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Citologia e Histologia RESUMO

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Citologia e Histologia
Citologia é o estudo das células e histologia é o estudo dos tecidos. As células são as unidades básicas de funcionamento do corpo, possui aproximadamente 75 trilhões de células, as células mais a matriz extracelular forma os tecidos do nosso corpo, depois organizam para formar os órgãos.
Estrutura Básica das células 
Existem dois tipos principais de células
Procariontes: Elas não possuem um núcleo delimitado e devido a isso seu material genético fica no citoplasma, espalhado dentro das células, delimitado por uma membrana. Ex.: Bactérias primitivas
Eucariontes: São estruturas mais complexas, possuem uma organela chamada núcleo celular que é onde fica o material genético, DNA e RNA, daquela célula, possui também uma membrana. O nome eucarionte vem de carioteca, pois a membrana nuclear também é chamada de carioteca.
Membrana celular ou membrana Plasmática
Limita aquilo que esta dentro do núcleo do que está fora, a membrana plasmática tem uma dupla camada complexa, formada por sua maior parte por moléculas de fosfolipídios, são encontradas também diversas proteínas e carboidratos, essas proteínas possui algumas funções, como a permeabilidade seletiva com a entrada e saída de substancias da célula e reconhecimento de outras células que possam sem aproximar,
Citoplasma
Tudo aquilo que esta dentro da célula e em volta do núcleo, possui um liquido chamado de citosol ou hialoplasma ele também é composto por organelas celulares.
Citoesqueleto
É uma malha de filamentos proteica que ajuda a manter o formato das células e ajuda também no transporte de organelas dentro da célula. 
Núcleo
Dentro do núcleo da célula eucarionte se encontra o material genético da mesma, possui uma estrutura mais condensada, chamada de nucléolo, que é formado por DNA e RNA, sua maior composição é de RNAribossomico que vai ajudar na produção de ribossomos. O citoplasma encontrado dentro do núcleo é chamado de nucleoplasma.
Reticulo endoplasmático rugoso
É uma rede de membrana que este associado a ele um ribossomos e é pela presença dos mesmo que recebe esse nome, tem como função produção de enzimas e a síntese de proteínas.
Reticulo endoplasmático liso
Ele não possui ribossomos e é formado por estruturas mais cilíndricas, estão relacionado com a produção de alguns lipídios, tem a função também de eliminar substancias toxicas.
Ribossomos
Pode ser encontrado no reticulo rugoso ou livre no citoplasma, sua função é de produção de proteína.
Lisossomos
São vesículas encontradas no complexo de golgi e possui enzimas digestivas, entre as suas funções esta a digestão da estrutura celular que estejam desgastadas, digestão de substancias que entram na célula e que vão ser usados como fonte de energia, os lisossomos devolve esses componentes que foram digeridos ao citosol para que a própria célula possa reaproveitar.
Peroxissomos
Possui uma enzima chamada catalase, que tem como função a metabolização de ácidos graxos, como consequência dessa metabolização tem a formação de peroxido de hidrogênio que é toxico para as nossas células e transformam-nas em hidrogênio e agua para que a célula não se intoxique.
Centríolos 
São sempre encontrados em pares nas nossas células, tem o papel importante na divisão celular, no momento da divisão ele tem a função de organizar para que as duas células filhas na mitose tenham a mesma quantidade de cromossomos que a célula mãe.
Mitocôndrias
Usinas de enrgia, pois dentro delas é produzido ATP, adenosina de trifosfato, a partir de alimentos e oxigênio, ocorre em seu interior também a respiração celular onde a mitocôndria acaba pegando O² para produzir ATP e libera CO², a mitocôndria possui seu próprio DNA herdada da mãe.
VIRUS
Causadores de inúmeras doenças, os vírus são muito temidos por todos. Acelulares, medem cerca de 200 nm e só podem ser vistos com microscópio eletrônico. Alguns cientistas não os consideram seres vivos, pois eles não têm a capacidade de se reproduzir sozinhos, dependendo de alguma célula viva de animais, de plantas ou de bactérias. Em seu interior, encontramos uma cápsula proteica denominada de capsídeo. No interior do capsídeo, há ácido nucleico, que pode ser DNA (ácido desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico) ou, então, os dois tipos.
