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Arrolamento sumario - Lean

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O arrolamento sumário é uma forma singular de se realizar o inventario-partilha, de maneira que para a realização só é necessário à concordância de todos os herdeiros, ressalvando que eles precisam ser capazes e maiores, nesse contexto o valor dos bens não tem relevância, e para que seja aplicada tal modalidade de arrolamento, basta que seja elencado pelos interessados, assim, mostrando acordo de partilha amigável previamente homologado.
É uma forma sucinta de se realizar o processo de inventario, levando-se em consideração que algumas fases são suprimidas, dentre elas o processo de avaliações dos bens, que somente será realizada em casos que alguns dos credores do espolio em razão de avaliarem que a estimativa de bens realizados pelos herdeiros não está condizente com a verdade.
Alguns doutrinadores questionam a efetividade/existência do arrolamento sumario, pelo fato de que em casos em que há concordância dos herdeiros, é somente necessário buscar a via administrativa, ou seja, realizar o inventário extrajudicial. Porém ainda há que se falar que o arrolamento sumario também possui eficácia ou é procurando quando mesmo que não seja em total concordância dos herdeiros a partilha, mas é de interesse de todos que o processo de inventario-partilha se dê de maneira célere.
Nos casos em que não houver pluralidade de herdeiro, sendo apenas um, não o que se falar em partilha, de tal modo conforme §1º do art. 559 do CPC/15 remete ao mero pedido de adjudicação, assim o ato do juiz não será homologação judicial e sim um ato decisório.
Código de Processo Civil/15
Art. 659. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos da lei, será homologada de plano pelo juiz, com observância dos arts. 660 a 663 .
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, também, ao pedido de adjudicação, quando houver herdeiro único.
§ 2º Transitada em julgado a sentença de homologação de partilha ou de adjudicação, será lavrado o formal de partilha ou elaborada a carta de adjudicação e, em seguida, serão expedidos os alvarás referentes aos bens e às rendas por ele abrangidos, intimando-se o fisco para lançamento administrativo do imposto de transmissão e de outros tributos porventura incidentes, conforme dispuser a legislação tributária, nos termos do § 2º do art. 662 .
Continuando analise ao art. 559 do CPC/15 é possível apontar que no §2º ressalta a condição que após expedição dos alvarás de referencia aos bens, tem que se intimar o fisco para que tome as providencias cabíveis aos lançamentos dos impostos de transmissões, ou qualquer outro que incidir sobre o que dispõe a legislação tributária, mas em casos que não seja necessário a intimação do fisco as vias administrativas podem proceder normalmente para realizar os lançamentos como o do imposto de ITCMD. E nos casos que venha ocorrer algum questionamento, deve se realizar a nível administrativo ou realizar um ação judicial.
Art. 660. Na petição de inventário, que se processará na forma de arrolamento sumário, independentemente da lavratura de termos de qualquer espécie, os herdeiros:
I – requererão ao juiz a nomeação do inventariante que designarem;
II – declararão os títulos dos herdeiros e os bens do espólio, observado o disposto no art. 630;
III – atribuirão valor aos bens do espólio, para fins de partilha.
Conforme trás o art. 660 do CPC/15 apresenta quais requisitos que devem constar na petição para que se processe o arrolamento sumario. A primeira peculiaridade do arrolamento é constatada logo na petição inicial, a qual é apresentada por todos os herdeiros, que já elegeram de antemão o inventariante.
Acompanharão a inicial as declarações de bens, a sua descrição, os documentos comprobatórios de propriedade e estimativa dos valores de cada um. Também é necessário que os herdeiros já tenham deliberado sobre a partilha, fazendo-se indispensável a apresentação do plano indicando a forma de divisão dos bens.
Ao receber a inicial, o juiz nomeará o inventariante (que já fora indicado na inicial) e homologará a partilha. Se, todavia, o juiz verificar que o rito é inadequado, deixará de realizar a nomeação e determinará a conversão do arrolamento sumário em inventário (ou arrolamento comum) e as providências de adaptação a serem tomadas. Cabe, entretanto, fazer uma ressalva que tem sido motivo de reforma das decisões de primeiro grau: quando a situação envolver faculdade das partes sobre qual rito adotar, não poderá o juiz, de ofício, determinar a convolação de procedimentos. Se todos os herdeiros, capazes, com prévio acordo entre eles, optaram pelo procedimento de inventário, não poderá o juiz, em decisão ex officio, determinar a conversão do inventário em arrolamento sumário. Nesse sentido tem se posicionado o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 
Entendemos que o legislador cometeu um equívoco ao fazer remissão ao art. 630, como se tratando das primeiras declarações. O artigo que trata das primeiras declarações é o art. 620.
Art. 661. Ressalvada a hipótese prevista no parágrafo único do art. 663, não se procederá à avaliação dos bens do espólio para nenhuma finalidade.
