de Acoplamentos Para a manutenção dos acoplamentos é necessário considerar as tensões a que estão sujeitos os acoplamentos: cisalhamento da chaveta, compressão entre chaveta e árvore, compressão entre chaveta e flange, cisalhamento do flange no cubo e compressão e cisalhamento das peças transmissoras de torque. Destes, o item mais vulnerável é o cisalhamento da chaveta, que não deve ser superdimensionada sem um estudo apurado dos esforços envolvidos. Pois se a chaveta cisalha com freqüência, o problema em geral está na especificação do acoplamento ou em erros de montagem (alinhamento, folga, etc.). 141 ACOPLAMENTOS Manutenção de Acoplamentos Os principais cuidados a tomar durante a montagem dos acoplamentos são: •Colocar os flanges a quente, sempre que possível e não deixar a temperatura exceder a 1350 C; •Evitar a colocação dos flanges através de golpes, usar prensas ou dispositivos adequados; •O alinhamento das árvores deve ser o melhor possível apesar de serem usados acoplamentos flexíveis, pois durante o serviço é que ocorrerão os desalinhamentos a serem compensados; •Considerar a possível dilatação axial das árvores que deve ser compensada pela folga entre os flanges do acoplamento; •Fazer a verificação da folga entre flanges, e do alinhamento e da concentricidade do flange com a árvore; •Certificar se todos os elementos de ligação estão bem instalados antes de aplicar a carga. 142 ACOPLAMENTOS Lubrificação de Acoplamentos Os tipos de acoplamentos que requerem lubrificação, em geral, não necessitam cuidados especiais. O melhor procedimento é o recomendado pelo fabricante do acoplamento ou pelo manual da máquina. No entanto, algumas características de graxas para acoplamentos flexíveis são importantes para uso geral: Ponto de gota – 150º C ou acima; Consistência - NLGI nº 2 com valor de penetração entre 250 e 300; Baixo valor de separação do óleo e alta resistência à separação por centrifugação; Deve possuir qualidades lubrificantes equivalentes às dos óleos minerais bem refinados de alta qualidade; Não deve corroer aço ou deteriorar o neoprene (material das guarnições). Essas indicações são válidas para trabalhos em temperaturas ambientes de: 18 a 66º C. Elementos de Vedação INICIAREMOS EM INSTANTES 144 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Vedação é o processo usado para impedir a passagem, de maneira estática ou dinâmica, de líquidos, gases e sólidos particulados de um meio para outro. Por exemplo, consideremos uma garrafa de refrigerante lacrada. A tampinha em si não é capaz de vedar a garrafa, sendo necessário um elemento contraposto entre a tampinha e a garrafa de refrigerante impedindo a passagem do refrigerante para o exterior e não permitindo que substâncias existentes no exterior entrem na garrafa. Os elementos de vedação atuam de maneira diversificada e são específicos para cada tipo de atuação. Exemplos: tampas, bombas, eixos, cabeçotes de motores, válvulas, etc. 145 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Anel “O” – O’ Ring Os anéis “o” são peças moldadas em formato anelar, com secção circular, e destinados a vedar dois elementos mecânicos. Normalmente, os anéis “o” são instalados em ranhuras confeccionadas em uma das peças a vedar. Quando o anel “o”é submetido a aperto se deforma e transmite essa pressão às superfícies a vedar. A pressão de vedação que sofre o anel “O” é maior que a pressão do líquido aplicada. Em outras palavras: o material de que é feito o anel comporta-se em serviço como se fora um fluido de viscosidade extremamente alta e transmite por si próprio a pressão de trabalho aos pontos que estão em contato. Os anéis “o” geralmente são confeccionados de borracha ou de materiais similares. 146 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO História do O’Ring Emtermos de desenvolvimento humano em coisas da mecânica, o O’Ring é um desenvolvimento relativamente recente. Em meados do século XVIII, O’Rings de ferro fundido foram usados como vedantes em cilindros a vapor. Mais tarde, no mesmo século, foi patenteado o uso de um O’Ring resiliente em uma torneira. Neste caso, foi especificado um canal excepcionalmente longo, devendo o O’Ring rolar durante o movimento entre as partes. O descobrimento da borracha nitrílica sintética (Buna-N) foi uma importante contribuição para o desenvolvimento posterior do O’Ring. Por volta de 1940, tornou-se urgente a necessidade de produção maciça para atender o esforço de guerra, o que demandava estandardização, economia e melhoramentos nos produtos e métodos de produção existentes. Foi nesta oportunidade que iniciou-se uma grande expansão no uso de O’Rings. Hoje o O’Ring é provavelmente o mais versátil dispositivo de vedação conhecido. 147 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Geometria do O'Ring 148 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Princípios Básicos da Vedação com O’Rings A vedação com O’Ring é um meio de fechar a passagem e prevenir uma indesejável perda ou transferência de fluido. A clássica vedação com O’Rings consiste de dois elementos, o próprio O’Ring e o adequado alojamento ou canal para confinar o material elastomérico. Toda a operação com fluidos caracteriza-se pela ausência, perda ou transferência do mesmo. A prevenção dessa perda ou transferência pode ser obtida de diversos modos: ligando, soldando ou confinando-se um material macio entre as duas superfícies. Este último método, descreve o princípio do projeto em que se baseia a operação de vedação com O’Rings. 