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FACULDADE EVOLUÇÃO ALTO OESTE POTIGUAR 
BACHARELADO EM DIREITO
DOCENTE: GIGLIOLA DIOGENES
DIREITO CONSTITUCIONAL
BENILTON
RESENHA CRITICA DO LIVRO O QUE É TERCEIRO ESTADO? DE AUTORIA DE EMMANUEL SIEYÈS. 
Pau dos Ferros – RN 
2019
A obra escrita durante o período da Revolução Francesa, Sieyés buscou mostrar a falta de igualdade entre as classes, a qual ainda resiste até os dias atuais, salientando questões como os privilégios em relação aos cargos públicos ocupados, questões tributarias, além de todo o poder que pertencia tanto ao clero como aos nobres.
E toda essa falta de igualdade, principalmente a parte politica fazia com que as questões provenientes ao terceiro estado fossem vetadas pelos demais, mas para Sieyès somente o terceiro estado seria legitimo para tomar as decisões, haja vista que os outros estados eram considerados como parasitas pelo autor, sendo assim, seriam capazes de elaborar um documento de força jurídica, que seria o que conhecemos hoje por Constituição, a “lei de maior força, dentre as demais”, a detentora de toda a soberania. Afinal, era através dela que abordariam questões de caráter social, econômicos, como também capaz de apresentar soluções quanto ao que Sieyès sempre se preocupou, a vontade de nação.
De fato isso teria sido um grande motivo para a briga de classes se tornar ainda maior, pois, aquele grupo de indivíduos pertencente ao terceiro estado, jamais seria aceito pela burguesia, principalmente pelo fato de que jamais a burguesia daria total legitimidade para uma classe tão minoritária em comparação aos nobres e ao clero. Considerando ainda o fato de que houve a troca dos votos, passando a ser voto por cabeça, o terceiro estado ainda saia em desvantagem, tendo em vista que os privilegiados tinham, por exemplo, 700 representantes, enquanto o terceiro estado só possuía 350, o que ainda seria uma desvantagem, como também poderia ocorrer de ambos os estados possuírem a mesma quantidade de votos, o que geraria outro impasse, pois, não haveria algo que gerasse o desempate, dessa forma Sieyès sentiu a necessidade de criar um modelo que garantisse a representatividade, mesmo sabendo que não causaria o que era esperado por todos, a igualdade de classes, assim criou a teoria da representatividade.
Mas o que seria essa teoria da representatividade? A teoria foi montada em cima de um calculo sobre quantas pessoas pertenciam a cada estado, e ao realizar, ele acabou percebendo que o terceiro estado possuía um numero bem maior considerando a junção entre o primeiro e segundo estado, o que era incompreensível, pois, mesmo sendo maioria as vontades/decisões do terceiro estado nunca eram consideração, o que era de se estranhar, já que a vontade da nação deveria ser única, assim, os representantes deveriam deixar suas desavenças de lado e lutar por um único objetivo.
Assim, a teoria da representatividade propunha que fossem escolhidos representantes ordinários e extraordinários, servindo respectivamente para representar assuntos comuns diante a nação e representar constitucionalmente os mesmos, e esses representantes possuíam uma temporariedade, que é teoricamente o sistema que hoje é usado para a escolha do legislativo e executivo, possuindo um determinado período de tempo de quatro anos tanto para o legislativo como para o executivo. E claro foram impostas algumas peculiaridades para que esses representantes fossem escolhidos, por exemplo, ser homem e tinham que ser maior de dezoito anos, fazer parte da nação e ter sua contribuição quanto aos tributos, o que não é muito diferente de hoje, que para determinados cargos exige que seja uma pessoa de nacionalidade brasileira nata, possui uma idade mínima para participar de um pleito eleitoral, o que difere, é que hoje a mulher já pode ocupar lugares que antes eram ocupados apenas por homens.
Pode-se salientar que essa teoria fundada por Sieyès não foi totalmente aceita pelo primeiro e segundo estado, o qual de certa forma obrigou que o terceiro estado buscasse a sua “independência”, e trabalhasse para o interesse real da nação, formando a assembleia nacional, totalmente legitima pelo fato que o terceiro estado representava maior parte da população francesa. Essa teoria contribuiu fortemente para diversas nações, pois, os modelos utilizados hoje se fundam na teoria da representatividade, onde elegem seus representantes, para que eles possam realizar as vontades da população, mesmo não acontecendo como é em alguns casos, onde ao chegarem ao poder é colocar o seu interesse particular em cima da soberania que deve ser o interesse público.
REFERÊNCIA:
SIEYÈS, Emmanuel Joseph. O que é o Terceiro Estado?. [S. l.]: Temas e Debates, 2009.

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