Príons e viroides
Os príons são partículas proteicas infecciosas que, uma vez na corrente sanguínea, acumulam-se nas células nervosas, causando a morte delas. Causam encefalopatias como a doença da vaca louca. Os viroides são formados por RNA e afetam somente vegetais.
 Ciclo reprodutivo dos vírus
Os vírus só infectam células que tenham certa especificidade entre a membrana plasmática lipoproteica da célula e as proteínas do capsídeo do vírus. Os vírus possuem dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico.
 Ciclo lítico
 A célula é infectada e os vírus comandam todo o processo reprodutivo em seu interior, deixando a célula totalmente inativa. O vírus assume o metabolismo da célula e pode produzir até 200 vírus, provocando lise celular. Os vírus que foram produzidos atacam outras células e recomeçam o ciclo.
 Ciclo lisogênico
O ácido nucleico do vírus entra no núcleo da célula e incorpora-se ao ácido nucleico celular. O vírus, então, começa a participar das divisões celulares. À medida que a célula sofre mitoses, a carga viral é repassada às células-filhas, infectando todo o organismo.
Para algumas doenças que são causadas por vírus, é possível produzir vacinas. A vacina nada mais é do que vírus mortos ou atenuados que, em contato com o organismo, induzem a produção de anticorpos. Se o organismo entrar em contato com aquele tipo de vírus, ele já terá anticorpos específicos para combatê-los e o organismo não será prejudicado.
 Membrana Celular
Esquema da bicamada fosfolipídica (modelo de mosaico fluido).
A membrana celular é uma fina película lipoprotéica formada por fosfolipídios e proteínas, cuja espessura varia entre 7,5 a 10 nanômetros, delimitando o citoplasma de todos os tipos de células (bactérias, algas, fungos, protozoários, animais e vegetais), recebendo variadas denominações: plasmalema, membrana plasmática ou membrana citoplasmática.
No interior das células eucariontes o citoplasma apresenta organelas e canais constituídos por membranas semelhantes às que envolvem a célula, sendo responsável pela seleção de tudo o que entra e sai da célula. A melhor proposta aceita atualmente, demonstra que a membrana possui duas camadas de fosfolipídios, formada por uma molécula de glicerol, duas cadeias de ácidos graxos, sendo uma saturada e a outra insaturada, uma coligação fosfato e um grupamento polar.
Portanto, uma molécula anfipática, ou seja, com uma extremidade polar ou hidrofílica, tendo afinidade por água; e a outra extremidade, caudalosa, com propriedades apolares ou hidrofóbicas, manifestando aversão à molécula de água.
Segundo os pesquisadores, essa bicamada lipídica teria em sua composição algumas proteínas, dispostas na superfície da membrana (incrustadas) e outras inseridas de tal forma que transpassavam a bicamada (proteínas transmembranares), comunicando a face interna e externa da célula, formando poros capazes de permitir a passagem de substâncias e partículas. Tal composição química favorece a importante função da membrana, no controle que media o fluxo de solvente e soluto específico e em quantidades necessárias ao metabolismo das células, recebendo denominação de permeabilidade seletiva ou sem permeabilidade.]
Lipídios da Membrana
Composição e Estrutura
Os principais componentes da membrana plasmática são os lipídios (fosfolipídios e colesterol), as proteínas e os grupos de carboidratos que estão anexados a alguns lipídios e proteínas. Um fosfolipídio é um lipídio composto por glicerol, duas caudas de ácido graxo e uma cabeça com um grupo de cadeias de fosfato. Membranas biológicas normalmente envolvem duas camadas de fosfolipídios com suas caudas apontando para dentro, uma estrutura chamada de camada dupla de fosfolipídio. O colesterol, outro lipídio composto por quatroanéis de carbono interligados, é encontrado ao lado dos fosfolipídios no núcleo da membrana. As proteínas das membranas podem se estender parcialmente pela membrana plasmática, cruzar a membrana completamente, ou ficar livremente anexadas a superfícies de dentro ou de fora. Grupos de carboidrato estão presentes apenas na superfície externa da membrana plasmática e estão anexados a proteínas, formando glicoproteínas, ou lipídios, formando glicolipídios. As proporções de proteínas, lipídios e carboidratos na membrana plasmática variam entre tipos de células diferentes. Contudo, para uma célula humana normal, as proteínas são responsáveis por cerca de 50 por cento da composição da massa; os lipídios (de todos os tipos) são responsáveis por 40 por cento; e os 10 por cento restantes vêm dos carboidratos.
