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@projetofonoo Audiologia Educacional e (Re)habilitação Auditiva PPAO - PRÓTESE AUDITIVA ANCORADA NO OSSO - Fica preso ao osso do crânio; - Estimula a orelha interna utilizando a transmissão sonora por V.O.; - COMPOSIÇÃO: > implante de titânio e áudio processador, com ou sem pilar, transcutâneo ou percutâneo, capaz de decodificar os sons e transmiti-los diretamente para a cóclea; Indicações: ➔ Agenesia (malformação) da orelha; ➔ Otite de O.E.; ➔ Otite crônica; ➔ Surdez profunda unilateral; ➔ Síndrome de Treacher Collins; Tipos de Sistemas: a) Percutâneo: - sistema composto de pino ou parafuso de titânio implantável; pilar intermediário encaixado no1 implante de titânio e de um processador de áudio externo; b) Transcutâneo: - Ativo: constituído de uma unidade interna implantável composta de ímã (magneto), bobina receptora interna e demodulador acoplado a um transdutor de massa flutuante para condução óssea (BC-FMT) fixado na cortical da mastóide e um processador de áudio externo; - Passivo: composto de pino ou parafuso de titânio implantável acoplado a um processador de áudio externo magneticamente; Critérios de indicação: 1. P.A. Neurossensorial, condutiva ou mista unilateral quando preenchidos todos os seguintes critérios: a) condições anatômicas ou infecciosas da orelha média e/ou externa que impossibilite adaptação de aparelho de aparelho de amplificação sonora individual (AASI), ou não condições de adaptação do AASI por intolerância 1 @projetofonoo - Audiologia Educacional e (Re)habilitação Auditiva ao molde auricular ou problemas de microfonia; b) Limiar médio para V.O. melhor que 60dB (este limiar varia de acordo com o dispositivo a ser implantado) nas frequências de 0,5, 1, 2 e 3 kHz na Orelha a ser implantada; c) Índice de reconhecimento de fala em conjunto aberto maior que 60% em monossílabos SEM aparelho de amplificação sonora individual; 2. P. A. Neurossensorial, condutiva ou mista bilateral quando preenchidos todos os seguintes critérios: a) Condições anatômicas ou infecciosas de O.M. e/ou externa que impossibilite adaptação do AASI, ou má adaptação do AASI por intolerância ao molde auricular ou problemas de microfonia; b) Limiar médio para V.O. melhor que 60 dB (este limiar varia de acordo com o dispositivo a ser implantado) nas frequências de 0,5, 1, 2, e 3 kHz na orelha a ser implantada; c) Índice de reconhecimento de fala em conjunto aberto maior que 60% em monossílabos SEM aparelho de amplificação sonora individual; d) A diferença interaural entre as médias dos limiares por V.O. de 0,5, 1, 2 e 3 kHz não deve exceder a 10 dB e ser menor que 15 dB em todas as frequências; 3. O paciente com P.A. neurossensorial unilateral de grau severo a profundo para estimulação transcraniana de orelha contralateral;2 a) P.A. neurossensorial unilateral severa a profunda sem benefícios com a adaptação do AASI no lado a ser implantado e com a orelha contralateral normal; b) Limiar médio pior que 71 dB para V.A. nas frequências de 0,5, 1, 2 e 3 kHz na pior orelha, a ser implantada; c) Limiar médio melhor que 25 dB para V.O. nas frequências de 0,5, 1, 2 e 3 kHz na melhor orelha; 4. Em crianças pequenas, ou pacientes com espessura da calota craniana impede a colocação do pino, está indicada a adaptação do áudio processador posicionado por meio de banda elástica, podendo ser realizada a cirurgia mais tardiamente; 2 @projetofonoo - Audiologia Educacional e (Re)habilitação Auditiva Cirurgia Complicações possíveis dos sistemas BAHA e Ponto - próteses transcutâneas - DURANTE A CIRURGIA: ➔ exposição da dura-máter e perfuração do seio sigmóide (raro): pode ocorrer leve vazamento de LÍQUOR ou sangue pode ocorrer durante a implantação do parafuso (implante). Caso