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Doenças virais em animais de produção

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ROTEIRO DA AULA: DOENÇAS VIRAIS EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO 
 
DOENÇAS VIRAIS EM EQUINOS: 
 
INFLUENZA EQUINA 
 
É uma doença respiratória, altamente contagiosa, causando infecção aguda; 
É considerada como a enfermidade respiratória mais importante; 
Possui alta morbidade e baixa mortalidade; 
 No Brasil, está amplamente disseminado, e equinos de todas as idades podem contraí-
lo; a maioria dos casos, ocorre em animais de dois anos ou menos; 
Os transportados por longas distâncias, que sejam confinados em locais pouco 
ventilados, são mais propícios ao contágio. 
Causada por um vírus da influenza tipo A (EIV) que pertence à família Ortomixoviridae; 
É subdividida em: 
Subtipo equi-1 (H7N7): menos patogênico, causando inflamação, nasofaríngea e 
laringotraqueal; 
Subtipo equi-2 (H8N8): inflamação nasofaríngea e laringotraqueal, bronquite, 
bronquiolite e, às vezes, miocardite e encefalite. 
Os antígenos de superfície são: 
Hemaglutinina - é uma glicoproteína, que se situa na camada mais externa do vírus 
(envelope), e tem, como função, ligar o vírus ao receptor da célula hospedeira, o ácido siálico 
da membrana celular, e após a ligação, ocorre uma aglutinação de hemácias; 
Neuraminidase - também se localiza no envelope do vírus e reconhece o mesmo 
açúcar que a hemaglutinina, porem tem função de ajudar o vírus a deixar a célula invadida. 
 
Transmissão: 
Ocorre a disseminação do vírus pelo ar, ou pelo contato direto entre os animais; 
O contato se dá por secreções/excreções dos animais doentes; 
Período de incubação curto, em torno de 48 horas, e a recuperação de até três 
semanas. 
 
 
 
 
Patogenia: 
A replicação do vírus ocorre no epitélio do trato respiratório, e causa destruição do 
epitélio ciliado e hipersecreção das glândulas submucosas; 
Pode ocorrer infecção bacteriana secundária, comumente por Streptococcus 
zooepidemicus, podendo exacerbar a inflamação e causar broncopneumonia. 
 
Sinais Clínicos: 
Aparecem de forma súbita; 
A febre é o primeiro sinal aparente; 
Depressão, tosse seca e prolongada; 
Corrimento nasal aquoso; 
Redução do apetite, perda de peso; 
Relutância para mover-se; 
Traqueíte, faringite; 
Lacrimejamento, corrimento ocular; 
Infecções bacterianas secundárias. 
 
Diagnóstico: 
Características clínicas associados ao histórico dos animais; 
Evidências epidemiológicas; 
Testes laboratoriais: isolamento viral, ELISA e PCR; 
O diagnóstico definitivo pode ser obtido através do isolamento do vírus em swabs 
nasofaríngeos coletados na fase aguda da infecção, nas primeiras 24 horas. 
 
Tratamento: 
É de suporte → visando acabar com todos os sintomas e a manifestação da doença; 
Antitérmico para febre; 
Antibióticos para infecção bacteriana secundária; 
Inalação: mucolíticos (com inalador humano ou inalador específico), podendo ser 
usado o mucolítico parenteral (Bisolvon ® - Cloridrato de Bromexina), e, quando há 
comprometimento pulmonar, fazer uso de glicocorticoide. 
 
 
 
 
Prevenção: 
Vacina com vírus inativado, por via intramuscular, com os subtipos equi-A1 e equi-A2 
que podem ser aplicadas em duas a três doses; 
Recomenda-se a primovacinação com duas doses com intervalo de 4-6 semanas 
seguida por uma dose de reforço seis meses mais tarde; 
Equinos jovens devem ser vacinados a cada seis meses e se participarem de 
competições regulamente, recomenda-se a vacinação em intervalos de 3-4 meses para 
oferecer um nível ótimo de proteção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENCEFALOMIELITE EQUINA 
 
É uma doença infecto-contagiosa caracterizada pela inflamação das estruturas do 
encéfalo e medula, ocasionando sintomatologia neurológica; 
Causada por três diferentes tipos de vírus pertencentes à família Togaviridae e ao 
gênero Alphavirus: 
 
Encefalomielite Equina do Leste (EEE); 
Encefalomielite Equina do Oeste (WEE); 
Encefalomielite Equina Venezuelana (VEE). 
 