Fosfolipídios
Os fosfolipídios, dispostos em uma bicamada, compõem o tecido básico da membrana plasmática. Eles são bem adequados a esta função, porque eles são anfifílicos, ou seja, eles têm regiões hidrofílicas e hidrofóbicas. A parte hidrofílica, ou com afinidade por água, de um fosfolipídio é a sua cabeça, a qual possui um grupo fosfato carregada negativamente, além de um pequeno grupo adicional, que também pode ser carregado ou polar. A cabeça hidrofílica dos fosfolipídios em uma membrana bicamada é voltada para parte externa, entrando em contato com o fluido aquoso dentro e fora da célula. Como a água é uma molécula polar, ela prontamente forma uma interação eletrostática (baseada em carga) com as cabeças dos fosfolípidos. A parte hidrofóbica, ou “que tem medo de água”, de um fosfolipídio, consiste em suas cadeias longas e apolares de ácidos graxos. As cadeias de ácidos graxos podem facilmente interagir com outras moléculas apolares, mas não muito bem com a água. Por causa disso, é mais favorável energeticamente para os fosfolipídios colocarem suas cadeias de ácido graxo na parte interna da membrana, onde elas estão protegidas da água ao seu redor.
 A dupla camada de fosfolipídios formada por essas interações produz uma boa barreira entre o interior e o exterior da célula, porque água e outras substâncias carregadas ou polares não podem cruzar facilmente o núcleo hidrofóbico da membrana.
Proteínas de Membrana Como visto, a membrana plasmática apresenta proteínas que estão inseridas na bicamada lipídica. Essas exercem várias funções na célula, como: transporte de substâncias, atividades enzimáticas e comunicação entre células. A quantidade de proteínas e os tipos encontrados na membrana estão relacionados com a atividade exercida por aquela célula. As proteínas presentes na membrana plasmática podem ser classificadas em dois grupos: proteínas integrais e proteínas periféricas.
 As proteínas integrais são aquelas que penetram na bicamada fosfolipídica. Denominam-se proteínas transmembranas as proteínas integrais capazes de atravessar completamente a membrana. Essas podem atravessar a membrana uma ou mais vezes. As proteínas periféricas, por sua vez, são aquelas que não penetram na membrana plasmática, sendo observada apenas uma conexão fraca com a membrana. Devido isso, as proteínas periféricas podem ser facilmente dissociadas da membrana. Glicoproteínas e glicolipídios são marcadores sanguíneos, definem os grupos sanguíneos. Externamente à membrana plasmática, podemos destacar um conjunto de cadeias de carboidratos aderidos às proteínas (glicoproteínas) ou aos lipídios (glicolipídios) da membrana, ao qual denominamos glicocálix ou glicocálice (glico = glicídios; calyx =invólucro). Todas as células eucariontes apresentam glicocálix, que variam entre elas e apresentam diversas funções. Os grupos sanguíneos do sistema ABO, por exemplo, são determinados por diferentes tipos de glicídios ligados à membrana das hemácias (glóbulos vermelhos do sangue ou eritrócitos). Já em células do tecido epitelial, há uma deposição de glicoproteínas na membrana, o que aumenta a sua espessura e torna-a visível ao microscópio óptico.
→ Funções do glicocálix
O glicocálix apresenta diversas funções:
· Proteção contra danos físicos e químicos;
· Reconhecimento e adesão celular: o glicocálix participa do reconhecimento de uma célula por outra, distinguindo-a de outros tipos celulares, e promove a união entre elas. Além disso, ele apresenta grande importância nos processos de transplante e enxertos, pois a rejeição ocorre por causa da atividade do glicocálix de linfócitos. Esses tipos de glicocálix identificam as células do órgão ou tecido transplantado como estranhas, permitindo, assim, a atuação dos linfócitos, que as invadem e destroem;
· Inibição por contato: quando ocorre o contato entre o glicocálix de duas células, há a paralisação da divisão celular. Isso não acontece no caso de células cancerosas, pois elas podem apresentar modificações no glicocálix e, por isso, não cessam a divisão celular;
· Troca de informações entre as células: isso pode ser verificado, por exemplo, no processo de ligação dos hormônios a proteínas específicas, desencadeando diversos processos na célula, como secreção de substâncias.
Transporte de substâncias pela membrana plasmática O que são meios hipotônicos e hipertônicos?