No arrolamento sumário não há, em regra, avaliação de bens. Somente na hipótese de o credor impugnar o valor que foi atribuído aos bens que lhe foram reservados, proceder-se-á à avaliação.
Essa regra é coerente com o processamento do arrolamento sumário, que é célere, simplificado e ágil. Sob o ponto de vista sistemático, fez bem o legislador ao remeter a discussão a respeito dos valores dos bens à esfera administrativa, e às ações próprias.
Art. 662. No arrolamento, não serão conhecidas ou apreciadas questões relativas ao lançamento, ao pagamento ou à quitação de taxas judiciárias e de tributos incidentes sobre a transmissão da propriedade dos bens do espólio.
§ 1o A taxa judiciária, se devida, será calculada com base no valor atribuído pelos herdeiros, cabendo ao fisco, se apurar em processo administrativo valor diverso do estimado, exigir a eventual diferença pelos meios adequados ao lançamento de créditos tributários em geral.
§ 2o O imposto de transmissão será objeto de lançamento administrativo, conforme dispuser a legislação tributária, não ficando as autoridades fazendárias adstritas aos valores dos bens do espólio atribuídos pelos herdeiros.
O caput do dispositivo trata genericamente da impossibilidade da inserção de questões atinentes a tributos (impostos e taxas) no processo de arrolamento.
Por se tratar de um procedimento simplificado, não cabem no arrolamento sumário, por exemplo, discussões sobre a incorreção no cálculo do tributo. O que estiver fora do alcance desse procedimento deve ser discutido administrativamente ou em outra ação judicial autônoma.
O § 1º estabelece a base de cálculo para a taxa judiciária. Ela será calculada com base no valor atribuído pelos herdeiros aos bens, em outras palavras, será cobrada com base no valor dado à causa. Cabe ao fisco, quando, em procedimento administrativo, calcular a base de cálculo do tributo devido pela transmissão, fazer a conferência do que foi cobrado a título de taxa judiciária e proceder à respectiva cobrança.
O § 2º, em outros termos, repete a norma do art. 659, § 1º. O tributo será calculado, lançado e cobrado pelo Fisco, o qual, igualmente, fará a avaliação dos bens para tal fim. Cabe ao interessado os recursos administrativos cabíveis ou a via da ação judicial.
Art. 663. A existência de credores do espólio não impedirá a homologação da partilha ou da adjudicação, se forem reservados bens suficientes para o pagamento da dívida.
Parágrafo único. A reserva de bens será realizada pelo valor estimado pelas partes, salvo se o credor, regularmente notificado, impugnar a estimativa, caso em que se promoverá a avaliação dos bens a serem reservados.
É ideal que os sucessores indiquem tanto o ativo quanto o passivo que compõem o acervo hereditário. Isso porque, se houver dívida, o credor poderá requerer a reserva dos bens necessários à liquidação da obrigação assumida pelo de cujus. Se essa providência não for adotada e a partilha forhomologada, o credor ainda pode ajuizar ação própria para satisfação do crédito. 
Antes da homologação da partilha, o juiz determinará que as partes se manifestem, resultando em dois caminhos: a) havendo concordância, o juiz declara habilitado o credor e manda separar o dinheiro ou bens (art. 642, § 2º); b) havendo discordância, o juiz remete o credor às vias ordinárias, mas manda reservar bens se a dívida estiver suficientemente demonstrada (art. 643). É justamente dessa segunda hipótese que trata o caput do art. 663, que não impede que a homologação da partilha ou adjudicação seja feita, com a ressalva do parágrafo único. 
Art. 664. Quando o valor dos bens do espólio for igual ou inferior a 1.000 (mil) salários mínimos, o inventário processar-se-á na forma de arrolamento, cabendo ao inventariante nomeado, independentemente de assinatura de termo de compromisso, apresentar, com suas declarações, a atribuição de valor aos bens do espólio e o plano da partilha.
§ 1o Se qualquer das partes ou o Ministério Público impugnar a estimativa, o juiz nomeará avaliador, que oferecerá laudo em 10 (dez) dias.
§ 2o Apresentado o laudo, o juiz, em audiência que designar, deliberará sobre a partilha, decidindo de plano todas as reclamações e mandando pagar as dívidas não impugnadas.
§ 3o Lavrar-se-á de tudo um só termo, assinado pelo juiz, pelo inventariante e pelas partes presentes ou por seus advogados.
§ 4o Aplicam-se a essa espécie de arrolamento, no que couber, as disposições do art. 672, relativamente ao lançamento, ao pagamento e à quitação da taxa judiciária e do imposto sobre a transmissão da propriedade dos bens do espólio.
§ 5o Provada a quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas, o juiz julgará a partilha.

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