São transmitidos por mosquitos Culex spp. e Aedes spp; 
É uma zoonose. 
 
 
Transmissão: 
É indireta e ocorre pela picada do mosquito Culex spp. e/ou Aedes spp.; 
Período de incubação é de aproximadamente 7 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasil: 
 
O vírus causador da Encefalomielite Equina do Leste (EEE) é o mais recorrente no Brasil 
e de maior letalidade, vitimando entre 75% – 90% dos equinos acometidos e cerca de 30% – 
65% dos humanos; 
É considerada exótica, listada pela instrução normativa de nº 50/2013 do Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como doença de notificação obrigatória e 
imediata de qualquer caso suspeito. 
 
Patogenia: 
O vírus pode atingir a musculatura esquelética e atingir as células de Langerhans ( são 
celulas dendríticas que se localizam na epiderme apresentando antígeno e a estimulação de 
resposta T dependente), que levam os vírus até aos gânglios linfáticos locais, podendo invadir 
o cérebro através do plexo coróide (é uma estrutura existente no interior do encéfalo, 
responsável pela secreção do liquor). 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais Clínicos: 
Depressão, flacidez labial, letargia, incoordenação motora, sonolência e andar a esmo, 
cambaleante e em círculos, cegueira, ranger de dentes, diminuição dos reflexos palpebrais, 
pressão da cabeça contra objetos; 
A progressão dos sintomas leva ao decúbito prolongado com movimentos de pedalada 
e tende a evoluir para o óbito em poucos dias; 
Em humanos, os sintomas mais recorrentes são febre, cefaleia, rigidez da nuca, 
letargia e conjuntivite. 
 
Diagnostico: 
Sinais clínicos e dados epidemiológicos; 
Sorológico – ELISA e imunohistoquímica; 
Isolamento do vírus; 
RT-PCR; 
Diagnóstico diferencial incluem: raiva, leucoencefalomalacia (intoxicação por milho 
mofado), encefalite por herpesvírus equino que pode ocorrer associada a doença respiratória 
ou aborto; e encefalopatia hepática, que apresenta curso clínico mais agudo e alteração nas 
provas de função hepática. 
 
Tratamento: 
Terapia de suporte 
Fluidoterapia; 
Anti-inflamatórios não esteroidais; 
Corticosteróides. 
 
Profilaxia e controle: 
Vacinação bivalentes (EEL e EEO) e inativadas → que são recomendadas a partir do 
terceiro mês, com revacinação semestral; 
Para controle dos mosquitos → uso de inseticidas e repelentes, mosqueteiros e 
higiene constante dos estábulos pode ajudar a reduzir a propagação dos vetores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS VIRAIS EM SUINOS: 
 
PESTE SUÍNA CLÁSSICA – PSC 
 
É uma doença altamente infecto contagiosa para suínos e silvestres - javalis, que 
apresenta elevada taxa de contaminação e é, com frequência, mortal aos suínos; 
Conhecida como febre suína ou cólera dos porcos; 
Causada por um vírus da família Flaviviridae, pertencente ao gênero Pestevirus; 
Peste Suína Africana → que é causada por um vírus DNA, família Asfarviridae, gênero 
Asfivirus. 
A doença recebe esse nome por ser endêmica da África, sendo observada desde o 
início do século XX no sul e no leste do continente. Os sinais clínicos de uma doença 
hemorrágica (como cianose e coloração avermelhada da pele) são as primeiras suspeitas da 
PSA. 
O asfivírus é transmitido por meio de secreções orais e nasais, ferimentos, injeções e 
picadas de carrapatos do gênero Ornithodoros. Assim, secreções, excreções, tecidos e sangue 
de animais doentes e mortos são potenciais fontes de infecção. 
O período de incubação é de 5 a 21 dias. 
 
Importância: 
Apesar de não oferecer riscos à saúde humana, é uma das doenças mais relevantes 
entre as que acometem os suínos domésticos; 
Ela faz parte da lista A da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), cujas doenças 
são de notificação compulsória. 
 
Transmissão: 
 
Patogenia: 
 
Sinais Clínicos: 
Febre alta; 
Prostração; 
Anorexia; 
Depressão; 
Conjuntivite; 
Dificuldade de locomoção; 
Manchas avermelhadas pelo corpo; 
Hemorragia: linfonodos, rins e baço. 
 
Diagnóstico: 
Imunofluorescência indireta(IFI); 
Ensaio imunoenzimático (ELISA). 
 