Diz-se que uma solução é hipertônica quando ela apresenta mais soluto que outra solução. Uma solução hipotônica, por sua vez, é aquela que apresenta uma quantidade menor de soluto e maior de solvente quando comparada à outra. Existe ainda a solução isotônica, quando a quantidade de soluto e solvente é igual nas soluções analisadas.
· Uma das principais funções da membrana plasmática é selecionar as substâncias que vão entrar e as que vão sair da célula. . Depende da solubilidade em lipídios: ácidos graxos, hormônios e anestésicos
· Devido a isso, dizemos que a membrana plasmática apresenta permeabilidade seletivaAlgumas substâncias atravessam a membrana sem gasto de energia, outras necessitam de energia.
Algumas substâncias, para entrarem e saírem da célula, não geram gasto energia, outras, no entanto, envolvem esse gasto. De acordo com essas características, podemos observar dois tipos de transporte na célula: o passivo e o ativo.
Hipertônico hipotônico isotônico lise celular
Transporte passivo Não envolve gasto de energia e pode ser de três tipos: difusão simples, osmose e difusão facilitada.
Difusão Simples
 É um processo que ocorre da região em que as partículas estão mais concentradas para regiões em que sua concentração é menor, até que se atinja um equilíbrio nas concentrações. TEM GASTO DE ENERGIA
Difusão Facilitada
 A passagem de substratos (moléculas ou íons) de um meio mais concentrado para um menos concentrado, através da específica mediação de proteínas transportadoras, enzimas carreadoras. NÃO TEM GASTO DE ENERGIA
Osmose
Fenômeno natural em que se observa a passagem de água por meio de uma membrana semipermeável de um meio menos concentrado (hipotônico) para o meio mais concentrado (hipertônico). Nesse caso, a osmose tende a uniformizar a concentração nos dois locais separados pela membrana por meio da difusão apenas do solvente. TEM GASTO DE ENERGIA
TRANSPORTE ATIVO
Ocorre o gasto de energia para transportar uma substância. A bomba de sódio-potássio é um tipo de transporte ativo, nesse processo há o bombeamento de íons contra o gradiente de concentração. Partículas maiores e macromoléculas, para entrarem e saírem da célula enfrentam processos mais complexos que envolvem grandes modificações na membrana plasmática. 
Endocitose
O processo de endocitose consiste na formação vesículas pela invaginação da membrana plasmática para a absorção de moléculas orgânicas e outras substâncias particuladas. A vesícula formada pela membrana que contém a molécula absorvida desprende-se e leva a molécula para o meio intracelular. Um exemplo de endocitoseno corpo humano é a absorção de colesterol para a síntese de membrana e outros esteroides. Existem três tipos de endocitose:
· Fagocitose: absorção de partículas insolúveis;
· Pinocitose: absorção de líquidos ou moléculas dissolvidas;
· Endocitose mediada por receptor: tipo de pinocitose no qual a molécula a ser absorvida liga-se primeiramente a proteínas receptoras na membrana.
Exocitose
O processo de exocitose consiste na secreção de produtos para o exterior da célula por meio da fusão das vesículas formadas no interior da célula, que contêm os produtos, com a membrana plasmática. Quando a vesícula entra em contato com a membrana plasmática, as moléculas lipídicas, com o auxílio de proteínas específicas, são rearranjadas, e a vesícula passa a fazer parte da membrana, eliminando seus produtos para o meio extracelular. Um exemplo de exocitose é a secreção de hormônios por glândulas para a corrente sanguínea.
Citoesqueleto
O citoesqueleto é uma rede de fibras proteicas localizada no citoplasma das células. As fibras que compõem o citoesqueleto de células eucarióticas são os microtúbulos, filamentos de actina, também chamados de microfilamentos, e filamentos intermediários.
A presença de proteínas estruturais no citoesqueleto está associada, por exemplo, à manutenção da forma das células. Já a presença de proteínas motoras está associada aos diversos tipos de movimentos que ocorrem na célula.
O citoesqueleto é uma estrutura dinâmica, sendo mantido por interações fracas, o que permite que se decomponha em uma região da célula e reestruture-se em outra. Por serem constituídos por subunidades pequenas, o seu processo de associação e distribuição ocorre de maneira rápida
Função do citoesqueleto
O citoesqueleto apresenta inúmeras funções dentro da célula, tais como:
· Manutenção da forma da célula, principalmente em células que não apresentam parede celular (células animais);
· Suporte mecânico da célula;
· Manipulação da membrana, como na formação de vacúolos alimentares;
· Movimento da célula (movimento ameboide);
· Formação de cílios e flagelos;
· Formação do fuso mitótico;
· Movimento de organelas e vesículas no interior da célula.