149 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Função do O’Ring O elastômero é confinado no alojamento, e forçado a moldar-se e preencher as irregularidades da superfície das partes e qualquer folga existente, criando dessa maneira entre as partes a condição de “folga zero”, promovendo o efetivo bloqueio do fluido. A carga que força o O’Ring a amoldar-se é fornecida mecanicamente pelo “aperto” gerado pelo desenho apropriado do alojamento e do material selecionado, e pela pressão do sistema transmitida pelo próprio fluido ao elemento de vedação. De fato, podemos dizer que a vedação com O’Rings é “pressurizada”, de modo que quanto maior a pressão do sistema, mais efetiva será a vedação, até que os limites físicos do elastômero sejam excedidos, e o O’Ring comece a ser extrudado através da folga entre as partes. 150 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Vedação com O’Rings em Aplicações Estáticas e Dinâmicas As vedações com O’Rings geralmente são divididas em dois grupos : Vedações Estáticas: não existe movimento relativo entre as superfícies. Vedações Dinâmicas: devem funcionar entre peças cujas superfícies têm movimento relativo entre si, tal como a vedação de pistões de cilindros hidráulicos. Dos dois tipos, a vedação dinâmica é a mais difícil, e requer seleção de material e projeto mais cuidadoso. O tipo mais comum de equipamento utilizando O’Rings como vedantes em aplicações dinâmicas, são os de movimento recíproco como os cilindros hidráulicos e peças similares. 151 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Outras Vedações Comuns feitas com O’Rings Vedações Oscilantes: a peça interna ou externa do conjunto move-se descrevendo um arco em relação à outra, girando uma das partes em relação ao O’Ring. 152 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Outras Vedações Comuns feitas com O’Rings Vedações Rotativas: são aquelas nas quais o elemento interno ou o externo do conjunto gira em relação ao outro numa única direção. 153 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Outras Vedações Comuns feitas com O’Rings Vedações de Face: são aquelas que utilizam um O’Ring pressionando-o contra a face de contato de outra parte para fechar a passagem do fluido. 154 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Outras Vedações Comuns feitas com O’Rings Vedações por Esmagamento: é uma variação da vedação de face, na qual o O’Ring é literalmente esmagado num espaço com dimensões diferentes do alojamento normal. Embora ofereça uma vedação eficiente, o O’Ring deve ser trocado sempre que o conjunto seja aberto. 155 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Limitações no Uso de O’Rings Muito embora os O’Rings ofereçam uma confiável e econômica solução para os problemas de vedação hidráulica, eles não são a solução para todos os problemas de vedação. Existem certas limitações de uso, entre elas a alta temperatura, atrito em alta velocidade, furos de admissão de óleo dos cilindros sobre os quais o vedante deva passar e folgas muito grandes. Os O’Rings entretanto, podem ser considerados para todos os projetos de vedação com exceção dos seguintes: •Velocidade de rotação acima de 500 m/minuto. •Ambiente (tipo de fluido e temperatura) incompatível com os elastômeros disponíveis. •Insuficiência de espaço disponível para sua colocação. 156 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Como especificar e pedir O’Rings Quando você compra um O’Ring, o fabricante precisa saber o diâmetro interno (DI), a seção transversal (W) e o composto (formulação do elastômero) do qual ele deva ser feito. Essas três informações são suficientes para descrever o O’Ring completamente. 157 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Conceitos Borracha Até a pouco tempo, quando todas as borrachas eram de origem natural, e as sintéticas começaram a ser exploradas, tornou-se prática normal referir-se aos materiais com propriedades físicas similares às da borracha natural, como borrachas ou borrachas sintéticas. Composto É uma mistura a base de polímeros e outros produtos que formam a borracha terminada. Mais precisamente, composto é uma mistura específica de ingredientes para atender a determinadas características requeridas para otimizar a performance do produto em serviço específico. 158 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Conceitos Elastômero Mais formalmente um elastômero é um material que pode ser, ou tendo sido transformado para um estado exibindo pouca deformação plástica, recupera-se rápida e quase completamente de uma força externa deformante, uma vez esta eliminada. Tal material, antes de transformações é chamado matéria prima ou borracha crua. Quando o alto polímero é convertido (sem a adição de plastificantes ou outros diluentes), pelos meios apropriados a um estado essencialmente não plástico, e testado à temperatura ambiente (15 a 32°C), ele deve atender os seguintes requisitos para ser chamado de elastômero: 1. Não deve romper quando esticado a aproximadamente 100%. 2. Depois de esticado a 100% e mantido assim por 5 minutos quando relaxado, deve retornar ao seu comprimento original com variação não superior a 10%. 