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Serviços da Proteção Social Especial Quando um sujeito ou uma família chegar à Proteção Social Especial, ele (a) passou ou está passando por um processo de violação de direitos que, muitas vezes, está alinhado às vulnerabilidades e o consequente aumento de riscos. Muitos casos envolvem violência, negligência e não garantia de direitos primordiais, além de rompimento total de laços afetivos, sejam eles familiares, comunitários. ➔ Todo serviço da Proteção Social Especial surge para suprir uma situação de violação de direitos, isto é, para manter o sujeito a salvo dos riscos que ele está correndo. Os serviços da Proteção Social Especial de média complexidade são cinco: 1. Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI); • Acontece dentro do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Quando os técnicos do CRAS/Proteção Social Básica encontram uma situação de violação de direitos, o sujeito ou a sua família precisa ser encaminhado para o CREAS. 2. Serviço Especializado em Abordagem Social; • Também acontece dentro do CREAS. 3. Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e/ou Proteção de Serviço à Comunidade (PSC); • Ocorre no CREAS. 4. Serviço de Proteção Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e suas Famílias; e • Também ocorre dentro do CREAS. 5. Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP). ➔ O termo “especializado” não significa dizer que os profissionais do CRAS não têm especializações. Tal termo implica em serviços mais especializados dentro dos processos de violação de direitos que o sujeito ou a sua família está sofrendo. Quando alguém precisa de uma orientação jurídica, por exemplo, não encontra no CRAS, pois esse Centro não oferece advogado, enquanto o CREAS oferece. Assim, sendo mais específico, o serviço torna-se mais eficaz. ➔ Na média complexidade, as famílias têm um processo de vínculo fragilizado ou rompido, mas ainda se preza pelo cuidado do sujeito na comunidade, em seu local de origem, com a família extensa etc., para que possa se criar ou se fortalecer um vínculo que não existia ou que outrora existira. Os Serviços de Proteção Social Especial de alta complexidade são quatro: 1. Serviço de Acolhimento Institucional; 2. Serviço de Acolhimento em República; 3. Serviço de Acolhimento com Família Acolhedora; e 4. Serviço de Proteção em Situação de Calamidade Pública e Emergência. ➔ Diferentemente da média complexidade, na alta complexidade tem-se espaços de acolhimento para pessoas que tiveram seus vínculos totalmente rompidos. Serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos. Compreende atenções e orientações direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais e para o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto de condições que as vulnerabilizam e/ou as submetem a situações de risco pessoal e social. • O fortalecimento de vínculos familiares não se dá com o agressor, mas com as outras pessoas da família que podem servir de suporte para o indivíduo violentado. Esse serviço é realizado no CREAS e não no CRAS, pois como os sujeitos estão em processo de violação de direitos, eles precisam de uma atenção mais direcionada. OBJETIVOS: • Contribuir para o fortalecimento da família no desempenho de sua função protetiva; • Processar a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços públicos, conforme necessidades, tornando-as autônomas; • Contribuir para restaurar e preservar a integridade e as condições de autonomia dos usuários; • Contribuir para romper com padrões violadores de direitos no interior da família; • Contribuir para a reparação de dados e da incidência de violação de direitos; e • Prevenir a reincidência de violação de direitos. O trabalho do PAEFI é realizado para famílias e indivíduos que vivenciam violações de direitos por ocorrência de: • Violência física, psicológica e negligência; • Violência sexual, abuso e/ou exploração sexual; • Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida socioeducativa ou medida de proteção; • Tráfico de pessoas; • Situação de rua e mendicância; • Abandono; • Vivência de trabalho infantil; • Discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia; • Outras formas de violação de direitos decorrentes de discriminações/submissões a situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e os impedem de usufruir autonomia e bem estar; e • Descumprimento de condicionalidades do Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família) e do PETI em decorrência de violação de direitos. o Quando o descumprimento de condicionalidades tem correlação com uma violação de direitos, o sujeito é encaminhado para o CREAS, mas quando esse descumprimento tem relação apenas com questões de vulnerabilidade social (sem violação de direitos), o sujeito continua no CRAS. Serviço ofertado, de forma continuada e programada, com a finalidade de assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique, nos territórios, a incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, dentre outras. O Serviço deve buscar a resolução de necessidades imediatas e promover a inserção na rede de serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas na perspectiva da garantia de direitos. Em outras palavras, caso o profissional identifique alguma violação de direitos ao realizar seu trabalho no Serviço de Abordagem Social, ele precisa tomar providências imediatamente para que aquela situação de violação seja extinguida ou, ao menos, minimizada. Todo o território deve ser considerado: praças, entroncamentos de estradas, fronteiras, espaços públicos onde se realizam atividades laborais, locais de intensa circulação de pessoas e existência de comércio, terminais de ônibus, trens, metrô e outros. No interior é comum ocorrer Serviço de Abordagem Social em feiras-livre. OBJETIVOS: • Construir o processo de saída das ruas e possibilitar condições de acesso à rede de serviços e a benefícios assistenciais; • Identificar famílias e indivíduos com direitos violados, a natureza das violações, as condições que vivem, estratégias de sobrevivência, procedências, aspirações, desejos e relações estabelecidas com as instituições – assim, o CREAS poderá intervir sobre os processos de estratégias sobrevivência; • Promover ações de sensibilização para divulgação do trabalho realizado, direitos e necessidades de inclusão social e estabelecimento de parcerias; e • Promover ações para a reinserção familiar e comunitária. ➔ Quando situações de violação de direitos são identificadas, o CREAS precisa intervir para que essa situação minimize ou seja sanada. USUÁRIOS: crianças, adolescentes, adultos e idosos que estão em processo de violação de direitos. Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e/ou Proteção de Serviço à Comunidade (PSC). Tem por finalidade promover atenção socioassistencial e acompanhamento de adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, determinadas judicialmente. Deve contribuir para o acesso a direitos e para a ressignificação de valores na vida pessoal e social dos adolescentes e jovens. • Meio aberto: dentro da comunidade. Para a oferta do serviço faz-se necessário a observância da responsabilidade face ao ato infracional praticado, cujos direitos e obrigações devem ser assegurados de acordo com as legislações e normativas específicas para o cumprimento da medida. • Quando o psicólogo trabalha no CREAS, ele precisa conhecer muito sobre os direitos dascrianças, do adolescente, da mulher, do idoso etc., pois o seu papel é a garantia de direitos. • Os técnicos do CREAS precisam compreender, também, quais as nuances da vida do jovem que cometeu o ato infracional (indicação de livro: Menor Infrator), para ajudá-lo mediante as suas vulnerabilidades, ressignificando seus valores de vida pessoal e social e construindo projetos de vida, para que ele possa sair do processo de cometer atos infracionais. ➔ Medidas socioeducativas: são medidas aplicáveis a adolescentes envolvidos na prática de um ato infracional. Estão previstas no artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA). Servem como forma de reparar o dano que o adolescente em questão causou a comunidade. É aplicada por um juiz na Vara da Infância e da Juventude. O CREAS faz o acompanhamento desse indivíduo. São: o Advertência (Artigo 115 do ECA); o Obrigação de reparar o dano (Artigo 116 do ECA); o Prestação de Serviço à Comunidade – PSC (Artigo 117 do ECA); o Liberdade Assistida (Artigos 118 e 119 do ECA); o Semiliberdade (Artigo 120 do ECA); e o Internação (Artigo 121 e 125 do ECA). OBJETIVOS: • Realizar acompanhamento social a adolescentes durante o cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade e sua inserção em outros serviços e programas socioassistenciais e de políticas públicas setoriais; • Criar condições para a construção/reconstrução de projetos de vida que vissem à ruptura com a prática do ato