Tratamento: 
Não existe tratamento; 
Diferentemente da PSA, o controle da Peste Suína Clássica pode ser feito com o uso de 
vacinas, que só são permitidas pelo MAPA em situações de emergência. 
 
Profilaxia e controle: 
Proibir uso de subprodutos suínos na alimentação animal; 
Restrição na movimentação de animais; 
Biossegurança das granjas; 
Vacinação em países ou região com prevalência elevada; 
Sacrifício de animais positivos e seus contatos / interdição da propriedade (restrição de 
trânsito de animais e subprodutos); 
Vacinação oral de suídeos silvestres. 
 
DOENÇA DE AUJESZKY 
 
É uma doença infecto-contagiosa causada por um herpesvírus da família 
Herpesviridae, subfamília Alphaherpesvirinae; 
 É também conhecida como pseudo-raiva, caracteriza-se por distúrbios do sistema 
nervoso central, sistema respiratório e reprodutor, ocorrendo um alto índice de mortalidade e 
morbidade entre leitões; 
 O suíno é o hospedeiro natural do vírus, porém outras espécies como os bovinos, 
ovinos, caprinos, caninos e felinos podem ser infectados; 
No Brasil, a enfermidade é de notificação obrigatória imediata em qualquer caso 
suspeito. 
 
Transmissão: 
A transmissão é realizada pelo contato direto pela via de infecção nasofaringeana de 
um suíno infectado com o vírus para outro suíno suscetível; 
Ocorre também pela ingestão de alimentos e água contaminados, pela placenta e pelo 
sêmen durante a cobertura ou inseminação artificial; 
O período de incubação geralmente é de 2-6 dias em suínos. Acredita-se que o período 
seja menor que 9 dias em bovinos e ovinos. Os períodos de incubação relatados em cães 
variam de 2 a 10 dias, porém a maioria dos casos provavelmente se tornam aparente em 2 a 4 
dias. 
 
Patogenia: 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais Clínicos: 
Nos suínos pode provocar febre, depressão, sinais clínicos neurológicos, respiratórios e 
reprodutivos; 
Na maternidade apresentam sinais clínicos neurológicos, febre (42ºC), apatia, perda de 
apetite, hipersalivação, predomínio de sinais nervosos como tremores, convulsões, 
incoordenação de membros posteriores (posição de cão sentado), e alta mortalidade de 
leitões, podendo chegar a 100%. 
Na fase de crescimento-terminação apresenta sinais clínicos respiratórios. Febre 
(42ºC), apatia, perda de apetite, atraso no crescimento, espirros, tosse, descarga nasal, 
dispneia. Sinais nervosos podem ser observados. Recuperação em 5 a 10 dias. Mortalidade de 
1 a 2 %; 
As porcas podem apresentar febre (42ºC), anorexia, agalaxia, sinais respiratórios 
como: espirros, tosse, descarga nasal, dispneia abortar, aumentar a repetição de cio, pode 
ocorrer aumento da mortalidade fetal e o nascimento de leitões fracos. 
Pode acometer os suínos sem apresentar sinais clínicos. É a chamada forma latente da 
doença que passa despercebida pelos produtores e técnicos. Se esses animais forem 
comercializados ou distribuídos para outros rebanhos, podem disseminar a doença; 
Sinais clínicos em outros mamíferos: Sintomatologia nervosa associada a prurido 
intenso e automutilação, motivo pelo o qual a doença também é conhecida como “peste de 
coçar”. É letal, com óbito de 2 a 3 dias após o aparecimento dos sinais clínicos. 
 
Diagnóstico: 
Baseia-se no histórico e nos sinais clínicos; 
Laboratoriais para diagnóstico virológico → órgãos de escolha são as amídalas, 
cérebro e cerebelo; 
Sorologia – ELISA; 
PCR. 
Tratamento: 
Não existe tratamento; 
Exceto por tratamento de suporte para infecções secundárias. 
 
Profilaxia: 
 
 
Controle: 
Comprar suínos de reprodução somente de granjas certificadas; 
Não introduzir no rebanho, suínos de origem desconhecida e sem exame laboratorial 
negativo para Doença de Aujeszky; 
Evitar criar suínos extensivamente e não criar junto ou misturados com os bovinos, 
ovinos ou caprinos; 
Utilizar cercas ou telas adequadas que evitem a entrada de javalis/javaporcos nos 
criatórios, não criar/engordar esses animais quando capturados em vida livre, e por fim não 
realizar cruza entre suínos e javalis; 
Implantar medidas de biosseguridade como: controlar a entrada de veículos e pessoas; 
limpar, desinfetar e realizar vazio nas instalações; ter muita atenção com a limpeza e 
desinfecção de veículos que transportam animais; além de manter as roupas, botas e mãos das 
pessoas que vão lidar com os animais sempre limpas e desinfetadas. 
 