159 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Características Físicas e Químicas Alongament o Resistência ao Fluido Dureza Deformação Permanente Aperto ou Deflexão Resistência a Ácidos Contração Resistência à Água e Vapor 160 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Exemplo :Deformação Permanente 161 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Elastômeros básicos mais comuns na fabricação dos O’Rings Nitrílica (Buna N) ou "NBR" Devido a sua excelente resistência aos derivados de petróleo e a possibilidade de ser formulada para trabalho numa faixa de temperatura de - 54 à + 121°C, a Borracha Nitrílica é a mais utilizada nas aplicações industriais da atualidade. Muitas das normas militares para lubrificantes e combustíveis, especificam esse material como elastômero básico. Poliacrílico ou "ACM" Este material é resistente aos óleos e combustíveis de Petróleo. É também inerte ao ataque do Ozônio, Oxidação e Luz Solar, combinando com resistência ao trincamento. Compostos feitos com base neste polímero são usados em serviço contínuo com óleo quente. Trabalha com temperaturas na faixa de -18 à +177°C e sua resistência ao ar quente é ligeiramente superior à das borrachas Nitrílicas, mas o alongamento, a deformação permanente e a resistência à água são inferiores a de muitos outros polímeros. 162 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Elastômeros básicos mais comuns na fabricação dos O’Rings Fluorcarbono (Viton® Du’Pont) ou "FKM“ O elastômero de fluorcarbono foi introduzido em meados da décadade 50. Desde então seu uso tem crescido constantemente na indústria da vedação onde ocupa lugar de grande importância. Devido ao largo espectro de sua compatibilidade química e gama de temperatura de trabalho, o fluorcarbono é o mais significante elastômero desenvolvido na história recente. Considera-se que ele trabalha em temperaturas que variam de -29 à +204°C, mas ele pode ser exposto a temperaturas de até +316°C por curto espaço de tempo. Recomenda-se o uso de fluorcarbono para: - Óleos de Petróleo: - Lubrificantes de Di-Ester (MIL-L-7807, MIL-L-6085): - Graxas e Fluidos de Silicone; - Hidrocarbonetos Halogenados (Tetracloreto de Carbono, Tricloroetileno); - Alguns fluidos à base de Éster-Fosfato; - Ácidos. 163 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Policloropreno (Neoprene® Du’Pont) ou "CR“ O também chamado somente cloropreno pode ser formulado para trabalhar a temperaturas de -54 à +150°C. Muitos elastômeros são resistentes à deterioração pelo óleo de petróleo ou pelo oxigênio, o cloropreno é excepcional pela sua resistência a ambos. Este aspecto combinado com a gama de temperaturas de trabalho a que ele resiste e seu baixo custo fazem desse elastômero uma excelente opção no projeto de vedações. Este elastômero também é especialmente indicado para vedações que trabalhem em contato com água salgada. Recomenda-se o uso de Cloropreno para: - Fluidos Refrigerantes (Freons, Amônia); - Óleos de Petróleo com alto ponto de Anilina; - Ácidos brandos; - Lubrificantes de Ester-silicato. Elastômeros básicos mais comuns na fabricação dos O’Rings 164 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Silicone ou "SI“ Os silicones são um grupo de materiais elastoméricos obtidos do Silício, Oxigênio, Hidrogênio e Carbono. Os silicones tem características pobres de tensão de ruptura, alongamento e resistência à abrasão e rasgamento. Compostos com boa característica de alongamento foram desenvolvidos, porém, seu alongamento não se compara ao de outros compostos de borrachas sintéticas. O silicone mantem-se flexível a temperaturas de -114°C e resiste em altas temperaturas de até +232°C em serviços contínuos. Em períodos curtos, ele tem sido usado em temperaturas de até + 370°C. Elastômeros básicos mais comuns na fabricação dos O’Rings 165 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO 166 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Falhas em O’Rings Extrusão - O Efeito da Pressão Antes da pressurização, o O’Ring se aloja deformado entre as duas superfícies. Ao ser pressurizado, o O’Ring atua como um fluido incompressível, exercendo uma pressão sobre o alojamento, proporcional à pressão do sistema. A altas pressões, uma grande quantidade de material é forçada a entrar na folga, que por sua vez causa o dano ao O’Ring. 167 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Extrusão Um anel anti-extrusão, colocado no lado não pressurizado do O’Ring, evita que o mesmo seja introduzido na folga. A extrusão se caracteriza por um descascamento, ou por “mordeduras” na superfície do O’Ring, constituindo-se na causa mais freqüente de falha dos O’Rings. Falhas em O’Rings 168 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Extrusão Falhas em O’Rings 169 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Para evitar essas falhas por extrusão as medidas corretivas são: •Tolerâncias mais justas. •Utilização de anel anti-extrusão •Aumentar a dureza do O’Ring. •Verificar e comprovar a compatibilidade com o fluido. •Evitar a excentricidade. •Reforçar os componentes dos equipamentos para evitar a dilatação e contração por pressão (respiração). •Manter os raios de cantos do alojamento dentro da faixa de 0,10 à 0,40 mm. Falhas em O’Rings Extrusão 170 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Deformação Permanente A deformação permanente é a perda total ou parcial da memória elástica de um elastômero, e é também uma das falhas mais freqüentes dos O’Rings. Caracteriza-se por um duplo amassamento do O’Ring (radial ou axial) que pode facilmente ser observado quando se desmonta o O’Ring. Esse tipo de falha pode ser evitado tendo-se em conta os seguintes pontos: •Seleção de um elastômero já com baixa deformação permanente. •Seleção de um elastômero compatível com as condições de trabalho. •Reduzir a temperatura do sistema que contém o O’Ring. •Comprovar se o composto do O’Ring é adequado. •Redimensionar o alojamento. Falhas em O’Rings 171 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO O'Ring Retorcido ou Falha Espiral Essa é outra falha típica dos O’Rings, provocada parcialmente por deslizamento a seco. A superfície do O’Ring se caracteriza