Buscar

4- Embriaguez ao volante Culpa Consciente ou Dolo Eventual - Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fundação Armando Álvares Penteado
Embriaguez ao volante Culpa Consciente ou Dolo Eventual
São Paulo
O código de trânsito brasileiro (CTB) foi criado em 1997, regulamenta a lei 9.509/97, contendo 341 artigos, o CTB tem como intuito regulamentar normas de infração e penalidade não só como para condutores, como também para a sociedade, colaborando e sendo essencial para o tráfego brasileiro.
No seu Art. 306 CTB “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência; 
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor”
Esse artigo traz diversas controversas na questão em que envolve os institutos do direito penal, dolo eventual ou culpa consciente na embriaguez ao volante, a diversas doutrinas com pontos de vistas totalmente diversos nessa concepção.
Para o Nucci o dolo eventual o agente assumi o risco, mesmo não sendo a intenção direta, sabe que o resultado pode acontecer. “À lei usa o termo “assumir o risco de produzi-lo”. Nesse caso, de situação mais complexa, o agente não quer o segundo resultado diretamente, embora sinta que ele pode se materializar juntamente com aquilo que pretende, o que lhe é indiferente” (NUCCI, Edição 12, p. 191).
Já para ele a culpa consciente é uma culpa com previsão, sabendo que a conduta pode ocorrer, mesmo acreditando que conduta não irá acontecer. “Previsão do resultado, esperando, sinceramente, que ele não aconteça, quando o agente vislumbra o evento lesivo, crê poder evitar que ocorra” (NUCCI, Edição 12, p. 196).
Dolo eventual e culpa consciente se assemelham no momento em que o agente pode prever o risco de ocorrer o dano a um bem jurídico, mas se diferenciam no momento em que a culpa consciente ele sabia que poderia ocorrer o dano, mas acreditou que não iria causá-lo, não assumi o risco, já no dolo eventual ele aceita o risco.
Outra visão sobre dolo eventual e culpa consciente diferente de Nucci, é a do doutrinador Cezar Roberto Bitencourt, que diz que o dolo eventual, o agente não se importa com o resultado que irá acontecer, mas ele prevê o resultado mesmo assim, se o agente na ação tiver a possibilidade de escolha entre realizar a ação e ou desistir, ele seguira, como no caso dirigir embriagado, mesmo sabendo do risco, sem dar importância ao que ia acontecer “entre desistir da ação ou praticá-la, mesmo correndo o risco da produção do resultado, opta pela segunda alternativa.” (Bitencourt, Cesar Roberto, 5ª Ed, 2009. P. 54).
Já para ele a culpa consciente, diferente do dolo eventual, se o agente tivesse a opção de escolher entre realizar a ação sabendo do resultado, ele escolheria não a realizar, não pensando o suficiente nas possibilidades, que poderiam vim acontecer, apenas tendo uma noção, como ele mesmo cita “Paul Logoz, no dolo eventual, o agente decide agir por egoísmo, a qualquer custo, enquanto na culpa consciente o faz por leviandade, por não ter refletido suficientemente. ” (Bitencourt, Cesar Roberto, 5ª Ed, 2009. P. 54).
A diferença entre o dolo eventual e a culpa consciente, é sucinta e ao mesmo tempo abundante, com grande número de opiniões que na minha visão, só poderá ser distinguida em alguns casos, apenas analisando o fato concreto. Mas há diferenças grandes que são visivelmente identificáveis, como também semelhanças dependendo do ponto de vista de casa doutrinador, cabendo ao juiz aplicar e decidir em qual elemento do tipo penal o agente se envolveu.
Hoje em dia a jurisprudência segundo Nucci mais utilizada, no caso de embriaguez no volante é a utilização da do dolo eventual, essa jurisprudência é fundamentada na ideia na premissa que todos tem consciência de que dirigir sob efeito de álcool, poderá vier poderá correr o risco de cometer um crime, pois na visão da jurisprudência o agente está cercado de várias campanhas que conscientizam e mostram o risco de dirigir alcoolizado, e assim o agente tem a completa noção que se vier a dirigir embriagado e cometer pode cometer crime e assim assumindo o risco e não ligando para o resultado que poderá acontecer e assim se caracterizando dolo eventual, pela visão do Nucci e do Bitencourt como dito acima, não podendo se beneficiar como inimputável como previsto no “Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos”
Mas se podendo ser isento de pena, em casos fortuitos ou de força maior como previsto no § 1º e reduzindo a pena de um a dois terços como descrito no § 2º
Mas essa discussão divide diversas opiniões e diversas decisões que tem referência a essa distinção e aplicação, utilizando no caso concreto como provas o exame toxicológico ou alcoolemia como está previsto no art. 306 “§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. ”
4

Outros materiais