Composição do citoesqueleto
O citoesqueleto é formado por microtúbulos, filamentos de actina e filamentos intermediários:
· Microtúbulos: são constituídos por moléculas da proteína α e β tubulina e formam tubos longos e ocos medindo cerca de 25 nm de diâmetro. Os microtúbulos são estruturas dinâmicas, estando em constante montagem e desmontagem de sua estrutura. Estão presentes no citoplasma e em prolongamentos celulares, como cílios e flagelos. Entre as funções dos microtúbulos, podemos citar a manutenção da célula, formação do fuso mitótico, formação e movimentação de cílios e flagelos e o movimento das organelas celulares e dos cromossomos durante o processo de mitose.
· Filamentos de actina: também chamados de microfilamentos, são constituídos por actina, formando espirais que medem cerca de 7 nm de diâmetro. Dentre as funções desses filamentos, destacamos a manutenção, bem como a alteração da forma da célula, movimentação da célula (movimento ameboide) e, no citoplasma (células vegetais), contração e divisão celular.
· Filamentos intermediários: medindo entre 8 nm e 12 nm de diâmetro, são constituídos por mais de 50 tipos diferentes de proteínas, como a queratina e a desmina. Esses filamentos são menos dinâmicos que os demais, não são encontrados em todas as células eucarióticas e estão relacionados com a manutenção da forma da célula, formação da lâmina nuclear (revestem a membrana nuclear internamente e ancoram cromossomos e poros nucleares) e ancoragem de diversas organelas no citoplasma da célula.
Constituição de cílios e flagelos
São formados por uma haste constituída por nove pares de microtúbulos periféricos e um par central, envolvidos por uma projeção da membrana plasmática. Na base dessa haste, encontra-se o corpo basal, formado por nove túbulos triplos, semelhante ao centríolo.
→ Diferença entre cílios e flagelos
Embora a constituição de cílios e flagelos seja semelhante, essas duas estruturas apresentam algumas diferenças básicas:
Cílios: são estruturas mais curtas e numerosas e apresentam um movimento do tipo vaivém;
Flagelos: são estruturas longas, encontradas em pequeno número e com movimento do tipo ondulatório.
Actina e Miosina
A contração muscular, além de ser responsável pela locomoção e vários outros tipos de movimentos do corpo, também promove a movimentação dos órgãos internos, como, por exemplo, os batimentos cardíacos, a pulsação das artérias, o trânsito de bolo alimentar pelo aparelho digestivo, entre outros.
Tais processos se fazem possíveis graças à capacidade de encurtamento das miofibrilas, que são filamentos citoplasmáticos das células musculares. Tais miofibrilas são constituídas por diversos tipos de proteínas, sendo a actina e a miosina as mais abundantes.
A actina é a principal constituinte dos filamentos finos das células musculares. Essa proteína pode se apresentar de duas maneiras distintas, conforme a ionização do meio: em meios de menor força iônica, apresenta-se sob a forma de actina G, de caráter globular; ao passo que em meios de maior força iônica, tem-se a actina F, de caráter fibroso. Com a elevação da força iônica, a actina G se polimeriza, formando a actina F.
Mitocôndrias
Incialmente era um ser procarionte, com a evolução ela desenvolveu seu próprio DNA e é responsável por fornecer energia e a respiração celular.
· Mitocôndrias são organelas que apresentam dupla membrana.
· A membrana mais interna da mitocôndria forma as cristas mitocondriais.
· As cristas mitocondriais delimitam a matriz mitocondrial, na qual são encontradas proteínas, DNA, RNA e ribossomos.
· O DNA das mitocôndrias é semelhante ao de bactérias.
· A origem das mitocôndrias pode ser explicada pela teoria endossimbiótica.
· As mitocôndrias são organelas de formato esférico ou alongado encontradas em quase todas as células eucariontes, isto é, células que se caracterizam pela presença de material genético envolto pela membrana nuclear. Em células procariontes, as mitocôndrias não estão presentes.
· As mitocôndrias são organelas celulares encontradas em grande quantidade em células com grande atividade metabólica.