 
 
 
DOENÇAS VIRAIS EM PEQUENOS RUMINANTES: 
 
ECTIMA CONTAGIOSO 
 
Conhecida como dermatite pustular contagiosa ou boqueira; 
É uma enfermidade cosmopolita, altamente contagiosa, sendo causada por um DNA 
vírus da família Roxviridae do gênero Parapoxvírus; 
Acomete caprinos e ovinos, principalmente entre o terceiro e sexto mês de idade; 
Ela pode ser transmitida ao homem quando em contato com animais infectados, 
manifestando-se como uma erupção cutânea crônica, circunscrita, muito irritante, com 
tendência à hiperplasia. 
Transmissão: 
Contato direto ou indireto por utensílios ou pastagens contaminadas; 
Outro fator importante na disseminação é o agrupamento dos animais; 
As crostas das feridas e pedaços de lesões revelam-se infectantes durante meses e até 
anos; 
É possível que o vírus se conserve viável e infectante de um ano para outro nas 
pastagens, nos utensílios ou nos cochos, o que favorece o surgimento de surtos, além da 
existência de portadores crônicos da doença, que a disseminam; 
 Em algumas criações, a doença é enzoótica e faz sua aparição todos os anos. 
 
Patogenia: 
Afinidade pelo epitélio de origem ectodérmica: Exantema → Pápula → vesícula 
→ Pústula; 
Lesão na camada profunda da epiderme; 
Período de incubação 6 a 8 dias; 
A morbidade é alta, podendo chegar a 100%; 
A mortalidade, em casos não complicados, raramente excede a 1%. 
 
Sinais Clínicos: 
 
Forma de apresentação: 
Labial; 
Podal; 
Genital. 
 
Inicio: 
Pápulas, vesículas e pústulas, crostas espessas 
 
Lesões: 
Junção mucocutanea oral, comissuras labiais, regiao periorbital, perinasal e fossas 
nasais. 
 
Lesões graves: 
Rúmen, Esôfago – lesões secundarias 
 
Diagnóstico: 
Sinais Clínicos; 
Lesões histológicas características; 
Microscopia eletrônica. 
 
Tratamento: 
Não existe tratamento, é de suporte → visando acabar com todos os sintomas e a 
manifestação da doença; 
Para o tratamento das lesões nos animais contaminados utiliza-se solução de 
permanganato de potássio a 3% ou solução de iodo a 10% acrescido de glicerina, na proporção 
de uma parte da solução de iodo para uma de glicerina; 
Nas áreas mais sensíveis como úbere as lesões devem ser tratadas com iodo/glicerina 
na proporção de 1:3 ou solução de ácido fênico a 3% mais glicerina; 
A associação de antibióticos (cloranfenicol ou oxitetraciclina) e violeta de genciana 
também é eficaz. 
 
Controle: 
Isolar os animais adquiridos por 2 a 3 semanas; 
Fornecer o colostro aos filhotes; 
Manter instalações limpas e desinfectadas; 
Separar e tratar os animais doentes e vacinar os restantes; 
Em áreas endêmicas, vacinar as fêmeas prenhes de 2 a 3 semanas antes do parto e 
duas semanas após o parto. 
 
Prevenção: 
A melhor maneira de prevenir é através da vacinação, que confere imunidade por toda 
a vida; 
Autógena - Esta vacina é preparada com vírus cultivados das crostas dissecadas 
(suspensão das crostas dissolvidas em 10% a 20% em glicerina); 
Ela é aplicada em cabritos de um a dois meses de idade na face interna da coxa. 
 
 
 
 
 
 
 
LENTIVIROSES 
 
Causam a Artrite-Encefalite Caprina (AEC) e o Maedi-Visna em ovinos (MV); 
É um vírus RNA, da família Retrovirida e trata-se de uma enfermidade 
infectocontagiosa, incurável, degenerativa; 
Surgiram no Brasil a partir de animais leiteiros contaminados pelos vírus importados da 
Europa e dos Estados Unidos; 
São patógenos amplamente distribuídos, os quais causam doenças degenerativas 
progressivaslentas, determinando importantes perdas econômicas; 
Estes vírus causam infecções persistentes com período de incubação longo e causam 
inflamatórias e degenerativas. 
 