ocorra, um cirurgião experiente consegue resolver com uso de cola biológica, hemostáticos e cera de osso; ➔ Problemas na fixação do parafuso: geralmente ocorre nos casos em que o osso do crânio é muito fino como nas crianças pequenas e pacientes com má formação craniana. Quando isso ocorre, o implante fica mole e se perde; ➔ Hematoma subdural: embaixo da calota craniana existem vasos presos a dura-máter (membrana que reveste o cérebro). Durante a instalação do implante eles podem se romper gerando hemorragia. Pode ser de desenvolvimento lento e os sintomas serem sentidos após dias ou semanas após a cirurgia. São sintomas neurológicos gerais como dor de cabeça, confusão mental ou queixas visuais; - Complicações pós-operatórias: ➔ Inflamação e infecção ao redor do pilar: baixa ou excessiva higiene no local do pilar são as razões mais comuns para irritação. Isto também pode ocorrer devido a pele muito fina, implante com fixação insuficiente ou contaminação bacteriana; ➔ Supercrescimento da pele: pode crescer em volta do implante de tal forma que pode chegar a cobri-lo, impedindo a fixação do processador externo. Se isso ocorrer o médico deverá fazer uma pequena cirurgia para remover o excesso de pele e, em alguns casos, trocar o pilar por um outro mais comprido; ➔ Quelóides: variam para cada paciente e tem relação com predisposição pessoal a tê-los. Evitar incidência da luz solar no primeiro ano sobre a cicatriz ajuda a evitá-los;3 3 @projetofonoo - Audiologia Educacional e (Re)habilitação Auditiva ➔ Necrose do retalho da pele: pode ocorrer dias depois da cirurgia; caso ocorra o médico deverá fazer curativos constantes na região até a completa cicatrização ou colocar retalho/enxerto na pele no local; ➔ Dormência no local do implante: surge e geralmente desaparece após alguns meses, mas há relatos de pacientes que ficaram com esta dormência permanente; ➔ Perda do implante: por falha na osteointegração do implante; são causados por calota craniana muito fina, infecção, traumatismos e pacientes que fizeram radioterapia; caso ocorra, uma nova cirurgia deverá ser realizada; ➔ Supercrescimento do osso: ocorre em crianças pequenas; o excesso de osso pode impedir a fixação do processador externo. Se isso ocorrer, o médico deve remover cirurgicamente o excesso de osso; ➔ Dor quando toca no pilar: pode ser sinal de que o implante está mal fixado, ou aumento da sensibilidade local; Ativação No sistema BAHA consiste na adaptação da prótese vibratória externa, acoplando-a ao pino implantado → após 3 meses da cirurgia. Este tempo deve ser maior em crianças pequenas ou em pacientes com calota craniana muito fina; Acompanhamento: → geralmente 1 ou 2x por ano; → estabilidade do pilar é checada; → se necessário, o pilar pode ser apertado ou mesmo trocado por um pilar mais comprido; Cuidados pós operatórios *Paciente permanece com curativo na cabeça por 72h; 5-7 dias pós cirurgia: removido a arroela plástica do curativo; A área é limpa com solução salina normal e um novo curativo é colocado no lugar para manter uma pequena pressão na camada de pele por mais 5-7 dias; Após 10-14 dias a arroela plástica é removida e a área é deixada exposta; Durante as 2-3 semanas restantes o paciente deve limpar a pele 1x dia com água e sabão; Após 3 meses o processador de som pode ser acoplado; Esse tempo é essencial para uma adequada osseointegração; Adiantar o acoplamento pode resultar em perda do implante; Limpar a área da pele com implante deve ser feita com cuidado para evitar estrago à interface implante-pele ser evitada.4 4 @projetofonoo - Audiologia Educacional e (Re)habilitação Auditiva RECOMENDAÇÕES/REFERÊNCIAS: 5 5 @projetofonoo - Audiologia Educacional e (Re)habilitação Auditiva
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