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Leishmaniose Visceral e Tegumentar Prof. Sávio Guimarães Britto Médico Veterinário https://www.youtube.com/watch?v=V5Ebtv5uoRA&t=14s 1 Leishmaniose Visceral • Acomete as vísceras • Etiologia: Leishmania infantum e Leishmania donovani • Vetores: gêneros Phlebotomus, Lutzomyia Hosp. Vertebrado a) amastigota Hosp. Invertebrado b) promastigota 3 Leishmaniose Tegumentar • Acomete a pele e mucosas • Etiologia: L. tropica, L. major, L. aethiopica and L. Donovani -L. mexicana, L. braziliensis, L. panamensis, L. guyanensis, L. peruviana, L. amazonensis. • Vetores: mais de 20 espécies 4 1.Durante o repasto sangüíneo, a fêmea do flebotomíneo introduz formas promastigotas metacíclicas no local da picada; 2.Promastigotas são interiorizadas por macrófagos teciduais; 3.Promastigotas se transformam em amastigotas; 4.Inicia-se o processo de reprodução no interior do vacúolo parasitóforo; 5.Rompimento do macrófago e liberação dos parasitas no interstício; 6.Parasitas são fagocitados por novo macrófago; 7.Macrófagos parasitados podem ser ingeridos pela 5 fêmea de flebotomíneo durante o repasto sangüíneo; 8.No estômago do inseto, macrófago se rompe liberando amastigotas. Transformação dos amastigotas em promastigotas, que se dividem por divisão binária; 9.Promastigotas migram para o intestino e colonizam as regiões do piloro e íleo, transformando-se em paramastigota (subgênero Viannia); 10.Paramastigotas se aderem ao epitélio e se reproduzem. Transformação em promastigota e migração para o estômago, e em seguida para a faringe do inseto (promastigotas metacíclicas); Obs. Para o subgênero Leishmania, após a reprodução e colonização das formas promastigotas no intestino do inseto, ocorre a migração dessas formas para o estômago, onde se transformam em paramastigota, que colonizam o estômago e faringe do flebotomíneo, diferenciando- se, após, em promastigota metacíclica 5 6 Leishmaniose Epidemiologia Vetores Leishmaniose Tegumentar Reservatórios Silvestres • Roedores silvestres, Marsupiais, Preguiça de “dois dedos”, Tamanduá-mirim. Reservatórios Domésticos • Não há evidências quanto ao papel dos equinos e cães; 8 Leishmaniose Visceral 9 Leishmaniose Visceral Reservatórios Silvestres • Raposas, Marsupiais Reservatórios Domésticos • Cães, felino; 10 Leishmaniose Visceral Vetor • Moscas: Flebotomíneos-popularmente: mosquito palha, tatuquira, birigui entre outros • Espécie: Lutzomyia longipalpise, Lutzomyia cruzi • Características: Pequenos de 1 a 3mm de comprimento Corpo revestido por pêlos Voam em pequenos saltos Presente em períodos crepusculares Fêmeas Completamente urbanizados L. longipalpis 11 . 1 - Ciclo biológico do parasita Leishmania: 1 - Macrófagos infectados podem ser ingeridos por insetos vetores fêmeas durante a refeição. 2 - No intestino do inseto vetor, as formas amastigotas se diferenciam até promastigotas metacíclicas, que migram para a porção anterior do intestino e são transmitidas após a picada do vetor. 3 - Fagocitose das formas promastigotas metacíclicas pelos macrófagos. 4 - Lise do macrófago, liberando formas amastigotas que podem infectar outros macrófagos. 5 - Hospedeiros vertebrados. 6 - Hospedeiros invertebrados (inseto vetor fêmea do gênero Lutzomyia, em países do Novo Mundo, e do gênero Phlebotomus, em países do Velho Mundo). 7 - Manifestação clínica da leishmaniose tegumentar. 8 - Manifestação clínica da leishmaniose visceral. 12 Leishmaniose Visceral 13 14 Leishmaniose Visceral Sinais Clínicos Cutâneos • Alopecia, eczemas, não pruriginoso • Evolução para nódulos, crostas e erosões • Onicogrifose • Raramente formação de pústulas • Infecção bacteriana secundária • Despigmentação de focinho • Hiperqueratose naso-digital Leishmaniose Visceral Sinais Clínicos Oftálmicos • Blefaroconjuntivite • Secreção ocular bilateral • Ceratoconjuntivite • Uveíte anterior –pan-oftalmite • Sinéquia-glaucoma Leishmaniose Visceral Sinais Clínicos Outros sinais clínicos • Emagrecimento/caquexia • Atrofia muscular • Hiporexia • Êmese • Diarreia crônica • Esplenomegalia • Sistema nervoso e locomotor • Hemorragias (epistaxe) • Glomerulonefrite e nefrite intersticial: Principal causa de óbito Leishmaniose Visceral Diagnóstico • Apesar do surgimento de novas tecnologias o diagnóstico laboratorial da LV ainda representa um desafio. Citológico, Histopatológico e Imunohistoquímica 30% a 50% 50% a 70% 40% a 60% SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE 19 CULTURA PARASITOLÓGICA 60% a 80% 20 PCR convencional PCR Real Time Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) 70% a 100% 21 EXAMES SOROLÓGICOS ELISA IFI Imunocromatográfico DPP 52% a 90% 80% a 100% 80% a 98% 22 23 Leishmaniose • Prevenção e controle Leishmaniose • Prevenção e controle • Eutanásia de animais infectados • Vacinas antileishmaniose visceral canina: A2 Recombinante: TH1 • Coleiras impregnadas com inseticida. • Tratamentoda Leishmaniose visceral canina. 26 27 Leishmaniose • Tratamento • Pode ocasionar: – Redução da carga a parasitária e consequentemente reduzir a sintomatologia clínica mantendo ainda como fonte de infecção; – Postergar a vida do animal em dias, meses ou anos; – Acelerar a morte (sofrimento) do animal devido as consequências dos efeitos colaterais dos medicamentos Base legal: Portaria Interministerial 1.426/2008 (ESTÁ EM VIGOR) Proíbe o tratamento da leishmaniose visceral canina com produtos de uso humano ou não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. PAPEL LEGAL DO MÉDICO VETERINÁRIO • Lei 5.517/68 – CFMV – atribuições do MV: – Art.6: é competência do MV o estudo e aplicação de medidas de saúde pública no tocante às doenças transmissíveis ao homem. • Res. 322/81 – Código de Deontologia: – Art.40: o MV deve colaborar com as autoridades competentes na preservação da saúde pública, cumprindo e fazendo cumprir a legislação sanitária em vigor. • Res. 722/02 – Deveres do profissional: – Art.6: realizar eutanásia nos casos devidamente justificados, observando os princípios básicos de saúde pública. • Res. 1000/12 – Procedimentos de eutanásia: – Art.3: a eutanásia deve ser indicada nas situações em que o animal constituir ameaça saúde pública. 29 Tratamento A infeção em cães com níveis de anticorpos negativos a positivos médios deve ser confirmada por meio de outras técnicas de diagnóstico, como citologia, histologia/imuno-histoquímica e PCR. Níveis altos de anticorpos, definidos como um aumento de 3-4 vezes acima do limiar de positividade (“cut-off”) pré-estabelecido de um laboratório de referência, são conclusivos para o diagnóstico de LCan. 30 Obrigado! 92 99133 - 9095savio.britto@fametro.edu.br 31
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