 
 
 
 
Transmissão: 
 
A principal fonte de transmissão é o colostro ou leite de fêmeas positivas; 
Para MV inclui-se, ainda, a importância da transmissão por aspiração de aerossóis de 
secreções respiratórias ou de células do trato respiratório; 
Existem vários registros de contaminação através de agulhas, tatuadores e material 
cirúrgico sem esterilização; linha de ordenha inadequada (animais soropositivos ordenhados 
antes de soronegativos), além da convivência de animais positivos e negativos em um mesmo 
espaço. 
 
Patogenia: 
 
Replicação viral em células da linhagem monocítico-fagocitária que são as principais 
células-alvo; 
São responsáveis pela eliminação de células infectadas, assim, o hospedeiro não 
consegue desenvolver resposta imunológica curativa. 
 
Sinais Clínicos: 
 
Geralmente persistente e assintomática, pode causar afecção multissistêmica, de 
evolução geralmente crônica, com agravamento progressivo das lesões, perda de peso e 
debilidade até a morte; 
As apresentações clínicas tem sido classificada em quatro formas básicas: nervosa, 
artrítica, respiratória e mamária 
Os animais podem apresentar sintomas como artrite, mastite, problemas pulmonares 
e nervosos. 
 
Diagnostico: 
 
Detecção de anticorpos por: 
Imunodifusão em gel de ágar; 
ELISA; 
PCR. 
 
 
Tratamento: 
 
Não é recomendado; 
Os animais positivos ao exame devem ser retirados do rebanho e sacrificados ou 
mortos. 
 
Prevenção e controle: 
 
Não existem vacinas comercialmente disponíveis; 
Para controle: 
Recomenda-se separar as crias imediatamente após o nascimento, evitar o contato 
com secreções e isolá-las dos adultos, administrar colostro ou leite termicamente tratados, 
alimentar as crias com substitutos do leite, adotar a linha de ordenha, controlar a monta com 
reprodutores positivos e usar material estéril. 
 
 
 
 
DOENÇAS VIRAIS EM RUMINANTES: 
 
FEBRE AFTOSA 
 
Doença viral, altamente contagiosa, causada por um RNA-vírus, pertencente à família 
Picornaviridae, gênero Aphtovirus; 
 A enfermidade afeta animais de casco fendido (partido), como bovinos, suínos, ovinos 
e caprinos; 
A febre aftosa é considerada uma zoonose, o homem é um hospedeiro acidental; 
Notificação obrigatória. 
 
Transmissão: 
 Por contato direto com outros animais infectados, ou contato com alimentos e 
objetos contaminados. 
 
Sinais Clínicos: 
Primeiros sinais da doença aparecem dentro de um período de 02-14 dias. 
Febre alta; 
Aftas; 
Claudicação/manqueira; 
Salivação abundante; 
Dificuldade para alimentar-se; 
Abortos. 
Animais novos, especialmente bezerros, podem morrer de forma aguda com 
miocardite derivada da infecção do músculo cardíaco pelo vírus da FA. 
 
Diagnóstico: 
Observação dos sinais clínicos; 
Testes sorológicos; 
É importante realizar o diagnóstico diferencial para a estomatite vesicular que causa 
sintomas parecidos nos animais. 
 
 
 
 
Profilaxia e controle: 
Vacinação; 
Sacrifício de animais, controle de trânsito de pessoas, de animais e seus 
produtos/subprodutos, bem como de grãos/cereais, entre outros. 
 
DIARREIA VIRAL BOVINA 
 
É considerado um dos principais patógenos de bovinos e promove significativas perdas 
econômicas em explorações de corte e leite; 
É responsável por uma ampla variedade de manifestações clínicas, que variam desde 
infecções inaparentes ou subclinicas até uma doença aguda e, por vezes, fatal. 
Apesar de produzir efeitos deletérios em diversos sistemas do organismo do 
hospedeiro, as perdas reprodutivas são notadamante, as mais importantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transmissão: 
 Por contato direto; 
Indireto (fecal-oral, via respiratória, sêmen); 
Via Transplacetária; 
Período de incubação: 5 a 7 dias. 
 
 
 
 
 
 
Sinais Clínicos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
Observação dos sinais clínicos; 
Testes sorológicos. 
 
Profilaxia e controle: 
Vacinação; 
 Detecção e eliminação do PI; 
Controle de ingresso de animais na propriedade; 
Controle de uso do sêmen.

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