infracional; • Estabelecer contratos com o adolescente a partir das possibilidades e limites do trabalho a ser desenvolvido e normas que regulem o período de cumprimento da medida socioeducativa; • Contribuir para o estabelecimento da autoconfiança e a capacidade de reflexão sobre as possibilidades de construção de autonomias; • Possibilitar acessos e oportunidades para a ampliação do universo informacional e cultural e o desenvolvimento de habilidades e competência; e • Fortalecer a convivência familiar e comunitária. ➔ Quando o sujeito ou sua família sai do acompanhamento do CREAS por não estar mais em uma situação de violação de direitos, automaticamente ele é enviado para o CRAS, pois o CRAS inicia um acompanhando para a prevenção – no caso de adolescentes em conflito com a Lei, esse processo de prevenção se dá para que estes não voltem a cometer o ato infracional. USUÁRIOS: adolescentes de 12 a 18 anos incompletos, ou jovens de 18 a 21 anos, em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviço à Comunidade, aplicada pela Justiça da Infância e da Juventude ou, na ausência desta, pela Vara Civil correspondente. ➔ O CREAS não aplica medida socioeducativa, os seus profissionais oferecem suporte ao sujeito que está com a medida socioeducativa aplicada pela Justiça. Serviço para a oferta de atendimento especializado a famílias com pessoas com algum grau de deficiência, que tiveram suas limitações agravadas por violação de direitos, tais como: exploração da imagem, isolamento, confinamento, atitudes discriminatórias e preconceituosas no seio da família, falta de cuidados adequados por parte do cuidador, alto grau de estresse do cuidador, desvalorização da potencialidade/capacidade da pessoa, dentre outras que agravam a dependência e comprometem o desenvolvimento da autonomia. ➔ Situações de vulnerabilidade: CRAS; Situação de violação de direitos: CREAS. OBJETIVOS: • Promover a autonomia e a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência e idosos com dependências, sem cuidadores e suas famílias; • Desenvolver ações especializadas para a superação das situações violadoras de direitos que contribuem para a intensificação da dependência; • Prevenir o abrigamento e a segregação dos usuários de serviços, assegurando o direito à convivência familiar e comunitária; • Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e outros serviços socioassistenciais das demais políticas públicas setoriais e do Sistema de Garantia de Direitos; • Promover apoio às famílias na tarefa de cuidar, diminuindo a sua sobrecarga de trabalho e utilizando meios de comunicar e cuidar que visem à autonomia dos envolvidos e não somente cuidados de manutenção; • Acompanhar o deslocamento, viabilizar o desenvolvimento do usuário e o acesso a serviços básicos, tais como bancos, mercados, farmácias etc., conforme necessidades; e • Prevenir situações de sobrecarga e desgaste de vínculos provenientes da relação de prestação/demanda de cuidados permanentes prolongados. ➔ Inicialmente a pessoa com deficiência não é retirada do seu lar quando passa por violação de direitos. A equipe do CREAS deve tentar estabelecer um diálogo com o cuidador, até mesmo para conscientizá-lo das suas ações. Caso as violações persistam, é necessário acionar os Órgãos de Direito, para que a integridade do sujeito seja prezada. Preza-se sempre pelo menor dano. USUÁRIOS: pessoas com deficiência e idosas com dependência, seus cuidadores e familiares. Serviço ofertado para pessoas que utilizam as ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência. Tem a finalidade de assegurar atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculos interpessoais e/ou familiares que oportunizem a construção de novos projetos de vida. Oferece trabalho técnico para a análise das demandas dos usuários, orientação individual e grupal e encaminhamentos a outros serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas que possam contribuir na construção da autonomia, da inserção social e da proteção às situações de violência. OBJETIVOS: • Possibilitar condições de acolhida na rede socioassistencial; • Contribuir para a construção de novos projetos de vida, respeitando as escolhas dos usuários e as especificidades do atendimento; • Contribuir para restaurar e preservar a integridade e a autonomia da população em situação de rua; e • Promover ações para a reinserção familiar e/ou comunitária. Acolhimento em diferentes tipos de equipamentos, destinado