pela presença de marcas em formato espiral que algumas vezes produz cortes profundos causando a falha. Falhas em O’Rings 172 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Falhas em O’Rings O'Ring Retorcido ou Falha Espiral As causas são: • Peças excêntricas. • Folgas grandes, o que significa que as partes móveis podem não estar concêntricas com as partes estáticas. •Acabamento superficial inadequado. •Lubrificação pobre ou inexistente. •Material do O’Ring muito “macio”. •Movimento lento associado a curso longo (ruptura do filme de óleo). •O’Ring enrolado no ato da montagem. Essa falha pode ser evitada tomando-se as seguintes providências: •Evitando-se a excentricidade. •Melhorando o acabamento superficial. •Utilizando um O’Ring mais “duro”. •Melhorando a lubrificação (lubrificação interna ou canais de lubrificação). •Reduzindo a deformação da seção transversal. •Selecionando um vedante com outro perfil. 173 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Abrasão (Desgaste) O desgaste é provavelmente o tipo de falha mais compreensível nos elementos de máquinas com movimento recíproco, rotativo ou oscilante. Para a compreensão desse tipo de falha há que se ter em conta que o atrito é proporcional à deformação, e que a pressão aplicada e o desgaste são proporcionais ao atrito, além de que o incremento da temperatura também é proporcional ao atrito. Montagem Inadequada Mesmo que se cumpram todas as recomendações acima, ainda podem ocorrer falhas. Muitas dessas falhas têm origem na fase da montagem. Falhas em O’Rings 174 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO As falhas de montagem podem ser facilmente ocasionadas por: •Utilização de um O’Ring sub dimensionado (causando a falha por Efeito Joule ). •O’Ring retorcido, “mordido” ou com cortes. •Montagem sem dispositivos adequados. •Montagem sem lubrificação. •Montagem sem as devidas condições de limpeza. Essas falhas de montagem podem ser evitadas: •Eliminando os cantos vivos do alojamento. •Chanfrando as bordas dos furos e eixos da montagem com ângulos entre 15° e 20°. •Garantindo a devida limpeza das contra peças e dispositivos de montagem. •Confirmando o código (tamanho) do O’Ring antes do mesmo ser instalado. Falhas em O’Rings Montagem Inadequada 175 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Vedação com Gaxetas O trecho que eixo da bomba atravessa a carcaça está sujeito a ocorrência de vazamento do produto bombeado ou infiltração de ar para dentro da bomba. Ocorrerá vazamento do produto bombeado se a pressão no interior da bomba, nas vizinhanças do local em que o eixo atravessa a carcaça, for maior que a pressão atmosférica. Caso contrário, isto é, se essa pressão for menor que a atmosférica, então, haverá infiltração de ar para dentro da bomba. Para que nenhum destes dois fatos venham a ocorrer, projeta-se, no trecho em que o eixo atravessa a carcaça, um conjunto de elemento mecânicos cuja função básica é impedir o vazamento de produto ou não permitir a infiltração de ar para dentro da bomba, conforme o caso. 176 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Para que nenhum destes dois fatos venham a ocorrer, projeta-se, no trecho em que o eixo atravessa a carcaça, um conjunto de elemento mecânicos cuja função básica é impedir o vazamento de produto ou não permitir a infiltração de ar para dentro da bomba, conforme o caso. Essa parte constitui a vedação principal da bomba. Deve-se ter bastante atenção em seu projeto e construção, pois pequenos defeitos podem impedir o funcionamento satisfatório da bomba. Vedação com Gaxetas Gaxeta As gaxetas são elementos pré-formados, de estrutura flexível, empregados para impedir a passagem de um fluido ao longo de uma região. As gaxetas são fabricadasem tiras e a maioria delas tem seção quadrada. As tiras são cortadas e instaladas em volta do eixo. A ajustagem é feita por compreensão resultante do aperto de uma peça chamada sobreposta ou preme-gaxeta. 177 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Vedação com Gaxetas 178 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Vedação com Gaxetas A fim de atender satisfatoriamente às condições operacionais, as gaxetas devem ser: • Bastante flexíveis para adaptar-se aos ajustes operacionais; • Bem elásticas para absorver os movimentos radiais normais do eixo girando; • Não ter componente solúvel atacável pelo líquido bombeado; • Não causar abrasão ou corrosão ao eixo ou a luva; • Desgastar-se vagarosamente. 179 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Vedação com Gaxetas: Tipos 180 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Vedação com Gaxetas: Tipos 181 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Critérios seletivos de Gaxetas A seleção de uma gaxeta abrange a determinação de sua bitola dimensional e a escolha do estilo. A determinação da bitola dimensional “b”, que indica a seção transversal da gaxeta, é fácil. Basta proceder conforme o indicado a figura abaixo, medindo os diâmetros “D” e “d” e tirando a média aritmética da diferença. 