· O número de mitocôndrias varia de uma célula para outra, porém, normalmente, observam-se centenas de mitocôndrias em uma única célula. Um número maior é observado em células que apresentam grande atividade metabólica. Além disso, as mitocôndrias acumulam-se nos locais do citoplasma que possuem maior gasto de energia.
· Essas organelas apresentam um comprimento que varia de 1,0 µm a 10 µm e largura entre 0,5 µm e 1,0 µm. Apresentam duas membranas: uma membrana interna, que apresenta projeções para seu interior (cristas mitocondriais), e uma membrana mais externa, que é lisa. Entre a membrana externa e a interna, há o chamado espaço intermembranoso. A membrana interna, por sua vez, delimita um espaço interno, o qual contém a matriz mitocondrial.
· 
· As cristas mitocondriais são responsáveis por garantir o aumento da superfície da membrana interna. Nessa crista, é possível perceber a presença de enzimas e também outros componentes que são importantes no processo de respiração celular. As células que consomem muita energia apresentam mitocôndrias com grande quantidade de cristas.
· Na matriz mitocondrial, encontra-se uma grande quantidade de enzimas que atuam na respiração celular, outras proteínas, material genético (DNA e RNA) e ribossomos. O DNA encontrado nas mitocôndrias é muito semelhante ao das bactérias, apresentando-se como filamentos duplos e circulares. Os filamentos de DNA são sintetizados na própria organela, e sua duplicação ocorre sem interferência do DNA nuclear.
· Como dito, o RNA está também presente nas mitocôndrias. Nessas organelas, ocorrem o RNA ribossomal, RNA mensageiro e RNA transportador. Os ribossomos também são encontrados no interior das mitocôndrias, porém são diferentes daqueles encontrados no citoplasma dacélula. Esses ribossomos da mitocôndria são menores e assemelham-se muito aos das bactérias.
· Nas mitocôndrias, também são sintetizadas algumas proteínas, mas em menor quantidade. As mitocôndrias são capazes de se fundir e de se dividir por fissão binária, assim como organismos procariontes.
Funções das mitocôndrias
· As mitocôndrias funcionam como um sítio do processo de respiração celular. Esse processo metabólico extrai energia armazenada na glicose e também em outros combustíveis orgânicos, havendo decomposição desses combustíveis, na presença de oxigênio, em gás carbônico e água. A energia liberada é utilizada para realizar diversas atividades celulares, como o transporte através da membrana. Se quiser compreender mais detalhadamente o processo de respiração celular, acesse o texto: Respiração Celular.
· → Origem das mitocôndrias
· A origem das mitocôndrias, e também dos cloroplastos, é explicada por meio da teoria endossimbionte. De acordo com essa teoria, um ancestral das células eucariontes fagocitou um pequeno procarionte ancestral aeróbio (utilizava oxigênio para metabolizar as moléculas orgânicas), que começou a viver em seu interior. Esse procarionte ancestral foi englobado, mas não foi digerido pela célula e, por fornecer vantagem a essa célula, começou a viver de maneira simbiótica, isto é, em uma relação que beneficiava todos os envolvidos.
· As mitocôndrias provavelmente eram organismos procariontes que foram englobados por uma célula mais complexa.
· Algumas características das mitocôndrias sugerem que essa teoria realmente está correta, como a presença de duas membranas, a capacidade de se dividir como alguns procariontes, a presença de DNA circular e a presença de ribossomos semelhantes aos de procariotos. 
Reticulo endoplasmático
O retículo endoplasmático é uma organela presente em todas as células eucarióticas. Apresenta-se como um grande labirinto de túbulos ramificados e vesículas intercomunicantes que se espalham pelo citoplasma da célula e ocupam uma grande área.
A membrana do retículo endoplasmático é responsável por cerca da metade das membranas totais encontradas em uma célula. É importante destacar aqui que a membrana externa do envoltório nuclear é parte integrante do retículo.
O retículo endoplasmático pode ser dividido em duas regiões principais: a rugosa e a lisa. O primeiro tipo recebe essa denominação porque apresenta em sua membrana uma grande quantidade de ribossomos, organelas relacionadas com a síntese de proteínas. Já aquelas regiões que não apresentam ribossomos constituem a porção lisa.