a famílias e/ou indivíduos com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, a fim de garantir proteção integral. A organização do serviço deverá garantir privacidade, o respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de ciclos de vida, arranjos familiares, raça/etnia, religião, gênero e orientação sexual. O atendimento prestado deve ser personalizado e em pequenos grupos e deve favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização de equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local (escola, postos de saúde etc.). As regras da gestão e de convivência deverão ser construídas de forma participativa e colaborativa, a fim de assegurar a autonomia dos usuários, conforme perfis. ➔ É importante para que o sujeito (ou uma família inteira) seja retirado do ambiente de violação de direitos. OBJETIVOS: • Acolher e garantir proteção integral; • Contribuir para a prevenção do agravamento de situações de negligência, violência e ruptura de vínculos; • Restabelecer vínculos familiares e/ou sociais – um sujeito pode estar em acolhimento institucional e, ainda assim, desejar reestabelecer vínculos com suas famílias de origem para que, futuramente, possa retornar para sua casa; • Possibilitar a convivência comunitária; • Promover acesso à rede socioassistencial, aos demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos e às demais políticas públicas setoriais – quando uma criança ou adolescente está fora do seu território de origem, por exemplo, é assistido (a) pela escola, postos de saúde e demais serviços do Estado dentro do território que se encontra em acolhimento; • Favorecer o surgimento e o desenvolvimento de aptidões, capacidades e oportunidades para que os indivíduos façam escolhas com autonomia; e • Promovero acesso a programações culturais, de lazer, de esporte e ocupacionais internas e externas, relacionando-as a interesses, vivências, desejos e possibilidades do público. USUÁRIOS: crianças, adolescentes, jovens, adultos, pessoas com deficiência, idosos e suas famílias. Contudo, cada instituição tem sua especificidade – algumas são apenas para crianças e adolescentes, outras apenas para adultos etc. Serviço que oferece proteção, apoio e moradia subsidiada a grupos de pessoas maiores de 18 anos em estado de abandono, situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com vínculos familiares rompidos ou extremamente fragilizados e sem condições de moradia e autossustentação. O atendimento deve apoiar a construção e o fortalecimento de vínculos comunitários, a integração e participação social e o desenvolvimento da autonomia das pessoas atendidas. O serviço deve ser desenvolvido em sistema de autogestão ou cogestão, possibilitando gradual autonomia e independência de seus moradores. Deve contar com equipe técnica de referência para contribuir com a gestão coletiva da moradia (administração financeira e funcionamento) e para acompanhamento psicossocial dos usuários e encaminhamento para outros serviços, programas e benefícios da rede socioassistencial e das demais políticas públicas. ➔ Quando uma criança/adolescente se encontra em orfanatos, mas, posteriormente, completa 18 anos, ela sai da Instituição de Acolhimento para Menores e pode ir para uma Instituição de Acolhimento em República. USUÁRIOS: • JOVENS: destinada, prioritariamente, a jovens entre 18 e 21 anos após desligamento de serviços de acolhimento para crianças e adolescentes ou em outra situação que demande este serviço. Possui tempo de permanência limitado, podendo ser reavaliado e prorrogado em função do projeto individual formulado em conjunto com o profissional de referência. O atendimento deve apoiar a qualificação e inserção profissional e a construção de projeto de vida. • ADULTOS EM PROCESSO DE SAÍDA DAS RUAS: destinada a pessoas adultas com vivência de rua em fase de reinserção social, que estejam em processo de reestabelecimento de vínculos sociais e construção de autonomia. Possui tempo de permanência limitado, podendo ser reavaliado e prorrogado em função do projeto individual formulado em conjunto com o profissional de referência. • IDOSOS: destinada a idosos que tenham capacidade de gestão coletiva da moradia e condições de desenvolver, de forma independente, as atividades da vida diária, mesmo que requeiram o uso de equipamentos de autoajuda. Serviço que organiza o acolhimento de crianças e adolescentes afastados da família por medida de proteção em residência de famílias