182 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO A seleção do estilo da gaxeta para determinado serviço exige o conhecimento das condições hidráulicas e mecânicas dos equipamentos. Os principais dados são: Hidráulicos -Líquido bombeado -PH -Contaminante -Peso especifico -Pressão -Temperatura Mecânicos -Diâmetro da caixa -Profundidade da caixa -Diâmetro da luva -Rotação máxima -Material da luva -Dureza do metal Critérios seletivos de Gaxetas 183 GAXETAS 184 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Juntas de Vedação A caixa de vedação independente é presa na carcaça da bomba por meio de parafusos. Uma região anelar dessas peças fica submetida à compreensão em decorrência da ação do aperto dos parafusos de fixação. Como as superfícies em contato não são perfeitamente lisas, o líquido tende a passar por essa região. Para solucionar este problema, instala-se entre as duas superfícies metálicas uma peça de espessura delgada e confeccionada de material compressível, chamada junta. Os três principais tipos de juntas usadas em bombas centrifugas são: - Compacta - Encamisada - Espirotálica 185 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores Os retentores, ou selos labiais, Oe selos de óleo, são vedadores destinado a impedir a passagem de uma substancia entre um eixo rotativo e um elemento mecânico estacionário. Segundo o plano que atua, os retentores podem ser classificados em: - Radiais - Axiais Nas bombas centrifugas é comum o uso de retentores radiais. 186 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores A maioria dos retentores radiais fabricados pela industria nacional obedece as normas DIN 3760 e 3761. 187 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores 188 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores Para aplicação dos retentores, o uso adequado do tipo de borracha é um dos fatores fundamentais que garantem a eficiência dos retentores. Veja tabela abaixo: 189 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores Efeito Hidrodinâmico Existem nervuras na vedação principal, que funcionam como uma bomba de sucção, rebombeando o fluído que, eventualmente, tenha ultrapassado a vedação principal. 190 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores Tipos de Retentores Existentes 191 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 192 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 193 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 194 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 195 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 196 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 197 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 198 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 199 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 200 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 201 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 202 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 203 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 204 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Retentores PRINCIPAIS FALHAS EM RETENTORES 205 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Muito se explora do fato de 69% das falhas de equipamentos rotativos se darem por problemas de sistemas de selagem, mas pouco se fala que 40% são por motivos operacionais, 24% por problemas mecânicos, 19% pelo projeto dos planos API e apenas 9% por componentes dos selos mecânicos. Selos Mecânicos 206 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Como Trabalha um Selo Mecânico As faces devem estar em contato todo o tempo, mantendo entre elas um filme do líquido de selagem. O conjunto flexível (componente que contém as molas) do selo deve estar livre para oscilar axialmente para compensar desalinhamentos e mover-se axialmente contra a luva para ajustar-se ao desgaste da face. 207 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Como Trabalha um Selo Mecânico Planicidade As faces do selo são planas com equivalência a uma banda de luz 0,0000116" (11,6 milionésimos de polegada ou ~ 0,0003 mm). Face espelhada pode não significar planicidade. Lubrificação das faces Uma película do líquido de selagem preenche os poros e imperfeições das faces (rotor e estator) proporcionando lubrificação e refrigeração. A operação a seco de um selo convencional poderá destruí-lo em poucos segundos ou comprometer sua estanqueidade para sempre. 208 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Selos Simples (Single Seals) Descrição Um selo simples possui apenas um conjunto de faces em contato, montado dentro da caixa de selagem. O selo está sendo lubrificado somente pelo fluido bombeado. Aplicação Os selos simples (com vários projetos) utilizam líquidos limpos para que possam proporcionar adequada lubrificação para as faces. Considerando que o selo simples deixará passar pelas faces uma pequena quantidade do produto não são recomendados para uso com fluidos letais, tóxicos, carcinogênicos ou outros fluidos perigosos. De qualquer maneira deverão atender as recomendações dos órgãos de controle ambiental, EPA, OHSAS e outros. 209 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Selos Simples (Single Seals) 210 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Caminhos de Vazamento •Entre a sobreposta e a face da bomba, junta ou anel-o. •Pela vedação do estator, anel-o. •Pela vedação do rotor ou conjunto rotativo, anel-o. •Entre as faces do selo rotor e estatua Selos Simples tipo fole e mola 211 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Selos Simples Externo de Molas e externo de Fole de Borracha Selos Simples (Single Seals) 212 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Selos Cartucho Selos Simples (Single Seals) 213 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Selos Duplos (Dual Seals) Descrição Um selo duplo é um selo que possui dois conjuntos de faces em contato, podendo estar montados em serie, opostos ou face a face. O líquido de barreira deverá operar sempre entre os dois conjuntos. Áreas De Aplicação Qualquer fluido que, por qualquer razão, não permita a adequada lubrificação das faces de selagem pelo líquido bombeado. Fluidos ou vapores que sejam perigosos, letais, tóxicos ou ambientalmente controlados. 