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ANTROPOLOGIA FILOSOFICA - PROFESSOR RAMIRO NETO

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-ANTROPOLOGIA FILOSOFICA- 
Natureza humana x condição humana 
 E.E.C.ZICO TOBIAS – DISCIPLINA: FILOSOFIA 
PROF: JANAÍNE
A antropologia filosófica é a subárea da filosofia que trata da natureza mais fundamental dos seres humanos. A natureza humana é o conjunto de características que os seres humanos têm independentemente da influência cultural
1.1. A natureza humana- o homem em seu estado natural, com todas suas caracteristicas, sejam físicas, biológicas ou psicológicas. Alguns filósofos, retrata esta natureza, mesmo que seja de forma diferente, mas para dizer e responder uma pergunta dificil e importante: QUEM É O HOMEM? 
1.2“A condição humana” de Hannah Arendt
Ao começar sua obra, “A condição humana”, Hannah Arendt alerta: condição humana não é a mesma coisa que natureza humana. A condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem. As condições variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem é parte. Nesse sentido todos os homens são condicionados, até mesmo aqueles que condicionam o comportamento de outros tornam-se condicionados pelo próprio movimento de condicionar. Sendo assim, somos condicionados por duas maneiras: 
· Pelos nossos próprios atos, aquilo que pensamos, nossos sentimentos, em suma os aspectos internos do condicionamento. 
· Pelo contexto histórico que vivemos, a cultura, os amigos, a família; são os elementos externos do condicionamento. 
Hannah Arendt organiza, sistematiza, a condição humana em três aspectos:Labor ,Trabalho e Ação .O “labor” é processo biológico necessário para a sobrevivência do indivíduo e da espécie humana. O “trabalho” é atividade de transformar coisas naturais em coisas artificias, por exemplo, retiramos madeira da árvore para construir casas, camas, armários, objetos em geral. Por último a “ação”. A ação é a necessidade do homem em viver entre  seus semelhantes, sua natureza é eminentemente social. O homem quando nasce precisa de cuidados, precisa aprender e apreender, para sobreviver
Tanto a ação, quanto ao labor e o trabalho, estes estão relacionados com o conceito de “Vita Activa”. Para os antigos, a “Vita Activa” é ocupação, inquietude, desassossego. O homem, no sentido dado pelos gregos antigos, só é capaz de tornar-se homem quando se distancia da “vida activa” e se aproxima da vida reflexiva, contemplativa. Portanto, dentro dessa lógica só é homem aquele que tem tempo para pensar, refletir, contemplar. Nietzsche afirma em seu “Humano, desmasiado humano”que, aquele que não reserva, pelo menos, um terço do dia para si é um escravo. A base disso encontramos em  Sócrates: se é apenas para comer, dormir, fazer sexo, que o homem existe, então, ele não é homem, é um animal. Pois assim era visto o escravo: um animal. Um animal necessário para à formação de “homens”. 
É muito importante salientar que a escravidão da Grécia antiga é bem diferente da escravidão dos tempos modernos. - os próprios filósofos da época - salva o homem de sua própria animalidade, e não lhe prende às tarefas pragmáticas. A dignidade humana só é conquistada através da vida contemplativa, reflexiva: uma vida sem compromisso com fins pragmáticos.
 1.3- O que é o Homem? 
Para Heidegger o homem é um ser no mundo. Para Aristóteles um homem é um ser racional. Para Platão, a essência do ser humano é sua ALMA. Ela é imortal e, portanto, preexistente ao corpo. Para Descartes, o ser humano é composto de DUAS SUBSTÂNCIAS, ou seja, de duas dimensões ontológicas distintas e separadas. Para Hobbes, os seres humanos são maus por natureza e, contrariando Aristóteles, antissociais. Para Rousseau, o ser humano é bom por natureza. Para Sartre, também não. O ser humano não tem uma natureza, pois nele a existência precede a essência. 
 O homo religiosus tem origem nas Escrituras cristãs: criatura de Deus, partilhando da semelhança com o Criador, O homo sapiens é um legado da cultura grega, que cunhou o ideal do logos, como ordem do mundo e como atividade racional. 
O homo Faber- aquele constituído pelo trabalho, aquele fabrica. 
O homo Sexualis- aquele que expressam seus prazeres sexuais, através do encontro, relações e troca de experiências. 
Texto: Professor Ramiro Neto

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