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Seminário Interdisciplinar I -Cultura na Cidade de Sobral-Ce

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SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR I
Alberto Rosendo da Silva
Uninta EAD – Polo Sobral
Gestão da Tecnologia da Informação
CULTURA NA CIDADE DE SOBRAL
Palha da Carnaúba e fabricação de chapéus 
INTRODUÇÃO
Bagana é a palha resultante da extração da cera da folha da carnaúba. A cera tem diversas aplicações industriais, e é também exportada. A palha pode ser aproveitada para fins agrícolas em compostagem ou como cobertura morta, para ajudar a conservar a umidade do solo.
Chapéu de palha gera renda para mulheres da Zona Rural
Apesar de poucas, as chamadas feiteiras seguem com habilidade a tradição de tecer a palha da carnaúba
Sobral. É debaixo de uma árvore, na frente de casa, que a agricultora Maria Celina Oliveira, 49, trabalha. Ao lado do filho Lucas, 19, e de uma vizinha, Celina é uma das muitas moradoras do distrito de Ipaguaçu-Mirim, em Massapê, na região Norte do Estado, que mantêm viva a tradição de fazer chapéus de palha de carnaúba; uma arte aprendida, quando ainda era criança, repassada pela mãe, que também aprendeu com os familiares mais antigos.
O pequeno distrito, a cerca de 10 quilômetros da sede do Município, sobrevive da renda de benefícios sociais, do funcionalismo público e da agricultura familiar. E, fazer chapéus por aqui, vai além da necessidade de reforçar a renda de casa; na verdade, é um hábito centenário passado de mão em mão.
Tradição
Com habilidade e concentração, Celina vai trançando a palha de carnaúba, numa velocidade impressionante, afinal são quase 39 anos de experiência, e de paixão pelo que faz.
"Eu comecei ainda muito pequena e nunca mais parei. Lembro que, antigamente, ficávamos em grandes grupos de mulheres, homens e crianças, trançando palha nas calçadas de casa, ou nas sombras das árvores. Mas percebo que hoje, isso mudou, mesmo com pessoas ainda mantendo a tradição, o número de artesãos diminuiu muito", diz com tristeza, a agricultura que divide o tempo com os afazeres domésticos, a roça e a palha. "Eu tranço chapéus de segunda a sábado, e não falta serviço", explica ela, acompanhada pelo filho, na mesma tarefa, todos os dias.
Lucro
O que é feito pelos artesãos é comprado e encaminhado às fábricas em Sobral. O setor não tem uma entidade específica que o represente no Município, nem tampouco há um levantamento de quantos, ou quem são os entes empresariais desse mercado, que ainda não possui estimativas de faturamento, ou o peso gerado na economia local pela comercialização desse tipo de produto, tradicionalmente feito no município por empresas familiares.
Período Junino
O forte da empresa, que atua o ano inteiro, são os chapéus em estilo junino. E é justamente nessa época do ano que a produção chega a dobrar.
"O ano de 2017 foi um dos melhores para esse ramo. Nós, por exemplo, chegamos a faturar cerca de 30% a mais na venda de chapéus e, acredito que essa média se mantenha também neste ano, pois recebemos bastante encomendas para as festividades juninas, que são o nosso forte", explica o empresário, que chega a produzir cerca de 3 mil unidades por dia, fora do período festivo.
Enquete
Elisângela Lopes de Sales, Dona de casa
"O chapéu representa o meu sustento. Há quatro anos eu estou nesse ramo e não tenho do que reclamar. Trabalho na manutenção das peças e finalizando o acabamento delas, juntamente com as costureiras. O trabalho é leve, mas requer atenção, principalmente na época dos festejos juninos, quando aumenta o número de pedidos"
Ana Paula Gomes, Ajudante de produção
"Eu sou grata por exercer esse tipo de trabalho. Há mais de 30 anos eu lido com chapéu. Esse foi meu primeiro emprego, e me vejo como uma artesã. Mesmo não confeccionando as peças à mão, é na máquina de costura que o chapéu é finalizado. Nesse momento, ele recebe os detalhes que vão dar beleza a cada peça"
Pesquisa de Fotos
CONCLUÇÕES
Chapéu de palha fabricado no Ceará ganha o Brasil.
Até ganhar o mercado, o chapéu passa por diversas etapas. Primeiro é feito o corte do excesso de palha – o excedente é usado para fazer adubo. Depois, com a ajuda do fogo, o chapéu ganha forma. As palhas se unem com o calor e dão firmeza à peça. Por último, prensas conferem aos chapéus seu formato final.
Uma empresa de Sobral está com o estoque lotado. São mais de 100 mil chapéus para atender as encomendas para o verão, carnaval e até para as festas de São João. O chapéu de Sobral tem mercado garantido no Brasil inteiro.
Os estados do Sul e Sudeste são os maiores compradores. O empresário César Menezes, no ramo há mais de 40 anos, explica porque o adereço nunca sai de moda. “Ele retém os raios solares, tonifica todo o couro cabeludo e evita a queda do cabelo”
REFERÊNCIAS
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/chapeu-de-palha-gera-renda-para-mulheres-da-zona-rural-1.1948210
https://slideplayer.com.br/slide/1234205/
https://sobralonline.com.br/artesanato-chapeus-mudam-vidas-na-cidade-de-varjota/

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