214 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Selos Duplos (Dual Seals) Selos Duplo com Fluido Barreira e Selo Duplo Back to Back 215 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Selos Duplo Face to Face e Selo Dulo Face to Back Selos Duplos (Dual Seals) 216 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Balanceamento O Balanceamento de selos é uma das soluções para aplicações de altas pressões e também baixos pesos específicos (densidade), pois o mesmo consiste no princípio de diferença de áreas, área atuação da pressão na caixa e força das molas e área de contato entre as faces, como mostrado na figura do próximo slide. 217 ELEMENTOS DE VEDAÇÃOSelos Mecânicos Notem que, e pressão que atua na área 1 (A1), quando projetada na área 2 (A2), ou seja, na face de selagem tende a ser menor, quanto maior for esta área. Para isso, é usada a equação, Pressão = Força / Área. 218 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos: Planos de Selagem Plano 11 O que é? •Flush do selo saindo da descarga da bomba passando por uma placa de orifício •Plano de Flush padrão para selos Por que? •Remoção de calor da caixa de selagem •Escorva da caixa de selagem em bombas horizontais •Aumento na pressão da caixa de selagem e na margem de vaporização do fluído Onde? •Aplicações gerais com fluídos limpos •Fluídos não polimerizantes 219 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos: Planos de Selagem Plano 21 O que é? •Flush vindo da descarga da bomba passando por uma placa de orifício e um trocador de calor. •O trocador de calor no Flush do Plano 11 aumenta a remoção de calor. Por que? •Resfriamento do selo. •Reduzir a temperatura do fluído para aumentar a margem de vaporização do fluido. •Redução da coqueificação. Onde? •Serviços de alta temperatura, acima de 350 ºF (177 ºC). •Água quente acima de 180 ºF (80 ºC). •Fluído limpo e não polimerizante. 220 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos: Planos de Selagem Plano 23 O que é? •Circulação do Flush pelo dispositivo de bombeamento interno para o trocador de calor. •Plano padrão de flush em serviços com água quente Por que? •Resfriamento eficiente do selo com pouco trabalho do trocador de calor. •Incremento da margem de vaporização. •Incrementar a capacidade de lubrificação da água. Onde? •Serviço de alta temperatura, hidrocarbonetos de alta temperatura. •Água de alimentação de caldeira e água quente acima de 180 ºF (80 ºC). •Fluído limpo e não polimerizantes. 221 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos: Planos de Selagem Plano 32 O que é? •Flush do selo fornecido por uma fonte externa de fluído limpo. Por que? •Remoção de calor na caixa de selagem. •Remoção de sólidos e fluído de processo da caixa de selagem. •Aumento na pressão da caixa de selagem e na margem de pressão de vapor do fluído. Onde? •Fluídos sujos ou contaminados, polpa e papel. •Serviços com alta temperatura. •Fluídos polimerizantes ou oxidantes. 222 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos: Planos de Selagem Plano 52 O que é? •Circulação do fluído de barreira despressurizado por um reservatório. •A circulação do fluído é feita por um anel de bombeamento montado no selo duplo. Por que? •O selo externo age como um backup do selo primário. •Índices de vazamento nulo ou quase zero. •Não pode haver contaminação do fluído de processo pelo fluído de barreira. Onde? •Usado em selos duplos e despressurizados (Tandem). •Fluídos com pressão de vapor elevado e hidrocarbonetos leves. •Fluídos perigosos ou tóxicos. •Fluídos de transferência de calor. 223 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos: Planos de Selagem Plano 62 O que é? •Quench externo no lado atmosférico do selo. •Fluídos típicos do Quench, vapor, nitrogênio ou água. Por que? •Previne o acumulo de sólidos no lado atmosférico do selo. •Previne cristalização. Onde? •Usado em selos simples. •Fluídos oxidantes ou fluídos que coqueificam. •Hidrocarbonetos com alta temperatura. •Fluídos cristalizantes ou fluidos que salinizam. •Cáusticos. •Fluídos resfriados a menos 32 ºF (0 ºC). 224 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Verificações Para Um Melhor Desempenho 9 de 10 falhas de selos e bombas são: Erro de Operação Falha de sistemas auxiliares Erro de Manutenção Falha dos equipamentos 225 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Análise De Problemas Selo com respingo ou névoa de produto em operação •Vaporização e expansão do produto através das faces do selo. •Assegure-se que o produto bombeado mantenha-se no estado líquido. •Verifique os dados de balanço de projeto com o fabricante do selo. •Obtenha leituras precisas da pressão na caixa de selagem, e da temperatura e densidade do produto bombeado. 226 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Análise De Problemas O selo vaza e congela a região da sobreposta •Vaporização e expansão do produto através das faces do selo. •Congelamento pode riscar as faces, especialmente sobre a face de carvão; as faces do selo deveriam ser substituídas ou re- lapidadas antes de nova partida após as condições de vaporização terem sido corrigidas. 