acolhedoras cadastradas. É previsto até que seja possível o retorno à família de origem ou, na impossibilidade, o encaminhamento para adoção. • Enquanto a criança está em uma família acolhedora, os serviços de assistência CRAS e CREAS trabalham para que a família de origem possa se reestabelecer e tornar-se mais funcional. • Quem decide retirar a criança da sua família de origem e/ou encaminhá-la para a adoção é o juiz ou, em uma emergência, o Conselho Tutelar. O serviço é o responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança e/ou adolescente acolhido e sua família de origem. ➔ É importante para que os sujeitos não sejam retirados do seu território de origem quando não se tem Instituições de Acolhimento no local. OBJETIVOS: • Promover o acolhimento familiar de crianças e adolescentes afastadas temporariamente de sua família de origem; • Acolher e dispensar cuidados individualizados em ambiente familiar; • Preservar vínculos com a família de origem, salvo determinação judicial em contrário – às vezes o juiz permite que a criança ou adolescente tenha contato com a família de origem enquanto está com a família acolhedora (com supervisão de técnicos do SUAS); • Possibilitar a convivência comunitária e o acesso à rede de políticas públicas; e • Apoiar o retorno da criança e do adolescente à família de origem – um acompanhamento é realizado quando a criança retorna para que a progressão do cuidado seja observada. USUÁRIOS: crianças e adolescentes, inclusive aqueles com deficiência, aos quais foi aplicada a medida de proteção, por motivo de abandono ou violação de direitos, sujas famílias ou responsáveis encontrem- se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção. ➔ As famílias acolhedoras não podem decidir se querem ou não receber uma criança x ou y. Quando uma criança/adolescente necessita de um acolhimento, o juiz determina para qual família (cadastrada) ela será encaminhada. O serviço promove apoio e proteção à população atingida por situações de emergência e calamidade pública, com oferta de alojamentos provisórios, atenções e provisões materiais, conforme as necessidades detectadas. Assegura a realização de articulações e a participação em ações conjuntas de caráter intersetorial para a minimização dos danos ocasionados e o provimento das necessidades verificadas. OBJETIVOS: • Assegurar acolhimento imediato em condições dignas e de segurança; • Manter alojamentos provisórios, quando necessário; • Identifica perdas e danos ocorridos e cadastrar a população atingida; • Articular a rede de políticas públicas e rede sociais de apoio para prover as necessidades detectadas; e • Promover a inserção na rede socioassistencial e o acesso a benefícios eventuais. USUÁRIOS: famílias e indivíduos atingidos por situações de emergência e calamidade pública (incêndios, desabamentos, alagamentos, dentre outras) que tiveram perdas parciais ou totais de moradia, objetos ou utensílios pessoais e encontravam-se temporária ou definitivamente desabrigados; e indivíduos removidos de áreas consideradas de risco, por prevenção ou determinação do Poder Judiciário. ➔ Quando não há esse serviço em determinada cidade, o CRAS e o CREAS oferecem suporte. Quando se fala que o sujeito é “referenciado” a determinado equipamento, significa dizer que é onde as ações devem se materializar. Ao dizer que o sujeito é referenciado ao CRAS, entende-se que em qualquer demanda desse usuário em função de vulnerabilidades e riscos deve ser atendida no CRAS. A função de referência se materializa quando a equipe processa, no âmbito do SUAS, as demandas oriundas das situações de vulnerabilidade e risco social detectadas no território, de forma a garantir ao usuário o acesso à renda, serviços, programas e projetos, conforme complexidade da demanda. O acesso pode se dar pela inserção do usuário em serviço ofertado no CRAS ou na rede socioassistencial a ela referenciada, ou por meio do encaminhamento do usuário ao CREAS. A contrarreferência é sempre que a equipe do CRAS recebe encaminhamento do nível de maior complexidade (proteção social especial) e garante a proteção básica, inserindo o usuário em serviço, benefício, programa e/ou projeto de proteção básica. REFERÊNCIA: Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Brasília: MDS, 2012. v. 1. BRASIL. Aula do curso “Atuação do Psicólogo no Suas”, ministrado pela Psicóloga Marcela Brandão (CRP 03/15879).
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