Vale destacar que a porção rugosa do retículo endoplasmático encontra-se em continuidade com a porção lisa e que esses estados são transitórios. Isso quer dizer que uma porção pode estar rugosa em determinado momento e estar lisa em outro. Sendo assim, alguns autores sugerem que se diga se um retículo está rugoso ou está liso.
O retículo endoplasmático rugoso ou granular é encontrado em maior quantidade em células que são especializadas na síntese de proteínas. As principais proteínas sintetizadas no retículo são as transmembranas (inseridas em membranas), as que ficam dissolvidas em compartimentos e aquelas que serão secretadas.
Além da síntese proteica, o retículo endoplasmático rugoso atua na glicosilação das glicoproteínas, na produção de fosfolipídios e na montagem de proteínas. As células acinosas do pâncreas e os plasmócitos são exemplos de células ricas nesse tipo de organelas.
O retículo endoplasmático liso ou agranular exerce diversas funções e suas atividades estão diretamente relacionadas com as células analisadas. Esse retículo pode estar relacionado, por exemplo, com a produção de esteroides e fosfolipídios, hidrólise do glicogênio, detoxificação de substâncias químicas e álcool e até mesmo com a contração muscular. Nesse último caso, o retículo, que é encontrado nas células musculares estriadas, recebe o nome de retículo sarcoplasmático.
COMPLEXO GOLGIENSE
O complexo golgiense é formado por várias bolsas membranosas achatadas e possui como uma de suas principais funções a secreção celular.
Observe a secreção de substâncias na célula animal
O complexo golgiense, também chamado de complexo de Golgi ou aparelho de Golgi, é uma organela celular encontrada na grande maioria das células eucarióticas, com exceção das hemácias e espermatozoides. Descrita em 1898 por Camilo Golgi, essa estrutura é formada por várias pilhas de sacos achatados e delimitados por membranas que são chamados de cisternas (observe a figura). Essas estruturas podem estar curvadas formando uma face côncava e outra convexa ou dispostas de maneira reta.
O complexo golgiense apresenta-se bastante polarizado com dois polos conhecidos como cis (superfície convexa) e trans (superfície côncava). A face cis corresponde à face de formação, e a trans é de maturação. Entre essas faces encontram-se as cisternas medianas, que são também chamadas de mediais.
O complexo golgiense possui como funções principais modificar as proteínas e lipídios provenientes do retículo endoplasmático; transportar, selecionar e endereçar substâncias; reciclagem entre membranas; formar a parede celular da célula vegetal, o acrossoma do espermatozoide, os lisossomos e as membranas plasmática e nuclear. Essa organela faz parte do sistema de endomembranas, do qual também fazem parte o retículo endoplasmático, membrana plasmática e envoltório nuclear. As proteínas produzidas no retículo endoplasmático rugoso, por exemplo, são transferidas para o complexo golgiense por meio de vesículas que partem do retículo e que se fundem com a membrana do complexo golgiense na sua face cis. Essas proteínas sofrem modificações por intermédio de enzimas que fazem a glicosilação, sulfatação, fosforilação e hidrólise parcial e são então liberadas por meio das vesículas de secreção pela face trans. Essas vesículas podem então migrar para a membrana plasmática e fundir-se com ela (secreção celular) ou então podem sofrer digestão intracelular nos lisossomos, vesículas que possuem enzimas digestivas. Percebe-se, portanto, a integração entre as endomembranas.
A secreção celular é comum em várias células do corpo. As células do pâncreas, por exemplo, secretam insulina. Até que esse hormônio seja secretado, ele passa pelas fases descritas anteriormente.
LISOSSOMOS
Os lisossomos são organelas que apresentam em seu interior grande quantidade de enzimas digestivas.
Os lisossomos são organelas membranosas ricas em enzimas digestivas
A célula apresenta diversas organelas que trabalham juntas para manter o seu bom funcionamento. Entre essas organelas, destacam-se os lisossomos, estruturas membranosas, arredondadas e ricas em enzimas digestivas que foram descritas pela primeira vez na década de 50. Essa organela apresenta uma infinidade de enzimas capazes de digerir as mais variadas substâncias, entre elas podemos destacar as lipases, proteases, nucleases, fosfolipases e fosfatases. Em face dessa característica, os lisossomos estão intimamente relacionados com as funções heterofágicas e autofágicas da célula.