227 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Análise De Problemas O selo goteja regularmente •Primeiro determine o local do vazamento. •Verifique se a sobreposta esta apertada adequadamente, isto pode provocar vazamento ou deformação. •As faces não estão corretamente planas. •As vedações do rotor ou estator danificadas pela montagem ou pelo uso •Carvão quebrado, ou face estacionária ou rotativa arranhada durante a instalação. •Faces do selo riscadas por partículas estranhas entre elas. •Vazamento de líquido sob a luva do eixo do equipamento. •Acumulo de cristalização ou coque no lado externo da selagem 228 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Análise De Problemas O selo assobia durante a operação •Inadequada quantidade de líquido nas faces de selagem; um selo que assobia é um selo que opera a seco, porém nem todo selo que opere a seco assobia. •Linhas de desvio para flushing pode ser necessária; se já existe uma em uso, pode ser necessário aumentar o seu diâmetro para se obter maior vazão. 229 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Análise De Problemas Pó de carvão acumulando-se no lado externo da sobreposta •Vaporização do líquido na caixa do selo ou ausência de lubrificação; •Inadequada quantidade de líquido nas faces de selagem. •Filme de líquido expandindo-se e vaporizando entre as faces do selo e deixando resíduos que desgasta a face de carvão. •Pressão na caixa de selagem muito alta para o tipo de selo e produto. 230 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Análise De Problemas O selo vaza, porém nada parece estar errado •As faces não são planas; esta condição de não planicidade será bastante óbvia ao se analisar o padrão de desgaste da face do selo, com leitura ótica apropriada. •Distorção da face por temperaturas localizadas, o que não pode ser observado na manutenção a frio do selo. •Tensão da tubulação distorcendo as faces da caixa de selagem; este problema é encontrado usualmente no terminal de sucção das bombas tipo overhung; o projeto e tamanho das bombas deste tipo não tolerarão o peso ou desalinhamentos da tubulação de sucção sobre a porção overhung (pendente); quando esta condição existe, o desempenho do selo é definitivamente afetada. 231 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Tempo curto de vida do selo •Produto abrasivo causa excessivo desgaste da face do selo; determine a fonte deabrasivos; quando os abrasivos estão em suspensão no líquido, uma linha de desvio para flushing, preferivelmente através da sobreposta sobre as faces do selo, melhorará a situação mantendo as partículas abrasivas movendo-se e evitando que haja sedimentação ou acumulo na área de selagem. •Quando os abrasivos estão se formando devido ao resfriamento e cristalização ou solidificação parcial na área de selagem, uma linha aquecida de flushing ajudará a introduzir circulação de produto para a cavidade do selo à temperatura correta. •Equipamento mecanicamente desalinhado. •Verifique o equipamento para tensão indevida da tubulação, distorção sendo passada para a área de selagem. 232 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos Tempo curto de vida do selo •Selo mostra sinais de estar operando muito quente, linha de recirculação ou desvio pode ser necessária, mudar plano para API para 21 ou 23. •Verifique o possível atrito de algum componente do selo ao longo do eixo; bucha estrangulada na sobreposta, pouca folga do diâmetro externo da unidade rotativa com o furo da caixa de selagem, e o furo da sede (insert), são alguns pontos que devem ser checados para esta condição. •Todas as linhas de resfriamento conectadas. •Desobstruir as linhas de água de resfriamento(formação de incrustações nas camisas e linhas de resfriamento) para permitir o fluxo. •Incremente a capacidade das linhas de resfriamento. •Medir a temperatura de entrada e saída das áreas resfriadas para deduzir se esta havendo resfriamento. 233 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos PRINCIPAIS MODOS DE FALHA EM SELOS MECÂNICOS 234 Marca mais larga que o nariz da face Estacionária • CAUSAS • Desalinhamento em selo estacionário • Valor do RUN-OUT superior ao especificado • Deflexão do Eixo/ oscilação ROTATIVA ESTACIONÁRIA •SOLUÇÃO •Verificar os Rolamentos •Rever as Técnicas de Instalação •Calcular o Fator L3/D4 235 Marca Descentralizada • CAUSAS • Run- Out fora do especificado • Equipamento Operando fora da Curva •SOLUÇÃO •Verificar o Run-Out, valor fora do máximo especificado •Rever Técnicas de Instalação •Checar Perpendicularidade do Eixo/ Face do Espelho CENTRALIZADA DESCENTRALIZADA 236 Marcas com Contato Parcial • CAUSAS • Distorção da Face no aperto,ou Pressão Excessiva • Distorção devido aperto insuficiente na Sobreposta •SOLUÇÃO •Rever as Técnicas de Instalação •Checar o aperto nos Parafusos da Sobreposta •Rever as Condições Operacionais 237 Erosão ou Riscos • CAUSAS • Instalação em Ambiente Sujo • Faces Abrindo por vibração,distorção causada por temperatura ou pressão. • Sólidos entre os Anéis de Vedação ( faces ) RISCOS EROSÃO •SOLUÇÃO •Manter as Faces Pararelas •Eliminar, vibração,flashing e falta de lubrificação. •Utilizar fluido limpo API 32 •Controlar a Recirculação na Sucção •Utilizar faces mais Duras 238 Perda de Material • CAUSAS • Faces Abrindo/ Flashing- operando próximo ao ponto de Vapor • Vibração • Cavitação condição operacional • Sobre pressão • Produtos Endurecendo e soltando •SOLUÇÃO •Plano de Selagem adequado •Verificar as Condições Operacionais •Verificar se Produto não esta Flashiando entre as Faces •Selo Operando Fora dos Parametros 239 Coqueamento e Cristalização • CAUSAS • Temperatura excessiva • Fluido Contaminado ou Sujo • Folga pequena da Caixa de Selagem • Jaqueta de Resfriamento deficiente • Evaporação do fluido entre as faces COQUEAMENTO CRISTALIZAÇÃO •SOLUÇÃO •Plano de Selagem adequado •Verificar a sobre Carga de Temperatura do Fluido •Operação dentro dos Limites do Selo 240 Fissuras por Super Aquecimento • CAUSAS • Falta de lubrificação • Produto muito quente • Limite de PV excedido das Faces SOLUÇÃO •Operar dentro dos Limites do Selo •Eliminar as condições de operação sem Lubrificação •Utilizar Plano de Selagem adequado 241 Formação de bolhas • CAUSAS • Excedendo os Limites do Material • Flashiamento • Excesso de temperatura, pressão e velocidade • Uso de Carbono em Óleos (todos os tipos) •SOLUÇÃO •Usar a combinação SSC/TC para óleos •Operar dentro dos limites do Selo •Assegurar uma boa lubrificação para as Faces 242 Deformação do Elastômero • CAUSAS • Fora do Limite de Temperatura • Incompatibilidade com o fluido,( ataque químico) • Aquecimento excessivo devido a perda do fluido de barreira •SOLUÇÃO •Utilizar material do O’ring adequado •Evitar situação de falta de lubrificação •Uso de plano de selagem adequado SEVERA SUAVE 243 Extrusão e Arrancamento EXTRUSÃO ARRANCAMENTO •CAUSAS •Folgas excessivas •Pressão excessiva •O’ring muito macio • Temperatura excessiva •SOLUÇÃO •Alterar projeto do selo •verificar pressão real na caixa de selagem •Melhorar plano de selagem 244 Explosão Descompressiva •CAUSAS •Ocorrência de bolhas de gás ou vapor do fluido de processo causando compressão no O’ring e com a descompressão instantânea, os gases se expandem causando ruptura do material •SOLUÇÃO •Utilizar material apropriado( material e dureza) •Conhecer melhor as condições operacionais 245 Torção •CAUSAS •Ataque químico •Temperatura limite do material excedida •SOLUÇÃO •Utilizar O’ring com material adequado •Utilizar plano de selagem adequado 246 RISCOS •CAUSAS •Deflexão ou Run-Out do eixo •Aglomeração de produto na caixa de selagem •Contato entre as partes do selo ou c/ a bomba •SOLUÇÃO •Instalação adequada •Verificar o Run- Out e End-Play •Aumentar as folgas da caixa des selagem 247 CORROSÃO •CAUSAS •Ataque Químico •Temperatura excessiva acarretando maior índice de corrosão •SOLUÇÃO •Utilizar metal adequado •Certificar-se de que a temperatura não esta afetando o metal 248 Achatamento dos Parafusos •CAUSAS •Movimento do selo sobre o eixo •Uso incorreto do material do parafuso • Variações de pressão •SOLUÇÃO •Utilizar parafuso endurecido •Verificar dureza do eixo •Certificar-se da não ocorrência variações e pressão 249 Trinca em Fole •CAUSAS •Pressão excessiva •Corrosão pelo fluido •Vibração excessiva •Planos de selagem •SOLUÇÃO •Utilizar quench com dreno •Previnir falta de lubrificação das faces •Minimizar vibrações 250 Travamento •CAUSAS •Endurecimento do produto •Produto sujo ou contaminado •Folgas insuficientes na caixa •SOLUÇÃO •Aumentar a folga na caixa de selagem •Utilizar flush compativel e limpo •Conhecer as caracteristicas do fluido 251 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Labirinto de Vedação dos Mancais / Isoladores de Mancais Os labirintos são peças constituídas de varias laminas dispostas uma próxima da outra. Eles têm a finalidade de restringir a passagem de uma substancia no trecho onde estão instalados. Estas laminas tanto podem ser confeccionadas separadamente e instaladas em peças estacionarias ou eixos rotativos, como também podem se usinadas na própria peça. (Figura abaixo). 252 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Magnéticos para Mancais Os selos magnéticos são vedadores dinâmicos que usam a força magnética ar manter justapostas as faces de um anel estacionaria e outra rotativo, ambos imantados. Como exemplo um selo magnético fabricado pela Inpro Companies Inc.quando a bomba está parada os magnetos se afastam; quando a bomba está em operação os magnetos se atraem e permanecem juntos. 253 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Magnéticos para Mancais 254 ELEMENTOS DE VEDAÇÃO Selos Mecânicos para Mancais Polias e Correias INICIAREMOS EM INSTANTES 256 ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO POLIAS E CORREIAS As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas correias. As polias normalmente são de aço, alumínio ou madeira. As transmissões por correias e polias apresentam as seguintes vantagens: • Possuem baixo custo inicial, alto coeficiente de atrito, elevada resistência ao desgaste e funcionamento silencioso; •São flexíveis, elásticas e adequadas para grandes distâncias entre centros. 257 ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO O que é uma Correia? É o elemento da máquina que, sendo movimentado por uma polia motriz, transmite força e velocidade à polia movida ou é utilizado para transportar mercadorias, sendo um dos sistemas mais eficiente já inventado, e pode ser usado em uma grande variedade de maquinas e aplicações. 258 ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO São divididas em dois grandes grupos : 1. Correias para transporte (transportadoras): Geralmente largas esteiras, utilizadas para transportar objetos, mercadorias, etc; 2. Correias de transmissão: Utilizadas para movimentar acionamentos que exigem desde força, velocidade, sincronismo de movimento e/ou ambas. 259 ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO Correias Transportadoras; Utilizadas para transportar objetos, Mercadorias, etc; 260 ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO Principais tipos de correias de transmissão são: • Correias Sincronizadoras - Correias dentadas onde os dentes da correia engrenam nos dentes da polias, sendo utilizadas em acionamento onde requer sincronismo de movimentos e força ; • Micro - V ou Poly V - Correia com pequenos frisos em V, que são mais compactas que as correias em “V” convencionais ; • Correias Variadoras de Velocidade - correia que, devido ao seu formato lembra o perfil
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