As enzimas encontradas no interior dos lisossomos são produzidas pelo retículo endoplasmático rugoso e posteriormente enviadas para o complexo golgiense, onde são armazenadas em pequenas vesículas. Essas vesículas soltam-se do complexo golgiense e originam os lisossomos. Assim que se soltam do complexo golgiense, os lisossomos recebem o nome de lisossomos primários. Quando iniciam sua ação digestiva, ao se unirem aos fagossomos ou pinossomos, recebem o nome de lisossomos secundários ou vacúolos digestórios.
Essa organela é fundamental nos processos de fagocitose e pinocitose, em que a célula captura partículas através de projeções citoplasmáticas (pseudópodes) para sua nutrição ou para destruir possíveis agentes nocivos. Nesse processo, após capturar a substância com os pseudópodes, é formado o fagossomo (fagocitose) ou o pinossomo (pinocitose), que consiste em uma espécie de bolsa com a partícula ingerida no seu interior. Os lisossomos unem-se aos fagossomosou pinossomos para formar os vacúolos digestórios e realizar a digestão do material. O que não é absorvido pela célula continua dentro do vacúolo e passa a ser chamado de corpo residual, que posteriormente será eliminado.
PEROXISSOMO
O peroxissomo, organela esférica rica em enzimas oxidativas, está presente nas células eucarióticas.
O peroxissomo é uma organela esférica das células eucarióticas. As células eucarióticas apresentam membrana nuclear e uma grande quantidade de organelas citoplasmáticas. Entre elas, destaca-se o peroxissomo, uma organela esférica descoberta no início da década de 60.
→ Características gerais do peroxissomo
O peroxissomo possui aproximadamente 0,5 μm e é delimitado por uma membrana que apresenta uma grande quantidade de enzimas oxidativas em seu interior. Essas enzimas diferenciam-se de uma célula para outra. Os peroxissomos receberam esse nome em virtude da presença de enzimas oxidativas e de sua capacidade de produzir água oxigenada (peróxido de hidrogênio). No interior dessas organelas, ocorre a oxidação de substratos orgânicos e a formação de peróxido de hidrogênio, que posteriormente é quebrado com a ajuda da catalase (2H2O2 catalase → 2H2O +O2) .
→ Origem dos peroxissomos
Pesquisas indicam que os peroxissomos surgiram nas células eucarióticas por meio de processos semelhantes àqueles observados nas mitocôndrias e cloroplastos, ou seja, um processo endossimbiótico. Provavelmente os peroxissomos, ao se internalizarem nas células, permitiram a sobrevivência dos eucariontes primitivos em um ambiente com oxigênio, uma vez que são capazes de neutralizar os efeitos do O2.
Vale destacar, no entanto, que, diferentemente da mitocôndria e dos cloroplastos, o peroxissomo não apresenta dupla membrana nem DNA próprio, o que sugere que provavelmente o DNA dessa organela tenha sido transferido para o núcleo. Além disso, as reações que ocorrem no interior do peroxissomo não causam produção de moléculas energéticas, como observado nessas outras organelas.
→ Funções dos peroxissomos
Os peroxissomos apresentam diversas funções para o organismo. As reações oxidativas, por exemplo, podem ajudar na desintoxicação de moléculas na corrente sanguínea e realizar a quebra de moléculas de ácidos graxo. Os peroxissomos ainda catalizam as reações na formação de plasmalogênios, um tipo de fosfolipídeo presente na mielina dos neurônios.
Vale frisar que os peroxissomos não estão presentes apenas nos animais, exercendo importantes funções também nas plantas. Nos vegetais, há peroxissomos que participam do processo de fotorrespiração e que convertem ácidos graxos em açúcares nas sementes para que a nova planta seja capaz de se desenvolver.
Além desse processo, os lisossomos também realizam o processo de autofagia, isto é, a digestão de partes da própria célula. Esse fenômeno é importante para eliminar algumas estruturas que já estão desgastadas ou então para reaproveitar alguns componentes.
Os lisossomos podem se romper no interior da célula em um processo que recebe o nome de autólise. Quando se rompe, essa organela libera enzimas que destroem a célula. Esse fenômeno pode ser observado na cauda do girino, que aos poucos vai desaparecendo durante o processo de metamorfose.
Outra função dos lisossomos diz respeito à destruição de substâncias extracelulares, em que enzimas digestivas são lançadas para o exterior da célula. Esse fenômeno ocorre, por exemplo, para regular os níveis de cálcio no sangue, quando enzimas são liberadas e quebram as áreas de matriz óssea.

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